4
O projecto tem como meta, reforçar a capacidade adapta- tiva e reforçar a resiliência do sector dos recursos hídricos às mudanças climática. Os recursos financeiros do Fun- do dos países Menos Avança- dos (LDCF) serão utilizados para enfrentar as lacunas sistémicas, institucionais e individuais em termos da ca- pacidade de gestão dos recur- sos hídricos para o consumo humano, a agricultura e ou- tros usos face a um clima em mudança. Objectivo de desenvolvimento: Garantir a disponibilidade, o supri- mento e a qualidade da água face às condições e mudanças climáti- cas. Esta meta está em linha com os Objectivos do Milénio, meta 10: reduzir para metade a proporção de pessoas sem acesso sustentá- vel a água potável, até 2015. Objectivo imediato do projecto: Aumentar a resiliência e a capaci- dade de adaptativa essencial para enfrentar os riscos adicionais im- postos pelas mudanças climáticas ao sector dos recursos hídricos em Cabo Verde Resultados do Projecto Resultado 1: Os riscos das mudanças climáticas e as medidas de adaptação sejam integrados nas principais políticas, planos e programa nacionais para a gestão dos recursos hídricos. Resultado 2: Práticas de adaptação às mudanças climáticas de pequena e média escala na gestão dos recursos hídricos sejam demonstradas e aplicadas em baci- as hidrográficas seleccionadas. Resultado 3: Lições aprendidas e melhores práticas extraídas das actividades piloto, iniciativas de desenvolvi- mento de capacidade e mudanças políticas sejam divulgadas. Ilha de Santiago É a maior ilha do arquipélago, com 991 Km 2 . Ponto culminante: Pico Antónia com 1392 m. Na ilha de Santiago, o projecto-piloto está a ser implementado nos Con- celhos de Santa Cruz, São Lourenço dos Órgãos e Tarrafal. Santiago, sob condições de seca , recebe anualmente cerca de 317 milhões de metros cúbicos (MMC) da água das chuvas. Deste montan- te, 41% são perdidos através de enxurradas, 47% por evaporação, en- quanto 12% reabasteça as reservas subterrâneas. A disponibilidade da água subterrânea totaliza cerca de 38 MMC por ano, dos quais 23 MMC podem ser obtidos através de meios convencionais. Estimativas feitas pelo INGRH coloca este montante em 16,5 MMC. (PRODOC) Meta Objectivos Intervenções do Projecto na ilha de Santiago

Intervenções do Projecto na ilha de Santiago · Formação sobre Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentá-vel, que contou com a participação de representantes de várias

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Intervenções do Projecto na ilha de Santiago · Formação sobre Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentá-vel, que contou com a participação de representantes de várias

O projecto tem como meta,

reforçar a capacidade adapta-

tiva e reforçar a resiliência do

sector dos recursos hídricos

às mudanças climática. Os

recursos financeiros do Fun-

do dos países Menos Avança-

dos (LDCF) serão utilizados

para enfrentar as lacunas

sistémicas, institucionais e

individuais em termos da ca-

pacidade de gestão dos recur-

sos hídricos para o consumo

humano, a agricultura e ou-

tros usos face a um clima em

mudança.

Objectivo de desenvolvimento:

Garantir a disponibilidade, o supri-

mento e a qualidade da água face

às condições e mudanças climáti-

cas. Esta meta está em linha com

os Objectivos do Milénio, meta 10:

reduzir para metade a proporção

de pessoas sem acesso sustentá-

vel a água potável, até 2015.

Objectivo imediato do projecto:

Aumentar a resiliência e a capaci-

dade de adaptativa essencial para

enfrentar os riscos adicionais im-

postos pelas mudanças climáticas

ao sector dos recursos hídricos em

Cabo Verde

Resultados do Projecto

Resultado 1:

Os riscos das mudanças climáticas e as medidas

de adaptação sejam integrados nas principais

políticas, planos e programa nacionais para a

gestão dos recursos hídricos.

Resultado 2:

Práticas de adaptação às mudanças climáticas de

pequena e média escala na gestão dos recursos

hídricos sejam demonstradas e aplicadas em baci-

as hidrográficas seleccionadas.

Resultado 3:

Lições aprendidas e melhores práticas extraídas

das actividades piloto, iniciativas de desenvolvi-

mento de capacidade e mudanças políticas sejam

divulgadas.

Ilha de Santiago

É a maior ilha do arquipélago, com 991 Km2 .

Ponto culminante: Pico Antónia com 1392 m.

Na ilha de Santiago, o projecto-piloto está a ser implementado nos Con-

celhos de Santa Cruz, São Lourenço dos Órgãos e Tarrafal.

Santiago, sob condições de seca , recebe anualmente cerca de 317

milhões de metros cúbicos (MMC) da água das chuvas. Deste montan-

te, 41% são perdidos através de enxurradas, 47% por evaporação, en-

quanto 12% reabasteça as reservas subterrâneas. A disponibilidade da

água subterrânea totaliza cerca de 38 MMC por ano, dos quais 23 MMC

podem ser obtidos através de meios convencionais. Estimativas feitas

pelo INGRH coloca este montante em 16,5 MMC. (PRODOC)

Meta Objectivos

Intervenções do Projecto na ilha de Santiago

Page 2: Intervenções do Projecto na ilha de Santiago · Formação sobre Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentá-vel, que contou com a participação de representantes de várias

Página 2 Projecto Reforço das Capacidades de Adaptação e Resiliência às Mudanças Climáticas no Sector dos

Recursos Hídricos em Cabo Verde

Síntese de Algumas Actividades do Resultado 1

As acções de formação e sensibilização buscam

assegurar que as vulnerabilidade e riscos, assim

como as oportunidades, acarretados pela

mudanças climáticas sejam amplamente

conhecidas em toda a comunidade.

Actividades Local Nº de partici-

pantes

Nº de mu-

lheres

Formação sobre Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentá-

vel, que contou com a participação de representantes de várias insti-

tuições nacionais Delegações locais do Ministério (Saúde, Educação,

Des. Rural), ONGs, Serviços Descentralizados, Corpo da Paz, Cruz

Vermelha, ACB, Câmaras Municipais.

24 9 Rª Seca São Lou-

renço dos Órgãos

Tarrafal 23 11

Formação de Formadores sobre Riscos, Vulnerabilidades, Oportunida-

des e Medidas de Adaptação aos RH em CV Formação teve a partici-

pação de técnicos superiores que de todas as instituições parceiras,

em cada Concelho de actuação do projecto com estreita parceria das

câmaras municipais.

Rª Seca - São Lou-

renço dos Órgãos

25 6 São Lourenço dos

Órgãos

Tarrafal

Acção de Sensibilização sobre Poluição, Mudanças Climáticas e Ges-

tão da água, realizadas nas comunidades, com a participação das

associações comunitárias, agricultores e delegações do Ministério da

Educação e Desporto.

Santa Cruz 35 21

São Lourenço dos

Órgãos 34 13

Tarrafal (Milho Bco

e Ponta Furna) 55 11

Análise e Preparação da revisão do PANA II. Durante a fase de revisão

do PANA II o projecto em estreita parceria com a DGA participou dos

encontros para recolher inputs de diversos especialistas nacionais a

serem inclusos na nova versão do documento.

Nacional —————— ————

Page 3: Intervenções do Projecto na ilha de Santiago · Formação sobre Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentá-vel, que contou com a participação de representantes de várias

Síntese de Algumas Actividades do Resultado 2

Página 3 Projecto Reforço das Capacidades de Adaptação e Resiliência às Mudanças Climáticas no Sector dos

Recursos Hídricos em Cabo Verde

REALIZAÇÕES QUANTIFICA-

DAS IMPACTO COMUNIDADES E PARCEIROS

CO-PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE/PARCEIROS

LOCAIS

3,2 ha de hortícolas insta-

lados em 10 agricultores

em Rª Seca Santa Cruz

40 agricultores envolvidos na instalação aprendem

uma nova técnica de irrigação Poupança de água na

ordem dos 40% permite irrigar e expandir mais 1,2 ha

de novas parcelas irrigadas

Delegação do MDR-Santa Cruz, Unidade de Gestão

da Agua da Barragem, agricultores beneficiários

421 m2 de rega gota a

gota em horto escolar

Mais de 160 crianças do Polo Educativo vizinho em

contacto diário com uma técnica que poupa a água. Os

produtos ajudam a enriquecer a merenda escolar.

Através da Escola pode se expandir uma boa prática e

atingir se com maior eficiência a adaptação e a resili-

ência pela via da educação e da sensibilização

Delegação do MED-Sta Cruz, do MDR e pais e encar-

regados da Educação

1300 m2 de gota gota no

Tarrafal

20 agricultores vizinhos a visitarem a parcela/ sensibi-

lizados sobre a racionalização da água

Delegação do MDR-Tarrafal, Associação responsável

pela gestão da água e o SAAS-Tarrafal

2 abrigos/estufa de 600

m2 em Rª Seca Santa Cruz

e São Lourenço dos Ór-

gãos

8 Agricultores e 4 técnicos formados em novas técni-

cas de cultivos protegidos contra ventos e pragas

Delegação do Ministério agricultores técnicos envolvi-

dos na formação e na sustentabilidade das culturas

protegidas como medida de adaptação

01 abrigo/ estufa de 600

m2

Tarrafal

8 técnicos do MDR e grupos de 4 mulheres envolvidas

na formação e aplicação de práticas de irrigação e

culturas protegidas como adaptação às mudanças

climáticas numa zona ventosa e de difícil produção em

campo aberto

Grupo de mulheres chefe de família e instituições

colaboram e participam na demonstração de boas

práticas de adaptação

8 reservatórios de 50 m3

na Ribeira Seca em São

Lourenço; um de 100 m3

em Santa Cruz e um de 20

m3 no Tarrafal

Água de rega armazenada ao nível das parcelas permi-

te melhor gestão de água em micro irrigação

Ministério MDR e agricultores colaboram na aplica-

ção de medidas e boas práticas na gestão da água

8 diques de correcção

torrencial com volume

total de 1432m3 ,em San-

tiago

Amostras e análise de água de rega antes do início do

Projecto referente a 9 poços afectados pela salinidade

com a participação dos agricultores: Áreas irrigadas

após construção dos diques indicam melhoria na vege-

tação por causa do espalhamento da água doce pelos

diques construídos.

MDR agricultores e técnicos envolvidos na avaliação

da qualidade de água e na preparação de pacotes de

medidas para aumentar a infiltração e diminuir a

salinidade dos solos e da água de rega. Continua se

com a recolha de amostra para novas análises de-

pois da construção dos diques.

146,36 ha Aloe vera (um

hectare é 3333 plantas)

em Santiago

Boas práticas e medidas mecânicas e biológicas der conservação de solos são aplicadas para proteger da ero-

são e da sedimentação e valorizar as infraesftruturas de conservação de água ( barragem e diques no fundo

dos vales) e aumentar a infiltração e permitir a recarga de lençóis freáticos .

5 ha de Purgueira, 2100

plantas

Construção de arretos:

5000 metros em Rª Seca

e 4800 metros no Tarrafal

As medidas adaptativas, como a cultura em estufa, rega gota a gota e construção de diques, aumentam a resiliência face às mudanças

climáticas.

Page 4: Intervenções do Projecto na ilha de Santiago · Formação sobre Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentá-vel, que contou com a participação de representantes de várias

Síntese de Algumas Actividades do Resultado 3

Página 4 Projecto Reforço das Capacidades de Adaptação e Resiliência às Mudanças Climáticas no Sector dos

Recursos Hídricos em Cabo Verde

Em todas as zonas de intervenção

do projecto é grande o número de

mulheres agricultoras. A mulheres

são também as responsáveis por

buscar e gerir a água de uso do-

méstico.

Neste âmbito é que os grupos

“Mãe d’Água” visam preparar as

mulheres para exercer uma papel

mais presente nas decisões sobre

o acesso e gestão da água em

suas comunidades.

Síntese das Actividades em Curso

Resultado 1 Resultado 2 Resultado 3

Análise do PDM do TL, SC e SLO sobre a

inclusão dos riscos, vulnerabilidades,

oportunidades e medidas de adaptação

no sector dos recursos hídricos.

Construção de um dique em Ribeira Seca Visita guiadas com estudantes do EBI a

áreas de intervenção

Estudo sobre a percepção dos alunos do

12º ano do Liceu sobre MC, riscos, impac-

tos em CV e medidas de adaptação para

fazer face as Mudanças Climáticas.

Concurso para aquisição de material de

rega em fase de avaliação

Protocolo para produção de programas

com as rádios comunitárias dos conce-

lhos nas zonas de intervenção

Análise do Planos Estratégicos de Desen-

volvimento Agrário sobre a inclusão dos

riscos, vulnerabilidades, oportunidades e

medidas de adaptação no sector dos re-

cursos hídricos.

Plantação de 30 hectares de aloe vera,

nos Concelhos do Tarrafal e São Lourenço

dos Órgãos.

Inclusão do Género com reuniões de tra-

balho com as mulheres dos grupos Mãe

d’Água

Formação/ Sensibilização aos membros

da Ordem dos Engenheiros de Cabo Ver-

de.

Construção de um reservatório de 50m3

em Ribeira Seca

Publicação do Boletim Informativo do

Projecto

Sensibilização aos Deputados da Nação

sobre riscos, vulnerabilidades, oportunida-

des e medidas de adaptação.

Construção de 3000 metros de arretos

em Ribeira Seca

Promoção da Reunião da Comissão Nacio-

nal do Clima

Publicações no Adaptation Learning Mechanism (ALM)

Publicação do Projecto Reforço das Capacidades de Adaptação e Resiliências às Mudanças Climáticas no Sector de Recursos Hídricos

em Cabo Verde. Av. OUA , 39 Achada Santo António tel.: 2605530

ACTIVIDADES LOCAL IMPACTO COMUNIDADES E/OU PARCEIROS

Programa televisivo Há Mar Há Terra Nacional Foram produzidos dois programas para difusão na TV nacional

Programa de rádio "Mudanças climáticas em

foco" Nacional

O programa de rádio é difundido duas vezes por semana pela

Rádio Educativa, que tem alcance nacional

Elaboração do desdobrável de apresentação do

projecto Nacional Disseminação de informações sobre o projecto

Participação em programas da Rádio Comunitá-

ria Santa Cruz

Participação em programas com temáticas relativas ao ambiente,

e foco especial nas mudanças climáticas.

Notícias na comunicação social por ocasião do

comité de pilotagem e outros eventos Nacional Disseminação de informações sobre o projecto

Criação dos Grupos Mãe D'Água Santiago Os grupos Mãe D'Água foram criados para trabalhar a questão do

género no acesso a água.