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1 Edição VI | Ano II | Dezembro de 2012 interação Trabalho coletivo

interação - redesoljacarei.files.wordpress.com · Diretor Institucional: Adriano Guerra Edição: Filipe Motta, Gabriella Hauber e Felipe Borges Site: ... O objetivo é a integração

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Edição VI | Ano II | Dezembro de 2012

interação

Trabalhocoletivo

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Este boletim faz parte do projeto CDC Comunica, realizado pelo Instituto Camargo Corrêa em parceria com a Oficina de Imagens.

Instituto Camargo CorrêaDiretor Executivo: Francisco de Assis AzevedoCoordenadora de Comunicação: Clarissa KowalskiContato: [email protected]

Comitê de Desenvolvimento Comunitário de JacareíCantinho da Providência, CEPAC, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho Tutelar, Guri na Roça, InterCement, Jovens Multiplicadores, Mantenedora Vicente Decária, Nova

expediente

editorialPor Renata de Aquino, da Secretaria de Assistência Social

Neste último Boletim Interação do ano

de 2012, sentimos que mais uma etapa da

existência do Comitê de Desenvolvimento

Comunitário (CDC) foi cumprida com sucesso.

Porém, é claro que temos muito a conquistar na

luta pela proteção integral de nossas crianças e

adolescentes.

Na página 3, você irá conhecer a proposta

de um método de resolução de conflitos

escolares no qual o agressor participa do

processo de resolução. Já nas páginas 4 e 5

você confere nossa conversa com a assistente

social Rosely Rosa da Silva e o jovem Richard de

Souza Ferreira Freitas sobre o projeto Aprendiz.

Destacamos, na página 6, o lançamento de

materiais sobre os cuidados necessários com as

pessoas com Síndrome de Down. E as creches

de Jacareí estão recebendo a visita da boneca

negra Hanna, que apresenta, por meio de

histórias, a cultura africana às crianças de 0 a 3

anos. Você lê sobre o assunto na página 7.

Boas festas!

ASPAD, Obra Social e Assistencial São José, Prefeitura Municipal de JacareíContato: [email protected]

Oficina de ImagensDiretor Institucional: Adriano GuerraEdição: Filipe Motta, Gabriella Hauber e Felipe BorgesSite: www.oficinadeimagens.org.brProjeto Gráfico: Ronei SampaioDiagramação: Gabriella Hauber e Felipe BorgesCapa: Arquivo projeto AprendizImpressão: Gráfica FormatoTiragem: 1200 exemplares

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Jacareí está em processo de discussão da

implantação da justiça restaurativa para a

resolução de conflitos escolares. A metodologia

é uma proposta de aplicação da justiça, na qual

se busca o atendimento das necessidades da

vítima ao mesmo tempo em que o agressor é

convocado a participar do processo de repara-

ção do dano.

São levadas em conta três dimensões: quem

causou o dano, quem o sofreu e a comunidade,

buscando entender e atender as necessidades

de cada um.

A resolução 2002/12 do Conselho Econômi-

co e Social das Nações Unidas define o pro-

cesso restaurativo como qualquer processo no

qual a vítima, o ofensor e, quando apropriado,

quaisquer outros indivíduos ou membros da

comunidade afetados participam ativamente

na resolução das questões oriundas do crime,

geralmente com a ajuda de um facilitador. A

metodologia da justiça restaurativa pode ser

utilizada em qualquer estágio do sistema de

justiça criminal, de acordo com a legislação

nacional. Porém, os processos restaurativos

devem ser utilizados somente quando houver

prova suficiente de autoria para denunciar o

ofensor e com o consentimento livre e volun-

tário dele e da vítima, que podem revogar esse

consentimento a qualquer momento durante o

processo. Os acordos só poderão ser pactuados

voluntariamente e devem conter somente obri-

gações razoáveis e proporcionais.

A justiça restaurativa como método de

resolução de conflito diferencia a punição da

responsabilização. Por isso, muitas escolas

estão utilizando o método na mediação de

conflitos. Dessa forma, professores mediadores

são capacitados para agirem em situações de

conflito dentro das unidades escolares, utilizan-

do a metodologia.

Jacareí discute a possibilidade de adotar novo método para a resolução de conflitos na escolaJustiça restaurativa propõe que todas as partes envolvidas sejam convocadas para resolver coletivamente o conflitoPor Valéria da Costa, gerente do Creas

Utilização de nova metodologia nas escolas articula todas as partes envolvidas no conflito escolar

educação

Foto: SXC

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Os desafios e a regulamentação da profissionalização de adolescentes por meio do serviço de aprendizagemA assistente social Rosely Rosa da Silva e o adolescente Richard de Souza compartilham suas experiências no projeto AprendizPor Maria Aparecida Pereira Lima, da ONG Espaço Mulher

A aprendizagem é um direito de todos os adolescentes a partir de 14 anos. Para aprofundar o

assunto, entrevistamos a assistente social Rosely Rosa da Silva, responsável pelo projeto Aprendiz

da entidade Jacareí Ampara Menores (JAM), voltada para inserção do adolescente no mercado de

trabalho. Também batemos um papo com Richard de Souza, jovem que participou do projeto.

Rosely Rosa da Silva

Com que idade o adolescente pode entrar no mercado de trabalho?

De acordo com a Lei da Aprendizagem (Lei 10097/00), a idade para inserção no mercado de

trabalho como aprendiz é de 14 a 24 anos. Porém, o projeto Aprendiz optou pelo atendimento aos

adolescentes de 16 a 18 anos.

Os cursos de aprendizagem e técnicos/profissionalizantes podem contribuir para a inserção

do jovem no mercado de trabalho?

Sim, os resultados apresentados pelo adolescente na finalização desses cursos, como a

valorização da escolaridade, tornar-se cidadão mais crítico, autoestima fortalecida e qualificação

profissional na área administrativa, facilitam sua empregabilidiade.

Fale um pouco sobre o projeto Aprendiz.

O projeto Aprendiz atende jovens de 16 a 18 anos que estejam cursando o ensino médio,

em situação de vulnerabilidade social e com renda per capta de até um quarto do salário mínimo.

O objetivo é a integração do jovem no mercado de trabalho. A parte teórica do projeto é

desenvolvido na JAM, e a prática nas empresas parceiras.

Richard de Souza Ferreira

entrevista

Rosely e Richard fazem parte do projeto Aprendiz, da organização Jacareí Ampara Menores (JAM)

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Richard de Souza

Com que idade você acha que o jovem deve iniciar sua vida profissional? Por quê?

Para mim, 16 anos é a melhor idade para um jovem iniciar sua carreira profissional, pois sua

mente está muito mais aberta para ter novas experiências e vivências e conhecer novos assuntos e

funções. Além disso, tem a grande chance de enriquecer o seu caráter e a sua percepção de sucesso

profissional.

Que aprendizagem você acha que foi importante para a sua colocação na empresa e futura

continuidade no mercado de trabalho?

Saber lidar, com racionalidade e imparcialidade, com situações de pressão e estresse; a postura

e o modo de falar em uma reunião, num discurso ao público; e expressar uma informação essencial

com clareza. Ter a essência de buscar e realizar os seus maiores sonhos com estudo e muito esforço,

seguido pela dedicação no trabalho que você exercer.

A sua escolarização foi afetada, positiva ou negativamente, de algum modo pela participação

no projeto?

Com certeza minha escolarização foi afetada positivamente, pois atualmente curso minha

tão sonhada faculdade de engenharia elétrica, com 40% de bolsa pelo Prouni. Também fui eleito

Delegado Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente e tive a oportunidade de ir a Brasília

discutir o Plano Decenal dos Direitos Humanos da Criança e do Adolescente. E ainda tenho planos

de fazer um intercâmbio no Canadá.

entrevista

O projeto Aprendiz é voltado para preparação e inserção do jovem no mercado de trabalho

Foto:Arquivo Projeto A

prendiz

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Duas novas ferramentas são lançadas para auxiliar na garantia dos direitos da pessoa com deficiênciaGuia de Cuidados e Diretrizes de Atenção à Pessoa com Síndrome de Down vêm complementar o plano Viver Sem Limite Por Márcia Sandra Leite, gerente de Serviços de Acolhimento Institucional

No segundo semestre de 2012, foram lançados as Diretrizes de Atenção à Pessoa com Síndrome

de Down e o guia Cuidados de Saúde às Pessoas com Síndrome de Down, sob a coordenação do

Ministério da Saúde, com colaboração de profissionais que atuam no seguimento.

O objetivo das diretrizes é oferecer orientações às equipes multiprofissionais para o cuidado à

saúde dos portadores da síndrome, tais como os cuidados com a saúde nas diferentes faixas etárias

e o diagnóstico clínico. Já o guia traz explicações sobre o que é a síndrome e como lidar com ela.

Os dois materiais estão disponíveis na biblioteca virtual em saúde, do site do Ministério da Saúde

(www.saude.gov.br/bvs), sendo permitida a reprodução, se citada a fonte.

Plano Nacional

No final de 2011, o Governo Federal criou o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com

Deficiência - Viver Sem Limite que contempla políticas públicas voltadas à pessoa com deficiência.

O Plano engloba quatro eixos: acesso à educação, inclusão social, atenção à saúde e acessibilidade.

O Plano Viver sem Limite tem como objetivo promover a cidadania e o fortalecimento da

participação da pessoa com deficiência na sociedade, promovendo sua autonomia, eliminando

barreiras e permitindo o acesso e o usufruto, com equiparação de oportunidades, aos bens e

serviços públicos.

As metas do Plano devem ser cumpridas até 2014, com previsão orçamentária de R$ 7,6 bilhões.

As ações previstas são executadas em conjunto por 15 ministérios, sob a coordenação da Secretaria

de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR).

Plano Viver sem Limite contempla políticas públicas voltadas à pessoa com deficiência

saúde

Foto: Ministério da Saúde

Quatro creches municipais e 15 conveniadas

de Jacareí estão recebendo a visita da boneca

negra Hanna. O objetivo é despertar o afeto,

favorecer a interação e o brincar e trazer a

cultura africana para os bebês de 0 a 3 anos.

Hanna fica em sistema de revezamento

na sala de aula. Ela dança ao som de ritmos

africanos e indígenas, conta histórias africanas

aos bebês, brinca, almoça e dorme nos berços. A

boneca fica 15 dias em cada creche.

A iniciativa faz parte do projeto Infância sem

Racismo, da Secretaria Municipal de Educação,

que ensina os bebês a valorizarem as diferenças.

A Educação Infantil deve favorecer a construção

positiva da auto-imagem de todas as crianças,

valorizando cultura e fazendo com que todas elas

se sintam bem com seu corpo, sua cor de pele e

seu cabelo.

Jacareí possui, além das creches municipais e

conveniadas, 34 Escolas Municipais da Educação

Infantil (EMEI), totalizando 53 escolas envolvidas

no projeto este ano. Todas as unidades

receberam formação pedagógica e materiais de

estudo com orientações didáticas, leis, livros e

vídeos institucionais sobre preconceito e racismo.

Além disso, a Secretaria Municipal de Educação

comprou mais de 300 bonecas negras de

diferentes tamanhos e modelos para as salas de

aula das EMEIs de Jacareí.

Além de bonecas, livros

Todas as unidades escolares realizam o projeto

Leitura, em que semanalmente é enviado um

livro para a leitura da criança com a família. Há a

orientação para que também sejam enviados livros

com histórias africanas e indígenas.

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boas práticas

Boneca negra Hanna visita creches de Jacareí em discussão sobre cultura afrobrasileiraObjetivo é despertar o afeto, favorecer a interação e o brincar e trazer a cultura africana para as crianças pequenasPor Marta Fernandes, jornalista da prefeitura de Jacareí

Boneca negra Hanna visitou escolas de Jacareí

Foto: Arquivo C

DC

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aconteceFique por dentro

Creches recebem livros

As creches conveniadas e

municipais de Jacareí receberam

doação de livros paradidáticos

do Instituto Camargo Corrêa

para uso com as crianças e

livros didáticos direcionados aos

gestores das unidades.

O Instituto, em parceria

com a Secretaria Municipal

de Educação, está investindo

na formação dos Gestores e

Educadores das Creches desde

2011.

Os encontros acontecem

mensalmente com a

participação de 220

funcionários, que são os

multiplicadores do projeto.

Participam dos encontros

professores, auxiliares de

desenvolvimento infantil,

cozinheiros, enfermeiras,

auxiliares de serviços gerais

e todos os gestores e equipe

técnica da Secretaria Municipal

de Educação.

Desde 22 de agosto de 2012, o Grupo de Jovens

Mobilizadores (GJM) de Jacareí promove, com apoio

dos educadores, a capacitação de novos jovens

multiplicadores. A capacitação ocorre semanalmente,

às quartas-feiras, das 14 às 17 horas, no Centro de

Atendimento Integral ao Adolescente (Caia), em Jacareí.

Paralelamente à capacitação dos novos

multiplicadores, o GJM realiza parcerias com algumas

unidades de saúde do município para convidar jovens

da comunidade a participarem de ações preventivas

de saúde. Essa atuação junto às unidades de saúde

visa sensibilizar os adolescentes para a importância

da prevenção de doenças e da promoção da saúde,

bem como promover atitudes que diminuam as

vulnerabilidades dessa fase da vida.

Além desse trabalho, os jovens multiplicadores

também fazem ações nas escolas e em eventos, sempre

buscando conversar com outros sobre saúde, cidadania e

protagonismo juvenil.

Grupo de Jovens Multiplicadores de Jacareí está em nova fasePor Maria Aparecida Pereira Lima, da ONG Espaço Mulher

realização:

Parceria: