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Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Ministério do Trabalho e Emprego Intermediação de Mão de Obra Brasil Sem Miséria 2013

Intermediação de Mão de Obra BSM

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  • Ministrio do

    Desenvolvimento Social

    e Combate Fome

    Ministrio do

    Trabalho e Emprego

    Intermediaode Mo de Obra Brasil Sem Misria

    2013

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  • 3IntroduoInstitudo pelo Decreto 7.492/2011, o Plano Brasil Sem Misria, co-ordenado pelo Ministrio do Desenvolvimento Social (MDS), articu-la, integra e amplia programas e aes com a finalidade de superar a condio da pobreza que ainda atinge parcela da populao brasi-leira e de criar oportunidades para elevar a renda e o acesso a ser-vios aos brasileiros mais vulnerveis. Um dos eixos de atuao do Plano o de incluso produtiva, destinado a favorecer o acesso da populao em situao de pobreza a oportunidades de ocupao e renda, por meio da promoo de polticas que propiciem a insero no mercado formal de trabalho. A intermediao de mo de obra uma poltica ativa de trabalho e emprego. No Brasil, a principal iniciativa governamental nessa rea realizada pelo Sistema Nacional de Emprego (SINE), insti-tudo pelo Decreto n 76.403/ 1975, sob coordenao e superviso do Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE). Seu objetivo criar condies para que o trabalhador em situao de desocupao, em busca de melhores oportunidades ou que labora na informalidade encontre colocao no mercado formal de trabalho.

    A parceria que o termo de cooperao entre MDS e MTE materiali-zou conjuga esforos dos dois ministrios e dos governos estaduais participantes para favorecer a incluso da parcela mais pobre da populao no mercado formal de trabalho, em especial os benefi-cirios do Programa Bolsa Famlia e os inscritos no Cadastro nico para Programas Sociais do Governo Federal (Cadnico). A interme-diao pblica de mo de obra integra e complementa o processo de incluso produtiva que se desenvolve com a qualificao profis-sional ofertada pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Tcni-

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    co e Emprego (Pronatec)/Brasil Sem Misria, por meio do qual so ofertados gratuitamente cursos de formao inicial e continuada (FIC), com carga horria mnima de 160h. A cooperao, para a qual este documento sugere diretrizes, or-ganiza esforos intersetoriais necessrios para coordenar aes de qualificao profissional e intermediao de mo de obra, aproxi-mando a educao profissional ao mundo do trabalho, ao integrar poltica que desenvolve competncias pessoais e profissionais po-ltica de colocao no mercado de trabalho, com o objetivo de am-pliar as probabilidades de o pblico do Brasil Sem Misria ingressar no mercado formal de trabalho.

    Escopo de Atuao Alm de criar condies para viabilizar o direito ao trabalho e gerao de renda, a parceria atender elevada demanda por parte desse pblico pelos servios de intermediao pblica. Foram identificadas, na base de

    dados do Cadnico, vinte milhes e meio de pessoas com mais de 16 anos de idade residentes em reas urbanas, aptas a demandar os servios de intermediao. O cruzamento dessa base de dados com a do Sistema MTE Mais Emprego revelou que desse total 5.607.300 trabalhadores foram in-termediados nos ltimos cinco anos, o que representa 27,3% do Cadnico (pessoas com mais de 16 anos em rea urbana). O aumento do atendi-mento a esse pblico ir requerer a (re)estruturao das agncias do SINE.

    A cooperao permitir investir na ampliao da capacidade de atendi-mento de agncias estaduais do SINE, intensificando a oferta do servio

    de intermediao para o pblico do Cadnico, em especial queles par-ticipantes de cursos de qualificao do Pronatec/BSM. Os recursos envol-

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    vidos na cooperao sero repassados do Governo Federal aos governos dos estados da regio nordeste e ao estado de Minas Gerais, via aditivo ao

    convnio plurianual especfico da intermediao de mo de obra. A sele-o dessas unidades da federao observou os seguintes critrios:

    ndice de pobreza: a regio Nordeste concentra 53% das pesso-as extremamente pobres com mais de 18 anos de idade e habitan-do o meio urbano;

    Quantitativo de matrculas Pronatec/BSM em 2012: na regio

    nordeste, o nmero de cidados com perfil Cadnico matricula-dos em cursos do Pronatec/BSM alcanou 106.152 (40% do total

    de matriculados no Pas em 2012). Em Minas Gerais, foram 19.490

    matriculados;

    Oferta de vagas em cursos do Pronatec em 2013: a regio nor-deste ter oferta de 280.629 vagas do Pronatec/BSM (33% do total

    nacional). Minas Gerais receber oferta de 64.016 vagas; e

    Gerao de empregos formais: em 2011, foram gerados 2,2

    milhes de empregos formais no pas, com crescimento de 5,09%

    em relao a 2010. A Regio Nordeste apresentou variao ab-soluta de 470,2 mil empregos formais (segunda maior do pas),

    correspondente a um crescimento de 5,87% ante 2010, superior

    mdia nacional.

    Outro motivo para a incluso do estado de Minas Gerais o fato de os

    municpios do norte do estado pertencerem rea de jurisdio da Su-perintendncia de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE).

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    Objetivos Promover a inscrio dos trabalhadores e das trabalhadoras do

    Plano Brasil Sem Misria, do Programa Bolsa Famlia e do Cadnico

    na rede de atendimento do SINE, via sistema MTE Mais Emprego.

    Atender a demanda do mesmo pblico por intermediao de

    mo de obra no mbito do SINE;

    Inserir essas pessoas no mercado de trabalho formal;

    Promover a integrao entre qualificao profissional e interme-

    diao de mo de obra para o pblico-alvo;

    Promover a articulao entre o Sistema nico de Assistncia Social

    (SUAS) e o Sistema Nacional de Emprego (SINE).

    Desenho OperacionalA intermediao divide-se nas funes de cadastramento, captao de va-gas, encaminhamento para entrevistas e colocao no mercado de traba-lho. O cadastramento, basicamente, registra no Sistema MTE Mais Empre-go os dados pessoais e profissionais de trabalhadores que esto em busca

    de ocupao. A captao corresponde atividade de buscar vagas de tra-balho junto ao empresariado. O encaminhamento consiste no cruzamento do perfil do posto de trabalho demandado com o perfil dos trabalhadores

    inscritos e na orientao para que os trabalhadores se apresentem s em-presas demandantes, a fim de que participem dos processos de seleo e

    recrutamento. A colocao corresponde contratao do trabalhador pela empresa, concretizando seu (re)ingresso no mercado de trabalho.

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    Para que esta iniciativa alcance suas metas, necessria a parceria entre

    as reas de trabalho e assistncia social em todas as funes e etapas da intermediao de mo de obra. a partir do trabalho em conjunto que

    podero ser desenvolvidas as estratgias adequadas para o sucesso na colocao do pblico-alvo no mercado de trabalho. Para favorecer essa interao, recomenda-se aos governos estaduais a criao de um comi-t estadual de monitoramento (a exemplo do comit federal), formado por representantes das secretarias estaduais de trabalho e de assistncia social. essencial que o coordenador estadual do SINE e o representante estadual do Pronatec/BSM participem do comit. Tambm sugerimos a

    participao de representante da Coordenao Estadual do Programa Bol-sa Famlia e do Cadnico.

    Recomenda-se tambm a criao de equipe tcnica vinculada ao comit es-tadual para executar atividades no estado, o que contribuir para a imple-mentao da iniciativa. equipe caber realizar, diretamente ou em articula-o com as agncias do SINE e as secretarias municipais de assistncia social, uma srie de atividades. Entre elas, aes de inscrio do pblico-alvo no Sis-tema MTE Mais Emprego e captao de vagas adequadas ao perfil do pblico

    da parceria. A equipe poder ser sediada na capital e percorrer o territrio do estado e prestar a assistncia necessria para a execuo da parceria.

    As atividades devero levar em considerao o perfil do pblico-alvo.

    Consiste, via de regra, de grupos em situao de vulnerabilidade social e com baixa escolaridade. Segundo dados do Censo 2010, em todo o pas, 81% das pessoas de menor renda familiar frequentaram, no m-ximo, cursos de alfabetizao ou o ensino fundamental (completo ou

    incompleto, 18% alcanaram o ensino mdio e apenas 2% a educao

    superior. A promoo da incluso social dessa parcela da populao, por meio de sua insero no mercado de trabalho, ir requerer a formu-lao de estratgias especficas, razo pela qual foi firmada a parceria.

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    Outro fator para o xito da iniciativa o envolvimento dos governos mu-nicipais, sobretudo das secretarias de assistncia social. O cadastramento do pblico-alvo no Sistema MTE Mais Emprego requer atividades de bus-ca ativa para identificar cidados com o perfil e providenciar sua incluso

    no banco de dados. O cadastramento demanda, ainda, a articulao da

    agncia local do SINE com o governo municipal (na maioria dos casos, a secretaria municipal de assistncia social) para realizar eventos de cadas-tramento durante os cursos de qualificao profissional, de modo a apro-ximar o Pronatec/BSM poltica de intermediao.

    Fases de Execuo

    1 Etapa Identificao dos municpios prioritrios

    Recomendamos aos governos estaduais que, ao considerarem as agn-cias do SINE em seu territrio para receberem os investimentos, priorizem

    aquelas com mais movimentao no Cadastro Geral de Empregados e De-sempregados (CAGED) e maior nmero de vagas ofertadas do Pronatec/BSM. Agncias em municpios polos, que possuam atividade econmica,

    mercado de trabalho e servios impactem uma dada regio do estado, so prioritrias. A seleo poder ser realizada levando em conta os tipos de

    cursos ofertados no mbito do Pronatec para o municpio.

    1.1 Diagnosticar a capacidade de interveno das agncias a serem priorizadas: recursos humanos, materiais e logsticos, infra-estrutura

    de informtica, espao fsico entre outros. Levantar demandas de ca-pacitao (informtica, atendimento etc). (Responsvel: Secretaria Es-tadual de Trabalho);1.2 Adequar as agncias s necessidades da iniciativa, com a re-alizao dos investimentos necessrios (contratao de pessoal,

    infra-estrutura de informtica, eventual aquisio de equipamen-

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    tos e mobilirio). (Responsvel: Secretaria Estadual de Trabalho).

    2 Etapa Cadastramento do pblico BSM no Programa Mais Emprego

    2.1 Executar estratgias de busca do pblico para inscrio no Pro-grama Mais Emprego. Tais atividades demandam que as secretarias

    municipais de assistncia social e os centros de referncia de assistn-cia social (CRAS) se responsabilizem pela mobilizao do pblico alvo. (Responsvel: Secretaria Estadual de Assistncia Social e secretarias municipais de assistncia social);2.2 Realizar eventos de cadastramento no Sistema MTE Mais Emprego durante os cursos de qualificao profissional do Pronatec/BSM. Esses

    eventos so importantes para apoiar o pblico-alvo a se inscreverem na ao de Intermediao de mo de obra.

    As prefeituras, em especial as secretarias municipais de assistncia so-cial, detm a informao sobre os cursos em execuo e os programa-dos no municpio e precisam ser mobilizadas para apoiar as agncias locais do SINE na realizao dos eventos. O representante estadual do Pronatec/BSM tambm tem planilha da oferta de cursos no estado e poder ser consultado. Cabe observar que as prefeituras podem rene-gociar com as unidades ofertantes a oferta de cursos de qualificao do

    Pronatec/BSM do seu municpio no decorrer do ano. Essa flexibilidade

    ir contribuir para alinhar a qualificao profissional com a demanda

    do mercado de trabalho local. (Responsveis: agncias locais do SINE e secretarias municipais de assistncia social).

    Importante: No mbito da parceria, os concluintes dos cursos de qua-lificao do Pronatec/BSM tero prioridade de inscrio no programa

    Mais Emprego.

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    3 Etapa Captao de Vagas

    3.1 Captar vagas de emprego (no exclusivas) condizentes com o perfil dos inscritos no Cadnico, em termos de escolaridade, alinhamento com as ocupaes objeto dos cursos do Pronatec/BSM, entre outros aspectos.

    As secretarias estaduais de trabalho e de assistncia social podero apoiar essa atividade com a promoo de encontros com representa-es de empregadores para divulgar a iniciativa e para debater o tema

    dos pr-requisitos para contratao, incluindo as exigncias de escola-ridade e experincia profissional.

    Recomenda-se que as agncias do SINE observem a programao de cursos de qualificao do Pronatec-BSM no municpio. importante

    considerar quais ocupaes so objeto de qualificao, nmero de alu-nos e calendrio de concluso, de modo que as vagas captadas guardem relao com atividades objeto de qualificao profissional, sempre que

    possvel, que aumenta as chances de contratao. (Responsveis: agn-cias locais do SINE, com o apoio da secretaria estadual de trabalho).

    4 Etapa Encaminhamento

    4.1 Encaminhar para a entrevista de emprego. Nessa etapa, o SINE en-tregar para cada trabalhador, quando identificado perfil compatvel

    com a vaga, carta de encaminhamento para entrevista e posterior anotao do resultado da seleo pelo empregador, podendo ou no gerar uma colocao.

    As secretarias municipais de assistncia social podem apoiar essa eta-pa em parceria com a agncia do SINE, enfatizando a importncia de

    comparecer s entrevistas, explicando como se desenvolve um proces-so seletivo nas empresas, entre outras informaes. Isso poder ser

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    feito em eventos especficos no decorrer dos cursos de qualificao do

    Pronatec/BSM. Para maior adeso do pblico alvo, importante pres-tar esclarecimentos sobre as regras do Programa Bolsa Famlia, que no exclui automaticamente aqueles que vierem a ser empregados.

    (Responsveis: agncias locais do SINE e secretarias municipais de assis-tncia social).

    5 Etapa Colocao

    5.1 Acompanhar a colocao do pblico-alvo em postos formais de trabalho.

    Metas (exerccio 2013)

    Estado ParticipanteMeta fsica - colocados

    no mercado de trabalhoAlagoas 2.792Bahia 15.858Cear 22.395

    Maranho 4.611Minas Gerais 31.101

    Paraba 4.149Pernambuco 16.781

    Piau 2.638Rio Grande do Norte 4.266

    Sergipe 1.346TOTAL 105.937

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    Estado Participante

    Mdia de atendimento

    SINE ao pblico Cadnico

    (ltimos cinco anos)

    Meta Fsica de

    Inscrio SINE (com

    adicional de 50%)

    Alagoas 11.496 17.244Bahia 65.295 97.943Cear 92.211 138.317

    Maranho 18.985 28.478Minas Gerais 128.059 192.089

    Paraba 17.082 25.624Pernambuco 69.095 103.643

    Piau 10.861 16.292Rio Grande do Norte 17.566 26.349

    Sergipe 5.543 8.315TOTAL 436.194 654.294

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    Mais informae:Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome (MDS):

    61-2030-1419 e 2065 e [email protected] e

    Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE):61-2031-2554 e email [email protected].

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