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a multidimensionalidade da pobreza destaca a exigência de intervenções intersetoriais no plano das políticas públicas. A intersetorialidade pode ser compreendida como uma articulação de saberes e experiências no planejamento, implementação e avaliação de ações para lidar de maneira integrada com os problemas sociais de uma determinada localidade visando uma gestão social que atue diretamente no desenvolvimento social. O presente artigo relata a experiência que vive o município de Ribeirão das Neves- região metropolitana da capital do estado de Minas Gerais. A utilização, inicialmente nos setores de gestão dos serviços de atenção primária à saúde, de uma solução tecnológica aplicada à gestão social integrada possibilitou o acesso a informações mais sistematizadas sobre o quadro da vulnerabilidade social da população atendida. A representação gráfica de informações identificando as áreas e famílias mais vulneráveis no município favoreceu a percepção da necessidade de mobilização dos gestores de vários setores (saúde, educação, habitação, segurança...) em torno das problemáticas locais apresentadas. O que culminou na decisão do município de investir no desenvolvimento de tecnologias, metodologias e no desenvolvimento de competências que facilitem a atuação integrada de suas Secretarias. Os recursos da tecnologia de informação e de gestão foram considerados fundamentais para os avanços da prática intersetorial, seja no conhecimento da realidade em questão, no que se refere à gestão das ações integradas ou mesmo na busca de resultados mais significativos sobre o impacto e sustentabilidade das políticas que visam a redução da vulnerabilidade social, tão grave no município.
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INTERSETORIALIDADE PARA ENFRENTAMENTO DA POBREZA Tecnologia de Informação e Comunicação aplicada à Gestão Social
Lucíola da Silva Paranhos Mestre em Desenvolvimento Social (UNIMONTES)ICS - [email protected]
Ronaldo Ferreira de AraújoMestre em Ciência da Informação (UFMG)
ICHCA - [email protected]
� CONSIDERAÇÕES INICIAIS
� INTERSETORIALIDADE E GESTÃO SOCIAL
� TIC APLICADA A GESTÃO SOCIAL
SUMÁRIO
� TIC APLICADA A GESTÃO SOCIAL
� A PRÁTICA INTERSETORIAL APLICADA A
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS – Ribeirão das Neves
� CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
• Tema: Aplicação da tecnologia da informação nas estratégias de redução da pobreza através da intersetorialidade
• Intersetorialidade frente a pobreza• Relato de experiência• Relato de experiência• Iniciativas e desafios dos gestores locais
INTERSETORIALIDADEE GESTÃO SOCIAL
• Políticas de redução da pobreza– Identificar, localizar, e mensurar a pobreza– Depende do conceito– Planejar ações e avaliar seus impactos
• Intersetorialidade• Intersetorialidade– Integralidade , visão de múltiplas faces– Estratégia de gestão – integração conceitual de
objetivos, visão transversal dos temas– Trabalho horizontal, supera fragmentação
• Território, Temas (juventude, gênero), Idade, grupos
INTERSETORIALIDADEE GESTÃO SOCIAL
• Vai depender de
– Sistemas de relacionamento
– Sistemas de conhecimento
• Implicações políticas, institucionais e operacionais
– Novos fluxos, integração de sistemas
• Eixo condutor: o problema da população/território
• Nova visão sobre a realidade, visão compartilhada
TIC APLICADA À GESTÃO SOCIAL
• Gestão social – preocupação dos gestores locais com o gerenciamento e articulação das políticas sociais em sentido mais amplo– Quadro de práticas incipientes de gestão– Falta de ferramentas de gestão ; estrutura material, fisica e tecnológica,
falta de capacitação dos recursos humanosfalta de capacitação dos recursos humanos
• Tecnologias para Gestão Social
– Incentivo do governo do Estado (Programa Banco de Dados Social, RITGS- Rede de Inovação Tecnológica na Gestão Social)
– Parcerias governos estadual, municipal, universidades, setor privado e órgãos de fomento a pesquisa para o desenvolvimento de tecnologias
– Projeto Cogitare (Conceito da Atenção Integrada ; IVS)– Distribuição das tecnologias aos municípios
TIC APLICADA À GESTÃO SOCIAL
PRÁTICA INTERSETORIAL
• O caso de Ribeirão das Neves
• Região Metropolitana de Belo Horizonte – capital do estado de Minas Gerais. É considerado um município dormitório
• população de 349.307 hab. estimada para 2009• população de 349.307 hab. estimada para 2009• população jovem• estigma de “cidade presídio - 1% da população do
município• IDH médio • 30% da população tem renda per capita abaixo da linha
da pobreza
PRÁTICA INTERSETORIAL
• Acesso a tecnologia através do Programa BDSocial• Software e Metodologia Cogitare – apontando conceito
da Atenção Integrada e Indicador transversal (IVS)• Município resolve aportar recursos para compra do
software e implantação da metodologia• Interesse inicial das Secretarias de Assistência Social e • Interesse inicial das Secretarias de Assistência Social e
Saúde. Articulação com Sec. de Educação que alocou o recurso
• Composição de uma equipe intersetorial• Capacitação na aplicação da tecnologia e construção de
diagnostico situacional comum• Identificação de pontos para articulação de ações • Planejamento intersetorial
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• A prática da intersetorialidade nos governos locais é um desafio técnico e político.
• O quadro atual precariedade de condições torna mais difícil a possibilidade da intersetorialidade
• A visão compartilhada e interligada dos fatores que • A visão compartilhada e interligada dos fatores que contribuem para o empobrecimento da população é ainda é o primeiro passo
• Visão clara do papel da organização (fragmentada) na multidimensionalidade da pobreza
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O acesso a tecnologia utilizada (Cogitare)
– Incorporação do conceito ampliado de pobreza– Facilitou a visualização conjunta de informações de
interesse de várias áreas– Construção automática de um quadro da vulnerabilidade– Construção automática de um quadro da vulnerabilidade
municipal e seus componentes– Incentivou o encontro de vários setores para o debate dos
problemas levantados
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desafios
– Visão ainda restritiva da pobreza– Cultura informacional deficiente
– Baixa qualidade na coleta de informações– Falta recurso humano capacitado para produção e – Falta recurso humano capacitado para produção e
análise das informações– Recursos tecnológicos
– Fragmento da organização e disputas políticas