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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO DO TRABALHO, EMPREGO E SEGURANÇA SOACIAL

INTERVENÇÃO DE SUA EXCELENCIA, Dr.ª VITÓRIA DIAS

DIOGO, MINISTRA DO TRABALHO, EMPREGO E SEGURANÇA

SOCIAL, NA REUNIÃO NACIONAL DO INSS

Maputo, 10 de Agosto de 2016

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Senhor Presidente do Conselho de Administração do INSS

Exmo. Senhor Dr. Aguiar Mazula – Antigo Ministro do Trabalho

Senhores Membros do Conselho da administração do INSS

Senhora Secretária da OTM – CS da Cidade de Maputo

Senhor Coordenador da CONCILMO da Cidade de Maputo

Senhor Presidente do Conselho Empresarial da Cidade de Maputo

Senhores Membros do Conselho Consultivo do MITESS

Senhora Directora do Trabalho, Emprego e Segurança Social da Cidade de

Maputo

Senhores Delegados Provinciais do INSS

Distintos Convidados

Minhas Senhoras e Meus Senhores

É com sentido de responsabilidade que me dirijo vós nesta sessão de

abertura da Reunião Nacional do Instituto Nacional de Segurança

Social. Endereço uma saudação a todos presentes e em especial aos

representantes dos pensionistas do nosso Sistema de Segurança Social

pela vossa disponibilidade de se juntarem a nós neste evento tão

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importante tanto para nós como instituição como para vós, que sois os

donos do sistema.

Dirijo igualmente a minha saudação aos membros do Conselho de

Administração, quadros da Direcção Geral, os Delegados Provinciais e

aos técnicos aos mais diversos níveis pela vossa dedicação à causa e ao

compromisso de prestar serviços com zelo e dedicação

Auguro de que a nossa Reunião Nacional se tornará num espaço nobre

de reflexão e de projecção de ideias sobre como o INSS deve

prosseguir na senda da modernização para melhor servir.

Testemunhamos há momentos ao lançamento do livro sobre “Os

Fundos de Pensões na Economia Moçambica” um contributo

valioso na forma de reflectir sobre esta matéria e é um sinal inequívoco

da preservação da memória institucional e a história do país, sendo o

nosso sistema de segurança social produto e uma das conquistas da

nossa Independência Nacional.

Minhas Senhoras

Meus Senhores

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Estamos aqui reunidos para, com responsabilidade, profissionalismo e

realismo fazermos o balanço das nossas realizações, desde a última

Reunião Nacional, em 2015, definir novos objectivos, metas e

perspectivarmos o futuro, tendo sempre presente os nossos desafios.

O Governo no seu Plano Económico e Social de 2015 previa a

inscrição de oito mil e oitenta e cinco (8.085) contribuintes e já

registamos nove mil, novecentos e oitenta e sete (9.987) durante o

primeiro semestre. Os progressos que gradualmente vamos registando

nos últimos anos têm-nos induzido, como INSS, a buscar novas

formas de ser e estar na gestão da coisa pública com o intuito de

melhorar o seu desempenho e cumprir com a nossa missão que é de

assegurar o atendimento atempado dos nossos utentes e garantir a

robustez e sustentabilidade do Sistema.

Há sinais visíveis de um grande esforço no sentido de mudar a imagem

da nossa instituição, através da melhoria do nosso funcionamento e

introdução de maior rigor nos processos de gestão . Há avanços na

implantação e utilização das Tecnologias de Informação e

Comunicação com a implementação, com sucesso, do do SISSMO–

Receita. Está-se a proceder a desconcentração de competências

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acompanhada da introdução e operacionalização de instrumentos de

avaliação de desempenho.

Estamos a progredir na detecção de práticas ilícitas e na

responsabilização dos actos, pois é fundamental que promovamos a

cultura de trabalho, de integridade, transparência e boa gestão da coisa

pública.

Distintos Participantes

A falsificação das Certidões de Quitação demonstra a existência de

falsificadores no nosso sistema e o rastreoio dos mesmos, que já está a

culminar com a suspensão dos envolvidos e o devido tratamento nas

estâncias competentes, também é um sinal do quão firmes estamos no

combate a esta prática.

A dívida de contribuições ainda continua um grande desafio por

superar. Esta Reunião Nacional deverá reflectir sobre os melhores

mecanismos de apuramento, classificação, cobrança e saneamento da

dívida. Deverá ainda reflectir sobre as melhores formas de

coordenação entre a Inspeccão Geral do Trabalho e o INSS,

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mormente entre Inspecções Provinciais do Trabalho e as Repartições

de Auditoria e Contencioso do INSS.

É necessário adoptarem-se mecanismos diversificados de cobrança da

dívida privilegiando a componente pedagógica e didáctica, pois muitas

vezes, é o micro, pequeno e médio empresário que não canaliza por

desconhecimento. Aliás, dos oitocentos sessenta e dois milhões,

novecentos e quarenta e nove mil, seiscentos e um e dezasseis

centavos (862.949.601,16 MT) valor em dívida, cento e quarenta e

oito milhões, cento e dez mil, setecentos quarenta e quatro

meticais e noventa e dois centavos (148.110.744,92MT) foram

recuperados sendo que deste valor, cento quarenta e quatro

milhões, duzentos trinta e dois mil, seiscentos e oitenta e seis

meticais (144.232.686,00MT) foram recuperados após interpelação

extra-judicial. Contudo, ao invés de realçarmos somente a

obrigatoriedade de inscrição e contribuição, devemos disseminar a

informação sobre a importância da protecção social do trabalhador. É

necessário persuadir, demonstrar tanto aos empregadores como aos

trabalhadores que a segurança social é vital para as próprias empresas,

porque é ela que vai sustentar os trabalhadores e suas famílias no caso

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de ocorrência de situações que impeçam, temporária ou

definitivamente, o trabalhador de dar o seu contributo à empresa.

Importa referir que a Inspecção Geral do Trabalho realizou até Junho

do corrente ano 3.950 inspecções ordinárias e, destas resultaram em

1664 autuações e 5041 advertências, o que também é um sinal da

nossa abordagem pedagógica e didáctica junto ao nosso

empresariado.

A reorganização da área de investimentos deve igualmente continuar a

constituir uma das nossas prioridades. Com a conclusão da elaboração

da Política de Investimento, estão criadas as condições para que

possamos continuar a trabalhar com o devido pragmatismo,

priorizando a rentabilização dos investimentos feitos e tomar as

devidas cautelas nas futuras aplicações a fazer.

Temos que continuar com a reforma institucional e prosseguir com a

necessária segregação de funções para uma maior flexibilidade e

controlo. Para um bom gestor a equação é bem clara: não apostar em

investimentos ou empreendimentos sem boas perspectivas de retorno,

muito menos primarmos pela inobservância das regras básicas exigíveis

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no processo decisório, daí a pertinência da Estratégia e Política de

Investimentos.

Somos também chamados a acompanhar melhor os resultados das

entidades nas quais investimos, com vista a assegurarmos o acesso aos

dividendos que nos são devidos.

No quadro da modernização para melhor servir, a conclusão do

processo de Informatização Global do Sistema, designadamente a fase

do SISSMO-Pagamento, é outro desafio que deve merecer nossa

maior atenção. Queremos salientar que a informatização do sistema

não se deve limitar apenas à implementação dos pacotes informáticos,

é necessário garantir que as funcionalidades criadas operem em pleno e

que são adequadas as nossas necessidades. É também imperioso que

estas ferramentas sejam do domínio dos utilizadores. Por isso, sem

significar novos recrutamentos, iremos abraçar a reorientação

profissional, temos que optimizar os quadros. A qualidade do

desempenho dos nossos recursos humanos tem de ser o nosso

apanágio.

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Não é por acaso que temos o privilégio de estar numa instituição como

o INSS, com um sistema remuneratório diferenciado. Temos que

justificar essa diferenciação com o nosso desempenho.

As prestações da Segurança Social Obrigatória constituem o objectivo

final de todo o percurso contributivo do trabalhador. É assim, que

decorridos 27 anos de vigência do Sistema, a par de outras prestações

como as dos ramos de doença, maternidade e morte, registamos que

mais de 47.000 pensionistas recebem as suas pensões via banco,

reduzindo a distância e o tempo de espera do utente, para além de

concorrer para a poupança.

Temos, contudo, de nos pôr o desafio de continuar a reduzir o tempo

de tramitação de expediente, é importante introduzir mecanismos de

gestão do fluxo documental, para imprimir maior celeridade.

Distintos presentes

Desde 2015 que temos vindo a implementar medidas de

racionalização, tinhamos situações de provisão de regalias como por

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exemplo, prémios anuais sem regras claras, bônus de rendibilidade sem

indicadores de desempenho objectivos. Hoje temos um Plano

Estratégico de Recursos Humanos que já traz linhas claras sobre como

gerir os recursos humanos e como criar referências do bem servir,

premiando e valorizando o bom trabalho.

Por outro lado, o factor humano continuará sendo uma das nossas

prioridades. A motivação, o empenho, a disciplina e a qualidade devem

nortear a nossa acção para o sucesso da nossa missão. Estamos cientes

que a “modernização para melhor servir” depende grandemente da

intervenção consciente e responsável do Homem, porque é este que

vai fazer com que as coisas aconteçam.

O alargamento da Segurança Social Obrigatória para abranger mais

beneficiários constitui, igualmente, uma das grandes prioridades na

nossa governação, pois a extensão vai aumentar a base contributiva e

permitir não só a protecção social a mais moçambicanos, mas também

a sustentabilidade do nosso Sistema.

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É por isso que aprovamos os instrumentos legais para a integração dos

Trabalhadores por Conta Própria (TCP), na Segurança Social

Obrigatória.

Ao INSS cabe não só a garantia da inscrição deste segmento de

trabalhadores, mas também e, sobretudo isso, garantir a contribuição

efectiva como forma de assegurar a percepção, em tempo útil, dos

benefícios a que têm direito.

Minhas Senhoras

Meus Senhores

Os resultados da prova de vida realizada de Janeiro a Abril de 2016

demonstram que dos 47.000 pensionistas registados no sistema,

5.638 não haviam comprovado a sua existência. Suspendemos as

respectivas pensões nos termos da Lei, contudo, até Julho último,

pelo menos 3.363 dos pensionistas suspensos regularizaram a sua

situação, pelo que gostaria de apelar a todos aqueles pensionistas que

ainda não o fizeram por diversas razões pudessem fazer a Prova de

vida, devendo para o efeito contactar o balcão do INSS mais próximo.

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Quero exortar para que usem deste evento um momento especial para

receber e transmitir experiências, para replicá-las a outros funcionários

nos vossos locais de trabalho, porque as mudanças que almejamos só

serão concretizadas se todos nós colocarmos em prática a Missão, a

Visão, os Valores, a Cultura e os Objectivos institucionais.

Termino desejando sucesso nos trabalhos e que as conclusões e

decisões saídas deste evento correspondam aos anseios de todos em

benefício dos utentes e do próprio Sistema de Segurança Social.

Desta forma, DECLARO ABERTA A REUNIÃO NACIONAL

DO INSTITUTO NACIONAL DE SEGURANÇA SOCIAL

2106.

Ndatenda!

Ochukuro!

Kanimambo!

Muito Obrigada!