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SATFOR Arq. Pais. Luís Loures ESAE | IPP

Intensidade e Severidade

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Page 1: Intensidade e Severidade

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Arq. Pais. Luís Loures – ESAE | IPP

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Tendo em consideração os objectivos do presente seminário importa esclarecer

conceitos associados à temática dos incêndio florestais e do fogo, tais como:

- os elementos necessários para a sua criação,

- os seus regimes e tipos de incêndio florestal,

- a severidade e a intensidade do fogo.

O fogo é uma manifestação de combustão rápida com emissão de luz e calor e é

constituído por três entidades distintas, que compõem o chamado "Triângulo do

Fogo". São eles O COMBUSTÍVEL (aquilo que queima, como a madeira), O

COMBURENTE (entidade que permite a queima, como o oxigénio) E O CALOR.

ENQUADRAMENTO

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ENQUADRAMENTO

TIPOS DE INCÊNDIO

É essencial conhecer os tipos de incêndios existentes, nomeadamente:

- os incêndios subterrâneos, que ocorrem na camada de matéria orgânica do solo, e

ardem lentamente devido à falta de oxigénio disponível;

- os incêndios superficiais, que se desenvolvem acima do solo, consumindo matéria

orgânica não decomposta e vegetação arbustiva, sendo o tipo mais comum de

incêndio; e

- os incêndios de copa, que se propagam na vegetação arbórea e normalmente

desenvolvem-se a partir de incêndios superficiais (Bond e van Wilgen, 1996).

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ENQUADRAMENTO

A severidade do fogo é um termo qualitativo que representa a magnitude de alteração

causada pelo fogo nos componentes do ecossistema, incluindo os componentes

superficiais e subterrâneos (Neary et al, 2005).

Severidade e intensidade do fogo são por vezes considerados sinónimos, porém não é

verdade, uma vez que a intensidade do fogo ser um dos componentes que influenciam a

severidade por estar relacionado com a quantidade e taxa de consumo de combustível.

A severidade do fogo expressa os diferentes impactos causados pelo fogo no ecossistema

como, a quantidade de organismos do solo afetados, a proporção de árvores e arbustos

mortas ou o número de novos rebentos nas árvores (DeBano et al, 1998).

Page 5: Intensidade e Severidade

ENQUADRAMENTO Os grandes incêndios florestais causam

impactes nos diversos componentes

dos ecossistemas, tais como o SOLO, a

ÁGUA e a VEGETAÇÃO.

Os efeitos sobre os ecossistemas são

extensos, variam na sua duração e

impacte, e estão interrelacionados,

afetando, de forma diferente, um ou

mais elementos presentes no

ecossistema afetado.

Page 6: Intensidade e Severidade

ENQUADRAMENTO

SEVERIDADE DO FOGO

Parâmetros do solo e

resíduos

Baixa Média Alta

Resíduos orgânicos (não

decomposto)

Queimado, Carbonizado,

Consumido

Consumido Consumido

Resíduos orgânicos (em

decomposição)

Intacto, Carbonização

Superficial

Carbonização Profunda,

Consumido

Consumido

Detritos lenhosos -

pequenos

Parcialmente Consumido,

Carbonizado

Consumido Consumido

Detritos lenhosos - troncos Carbonizado Carbonizado Consumido, Carbonização

Profunda

Cor da cinza Preta Cor Clara Avermelhada, Laranja

Solo mineral Não alterado Não alterado Estrutura alterada,

Porosidade, etc

Temperatura do solo aos 10

mm de profundidade

<50 °C 100-200 °C >250 °C

Temperatura letal para os

organismos do solo

Até aos 10 mm Até aos 50 mm Até aos 160 mm

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ENQUADRAMENTO métodos de avaliação de danos

Page 8: Intensidade e Severidade

ENQUADRAMENTO métodos de avaliação de danos

MÉTODO DE AVALIAÇÃO LOCAL DA SEVERIDADE

(Field Assessment of Forest Fire Severity - ForFireS) – Europa

O método ForFireS, inserido no sistema de informação de incêndios florestais europeu

(EFFIS - European Forest Fire Information System). Este método pode ser aplicado a zonas

florestais e arbustivas e foi concebido para obter a partir de uma parcela de amostragem,

utilizando Sistemas de Informação Geográfica (SIG) e Microsoft ACCESS para recolher e

organizar os dados referentes:

- à vegetação, - aos efeitos do fogo, e - aos vários fatores ambientais afetados na área ardida.

DO CRUZAMENTO DESTES DADOS OBTÉM-SE A SEVERIDADE

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ENQUADRAMENTO métodos de avaliação de danos

Page 10: Intensidade e Severidade

ENQUADRAMENTO métodos de avaliação de danos

MÉTODO DE AVALIAÇÃO DA PAISAGEM

(Landscape Assessment - FIREMON) - Estados Unidos da América

O método de Avaliação da Paisagem (Landscape Assessment) encontra-se inserido no

programa FIREMON que consiste num sistema de monitorização e inventariação dos

efeitos do fogo.

Este método baseia-se na combinação de duas metodologias de avaliação, sendo elas a

DETEÇÃO REMOTA da Severidade a partir de dados do satélite LANDSAT a 30 m, e o RÁCIO

NORMALIZADO DE INCÊNDIO (RNI) obtido através da análise comparativa entre os dados

pré-fogo e pós-fogo de forma a avaliar a extensão e o grau de alteração detectado

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ENQUADRAMENTO métodos de avaliação de danos

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ENQUADRAMENTO métodos de avaliação de danos

Visualização em três dimensões do incêndio de Moose, Alasca, EUA, em que na imagem da esquerda se observam duas bandas espectrais recolhidas através do satélite LANDSAT, e na da direita o resultado da diferenciação através do RÁCIO NORMALIZADO DE INCÊNDIO antes e após o fogo, resultando na exibição dos diferentes graus de severidade do fogo (Key e Benson, 2006).

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ENQUADRAMENTO métodos de avaliação de danos

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ENQUADRAMENTO métodos de avaliação de danos

CONSIDERAÇÕES FINAIS – MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE DANOS

• O delineamento das parcelas de amostragem aparenta ser mais objectivo e simples

de aplicar no método da UE, enquanto o método utilizado nos EUA tem como ponto

forte, a aplicação de parcelas de amostragem nos diferentes níveis de severidade

registados pela detecção remota, permitindo a sua validação de forma mais rápida.

• O método utilizado nos EUA demonstra ser mais eficaz, menos dispendioso, e

também sustentável, pois procura obter através da conciliação entre a detecção

remota e a avaliação no local, a obtenção de um rácio normalizado mais eficaz e

objetivo.

Page 15: Intensidade e Severidade

TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO

CRITÉRIOS E TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO

De forma a mitigar os danos causados pelos grandes incêndios florestais, é necessária a

intervenção e reabilitação nas áreas afectadas.

Existem várias técnicas e critérios de reabilitação que são frequentemente aplicados,

tanto a curto prazo, como a médio e longo prazo, sendo essencial aferir quais os

tratamentos mais eficazes, os mais dispendiosos, seja em tempo ou custo, e também os

que podem causar impactes negativos no futuro.

Page 16: Intensidade e Severidade

TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO

EXTRACÇÃO DE MADEIRA QUEIMADA (LOGGING)

Técnica envolta em controvérsia perante a relação entre os benefícios e os prejuízos

causados, que consiste em cortar e remover os troncos de árvores queimadas com

menor probabilidade de sobrevivência ou já mortas.

Os contributos são evidentes tanto a nível económico, criando trabalho e recuperando

dinheiro com a madeira recuperada, como a nível ecológico, através da redução do

escorrimento superficial através dos restos deixados pela remoção dos troncos, com a

redução de combustível disponível, e com a redução no risco de pragas (McIver e Starr, 2000).

Page 17: Intensidade e Severidade

TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO VANTAGENS:

• A obtenção de verbas com a venda da madeira - criação de postos de trabalho;

• A possibilidade destas verbas serem aplicadas na reabilitação da área afectada;

• Os restos deixados pela remoção da madeira contribuem na redução do

escorrimento superficial (Poff, 2009);

• A remoção da madeira queimada reduz o combustível disponível;

• Redução no risco de pragas (Amman e Ryan, 1996).

DESVANTAGENS:

• Danifica a estrutura do solo e o ciclo de nutrientes com a compactação;

• Reduz a diversidade de habitats (DellaSala, 1995);

• Aumenta o risco de incêndio (Donato, 2006).

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TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO

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TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO SEMENTEIRA DE EMERGÊNCIA (SEEDING) A sementeira de emergência consiste na distribuição de sementes de ervas não autóctones ou perenes e visa reduzir a erosão do solo, aumentar a cobertura vegetativa do solo e controlar a estabelecimento de plantas não nativas (Robichaud et al, 2006).

Page 20: Intensidade e Severidade

TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO

VANTAGENS:

• Redução no processo erosão, porém alguns estudos mostram resultados ambíguos

neste aspecto (Beyers, 2004 e Peppin et al, 2010);

• Controlo do estabelecimento de plantas invasivas, também com resultados

ambíguos (Beyers, 2004 e Peppin et al, 2010).

DESVANTAGENS:

• Competição com espécies autóctones (Beyers, 2004).

• Redução de cobertura vegetativa de plantas autóctones no curto prazo (Peppin et al, 2010).

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TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO APLICAÇÃO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS (MULCHING)

A aplicação de resíduos orgânicos no solo, para controlar a humidade no solo e

temperatura, e melhorar a sua estrutura e conteúdo de nutrientes. Esta técnica tem

sido utilizada também para tratamento de incêndios florestais, consistindo na aplicação

essencialmente de duas formas

resíduos orgânicos, os molhados

(hydromulch), preparados juntamente

com água para posterior aplicação

no solo, o que permite uma maior

consistência e compactação da

camada aplicada (Robichaud et al, 2010).

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TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO

VANTAGENS:

• Redução no processo de erosão (Bautista et al, 2009);

• Redução do escorrimento superficial (Bautista et al, 2009 e Robichaud et al, 2000);

• Protecção do solo do impacto da chuva (Bautista et al, 2009 e Robichaud et al, 2000);

• Redução na compactação e formação de sulcos (Robichaud et al, 2000);

• Aumento na infiltração da água (Bautista et al, 2009).

DESVANTAGENS:

• Tarefa dispendiosa (Robichaud et al, 2000);

• Possibilidade de introdução de espécies não autóctones (Beyers, 2004).

Page 23: Intensidade e Severidade

TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO ESTRUTURAS TRANSVERSAIS DE RETENÇÃO (PREVENÇÃO DA EROSÃO NO SOLO E NAS

LINHAS DE ÁGUA)

As estruturas transversais de retenção, são concebidas a partir de materiais naturais ou

artificiais, e têm sido utilizados durante décadas para minimizar os impactes associados ao

escorrimento superficial e à erosão (Robichaud et al, 2000).

Estas estruturas são instaladas com a intenção de combater os efeitos associados aos

incêndios, e essencialmente variam entre barreiras com troncos de madeira (geralmente

utilizados troncos provenientes da remoção da madeira queimada), com rolos de palha,

com ramos e galhos e com fardos de palha.

Estes métodos podem ser aplicados de forma a combater a erosão e escorrimento

superficial tanto nas encostas como nas linhas de água (Robichaud, 2010).

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TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO

Page 25: Intensidade e Severidade

TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO

VANTAGENS:

• Retenção de sedimentos (Robichaud, 2005);

• Redução do escorrimento superficial (Robichaud, 2005);

• Aumenta a infiltração da água (Robichaud et al, 2000).

DESVANTAGENS:

• Tarefa dispendiosa (Robichaud, 2000);

• Criação de socalcos.

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TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO longo prazo

MEDIDAS A MÉDIO E LONGO PRAZO

Após a aplicação das medidas de urgência adequadas a determinada situação, segue-se

um processo de restauração dos variados componentes do ecossistema, sendo eles o

solo, a água e a vegetação.

A recuperação destes componentes visa melhorar determinadas características que

apesar de poderem ter sido intervencionadas continuam a evidenciar problemas ou

deficiências. Estas medidas visam de forma integrada a recuperação do solo, da água e

da vegetação.

Page 27: Intensidade e Severidade

TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO análise

A análise das diferentes técnicas de reabilitação em termos de resultados, custos,

eficácia, risco de fracasso e tempo de instalação demonstra que:

• o método mais eficaz para o tratamento das encostas é a aplicação de resíduos

orgânicos, apesar do seu custo ser bastante mais elevado que a sementeira aérea

para áreas de grandes dimensões;

• enquanto a sementeira aérea é o tratamento com menor custo, as estruturas de

retenção são o tratamento que apresentam um custo mais elevado.

• no tratamento das linhas de água a “barragem com pastos” apresenta-se como a

melhor opção pois além de possuir uma elevada eficácia, apresenta também baixo

risco de fracasso e uma rápida velocidade de instalação.

Page 28: Intensidade e Severidade

CASOS DE ESTUDO técnicas de reabilitação - portugal

Para analisar os métodos de recuperação pós-

incêndio utilizados no território nacional durante

o ano de 2010, com base nos relatórios

elaborados pelas entidades que requereram

subsídios para a intervenção nas áreas ardidas, ao

abrigo do programa PRODER.

Page 29: Intensidade e Severidade

Limpeza e desobstrução de linhas de água

Limpeza e desobstrução de linhas de água

Limpeza e desobstrução das passagens hidráulicas

Abate de árvores mortas

Obras de correcção torrencial de pequena dimensão em linhas de…

Abate dirigido de madeira queimada

Sementeira de herbáceas (terrestre)

Sementeira de herbáceas (aérea)

Consolidação de margens de linhas de água

Correcção dos escorrimentos superficiais sobre os pavimentos

Consolidação de taludes ao longo da rede viária

Aplicação de biorolos

Aplicação de resíduos orgânicos

Aplicação de resíduos orgânicos (mulching)

Abate dirigido de madeira queimada, estilhaçamento e aplicação

Aplicação de biorolos

Rompimento da camada do solo repelente à água

Rompimento da camada do solo repelente à água

Limpeza e desobstrução da rede viária

Corte e remoção de arvoredo caído sobre os caminhos

Remoção de alforamentos rochosos e de resíduos

Outro tipo de intervenção

Limpeza e proteção de nascentes e furos

256560

242900

52575

111760

772000

246000

236180

592840

135490

0

1071000

1438500

0

85950

88450

15200

2500

Custos totais associados a cada medida de estabilização de emergência

Custos totais associados a cada medida de estabilização de emergência

CASOS DE ESTUDO técnicas de reabilitação - portugal

Page 30: Intensidade e Severidade

CASOS DE ESTUDO técnicas de reabilitação - portugal

Área - 207,88 ha

Data do início - 3 de Agosto de 2010

Data do fim - 4 de Agosto de 2010

Duração - 10 horas

Concelhos afetados - Santarém e Alcanena

Total em Euros: 33400

Rácio Área/Custo: 160,6€/ha

Page 31: Intensidade e Severidade

CASOS DE ESTUDO técnicas de reabilitação - portugal

LINHAS DE ÁGUA:

Limpeza e desobstrução de linhas de água;

Limpeza e desobstrução das passagens hidráulicas, considerando o abate e extração de

árvores mortas;

Consolidação de margens de linhas de água.

ENCOSTAS:

Aplicação de resíduos orgânicos;

Abate de madeira queimada, estilhaçamento e aplicação.

INFRAESTRUTURAS:

Consolidação de taludes ao longo da rede viária;

Corte e remoção de arvoredo caído sobre os caminhos.

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CASOS DE ESTUDO técnicas de reabilitação - portugal

Área - 9786,12

Data do início - 10 de Agosto de 2010

Data do fim - 16 de Agosto de 2010

Duração - 7 dias

Concelhos afetados - Celorico da Beira, Fornos de

Algordes, Gouveia, Seia, Mangualde e Nelas

Total em Euros: 844880

Rácio Área/Custo: 86,3€/ha

Page 33: Intensidade e Severidade

CASOS DE ESTUDO técnicas de reabilitação - portugal

LINHAS DE ÁGUA:

Limpeza e desobstrução de linhas de água e das passagens hidráulicas;

Consolidação de margens de linhas de água e abate e extração de árvores mortas.

ENCOSTAS:

Abate dirigido de madeira queimada, estilhaçamento e aplicação;

Aplicação de resíduos orgânicos e sementeira de herbáceas.

INFRAESTRUTURAS:

Correção dos escorrimentos superficiais sobre os pavimentos;

Consolidação de taludes ao longo da rede viária;

Corte e remoção de arvoredo caído sobre os caminhos;

Remoção de afloramentos rochosos e acumulação de resíduos.

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CONCLUSÕES técnicas de reabilitação

Embora a bibliografia especializada apresente um conjunto de explicações teóricas e

práticas inerentes às técnicas de reabilitação, verifica-se que é essencial monitorizar os

projetos de reabilitação desenvolvidos e implementados para aferir, de facto e in situ

as valências e os resultados de cada uma das técnicas.

• NECESSIDADE DE MONITORIZAÇÃO (muitos fundos aplicados sem que possam

apontar os resultados obtidos, quem em termos de recuperação da paisagem, quer

em termos da criação de paisagens mais resilientes e resistentes ao fogo).

• NECESSIDADE DE ESTUDOS DE CARACTERIZAÇÃO DA EFICÁCIA DAS MEDIDAS DE

REABILITAÇÃO APLICADAS.

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SATFOR OBRIGADO PELA ATENÇÃO…

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