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Introdução à Catequética

Introdução à Catequética. Atos 20,24 Mas, de modo nenhum considero minha vida preciosa para mim mesmo, contanto que eu leve a bom termo a minha carreira

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Introdução à Catequética

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Atos 20,24

  “ Mas, de modo nenhum considero minha vida

preciosa para mim mesmo, contanto que eu leve a bom termo a minha carreira e o serviço que recebi do Senhor Jesus, ou seja, testemunhar o Evangelho da graça de Deus.”

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Bate-papoConversa 

       Como foi minha catequese?

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CatequéticaSignifica  "instruir  a  viva  voz".  É  uma  subdivisão  da  teologia 

que  estuda  o  processo  catequético,  abrangendo  conceito, objetivo, conteúdo, história e método da ação de iniciar os novos  cristãos  na  fé  eclesial.  Assim  como  a  pedadogia prepara  o  profissional  para    atuar  como  professor,  a catequética prepara o cristão para atuar como catequista. Dá-se o nome de catequeta à pessoa que se especializa em catequética.

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CATEQUESEA palavra catequese, muitas vezes, nos remete

à idéia de crianças reunidas em uma sala, nos fins de semana, tendo aulas de "religião" com o objetivo de receber a primeira comunhão, não é verdade?

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CATEQUESEA  catequese,  como  serviço  pastoral  da  Igreja,  auxilia 

crianças  e  adultos  a  entenderem  a  importância  dos sacramentos  a  serem  recebidos,  especialmente  os sacramentos  de  iniciação  à  fé  cristã:  Batismo, Eucaristia  e  Crisma.  A  pessoa,  ao  receber  o  primeiro anúncio de Jesus (querigma),  necessita de auxílio para os  passos  iniciais  em  sua  caminhada.  Esse  auxílio  é dado pela Pastoral da Catequese e visa apresentar esse novo  irmão  a  fé  católica;  Jesus  que  nos  revela  o mistério de Deus, bom e misericordioso; o perdão dos pecados; a vida nova que nasce da fé e se manifesta na caridade e na esperança da felicidade eterna. 

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CATEQUESE

Nós  católicos,  somos  chamados  a  uma  constante catequese, um eterno aprendizado das coisas de Cristo  acompanhado  de  uma  constante conversão de nossos caminhos rumo ao Reino de Deus.  Esse  encontro  pessoal  com  Cristo, acompanhado  pelos  estudos  de  sua  Palavra  e doutrina  e  pela  conversão  sincera  de  nosso coração,  nos  leva  enfim  a  sermos  missionários, discípulos  de  Jesus.  Todos  os  cristãos  são chamados ao anúncio do Evangelho em todos os âmbitos  da  sociedade:  família,  comunidade, escola, trabalho...

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CATEQUESE

Da catequese nasce a ação evangelizadora mais ampla: o serviço aos necessitados; a denúncia e  ação  profética;  o  zelo  em  anunciar  os valores  do  Reino.  Reencontramos,  assim,  as exigências  da  vida  cristã:  o  testemunho  de vida santa, a prática da partilha e do perdão, o diálogo aberto e fraterno com todos, o serviço solidário na promoção da justiça e da paz.

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CATEQUÉTICA

O  movimento  catequético  atual  e  os documentos  eclesiais  mais  recentes  sobre catequese  coincidem  em  indicar  a comunidade cristã como origem, lugar, agente responsável e meta da catequese:

*  origem:  na  catequese,  como  serviço  pastoral da Palavra, a Igreja se vai manifestando como realidade sacramental de salvação.

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CATEQUESE

*  lugar:  a  catequese  inicia  e  aprofunda  a experiência de fé cristã, que não é uma realidade individual, mas sim, comunitária.

*  agente  responsável:  toda  a  comunidade  tem  a responsabilidade  de  ajudar  a  quem  procura conhecer  o  Senhor,  ocupando-se  do recrutamento, formação e apoio dos catequistas.

*  meta:  a  catequese  constrói  e  renova  a comunidade  através  da  integração  e desenvolvimento da fé dos/as catequizandos/as.

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IDENTIDADE DA CATEQUESE

A catequese é:  “A etapa  (período  intensivo) do processo  evangelizador  na  qual  se  formam,   basicamente,  os  cristãos:  para  entender, celebrar e viver o Evangelho do Reino ao qual aderiram;  para  participar  ativamente  na construção  da  comunidade  eclesial;  e  no anúncio e difusão do Evangelho.

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A catequese abrange o seguinte elemento:

uma ação educativa da fé, dirigida às crianças, jovens  e  adultos,  que  abrange  o  ensino  da Mensagem  Revelada,  apresentada  em  forma orgânica e sistemática, para uma  iniciação na plenitude da vida cristã.

Sendo  assim,  A  catequese  não  é  unicamente uma  instrução  doutrinal,  mas  pelo  contrário, uma ação educativa da fé. 

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Catequese: iniciação integral 

• Cognitivo:  Aquisição  dos  conhecimentos básicos sobre a fé.

• Afetivo:  Desenvolvimento  de  atitudes  e convicções fundamentais da fé.

• Comportamental:  Aquisição  de  formas  de comportamento e de ação que caracterizam o estilo de vida dos cristãos.

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EDUCAR

A catequese educa “o ser humano todo, de modo a que  seja  impregnado  pela  Palavra  de  Deus  até “atingir  o  que  há  de  mais  profundo  do  ser humano”; e educa em todas as dimensões da  fé conversão  a  Deus,  conhecimento  da  mensagem moral  evangélica,  vida  comunitária  e  ação apostólica: “a catequese ilumina e robustece a fé, anima a  vida  com o espírito de Cristo,  conduz  a uma  participação  consciente  e  ativa  do mistério litúrgico e alenta uma ação apostólica” (GE 4).

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AS TAREFAS DA CATEQUESE• A catequese tem como finalidade a confissão da fé.

• As  três  dimensões  (teológica,  eclesial  e diaconal)

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As tarefas específicas da catequese para conseguir a sua finalidade geral são: 

• iniciação  orgânica  no  conhecimento  do mistério da salvação centrado em Cristo;

•   preparação  para  a  vida  de  oração  e  para  a celebração da fé na liturgia; 

• aquisição  de  atitudes  e  comportamentos evangélicos; 

• iniciação  no  compromisso  missionário  e apostólico.

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Características – qualidades – de uma fé adulta: 

• integrada;• fundamentada psicologicamente; • diferenciada; • aprofundada;•  operatória;• aberta.

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Expressões básicas de uma fé adulta:

• conversão pessoal e estrutural.• aquisição de conhecimentos e atitudes de fé. • Realização de formas de vida e de ação.

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O PROCESSO CATEQUÉTICO• O  processo  catequético  é  um  período  intensivo  de 

formação  cristã  integral,  realizado  em  forma sistemática  e  organizada,  ao  longo  de  um  tempo determinado, ou seja, marcado por um princípio e um fim

• Este  processo  catequético  é  considerado  permanente quando  abrange  todas  as  etapas  da  vida  e  não  fica reduzido exclusivamente à infância. 

• Este  processo  de  catequese  permanente  exige  que  a sua ação catequética, em cada uma das etapas vitais, seja realizada, em forma progressiva e complementar, em cada uma das fases.

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Itinerário CatequéticoNo itinerário catequético há que ter em atenção as seguintes modalidades:

• Catequese de adultos.• Catequese de adolescentes e jovens.• Catequese familiar.• Catequese da infância • O  processo  catequético  tem  uma  estrutura gradual  conforme  estas  três  etapas:  Pré-catequese;  Catequese  propriamente  dita; Mistagogia 

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Mistagogia cristã é: 

• a) uma educação da fé que predisponha os fiéis cristãos a viverem pessoalmente o que se celebra.

 • b) uma evangelização que leve os fiéis cristãos a penetrarem cada vez mais nos mistérios que são celebrados. 

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O CONTEÚDO CATEQUÉTICO

O  conteúdo  catequético  abrange  o  conjunto  de verdades,  valores,  atitudes  e  pautas  de  conduta que integram a totalidade da mensagem cristã ao serviço da pessoa na sua totalidade: 

• Inteligência;•  Afetividade;• Operatividade;• O conteúdo catequético deve ser apresentado em forma: 

íntegra ; nuclear ; significante ;  gradual ; globalizada

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Núcleo Fundamental do Conteúdo Catequético:O  núcleo  fundamental  da  mensagem  cristã encontra-se  no  Símbolo  da  fé  (  profissão  de  fé) que  é  “uma  expressão  privilegiada  da  herança viva,  que  os  Pastores  receberam  o  encargo  de guardar”  e  nele  “condensaram  em  afortunadas   sínteses a fé da Igreja”.

• A primeira "profissão de fé" é feita por ocasião do Batismo.

• A segunda: “"profissões de fé”: Credo (Quem diz «Creio» afirma: «dou a minha adesão àquilo em que nós cremos»).

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Fontes ou Mediações

As  diferentes  fontes  ou  mediações  das  que  se serve  a  catequese  para  apresentar  a mensagem cristã são:

• a Palavra de Deus;• a comunidade eclesial: Liturgia, Santos Padres, Magistério.

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LINGUAGEM

A  linguagem  catequética  deve  congregar  todas as  formas  de  linguagem  da  Bíblia  e  da Tradição  e  deve  ser  apresentado  de  forma significativa  e  acessível  ao  ser  humano  de hoje.

Tendo  em  conta  a  enorme  variedade  de materiais  catequéticos  existentes,    vamos indicar alguns critérios a  ter em conta para a sua escolha, revisão e utilização.

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CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DE MATERIAIS

• O princípio de fidelidade a Deus e à pessoa humana.•  A harmonia entre as dimensões antropológica, cristológica 

e eclesial da catequese.• A  integridade da mensagem cristã,  tal  como é  confessada 

pela fé da Igreja.• A  adequação  do  conteúdo  e  da  linguagem  catequética  às 

diferentes idades e contextos dos destinatários.• A sua capacidade para facilitar uma iniciação ou reiniciação 

na fé e na comunidade.•   A  sua  adequação  para  uma  catequese  ativa,  grupal, 

indutiva, que  responda a  todas as dimensões da pessoa e esteja aberta às diversas linguagens.

• A sua adaptação às possibilidades reais dos catequistas das nossas comunidades.

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Ato catequéticoO ato catequético, pela sua própria natureza, tem que ser fiel a Deus e ao ser humano. Para que esta fidelidade se torne possível e real, o ato catequético deverá integrar três elementos (momentos), que interagem mutuamente:

• a experiência humana, religiosa e cristã do catequizando.

• a experiência de fé: a Palavra de Deus contida nas Sagradas Escrituras e na Tradição viva da Igreja.

• a expressão da fé nas suas diversas formas: confissão da fé, celebração e compromisso.

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Ato de fé:O  ato  de  fé  requer  uma  pedagogia  inspirada  na pedagogia divina:

• pedagogia do Dom•  pedagogia da Encarnação• pedagogia dos sinais. • Os métodos mais utilizados são:•  Bíblico• Eclesial •  Antropológico

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O CATEQUISTA• Catequista é um mestre de oração (catecismo da IC. 2663).• O Catequista é um mediador, que facilita a comunicação entre Deus e o Homem (diretório geral para catequese pág. 162, cap. 156).• O Catequista é um intérprete da igreja junto aos catequizados (catequese renovada 26, pág 56).• O Catequista é alguém que catequiza em nome de Deus e da comunidade profética. Em comunhão com os pastores da igreja (catequese renovada 26, pág 56 nº 146).• O Catequista é testemunha ativa do evangelho em nome da igreja (diretório geral para catequese pág. 165)

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A Igreja Precisa:

A  Igreja  precisa  de  catequistas,  porém, catequistas  conscientes  com  a  missão  de:CATEQUIZAR, ENSINAR E EVANGELIZAR.

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O CATEQUISTA• Espiritualidade profunda – rezar e testemunhar o cristianismo, não

perder nunca a intimidade com Deus.• Integração na comunidade – Participar ativamente de toda a vida

da Igreja. O catequista deve exercer o ministério de forma continuada e permanente.

• Senso crítico – ler, estudar, e analisar coerentemente os fatos da Igreja do mundo. A alienação é um mal que jamais deve tomar o catequista.

• Animação – saber ouvir e dialogar, buscar não mostrar dúvidas e insegurança, animar de tal forma o encontro de catequese, que leve o catequizando a um conhecimento gostoso da doutrina da Igreja.

• Qualidade humanas – didática, psicológicas, equilíbrio, carinho.• Formação doutrinária – buscar conhecer a doutrina católica,

estudar sobre seus diversos aspectos, através de leituras, cursos etc.

Ser catequista não é ser professor. Aulas são dadas na escola. Os encontros de catequese têm a preocupação de anunciar Jesus e levar o catequizando a uma aproximação maior com a Igreja.

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O CATEQUISTA DEVE:

Por ser considerado  um  modelo, o catequista deve dar testemunho daquilo que prega, de viver o que anuncia.O essencial a um bom catequista é o AMOR, daí emana:- Compreensão- Carinho- Dedicação- Atenção- Preparação- Serviço

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HISTÓRIA DA CATEQUESE

No  novo  testamento,  o  termo  “catequese” significa  dar  uma  instrução  a  respeito  da  fé. Em sua origem o termo se liga a um verbo que significa  ”fazer  ecoar”  (Kat-ekhéo).  A Catequese,  de  fato,  tem  por  objetivo  último fazer escutar e repercutir a palavra de Deus.

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FASES DA CATEQUESE

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Catequese como iniciação à fé e vida na comunidade:

Primeira fase:  estende  aproximadamente,  do século  I ao século V. No tempo dos Apóstolos, a vivência  fraterna  da  comunidade,  celebrada principalmente  na  Eucaristia  maneira  de representar  e  traduzir  a  mensagem  do  Cristo Ressuscitado  (1Cor  11,  17-29).  Havia  uma admissão  dos  catecúmenos  de  três  anos,  que buscavam:

• - Compreender melhor a fé;• - Deixar de lado os costumes pagãos;• - Realizar um tempo de conversão e santificação.

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Catequese como processo de imersão na cristandade:

Segunda fase:  Nesse  período  que  vai  mais  ou menos do século V ao século XVI, a catequese já  não  consistia  tanto  numa  iniciação  à comunidade  como  se  vê  na  primeira  fase.  A sociedade  se  considerava  animada  pela religião  cristã,  que  estabeleceu  uma  aliança entre  o  poder  civil  e  o  poder  eclesiástico,  tal fato denominou-se de cristandade.

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Catequese como instrução:

Terceira fase: A partir do século XVI, a catequese passa a valorizar mais aprendizagem individual, na qual já não era tão marcante a ligação com a comunidade.  Alguns  fatores  contribuíram  para essa instrução tais como:

• - A descoberta da Impressa;• - A difusão das escolas;• -  A  preocupação  com  uma  maior  clareza  das formulações cristã.

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Catequese como educação permanente para a comunhão e aparticipação na comunidade de fé:

Quarta fase: no século XX, a catequese faz redescobrir a importância fundamental da iniciação cristã e o lugar primordial que nela cabe a comunidade.

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Para a sua informação:

A catequese no Brasil e no mundo possui alguns documentos que a organizam e definem seus objetivos. É importante conhecer esses livros:

Diretório Geral da Catequese, Diretório Nacional da Catequese.

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BÍBLIA E CATEQUESE

É  importante  que  o  catequista  tenha  uma intimidade  com a Bíblia,  que    saiba  como ela  se divide,  que  a  manuseie  com  habilidade  e  saiba interpretar suas principais passagens. Pois ela é o centro da catequese. 

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O USO DA BÍBLIA NA CATEQUESE• Costuma-se  dizer  que  a  Bíblia  é  o  principal  livro  da 

catequese,  a  mais  importante  fonte  do  processo  de evangelização. E isso é fácil de entender, pois sabemos que  a  Bíblia  é  para  nós  Palavra  de  Deus.  Se  na catequese o que se pretende é ajudar o catequizando a  realizar  o  seu  encontro  com  Deus,  fica  clara  a importância  da Palavra de Deus,  por meio da qual  se realiza esse encontro.

 • A  catequese  deve,  portanto,  ser  centrada  na  Palavra 

de  Deus.  O  catequizando  deve  aprender  a  escutar  a Bíblia e deve ser incentivado a vivenciá-la. Por meio da Palavra,  Deus  se  comunica  conosco  e  nós  nos comunicamos com Ele.

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SELEÇÃO DE TEXTOS NA CATEQUESE• Apesar de a Bíblia ser um livro básico na catequese, o 

processo  catequético  não  consiste  num mero  estudo dela. Do ponto de vista pedagógico, seria inconcebível na  catequese  –  e  ninguém  pensa  nisso  –  estudar  a Bíblia  do  começo  ao  fim,  seguindo  seus  esquemas históricos e canônicos.

 • A  seleção  de  textos  para  cada  encontro  levará  em 

consideração  o  conteúdo  que  se  quer  transmitir.  A catequese  é  organizada  a  partir  de  certos  conteúdos fundamentais no processo de evangelização. Primeiro, decidimos  os  conteúdos.  Depois,  procuramos  a fundamentação  bíblica. Os  textos  bíblicos  servirão  de base e suporte para a transmissão dos conteúdos. 

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PROCLAMAÇÃO DOS TEXTOSUm cuidado especial se deve ter ao proclamar um texto 

bíblico na catequese. Toda  leitura deve ser bem-feita. Mas,  se  vamos  ler  um  texto  que  traduz  a  Palavra  de Deus diante do grupo, isso exige cuidados especiais.

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EIS ALGUNS PASSOS IMPORTANTES:

• Primeiro,  é  preciso  preparar  a  turma  para escutar  a  proclamação.  É  preciso  criar  um clima  de  silêncio  e  concentração.  Se  a  turma estiver inquieta, nem adianta proclamar nada. Os  ouvidos  estarão  ligados  em  outras  coisas. Primeiro,  faz-se  silêncio.  Depois,  proclama-se o texto.

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Atenção

• Outro cuidado importante  é  fazer,  antes  da proclamação, breve comentário a respeito do texto. O comentário desperta a curiosidade de quem  vai  ouvir  e  facilita  a  compreensão.  É como se faz na  liturgia: antes de proclamar o texto  bíblico,  um  comentarista  motiva  a assembléia.  Essa  motivação  faz  com  que  o povo se ligue no que vai ser proclamado.

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Postura

• A postura também é importante. Talvez seja melhor o pessoal estar sentado. Mesmo que seja um texto do Evangelho, pode ser ouvido em pé. Mas catequese não é missa. Deve-se levar em conta que o encontro catequético costuma iniciar-se com todos em pé. Também a oração inicial costuma ser feita nesta posição.  Então,  quando  chega  a  hora  da  Palavra,  todos  já querem  se  sentar.  E  essa  é  uma  boa  posição  para  se concentrar  e  ouvir  atentamente.  Talvez  o    catequista,  no entanto,  ao  ler,  devesse  ficar  em  pé  diante  de  todos.  Isso ajudaria até para que sua voz se tornasse mais fácil de ouvir. Seria  um  modo  mais  solene  de  proclamar  o  texto.  E  ainda produziria  um  efeito  disciplinar  melhor,  já  que,  estando  o catequista  em  posição  de  destaque  diante  da  turma,  os catequizandos são mais facilmente induzidos a respeitá-lo.

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Entonação da voz 

• Por falar em voz, não se pode nunca esquecer que o texto bíblico deve ser proclamado com voz clara e boa dicção,  respeitando  a pontuação  e  caprichando  na  entonação.  O tom da voz e a boa  leitura  são  fundamentais para a compreensão do  texto. Um texto  lido, por  exemplo,  sem  pontuação,  torna-se incompreensível.  Por  isso,  é  preciso  treinar  a leitura  com  antecedência,  compreendendo bem o sentido de cada frase.

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É preciso lembrar ainda:

É  preciso  lembrar  ainda  que  há  enorme  diferença entre proclamar um texto e contar uma história. Na  Pré-evangelização,  como  lidamos  com crianças  muito  novas  –  5  a  7  anos  –  os  textos bíblicos  vêm  em  forma  de  histórias.  A  história não  é  propriamente  uma  tradução  do  texto bíblico. Ela é mais uma adaptação do texto. Uma história  não  deve  ser  lida,  deve  ser  contada, dramatizada.  Principalmente,  se  estivermos lidando  com  crianças  de  5  a  7  anos,  como acontece na Pré-evangelização.

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PROCESSO DE COMUNICAÇÃO

A comunicação envolve: comunicação horizontal vai  do  catequista  ao catequizando e, deste, retorna ao catequista.

comunicação vertical vai  de  Deus  ao catequizando  e,  deste,  retorna  a  Deus,  em forma de  adesão íntima e pessoal. 

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ATENÇÃO• 1º)  O  catequista  precisa  se  comunicar  com  os 

catequizandos,  saber  uma  linguagem  que  eles entendam, de um modo que apreciem. 

• 2º)  O  catequista  precisa  também  abrir  um  canal  de comunicação com os catequizandos. 

• 3º) O catequista precisa estabelecer a comunicação de Deus com os catequizandos. A Palavra que se ouviu é Palavra de Deus. 

• 4º) O catequista precisa ainda incentivar a comunicação dos catequizandos com Deus. Trata-se de dar uma resposta, um retorno àquela iluminação divina que tiver sido captada a partir da reflexão sobre a Palavra. 

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DOUTRINAS E DOGMASO catequista deve  conhecer as principais doutrinas da Igreja  Católica  Apostólica.  Os  dogmas  são  verdades de fé proclamadas pela Igreja. O conjunto de dogmas constitui a identidade doutrinária do catolicismo.

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A  Igreja  Católica  proclama  a  existência  de  43 Dogmas,  subdivididos  em  8  categorias diferentes:        • # Dogmas sobre Deus;• # Dogmas sobre Jesus Cristo; • # Dogmas sobre a criação do mundo; • # Dogmas sobre o ser humano; • # Dogmas marianos; • # Dogmas sobre o Papa e a Igreja; • # Dogmas sobre os sacramentos;• # Dogmas sobre as últimas coisas (Escatologia).

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METODOLOGIA CATEQUÉTICANenhuma  metodologia  dispensa  a  pessoa  do catequista no processo da  catequese. A alma de  todo  método  está  no  carisma  do catequista,  na  sua  sólida  espiritualidade,  em seu transparente testemunho de vida, no seu amor aos catequizandos, na sua competência quanto  ao  conteúdo,  ao  método  e  à linguagem.  O  catequista  é  um mediador  que facilita a comunicação entre os catequizandos e  o mistério  de  Deus,  das  pessoas  entre  si  e com a comunidade” (DNC 172)

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IMPORTÂNCIA DA METODOLOGIA NA AÇÃO CATEQUÉTICA

Uma das preocupações mais intrigantes para os catequistas  é  com  relação  à  Metodologia. Cada  vez  mais  nos  defrontamos  com  a necessidade de melhorarmos e crescermos na missão catequética. Ao preparar um encontro catequético  sempre  vêm  à  mente  aquelas perguntas:  “como  vou  preparar  omeu encontro?”,  “de  que  maneira  vou  trabalhar com  os  catequizandos?”,  “qual  o  caminho  a percorrer?”.

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O que significa a palavra Método? A palavra método é uma palavra de origem grega

(méthodos, do grego – odós, caminho), que quer dizer caminho, estrada que ajuda a chegar aonde que se quer, isto é, alcançar a meta proposta.

A metodologia da Catequese é a metodologia da Igreja. Ela contempla alguns passos importantes: VER – ILUMINAR – AGIR – CELEBRAR - AVALIAR.

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O método catequético supõe uma ação de planejamento, o qual requer:

a)  “domínio”  do  conteúdo  a  ser  transmitido  (O QUÊ?)

b)  conhecimento  da  realidade  e  da  vida  dos catequizandos (QUEM?)

c) objetivos claros e concretos (PARA QUÊ?)d) discernimento para escolher o melhor caminho, o método mais apropriado (COMO?)

e) capacidade para agendar as datas e administrar bem o tempo (QUANDO?)

f)  clareza  quanto  à  razão  da  sua  missão  e  do caminho a ser percorrido (POR QUÊ?)

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Temos que ter em mente:

Na  catequese,  precisamos  percorrer  os  caminhos mais  adequados  para  vivenciar  um  processo eficaz:  “Para  isto,  é  preciso  não  esquecer  que além  dos  objetivos,precisamos  ter  em  mente  a realidade  em  que  trabalhamos  (rural,  periferia, urbana),  os destinatários  com suas experiências, cultura,  idade,  os  conteúdos  a  serem  refletidos, vivenciados, o uso de uma  linguagem adequada, e  a  comunidade  que  é  fonte,  lugar  e  meta  da catequese” 

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A Conferência de Aparecida : reflexão sobre os métodos utilizados pela Igreja na Catequese e na Ação 

Evangelizadora.

•  “Percebemos  uma  evangelização  com  pouco  ardor  e sem  novos  métodos  e  expressões,  uma  ênfase  no ritualismo  sem  o  conveniente  caminho  de  formação, descuidando outras tarefas pastorais” (DA 100 c).

 •  “Na  evangelização,  na  catequese  e,  em  geral,  na 

pastoral  persistem  também  linguagens  pouco significativas para a cultura atual e em particular para os  jovens.  (...)  As  mudanças  culturais  dificultam  a transmissão da Fé por parte da família e da sociedade” (DA 100 d).

 

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O Método Catequético 

supõe  um  caminho  a  ser  trilhado,  a  ser construído.

Como diz o provérbio: “não há caminho pronto, caminho se faz ao caminhar”.

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Observação:

O  catequista  faz  parte  do  Método  Catequético: seu  jeito  de  ser,  olhar,  escutar,  falar,  sorrir, questionar, trabalhar, pontuar e agir;

O Método supõe sempre uma ação comunitária: ele  passa  pela  partilha  em  grupo  e  aproveita  os espaços onde há  reflexão, planejamento, ação e avaliação;

Método é uma experiência de convivência e de amizade: o método transforma as pessoas, de desconhecidas a bons amigos. 

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JESUS CRISTO:Jesus  fez  do  seu  seguimento  um  método bastante  eficaz  para  os  seus  discípulos.  Ele mesmo se colocou como caminho (Jo 14, 6);

“Eu  sou  o  Caminho,  a  Verdade  e  a  Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim.”

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MÉTODO:• Método é procedimento: acolher, ver, iluminar,

agir, celebrar e avaliar;  • Método é interação: Fé, Vida e Comunidade; • Método é aprendizagem (aprender-fazendo,

aprender-ensinando) e oportunidade para aprimorar a escuta (ouvir-rezando; ouvir-sentindo e ouvir-amando).

 • Método é comunicação através da linguagem

verbal e não verbal (gestos e símbolos); • Método é ação criativa e dinâmica. É caminho de

construção, instrução e desconstrução.

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O ENCONTRO CATEQUÉTICO

• “A pedagogia catequética tem uma originalidade específica, pois  seu objetivo é ajudar as pessoas no caminho rumo à maturidade na fé, no amor e na esperança”. (DNC 146)

• O  encontro  catequético  é  um  encontro  de  fé, espaço  privilegiado  de  educação  e amadurecimento da fé.

• O  encontro  é  uma  feliz  oportunidade  para aprender,  ensinar,  sentir,  criar,  descobrir  e experenciar. 

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Eis algumas dicas para melhorar a qualidade do encontro catequético:

• 1.  Conheça  o  seu  grupo  de  catequizandos,  chamando-os pelo  nome.  Interesse-se  por  conhecer  cada  família  e  a realidade de cada um.

• 2.  Busque  apoio  em  alguém  para  resolver  as  dificuldades surgidas; seu coordenador deve estar a par de tudo.

• 3.  Procure  variar  a  disposição  dos  lugares  na  hora  do encontro.  a  disposição  em  semi-círculo  é  sempre  muito boa: todos se olham de frente.

• 4.  Evite  as  improvisações.  Prepara  cada  encontro  com antecedência.  Tenha  seu  caderno  de  preparação  e avaliação sempre em dia e em ordem.

• 5.  Evite  a  rotina.  Aproveite  para  isso  as  celebrações  e revisões. Quando sentir que o grupo está desinteressando, prepare  um  encontro-surpresa:  passeio,  confraternização, jogo...

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Qualidades do encontro:• 6.  Procure  conhecer  o  conjunto  da  programação  e  do 

material que pode ser utilizado na catequese. Isso lhe dará segurança.

• 7.  Use  com  critério  e  criatividade  o  seu  material  à  sua disposição.  Saiba  inculturar de acordo com a  realidade de cada um.

• 8.  Procure  valorizar  e  acompanhar  os  catequizandos, dando-lhes  algumas  responsabilidades  e  oportunidades para participar ativamente do encontro catequético.

• 9.  Esteja  sempre  em  contato  com  a  coordenação.  Ela ajudará você a resolver suas dúvidas e você sentirá que não está  sozinho  nessa  obra.  Não  desanime!  O  trabalho  que vale a pena, sempre exige compromisso e sacrifício.

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Qualidades do encontro:• 10.  Não  se  interesse  pelo  catequizando  somente  no  momento  do 

encontro.  Ele  precisa  ter  a  certeza  de  que  você  está  pensando  nele, querendo  o  seu  bem.  Procure  saber  do  que  ele  gosta,  quais  seus problemas.

• 11. Participe intensamente de sua comunidade. Carregue no coração a alegria  de  pertencer  a  uma  comunidade  cristã,  mesmo  com  suas dificuldades.  Lembre-se  de  que  você  é  um  legítimo  representante  e servidor da Igreja, no ministério do anúncio da Palavra.

• 12. Seja uma pessoa de oração. Reze. A Palavra de Deus deve ser para você  um  livro  de  meditação  diária.  Não  uma  oração  alienada  da realidade, mas uma oração comprometida com a vida e a realidade.

• 13.  Seja  freqüente  nos  encontros  de  formação  de  catequese, correspondendo  ao  chamado  de  Deus  com  responsabilidade.  Seja presente  e  atuante  na  vida  da  sua  comunidade.  Seu  testemunho  de vida é a forma mais eloqüente para viver o ministério. 

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Como preparar um encontro catequético:

• 1.  Olhar  a  realidade:  quem  são?  Crianças? Adolescentes e Jovens? Adultos? Onde vivem?

• 2.  Traçar  o  objetivo  do  encontro:  o  que  se pretende  alcançar  com  esse  encontro?  qual sua  finalidade?  Tente  formular  um  objetivo bastante  simples  e  bem  concreto.  Algo  bem “pé no chão”.

• 3.  Escolher  o  conteúdo:  qual  a  mensagem  a ser anunciada? Que tema trata o encontro?

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Preparar um encontro catequético• 4.Qual o  texto da Palavra de Deus  será proclamado e 

refletido  no  encontro?  Quais  as  perguntas  que poderão ser feitas a fim de ajudar a entender o texto?

• 5.  Selecionar  o  método  apropriado:  como  chegar  lá? Quais  os  meios  e  recursos  serão  utilizados  para transmitir a mensagem?

• 6.  Executar  o  que  foi  planejado:  colocar  em  prática tudo aquilo que foi preparado com antecedência.

• 7.  Avaliar  o  encontro:  o  objetivo  do  encontro  foi alcançado? Se não foi, por quê? Houve  imprevistos? O que  não  ficou  claro  e  precisa  ser  esclarecido?  Houve uma boa participação?

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Regras de ouro para o bom êxito de um encontro:

• a) Divida bem o tempo do encontro;• b) Evite atrasos;• c) Inicie sempre os encontros com uma oração;• d) Procure primeiro OUVIR;• e) Valorize as colaborações dos catequizandos;• f)  Tente  inspirar  confiança,  respeito  e  alegria através da sua presença;

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Regras• g)  Valorize  a  diversidade  e  os  dons  de  cada um;

• h) Quando for necessário dialogar, não queira que a sua idéia ou sua cabeça prevaleça;

• i)  O  catequista  também ensina,  em nome da Igreja, por isso, apresenta a verdade de fé;

• j)  Ao  escolher  uma  criatividade  ou  dinâmica para os encontros procure variar, levando em conta os  cincos  sentidos: ouvir  (audição);  ver (visão);  degustar  (paladar);  cheirar  (olfato); trabalhar as mãos (tato). É bom variar pra não cansar explorando somente um sentido!

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Regras• k)  Saiba  criar  dinâmicas  de  acordo  com  as idades  dos  catequizandos:  desenhos,  gestos, cantos, gincanas,  jogral, encenação, trabalhos em grupos, gravuras, recortes de jornal, slides,   fantoches,  histórias  em  quadrinhos, audiovisuais,  filmes,  poemas,  cartazes, pintura, etc...;

• l) Saiba colocar um toque de humor em cada encontro;

• m)  Se  os  catequizandos  falam  alto  demais, fale mais baixo. 

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Regras• n) Não humilhe, não despreze e nem deixe ninguém de lado;

• o) Cada um é um. Por isso, evite fazer comparações entre os catequizandos.

• p) Procure perceber se está havendo a participação de todos, ou se tem algum que não se envolve;

• q) Saiba ser presença junto a cada catequizando, ao longo do encontro;

• r) Apresente os objetivos do encontro de forma atraente e desejável

• s) Terminar o encontro com uma oração ;• t) Celebrar a vida e a fé, as alegrias e as dores, os desafios e os anseios da caminhada

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PSICOPEDAGOGIA CATEQUÉTICAAntigamente  se  entendia  a  catequese  como  um processo automático.

 Hoje  se  percebe  que  é  necessário  usar  os conhecimentos  da  pedagogia,  da    didática  e  da psicologia para se relacionar de modo adequado e eficiente  com  os  catequizandos.  Além  de conhecimentos  básicos  de  Teologia.  A  seguir, apresentamos  as  contribuições  da  psicologia  na abordagem da catequese.

 

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PSICOLOGIA DAS IDADES

Antes  de  prepararmos  nossos  encontros  de catequese, é necessário conhecermos as pessoas a quem vamos transmitir a mensagem. Para que nossos catequizandos possam amadurecer na fé, precisamos levar o conteúdo da mensagem cristã adaptado ao seu desenvolvimento psicológico.

Para  ajudar  o  catequista  em  seu  trabalho  de elaboração do plano da catequese, citaremos em síntese  algumas  características  correspondentes às  diversas  faixas  etárias:  1ª-  Infância  (O  a  6 anos);  2ª-Infância  (7  a  9  anos);  Pré-adolescência (9  a  14  anos);  adolescência  (14  a  20  anos)  e juventude  (após  21-29  anos).  Adulto  (30  -60 anos) Idoso (65 anos).

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INFÂNCIA 0 a 6anos:É a  fase em que a  criança acorda para o mundo, num  ambiente  de  família.  Precisa  de  muita alegria,  afeição  e  segurança.  É  a  idade  das primeiras descobertas: de si mesma, do mundo familiar, do  seu corpo e das  coisas.  E uma  fase de total dependência e aprende por imitação.

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Características: a criança de 0 a 6 anos é:

• imensamente  afetiva,  precisa  de  proteção, amor,  carinho,  apoio,  confiança,  atenção  e segurança;

• bastante  possessiva,  quer  tudo  para  si  e  não gosta de repartir;

• insegura,  dependente  e  não  faz  muita diferença entre ela e o mundo que a cerca;

• muito  intuitiva  e  aprende  mais  vendo, tocando e fazendo.

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Orientações para o catequista:• a criança nunca deve ser reprimida.• criar  em  torno  da  criança  um  ambiente  de  segurança,  de 

afeição e de alegria;• a  catequese  não  será  sistemática,  mas  ocasional.  A 

preocupação do catequista  será  fundamentar a vida de  fé do  dia  de  amanhã,  pelo  culto  a  Deus.  Dar  às  crianças  a certeza  de  que  são  amadas  por  Deus  e  levá-las  a corresponder a esse amor por uma vida de gratidão e bom

     comportamento;• acentuar  a  oração  de  louvor,  gratidão  e  admiração. 

Consagrar,  todos os dias, algum tempo para a oração sem constrangimento  e  com  alegria.  Ex:  Deus  é  grande, fiquemos  de  joelhos;  Deus  é  bom,  vamos  louvá-lo  e agradecê-lo.

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Atividades:

• As  atividades  devem  ser  todas  baseadas  nos gestos,  na  Expressão  corporal,  no  desenho espontâneo e na música.

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SEGUNDA INFÂNCIA 7 a 9 anos• É  a  fase  da  curiosidade.  É  a  idade  em  que  a criança  precisa  ser  valorizada  e  começa  a despertar  a  consciência  moral.  Vive  no  mundo da  imaginação.  A  televisão  exerce  uma  grande influência nesta idade.

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Características: a criança de 7 a 9 anos gosta:

• de  admirar  as  coisas,  desenhar  a  natureza,  as coisas de que ela gosta, admira e contempla;

• de  saber  o  porquê  das  coisas.  Começa  a desenvolver o uso da razão de uma maneira mais acentuada. É a fase da curiosidade;

• de possuir um certo grau de consciência moral e já é capaz de distinguir o bem do mal, o certo do errado;

• de chamar a atenção sobre si;• de participar de jogos coletivos e de dar ordens;• de viver no mundo da imaginação e da fantasia.

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Orientações para o catequista:• nunca dizer para uma criança que o trabalho dela está mal 

feito;• o  catequista  deve  responder  a  todas  as  perguntas  que  a 

criança  faz,  mesmo  se  for  preciso  pesquisar  e  responder depois. Dizer sempre com frases simples e curtas;

• a  criança  é  capaz  de  permanecer  muito  tempo  em admiração  e  meditação  diante  de  uma  flor.  O  catequista poderá aproveitar-se disso para levar a criança a admirar a criação de Deus.

• o  catequista  deve  canalizar  a  agressividade  para  o  bem, para o belo etc. Aproveitar as energias da criança para as atividades e não castigá-la;

• o  catequista  deve  ser  um  testemunho  para  a  criança. Aproveitar-se  da  interiorização  da  criança  para  levá-la  a pensar, a falar com Cristo em oração.

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Atividades:• As  atividades  devem  ser  organizadas  em equipes,  brincadeiras  certas  regras  e  que estimulam a liderança.

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PRE-ADOLESCÊNCIA 9 a 14 anos:• É  a  fase  em  que  os  interesses,  energias  e atenções  estão  voltados  para  o  mundo  das coisas  e  das  pessoas.  É  a  descoberta  do mundo  e  das  pessoas.  É  também  a  fase  das experiências  e  atividades.  Nesta  faixa  etária, tanto os meninos quanto as meninas têm uma vontade imensa de se sentirem importantes e uma grande facilidade de memorização.

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Características: o pré-adolescente gosta de:

• viver em grupos homogêneos (grupos só de meninos ou só de meninas) mas ainda sem uma liderança definida;

• viver no mundo dos sonhos, das fantasias;• as meninas procuram fazer-se notar diante dos adultos 

e provocam os meninos;• o menino quer ser o “tal”, o “forte” e sente-se superior 

às meninas. É a fase das brutalidades ou indiferença diante delas. Gosta de realizar “grandes inventos”;

• tanto os meninos como as meninas têm grande capacidade de memorização;

• questionar o que aprendeu na catequese.

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Orientações para o catequista:• nos  encontros  de  catequese,  partir  do  que  é concreto;

• o pré-adolescente nesta fase tem necessidade de exteriorizar  sua  fé;  é  bom  que  participe  de celebrações litúrgicas;

• é a melhor época para desenvolver o sentimento de  comunidade e para  lhe dar  a  idéia de  Igreja-Comunidade Unida;

• a  oração  para  essa  idade  deve  ser  uma  oração voltada para a realidade, com fórmulas simples e espontâneas,  partindo  sempre  do mundo  que  a cerca.

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Atividades:Já  que  o  pré-adolescente  gosta  de  atividades, deve-se  desenvolver  o  trabalho  em  grupo, fazendo cartazes, debates, álbuns etc. Deve-se organizar  teatros, dramatizações, celebrações litúrgicas,  jograis,  interpretações  de  fatos, encenações, expressão corporal etc.

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ADOLESCÊNCIA - 14 a 19 anos• É  a  fase  da  busca  de  personalidade,  da liberdade, do amor e da realização pessoal. O  adolescente gosta de viver em grupos e sente necessidade de se auto-afirmar, de amar e ser amado.  É  a  idade  das  transformações,  das grandes mudanças. É inconstante nas atitudes e emoções.

• Nessa  fase  (idade),  muitos  já  entram  no mundo do trabalho.

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Características: o adolescente gosta:• de seguir a moda, de curtir seus heróis e costuma criar 

ídolos; é muito influenciado pelos meios de comunicação social;

• de ser independente dos adultos e de fazer novas experiências;

• de questionar e criticar as práticas religiosas;• de viver em grupo onde pode se auto-afirmar;• de conviver com pessoas do mesmo sexo. É a idade da 

amizade;• de ouvir música;• de ter emoções fortes, sentimentos diferentes. E a idade da 

grande instabilidade emocional;• de sonhar, de viver no mundo da fantasia como se fosse 

realidade. É a chamada idade dos sonhos.

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Orientações para o catequista:• para o adolescente o catequista é aquele que vai ajudá-lo  a  resolver  os  seus  conflitos,  as  suas dúvidas religiosas;

• o catequista deve inspirar-lhe confiança, coragem para que o adolescente  se  sinta  seguro e possa, espontaneamente, abrir-lhe o coração;

• não  se  pode  ter  receio  de  tratar  todos  os problemas  da  vida,  numa  linguagem  acessível  e numa dimensão de fé;

• o desenvolvimento  sexual marca um período de grandes  dificuldades  para  o  adolescente.  O catequista precisa estar atento e procurar ajudá-lo em suas dificuldades.

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Atividades:• As  atividades  devem  ser  em  grupos, explorando  a  criatividade,  com  músicas  que apresentem  mensagens  e  exercícios  que utilizem  a memorização.  Daí  a  facilidade  que os  adolescentes  têm  na  apresentação  de encenações, teatros etc.

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JUVENTUDE - 20 - 29 anos:• É a fase das primeiras experiências sexuais e a descoberta da vocação profissional e pessoal. 

•  • Gosta  de  viver  em  grupos  heterogêneos  e, embora  viva  afastado  da  Igreja,  sente necessidade de íntima relação com Deus. Seus problemas  pessoais muitas  vezes  levam-no  a pensar em acabar com a vida.

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Características: o jovem gosta• de curtir a vida, de praticar esportes;• de ouvir música e dançar;• de ajudar as pessoas, de sentir-se útil;• de ser alegre;• de ser livre e independente;• de ser romântico, sonhador;• de  ser  crítico  para  com  os  adultos  e  de questionar o comportamento deles;

• de apaixonar-se. A jovem gosta de sonhar com o “príncipe encantado”;

• de ter amigos e viver em grupos;• de aparecer.

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Orientações para o catequista:• para  o  jovem,  o  catequista  é  aquele  que  vai  estar  ao 

seu lado para ajudá-lo a enfrentar seus problemas e a entender as suas dúvidas religiosas;

• o catequista deve valorizar o jovem nas suas aptidões;• o catequista deve ouvir o jovem e orientá-lo sem fazer 

críticas ao seu comportamento;• uma  das  dificuldades  do  catequista  é  de  orientar  os 

jovens  quanto  ao  desenvolvimento  sexual.  Quando  o catequista  tiver  dificuldades  nessa  parte,  procure pessoas  capacitadas para que  falem aos  jovens numa linguagem aberta e acessível sobre o assunto;

• o  catequista  deve  respeitar  as  idéias  do  jovem,  mas sem ter medo de expor suas próprias idéias.

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Atividades:• Devem  ser  dadas  em  grupos,  ajudando  os  jovens  a 

sentirem-se  bem,  úteis  (através  de  visitas  a  asilos,  a creches,  onde  com  suas  músicas  e  alegria contagiantes, promovam momentos felizes);

• É  importante  promover  gincanas  e  os  brindes arrecadados entregar para alguma promoção social.

• Abrir espaços para que o jovem possa atuar na vida da comunidade ativamente. As celebrações  litúrgicas são muito  importante  na  vida  os  jovens,  principalmente quando preparadas por eles mesmos.

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ADULTA 30 a 60 Anos:• É um dos mais  extensos  estágios  psicossociais  e resume-se  no  conflito  entre  educar,  cuidar  do futuro, criar e preocupar-se exclusivamente com os  seus  interesses  e  necessidades.  Usualmente dá-se  desde  os  30  aos  60  anos,  não  havendo porém uma idade comum a todas as pessoas. 

• A questão – chave na nesta idade pode formular-se  de  várias  formas:  «Serei  bem  sucedido  na minha vida afetiva e profissional?»; 

• «Produzirei  algo  com  verdadeiro  valor?»; «Conseguirei contribuir para melhorar a vida dos outros?».

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Características:

 • Potencial  e  maturidade  para  a 

paternidade/maternidade;• Produção, ensino, cura, criatividade• Escolha de valores ideais para a vida.• A virtude própria deste estágio é o cuidado, a inquietação com os outros, o querer fazer algo por alguém.

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Orientações para o catequista:• a) reforçar a opção pessoal por Jesus Cristo;• b)  promover  uma  sólida  formação  dos  leigos, levando  em  consideração  o  amadurecimento  da vida no Espírito do Cristo Ressuscitado;

• c) estimular e educar para a prática da caridade, na  solidariedade  e  na  transformação  da realidade, julgando com objetividade e à luz da fé as mudanças sócio-culturais da sociedade;

• d)  ajudar  a  viver  a  vida  da  graça,  alimentada pelos sacramentos;

• e)  formar  cada  pessoa  para  cumprir  os  deveres do próprio estado de vida, buscando a santidade;

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Orientações

• f) dar resposta às dúvidas religiosas e morais de hoje;• g)  desenvolver  os  fundamentos  da  fé,  que  permitam 

dar razão da esperança;• h)  educar  para  viver  em  comunidade  e  assumir 

responsabilidades    na  missão  da  Igreja,  dando testemunho cristão na sociedade;

• i)  educar  para  o  diálogo  ecumênico  e  inter-religioso, como instrumentos para a busca da unidade cristã e da paz entre os filhos de Deus;

• j)  ajudar  na  animação  missionária  além  fronteira. (DNC183)

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Atividades:• a)  levar  em  conta  seus  problemas  e experiências,  capacidades  espirituais  e culturais;

• b)  motivá-los  para  a  vivência  da  fé  em comunidade,  para  que  ela  seja  lugar  de acolhida e ajuda;

• c)  fazer um projeto orgânico de pastoral com os adultos que integre a catequese, a liturgia e os serviços da caridade (cf DGC 174).

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PESSOA IDOSA 65 ANOS:• Esta  fase  da  vida  é  marcada  por  um  olhar retrospectivo,  que  faz  com  que,  ao aproximarmo-nos  do  final  vida,  sintamos  a necessidade de  aquilatar  o  que dela fizemos, revendo  escolhas,  realizações,  opções  e fracassos.

• Nesta etapa da vida a questão que se coloca é «Teve  a minha  vida  sentido ou  falhei?».  Esta última  idade  ocorre  frequentemente  a  partir dos 60 - 65 anos.

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Nesta fase:• Toma consciência que a vida teve sentido e que foi feito o 

melhor  possível  dadas  as  circunstâncias  e  as  suas capacidades.  Reconcilia-se  com  a  mágoa  e  a  angústia,  e encara a existência como algo positivo. Segundo Erikson, o possuidor de integridade está preparado para defender a dignidade do seu próprio estilo de vida contra todas as ameaças físicas e econômicas.

 • Se o avaliamento da existência é negativa, se sentimos que 

desaproveitamos o nosso tempo e não concebemos quase nada,  existe  o  desejo  de  retroceder,  de  readquirir  as oportunidades perdidas, de  reformular opções e escolhas. Pode instalar-se o desgosto, a angústia, o pânico da

     morte.

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Características:• Olhar retrospectivo para a vida;• Da  realização  ou  da  angustia  pela  não realização;

• Processo de integridade consigo se vivido bem as  experiências  da  vida,  ou  também  período de  angustia  pelo  passado,  sentimento  de culpa;

• A  sabedoria  é  a  virtude  resultante  da  última fase da vida, a percepção de que não vivemos em vão, «A sabedoria, então, é a preocupação desprendida com a vida em si.

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Orientações para o catequista: a) Destacar o valor da pessoa idosa como um dom de Deus à  Igreja e  à  sociedade, pela  sua grande experiência de vida.

b)  Descobrir  talentos  e  possibilidades  nessa situação também é função da catequese, 

c)  A  catequese  com  pessoas  idosas  deve  estar atenta aos aspectos particulares de sua situação de fé.

d) A catequese valoriza e incentiva a redescobrir as ricas  possibilidades  que  têm  dentro  de  si  e assumir  sua missão  em  relação  com o mundo  e com as novas gerações.

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Atividades:• De  qualquer  maneira,  a  condição  de  idoso exige  uma  catequese  de  esperança,  que  os leve a viver bem esta fase da própria vida e a dar o  testemunho às novas  gerações e  assim se  prepararem  para  o  encontro    definitivo com  Deus.  Entre  outras  coisas,  é  necessária uma catequese que os prepare para a Unção dos Enfermos.

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RECORDANDO• Catequese é profecia. O profeta é aquele que conjuga a inspiração do Alto com a respiração da  realidade.  Ele  prolonga  o  mistério  da Encarnação  do  Verbo,  partilha  seus aniquilamentos. Anuncia e denuncia. A missão do catequista é fazer ecoar a Palavra de Deus. Ele é sobretudo um comunicador, por  isso “é necessário  que  a  catequese  estimule  novas expressões  do  Evangelho  na  cultura  na  qual este foi implantado.”(DGC 208).

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ORAÇÃO DO CATEQUISTA:    Senhor, tu me chamaste a ser catequista na tua Igreja 

nesse imenso Brasil, na tua comunidade que também é minha.  Tu  me  confiaste  a  missão  de  anunciar  a  tua palavra, de denunciar o pecado, de testemunhar, pela minha  própria  vida,  os  valores  do  evangelho.  Recuo diante  do  teu  chamado.  É  pesada,  Senhor,  a  minha responsabilidade.  Mas,  se  me  escolhestes  confio  na tua graça. Caminharemos juntos, Senhor, tu, apoiando-me,  iluminando-me;  eu,  colocando-me  à  tua disposição, à disposição da tua Igreja, preparando-me, atualizando-me sempre mais para servir melhor o teu povo. Faze-me teu  instrumento para que venha o teu reino,  reino de  amor e paz,  de  fraternidade e  justiça, reino, onde Deus será tudo em todos. Amém.