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Engenharia de Petróleo e Submarina
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ENGENHEIRO
PROJETISTA PARA
VLVULAS DE
APLICAO SUBMARINA
Introduo Engenharia de Petrleo
Introduo engenharia do petrleo
1. Ciclo de vida de um projeto
2. Origem e composio do petrleo
3. Prospeco de petrleo
4. Perfurao
5. Avaliao e reservatrios
6. Extrao e processamento
1. Ciclo de vida de um projeto
a. Conquistar acesso
b. Explorao
c. Avaliao
d. Desenvolvimento
e. Produo
f. Abandono
1. Ciclo de vida de um projeto
1. Ciclo de vida de um projeto
Os aspectos tcnicos podero incluir o potencial tamanho das reservas a serem
descobertas e produzidas em
determinadas regies o que implicar, por
exemplo, ter acesso a estudos que j
tenham sido efetuados previamente bem
como os desafios tcnicos com que se
podero como o caso da explorao e
produo em guas ultraprofundas.
a. Conquistar acesso
1. Ciclo de vida de um projeto
As questes polticas e econmicas incluem, entre outras, o risco de
nacionalizao, o regime fiscal e as
previses da taxa de cmbio. Os
problemas sociais e ambientais a serem
estudados devero incluir a
disponibilidade mo de obra qualificada na
regio e a legislao ambiental local.
a. Conquistar acesso
1. Ciclo de vida de um projeto
Associado a estes aspectos dever ser includa uma anlise da competitividade
da empresa, verificando se a empresa
ter alguma vantagem competitiva, que
poder ser o caso se a empresa j possuir
uma presena em determinado pas,
mesmo que em outra rea de negcio.
a. Conquistar acesso
1. Ciclo de vida de um projeto
A grande maioria das reservas mundiais detida e operada pelas empresas
petrolferas nacionais , o que significa que
ganhar acesso a essas reservas implicar
de alguma forma criar laos sustentveis
com essas empresas e respectivos
governos.
a. Conquistar acesso
1. Ciclo de vida de um projeto
cada mais consensual que as descobertas de extensos reservatrios de
petrleo j aconteceram, e que no futuro
as descobertas tendero a ser mais
pequenas e mais complexas,
aproveitando por exemplo os casos do
mar do norte e das guas rasas do golfo
do Mxico.
b. Explorao
1. Ciclo de vida de um projeto
De qualquer modo, o desenvolvimento de novas tcnicas de explorao ajudou a
melhorar a eficincia desta atividade e
apesar dos objetivos a explorar serem
cada vez mais pequenos, os poos de
explorao e avaliao podem ser
efetuados agora com uma maior taxa de
sucesso.
b. Explorao
1. Ciclo de vida de um projeto
De qualquer forma, a atividade explorao, a segunda fase do ciclo de
vida de um projeto de explorao e
produo, continua a ter um elevado risco.
Mesmo que as condies geolgicas
prevejam a existncia de hidrocarbonetos,
as condies fiscais e polticas do pas
anfitrio tambm tero que ser favorveis
para que o projeto seja bem sucedido.
b. Explorao
1. Ciclo de vida de um projeto
Tradicionalmente os investimentos em produo so realizados muitos anos
antes da primeira produo, pelo que
essencial haver pelo menos um cenrio
que a produo prevista justifica o
investimento realizado.
b. Explorao
1. Ciclo de vida de um projeto
Na fase de explorao passam-se por vezes vrios anos at o primeiro poo de
explorao ser perfurado. Durante esse
perodo estudada a histria geolgica da
rea e a probabilidade de ocorrncia de
hidrocarbonetos quantificada. A
preparao de um programa de trabalhos
e estudos magnticos, gravimtricos e
ssmicos so efetuados.
b. Explorao
1. Ciclo de vida de um projeto
Na fase de avaliao, estudada de uma forma mais concisa as descobertas de
hidrocarbonetos realizadas na fase de
explorao, com o objetivo de avaliar todo
o seu potencial, uma vez que os dados
recolhidos at ento no conseguem dar
informao exata sobre o tamanho, forma
e comercialidade do reservatrio.
c. Avaliao
1. Ciclo de vida de um projeto
Nesta altura quatro opes devem ser consideradas:
c. Avaliao
1. Ciclo de vida de um projeto
1) Proceder com o desenvolvimento com o
objetivo de gerar algum rendimento no
curto prazo. O risco neste caso que o
campo seja pequeno ou grande demais
do que o esperado e que as infra
estruturas entretanto montadas se
revelem desajustadas afetando a
rentabilidade do projeto;
c. Avaliao
1. Ciclo de vida de um projeto
2) Prosseguir um plano de avaliao com o
objetivo de otimizar o desenvolvimento
tcnico. Esta opo ir atrasar a primeira
produo e aumentar o investimento mas
poder ter como resultado um aumento
da rentabilidade do projeto;
c. Avaliao
1. Ciclo de vida de um projeto
3) Vender a descoberta. Muitas empresas
so especializadas em aplicar as suas
competncias na rea da explorao sem
inteno de investir na atividade de
desenvolvimento;
4) No fazer nada.
c. Avaliao
1. Ciclo de vida de um projeto
Na segunda opo o objetivo da avaliao assim reduzir as incertezas,
nomeadamente as relacionadas com os
nveis de volumes recuperveis existentes
num reservatrio. O objetivo da fase de
avaliao no encontrar volumes
adicionais, mas sim, confirmar os que j
foram encontrados.
c. Avaliao
1. Ciclo de vida de um projeto
Aps agregada a informao necessria para a estimativa inicial de reservas, o
prximo passo verificar quais as opes
existentes para desenvolver o campo. O
objetivo do estudo de viabilidade
documentar as opes tcnicas
disponveis, das quais pelo menos uma
dever ser economicamente vivel.
c. Avaliao
1. Ciclo de vida de um projeto
O estudo dever incluir o design do processo, os tamanhos dos
equipamentos, as localizaes e os
sistema de elevao e exportao de
crude, includo desde cedo uma estimativa
de custos e um cronograma de
implementao.
c. Avaliao
1. Ciclo de vida de um projeto
Com base nos resultados dos estudos de viabilidade, e assumindo que pelo menos
uma opo vivel, um plano de
desenvolvimento conceitual do campo
(CDP) pode ser formalizado e executado,
passando fase de desenvolvimento de
um projeto de Explorao & Produo.
d. Desenvolvimento
1. Ciclo de vida de um projeto
O principal objetivo do Plano servir como especificao concetual do projeto
no que diz respeito a instalaes de
superfcie e sub superfcie e aos principais
princpios operacionais e de manuteno
necessrios para suportar uma proposta
para o investimento que ser necessrio
no futuro.
d. Desenvolvimento
1. Ciclo de vida de um projeto
O Plano dever dar gesto e aos acionistas de determinado projeto a
certeza de que todos os aspetos do
projeto foram identificados, avaliados e
discutidos entre todas as partes.
d. Desenvolvimento
1. Ciclo de vida de um projeto
Aps a aprovao do Plano seguem-se uma sequncia de atividades prvias
entrada em produo de determinado
campo, nomeadamente a especificao
detalhada dos equipamentos, a compra
dos materiais necessrios, a fabricao e
instalaes das unidades de produo e o
comissionamento de todo o equipamento.
d. Desenvolvimento
1. Ciclo de vida de um projeto
A fase de produo comea que as primeiras quantidades de hidrocarbonetos
comercializveis (primeiro leo) a fluir na
cabea do poo. Este momento marca
uma reviravolta em termos do cash
flow do projeto, uma vez que da em
diante, gerado dinheiro que ir pagar os
investimentos passados mas tambm
avanar para novos projetos
e. Produo
1. Ciclo de vida de um projeto
A produo ir depender em grande escala do perfil de produo projetado.
Este ltimo ir determinar as instalaes
necessrias e o nmero e faseamento dos
poos a serem perfurados.
e. Produo
1. Ciclo de vida de um projeto
Tipicamente a fase de produo tem trs fases distintas:
1)Fase de build-up, com o incio de
produo dos primeiros poos;
e. Produo
1. Ciclo de vida de um projeto
2) Fase de plateau onde ainda que alguns
novos poos sejam iniciados, os mais
antigos podero comear a diminuir.
Nesta fase as instalaes de produo
esto a funcionar em plena capacidade,
com uma taxa de produo constante,
sendo que esta fase se prolonga por um
perodo de dois a cinco anos num campo
de petrleo, mas mais longo tempo se for
um campo de gs;
e. Produo
1. Ciclo de vida de um projeto
3) Fase de declnio, durante a qual,
usualmente a fase mais longa, todos os
poos entraram em declnio da produo.
e. Produo
1. Ciclo de vida de um projeto
Por norma, o perodo econmico de um projeto acaba quando os seus cash flows
se tornam permanentemente negativos,
entrando assim o projeto na fase de
abandono. Normalmente existem duas
opes para deferir a fase de abandono,
ou atravs da reduo dos custos
operacionais ou atravs do aumento da
produo.
f. Abandono
1. Ciclo de vida de um projeto
Quando a produo do reservatrio j no suficiente para cobrir os custos, mas o
equipamento ainda est na sua vida til, a
oportunidade de desenvolver reservatrios
vizinhos, que pela sua dimenso no
seriam economicamente viveis numa
base stand alone, poder surgir.
f. Abandono
1. Ciclo de vida de um projeto
Em ltima instncia, todas as reservas economicamente viveis sero produzidas
e o campo ser abandonado. A tarefa
agora planejar como que a fase de
abandono poder ter um impacto mnimo
em termos ambientais sem custos muito
altos.
f. Abandono
1. Ciclo de vida de um projeto
As plataformas podero ser desmontadas at uma profundidade acordada com as
autoridades e estruturas de cimento
podero ser afundadas em guas
ultraprofundas. A gesto dos custos de
abandono uma questo que todas as
empresas tero que fazer.
f. Abandono
1. Ciclo de vida de um projeto
Nas operaes em terra, as instalaes podem ser desmanteladas em fases,
evitando um pico de custos elevado
coincidente com o fim da produo do
campo. J nas operaes no mar, os
custos podero ser bastante mais
significativos, e mais dificilmente
executados em fases.
f. Abandono
1. Ciclo de vida de um projeto
A proviso desses custos ir depender da dimenso da empresa e do regime fiscal
que lhe aplicvel. Tipicamente uma
empresa ter um portfolio de ativos que
esto em diferentes fases do ciclo de vida.
A correta gesto desses ativos ir permitir
a otimizao dos recursos financeiros,
tcnicos e de recursos humanos.
f. Abandono
1. Ciclo de vida de um projeto
Limites de Lmina de gua LDA adotados na Petrobras
1. Ciclo de vida de um projeto
SISTEMAS MARTIMOS DE PRODUO
SISTEMAS MARTIMOS DE PRODUO
1. Ciclo de vida de um projeto
50%
30%
20%
OFFSHORE
( LDA > 400 M )
OFFSHORE
( LDA < 400 M )
ONSHORE
TOTAL: 1.800.000 BPD
PRODUO DE PETRLEO DO BRASIL
1. Ciclo de vida de um projeto
2. Origem e composio do petrleo
O petrleo resulta da decomposio, ao longo do tempo, de matria orgnica
- resduos vegetais e animais marinhos,
entre outros. Esta matria orgnica vai-
se transformando medida que
exposta a diferentes presses e
temperaturas, dependendo da
profundidade a que se encontra.
2. Origem e composio do petrleo
Com o passar do tempo as deposies de matria orgnica vo sendo sujeitas a um
aumento de temperatura e presso,
originado pelo peso das camadas de
sedimentos depositadas por cima. A
transformao da matria orgnica est
assim dividida em quatro fases distintas:
2. Origem e composio do petrleo
A transformao da matria orgnica est assim dividida em quatro fases distintas:
2. Origem e composio do petrleo
2. Origem e composio do petrleo
O petrleo composto por uma complexa mistura de hidrocarbonetos. A composio
qumica do petrleo-tipo : 14% de
parafinas normais; 30% de parafinas
cclicas; 10% de resinas e asfaltenos; 16%
de parafinas ramificadas e 30% de
aromticos.
Metano Etano Propano Propano
Exemplos de parafinas normais:
2. Origem e composio do petrleo
Exemplo de hidrocarbonetos naftnicos:
2. Origem e composio do petrleo
Exemplo de hidrocarbonetos aromticos:
2. Origem e composio do petrleo
Anlise elementar do leo tpico (% mssico).
2. Origem e composio do petrleo
Grau API ( API)
uma propriedade relacionada com a densidade dos
derivados de petrleo.
Foi criada pelo American Petroleum Institute e serve como
parmetro de classificao de petrleos e derivados.
5.1315.14160/60
odAPI
onde d a densidade do leo ou de um
derivado do petrleo.
2. Origem e composio do petrleo
2. Origem e composio do petrleo
O petrleo est sujeito a um conjunto de
movimentaes, desde a sua origem at
formao de reservatrios, a que se d o
nome de migraes.
Migrao primria
Migrao secundria
2. Origem e composio do petrleo
Migrao primria
A rocha-me uma rocha sedimentar na qual se d a transformao da matria
orgnica. Com o aumento da presso e
fratura da rocha-me, o petrleo flui para as
formaes geolgicas superiores. Chama-se
a isto migrao primria. Aps a sada do
petrleo e consequente diminuio da
presso da rocha-me, as fraturas so
novamente fechadas.
2. Origem e composio do petrleo
Migrao secundria
Aps a migrao primria, o petrleo movimenta-se atravs de formaes
permeveis at encontrar uma formao
impermevel ou armadilha. A esta
movimentao d-se o nome de migrao
secundria..
2. Origem e composio do petrleo
Migrao secundria
A armadilha consiste na presena de uma camada rochosa selante de baixa
permeabilidade que impede migrao de
petrleo at superfcie, sobreposta a
uma rocha reservatrio que pode ou no
conter acumulao de petrleo. As
armadilhas podem ser classificadas como
estruturais ou estratigrficas.
2. Origem e composio do petrleo
Migrao secundria
As armadilhas estruturais so originadas por deformao estrutural da litologia,
enquanto que as armadilhas estratigrficas
so causadas por uma alterao de
litologia em que rochas selantes, tais como
o xisto, se depositam sobre a rocha
reservatrio.
2. Origem e composio do petrleo
2. Origem e composio do petrleo
2. Origem e composio do petrleo
2. Origem e composio do petrleo
2. Origem e composio do petrleo
2. Origem e composio do petrleo
2. Origem e composio do petrleo
Armadilha estrutural (compresso horizontal)
2. Origem e composio do petrleo
Armadilha estratigrfica (compresso vertical)
3. Prospeco de petrleo
Matriz Rochosa
3. Prospeco de petrleo
A prospeo de petrleo envolve um
conjunto de etapas de pesquisa de
hidrocarbonetos. O objetivo
encontrar reas favorveis
acumulao de petrleo e, para isso,
so realizados diversos estudos.
3. Prospeco de petrleo
As principais etapas da pesquisa de
petrleo so a descoberta de regies
favorveis, a procura de armadilhas, a
execuo de poos de explorao e a
execuo de poos de avaliao.
3. Prospeco de petrleo
Existem diversos estudos para identificar as
reas favorveis acumulao de petrleo,
que se dividem em estudos geolgicos e
geofsicos. Os estudos geolgicos tm como
objetivo reconstituir as condies de
formao e acumulao de hidrocarbonetos
numa determinada regio atravs de mapas
de geologia de superfcie e de caratersticas
geolgicas das rochas de subsuperfcie
obtidas em poos exploratrios.
3. Prospeco de petrleo
J os estudos geofsicos tm como
principal objetivo obter informaes sobre
a presena, posio e natureza das
estruturas geolgicas em subsuperfcie,
utilizando medidas das suas propriedades
fsicas, atravs de gravimetria,
magnetometria e ssmica.
3. Prospeco de petrleo
Atravs da gravimetria so criados mapas
de intensidade de campo gravtico, o qual
diretamente proporcional densidade
das formaes. Permite a identificao de
rochas com densidades anmalas (gneas
ou estruturas salinas), sendo que as
zonas com menor densidade so mais
propcias existncia de hidrocarbonetos.
3. Prospeco de petrleo
A magnetometria permite identificar uma
potencial acumulao de hidrocarbonetos
uma vez que as rochas sedimentares tm
uma suscetibilidade magntica muito
baixa.
3. Prospeco de petrleo
Os estudos ssmicos baseiam-se na
medio dos tempos que as ondas
ssmicas levam a atravessar as camadas
sedimentares. Apesar de serem
predominantemente uma ferramenta do
trabalho de explorao, os estudos
ssmicos evoluram para um mtodo
bastante eficaz, em termos de custos, de
otimizar a produo de um campo.
3. Prospeco de petrleo
Estes estudos envolvem a gerao de
ondas de som artificial que se propagam
ao longo das rochas e dos reservatrios
sendo depois refletidos para recetores que
registam a informao recebida.
3. Prospeco de petrleo
Os mtodos ssmicos de prospeo
dividem-se em dois tipos: a anlise por
refrao e a anlise por reflexo, sendo
esta ltima a mais utilizada.
A refrao baseia-se na refrao imposta a uma onda que atravessa dois meios
diferentes, consoante os meios em causa
a refrao ser maior ou menor.
3. Prospeco de petrleo
A reflexo baseia-se no fato de que o
tempo de propagao de cada tipo de
formao geolgica diferente, logo o eco
medido nos microfones tem tempos de chegada caratersticos para cada tipo de
formao.
3. Prospeco de petrleo
A ssmica terrestre efetuada atravs de
dinamite ou caminhes de vibrao que
funcionam como emissores, sendo o sinal
posteriormente recebido por geofones
enterrados no solo. Este processo bastante
dispendioso e demorado.
Na ssmica martima os emissores so constitudos por canhes de ar comprimido
rebocados pelo navio e os recetores so
hidrofones colocados ao longo de um cabo.
3. Prospeco de petrleo
Existem ainda vrios tipos de ssmica que
variam com o tipo de informao
fornecida. A ssmica 2D uma leitura de
ensaios ssmicos num s plano, cujos
dados lidos nos recetores esto em
segundos e posteriormente tm de ser
migrados para metros.
3. Prospeco de petrleo
Na ssmica 3D, a juno de vrios planos
sucessivos de ssmica 2D, possvel criar
uma imagem a trs dimenses que possibilita
uma melhor interpretao das formaes.
Efetuando anlises ssmicas 3D e 2D ao
longo do tempo, possvel por exemplo
prever o comportamento de um reservatrio e
ajustar estratgias de produo e explorao.
A este processo chamamos ssmica 4D.
3. Prospeco de petrleo
3. Prospeco de petrleo
3. Prospeco de petrleo
A ssmica de reflexo baseia-se na diferena da velocidade das ondas em diferentes meios
3. Prospeco de petrleo
3. Prospeco de petrleo
Bacias sedimentares brasileiras
3. Prospeco de petrleo
Levantamento martimo 3D
4. Perfurao
A perfurao de um poo ou furo uma operao complexa. As rochas so
perfuradas atravs de uma broca rotativa.
Trata-se de uma ferramenta metlica muito
resistente, dotada de dentes de ao muito
duro ou de uma coroa de diamantes
industriais. As brocas so escolhidas em
funo da dureza da rocha a perfurar, do
dimetro do furo que se pretende abrir e da
profundidade que se deseja atingir.
4. Perfurao
O movimento rotativo produzido por um motor e transmitido broca por meio de
uma combinao de hastes protegidas por
uma sequncia de tubos de ao.
4. Perfurao
Nestas hastes injetada uma corrente de lama especial com a funo de:
1)refrigerar e lubrificar a broca;
2)transportar para a superfcie fragmentos das
rochas perfuradas para estudos petrolgicos,
petrofsicos e paleontolgicos;
3)impedir a sada violenta de gs, petrleo ou
gua sempre que o reservatrio alcanado.
4. Perfurao
4. Perfurao
4. Perfurao
A principal funo da torre de sondagem de um poo de petrleo a de orientar o
equipamento de perfurao, de modo a
que ele permanea na posio vertical.
Esta grande estrutura metlica, que,
algumas vezes, atinge os 90 metros de
altura, tem de estar firmemente apoiada,
pois as cargas que o conjunto tem de
suportar podem chegar s 500 toneladas.
4. Perfurao
Alm disso, a perfurao das rochas duras produz sobre a estrutura vibraes
intensas e constantes que, sem um apoio
adequado, podem fazer ruir a torre de
perfurao.
4. Perfurao
4. Perfurao
1. Sistema de sustentao de cargas: Sustenta a coluna de perfurao e as tubagens de proteo (casing).
2. Sistema de movimentao de cargas: Atravs de cabos, permite
a movimentao da coluna de perfurao e docasing.
3. Sistema de rotao: Induz a rotao da broca, que contribui para
perfurar a formao.
4. Sistema de circulao: Permite a circulao e o tratamento do
fluido de perfurao.
5. Sistema de gerao e transmisso de energia: A energia,
proveniente de motores a diesel ou energia eltrica, aciona todos
os equipamentos da sonda.
6. Sistema de segurana do poo: Permite o controlo e fecho do
poo, quando ocorre um influxo indesejvel da formao para o
poo
4. Perfurao Mesa Rotativa
4. Perfurao
Top drive
Nas operaes no mar o
elemento que transmite
rotao a coluna de
perfurao.
A operao com top drive
permite que a perfurao
ocorra de trs em trs tubos.
Quando se usa top drive so
dispensados o kelly e a
mesa rotativa.
4. Perfurao
Broca de diamantes naturais Broca tricnica
4. Perfurao
Perfurao direcional
A perfurao direcional uma tcnica que consiste no desvio intencional da trajetria
de um poo vertical.
4. Perfurao Perfurao direcional
A perfurao direcional uma tcnica que consiste no desvio intencional da trajetria de um poo vertical.
4. Perfurao
4. Perfurao
Perfurao martima
Existem dois tipos de plataformas de perfurao martima. As que tm o BOP
(preventor de exploso) superfcie e nas
quais se incluem as fixas, auto-elevveis,
submersveis e tension leg. E as que
possuem o BOP no fundo do mar e nas
quais se incluem as flutuantes como o
semi-submersvel e o navio sonda.
4. Perfurao
4. Perfurao
As plataformas fixas utilizam-se para o desenvolvimento de campos j
conhecidos, localizados em lminas de
gua at 300 metros. So formadas por
estruturas de ao instaladas no local com
estacas cravadas no fundo do mar.
4. Perfurao
As plataformas auto-elevveis esto normalmente localizadas em lminas de
gua que variam entre cinco e 130
metros. Neste tipo de plataforma, so
acionadas estruturas de apoio que se
movimentam para baixo at atingirem o
fundo do mar. Em seguida, inicia-se a
elevao da plataforma acima do nvel da
gua.
4. Perfurao
As plataformas tension-leg utilizam-se para o desenvolvimento de campos. As
estruturas de apoio esto ancoradas no
fundo do mar atravs de cabos tubulares.
A desvantagem que apresentam uma
reduzida capacidade de armazenamento.
4. Perfurao
As plataformas semi-submersveis utilizam-se para perfurao e produo e consistem
numa estrutura apoiada por colunas em
flutuadores submersos (pontoons).
A plataforma mantida na localizao correta atravs de um sistema de ancoragem
constitudo por oito a 12 ncoras e/ou
correntes que atuam como molas e so
capazes de restaurar a posio da plataforma.
4. Perfurao
Os navios sonda utilizam-se para perfurao. A torre de perfurao localiza-
se no centro do navio, passando a coluna
de perfurao por uma abertura no casco.
O controle do seu posicionamento feito
atravs de sensores de posio e os
propulsores acionados por computadores
restauram a posio da plataforma.
5. Avaliao e reservatrios
Avaliao das formaes
A avaliao de formaes permite obter informaes sobre a sua composio e
propriedades fsicas, bem como sobre a
natureza e quantidade de fluidos contidos
nos respetivos reservatrios
5. Avaliao e reservatrios
Avaliao das formaes
Esta avaliao realizada atravs de (i) informaes obtidas nos estudos
geolgicos, geofsicos e durante a
perfurao do poo, (ii) perfilagem a poo
aberto, isto , sem revestimento, (iii)
testes de presso e (iv) de perfilagem de
produo.
5. Avaliao e reservatrios
Avaliao das formaes O perfil de um poo consiste numa imagem
visual das propriedades das rochas
perfuradas em relao profundidade
(perfilagem a poo aberto) e das
propriedades relacionadas com a
produtividade do poo medidas no interior
deste (testes de presso e perfilagem de
produo), atravs do deslocamento continuo
de um sensor de perfilagem dentro do poo.
5. Avaliao e reservatrios
Tipos de perfis
Propriedades
medidas Mtodo de medio Identificao
Potencial
espontneo (SP) Permeabilidade
Mede a diferena de potencial entre um eltrodo na
superfcie e outro situado dentro do poo Litologia
Induo (ILD) Resistividade
Passagem de uma corrente eltrica na formao e
registo da resistncia, medida entre dois eltrodos
inseridos no sensor
Hidrocarbonetos
Neutrnico (NPHI) Porosidade
Sensor contm fonte de neutres, os quais ao serem
bombardeados sobre a formao, colidem com os
ncleos atmicos dos elementosconstituintes da
formao e so capturados por um detetor
Zonas de gs
Raios gama (GR) Argilosidade Registo eltrico da radioatividade das formaes
geolgicas Litologia
Densidade (RHOB)
Densidade
das camadas
rochosas
Sensor contm fonte de raios gama, os quais so
bombardeados sobre a formao, so dispersos ao
colidirem com os eletres da rocha e so capturados
por um detetor
Zonas de gs
Snico (DT) Porosidade
Mede a diferena nos tempos de passagem de um
impulso sonoro atravs das rochas, detetado entre dois
recetores, separados entre si por uma distncia
conhecida.
Litologia
Perfilagem a poo aberto
5. Avaliao e reservatrios
Testes de presso
A presso de um reservatrio varia consoante as diferentes condies a que
est sujeito.
Quando o reservatrio est selado, est em equilbrio, uma vez que a presso a
mesma em todos os pontos presso esttica original.
5. Avaliao e reservatrios
Quando um poo colocado em produo
de teste, ou seja no perodo de fluxo, d-
se uma queda da presso na rea de
influncia do poo. Quando o poo
fechado aps um perodo de fluxo, d-se
uma compensao de fluidos no interior
do reservatrio.
5. Avaliao e reservatrios
O objetivo dos testes de presso
identificar os fluidos contidos na formao,
verificar a recuperao de presso ao
longo do tempo com o poo fechado e a
existncia de depleo(queda de presso
do reservatrio), que indicativa de que o
reservatrio pequeno.
5. Avaliao e reservatrios
Os testes de presso podem tambm ser
utilizados para determinar os danos numa
formao. Fornecem ainda informaes
sobre as propriedades da mistura de
hidrocarbonetos.
5. Avaliao e reservatrios
Teste Aplicao Medio Funcionamento
Teste de formao repetitivo
(RFT) A poo aberto
Presso da formao, atravs de
uma ferramenta descida no poo
por cabo ou atravs de
equipamento inserido no BHA
Atuao de um pisto interno no equipamento
para promover no dispositivo uma presso at
5000 psi inferior presso hidrosttica, que
permita o influxo dos fluidos para o dispositivo
do equipamento
Teste de formao a poo
revestido (TFR) Com revestimento
Presso da formao, atravs de
uma ferramenta descida no poo
por cabo ou atravs de
equipamento inserido no BHA
Atuao de um pisto interno no equipamento
para promover no dispositivo uma presso at
5000 psi inferior presso hidrosttica, que
permita o influxo dos fluidos para o dispositivo
do equipamento
Drill stem test (DST) A poo aberto Presso da formao atravs de
uma tubagem de teste perfurada
Quando a coluna de teste atinge o intervalo a
ser testado, aciona dois obturadores contra as
paredes do poo para isolar a coluna de
interesse da coluna de lama;
Isolamento do intervalo a testar provoca
reduo da presso hidrosttica da lama em
frente ao intervalo da formao a ser testada
para permitir a produo dos fluidos da
formao;
Atravs da vlvula de fundo, promover
perodos intercalados de fluxo;
Registar continuamente as presses em
funo do tempo para avaliar o potencial
produtivo da formao testada, em perodo de
esttica com a vlvula de fundo fechada.
5. Avaliao e reservatrios
Perfilagem de produo
A perfilagem de produo realizada atravs de perfis, aps a descida do
revestimento de produo e completao
inicial do poo, para determinar as
condies de produtividade deste.
5. Avaliao e reservatrios
Production loging tool (PLT)
Medidor de vazo contnuo: Medio da velocidade do fluxo, nos trechos de
interesse a poo aberto, determinando a
contribuio de cada trecho na vazo total
de produo do poo
5. Avaliao e reservatrios
Gradiomanmetro: Regista a densidade
mdia dos fluidos contidos em
determinado trecho do poo em funo da
profundidade, atravs da medio da
presso em dois pontos afastados.
5. Avaliao e reservatrios
Perfil de densidade (fluid density meter)
Registo da densidade do fluido atravs de
uma ferramenta composta por uma fonte
de raios gama e de um detetor, que mede
os raios gama que se dispersam no fluido
aps chocarem com os eletres deste.
5. Avaliao e reservatrios
Hidrolog: Utiliza-se quando se tem um
fluxo trifsico (gs, leo e gua); este
perfil mede a constante dieltrica da
mistura de fluidos e como a gua
apresenta elevada constante dieltrica,
possvel determinar a % desta na mistura
5. Avaliao e reservatrios
Perfil de temperatura utilizado para
registar a temperatura do fluido do poo,
pois indicativo dos trechos em que se
est a produzir, da localizao dos
vazamentos, entre outros.
5. Avaliao e reservatrios
Thermal decay time log (TDT)
Permite obter um perfil qualitativo das saturaes existentes no reservatrio
atravs de neutres emitidos contra a
formao, que ao atingirem um
determinado nvel energtico emitem raios
gama, os quais diferem de intensidade
dependendo da saturao da rocha em
leo, gs ou gua.
5. Avaliao e reservatrios
Reservatrios
A engenharia de reservatrios estuda as propriedades das rochas e dos fluidos
nelas contidas, que determinam a
quantidade de fluidos que pode ser
extrada e o modo como podem ser
conduzidos at superfcie.
5. Avaliao e reservatrios
As principais caratersticas dos reservatrios
so:
a compressibilidade;
a saturao (indica a relao entre o volume que cada uma das fases - leo, gs e gua - ocupa
no volume total do poro);
a permeabilidade absoluta (capacidade de uma rocha permitir o fluxo do fluido atravs dos seus
canais porosos, considerando que a rocha est
100% saturada com um nico fluido);
5. Avaliao e reservatrios
a permeabilidade efetiva (capacidade com
que cada fluido se move nos canais porosos
da rocha, no caso da existncia de mais de
um fluido na formao);
a permeabilidade relativa ( uma propriedade adimensional, que corresponde ao quociente
entre a permeabilidade efetiva de um
determinado fluido pela permeabilidade
absoluta);
5. Avaliao e reservatrios
a mobilidade (corresponde ao quociente entre a
permeabilidade efetiva de um determinado fluido
numa camada rochosa e a sua viscosidade);
a porosidade absoluta (corresponde ao quociente entre o volume total dos poros numa rocha e o
volume total da rocha);
a porosidade efetiva (corresponde ao quociente entre a conexo entre os poros que contm o
volume de fluidos recuperveis e o volume total
da rocha).
5. Avaliao e reservatrios
Mecanismos de produo de fluidos
A produo de fluidos ocorre devido ao efeito da variao da presso entre o fundo
do poo e o reservatrio que permite o
deslocamento dos fluidos contidos no
reservatrio e consequentemente a
diminuio do volume de poro e ao
deslocamento de um fluido por outro fluido,
por exemplo a invaso de uma zona de leo
por um aqufero.
5. Avaliao e reservatrios
Os mecanismos de produo de
reservatrio so os fatores que
desencadeiam os efeitos que permitem a
produo.
5. Avaliao e reservatrios
Mecanismo de gs em soluo
Ocorre exclusivamente em reservatrios de leo. Quando uma zona de leo
colocada em produo observa-se uma
queda de presso no reservatrio.
Quando se atinge o ponto de saturao do
leo d-se a deslocao dos lquidos e
vaporizao das fraes mais leves do
leo.
5. Avaliao e reservatrios
O gs ao ser mais expansvel que o lquido, facilita o deslocamento do leo do meio
poroso para o poo. No entanto, este
mecanismo possui uma limitao. Quanto
maior a queda de presso, mais gs se
expande e mais lquido deslocado. Mas
mais hidrocarbonetos so vaporizados e
tambm deslocados para o poo.
5. Avaliao e reservatrios
Quanto mais gs fluir mais dificilmente o
leo se movimenta na rocha, tendo como
resultado o abandono do reservatrio
mesmo quando as quantidades de leo
ainda so significativas.
5. Avaliao e reservatrios
Mecanismo de capa de gs ocorre em reservatrios que contm lquido e
vapor em equilbrio. A fase de vapor por ser
menos densa acumula-se acima da fase
lquida, formando uma capa de gs. Quando
se d a reduo da presso no reservatrio,
que se transmite para a capa de gs, a capa
de gs expande-se e penetra na zona de
leo. O gs ao ser mais expansvel que o
lquido, facilita o deslocamento do leo do
meio poroso para o poo.
5. Avaliao e reservatrios
Mecanismo de influxo de gua Ocorre em reservatrios de leo ou gs, que
se encontrem em contato com formaes
saturadas em gua (aquferos). Aps a
reduo da presso do reservatrio, que se
transmite para o aqufero, d-se a reduo do
volume do poro que contm a gua, o que
induz invaso de gua na zona de leo. O
influxo de gua desloca o leo para os poos
de produo e mantm a presso elevada na
zona de leo.
5. Avaliao e reservatrios
Nos mecanismos combinados a produo
do reservatrio deve-se ao efeito de mais
de um mecanismo de produo.
5. Avaliao e reservatrios
Estimativas de reservas
A estimativa de reservas consiste nas atividades relacionadas com a obteno
de estimativas dos volumes de fluidos que
podem ser extrados do reservatrio, at
este atingir a condio de abandono.
5. Avaliao e reservatrios
Volume original quantidade de fluido
existente no reservatrio na poca da sua
descoberta;
Volume recupervel estimativa da quantidade de fluido que pode ser
extrado do reservatrio;
5. Avaliao e reservatrios
Produo acumulada quantidade de
fluido produzido do reservatrio, num
dado momento;
Reserva ou recurso quantidade de fluido que ainda pode ser produzido do
reservatrio, num dado momento.
5. Avaliao e reservatrios
Classificao dos volumes de hidrocarbonetos
Reservas provadas (1P)
De acordo com as definies aprovadas pela SPE e pelo WPC, as reservas provadas so as
quantidades de petrleo que, por anlise dos dados
geolgicos e de engenharia, podem ser estimadas
com certeza razovel como sendo, a partir de uma
determinada data, comercialmente recuperveis de
jazidas conhecidas e nas atuais condies
econmicas, mtodos operacionais e regulamentos
governamentais.
5. Avaliao e reservatrios
No caso de ser utilizada metodologia
determinstica, o termo certeza razovel destina-se a exprimir um elevado grau de
confiana de que as quantidades sero
recuperadas. No caso de ser utilizada
metodologia probabilstica, dever existir uma
probabilidade mnima de 90% de as
quantidades recuperadas de fato serem
iguais estimativa ou de a excederem.
5. Avaliao e reservatrios
A definio das condies econmicas atuais
deve incluir preos histricos do petrleo e os
custos associados. Normalmente, as reservas
so consideradas provadas se a capacidade
de produo da jazida for suportada pela
produo atual ou por testes de formao.
Neste contexto, o termo provada refere-se s quantidades reais de reservas de petrleo
e no apenas produtividade do poo ou
jazida.
5. Avaliao e reservatrios
A rea da jazida considerada como provada inclui (1) a rea delineada por perfurao e definida por
contactos fluidos, se aplicvel, e (2) as partes no
perfuradas de reservatrio que podem ser
razoavelmente consideradas comercialmente
produtivas com base nos dados geolgicos e de
engenharia disponveis. As reservas podem ser
classifi cadas como provadas se as instalaes de
processamento e transporte dessas reservas para
o mercado se encontrarem operacionais no
momento da estimativa, ou se houver uma
expetativa razovel de essas instalaes virem a
ser criadas.
5. Avaliao e reservatrios
Reservas provadas e provveis (2P)
As reservas 2P correspondem soma das reservas provadas (1P) e provveis. De
acordo com as definies aprovadas pela
SPE e pelo WPC, as reservas provveis so
uma categoria de reservas no provadas.
5. Avaliao e reservatrios
As reservas no provadas baseiam-se em
dados geolgicos ou de engenharia
semelhantes aos utilizados nos clculos das
reservas provadas, mas em relao aos quais
incertezas tcnicas, contratuais, econmicas
ou reguladoras impedem que essas reservas
sejam classificadas como provadas.
5. Avaliao e reservatrios
As reservas provveis so as quantidades de
petrleo que, por anlise dos dados
geolgicos e de engenharia, tm menor
probabilidade de ser recuperadas do que as
reservas provadas, mas maior probabilidade
do que as reservas possveis. No caso de ser
utilizada metodologia probabilstica, dever
existir uma probabilidade mnima de 50% de
as quantidades recuperadas de facto serem
iguais estimativa 2P ou de a excederem.
5. Avaliao e reservatrios
Reservas provadas, provavis e
possveis (3P)
As reservas 3P correspondem soma das reservas provadas, provveis e possveis. De
acordo com as defi nies aprovadas pela
SPE e pelo WPC, as reservas possveis so
uma categoria de reservas no provadas.
5. Avaliao e reservatrios
As reservas no provadas baseiam-se em
dados geolgicos ou de engenharia
semelhantes aos utilizados nos clculos das
reservas provadas, mas em relao aos quais
incertezas tcnicas, contratuais, econmicas
ou reguladoras impedem que essas reservas
sejam classifi cadas como provadas.
5. Avaliao e reservatrios
As reservas possveis tm uma probabilidade
de recuperao menor do que as reservas
provveis. No caso de ser utilizada
metodologia probabilstica, dever existir uma
probabilidade mnima de 10% de as
quantidades recuperadas de fato serem
iguais estimativa 3P ou de a excederem.
5. Avaliao e reservatrios
Recursos contingentes (3C)
Recursos contingentes referem-se a quantidades de petrleo estimadas, numa
determinada data, como sendo
potencialmente recuperveis a partir de
jazidas conhecidas, mas que ainda no so
comercialmente recuperveis.
5. Avaliao e reservatrios
Tal pode verificar-se por vrias razes, como, por exemplo, as relacionadas com a maturidade do
projeto (a descoberta precisa de mais avaliaes
no sentido de apoiar o plano de desenvolvimento),
as tecnolgicas ( necessrio desenvolver e testar
nova tecnologia que permita explorar
comercialmente as quantidades estimadas), ou as
de mercado (os contratos de venda ainda no
esto em vigor ou necessrio instalar
infraestruturas para levar o produto at aos
clientes). As quantidades classificadas nesta
categoria no podem ser consideradas reservas.
5. Avaliao e reservatrios
Recursos prospetivos Recursos prospetivos referem-se a quantidades de
petrleo estimadas, numa determinada data, como
sendo potencialmente recuperveis a partir de
jazidas desconhecidas, pela aplicao de projetos
de desenvolvimento futuro. A estimativa dos
volumes de determinado prospeto est sujeita a
incertezas comerciais e tecnolgicas. As
quantidades classificadas nesta categoria no
podem ser classificadas reservas nem recursos
contingentes.
5. Avaliao e reservatrios
5. Avaliao e reservatrios
Um reservatrio diz-se em condio de
abandono quando a produo de petrleo
decresce e a receita proveniente da sua
venda insuficiente para cobrir as
despesas de operao.
5. Avaliao e reservatrios
Os mtodos de recuperao de fluidos no
reservatrio so aplicados mesmo
havendo condies de produo
resultantes da atuao da energia natural
do reservatrio, de forma a preservar as
caratersticas dos fluidos e do fluxo.
5. Avaliao e reservatrios
Os mtodos mais convencionais de
recuperao so a utilizao da energia
primria do reservatrio e a injeo de um
fluido no reservatrio que permite o
deslocamento do leo dos poros da rocha.
Existem dois tipos de injeo. A injeo na
base, que resulta do poo de injeo de
gua se encontrar na parte mais baixa do
reservatrio e a injeo no topo, quando
se injeta gs no topo da formao.
5. Avaliao e reservatrios
Os mtodos convencionais permitem uma recuperao de 30% (fator de recuperao
igual ao volume recupervel a dividir pelo
volume original) do volume de fluido original.
No entanto, baixas taxas de recuperao
podem resultar de elevada viscosidade do leo
do reservatrio. Se viscosidade do fluido
injetor menor que a do leo, o primeiro
move-se mais rapidamente no meio poroso, e
no se propaga adequadamente no
reservatrio.
5. Avaliao e reservatrios
Existem ainda o mtodos especiais
recuperao: os mtodos trmicos que
promovem o aquecimento do leo no
reservatrio para diminuir sua viscosidade
e aumentar a sua recuperao e os
mtodos qumicos atravs de injeo de
solues qumicas que pressupe
interao qumica com o fluido do
reservatrio.
Extrao e processamento
Completao
A completao consiste num conjunto de operaes destinadas a equipar o poo
para produzir leo ou gs ou ainda para
injetar fluidos nos reservatrios.
A completao pode ser caracterizada de diferentes formas, nomeadamente pelo
tipo de revestimento de produo e pelo
nmero de zonas completadas.
Extrao e processamento
Esquema bsico de completao
6. Extrao e processamento
No revestimento de produo temos a completao a poo aberto, que utilizada
em formaes bem consolidadas, com pouco
risco de desmoronamento, ainda que seja um
mtodo pouco utilizado, a completao com
liner rasgado, onde o liner descido e
previamente rasgado, posicionando a zona
rasgada em frente zona produtora e a
completao com revestimento canhoneado.
6. Extrao e processamento Neste ltimo revestimento o poo perfurado
at profundidade final, o revestimento de
produo descido at ao fundo do poo, o
espao anular entre o revestimento e as
paredes do poo cimentado, o revestimento
canhoneado em frente aos intervalos de
interesse atravs de jactos de cargas
explosivas ficando o reservatrio produtor em
contacto com o interior do poo. Este o
mtodo geralmente utilizado.
6. Extrao e processamento
Quanto ao nmero de zonas completadas, a tipificao pode ser feita atravs de
completao simples, onde se procede
descida de uma coluna de produo no
interior do revestimento de produo,
desde a superfcie at prximo da zona de
formao produtora possibilitando a
produo controlada de uma zona de
interesse;
6. Extrao e processamento
a completao seletiva, com a descida de uma coluna de produo, equipada de
forma a produzir duas zonas de interesse
em conjunto ou alternadamente e a
completao dupla que se traduz na
descida de duas colunas de produo,
que permitem a produo de duas zonas
de modo controlado e independente.
6. Extrao e processamento
As completaes mltiplas, a seletiva e dupla, so mais econmicas que as
completaes simples, porque permitem
diminuir o nmero de poos necessrios para
produzir um determinado campo. No entanto,
existe maior possibilidade de problemas
operacionais, devido maior complexidade
das instalaes e maior dificuldade na
aplicao de mtodos artificiais de elevao
do petrleo.
6. Extrao e processamento
As principais etapas do processo de completao so:
1)Instalao dos equipamentos de superfcie -
a cabea de produo conectada cabea
de poo para permitir o acesso ao seu
interior;
2)Condicionamento do poo - descida uma
coluna de modo a deixar o interior do
revestimento em condies para receber os
equipamentos necessrios;
6. Extrao e processamento
3) Substituio do fluido do interior do poo
por um fluido de completao;
4) Avaliao da qualidade da cimentao;
5) Canhoneio - perfurao do revestimento,
cimento e formao atravs de cargas
explosivas para permitir o contacto entre o
interior do poo e a formao produtora;
6) Instalao da coluna de produo;
7) Colocao do poo em produo
6. Extrao e processamento
rvore de natal o nome dado ao
conjunto de vlvulas instalado em
poos de explorao de petrleo e
gs natural que regula a produo
destes hidrocarbonetos.
H, atualmente, dois tipos de rvore de
natal:
ANC: rvores de natal convencional ANM: rvore de natal molhada, esta
utilizada em plataformas de
explorao off-shore.
Esquema da rvore de natal em terra
6. Extrao e processamento
6. Extrao e processamento
Extrao ou elevao
A extrao ou elevao consiste no fluxo de fluidos produzidos, que ocorre
espontnea ou artificialmente do
reservatrio at superfcie.
6. Extrao e processamento
A elevao pode ser natural, quando o fluxo de fluidos (leo, gs ou gua) chega
espontaneamente superfcie devido
grande presso dos fluidos no interior das
jazidas, ou artificial.
6. Extrao e processamento
Existem os seguintes mtodos de elevao artificial:
1. gas lift - quando se introduz gs comprimido na coluna de produo;
2. bombeamento centrfugo submerso - aplicado em poos com fluidos de elevada
viscosidade e poos com elevadas
temperaturas;
6. Extrao e processamento
3. bombeamento mecnico com hastes - o movimento rotativo de um motor
transmitido para o fundo do poo atravs
da coluna de hastes, acionando a bomba
que eleva os fluidos produzidos at
superfcie.
4. bombeamento por cavidades progressivas aplicado sobretudo na produo de fluidos com alta ou baixa
viscosidade e em poos pouco profundos.
6. Extrao e processamento
6. Extrao e processamento
Gas Lift Contnuo
6. Extrao e processamento
Vlvula de Gas-Lift
6. Extrao e processamento
6. Extrao e processamento
Gas Lift Intermitente
6. Extrao e processamento
6. Extrao e processamento
BCS -
Bombeamento Eltrico Submerso
(ESP -
Electrical Submersible Pump)
6. Extrao e processamento
BCS -
Bombeamento Eltrico Submerso
(ESP -
Electrical Submersible Pump)
6. Extrao e processamento BCS - Bombeamento Centrfugo Submerso
6. Extrao e processamento
6. Extrao e processamento
6. Extrao e processamento
Processamento primrio de fluidos
6. Extrao e processamento
Processamento primrio de fluidos
6. Extrao e processamento
Separao trifsica
A separao trifsica consiste na separao de gs, leo e gua.
Na separao primria, o fluido choca com defletores na entrada do separador
que alteram a direo do fluido.
6. Extrao e processamento
Na seco de acumulao de lquido, a gua fica retida durante alguns minutos no
fundo do separador. Separa-se a gua do
leo atravs de um condutor de lquido e
separam-se as bolhas de gs que ficaram
no seio do leo, atravs de uma chamin.
6. Extrao e processamento
Existem por vezes alguns problemas operacionais nos separadores, como por
exemplo as espumas que se formam
devido s impurezas presentes no lquido
produzido e tem como desvantagens
dificultar o controlo de nvel de lquido no
separador e ocupar um volume que
poderia estar disponvel para a entrada de
lquido.
6. Extrao e processamento
A obstruo por parafinas outro dos problemas operacionais que podem
ocorrer, provocando o bloqueio dos
extratores de nvoa na seco gasosa e o
bloqueio dos filtros coalecedores na
seco lquida.
6. Extrao e processamento
A areia transportada pelo lquido produzido at ao separador tambm um
problema na medida em que provoca a
eroso das vlvulas, a obstruo nos
elementos internos do separador e a
acumulao no fundo do separador.
6. Extrao e processamento
As emulses, que se formam na interface leo/gua, por serem ambos imiscveis,
dificultam o controle do nvel de lquido no
separador e diminuem o tempo de reteno
da fase gasosa e lquida no separador,
resultando numa reduo de eficincia do
processo.
Todos estes problemas provocam o arraste de leo pela corrente de gs quando o nvel
de lquido no separador est muito alto.
6. Extrao e processamento
Tratamento de leo
No processo de produo de petrleo ocorre a produo de determinadas
quantidades de gua, que depende das
caractersticas do reservatrio de onde os
fluidos so produzidos, da idade dos
poos produtores e dos mtodos de
recuperao utilizados.
6. Extrao e processamento As desvantagens da presena da gua na
produo do petrleo so
(i) o sobredimensionamento das instalaes de coleta, armazenamento e transferncia da mistura
leo/gua durante a etapa de produo e
transporte; e (ii) na fase de refinao a presena de
cloretos de clcio e de magnsio dissolvidos na
gua que provocam, sob a aco de calor, a
gerao de cido clordrico que afeta as torres de
destilao e a presena de sais de sdio que
diminuem a vida til dos catalisadores, conduzindo
a combustveis de qualidade inferior.
6. Extrao e processamento Para separar a emulso de leo da gua usam-
se vrios mtodos:
1) tratamento termoqumico, que quebra a emulso
por aquecimento entre 45 60 C;
2) a aplicao de campo eltrico de alta voltagem
que provoca a deformao das rbitas eletrnicas
em torno do ncleo das gotculas de gua;
3) a aplicao de desemulsificantes tais como co-
polmeros de xido de etileno e xido de
propileno.
Estes mtodos permitem romper a pelcula que circunda as
gotculas de gua, promovem a coalescncia e a posterior
decantao gravitacional.
6. Extrao e processamento
Tratamento da gua produzida
A gua proveniente dos separadores de leo/gs/gua e dos separadores de
leo/gua enviada para a coluna de
desgaseificao que remove pequenas
quantidades de gs ainda presentes no
lquido.
6. Extrao e processamento
Aps esta etapa a separao de leo ainda presente na gua atravs da
introduo do fluido sob presso no
hidrociclone; devido diferena de
dimetro do hidrociclone entre as suas
extremidades o fluxo de fluido acelerado
e a fora centrfuga criada ao longo do
equipamento induz sada de gua numa
extremidade e sada de leo na
extremidade oposta.
6. Extrao e processamento No tubo de despejo (caso de plataformas
martimas), a coluna de decantao promove
um maior tempo de residncia do fluido no
equipamento para separar qualquer leo
remanescente proveniente dos hidrociclones.
O destino da gua efluente , nos campos martimos, o lanamento ao mar, aps reduzir
o teor em leo aos nveis exigidos pela
legislao e nos campos terrestres a injeco
de gua, desde que no cause problemas ao
reservatrio.
6. Extrao e processamento
Tratamento de gs natural
O tratamento do gs natural realizado atravs do condicionamento, ou seja, um
conjunto de processos fsicos e/ou
qumicos aos quais o gs deve ser
submetido para reduzir os teores de
contaminantes para se respeitar as
especificaes.
.
6. Extrao e processamento
Um desses processos a desidratao, que consiste em remover a gua. Este
processo promove a corroso dos
equipamentos e induz formao de
hidratos que podem reduzir a capacidade
dos gasodutos.
6. Extrao e processamento
A dessulfurao outro processo utilizado para a remoo de compostos de enxofre
atravs de processos de absoro. O
processamento, consiste nas operaes
que promovem a separao de fraces
leves do gs (metano e etano denominado
gs residual) das fraces pesadas
(desde propano at hexano, que
apresentam maior valor comercial).
6. Extrao e processamento
A refrigerao traduz-se na condensao das fraces pesadas do gs atravs da
passagem de um fluido refrigerante. A
absoro refrigerada consiste na
circulao de gs em contacto com um
leo de absoro, nas condies de altas
presses e baixas temperaturas,
conseguidas atravs de um fluido de
refrigerao.
6. Extrao e processamento
O processo expanso Joule-Thompson trata-se da expanso de gs atravs de
uma vlvula que provoca um abaixamento
de temperatura que conduz
condensao das fraces mais pesadas
6. Extrao e processamento
Produo Offshore
A lmina dgua (LDA) um dos fatores tcnicos e econmicos principais na seleo de sistemas de
produo.
6. Extrao e processamento
Extrao e processamento
Extrao e processamento
Plataformas mveis - Jack-up ou auto-elevvel
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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