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 1. Introdução O Brasil é o quarto maior produtor mundial de Revestimento Cerâmico, ficando atrás apenas de China, Itália e Espanha, e é o terceiro maior exportador mundial. 1 Ocupando lugar de destaque no Segmento de Revestimento Cerâmico. Utiliza-se o processo de preparação de massa via seca para cerca de 40% dos revestimentos produzidos no país, o qual se caracteriza por um menor custo de processamento em relação ao processo via úmida. As primeiras cerâmicas para revestimento arquitetônico só surgiram por volta de 500 a.C., permanecendo por vários séculos como materiais de uso restrito devido ao alto custo. Avanços no setor foram introduzidos pelos ceramistas italianos por volta de 1950 pela transformação dos processos de produção. Uma massa cerâmica deve possuir características necessárias para possibilitar uma adequada trabalhabilidade durante o processamento e para a obtenção das propriedades finais requeridas. No caso de revestimento cerâmico de base vermelha produzido por via seca, a massa cerâmica é normalmente composta por uma mistura de argilas predominantemente ilitico-caoliníticas, acompanhadas de elevado percentual de quartzo. Esta composição mineralógica deve possibilitar uma adequada relação de materiais plásticos/não plásticos, elevado percentual de óxidos alcalinos (Na2O + K2O), baixo teor de óxidos alcalinoterrosos (CaO + MgO), baixa perda ao fogo e teor de matéria orgânica e valor de plasticidade intermediários . 2  A formulação de uma massa cerâmica para revestimento, com as devidas modificações pode ser composta, como a transcrita por Ferrari 3 , em: Materiais argilosos, que dão suficiente plasticidade para se obter uma forma definida. Materiais como o talco, quartzo, calcários e outros, que servem para obter qualidades particulares resultantes de suas composições químicas. Aditivos, principalmente para melhorar a reologia das suspensões aquosas, podendo ser inorgânicos ou or gânicos. Uma massa cerâmica deve possuir características necessárias para possibilitar uma adequada trabalhabilidade durante o processamento e para a obtenção das propriedades finais requeridas. No caso de revestimento cerâmico de base vermelha produzido por via seca, a massa cerâmica é normalmente composta por uma mistura de argilas predominantemente ilitico-caoliníticas, acompanhadas de elevado percentual de quartzo. Esta composição mineralógica deve possibilitar uma adequada relação de materiais plásticos/não plásticos, elevado percentual de óxidos alcalinos (Na2O + K2O), baixo teor de óxidos alcalinoterrosos (CaO + MgO), baixa perda ao fogo e teor de matéria orgânica e valor de plasticidade intermediários .

Introdução

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1. Introdução

O Brasil é o quarto maior produtor mundial de Revestimento Cerâmico, ficandoatrás apenas de China, Itália e Espanha, e é o terceiro maior exportadormundial.1 Ocupando lugar de destaque no Segmento de Revestimento

Cerâmico. Utiliza-se o processo de preparação de massa via seca para cercade 40% dos revestimentos produzidos no país, o qual se caracteriza por ummenor custo de processamento em relação ao processo via úmida.

As primeiras cerâmicas para revestimento arquitetônico só surgiram por voltade 500 a.C., permanecendo por vários séculos como materiais de uso restritodevido ao alto custo. Avanços no setor foram introduzidos pelos ceramistasitalianos por volta de 1950 pela transformação dos processos de produção.

Uma massa cerâmica deve possuir características necessárias para possibilitar

uma adequada trabalhabilidade durante o processamento e para a obtençãodas propriedades finais requeridas.

No caso de revestimento cerâmico de base vermelha produzido por via seca, amassa cerâmica é normalmente composta por uma mistura de argilaspredominantemente ilitico-caoliníticas, acompanhadas de elevado percentualde quartzo. Esta composição mineralógica deve possibilitar uma adequadarelação de materiais plásticos/não plásticos, elevado percentual de óxidosalcalinos (Na2O + K2O), baixo teor de óxidos alcalinoterrosos (CaO + MgO),baixa perda ao fogo e teor de matéria orgânica e valor de plasticidadeintermediários .2 

A formulação de uma massa cerâmica para revestimento, com as devidasmodificações pode ser composta, como a transcrita por Ferrari 3, em:

Materiais argilosos, que dão suficiente plasticidade para se obter uma formadefinida. Materiais como o talco, quartzo, calcários e outros, que servem paraobter qualidades particulares resultantes de suas composições químicas.Aditivos, principalmente para melhorar a reologia das suspensões aquosas,podendo ser inorgânicos ou orgânicos.

Uma massa cerâmica deve possuir características necessárias para possibilitaruma adequada trabalhabilidade durante o processamento e para a obtençãodas propriedades finais requeridas. No caso de revestimento cerâmico de basevermelha produzido por via seca, a massa cerâmica é normalmente compostapor uma mistura de argilas predominantemente ilitico-caoliníticas,acompanhadas de elevado percentual de quartzo. Esta composiçãomineralógica deve possibilitar uma adequada relação de materiais

plásticos/não plásticos, elevado percentual de óxidos alcalinos (Na2O + K2O),

baixo teor de óxidos alcalinoterrosos (CaO + MgO), baixa perda ao fogo e teorde matéria orgânica e valor de plasticidade intermediários .

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Sendo as argilas a matéria-prima principal da cerâmica, é necessária suadefinição, que, de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas  – ABNT,

São compostas por partículas coloidais de diâmetro inferior a 0,005 mm, com

alta plasticidade quando úmidas e que, quando secas, formam torrõesdificilmente desagregáveis pela pressão dos dedos. Podem ser definidasquimicamente como silicatos de alumínio hidratados, na sua forma mais pura.

A caracterização físico-química das matérias-primas é fundamental para aobtenção de peças com propriedades finais desejadas, que juntamente aoconhecimento e controle de todas as etapas do processo industrial, podemeliminar ou reduzir defeitos de fabricação, tais como: trincas, retração,compactação, fundência, absorção de água e resistência mecânica.

Algumas análises e ensaios, tais como: fluorescência de raios X, carga deruptura do material, absorção de água, queima e distribuição granulométrica,foram técnicas importantes para o apoio em todas as etapas de estudo daprodução dos revestimentos cerâmicos. Que podem ser classificados tambémsegundo teste de resistência do esmalte da peça ao desgaste por abrasão.Essa classificação é conhecida como Índice PEI, onde são indicados osambientes mais adequados para sua aplicação.

PEI 1: Produto recomendado para ambientes residenciais onde se caminhageralmente com chinelos ou pés descalços. Exemplo: banheiros e dormitóriosresidenciais sem portas para o exterior.

PEI 2: Produto recomendado para ambientes residenciais onde se caminhageralmente com sapatos. Exemplo: todas as dependências residenciais, comexceção das cozinhas e entradas.

PEI 3: Produto recomendado para ambientes residenciais onde se caminhageralmente com alguma quantidade de sujeira abrasiva que não seja areia eoutros materiais de dureza maior que areia (todas as dependênciasresidenciais).

PEI 4: Produto recomendado para ambientes residenciais (todas asdependências) e comerciais com alto tráfego. Exemplo: restaurantes,churrascarias, lojas, bancos, entradas, caminhos preferenciais, vendas eexposições abertas ao público e outras dependências.

PEI 5: Produto recomendado para ambientes residenciais e comerciais comtráfego muito elevado. Exemplo: restaurantes, churrascarias, lanchonetes,lojas, bancos, entradas, corredores, exposições abertas ao público, consultório,outras dependências.1 

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2. Referencias Bibliográficas

1   – INMETRO - Revestimentos Cerâmicos (pisos e azulejos). 01 denovembro de 1998. Disponivel em:<http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/revestimentos.asp>

acessado em 01 de abril de 2012.

2   – UFTPR  – Artigo disponível em:<http://www.pipe.ufpr.br/portal/defesas/dissertacao/075.pdf> acessado em01 de abril de 2012.

3 - FERRARI, K. R. et al. Transformação das matérias-primas do suportedurante a queima de revestimentos cerâmicos. Revista Cerâmica

Industrial, São Paulo, v. 5, n. 2, p. 53-58, mar/abr, 2000.