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15/7/2014 Execução Orçamentária http://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=15815 1/13 Execução Orçamentária MÓDULO V - EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA Site: Instituto Legislativo Brasileiro - ILB Curso: Introdução ao Orçamento Público - Turma 03 Livro: Execução Orçamentária Impresso por: Paulo Henrique Toyama de Freitas Data: terça, 15 julho 2014, 20:03

Introdução Ao Orçamento Público - Execução Orçamentária - Modulo 5

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Execução Orçamentária

MÓDULO V - EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

Site: Instituto Legislativo Brasileiro - ILB

Curso: Introdução ao Orçamento Público - Turma 03

Livro: Execução Orçamentária

Impresso por: Paulo Henrique Toyama de Freitas

Data: terça, 15 julho 2014, 20:03

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Sumário

Módulo V - Execução Orçamentária

Unidade 1 - A programação orçamentária e financeira e o contingenciamento

Introdução

Pág. 2

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Unidade 2 - Alteração orçamentária e apreciação pelo Poder Legislativo

Introdução

Pág. 2

Pág. 3

Pág. 4

Exercício de Fixação - Módulo V

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Módulo V - Execução Orçamentária

Passaremos, agora, à etapa da execução, ou seja, da alocação dos

recursos, esperando que, ao final do módulo, você identifique a

operacionalização do orçamento e as normas que disciplinam o

processo.

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Unidade 1 - A programação orçamentária efinanceira e o contingenciamento

No módulo anterior, conhecemos aspectos importantes da execução

do orçamento. Agora, vamos verificar que o orçamento é flexível e

que pode sofrer alterações durante a execução; e ao final, você será

capaz de identificar com facilidade os tipos de mudanças que podem

ser feitas. Vamos lá!

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Introdução

A execução do orçamento é tema de maior relevância dentro da administração pública, posto que é a etapa

em que são efetivamente aplicados os recursos programados.

Nas unidades anteriores, estudamos os aspectos relacionados à elaboração e apreciação do orçamento.

Após a aprovação pelo Congresso Nacional, a sanção do Presidente da República e publicação noDiário

Oficial da União, o orçamento está apto a ser executado. O processo é semelhante nos Estados e

municípios.

A execução orçamentária é regida por normas constitucionais, por dispositivos da Lei de Responsabilidade

Fiscal - LRF e pela LDO do exercício a que se refere.

Como você já sabe, não é permitido iniciar a execução de programas e ações que não constem doPPA e que

não estejam autorizadas no orçamento.

A partir da publicação do orçamento, o governo dispõe do prazo de trinta dias para editar odecreto de

programação orçamentária e financeira, visando ajustar a realização da despesa ao fluxo da entrada dos

recursos.

É uma medida necessária para manter o equilíbrio entre a receita arrecadada e a

despesa realizada. Por outro lado, permite às unidades orçamentárias saber, de

antemão, o volume de recursos que poderão comprometer mensalmente.

E por que isso?

Porque os recursos não entram de uma só vez e ao mesmo tempo nos cofres do governo.

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A partir da edição do decreto, as unidades orçamentárias estão aptas a executar a programação, ou seja,

dar cumprimento ao que está estabelecido na lei orçamentária. A execução pode ser feita diretamente pela

unidade orçamentária ou através de convênios com outras entidades, Estados e municípios.

Invariavelmente, todos os anos, ouvem-se críticas e reclamações dos parlamentares a respeito da

execução do orçamento. Ou melhor, acusam o governo de não executar, ou seja, de não liberar os recursos

para as emendas que foram incluídas no orçamento.

Isso é verdadeiro? Se for, por que acontece?

Para responder, sugerimos que você leia, novamente, a Unidade III, que trata do caráter autorizativo do

orçamento.

Saiba que a LRF autoriza o governo a editar decreto contingenciando as despesas se,

ao final de um bimestre, for verificado que a receita arrecadada está menor que o valor

estimado e que pode comprometer o atingimento das metas fiscais estabelecidas.

Atente que não se trata de “corte” na programação e sim do estabelecimento de um limite temporário para

a efetivação da despesa. Esse limite será modificado, e até revogado, quando a receita apresentar o

desempenho esperado.

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E quais as despesas que podem ser contingenciadas?

Exatamente aquelas que não têm caráter obrigatório, ou seja, as discricionárias, nas quais se incluem as

emendas de parlamentares. Daí a revolta e os pronunciamentos inflamados de deputados e senadores com

afirmativas do tipo “o orçamento no Brasil é uma peça de mera ficção”, “de que adianta apresentar e

aprovar as emendas se elas não são executadas?”.

Observe um detalhe: mesmo que a programação, objeto da emenda

aprovada, não esteja condicionada e que exista vontade política para

implementá-la, os recursos não irão automaticamente para o

beneficiário - Estado ou município -, pois dependem da elaboração de

convênio, que obedece a regras definidas na lei de diretrizes

orçamentárias. Algumas vezes, o município a ser beneficado com a

ação programada não está apto a elaborar convênio com a União, por

não atender a alguma das regras estabelecidas na LDO.

Nem sempre o que consta no orçamento é executado; depende do

comportamento da receita, do tipo de despesa programada, da

situação do beneficiário dos recursos no caso dos convênios e da

vontade política do chefe do Poder Executivo.

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Unidade 2 - Alteração orçamentária e apreciaçãopelo Poder Legislativo

Na unidade anterior, conhecemos aspectos importantes da execução

do orçamento. Agora, vamos verificar que o orçamento é flexível e

que pode sofrer alterações durante a execução; ao final, você será

capaz de identificar com facilidade os tipos de mudanças que podem

ser feitas.

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Introdução

Conforme já estudamos, a lei orçamentária fixa o limite máximo para o gasto da administração pública.

Podem ocorrer, entretanto, omissões de ações necessárias, falhas na previsão de gastos ou

na arrecadação da receita que requeiram do governo medidas visando adequar cada situação.

Imagine que você trabalha no departamento financeiro da prefeitura do seu município e

que o prefeito deseja saber se há possibilidade de realizar uma importante obra no valor

de R$ 10.000,00. Você examina e verifica que existe autorização para obra, mas que o

valor disponível é de R$ 7.000,00.

O que fazer então? Existe solução para atender ao pedido do prefeito? Como?

Sim, a solução para o caso é alterar a lei orçamentária aprovada.

A alteração da lei orçamentária é feita por meio da abertura de crédito adicional, cujas normas são iguais

para a União, Estados, Distrito Federal e municípios.

A Lei n° 4.320 de 1964, define créditos adicionais como as despesas não computadas

ou insuficientemente dotadas na lei de orçamento, sendo que as modalidades são:

suplementares, especiais e extraordinárias.

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Os créditos suplementares são destinados ao reforço de dotação orçamentária existente, enquanto os

créditos especiais são destinados a despesas para as quais não haja previsão orçamentária específica.

A Constituição Federal proíbe a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização

legislativa e sem a indicação dos recursos correspondentes. Portanto, a abertura do crédito depende da

existência de recursos disponíveis para atender à despesa.

O mais comum é obter os recursos por meio do cancelamento do valor de outra programação. Contudo,

podem ser utilizados, também, o excesso de arrecadação, se houver, os recursos oriundos de operação de

crédito, ou o superávit financeiro apurado em exercício anterior (ou seja, saldos livres de caixa deixados

pela execução do ano anterior).

A Constituição prevê ainda em seu art. 166, parágrafo oitavo, que se uma parcela das receitas da lei

orçamentária anual ficar sem despesas correspondentes (por estas terem sido vetadas ou canceladas por

emendas), esse valor pode ser oferecido também como fonte para créditos suplementares e especiais.

Tanto a Lei nº 4.320, de 1964, quanto a Constituição Federal permitem que a própria lei orçamentária anual

possa ser utilizada para autorizar o Poder Executivo a abrir, durante o exercício, créditos suplementares até

determinada importância.

O que isso quer dizer?

Significa que o governante não necessita pedir ao Poder Legislativo a alteração, ou seja, ele mesmo pode

alterar o orçamento por decreto.

Contudo, atenção: a autorização é dada somente para

suplementar a programação existente até determinado valor,

que, em geral, corresponde a vinte e cinco por cento do total

aprovado para a ação.

A cada exercício, esta matéria, é disciplinada, também, pela LDO

correspondente.

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Os créditos extraordinários destinam-se a atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as

decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública. A Constituição Federal determina que os

créditos dessa natureza sejam abertos por meio de medidas provisórias.

Voltando ao estudo de caso apresentado no início desta unidade: a solução é recorrer

ao crédito suplementar, ou seja, elaborar um projeto de lei solicitando o valor de R$

3.000,00, propondo o cancelamento deste valor em outra programação, encaminhá-lo à

câmara de vereadores com a justificativa pertinente e aguardar a aprovação. E sendo

aprovado, é incorporado ao orçamento, e a obra pode ser realizada.

E se, ao examinar o orçamento, você verificar que não existe a autorização para a obra em questão?

O procedimento, nesse caso, é recorrer ao crédito especial, já que a obra não está prevista, trata-se de

programação nova. O encaminhamento é o mesmo.

No caso da União, compete à CMO a apreciação dos pedidos de crédito adicional encaminhados pelo Poder

Executivo. O processo é semelhante ao da apreciação da LOA, porém, em versão simplificada. É definido um

relator, os parlamentares podem apresentar emendas, e o projeto, depois de aprovado pela Comissão, é

encaminhado ao Plenário do Congresso Nacional para apreciação.

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Nos últimos anos, o próprio Congresso Nacional vem editando normas na LDO, de forma a coibir excessos na

apresentação de emendas e impedir que os créditos encaminhados pelo Poder Executivo sejam desvirtuados

em seu objetivo original.

Finalmente, se for aprovado, o projeto de lei é enviado ao Poder Executivo para sanção, publicação e

incorporação ao orçamento vigente.

A participação do Poder Legislativo no orçamento é indispensável em

todas as fases do processo, para dar legitimidade a qualquer

alteração na peça orçamentária, pois uma lei só pode ser alterada por

outra lei.

A Constituição Federal, no art. 167, § 3º, estabelece que a abertura de crédito extraordinário somente será

admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção

interna ou calamidade pública, utilizando o instrumento da medida provisória.

Observa-se, entretanto, que o Poder Executivo, há bastante tempo, vem utilizando esse instrumento de

maneira excessiva e sem observar os pressupostos constitucionais a respeito.

Essa situação foi objeto de manifestação do Supremo Tribunal Federal, conforme leitura

indicada: "STF suspende medida provisória sobre crédito extraordinário de R$ 1,65 bi".

Estudo de Caso - Veja, na prática, como se processam as alterações orçamentárias por meio

dos créditos adicionais. Clique aqui para acessar o material para estudo. Sucesso!

Para compreender melhor a participação do Judiciário, direta e indiretamente, na

elaboração, execução e fiscalização das políticas públicas, sugerimos o texto

'Orçamento Público e Relações entre os Poderes', do Professor Pederiva(2010), disponível na Biblioteca deste curso, em 'Textos complementares'.

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Exercício de Fixação - Módulo V

Parabéns! Você chegou ao final do Módulo V.

Como parte do processo de aprendizagem, sugerimos que você faça uma releitura do mesmo e

resolva os Exercícios de Fixação, cujo resultado não influenciará na sua nota final, mas servirá

como oportunidade de avaliar o seu domínio do conteúdo. Lembramos ainda que a plataforma de

ensino faz a correção imediata das suas respostas!

Para ter acesso aos Exercícios de Fixação, clique aqui.