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Módulo I: introdução aos sistemas e programas federais de financiamento, convênio e patrocínio a projetos

Introdução aos sistemas e programas federais de financiamento, convênio e patrocínio a projetos

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Curso ministrado no Silo Cultural de Paraty, destinado a gestores públicos municipais; representantes de organizações da sociedade civil e dos movimento populares e interessados em geral.

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Módulo I: introdução

aos sistemas e

programas federais de

financiamento, convênio

e patrocínio a projetos

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1ª Parte: debate inicial (1h30)

Dialogo aberto com os participantes, sobre:

• o papel da Sociedade Civil como agente

indutora de política pública

• o papel do Estado como agente de implantação

e financiamento de política pública

• gestão colaborativa e gestão compartilhada X

terceirização e privatização da atividade

pública

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2ª Parte: introdução aos sistemas de

financiamento (2h30)

Dialogo aberto com os participantes, sobre:

• sistemas e planos nacionais relacionados à

proteção social

• novos modelos administrativos: consórcios e

redes

• Programas de incentivo fiscal (esporte e

cultura)

• Convênios diretos com a união

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1ª Parte

BUROCRACIA E TERCEIRIZAÇÃO

Page 5: Introdução aos sistemas e programas federais de financiamento, convênio e patrocínio a projetos

“Não cabe ao Estado fazer cultura, mas, sim, criar condições para

o acesso universal aos bens simbólicos. Não cabe ao Estado fazer

cultura, mas, sim, proporcionar condições necessárias para a

criação e a produção de bens culturais, sejam eles artefatos ou

mentefatos. Não cabe ao Estado fazer cultura, mas, sim, promover o

desenvolvimento cultural geral da sociedade. Porque o acesso à

cultura é um direito básico de cidadania, assim como o direito à

educação, à saúde, à vida num meio ambiente saudável. Porque, ao

investir nas condições de criação e produção, estaremos tomando

uma iniciativa de consequências imprevisíveis, mas certamente

brilhantes e profundas já que a criatividade popular brasileira, dos

primeiros tempos coloniais aos dias de hoje, foi sempre muito além

do que permitiam as condições educacionais, sociais e econômicas

de nossa existência. Na verdade, o Estado nunca esteve à altura do

fazer de nosso povo, nos mais variados ramos da grande árvore da

criação simbólica brasileira.”

GIL, Gilberto Passos M. Discurso de Posse como Ministro de Estado da

Cultura. 2003.

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“A convivência social, a vida política e a governabilidade das

sociedades ficam condicionadas pela multiplicação e pela

fragmentação dos interesses, pela ampliação frenética das

demandas, por graves dificuldades de coordenação e direção,

pela incerteza e pela insegurança, pelo enfraquecimento das

lealdades e dos vínculos de pertencimento. As organizações

públicas – nascidas e criadas nos tempos lentos da burocracia e

dos controles estatais – são literalmente assediadas por

propostas reformadoras que atropelam suas especificidades e

suas finalidades. São convidadas a abandonar o modelo

burocrático e a substituir o planejamento pelo

empreendedorismo, as normas pela flexibilidade, a “lentidão”

pela “velocidade”, o cidadão pelo cliente, num processo de

clonagem daquilo que ocorre no mundo do mercado e das

empresas privadas.”

NOGUEIRA, Marco Aurélio. Bem Mais que Pós-Moderno: poder, sociedade

civil e democracia na modernidade periférica radicalizada.

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Legitimidade

• Quem elegeu as organizações privadas que executam políticas

públicas?

• Quem disse que os valores de determinada organização não-

governamental estão coadunados aos meus valores como

cidadão?

• Quem disse que as organizações privadas são mais ‘eficientes’ e

‘eficazes’ que as organizações públicas? (O que você tem a dizer

da sua operadora de telefonia?)

• Empreendedorismo, flexibilidade e velocidade são palavras

bonitas, atraentes. Mas, a que custo o uso do nosso dinheiro pelo

Estado deve ser flexibilizado e se dar de forma rápida em

empreendimentos inovadores, portanto, portadores de maior

risco?

• Eu não quero ser visto com cliente do Estado. E você, é cliente

ou cidadão?

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GESTÃO COMPARTILHADA

1ª Parte

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Na visão neoliberal...

Organizações sociais assumem funções do Estado,

mediante convênio ou parceria, na gestão de ações

em políticas públicas. Uma organização social pode

ser responsável pela gestão de um hospital público,

de programas e projetos culturais com a assinatura

das secretarias estaduais ou municipais de cultura,

ou até uma escola pública.

As chamadas O.S têm um regime jurídico próprio,

imposto pela lei 9.637/1998.

Não confunda O.S com Oscip. Porém, ambas podem

exercer importante papel em um cenário neoliberal.

A lei das Oscips é a nº 9.790/1999

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Na visão do desenvolvimento...

Organizações da sociedade civil desenvolvem tecnologia

social e estabelecem demanda para a criação de

políticas públicas. Recebem apoio técnico, logístico e

financeiro de parceiros estratégicos, entre eles o

Estado.

São parceiros do Estado na construção participativa de

políticas públicas, e não na mera execução de tarefas

estabelecidas por projetos de governo.

Estabelecem laços entre governos, sociedade e

empresas.

São convocadas ao convênio por meio de editais

públicos abertos a toda uma gama de tipos de

organizações sem fins de lucro.

Page 11: Introdução aos sistemas e programas federais de financiamento, convênio e patrocínio a projetos

Na visão do desenvolvimento...

A Gestão Compartilhada deve se apresentar, sempre,

num processo de 'agravamento' da democracia

participativa.

Formação de conselhos, realização de audiências

públicas e conferências, e planejamento participativo

das ações compartilhadas são etapas essenciais em

um processo de gestão compartilhada.

A gestão compartilhada não pode parecer uma relação

financiado x financiador.

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TERMOS IMPORTANTES

2ª Parte

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GERAL

• Programa: linha de financiamento com objeto, justificativa e objetivos específicos. Ex.: Programa Cultura Viva

• Ação: projeto que integra um programa. No Cultura Viva, temos como exemplos de ‘ações’ o reconhecimento e apoio aos Pontos de Cultura; e a promoção de editais específicos (Ex.: Interações Estéticas).

• Plano de trabalho: orçamento detalhado associado ao cronograma de execução

Termos

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Exemplo de modelo de plano de

trabalho Item Qtde Unidade Qtde de

unidades Valor

unitário Valor total Data de

início Data de término

Pessoal

Coordenador

Estagiário

etc

Pre-produção

Produção

Comunicação/ divulgação

Custos administrativos (qdo permitido)

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Termos

DO SICONV

• Concedente: órgão público da esfera federal. Ex.: Ministério da Cultura

• Proponente/Convenente: órgãos públicos das esferas estadual (distrital) e municipal; instituições sem fins lucrativos

• Credenciamento: É o procedimento realizado uma única vez, diretamente no Portal dos Convênios – SICONV. Para apresentar proposta de trabalho, o Proponente deverá estar, no mínimo, credenciado. No momento do cadastramento o usuário gera sua senha para acesso ao sistema.

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Termos

DO SICONV

• Cadastramento: Para órgãos e entidades públicas o cadastramento consistirá na validação dos dados incluídos no credenciamento. Para entidades privadas sem fins lucrativos o cadastramento consistirá na apresentação dos documentos referentes a sua qualificação jurídica, fiscal e previdenciária, bem como a sua capacidade técnica e operacional.

• Unidade cadastradora: órgão do Governo Federal habilitado a realizar o cadastro

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PLANOS E SISTEMAS

2ª Parte

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Planos Nacionais

• Construídos com ampla participação popular por meio de conferências setoriais, municipais e nacionais; consulta pública via internet e outros instrumentos de participação.

• Estabelecem os parâmetros das políticas públicas em cada campo por um período determinado.

• Os programas e ações determinados pelos planos nacionais devem ser executados segundo a lógica sistêmica, o pacto federativo e a gestão compartilhada pelos entes federados e a sociedade civil nos âmbitos locais, regionais, estaduais e nacionais.

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Sistemas Nacionais

• Inspiração: SUS

• Parâmetros: colaboração, responsabilização dos entes federados, fortalecimento do pacto federativo, participação dos três níveis de poder administrativo (município, estado, união), das três esferas de poder constituído (executivo, judiciário e legislativo + MP), e da sociedade civil organizada de âmbitos local, regional, estadual e nacional.

• Agenda de políticas públicas determinada por planos municipais, estaduais e nacional da área de atuação (cultura, juventude, gênero, meio ambiente, infâncias e adolescências etc)

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Sistemas Nacionais

Elementos constitutivos:

• Órgãos Gestores dos Sistemas – Conselhos de Política (cultural, para a juventude, dos

direitos da infância e adolescência, do meio ambiente etc)

– Conferências (municipais, estaduais e nacional)

– Planos

– Sistemas de Financiamento • especificidade da cultura: Sistemas Setoriais

– Comissões Intergestores Tripartite e Bipartites (conselhos deliberativos)

– Sistemas de Informações e Indicadores

– Programa Nacional de Formação na Área

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• Crítica:

– Demora do Congresso Nacional em apreciar e votar as emendas à Constituição que regulamentam os sistemas como modelo de gestão do Estado Brasileiro. O Sistema Nacional de Juventude, por exemplo, é tratado com desdém pelos senadores desde que a matéria chegou à casa em XXXX. A PEC do Sistema Nacional de Cultura foi aprovada no Congresso ano passado e sancionada pela presidenta Dilma dois anos a após a aprovação e promulgação, por Lula, do Plano Nacional de Cultura.

Sistemas Nacionais

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• Crítica: – Dificuldade de implantação dos sistemas num país com mais de 5mil

municípios

– Dificuldades das administrações municipais e estaduais em entender a importância dos sistemas e se adequarem para fazer parte; medo de alguns prefeitos de ser co-responsável, assinando um termo de cooperação com o estado e a união e garantindo a contrapartuda, para a implantação de políticas vistas como onerosas (Lei de Responsabilidade Fiscal)

– Baixa participação da sociedade civil (apenas grupos muito organizados participam e falta a cultura da participação democrática nos espaços de decisão)

– Dificuldade de alguns ministérios e secretarias em transformar as linhas de ação dos planos nacionais, estaduais e municipais em políticas públicas com linhas de financiamento (Programas) claros

Sistemas Nacionais

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CONSÓRCIOS E REDES

2ª Parte

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Consórcios

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Consórcios

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Consórcios

• Elemento novo na dinâmica federativa

• Os Municípios, Estados e Distrito Federal ganham muito, porque fica aberta para eles a possibilidade de ação conjunta e não apenas a de agirem isoladamente. A ação conjunta e solidária fortalece as esferas políticas locais, que ganham a possibilidade de viabilizar muito mais do que viabilizam hoje, pois a sua atuação pode ser potencializada pela cooperação.

• Ingresso e saída dos consórcios é voluntária

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Consórcios

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Redes

Rede social ≠ plataforma/ferramenta de rede

Rede ≠ e-grupo

Rede ≠ tecnologia da informação

Rede ≠ conexões virtuais

Redes são pessoas

Rede = trabalhar junto!

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“O importante é não procurarmos um modelo para definir o que é

rede, pois as configurações e dinâmicas são variadíssimas (...) . O

que há em comum são os princípios sistêmicos do padrão

organizacional em rede.” Vivianne Amaral

“Redes Sociais: conexões”

Redes

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INCENTIVO FISCAL

2ª Parte

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Lei Rouanet PRONAC – Programa Nacional de Apoio à Cultura

ProCultura – Proposta de inovação

Histórico:

1ª Lei: Governo Sarney (Lei nº 7.505/86) – sem controle,

bastava o cadastramento, pelo MinC, de produtores

culturais. O patrocínio a projetos de produtores cadastrados

garantia deduções e abatimentos do IR devido pela empresa

patrocinadora.

Governo Collor: extinção da Lei Sarney e do próprio MinC

(após pressão da sociedade, o ministério foi reestruturado);

extinção da Embrafilme.

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Lei Rouanet PRONAC – Programa Nacional de Apoio à Cultura

ProCultura – Proposta de inovação

Histórico:

2ª Lei: o ministro Sérgio Rouanet cria o Pronac (Lei 8.313/91)

Apesar da Lei prever a criação do Fundo Nacional de Cultura,

do Fundo de Investimento Cultural e Artístico e do

Programa de Mecenato via Incentivo Fiscal, a função única

do MinC nos anos Collor/Itamar (e também nos anos FHC

– em menor escala) é apenas a de gerir o mecenato

(Incentivo Fiscal), confundindo a Lei Rouanet a apenas um

de seus aspectos.

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Lei Rouanet PRONAC – Programa Nacional de Apoio à Cultura

ProCultura – Proposta de inovação

Histórico:

Edição da Lei de Incentivo ao Esporte mobiliza os setores da

sociedade civil ligados à atividade cultural que pede

alterações na Lei Rouanet, alegando a possibilidade de

‘canibalização’ entre os dois setores na disputa por

patrocínio.

3º Lei – governo FHC (Lei Nº 9.874/99) – cria os famosos

artigos 18 e 26 (duas faixas de isenção fiscal e a

possibilidade de isenção de até 100% do valor patrocinado)

e determina os segmentos culturais que têm benefício da

lei.

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Lei Rouanet PRONAC – Programa Nacional de Apoio à Cultura

ProCultura – Proposta de inovação

A Lei de 1999 é a que está em vigor hoje e estabelece, em seus

dois artigos mais importantes:

Artigo 18: prevê isenção de 100% do valor patrocinado, até

o limite de 4% do IR devido por empresas que recolhem

por lucro real; ou 6% do IR de pessoa física.

Artigo 26: prevê isenção de 30% do valor patrocinado, que

pode ser lançado como despesa operacional da empresa,

aos segmentos não contemplados pelo artigo 18.

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Lei Rouanet PRONAC – Programa Nacional de Apoio à Cultura

ProCultura – Proposta de inovação

Distorções da Lei Rouanet

• O histórico da Lei mostra que a maioria dos recursos públicos

aplicados em cultura se dá meio por meio do incentivo fiscal

• Consequência: o mercado, ao longo dos anos, decidiu que

bem ou produto cultural apoia, quando e como quiser,

utilizando-se, para tanto, de recurso público

• A falta de critérios públicos e sociais nas regras da CNIC

levou ao patrocínio, com recurso de isenção fiscal, de

espetáculos lucrativos que, por sua qualidade ou fama, já não

precisariam de recurso público para acontecer – ex.: Cirque

du Soleil

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Lei Rouanet PRONAC – Programa Nacional de Apoio à Cultura

ProCultura – Proposta de inovação

Distorções da Lei Rouanet

• O mesmo motivo, do determinismo do mercado sobre as

ações públicas em cultura leva a uma concentração de

recursos destinados a produtores e empresas culturais situados

no eixo Rio-São Paulo

• Não se formou, no Brasil, uma cultura de mecenato por

filantropia – ou seja, há patrocinadores, mas não doadores de

boa vontade ou financiadores privados da cultura

• Setores culturais e expressões artísticas os mais diversos, que

por leis e tratados internacionais ratificados pelo Brasil

deveriam ter incentivo à sua reprodução imaterial, mas que,

por alguma razão não interessavam ao mercado apoiar,

ficaram alijados, à margem da política pública por anos.

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Lei Rouanet PRONAC – Programa Nacional de Apoio à Cultura

ProCultura – Proposta de inovação

Procultura

• Mantém o mecanismo da renúncia fiscal, mas estabelece seis

faixas de isenção, que variam de 60% a 90%

• Desvincula a faixa de isenção da forma ou expressão artística

• Estabelece critérios objetivos relacionados ao alcance social

do projeto cultural, ao seu ‘potencial de venda’, a sua relação

direta com a economia da cultura, entre outros

• Estabelece os Fundos Setoriais de Cultura (já implantados),

com editais específicos para: Acesso e Diversidade; Ações

Transversais e Equalização de Políticas Culturais; Artes

Visuais; Circo, Dança e Teatro; Incentivo à Inovação do

Audiovisual; Livro, Leitura, Literatura e Língua Portuguesa;

Música; Patrimônio e Memória.

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Lei Rouanet PRONAC – Programa Nacional de Apoio à Cultura

ProCultura – Proposta de inovação

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Lei Rouanet PRONAC – Programa Nacional de Apoio à Cultura

ProCultura – Proposta de inovação

SalicWeb

Sistema do Ministério da Cultura para envio, análise e

acompanhamento de propostas culturais, tanto para incentivo fiscal,

quanto para editais.

• Objeto: resumo do projeto em

cinco linhas

• Objetivos com resultados

esperados

• Justificativa: contexto em que se

insere o projeto; por que ele merece

ser aprovado e obter recurso

público

• Acessibilidade: política de acesso

ao público portador de deficiência

física, de mobilidade, visual ou

mental

• Democratização

• Etapas: todas as fases do projeto,

informando como e quando serão

realizadas

• Ficha técnica: currículos membros

do projeto

• Detalhamento

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Lei de Incentivo à Esporte

Leis nº 11.438/2006 e 11.472/2007

• Dedução do imposto de renda em até 100% do valor aplicado

em projetos esportivos aprovados pelo Ministério dos

Esportes, desde que dentro do limite de 1% do imposto devido

por pessoa jurídica e 6% do imposto devido por pessoa física,

em cada período de apuração;

• Três linhas temáticas: desporto educacional, desporto de

participação e desporto de rendimento

• Vedado o uso do recurso obtido mediante renúncia fiscal para

pagamento de salário de atleta profissional

• Patrocínio permite publicidade do patrocinador; Doação não

permite publidade

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Lei de Incentivo à Esporte

• Inscrições realizadas no site do Ministério dos Esportes:

www.esporte.gov.br;

• É preciso realizar o cadastro de proponente

• Os formulários, disponíveis na área restrita ao proponente do

site do Ministério deverão ser impressos e enviados, em cópia

única, para o Departamento de Incentivo e Fomento ao

Esporte

• As peças publicitárias e material de divulgação/educação

deverão conter a Bandeira do Brasil e a marca da Lei e ser

submetidos a análise e aprovação prévia

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Lei de Incentivo à Esporte

• Público: número de crianças, jovens, adultos e idosos

participantes do projeto esportivo (incluindo deficientes)

• Objetivos: Citar o OBJETO do projeto e apresentar de forma

clara e objetiva o que se pretende alcançar com o seu

desenvolvimento.

• Justificativa: Por que se propõe o projeto, sua importância

para o desenvolvimento do esporte no País e/ou na região

geográfica de execução e justifique a conveniência de

utilização de apoio financeiro com recursos incentivados de

que trata a Lei nº 11.438/06).

Page 45: Introdução aos sistemas e programas federais de financiamento, convênio e patrocínio a projetos

• Metodologia: Descrever e detalhar o desenvolvimento,

execução e a metodologia aplicada em todas as atividades do

projeto. Apresentar as fases de execução do projeto,

constando cronograma de atividades com períodos de cada

ação. Grade horária, constando modalidades, nº de turmas,

quantitativo de beneficiários por turma, frequência semanal,

de acordo com turnos e faixas etárias. Quadro de horário dos

profissionais com frequência semanal, detalhando as

atribuições de cada um. Apresentar os respectivos

calendários dos eventos a participar ou a executar,

especificando datas e duração dos mesmos. Apresentar o

critério de seleção dos participantes e dos profissionais

envolvidos. No caso de apresentação de quadros ou planilhas

explicativas, anexar ao projeto impresso a ser enviado ao

Ministério do Esporte.

Lei de Incentivo à Esporte

Page 46: Introdução aos sistemas e programas federais de financiamento, convênio e patrocínio a projetos

Lei de Incentivo à Esporte

• Metas quantitativas e qualitativas e formas de monitoramento

e avaliação

• Estratégias de ação

• Anexos:

•Cronograma físico financeiro

•Profissionais envolvidos (quadro de pessoal)

•Resumo das fontes de recursos

•etc

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CONVÊNIOS

2ª Parte

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Convênios

• Prefeituras e órgãos municipais, estados e órgãos da

administração estadual, consórcios de entes públicos

(intermunicipais, estado com município, interestaduais, e

união com estado e município) e organizações sem fins

lucrativos podem estabelecer convênio com o Governo

Federal para a execução de ações em políticas públicas

• Os convênios são estabelecidos por meio de chamada pública,

edital ou por demanda espontânea, utilizando-se o Sistema de

Convênios (Siconv) – www.convenios.org.br

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Bibliografia

• Leis, projetos de leis (PL) e propostas de emenda à Constituição (PEC): – Rouanet: (as três e o decreto)

– Projeto de Lei nº 6722/2010. Institui o Programa Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura – Procultura

– Do Esporte

– De convênios

– Lei nº 8.666 - Licitação

– Dos consórcios

– Dos sistemas nacionais (várias – emendas à Constituição)

– Código Civil Brasileiro

– Lei nº 9.790/1999 – Lei da Oscip

– Lei nº 9.637 – Organizações Sociais

– Lei nº 11.107/2005 – Consórcios públicos

– Lei nº 5.764/1971 – Cooperativas

• Manuais:

– Manual do Siconv. No Portal dos Convênios, www.convenios.gov.br , e no link: http://bitURL.net/bnrt

– Manual da SalicWeb. No site do MinC, www.cultura.gov.br, e no link: http://bitURL.net/bnrr

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Bibliografia

• Textos: – Anais do II Congresso de Cultura Ibero-americana. Capítulos Mecenato privado (pp. 191 a

197) e Economia da cultura e indústrias criativas (pp. 201 a 212). Sesc-SP, Secretaria Geral Ibero-americana e Ministério da Cultura do Brasil, 2009.

– ARENDT, Hannah. A crise na cultura: sua importância social e política. In.: Arendt, H. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 2005. p.248-282

– CESNIK, Fábio de Sá. Guia do Incentivo à Cultura. Monole, 2002. No Google Books: http://bitURL.net/bnrq

– CHAUI, Marilena. Cidadania cultural: o direito à cultura. São Paulo: Ed. Fundação Perseu Abramo, 2010.

– GIL, Gilberto Passos M. Discurso de Posse como Ministro de Estado da Cultura. 2003

– NOGUEIRA, Marco Aurélio. Bem Mais que Pós-Moderno: poder, sociedade civil e democracia na modernidade periférica radicalizada. Revista de Ciências Sociais da Unisinos. Vol. 43. Nº 1. jan/abr 2007.

– OLIVIERE, Cristiane Garcia e NATALE, Edson. Guia Brasileiro de Produção Cultural 2010-2011. Edições SescSP.

– OLIVIERE, Cristiane Garcia. Cultura Neoliberal: Leis de Incentivo como política pública de cultura. Escrituras Editora e Instituto Pensarte. No Google Books: http://bitURL.net/bnrp

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Bibliografia

• Artigos:

– Revista Carta Capital – Edição Especial ‘Dilma e o

seu tempo’, de 9 de janeiro de 2013, em especial

os artigos de:

• Alfredo Bosi (cultura); Rosani Pavan (cultura); Dal

Marcondes (meio ambiente); Willian Vieira e Gabriel

Bonis (juventude); Hélder Muteia (política social);

Maria Alice Setúbal (educação); Vladimir Safatle

(relação governo x sociedade civil); e os artigos que

compõem a seção ‘Governança Corporativa’

• Sites

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A. Publicações oficiais (do governo)

1. SAI.MINC. Sistema Nacional de Cultura: proposta de estruturação,

institucionalização e implementação do Sistema Nacional de Cultura

(disponível em

http://blogs.cultura.gov.br/snc/files/2009/07/APRESENTACAO-SISTEMA-

NACIONAL-DE-CULTURA_31_AGO2009.pdf)

2. SPC.MINC. Plano Nacional de Cultura (disponível em

http://blogs.cultura.gov.br/pnc/)

3. Apresentações constantes na página do Pronac no portal do MinC.

Atenção à seção 'Mecanismos de 'Apoio': www.cultura.gov.br

4. Apresentações constantes no Blog da Rouanet:

http://blogs.cultura.gov.br/blogdarouanet

5. Apostilas do Siconv. Atenção àquelas destinadas aos proponentes da

sociedade civil: www.convenios.gov.br

Indicação de Leitura

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B. Legislação específica

1. PEC Nº 416/2005, que institui o Sistema Nacional de Cultura

2. PEC Nº 150/2003, para destinação de recursos à cultura

3. PEC Nº 236/2008, para inserção da cultura no rol dos direitos sociais

4. Projeto de Lei Nº 6.835, que Institui o Plano Nacional de Cultura

5. Projeto de Lei de Regulamentação do Sistema Nacional de Cultura

6. Lei nº 8.313/1991 (Lei Rouanet) – institui o Programa Nacional de

Incentivo à Cultura (PRONAC)

7. Projeto de Lei nº 6722/2010. Institui o Programa Nacional de Fomento e

Incentivo à Cultura – Procultura

8. Decreto Nº 5.520 de 24 de Agosto de 2005, que Institui o Sistema

Federal de Cultura e o Conselho Nacional de Política Cultural

C. Publicações não oficiais

14. CESNIK, Fábio de Sá. Guia do Incentivo à Cultura – 2ª ed. Ed.Manole

Indicação de Leitura

Page 64: Introdução aos sistemas e programas federais de financiamento, convênio e patrocínio a projetos

Cristiano de Brito Lafetá Sociólogo e Jornalista

Consultor em Projetos Socioculturais, Ambientais e Esportivos

24 9821.1194

Skype: crislafeta

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