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INTRODUÇÃO E AVALIAÇÃO DE HÍBRIDOS DE.BANANEIRA NA REGIÃO DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO - 1- CARACTERÍSTICAS NA FWRAÇÃQ, NO PRIMEIRO E SEGUNDO CICLOS DE PRODUÇÁO LUIZ GONZAGA NETOI, WALTER SOARES SANTOS Fn.H02 e ZILTON JOSÉ MACIEL CORDEIR03 RESUMO - A região do Submédio São Francisco é um dos principais pólos de irrigação do Nordeste, destacando-se a fruticultura como excelente atividade do negócio agrícola. Dentre as fruteiras exploradas, a bananeira encontra, nas áreas irrigadas, ótimas condições para vegetar e produzir satisfatoriamente. Ocorre que poucas cultivares são exploradas comercialmente, destacando-se a Nanica e a Nanicão, que têm, em nível local, algumas restrições de consumo, e a Pacovan, que é de porte alto. Considerando esse aspecto, o Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Semi-Árido (CPATSA) introduziu cinco híbridos de bananeira obtidos pelo Centro Nacional de Pesquisa de Mandioca e Fruticultura Tropical (CNPMF), sendo analisados os seguintes descritores: altura da planta na floração; diâmetro do pseudocaule, número de folhas funcionais e número de limpeza de folhas não funcionais até o florescimento. Destacaram-se como' promissores os híbridos: PA 03-22, PA 12-03 e N 03-15, sugerindo-se uma avaliação posterior quanto às características de produção e aceitação do fruto pelo mercado consumidor. Termos para indexação: banana, híbridos, irrigação. INTRODUCTION AND EVALUATION OF BANANA HYBRIDS IN THE "SUBMEDIO SÁO FRANCISCO" REGION - 1.- CHARACTERISTICS AT FLOWERING, FIRST AND SECONDS CYCLES OF PRODUCTION SUMMARY - The "Submedio São Francisco" region is one of the main irrigation areas of Northeast Brazil, where the fruit CroPStur to be an excellent agricultural activith. Among the exploited fruit crops, bananas find here good conditions to grow and yield satisfactorily. However, only a varieties have been commercially grown, being "Nanica" and "Nanicão" grown with restrictions for consumption and "Pacovan" because of its big height. Considering these aspects, the Agricultural Research Center for the Semí-Arid Tropic (CPATSA) introduced tive banana hybrids obtained from the National Research Center for Cassava and Tropical Fruit Crops. lhe following descriptors were analysed: plant height at flowering time; diameter of the pseudostem; number of functionalleaves; number of dead leaves up to flowering. Three 'hybrids showed to be promising to grow in the region: PA 03-22, PA 12-03 and N 03-15, requiring a future evaluation regarding yield charactheristics and acceptance of the fruit in the market. Index tenns: Banana, hybrids, irrigation IEng. Agro. M.Sc., PesquisadordaEMBRAPA-CPATSA e Bolsista do CNPq 2Eng. Agro. PhD., Pesquisador da EMBRAPA-CNPMF e Bolsista do CNPq. 3Eng. Agro. M.Sc. Pesquisador da ENBRAPA-CNPMF. Rev.bras.Frutic.•Cruz das Almas,v.17,n.2,p.93-100,~o.1995

INTRODUÇÃO E AVALIAÇÃO DE HÍBRIDOS DE.BANANEIRA …ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/119303/1/Gonzaga.pdf · RESUMO - A região do ... A altura da planta é um descritor

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INTRODUÇÃO E AVALIAÇÃO DE HÍBRIDOS DE.BANANEIRA NA REGIÃODO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO - 1- CARACTERÍSTICAS NA FWRAÇÃQ,

NO PRIMEIRO E SEGUNDO CICLOS DE PRODUÇÁO

LUIZ GONZAGA NETOI, WALTER SOARES SANTOS Fn.H02e ZILTON JOSÉ MACIEL CORDEIR03

RESUMO - A região do Submédio São Francisco é um dos principais pólos de irrigação doNordeste, destacando-se a fruticultura como excelente atividade do negócio agrícola. Dentre asfruteiras exploradas, a bananeira encontra, nas áreas irrigadas, ótimas condições para vegetar eproduzir satisfatoriamente. Ocorre que poucas cultivares são exploradas comercialmente,destacando-se a Nanica e a Nanicão, que têm, em nível local, algumas restrições de consumo, ea Pacovan, que é de porte alto. Considerando esse aspecto, o Centro de Pesquisa Agropecuáriado Trópico Semi-Árido (CPATSA) introduziu cinco híbridos de bananeira obtidos pelo CentroNacional de Pesquisa de Mandioca e Fruticultura Tropical (CNPMF), sendo analisados osseguintes descritores: altura da planta na floração; diâmetro do pseudocaule, número de folhasfuncionais e número de limpeza de folhas não funcionais até o florescimento. Destacaram-secomo' promissores os híbridos: PA 03-22, PA 12-03 e N 03-15, sugerindo-se uma avaliaçãoposterior quanto às características de produção e aceitação do fruto pelo mercado consumidor.

Termos para indexação: banana, híbridos, irrigação.

INTRODUCTION AND EVALUATION OF BANANA HYBRIDS IN THE"SUBMEDIO SÁO FRANCISCO" REGION - 1.- CHARACTERISTICS AT

FLOWERING, FIRST AND SECONDS CYCLES OF PRODUCTION

SUMMARY - The "Submedio São Francisco" region is one of the main irrigation areas ofNortheast Brazil, where the fruit CroPStur to be an excellent agricultural activith. Among theexploited fruit crops, bananas find here good conditions to grow and yield satisfactorily.However, only a varieties have been commercially grown, being "Nanica" and "Nanicão" grownwith restrictions for consumption and "Pacovan" because of its big height. Considering theseaspects, the Agricultural Research Center for the Semí-Arid Tropic (CPATSA) introduced tivebanana hybrids obtained from the National Research Center for Cassava and Tropical FruitCrops. lhe following descriptors were analysed: plant height at flowering time; diameter of thepseudostem; number of functionalleaves; number of dead leaves up to flowering. Three 'hybridsshowed to be promising to grow in the region: PA 03-22, PA 12-03 and N 03-15, requiring afuture evaluation regarding yield charactheristics and acceptance of the fruit in the market.

Index tenns: Banana, hybrids, irrigation

IEng. Agro. M.Sc., PesquisadordaEMBRAPA-CPATSA e Bolsista do CNPq2Eng. Agro. PhD., Pesquisador da EMBRAPA-CNPMF e Bolsista do CNPq.3Eng. Agro. M.Sc. Pesquisador da ENBRAPA-CNPMF.

Rev.bras.Frutic .•Cruz das Almas,v.17,n.2,p.93-100,~o.1995

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INTRODUÇÃO

A região do Submédio São Francisco, comuma área de aproximadamente 100 milhectares irrigáveis, representa um dosprincipais pólos de irrigação do Noroeste,caracterizando-se a fruticultura como umaatraente atividade do mercado agrícola(Gonzaga Neto et alo 1992). Isto ocorre,basicamente, em função das condiçõesedafoclimáticas predominantes na região, quesão favoráveis ao cultivo de diversas fruteiras.

o pólo frutícola implantado no SubmédioSão Francisco é na atualidade um dos maispromissores do Brasil. Estima-se que essaregião deverá produzir 2,6 milhões detoneladas de frutos no ano 2000 e que dessetotal, 61,4% serão destinados à exportação,rendendo ao pais aproximadamente 260milhões de dólares em divisas (CODEVASF,1989).

Dentre as especies frutícolas exploradascomercialmente no Submédio São Francisco,a bananeira encontra nas áreas irrigadasótimas condições para crescer e produzirsatisfatoriamente. Segundo Couto (1990),pode-se obter produtividade de até 60 t/ha jáno primeiro ciclo de produção.

pois nem sempre esse produtor tem um.capital de giro que' possibilite a sobrevivênciafinanceira do seu empreendimento nosperíodos de entressafra de outras culturasexploradas.

É importante frisar, porém, que o grau desucesso obtido com a cultura da bananeira, nasáreas irrigadas do -Nordeste, depende muito daseleção correta de cultivares, sendo istofunção direta da finalidade da produção e dapreferência do mercado consumidor .. Alémdisso, as cultivares também devem serconsideradas em função de suasusceptibilidade às doenças (Simonds, 1973).

Conforme Moreira & Saes(1984), a alturada planta é uma característica que pode variarem função da variedade utilizada,determinando uma maior ou menor facilidadena colheita, podendo, também, exercerinfluências sobre o tombamento das plantasadultas, principalmente quando. possuemcacho.

Na região do Submédio São Francisco, abananeira é hoje uma cultura de expressãoeconômica considerável, observando-se, p0-rém, que esse cultivo é baseado em cultivarestradicionais que, quando não apresentamproblemas fitossanitários e porte elevado,remuneram o produtor de forma não muitocompensadora.Campos (1982) informa que a

bananicultura alcança, nos perímetrosirrigados do Noroeste, importância cada vezmaior, sendo considerada uma cultura degrande valor comercial. Este aspecto se mostraainda mais forte quanto se trata de pequenosbananicultores irrigantes. A banana, além deser uma cultura que possibilita um retomo,rápido.das inversões realizadas, após iniciadaa produção, apresenta um fluxo continuo deentrada de valores no caixa do pequenoirrigante. Este ~ é de suma importância,

Rev.bras.F-IUtic.•CruzdasAlmas.v.l7,n.2,l>.93-l00,ago.l99S

Nessa região, cultiva-se basicamente avariedade 'Pacovan', que embora apresentecaracterísticas satisfatórias de produção, temporte alto, o que traz problemas no seumanejo.· Afora a 'Pacovan', destacam-se ascultivares de bananeiras do subgrupo Caven-.pa dish, como 'Nanica' e 'Nanicão', queembora apresentem altas produtividades, alémda vantagem do porte baixo, têm, em nível

local algumas restrições culturais relativas aoseu consumo.

Considerando esses aspectos, o Centro dePesquisa Agropecuário do Trópico Semi-°rido(CPATSA) avaliou cinco híbridos debananeira obtidos pelo Centro Nacional dePesquisa de Mandioca e Fruticultura Tropical(CNPMF), visando a identificação erecomendação de novas cultivares para aregião.

MATERIAL E MÉTODO

A avaliação foi realizada sem delineamentoexperimental, no Campo Experimental deBebedouro, CPATSA-EMBRAPA, que temlatitude de 09009'S e longitude de 40022W. Aárea apresenta uma altitude de 265,5m,temperatura média anual de 26,30C e umidaderelativa do ar em tomo de 68%. O solo éclassificado como Latossolo VermelhoAmarelo.

Os híbridos avaliados foram os tetraplóides(AAAB): PA03-22 ('Prata Anã' - AAB- xCalcutta - AA), PAl2-03 ('Prata Anã' x 'Lidi'-AA), PV03-76 ('Pacovan' - AAB - x Calcutta),PV03-44 ('Pacovan' x Calcutta), N03-15('Prata lava' - AAB x Calcutta). As mudas,do tipo chifrinho, foram plantadas em covasde 40cm nas três dimensões, adotando-se oespaçamento de 3,Om x 2,Om. Foi realizadauma adubação na cova (fundação), utilizando-se 20 litros de esterco de gado, 300g desuperfosfato simples, e efetuadas adubaçõesmensais e em cobertura, com 100g de sulfatode amônio e 45g de cloreto de potássio portouceira.

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de superfosfato simples. O campo foi irrigadoutilizando-se bacias de captação ao redor datouceira.

Foram avaliadas cinco famílias, porhíbrido, considerando os seguintes descritores:altura da planta no florescimento, diâmetro dopseudocaule a 30cÍn do solo, número de folhasfuncionais na floração e número de limpeza defolhas não-funcionais até o florescimento(eliminadas mediante desfolha).

RESUL TADOS E DISCUSSÁO

Analisando-se os dados obtidos observa-se,na Tabela 1, que a altura dos híbridos nafloração variou entre 1,98m, no PA 12-03, e2,78 m, híbrido PV 03-76, vendo-se que, jáno primeiro ciclo, os híbridos conservaram acaracteristica genética do progenitor feminino,quanto a esse descritor.

Shepherd et ai. (1992) obtiveram, em Cruzdas Almas-BA, também no primeiro ciclo,valores que se aproximam dos observadosnesse estudo. Nesce local foram constatadasalturas de 2,4Ome2,8Om para os híbridos PV03-44 e PV 03-76, respectivamente. Quandose compara esses dados, com os dos híbridosprovenientes da "Prata Anã" do presentetrabalho (Tabela 1) observa-se uma altura deplantas ligeiramente superior para ascondições do Submédio São Francisco. Issopode ter ocorrido em razão da influência dairrigação, uma vez que a avaliação realizadaem Cruz das Almas não compreendeu estaprática cultural.

Gonzaga Neto et alo (1992) tambémregistraram, para outras cultivares, tendênciasde aumento na altura das plantas quandcconduzidas sob irrigação, na região doSubmédio São Francisco.A cada seis meses, foram colocados, por

touceira, 20 litros de esterco de gado e 300gRev.bras.Frutic.,Cruz das Almas,v.17.n.2,p.93-100,ago.199S

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Híbridos!Código'

Altura daplanta no

florescimento(m)

Diâmetro dopseucodaule

a30cm(em)

Número defolhas

funcionais2

Número delimpeza defolhas até o

florescimento

TABELA 1. Dados de variáveis relacionadas ao vigor de híbridos tetraplóides de bananeira(AAAB) observados na floração e no primeiro ciclo de produção. Petrolina-PE,1993.

PA 03-22PA 12-03PV 03-76PV 03-44N 03-15

1,991,982,782,622,05

16,3016,5618,5618,2316,98

1714161818

0303050402

1. Código do híbrido se compõe de duas letras representando o parental feminino, doisalgarismos para o parental masculino e após o traço o número individual do genótipo. PA= Prata Anã (AAB), PV = 'Pacovan'(AAB), JV = 'Prata Java' (AAB), 03 = Calcutta (Musaacuminata spp. bunnannica, AA) 12 = 'Lidi'(AA).

2. Número de folhas no florescimento.

Rev.bras.Frotic.,Cruzdas Almas,v.17,n.2,p.93-100,ago.1995.

A altura da planta é um descritorfortemente influenciado pela temperatura,tendendo a apresentar maiores valores emtemperaturas mais elevadas, desde que osoutros fatores de crescimento estejamotimizados.

Com referência ao diâmetro dopseudocaule dos híbridos avaliados, observou-se no primeiro ciclo (Tabela I) variações entre16,30cm, para o PA 03-22, e 18,56cm, para ohíbrido PV 03-76. De acordo com Moreira(1987), o pseudocaule da bananeira podeapresentar variações no diâmetro da base entre10 e 50cm. Esse é um descritor importante,pois, considerando cada grupo ou subgrupo devariedades, pode indicar uma maior ou menorresistência do genótipo ao tombamento. Emgeral, plantas de bananeira com pseudocaulemais desenvolvido, de maior diâmetro, têmsido menos vulneráveis ao tombamento.

o híbrido PV 03-44, que tem comoparental feminino a cultivar 'Pacovan', deporte alto, apresentou um diâmetro maior, emtermos absolutos, que o híbrido PA 12-03, quetem como parental feminino a cultivar 'PrataAnã'. Este esclarecimento é importante, pois,de modo geral, tem-se observado maiorocorrência de tombamento, dentro do mesmogrupo genômico, nas cultivares de porte alto,as quais, em geral, apresentam menordiâmetro do pseudocaule.

Analisando-se o número de folhasfuncionais por planta, por ocasião da floraçãoe no primeiro ciclo (Tabela 1), vê-se queocorreram variações entre 14, para o PA 12-03, e 18 folhas, para os híbridos PV 03-44 eN 03-15.

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variação entre 8,8 e 10,9 para o número defolhas funcionais.

Considerando-se o número de retirada defolhas não-funcionais até a floração(eliminadas por desfolha), observa-se, naTabela 1, que durante o primeiro ciclo, essenúmero variou entre 02, para o híbrido N 03-15, e 05, para o híbrido PV 03-76.

A eliminação de folhas velhas, conhecidatecnicamente como limpeza de folhas oudesfolha, deve ser realizada periodicamente,pois permite um melhor arejamento dobananal e acelera o desenvolvimento dosrebentos, além de facilitar a operação dedesbaste. A limpeza de folhas deve serrealizada no máximo três vezes, no periodoque vai do plantio à colheita (Moreira 1987).

Analisando-se os dados obtidos durante osegundo ciclo de produção (Tabela 2), nota-seque a altura das plantas aumentou, para todosos híbridos, em relação ao primeiro ciclo.Essas observações estão de acordo com asobservações realizadas por Shepherd et alo(1992), que também verificaram aumento naaltura dos híbridos PA 03-22, PA 12-03, PV03-76 e PV 03-44, avaliados em Cruz dasAlmas-BA. É importante acrescentar que asalturas observadas nas condições desse estudoforam, em geral, superiores àquelas obtidaspara os mesmos híbridos, nas condições doestudo de Shepherd et alo(1992).

Sampaio (1978) e Alves et alo (1984)também observaram aumento na altura deplantas de bananeira, no segundo ciclo, emrelação ao primeiro ciclo de produção.

É interessante ressaltar que, de forma maisou menos generalizada, tem-se registrado

Pedrotti et alo (1987) encontraram, para maiores alturas nas plantas de bananeiraoutras cultivares na região de Florianópolis-se. quando conduzidas com irrigação, na regiãa

Rev.bms.Frutic.,CruzdasAImas,v.17,n:2,p.93-100,ago.1995.

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TABELA 2. Dados médios de parâmetros relacionados ao vigor de híbridos tetraplóides debananeira (AAAB)observádos Da floração e no segundo ciclo de produção.Petrolina-PE, 1993.

Altura da Diâmetro do Número de. Número deHíbridos! planta no pseucodaule folhas limpeza deCódigo1 florescimento a30cm funci .2 folhas até oClODalS

(m) (em) florescimentoPA03':'22' '1,,67 25,91 16 09PA 12-03 2,73 24,96 16 06PV 03-76 3,87 26,90 17 09PV 03-44 3,55 25,18 17 09JV 03-15 2,90 27,60 17 06

1. Código do híbrido se compõe de duas letras representando o parental feminino, doisalgarismos para o parental masculino e após o traço, o número individual do genótipo. PA= Prata Anã (AAB), PV = .'Pacovan'(AAB), JV = 'Prata lava' (AAB), 03 = Calcutta (Musaacuminata spp. bunnannica, AA) 12.= 'Lidi'(AA).

2. Número de folhas no florescimento

~.bras.l"rutiç.,Cruz das Almas,v.17.n.2,p.93-100,ago.199S.

do Submédio São Francisco. Essa influênciaocorre, provavelmente, em função de umamelhor distribuição da água ao longo dociclo, propiciada pelo manejo da irrigação.Nas áreas dependentes de chuva, nem sempreé possível adequar a distribuição da água àsnecessidades fisiológicas da planta, POdendohaver, em determinados estádios decrescimento e desenvolvimento, déficits ouexcessos hídricos, o que perturba o sistemafisiológico da planta como um todo, comconseqüentes reflexos na altura das plantas.

Com referência ao diâmetro dopseudocaule, vê-se na Tabela 2 que tambémhouve acréscimo para todos os híbridos, emcomparação com os valores obtidos durante oprimeiro ciclo de produção. No segundo ciclo,foram registradas variações entre 24,96cm,para o PA 12-03, e 27,60cm, para o híbridoN 03-15.

Quanto ao número de folhas, observadono segundo ciclo, vê-se na Tabela 2 que estevariou entre 16, para os híbridos descendentesda 'Prata anã', e 17 para os híbridosdescendentes da Pacovan' e 'Prata lava'.Percebe-se um incremento quando comparadoaos números registrados no primeiro ciclo.

Analisando-se o número de limpeza defolhas não funcionais realizado durante osegundo ciclo ou no primeiro seguidor,eliminadas por desfolha, observa-se na Tabela2, que variou entre 6, nos híbridos N 03-15 ePA 12-03, e 09 para os demais híbridos.

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irrigadas do Nordeste, POde-sedestacar comopromissores os híbridos PA 03-22; PA 12-03e N 03-15, sendo o segundo já recomendadopelo CNPMF-EMBRAPA como novavariedade, sob a denominação de 'Pioneira'.

É necessária a avaliação desses híbridosem propriedades particulares, de modo aconfirmar suas características superiores econsolidar sua exploração nos sistemas deprodução do Submédio São Francisco.

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