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Al. Dr. Carlos de Carvalho 1.482 - Batel 80730-200 Curitiba-PR

0800 708 88 88www.iesde.com.br

978857

6388081

FundaçãoBiblioteca

NacionalISBN

978-85-7638-808-1

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Intervenção e Aprendizagem: Adolescência

1.ª edição

AutoraAline Iris Gil Parra Magnani

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© 2008 – IESDE Brasil S. A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.

Todos os direitos reservadosIESDE Brasil S.A.

Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482 • Batel 80730-200 • Curitiba • PR

www.iesde.com.br

Magnani, Aline Iris Gil Parra.

Intervenção e Aprendizagem: Adolescência./Aline Iris Gil Parra Magnani. — Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2008.

108 p.

ISBN: 978-85-7638-808-1

1. Adolescência. 2. Educação do Adolescente. 3.Comunidade e Escola. I. Título.

CDD 155.5

M196

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Sumário

Adolescência ........................................................................................................................7Conceitos básicos da adolescência ..........................................................................................................7Adolescência e a sociedade .....................................................................................................................9

Desenvolvimento e identidade do adolescente ....................................................................17Desenvolvimento humano .......................................................................................................................17Desenvolvimento do adolescente ............................................................................................................20

O adolescente e o relacionamento grupal ............................................................................25Importância das amizades e da família na adolescência ..........................................................................25Dinâmica dos grupos ...............................................................................................................................27Técnica: exercício das qualidades ...........................................................................................................28

Família e adolescência .........................................................................................................37Principais aspectos da vida em família ....................................................................................................37Tipos de organização familiar ..................................................................................................................38Relacionamento familiar ..........................................................................................................................39Quando os filhos ficam sozinhos em casa ................................................................................................40

Violência e adolescência ......................................................................................................45Índices de violência .................................................................................................................................45Violência e suas modalidades ..................................................................................................................46Drogas e adolescência ..............................................................................................................................49Projeto de vida para nossos jovens ..........................................................................................................51

Bullying ................................................................................................................................55O que é bullying? .....................................................................................................................................55Alternativas para a paz na escola .............................................................................................................58

Resiliência ............................................................................................................................65Noção cultural de resiliência ...................................................................................................................65O que engendra a resiliência? ..................................................................................................................68Diferentes formas de encarar as adversidades .........................................................................................69

Desenvolvimento da sexualidade .........................................................................................73Sexualidade humana ................................................................................................................................73Adolescente: corpo em transformação .....................................................................................................75O desabrochar de novos sentimentos e sensações ...................................................................................77

Escola e adolescência ...........................................................................................................81Surgimento da escola ...............................................................................................................................82Escola: espaço de aprendizado e socialização .........................................................................................83Vida escolar e vida social ........................................................................................................................84

Escolha profissional .............................................................................................................89

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Momento decisivo ...................................................................................................................................89Influências X escolha ...............................................................................................................................90Quem escolhe? .........................................................................................................................................92

Gabarito ................................................................................................................................99

Referências ...........................................................................................................................105

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Apresentação

M uitos estudos têm investido na busca por compreender melhor o fenômeno da adolescência, responsável por incitar muitas discussões acadêmicas, escolares, familiares e em diversas outras instâncias. A compreensão dessa fase tem se mostrado essencial para subsidiar o

trabalho de professores e de profissionais, bem como para orientar pais e familiares na convivência com seus filhos.

O propósito desse livro é promover discussões e reflexões acerca dos aspectos psicológicos, culturais e sociais relacionados à adolescência, destacando comportamentos e condutas próprios dessa fase. Espera-se, também, a compreensão das relações interpessoais estabelecidas pelos adolescentes no ambiente escolar, familiar e em outros grupos sociais de que fazem parte. Destaque especial será dado para a abordagem sobre o processo de ensino–aprendizagem direcionado a adolescentes, bem como o papel do educador como um de seus principais partícipes.

No primeiro capítulo discutiremos sobre os diferentes conceitos referentes à palavra adoles-cência, que abordam desde os aspectos físico-biológicos – próprios a uma determinada fase etária – até as questões de cunho social, antropológico e também psicológico.

No capítulo dois apresentaremos as etapas do desenvolvimento humano, com ênfase no mo-mento do adolescer, quando a compreensão das mudanças que ocorrem com o próprio corpo – físicas e psíquicas – é fundamental para a formação da identidade.

O capítulo três versa sobre a convivência grupal, a dinâmica dos grupos adolescentes e a importância dos laços sociais para o desenvolvimento e formação da personalidade.

Outras questões-base para a compreensão dessa fase tão especial, como a do relacionamento familiar, da presença dos pais, do companheirismo e da amizade encontrados no lar, serão discutidos do capítulo quatro.

O tema de discussão do capítulo cinco é a violência, buscando o esclarecimento sobre suas diferentes modalidades, bem como as reais perspectivas do jovens em valorizar a própria vida, tendo em vista as adversidades próprias do mundo de hoje.

No capítulo seis discutiremos um tema que, além de atual, é também fundamental para o trabalho dos professores em sala de aula. Estamos falando do bullying, prática de agressão física e verbal que ocorre principalmente nas escolas e é calcada nos preconceitos sociais que, em boa parte, são “trazidos de casa”.

O capítulo sete versa sobre resiliência, ou seja, sobre as diversas formas de um indivíduo reagir positivamente diante das dificuldades que poderão aparecer ao longo de sua vida. Sabemos que muito facilmente os jovens de hoje procuram meios autodestrutivos para se esquivar das frustrações. O tema resiliência deve ser trabalhado em sala de aula, pois se acredita no papel do professor como orientador de seus alunos no momento em que eles se encontram emocionalmente vulneráveis e pro-pensos a tomar decisões equivocadas sobre suas próprias vidas.

Outro tema, motivo de grandes confusões entre os adolescentes, é o da sexualidade. Ele deve ser trabalhado em classe por meio de atividades que visem não só o esclarecimento a respeito do fun-cionamento fisiológico do corpo humano, mas que também tenham como premissa trazer aos alunos

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o autoconhecimento e o significado socioafetivo do que representa a maturidade e a responsabilidade da vida sexual adulta.

No capítulo nove buscaremos comprender o importante papel da escola e do professor na vida dos adolescentes, reiterando muitos aspectos vistos ao longo dessa disciplina.

E, por fim, no capítulo dez, traremos à discussão um tema responsável por tirar o sono de mui-tos pais e adolescentes, a escolha profissional, bem como todas suas implicações sociais e familiares.

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O adolescente e o relacionamento grupal

A adolescência marca uma nova fase na vida do indivíduo. Nas culturas ocidentais é o momento dele se preparar para entrar no mundo adulto.

Muitos especialistas afirmam que esse é um período caracterizado por uma crise de identi-dade, quando ocorrem questionamentos relativos ao próprio corpo, aos valores estabelecidos pela sociedade, às escolhas a serem feitas, ao lugar na sociedade, entre outras questões.

Pouco a pouco, o adolescente se afasta de sua identidade infantil e vai construindo uma nova definição de si mesmo. É um período que exige do jovem certa reorganização do seu espaço pessoal e social e que, segundo Serrão e Baleeiro (1999, p.15), inicia-se “com contestações, rebeldias, ruptu-ras, inquietações, podendo passar por transgressões, chegando a uma reflexão sobre os valores que o cercam, sobre o mundo e seus fatos e sobre o seu próprio existir nesse mundo”.

A construção dessa nova identidade é cercada por uma intensidade de sentimentos. O jovem começa a se conhecer, a perceber transformações e a questionar valores que foram por muito tempo sua base.

Inicia-se um questionamento de si mesmo enquanto um indivíduo dotado de uma personalidade quase adulta, com características próprias, fato que acaba por gerar alguns conflitos com a família, grupo, cultura e sociedade a que esse jovem pertence.

Nessa mesma fase, o indivíduo tende a fazer do seu grupo de amigos o mais importante do âmbito social. Dentre esses, escolhe aqueles que costumam ter os mesmos interesses, gostos, idéias, crenças, atitudes e que reafirmam a “nova” personalidade que começa a ser delineada naquele jovem com a chegada na adolescência. Por isso, para boa parte dos adolescentes, a lealdade e a intimidade se tornam critérios importantes para o estabelecimento de amizades. Cole (2003) afirma que são nas conversas íntimas com os amigos que os adolescentes se definem e exploram sua identidade.

Importância das amizades e da família na adolescência

Durante a segunda infância (de 7 a 11 anos), as crianças tendem a formar grupos caracteriza-dos por gêneros, ou seja, os meninos só têm amigos meninos e as meninas só se relacionam entre si. É um período marcado por disputas e sentimentos hostis entre ambos os sexos.

Quando essas mesmas crianças entram para a adolescência, tudo isso se modifica. O início da puberdade é marcado por uma série de transformações na vida, dentre as quais podemos citar as mu-danças físicas, que são as mais evidentes, e as comportamentais que também são bastante visíveis e que geram alterações significativas nos relacionamentos dos nossos jovens.

Pesquisas realizadas nos Estados Unidos concluíram que os jovens que estão entre a 7.ª série do Ensino Fundamental e o Ensino Médio passam duas vezes mais tempo com seus pares da escola do

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que com seus pais. Outra conclusão importante dessas pesquisas, é que os grupos adolescentes funcionam com menos orientações e controle por parte dos adultos (COLE, 2003). Isso se dá porque o distanciamento para com os adultos aumenta cada vez mais para que seja possível o desenvolvimento da autonomia do jovem.

Erik Erikson, importante psicólogo que em seus estudos enfatizava o pro-cesso da formação da identidade afirmou que, para o adolescente desenvolver uma identidade sólida, é necessário que consiga moldar suas identidades nas es-feras sociais e individuais, ou como ele mesmo afirmou, o adolescente precisa estabelecer “a identidade dessas duas identidades” (COLE, 2003).

Para Erikson, o adolescente desenvolve sua identidade por meio de um pro-cesso que depende dos seguintes fatores:

O julgamento que ele faz dos outros.

O julgamento que os outros fazem dele.

Como ele vê o julgamento dos outros.

Como ele mantém em sua mente categorias sociais importantes quando faz um julgamento sobre outras pessoas.

O jovem tem um comportamento mais reflexivo que o leva a se preocupar com sua imagem social e sua integração, mas que também considera suas idéias e convicções individuais.

As disputas próprias da infância e os grupos formados exclusivamente por crianças do mesmo sexo, na adolescência, dão lugar a grupos heterogêneos e mais numerosos que são menos influenciados pelo controle dos adultos. Vejamos no Quadro 1 as principais mudanças que ocorrem na vida do adolescente nos aspec-tos biológicos, comportamentais e sociais:

Quadro 1 – A mudança biossociocomportamental – a transição para a idade adulta

Domínio biológico(C

OLE

, 200

3, p

. 708

)

Capacidade para a reprodução biológica.

Desenvolvimento de características sexuais secundárias.

Alcance do tamanho do adulto.

Domínio comportamental

Realização de operações formais em algumas áreas (pensamento sistemático).

Formação da identidade.

Domínio social

Relações sexuais.

Mudança para a responsabilidade fundamental por si mesmo.

Início da responsabilidade pelas próximas gerações.

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Mesmo que nesse momento os jovens de sexos opostos se relacionem mais facilmente, ainda boa parte de suas amizades mais próximas continua sendo do mesmo sexo. Quanto à qualidade dessas amizades, as meninas costumam ter um relacionamento mais intenso e ciumento. O contato ocorre com bastante freqüên-cia seja via telefone, seja pelas conversas on-line. As meninas também costumam seguir o comportamento das amigas e procuram sempre fazer e ter o que a outra amiga faz e tem. Segundo Cole (2003, p. 638), esse comportamemto expresso em uma intensa competição entre as meninas tende a diminuir no final da adolescên-cia. Segundo o autor, “as meninas tendem a serem menos assombradas pelo medo de serem abandonadas e traídas”.

Diferentemente das meninas, os meninos têm amizades menos íntimas e mais numerosas. Nesse momento, estão mais preocupados em estabelecer sua indepen-dência com relação aos pais e outros adultos. Segundo Cole (2003), as amizades dos meninos não são permeadas por sentimentos elevados e pela preocupação com os outros, ou seja, estão mais preocupados com seus planos individuais do que com a opinião dos colegas.

Dinâmica dos gruposNossa vida está marcada pela convivência em grupo. O tempo todo estamos

nos relacionando, trocando idéias, aprendendo coisas novas, conhecendo outras pessoas, ou seja, nunca ficamos completamente sozinhos. Raramente encontrare-mos pessoas que vivam totalmente isoladas. Vivemos em grupo!

Para que a convivência entre as pessoas seja harmoniosa, tendo em vista as diferenças dadas entre seus componentes, são criadas normas e regras de forma a regular a vida em sociedade. Devido a isso, sabemos qual horário em que deve-mos chegar ao trabalho e até que horas temos de trabalhar. Se eu vou a uma sessão de cinema, programo-me para chegar no horário porque sei que ela começará às 20h, estando eu lá ou não.

Durante toda a vida participamos de vários grupos. Quando crianças, nosso grupo social é mais limitado, formado pelos nossos familiares e poucos amigos. Quando a vida escolar inicia, geralmente, o grupo de amigos aumenta.

Uma característica interessante dos grupos é que eles podem ser divididos em grupos que são formados pela convivência com pessoas que não escolhemos ter ao nosso lado, como os que se encontram nas salas de aulas, por exemplo. Esse tipo de grupo possui uma solidariedade mecânica, designação oriunda da área da Psicologia Social para se referir ao grupo cujos integrantes não escolheram se agrupar por opção própria.

Há outro tipo de agrupamento, mobilizado pela solidariedade orgânica. Nele, seus integrantes optaram por estarem juntos, devido às afinidades, idéias e interesses, tais como ocorrem com as “panelinhas”, formadas em salas de aula e que podemos chamar também de subgrupos, pois foram formados a partir da existência de um grupo maior, nesse caso, a sala de aula.

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Vale notar que os grupos geralmente são de solidariedade orgânica, pois são formados por pessoas que compartilham as mesmas idéias ou têm objetivos parecidos.

Serrão e Baleerio (1999, p. 139), de maneira bem simples e direta, descre-vem a experiência proporcionada pela fase inicial de formação de um grupo:

Quando um grupo se inicia, todos chegam trazendo o que é seu. Desconfiados, apreen-sivos, alegres, interessados, observadores, distraídos, esperançosos, temerosos, tímidos, expansivos, silenciosos, resistentes, eles vêm se aproximando em busca de algo, cada um com seu jeito, sua forma, seu temperamento, sua história de vida, seu desejo, seu destino. Mãos soltas e olhares inquietos, começam a ver outros seres, outros olhos, e ao se darem as mãos somam afetos, alegrias, preocupações, carinhos, medos.

Um grupo se forma quando todos encontram nele seu lugar, lugar flexível, garantindo a cada um sua importância, seu significado. Eu, você, o outro – nós.

Diante das idéias trazidas até aqui, é importante ressaltar que para o educa-dor ter um bom relacionamento, uma boa dinâmica grupal com seus alunos ado-lescentes, é preciso estar atento a todas as especificidades que o jovem encontra no decorrer dessa fase e que são fundamentais para a construção de sua identida-de e da convivência em sociedade.

Um jovem pertence a um grupo quando percebe que suas idéias são respei-tadas e valorizadas. Com certeza teremos um fortalecimento em sua auto-estima, o que o ajudará a conviver com pessoas diferentes em vários contextos.

A seguir apresentaremos uma sugestão de atividade que o educador poderá trabalhar em sala de aula com seus alunos, objetivando fortalecer os relaciona-mentos grupais.

Técnica: exercício das qualidadesObjetivos: conscientização das qualidades positivas existentes no grupo;

perceber as qualidades do outro e expressá-las; avaliar suas qualidades pessoais.

Material: tiras de papel e lápis.

Desenvolvimento IO facilitador (quem desenvolverá a atividade) deve:1. dispor um grupo em círculo, sentado;2. distribuir para cada participante duas tiras de papel em branco. Solicitar

que pensem no vizinho da direita e da esquerda, procurando uma qua-lidade positiva que chama mais atenção de forma positiva na feição ou comportamento de cada um dos dois colegas;

3. pedir que cada qualidade seja escrita em uma tira individualmente. Não identificar. Dobrar;

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4. o facilitador recolhe todos os papéis, embaralha e redistribui (dois pa-péis para cada participante);

5. solicitar que cada um assuma os papéis recebidos como se tivessem sido escritos por si, procurando no grupo quem possui as qualidades neles expressas;

6. pedir que cada participante leia alto as qualidades que têm nas mãos, dando-as à pessoa que julga possuí-las e justificando o motivo de sua escolha;

7. pedir que cada um comente as qualidades recebidas;

8. pedir que cada pessoa, em ordem no círculo, diga as qualidades que escreveu inicialmente para os seus vizinhos;

9. plenário – compartilhar com o grupo o que mais lhe chamou a atenção na atividade.

Desenvolvimento II1. grupo em círculo, sentado;

2. cada pessoa recebe duas tiras de papel nas quais deve descrever, com letra de forma, sem se identificar, uma qualidade do seu vizinho da es-querda e outra do da direita;

3. dobrar cada tira e entregar ao facilitador, que deve misturá-las, redistri-buindo-as;

4. cada pessoa recebe duas novas tiras com qualidades que deve assumir como tendo sido escritas por si;

5. olhar o grupo e escolher duas pessoas a quem dar cada uma das quali-dades que têm nas mãos. Ao dar a qualidade, explicar o motivo de sua escolha;

6. após a entrega de todas as qualidades, cada participante comenta o que recebeu;

7. o facilitador pede ao grupo que se ponha de pé em círculo, segurando as qualidades recebidas;

8. um voluntário inicia o jogo dizendo alto umas das qualidades recebi-das, entregando-a a um companheiro da roda que julga possuir a mesma qualidade. Este entrega a outro que também possui essa característica, até que se esgotem todos os que possuem essa qualidade. O último a coloca no centro do grupo;

9. outro voluntário inicia o mesmo processo até que todas as tiras tenham passado por aqueles que possuem a qualidade expressa no papel;

10. terminado o jogo, sentar em círculo, dar as mãos e fechar os olhos.

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11. o facilitador orienta o grupo para uma reflexão pessoal:

a. o que é preciso trabalhar em si mesmo para melhorar o funciona-mento grupal?

b. que propósito de mudança é possível construir em si?

12. abrir os olhos e dizer alto para o grupo o seu propósito;

13. fechamento: de mãos dadas, pedir para que cada um complete a frase: “Quero dizer que hoje eu...”.

ComentárioTrabalhar com qualidades é referenciar positivamente o grupo. Essa é uma

atividade que permite ao facilitador captar o perfil do grupo e suas possibilidades. Na realização desse trabalho, é essencial perceber como os alunos se atribuem qualidades e se eles realmente se conhecem. Um grupo só pode possuir um perfei-to funcionamento à medida que há um conhecimento mútuo entre seus integran-tes. Identificando as potencialidades de cada um, cada membro poderá contribuir melhor para o convívio entre seus colegas.

Quando um grupo se forma, seus integrantes trazem para esse âmbito suas subjetividades, histórias, idéias, hábitos e preferências. A maioria das pessoas bus-ca algum grupo com o qual se identifica e que, ao mesmo tempo, dá-lhe uma iden-tidade e um lugar para pertencer, pois “é no grupo que o adolescente reconhece o igual e o diferente, as limitações e as possibilidade, as simpatias e as antipatias, os afetos e os desafetos, tendo de aprender a lidar com essas questões, suportando frustrações, compartilhando sentimentos, comunicando-se” (SERRÃO; BALE-EIRO, 1999, p. 140).

Atividades como a que se encontra sugerida aqui podem ser feitas sempre que for necessário evidenciar no grupo aquilo que ele tem de positivo e, a partir daí, propor ações que o ajudem a alcançar os objetivos estabelecidos.

O facilitador deve estar atento ao fato de alguns adolescentes receberem um maior número de qualidades que outros. Ocorrendo sentimentos de descon-forto, o educador deve possibilitar a expressão desses sentimentos e facilitar o acolhimento pelo grupo. Para aplicar essa dinâmica, sem riscos de interferências prejudiciais ao estabelecimento dos vínculos interpessoais, é necessário que já exista certo nível de integração grupal. (Projeto Memorial Pirajá apud SERRÃO; BALEEIRO, 1999, p. 160).

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Vínculos imaginários(OLIVEIRA, 2007, p. 21-29)

Por meio de tribos urbanas, ídolos e modismos, os adolescentes exercitam as relações socioafetivas, criam códigos de comunicação e atitudes, mas, ao igualar-se a

seus pares para diferenciar-se dos demais, deparam com imagens ilusórias que podem favorecer os comportamentos

de risco e o acirramento das divergências sociais.

Maria Claudia Santos Lopes de Oliveira

Na adolescência o desenvolvimento psíquico é marcado por processos de transformação definidores do modo de organização pessoal na vida adulta. Estes envolvem conflitos e crises, que ocorrem em meio a um movimento psíquico de natureza pendular. Ora os adolescentes se fundem imaginariamente a outro ou a um grupo, identificando-se com ele de modo passional, pas-sando a adotar seus valores, crenças e perspectivas, ora buscam identidade própria por meio da se-paração simbólica, que contempla a diferenciação ativa em relação aos outros sociais mais signifi-cativos e a conquista de maior autonomia subjetiva e social. O gradual afastamento do adolescente em relação às figuras parentais e aos educadores demanda que o adolescente encontre na sociedade outros modelos e valores sólidos nos quais possa se apoiar até a consolidação da identidade.

Entretanto, os valores sociais contraditórios e as ambigüidades nas referências sociais e institucionais, típicas de nosso tempo, privam o adolescente de sistemas normativos que orien-tem sua conduta individual e grupal e de matrizes de identificação que norteiem o processo de formação de sua identidade. Mas como isso se reflete nas formas de vida do adolescente con-temporâneo?

Guardadas algumas diferenças de gênero, de classe e de grupos, a conquista da individuali-dade e da autonomia passa pela progressiva apropriação do espaço público, ou seja, pela transição dos espaços privados, protegidos e regrados da casa e da escola para o cenário polifônico, contra-ditório, plural das ruas. Agora, as relações socioafetivas do adolescente não são mais direcionadas pelas escolhas dos pais ou restritas às alternativa disponíveis no cenário social mais próximo. Os vínculos se constituem por meio de novas práticas sociais e sistemas de atividades que ele passa a integrar, com outros parceiros e grupos.

Dado o maior distanciamento entre os adolescentes e suas famílias, os pares de mesma idade passam a ter papel preponderante como mediadores dos processos de socialização. Entre eles, os jovens tendem a se sentir menos exigidos a negociar as diferenças de pontos de vista. Os grupos adolescentes costumam ser mais tolerantes e ter uma estrutura normativa mais flexível do que a família e a escola, favorecendo o acolhimento de sentimentos e visões de mundo que seriam nelas rejeitados. Desde que não se violem as normas internas do grupo, as características subjetivas do adolescente são em geral mais respeitadas por seus semelhantes do que pelo mundo adulto.

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Ensaio socialOs processos associados à constituição da identidade adolescente formam o objeto da atenção

do psicanalista alemão Erik Erikson (1902-1994), que emigrou para os Estados Unidos e tornou-se um dos precursores da psicologia do ego. Ele observou que, nesta fase da vida, profundas mudan-ças biopsicossociais levam o sujeito a passar por uma grande reorganização psíquica. Tudo começa com os eventos da puberdade, que, ao promoverem um crescimento físico veloz e mudanças nas formas do corpo, impõem uma recomposição da auto-imagem. Depois, novas exigências sociais recaem sobre o adolescente, uma vez que ele deixa de ser considerado um membro imaturo e in-fantil da comunidade familiar. Instaura-se também uma transformação na qualidade das relações socioafetivas, determinada pela realidade do corpo erotizado e pela maturidade reprodutiva. Tudo culmina na mudança dos significados antes atribuídos à família: com a superação da dependência passa a perseguir mais liberdade e autonomia.

A experimentação de diferentes papéis oferece a ele matéria-prima para a gradual construção de uma nova identidade. Dessa forma, as interações grupais constituem um contexto oportuno para o ensaio e a vivência de personagens. A função dos grupos no processo de desenvolvimento global dos jovens tem sido objeto de investigação, com vistas a compreender os limites e as possi-bilidades de sua influência sobre o sujeito. Sabemos que, para entender o efeito subjetivo das expe-riências de socialização nos grupos de mesma idade, é preciso analisar a qualidade e a intensidade das relações socioafetivas nelas estabelecidas.

Podemos notar que, na atualidade, prevalece entre os adolescentes a tendência à integração a um número maior de comunidades, grupos e agrupamentos, não obstante o caráter mais frouxo e frágil dos vínculos sociais neles constituídos. Talvez fique mais fácil compreender o impacto dessas mudanças nos modos de socialização adolescente pela distinção entre grupos contratuais e agrupamento, feita a seguir.

Grupos acontratuaisEm gerações passadas, o trabalho realizado ao longo da infância pelas instituições educati-

vas (em especial, a família e a escola), no campo da formação de valores, baseava-se no modelo hierárquico de transmissão cultural. Neste, as regras do jogo social eram claramente apresentadas, desde o berço, no mundo privado da família, caracterizando o núcleo da socialização primária. Ao chegar à adolescência, o sujeito já havia internalizado o padrão moral de sua comunidade e podia se valer do maior discernimento cognitivo e da autonomia conquistados para agir em consonância com esse padrão.

Naquele contexto, as relações sociais nos grupos de pares tendiam a reproduzir os modos de socialização dominantes. Raramente se tratava de grupos espontâneos; a maior parte deles conta-va com a presença de um adulto para regular as interações, constituindo um espaço intermediário entre a família e a esfera pública.

A experiência social nesse tipo de grupo desde a infância era encorajada pelas famílias, por proporcionar o treinamento social considerado indispensável para que cada um desenvolvesse as aptidões subjetivas e sociais necessárias ao trabalho e ao mundo produtivo adulto. Incluem-se nesse modelo de socialização os grupos de escoteiros, as equipes esportivas, os grupos jovens de caráter religioso etc.

O coordenador, em geral mais velho (líder escoteiro, treinador esportivo, orientador espiri-tual), era alguém com quem o adolescente desenvolvia uma relação de confiança e apego, de tal modo que ele logo passava a desempenhar a função de modelo de identificação alternativo aos

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pais, suprindo o adolescente com os recursos fundamentais para a definição de sua identidade adulta. A empatia que permeava os vínculos estabelecidos e a natureza simbólica dos objetivos que orientava a sinergia desses grupos, tudo contribuía para transformá-los em espaços privilegiados para promover a adesão dos adolescentes aos valores consolidados na comunidade.

Nesse tipo de grupo, que se pode caracterizar como contratual, à medida que a inserção nele significa a aceitação da pauta normativa sobre a qual ele se assenta, o sentimento coletivo é cons-tantemente reforçado e a continuidade do grupo na linha do tempo é desejada, demandando assim o investimento pessoal de cada um dos seus membros.

Valores em criseHoje assistimos a uma redução do papel da família na socialização primária da prole. Crianças

e adolescentes são muito mais expostos à vida pública, por meio da mídia e da participação mais precoce na escola e em práticas sociais da comunidade. Muito cedo, eles são afetados pelas contra-dições presentes no campo social. Instituições outrora hegemônicas perdem a força como matrizes de socialização de valores. Em seu lugar, emerge uma multiplicidade de novos atores sociais, pul-verizados, que assumem a função de apresentar, aos adolescentes e jovens, valores muitas vezes fragmentários e antagônicos, que figuram lado a lado no cenário social contemporâneo.

A ambigüidade desses padrões atualmente presentes nas sociedades ocidentais se reflete no desenvolvimento do adolescente, que se encontra em uma etapa da vida em que o outro social exerce papel fundamental. Ele passa por processos que contribuem para uma fratura em seu es-quema identitário e produzem uma crise em sua organização psíquica. Para recuperar o senso de identidade de maneira coerente com suas perspectivas e com sua nova posição no contexto social, começa a depender de modo estreito de outras figuras, que servirão de referência a novas identi-ficações.

Trata-se de uma fase de idealização do outro e de relações quase sempre passionais e intensas: amizades rapidamente se tornam íntimas; breves afetos se convertem de forma instantânea em paixões que, em seguida, são debeladas por frustrações inesquecíveis; sem que se percebam ou se controlem, apreço e admiração viram idolatria.

Assim, dada a ausência de um senso de identidade bem delineado, um ego frágil pode levar ao menos a duas conseqüências: (1) o adolescente preenche a lacuna deixada pela fragmentação do senso de identidade com imagens idealizadas que ele captura do outro, individual ou grupal, de maneira acrítica; (2) ele compensa a baixa auto-estima decorrente da crise de identidade com a adoção de comportamentos narcisistas, fúteis ou de risco.

Tribos urbanasA relação sujeito-grupo na adolescência contemporânea é bem captada na discussão realizada

pelo sociólogo francês Michel Maffesoli acerca dos agrupamentos sociais que ele caracteriza como tribos urbanas. Ele as define como agrupamentos semi-estruturados, com estrutura norma-tiva frouxa, marcada pela lógica hedonista do prazer momentâneo e não-compromissado: apenas o aqui e o agora são valorizados. As tribos são comunidades empáticas, organizadas em torno do compartilhamento de gostos e formas de lazer, cujos vínculos internos perduram enquanto se mantém o interesse pela atividade (ou seja, uma apresentação musical, uma festa, um ritual de uso comunitário de drogas). Nesses sistemas, os membros da tribo se comportam como personagens de um enredo imaginário, cuja identidade se caracteriza pelo papel que desempenham, e cada situação evoca uma persona, uma identidade caracterizada pela exposição de determinados ele-

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mentos da subjetividade, enquanto outros são ocultados.

Sem contar com referências simbólicas consistentes, a frágil e cambiante identidade dos agrupamentos é buscada em descritores imaginários, que lhes conferem a ilusão de coerência e continuidade. Três descritores são adotados com mais freqüência pelos agrupamentos juvenis: a conduta e a imagem visual, a demarcação de território e o comportamento social de risco.

Muitas vezes, a associação da imagem do grupo e determinados contextos da cidade é uma forma, ainda que pálida, de crítica social: é o caso da ocupação dos centros financeiros das gran-des metrópoles, durante as madrugadas e finais de semana, por ciclistas, skatistas e outras tribos. Tomar os espaços ocupados no cotidiano pelos centros do poder financeiro, verdadeiros “templos do capitalismo”, para atividades profanas como o lazer e o ócio é um modo de transgredir a lógica hegemônica do capital, que contribui para manter o adolescente a margem.

Já no caso dos comportamentos de risco, a maior fonte de excitação parece ser a ilusão da possibilidade de escolha de viver na fronteira entre vida e morte, de decidir sobre o próprio destino, como forma de recuperar o controle sobre os eventos referentes à própria vida e seu desenvolvi-mento. Nesse momento em que praticamente todos os processo psicossociais – que envolvem o adolescente – parecem fugir de seu domínio, a idéia se torna potencialmente sedutora.

Nas três estratégias entre os integrantes dos agrupamentos, e destes com a cidade, observa-se estreita articulação entre as práticas sociais dos grupos juvenis e o ethos da contemporaneidade, atuando na recomposição da identidade do adolescente. Em todas elas, a ausência de referências simbólicas claras conduz o jovem a um mergulho narcísico na ordem do imaginário, transforman-do sua identidade em uma colcha de retalhos, constituída de imagens desconexas e mal alinhava-das entre si.

Para o jamaicano radicado na Inglaterra Stuart Hall, importante estudioso dos processos culturais da contemporaneidade, esse modo imaginário de configuração da identidade presente nos agrupamentos juvenis não é diferente do que prevalece nas sociedades urbanas contemporâ-neas. Em resposta à crise de referências simbólicas e institucionais claras, e diante da rudeza da realidade social, os adolescentes e jovens urbanos de hoje parecem buscar o sentido de si mes-mos numa imagem idealizada e ilusória do outro. Ora, nesse contexto, a diferenciação, da qual depende a formação das identidades singulares, apaga-se e os sujeitos se tornam incapazes de se reconhecer na alteridade.

A identidade tribal privilegia a homogeneidade entre seus membros como fator que leva a coesão interna e, ao mesmo tempo, permite a diferenciação do grupo em relação ao que é repre-sentado como não grupo, o extragrupal. Os grupos passam a viver experiências de fusão imagi-nária, as relações intragrupais se fecham e as divergências intergrupos se acirram. Esse fenômeno confere aos membros do agrupamento uma identidade ilusória, sustentada pela aposta subjetiva de cada um na imagem coletiva de uma comunidade de iguais, uma comunidade na qual não há nenhuma tensão, nenhuma diferenciação, portanto, nenhuma necessidade de negociação.

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O adolescente e o relacionamento grupal

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1. Quais são os principais questionamentos que surgem na adolescência?

2. Com relação às amizades e à formação dos grupos de amigos, quais são as principais diferenças entre o comportamento dos meninos em relação aos das meninas?

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CONDEMARÍN, Mabel; BLOMQUIST, Marlys. Dislexia: manual de leitura corretiva. 3. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.

Nesse livro, além de a autora discutir as características fundamentais da dislexia, também for-nece aos educadores subsídios teórico-metodológicos para a prática pedagógica.