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Introduo Cincia do Direito - Josenir.pdf

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B732cBORGES, Josenir Cassiano CadernodeIntroduoCinciadoDireitoDomAlberto/Josenir Cassiano Borges.Santa Cruz do Sul: Faculdade Dom Alberto, 2010. Inclui bibliografia. 1. Direito Teoria2. Introduo Cincia do Direito TeoriaI. BORGES,Josenir Cassiano II. Faculdade Dom AlbertoIII. Coordenao de DireitoIV. Ttulo CDU 340.12(072) Catalogao na publicao: Roberto Carlos Cardoso Bibliotecrio CRB10 010/10 Pgina 2 / 44APRESENTAO OCursodeDireitodaFaculdadeDomAlbertotevesuasemente lanadanoanode2002.Iniciamosnossacaminhadaacadmicaem2006, apsaconstruodeumprojetosustentadonosvaloresdaqualidade, seriedade e acessibilidade. E so estes valores, que prezam pelo acesso livre atodososcidados,tratamcomseriedadetodosprocessos,atividadese aes que envolvem o servio educacional e viabilizam a qualidade acadmica epedaggicaquegeramefetivoaprendizadoquepermitemconsolidarum projeto de curso de Direito. Cincoanossepassarameumcicloseencerra.Afasede crescimento,deamadurecimentoedeconsolidaoalcanaseupicecoma formaturadenossaprimeiraturma,comaconclusodoprimeiromovimento completo do projeto pedaggico. Entendemosseresteomomentodenoapenascelebrar,masde devolver,sobaformadepublicao,oprodutodotrabalhointelectual, pedaggicoeinstrutivodesenvolvidopornossosprofessoresduranteeste perodo. Este material servir de guia e de apoio para o estudo atento e srio, paraaorganizaodapesquisaeparaocontatoinicialdequalidadecomas disciplinas que estruturam o curso de Direito. Felicitamosatodososnossosprofessoresquecomcompetncia nos brindam com os Cadernos Dom Alberto, veculo de publicao oficial da produo didtico-pedaggica do corpo docente da Faculdade Dom Alberto. Lucas Aurlio Jost Assis Diretor Geral Pgina 3 / 44PREFCIO Todaaohumanaestcondicionadaaumaestruturaprpria,a umanaturezaespecficaqueadescreve,aexplicaeaomesmotempoa constitui.Maisainda,todaaohumanaaquelapraticadaporumindivduo, nolimitedesuaidentidadee,preponderantemente,noexercciodesua conscincia.Outracaractersticadaaohumanasuaestruturaformal permanente. Existe um agente titular da ao (aquele que inicia, que executa a ao),umcaminho(aaopropriamentedita),umresultado(afinalidadeda aopraticada)eumdestinatrio(aquelequerecebeosefeitosdaao praticada).Existemaeshumanasque,aoseremexecutadas,geramum resultadoeesteresultadoobservadoexclusivamentenaesferadoprprio indivduoqueagiu.Ouseja,nasaesinternas,titularedestinatriodaao soamesmapessoa.Oconhecimento,porexcelncia,umaaointerna. ComobemdescreveOlavodeCarvalho,somenteaconscinciaindividualdo agente d testemunho dos atos sem testemunha, e no h ato mais desprovido detestemunhaexternaqueoatodeconhecer.Poroutrolado,existemaes humanasque,umavezexecutadas,atingempotencialmenteaesferade outrem,isto,osresultadosseroobservadosempessoasdistintasdaquele que agiu. Titular e destinatrio da ao so distintos. Qualquer ao, desde o ato de estudar, de conhecer, de sentir medo oualegria,temorouabandono,satisfaooudecepo,atosatosde trabalhar,comprar,vender,rezarouvotarsosempreaeshumanasecom talestosujeitasestruturaacimaidentificada.Noacidentalquea linguagem humana, e toda a sua gramtica, destinem aos verbos a funo de indicaraao.Semprequeexistirumaao,teremoscomoidentificarseu titular, sua natureza, seus fins e seus destinatrios. Conscientedisto,omdicoepsiclogoViktorE.Frankl,queno cursodeumacarreirabrilhante(trocavacorrespondnciascomoDr.Freud desdeosseusdezesseteanosedesterecebiaelogiosemdiversas publicaes)desenvolviatcnicasdecompreensodaaohumanae, consequentemente, mecanismos e instrumentos de diagnstico e cura para os eventuaisproblemasdetectados,destacou-secomoumdosprincipais estudiososdasanidadehumana,doequilbriofsico-mentaledamedicina como cincia do homem em sua dimenso integral, no apenas fsico-corporal. Com o advento da Segunda Grande Guerra, Viktor Frankl e toda a sua famlia foramcapturadoseaprisionadosemcamposdeconcentraodoregime nacional-socialistadeHitler.Duranteanossofreutodososflagelosqueeram ininterruptamente aplicados em campos de concentrao espalhados por todo territrio ocupado. Foi neste ambiente, sob estas circunstncias, em que a vida sente sua fragilidade extrema e enxerga seus limites com uma claridade nica, Pgina 4 / 44queFranklconsegue,aoolharseusemelhante,identificaraquiloquenosfaz diferentes, que nos faz livres. Durantetodooperododeconfinamentoemcamposde concentrao(inclusiveAuschwitz)Franklobservouqueosindivduos confinadosrespondiamaoscastigos,sprivaes,deformadistinta.Alguns, peranteamenorrestrio,desmoronavaminteriormente,perdiamocontrole, sucumbiam frente dura realidade e no conseguiam suportar a dificuldade da vida. Outros, porm, experimentando a mesma realidade externa dos castigos edasprivaes,reagiamdeformaabsolutamentecontrria.Mantinham-se ntegrosemsuaestruturainterna,entregavam-secomoqueemsacrifcio, esperavam e precisavam viver, resistiam e mantinham a vida. Observandoisto,Franklpercebequeadiferenaentreoprimeiro tipodeindivduo,aquelequenosuportaadurezadeseuambiente,eo segundotipo,quesemantminteriormenteforte,quesuperaadurezado ambiente,estno fatodequeosprimeirosjno tmrazoparaviver,nada os toca, desistiram. Ou segundos, por sua vez, trazem consigo uma vontade de viver que os mantm acima do sofrimento, trazem consigo um sentido para sua vida.Aoatribuirumsentidoparasuavida,oindivduosupera-seasimesmo, transcende sua prpria existncia, conquista sua autonomia, torna-se livre. Aosairdocampodeconcentrao,comofimdoregimenacional-socialista,Frankl,imediatamenteesobaformadereconstruonarrativade suaexperincia,publicaumlivretocomottuloEmbuscadesentido:um psiclogonocampodeconcentrao,descrevendosuavidaeadeseus companheiros,identificandoumaconstantequepermitiuquenoapenasele, masmuitosoutros,suportassemoterrordoscamposdeconcentraosem sucumbir ou desistir, todos eles tinham um sentido para a vida. Nestemesmomomento,Franklapresentaosfundamentosdaquilo queviriaasetornaraterceiraescoladeViena,aAnliseExistencial,a psicologia clnica de maior xito at hoje aplicada. Nenhum mtodo ou teoria foi capaz de conseguir o nmero de resultados positivos atingidos pela psicologia deFrankl,pelaanlisequeapresentaaoindivduoaestruturaprpriadesua ao e que consegue com isto explicitar a necessidade constitutiva do sentido (da finalidade) para toda e qualquer ao humana. Sentidodevidaaquiloquesomenteoindivduopodefazere ningummais.Aquiloquesenoforfeitopeloindivduonoserfeitosob hiptesealguma.Aquiloquesomenteaconscinciadecadaindivduo conhece. Aquilo que a realidade de cada um apresenta e exige uma tomada de deciso. Pgina 5 / 44No existe nenhuma educao se no for para ensinar a superar-se asimesmo,atranscender-se,adescobrirosentidodavida.Tudoomais morno, sem luz, , literalmente, desumano. Educar,pois,descobrirosentido,viv-lo,aceit-lo,execut-lo. Educarnotreinarhabilidades,nocondicionarcomportamentos,no alcanar tcnicas, no impor uma profisso. Educar ensinar a viver, a no desistir,adescobrirosentidoe,descobrindo-o,realiz-lo.Numapalavra, educar ensinar a ser livre. ODireitoumdoscaminhosqueoserhumanodesenvolvepara garantirestaliberdade.QueosCadernosDomAlbertosejamveculosde expressodestaprticadiriadocorpodocente,quefazemdavidaum exemplo e do exemplo sua maior lio. FelicitaessodevidasaFaculdadeDomAlberto,peloapoiona publicaoepelaadoodestametodologiasriaedequalidade. Cumprimentosfestivosaosprofessores,autoresdestebelotrabalho. Homenagens aos leitores, estudantes desta arte da Justia, o Direito. . Luiz Vergilio Dalla-Rosa Coordenador Titular do Curso de Direito Pgina 6 / 44Sumrio Apresentao....................................................................................................... Prefcio................................................................................................................ Plano de Ensino................................................................................................... Aula 1 Cinco minutos de Filosofia do direito.................................................................. Aula 2 Direito como Fenmeno Social e Universal....................................................... Cdigo Penal Brasileiro Decreto Lei 2.848/40............................................. Aula 3 Conhecimento.................................................................................................... Aula 4 Empirismo, Racionalismo e Pensamento Dialtico no Direito........................... Aula 5 Saber e Poder.................................................................................................... Aula 6 Teoria Crtica do Direito...................................................................................... Aula 7 Trs matrizes Epistemolgicas do Direito.......................................................... Pgina 7 / 443481421243832353841Misso: "Oferecer oportunidades de educao, contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional. Centro de Ensino Superior Dom Alberto Plano de Ensino Identificao Curso: DireitoDisciplina: Introduo Cincia do Direito Carga Horria (horas): 60Crditos: 4Semestre: 1 Ementa Introduo epistemolgica jurdica. Do conhecimento ao conhecimento cientfico. Empirismo, racionalismo e pensamento dialtico do Direito. Saber e poder. Aproximao idia de Direito. Jusnaturalismo. Positivismo Jurdico.DireitoeMoral.TeoriascrticaseDireitoAlternativo.Teoriadanormajurdica.Teoriado ordenamentojurdicoepensamentosistemtico.SistemaseDisciplinasJurdicas.Conceitosoperacionais acerca da Teoria do Direito na contemporaneidade. O Tempo do Direito. O Direito na Sociedade Complexa. ODireitoaJustiaeoPoderJudicirio.TrsMatrizesTericasparaobservaodoDireito:Analtica, Hermenutica e Pragmtico-Sistmica. Objetivos Geral:AdisciplinadeIntroduoaoDireitoencontrarelevnciana(epara)aformaodoacadmiconosentido dequeelaproporcionaospassosiniciaisconstruodosistemadeidiasfundamentaisparaa compreenso e interpretao interdisciplinar do fenmeno jurdico. Tambmdeve-seconsiderarqueessadisciplinaumeloqueirviabilizaraconexodaformaodo acadmico,adquiridaaolongodesuavida,comasprimeiraslinhasdoDireito,semdescurardaidiade queaaprendizagemnoapagaroqueoacadmicojassimilouporsuaexperincia,mastransformar, aperfeioarseusconhecimentosatravsdodelineamentometodolgicoaserdesenvolvidonotranscursos das interaes a serem desenvolvidas em aula.Parafinalizar,importanteapontarqueessadisciplina,sendoumdosprimeiroscontatoscomodireito, evidencia-secomoumadisciplinaqueviabilizaradiscussododireitosobperspectivadopensamento jurdico crtico. Tal linha tem por fundamento o processo de profundo esgotamento pelo qual vem passando o discurso jurdico liberal-individualista em face da crescente complexidade das novas formas de produo docapitaledasmarcantescontradiessociaisdaatualsociedade.Essacomplexidadevaiexigirum profissionaldodireitoaptoacompreenderessesnovosfenmenose,conseqentemente,capazde construirrespostasparaessecenriomutvel-respostascapazesdeimpulsionaraumasociedademais democrtica e harmnica. Especficos:Compreender o fenmeno jurdico enquanto uma espcie dentre os fenmenos tico-sociais;EstudaroDireitocomoumarealidadeemconstantetransformaoequesofreinflunciasdeterminantes dos fatores morais, econmicos, polticos e culturais da sociedade, inclusive contribuindo para perpetuar ou transformar as relaes de poder;Sublinhar a necessidade de uma concepo aberta e especulativa na formao do jurista, a fim de capacit-loparaserumoperadordoDireitocapazdeinteragirnumasociedadeorganizadaapartirdosistema jurdico,aliceradoemprticasdemocrticasperpassadasporvnculossociaismarcadamenteticos, solidrios e humanistas;Analisar os diversos ramos em que se distribui o ordenamento jurdico vigente, apontando a importncia do Direito Constitucional como balizador da sistematizao jurdica;Estudar o Direito numa perspectiva humana, tica, social e poltica. Inter-relao da Disciplina Horizontal: A disciplina de Introduo ao Direito encontra relevncia na (e para) a formao do acadmico no sentido de que ela proporciona os passos iniciais construo do sistema de idias fundamentais para a compreenso e interpretao interdisciplinar do fenmeno jurdico. Tambmdeve-seconsiderarqueessadisciplinaumeloqueirviabilizaraconexodaformaodo acadmico,adquiridaaolongodesuavida,comasprimeiraslinhasdoDireito,semdescurardaidiade queaaprendizagemnoapagaroqueoacadmicojassimilouporsuaexperincia,mastransformar, aperfeioarseusconhecimentosatravsdodelineamentometodolgicoaserdesenvolvidonotranscursos das interaes a serem desenvolvidas em aula.Parafinalizar,importanteapontarqueessadisciplina,sendoumdosprimeiroscontatoscomodireito, evidencia-secomoumadisciplinaqueviabilizaradiscussododireitosobperspectivadopensamento Pgina 8 / 44Misso: "Oferecer oportunidades de educao, contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional. jurdico crtico. Tal linha tem por fundamento o processo de profundo esgotamento pelo qual vem passando o discurso jurdico liberal-individualista em face da crescente complexidade das novas formas de produo docapitaledasmarcantescontradiessociaisdaatualsociedade.Essacomplexidadevaiexigirum profissionaldodireitoaptoacompreenderessesnovosfenmenose,conseqentemente,capazde construirrespostasparaessecenriomutvel-respostascapazesdeimpulsionaraumasociedademais democrtica e harmnica. Vertical: Direito Civil, Direito Constitucional e Penal. Competncias Gerais - Leitura, compreenso, elaborao e interpretao de textos jurdicos. -Pesquisaeutilizaodadoutrina,legislaoejurisprudncia,visandoaoaperfeioamentodoraciocnio jurdico e reflexo crtica sobre os temas relativos disciplina. - Domnio das tecnologias e mtodos para a completa interpretao e aplicao do Direito. Competncias Especficas -CapacidadedecompreenderasnoeselementaresdoDireito,reconhecendo-oemsuaamplitudee diversidade. Habilidades Gerais -Capacidadedecompreender,elaborareinterpretaroDireito,reconhecendo-oemsuaamplitudee diversidade.- Capacidade de pesquisa e utilizao da doutrina, legislao e jurisprudncia visando ao aperfeioamento do raciocnio jurdico e reflexo crtica sobre os temas relativos disciplina. -Capacidadedeanlisedoenquantonormadecondutasocialinseridanumasociedadeemconstante mudana e regida pelo Constitucionalismo. Habilidades Especficas - Compreender as noes elementares do Direito, reconhecendo-o em sua amplitude e diversidade. Contedo Programtico Programa: O DIREITO COMO FENMENO SOCIAL E UNIVERSAL 1.1.Surgimento das cincias sociais modernas 1.2.O direito como cincia social aplicada 1.3.As diversas disciplinas jurdicas 1.4.A introduo ao estudo do direito INTRODUO EPISTEMOLOGIA JURDICA1.1. Do conhecimento ao conhecimento cientfico.1.2. Empirismo, racionalismo e pensamento dialtico do Direito.1.3. Saber e poder.1.4 Jusnaturalismo.Positivismo Jurdico. 1.5 Teorias crticas e Direito Alternativo. 1.6Trs Matrizes Tericas para observao do Direito. PERSPECTIVAS DOGMTICA E NO DOGMTICA 1.5.A dogmtica jurdica: a construo sistemtica do direito positivo 1.6.Dogmtica jurdica e cincia do direito DIFERENCIAO E AUTONOMIA DOS SISTEMAS NORMATIVOS 1.7.Normas religiosas, de uso social e morais 1.8.Conceito e Contedo 1.9.Sano CONCEITO E CONTEDO DA NORMA JURDICA 1.10.Significado do termo 1.11.Estrutura lgica da norma jurdica 1.12.Atributos da norma jurdica 1.13.Imperatividade COERCITIVIDADE E SANO DA NORMA JURDICA 1.14.A tutela estatal no direito moderno 1.15.Coero, coao e coercitividade 1.16.Conceito de sano jurdica DIREITO OBJETIVO E DIREITO SUBJETIVO 1.17.Etimologia Pgina 9 / 44Misso: "Oferecer oportunidades de educao, contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional. 1.18.Diversas acepes do termo direito 1.19.O problema da legitimidade 1.20.Conceitos de direito objetivo e subjetivo O PBLICO E O PRIVADO NO DIREITO 8.1A dicotomia e distino entre o Direito Pblico e o Direito Privado 8.2O (re)pensar da dicotomia Direito Pblico X Direito Privado em face do dirigismo estatal TEORIA DAS FONTES DO DIREITO 1.21.Conceito de fonte do direito 1.22.Fontes materiais e fontes formais CONCEITO E GNESE DE LEI 1.23.Lei natural e lei jurdica 1.24.Lei como espcie de norma jurdica 1.25.Evoluo histrica da lei 1.26.Competncia legislativa 1.27.Processo legislativo TCNICA LEGISLATIVA E CODIFICAO 1.28.Morfologia dos textos legais 1.29.Diversas partes da lei 1.30.Coleo de lei 1.31.Consolidao 1.32.Cdigo INCIO DA OBRIGATORIEDADE DAS LEIS 1.33.Sistema sucessivo 1.34.Sistema progressivo 1.35.Sistema simultneo 1.36.Vacatio legis e sistema de vigncia imediata TRMINO DA OBRIGATORIEDADE DAS LEIS 1.37.Causas de cessao da obrigatoriedade 1.38.Causas intrnsecas e extrnsecas 1.39.Conceito de revogao 1.40.Espcies de revogao 12.5.Repristinao da lei.CONFLITO DE LEIS 12.6.Conflito de leis no espao 12.7.Conflito de leis no tempo 12.8.Retroatividade da lei 12.9.Impedimentos retroatividade PRINCPIOS GERAIS DE DIREITO 14.1. Definio de princpio no Direito 14.2 Princpio como norma jurdica 14.3 Distino entre princpio e regra COSTUME JURDICO 15.1 Eficcia como conceito bsico 15.2. Processo de formao do costume 15.3.Requisitos constitutivos do costume jurdico 15.4. Relaes do costume com a lei 15.5. O costume nos pases subdesenvolvidos: o direito inoficial 15.6.O problema do pluralismo jurdico JURISPRUDNCIA 12.10.Diversos sentidos do termo 12.11.Processo de formao da jurisprudncia 12.12.Requisitos constitutivos da jurisprudncia como fonte 12.13.Sistema anglo-saxnico 12.14.Sistema romanista 12.15.Tcnicas de unificao da jurisprudncia. DOUTRINA JURDICA 17.1. Funes da doutrina jurdica 17.2. Importncia da doutrina na construo do direito. Estratgias de Ensino e Aprendizagem (metodologias de sala de aula) Aulasexpositivasdialgico-dialticas.Trabalhosindividuaiseemgrupoepreparaodeseminrios. Leiturasefichamentosdirigidos.Elaboraodedissertaes,resenhasenotasdesntese.Utilizaode recurso udio-Visual. Pgina 10 / 44Misso: "Oferecer oportunidades de educao, contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional. Avaliao do Processo de Ensino e AprendizagemAavaliaodoprocessodeensinoeaprendizagemdeveserrealizadadeformacontnua,cumulativae sistemticacomoobjetivodediagnosticarasituaodaaprendizagemdecadaaluno,emrelao programao curricular. Funes bsicas: informar sobre o domnio da aprendizagem, indicar os efeitos da metodologiautilizada,revelarconseqnciasdaatuaodocente,informarsobreaadequabilidadede currculos e programas, realizar feedback dos objetivos e planejamentos elaborados, etc. Para cada avaliao o professor determinar a(s) formas de avaliao podendo ser de duas formas: 1 Avaliao Peso 8,0 (oito): Prova; Peso 2,0 (dois): Trabalho. 2Avaliao:Peso8,0(oito):Prova;Peso2,0(dois):referenteaoSistemadeProvasEletrnicasSPE(mdia ponderada das trs provas do SPE) Avaliao Somativa Aaferiodorendimentoescolardecadadisciplinafeitaatravsdenotasinteirasdezeroadez, permitindo-se a frao de 5 dcimos. Oaproveitamentoescolaravaliadopeloacompanhamentocontnuodoalunoedosresultadosporele obtidos nas provas, trabalhos, exerccios escolares e outros, e caso necessrio, nas provas substitutivas. Dentreostrabalhosescolaresdeaplicao,hpelomenosumaavaliaoescritaemcadadisciplinano bimestre. Oprofessorpodesubmeterosalunosadiversasformasdeavaliaes,taiscomo:projetos,seminrios, pesquisasbibliogrficasedecampo,relatrios,cujosresultadospodemculminarcomatribuiodeuma nota representativa de cada avaliao bimestral. Emqualquerdisciplina,osalunosqueobtiveremmdiasemestraldeaprovaoigualousuperiorasete (7,0) e freqncia igual ou superior a setenta e cinco por cento (75%) so considerados aprovados. Aps cada semestre, e nos termos do calendrio escolar, o aluno poder requerer junto Secretaria-Geral, noprazofixadoeattuloderecuperao,arealizaodeumaprovasubstitutiva,pordisciplina,afimde substituir uma das mdias mensais anteriores, ou a que no tenha sido avaliado, e no qual obtiverem como mdia final de aprovao igual ou superior a cinco (5,0). Sistema de Acompanhamento para a Recuperao da Aprendizagem Sero utilizados como Sistema de Acompanhamento e Nivelamento da turma os Plantes Tira-Dvidas que so realizados sempre antes de iniciar a disciplina, das 18h00min s 18h50min, na sala de aula. Recursos Necessrios Humanos Professor. Fsicos Laboratrios, visitas tcnicas, etc. Materiais Recursos Multimdia. Bibliografia Bsica DINIZ, Maria Helena. Compndio de Introduo Cincia do Direito. So Paulo: Saraiva, 2006.REALE, Miguel. Lies Preliminares de Direito. So Paulo: Saraiva, 2002. KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. So Paulo: Martins Fontes. PALAIA, Nelson. Noes Essenciais de Direito. Saraiva, 2005. GRAU, Eros Roberto. O direito Posto e o Direito Pressuposto. So Paulo: Malheiros, 2002. Complementar BOBBIO, Norberto. O Positivismo Jurdico. So Paulo: cone, 1995. FERRAZ Jr., Trcio Sampaio. Introduo ao Estudo do Direito. So Paulo: Atlas, 2003. AZEVEDO, Plauto Faraco de. Aplicao do Direito e ContextoSocial. So Paulo: RT, 1998. CANARIS, Claus-Wilhelm. Pensamento Sistemtico e Conceito de Sistema na Cincia do Direito. Calouste, Pgina 11 / 44Misso: "Oferecer oportunidades de educao, contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional. 2002.WARAT, Luiz Alberto. Introduo Geral ao Direito. Vols I, II e III. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris. Peridicos Jornais: Zero Hora, Folha de So Paulo, Gazeta do Sul, entre outros. Jornais eletrnicos: Clarn (Argentina); El Pas (Espanha); El Pas (Uruguai); Le Monde (Frana); Le Monde Diplomatique (Frana). Revistas: Conzulex, Notadez, Magister Sites para Consulta www.cjf.jus.br www.cnj.jus.br www.tjrs.jus.br www.trf4.gov.br www.senado.gov.br www.stf.gov.brwww.stj.gov.brwww.ihj.org.br www.oab-rs.org.br Outras Informaes Endereo eletrnico de acesso pgina do PHL para consulta ao acervo da biblioteca: http://192.168.1.201/cgi-bin/wxis.exe?IsisScript=phl.xis&cipar=phl8.cip&lang=por Cronograma de Atividades AulaConsolidaoAvaliaoContedoProcedimentosRecursos 1 ApresentaodoPlanodeEnsinoecomentrios sobreocontedoprogramtico.Introduo EpistemologiaJurdica.NoesdeDireitocomo Fenmeno Social e Global. Os Significados Usuais da Palavra Direito. Alguns Conceitos. Do Conhecimento ao Conhecimento Cientfico AEQG/DS 2 Empirismo,racionalismoepensamentodialticodo Direito. Saber e poder. Aproximao idia de Direito. Jusnaturalismo. Positivismo Jurdico AEQG/DS 3 PerspectivasDogmticaeNoDogmtica:A Dogmtica Jurdica e cincia do direito. AEQG/DS 4 DiferenciaoeAutonomiadosSistemasNormativos. Normas Religiosas, de uso social e moral.AEQG/DS 5 Teoriadanormajurdica.ConceitodeNorma. AtributosdaNormaJurdica.Classificaodas Normas Jurdicas AEQG/DS 6 Coercitividade e Sano da Norma Jurdica. ConceitoesanoJurdica.Coero,Coaoe coercitividade AEQG/DS 7 DireitoObjetivoeDireitoSubjetivo.Definies. Caractersticas.Espcies.AdivisonoDireito Positivo.DireitoPblicoeDireitoPrivado. Fundamentos desta diviso. Divises e subdivises. AEQG/DS 8 Consolidao 1 avaliao 1 Avaliao 9 Entregadasnotasda1avaliaoecomentrios. TeoriadasFontesdoDireito.Conceitodefontedo direito.Fontes materiais e fontes formais. AE 10 PrincpiosGeraisdeDireito.CostumeJurdico. Jurisprudncia. Doutrina Jurdica. AEQG/DS 11 Conceito e Gnese de Lei: Lei natural e lei jurdica;Lei como espcie de norma jurdica;Evoluo histrica da lei.Competncia Legislativa. Processo Legislativo. AEQG/DS 12 TcnicaLegislativaeCodificao.Incioda Obrigatoriedade das Leis. Trmino da Obrigatoriedade das Leis. AEQG/DS 13 ConflitosdeLeis.ConflitodeLeisnoespao;conflito de leis no tempo; retroatividade da lei; impedimentos retroatividade. Consolidao 2 Avaliao 1 2 Avaliao Pgina 12 / 44Misso: "Oferecer oportunidades de educao, contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional. 1Prova Substitutiva Legenda CdigoDescrioCdigoDescrioCdigoDescrio AEAula expositivaQGQuadro verde e gizLBLaboratrio de informtica TGTrabalho em grupoRERetroprojetorPSProjetor de slides TITrabalho individualVIVideocasseteAPApostila SESeminrioDSData ShowOUOutros PAPalestraFCFlipchart Pgina 13 / 44CINCO MINUTOS DE FILOSOFIA DO DIREITO FILOSOFIA DO DIREITOGustav Radbruch Gustav Radbruch Gustav Radbruch Gustav RadbruchPgina 14 / 44Primeiro minuto"Ordens so ordens, a lei do soldado. A lei a lei, diz o jurista. Noentanto, ao passo que para o soldado a obrigao e o dever deobedincia cessam quando ele souber que a ordem recebida visa aprtica de um crime, o jurista(...) no conhece excepes deste gnero validade das leis nem ao preceito de obedincia que os cidados lhesdevem. A lei vale por ser lei, e lei sempre que, na generalidade dos devem. A lei vale por ser lei, e lei sempre que, na generalidade doscasos, tiver do seu lado a fora para se impor.Esta concepo da lei e sua validade, a que chamamos Positivismo, foia que deixou sem defesa o povo e os juristas contra as leis maisarbitrrias, mais cruis e mais criminosas. Torna equivalentes, em ltimaanlise, o direito e a fora, levando a crer que s onde estiver asegunda estar tambm o primeiro.Pgina 15 / 44Segundo minuto Segundo minuto Segundo minuto Segundo minutoPretendeu-secompletar, ouantes, substituir esteprincpiopor esteoutro: direito aquilo que for til ao povo.Isto quer dizer: arbtrio, violao de tratados, ilegalidade sero direitodesdequesejamvantajososparaopovo. Oumelhor: praticamente:aquiloqueosdetentoresdopoder doEstadojulgaremconvenientepara o bem comum, o capricho do dspota, a pena decretada sem leiousentenaanterior, oassassnioilegal dedoentes, serodireito. Epode at significar ainda: o bem particular dos governantes passar por pode at significar ainda: o bem particular dos governantes passar porbem comum de todos. Desta maneira, a identificao do direito comum suposto ou invocado bem da comunidade, transforma um "Estado-de-Direito" num "Estado-contra-o-Direito".No, no deve dizer-se: tudo o que for til ao povo direito; mas, aoinvs: s o que for direito ser til e proveitoso para o povo.Pgina 16 / 44Terceiro minuto Terceiro minuto Terceiro minuto Terceiro minutoDireito quer dizer o mesmo que vontade e desejo de Justia. Justia,porm, significa: julgar sem considerao de pessoas; medir todos pelomesmo metro.Quando se aprova o assassnio de adversrios polticos e se ordena ode pessoas de outra raa, ao mesmo tempo que acto idntico punidocom as penas mais cruis e afrontosas se praticado contracorrelegionrios, isso a negao do direito e da justia. correlegionrios, isso a negao do direito e da justia.Quando as leis conscientemente desmentem essa vontade e desejo dejustia, comoquandoarbitrariamenteconcedemounegamacertoshomensosdireitosnaturaisdapessoahumana, entocarecerotaisleisdequalquer validade, opovonolhesdeverobedincia, eosjuristas devero ser os primeiros a recusar-lhes o carcter de jurdicas.Pgina 17 / 44Quarto minuto Quarto minuto Quarto minuto Quarto minutoCertamente, ao lado da justia o bem comum tambm um dos finsdo direito. Certamente, a lei, mesmo quando m, conserva ainda umvalor: ovalor degarantir aseguranadodireitoperantesituaesduvidosas. Certamente, a imperfeio humana no consente quesempre e em todos os casos se combinem harmoniosamente nas leisos trs valores que todoodireitodeve servir: obemcomum, asegurana jurdica e a justia.Ser, muitasvezes, necessrio ponderar seaumaleim, nocivaouinjusta, dever reconhecer-se validade por amor da segurana dodireito; ou se, por virtude da sua nocividade ou injustia, tal validadelhe deve ser recusada. Mas uma coisa h que deve estarprofundamente na conscinciado povo e detodos os juristas: podehaver leis tais, com um grau de injustia e de nocividade para o bemcomum, que toda a validade e at carcter de jurdicas no poderojamais deixar de lhes ser negadas.Pgina 18 / 44Quinto minuto Quinto minuto Quinto minuto Quinto minutoH tambm princpios fundamentais de direito que so mais fortes doque qualquer preceito jurdico positivo, de tal modo que toda a lei queos contrarie no poder deixar de ser privada de validade. H quemlheschamedireitonatural equemlheschamedireitoracional. Semdvida, tais princpios acham-se, no seu pormenor, envoltos emgrandes dvidas.Contudo, oesforodesculos conseguiuextrair deles umncleoseguro e fixo, que reuniu nas chamadas declaraes dos direitos dohomemedocidado, ef-locomumconsentimentodetal modouniversal que, comrelao a muitos deles, s umsistemticocepticismo poder ainda levantar quaisquer dvidas."Pgina 19 / 44Referncia Referncia Referncia RefernciaRADBRUCH, Gustav. Filosofia do direito. So Paulo: Martins Fontes,2004.Pgina 20 / 44UNIDADE I DIREITO COMO FENMENO SOCIAL E UNIVERSAL Consideraes iniciais Quandosefalaemgruposdepessoas,possvelseaveriguar,instantaneamente,dois fatores: a) uma complexidade de situaes envolvendo os membros do grupo; b) a necessidade de se resolver estas situaes da melhor e mais pacfica forma.Assim,possvelseafirmarque,dentrodasociedade,existeanecessidadeinevitveldese regarasrelaesintereentre-humanas.Tambmque,paraisso,necessriaumacinciaque abarquetaisnormassociaiseosdemaisvaloreshumanos.DestemodonascedooDireito.Eele, ento,comosendoprodutodasnecessidadesociais,oumelhor,dosfenmenossociais,como objetivo, genrico, de abranger o maior nmero de fatos e atos humanos dentro dos grupos sociais. Caractersticas imperativoseapontardoismotivosprincipaisparaoDireitoserconsideradocomoum fenmeno social e universal: a)social:pelofatodeser construdopelaspessoasapartirdeseusideaisdeconvviosocial para reger a sociedade;b) universal: uma previso genrica que tem a possibilidade de comportar um grande nmero desituaessociais,ou,emoutraspalavras,apresenta-separaauniversalidadedesituaes humanas. Surgimento Ascinciassociaismodernassurgiramnomomentoemqueaspessoassentirama necessidadedeorganizaroconvvioemsociedade,poisnohmaneiradaspessoasviverem isoladamente [nenhum homem uma ilha em si mesmo].Desta forma, pela razo de precisar se relacionar uns com os outros, os humanos sentiram a falta de normas capazes de melhorar sua condio de vida e atracar possveis abusos praticados por tiranos.Assim, em suma, o direito nasceu da necessidade que as pessoas sentiram de ter regras para conviver umas com as outras. Aos poucos, foram percebendo que se no houvesse normas no seria Pgina 21 / 44possvel viver em grupos, pois sempre prevaleceria a vontade de quem tivesse mais fora para a impor aos outros. O direito, portanto, antes de tudo, a forma que as pessoas mesmas elegeram para regular a vida em comunidade. Breve histrico Aolongodahistriadahumanidade,apareceramvariadasformaderegramentosocial,como exemplo, os milenares Cdigo de Hamurabi [1700 a. C., criado pelo imperador da Sumria, com o seu nome e que protegia a propriedade, a famlia, o trabalho e a vida humana]; o Cdigo de Manu [sc. II a. C.,escritoemsnscrito,alegislaodomundoindianoedosistemadecastas].Ainda,naRoma antiga, a Lei das XII Tbuas [450 d. C.]. Direito com cincia social aplicada? absolutamentepacficoentreosjushistoriadoresqueoDireitoseincluientreaschamadas cinciassociaisaplicadas.Istosejustificapelofatodequeeletemseuobjetodeestudonormas jurdicasligadodiretamenteasuafinalidadedepacificaosocial.Ainda,porutilizarmtodosde investigao cientfica de abordagem e de procedimento tambm aplicveis s demais cincias sociais. Diversas disciplinas jurdicas Odireitonasceucomoformasnormativasgerais.Contudo,paramelhorregularavideem sociedade,elefoi,aospoucos,especializando-seemdiversasreas,taiscomo:civil,processual, penal, espacial, martimo, tributrio, etc.Esta especializao se deve ao objeto exclusivo estudado dentro daquele ramo jurdico, como por exemplo:a)nodireitoprevidenciriooobjetosoasnormasrelativasaocusteioeaosbenefciosda previdncia social;b)nodireitoambientaloobjetosoasnormaserelaesentreaaohumanaea conservao dos recursos ambientais. Introduo ao estudo do direito Estaadisciplinaqueforneceraosjusestudantesasnoesbsicaseosprincpios fundamentaisparaacompreensodacriao,aplicao,interpretaoeextinododireitoeda cincia jurdica como um todo.Pgina 22 / 44Destaformaabordaosaspectossociolgicos,filosficosetcnicosdodireito,atravsda epistemologia jurdica, da dogmtica, dos sistemas jurdicos, da teoria da norma jurdica, das fontes do direito, dos princpios, dos costumes, da jurisprudncia e da doutrina.Sendoassim,ressalta-sequeaimportnciadestamatriasealocanavisogeralqueela proporcionadouniversojurdico,formandoalicercesparaincorporaodosconhecimentospontuais dos ramos especficos.

Pgina 23 / 44Homicdio simplesArt 121. Matar alguem: Pena - recluso, de seis a vinte anos.Caso de diminuio de pena 1 Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domnio de violenta emoo, logo em seguida a injusta provocao da vtima, ou juiz pode reduzir a pena de um sexto a um tero. Homicdio qualificado 2 Se o homicdio cometido: CDIGO PENAL BRASILEIRO DECRETO-LEI 2.848/40 2 Se o homicdio cometido: I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; II - por motivo futil; III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; IV - traio, de emboscada, ou mediante dissimulao ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido; V - para assegurar a execuo, a ocultao, a impunidade ou vantagem de outro crime: Pena - recluso, de doze a trinta anos. Pgina 24 / 44Art 121.Matar algum:caput 1 Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante Pargrafo 1 Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domnio de violenta emoo, logo em seguida a injusta provocao da vtima, ou juiz pode reduzir a pena de um sexto a um tero. Pgina 25 / 44I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; II - por motivo futil; III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; IV - traio, de emboscada, ou mediante dissimulao ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido; V - para assegurar a execuo, a ocultao, a impunidade ou vantagem de outro crime: Incisos I, II, II, IV,..Pgina 26 / 44ALNEASa, b, c, d, e. DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOSArt. 5 Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza,garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas ainviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e CONSTITUIO DA REPBLICA FEDERATIVA DO BRASILinviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes: [...]XXXIV - so a todos assegurados, independentemente do pagamento detaxas:a) odireitodepetioaosPoderesPblicosemdefesadedireitosoucontra ilegalidade ou abuso de poder;b) a obtenodecertides emreparties pblicas, para defesa dedireitos e esclarecimento de situaes de interesse pessoal;Pgina 27 / 44 Misso: "Oferecer oportunidades de educao contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional. Rua Ramiro Barcelos, 892, Centro - Santa Cruz do Sul RS - CEP 96810-050 Site: www.domalberto.edu.br CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOM ALBERTO AULA 3 CONHECIMENTO Conhecerincorporarumconceitonovo,ouoriginal,sobreumfatooufenmenoqualquer.O conhecimento no nasce do vazio e sim das experincias que acumulamos em nossa vida cotidiana, atravs de experincias, dos relacionamentos interpessoais, das leituras de livros e artigos diversos1. Entretodososanimais,ossereshumanossoosnicoscapazesdecriaretransformaro conhecimento,capazesdeaplicaroqueaprende,pordiversosmeios,numasituaodemudanado conhecimento;capazesdecriarumsistemadesmbolos,comoalinguagem,ecomeleregistrarnossas prprias experincias e passar para outros seres humanos.Existem diferentes tipos de conhecimentos: Conhecimento Emprico (ou conhecimento vulgar, ou senso-comum) o conhecimento obtido ao acaso, aps inmeras tentativas, ou seja, o conhecimento adquirido atravs de aes no planejadas.Exemplo:A chave est emperrando na fechadura e, de tanto experimentarmos abrir a porta, acabamos por descobrir (conhecer) um jeitinho de girar a chave sem emperrar.Conhecimento Filosfico fruto do raciocnio e da reflexo humana. o conhecimento especulativo sobre fenmenos, gerando conceitos subjetivos. Busca dar sentido aos fenmenos gerais do universo, ultrapassando os limites formais da cincia.Exemplo:"O homem a ponte entre o animal e o alm-homem" (Friedrich Nietzsche)Conhecimento TeolgicoConhecimento revelado pela f divina ou crena religiosa. No pode, por sua origem, ser confirmado ou negado. Depende da formao moral e das crenas de cada indivduo.Exemplo:Acreditar que algum foi curado por um milagre; ou acreditar em Duende; acreditar em reencarnao; acreditar em esprito etc..Conhecimento Cientfico o conhecimento racional, sistemtico, exato e verificvel da realidade. Sua origem est nos

11 BELLO, Jos Luiz de Paiva. Metodologia cientfica. Disponvel em: http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/met01.htm. Acesso em 7 mar 2010. Pgina 28 / 44 Misso: "Oferecer oportunidades de educao contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional. Rua Ramiro Barcelos, 892, Centro - Santa Cruz do Sul RS - CEP 96810-050 Site: www.domalberto.edu.br CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOM ALBERTO procedimentos de verificao baseados na metodologia cientfica. Podemos ento dizer que o Conhecimento Cientfico:- racional e objetivo.- Atm-se aos fatos.- Transcende aos fatos.- analtico.- Requer exatido e clareza.- comunicvel.- verificvel.- Depende de investigao metdica.- Busca e aplica leis.- explicativo.- Pode fazer predies.- aberto.- til (GALLIANO, 1979, p. 24-30).Exemplo:Descobrir uma vacina que evite uma doena; descobrir como se d a respirao dos batrquios. INTRODUO EPISTEMOLOGIA JURDICA Para se compreender a Epistemologia Jurdica, antes, necessrio o entendimento da Epistemologia de forma geral. Neste caso, veja-se: Epistemologia. [Do gr. epistme, cincia; conhecimento, + logia.]. Substantivo feminino. 1. Conjunto deconhecimentosquetmporobjetooconhecimentocientfico,visandoaexplicarosseus condicionamentos(sejamelestcnicos,histricos,ousociais,sejamlgicos,matemticos,ou lingusticos), sistematizar as suas relaes, esclarecer os seus vnculos, e avaliar os seus resultados e aplicaes. [Cf. teoria do conhecimento e metodologia (2).]2. Destaforma,possvelsesintetizarafirmandoqueepistemologiaareadacinciaquese preocupa com a discusso dos fundamentos das diversas cincias contemporneas. A epistemologia jurdica ,portanto,oramoquesepreocupacomosfundamentosmesmosdacinciasocialaplicadaquese denomina Direito. Trata-se de forma dinmica, pois a epistemologia jurdica um espao permanentemente emconstruo,cujoslimites,paradoxalmente,quantomaissedeterminameobjetivam,maisproduzem lacunas e vazios, sendo, assim, um lugar crtico procura de seu objeto3.Sendoassim,constituemtemasdeEpistemologiadoDireito:A)definiodedireito;B)posiono quadro das cincias; C) a natureza de seu objeto

2 FERREIRA, Aurlio Buarque de Holanda. Dicionrio Aurlio da lngua portuguesa. 3. ed. So Paulo: Nova Fronteira, 1993. p. 215.3 ROCHA, Leonel Severo. Epistemologia jurdica e democracia. 2. ed. So Leopoldo: Unisinos, 2005. p. 13. Pgina 29 / 44 Misso: "Oferecer oportunidades de educao contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional. Rua Ramiro Barcelos, 892, Centro - Santa Cruz do Sul RS - CEP 96810-050 Site: www.domalberto.edu.br CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOM ALBERTO Definio de direito Etimologicamentedireitovemdolatimdirectumquesignificadireoretasemdesvio.Assim, contm aidia de direo aserseguida, ouseja,podeserconcebidocomodiretrizdasociedade,criada e mantidapelosprpriosmembrosdogrupo.Assim,Direitoformapelaqualaspessoascriam,mantme extinguem as relaes sociais, de forma a organizar a sociedade. Posio no quadro das cincias O direito ocupa posio dentro do quadro das cincias sociais. Isto, pois trata e regula os fenmenos dentrodasociedadeouaquelesqueainfluenciamdiretamente.Destamaneira,pode-sedefinircinciado direito:conhecimentos,metodicamenteconsiderados,resultantedoestudoordenadodasnormasjurdicas com o propsito de apreender o significado objetivo das mesmas e de construir o sistema jurdico, bem como de descobrir as suas razes sociais e histricas4. Natureza do objeto Oobjetodacinciajurdicaacomplexidadedasrelaessociaisentreeinterpessoais.Isto:a cincia jurdica todo o complexo sistema social que envolve os variados aspectos da vida em sociedade e em comunidade. DIREITO COMO FENMENO SOCIAL E GLOBAL Odireitotemsuarazodeexistncianacomplexasituaosocialdomundoatual.Istosejustifica pelo fato de que, todos os dias, surgem novas possibilidades advindas pela tecnologia e pelo prprio avano de todas as demais cincias que envolvem o convvio humano.Deste modo, cabe ao direito tambm abranger e adotar as novidades, para atingir sua finalidade de regulamentao e organizao social at o bom comum.Diz-sesocialpelofatodeestipularnormatividadesocial.Globalporqueatingeaglobalidadede situaes ocorridas dentro das esferas de atuao humana.

4 GUSMO, Paulo Dourado de. Introduo ao estudo do direito. 23. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1998. p. 3. Pgina 30 / 44 Misso: "Oferecer oportunidades de educao contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional. Rua Ramiro Barcelos, 892, Centro - Santa Cruz do Sul RS - CEP 96810-050 Site: www.domalberto.edu.br CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOM ALBERTO SIGNIFICADOS DA PALAVRA DIREITO possvel se distinguir trs sentidos para o vocbulo direito: A) Regra de conduta: o direito que est escrito, assentado nos diplomas legais;B)Sistemadeconhecimentosjurdicos:oestudosistematizadodacomplexidadesocialesuas implicaes na organizao da comunidade; C)Prerrogativas:todasasfaculdadesquedecorremdodireitoposto,objetivado.Trata-sedodireito subjetivo.

Pgina 31 / 44 Misso: "Oferecer oportunidades de educao contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional. Rua Ramiro Barcelos, 892, Centro - Santa Cruz do Sul RS - CEP 96810-050 Site: www.domalberto.edu.br CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOM ALBERTO AULA 4 EMPIRISMO, RACIONALISMO E PENSAMENTO DIALTICO NO DIREITO Destacam-setrscorrentesnadiscussodoprocessodeelaboraodoconhecimentocientfico-jurdico: o empirismo, o racionalismo e a dialtica. Empirismo O empirismo tem como principal caracterstica a suposio de que o conhecimento nasce do objeto. TemsuasformasrepresentadaspelopositivismodeAugustoComteepeloempirismolgicoou neopositivismo do Crculo de Viena.Noempirismoovetordoconhecimentopartedorealparaoracional(noarazoquetomaa iniciativa),oconhecimentofluidoobjeto,refere-seespecificamenteaeleestemvalidadequando comprovvelempiricamente.Paraoempirismooconhecimentoadescriodoobjeto,quetantomais exata quanto melhor apontar as caractersticas reais deste.O papel do sujeito parecido com o de uma cmara fotogrfica, pois ele registra e descrever o objeto comoele.Assim,oempirismoconsisteemreduzirtodoocontedodoconhecimentoafenmenos observveis. No direito o empirismo aparece sob dois aspectos: A)quandooobservadorestforadofenmenojurdicoeapenasfazdeduodeleapartirdoque est presenciando.Ex.: realizao do teatro que um jri. B)quandooobservadorestinseridonofenmenojurdicoelapartirdesuaexperinciacomo objeto. Ex.: jurado do jri. Pgina 32 / 44 Misso: "Oferecer oportunidades de educao contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional. Rua Ramiro Barcelos, 892, Centro - Santa Cruz do Sul RS - CEP 96810-050 Site: www.domalberto.edu.br CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOM ALBERTO RacionalismoOracionalismocaracteriza-seportransportardorealparaoracionalaleituraeinterpretaodo fenmeno (a razo o vetor). O objeto real torna-se uma referncia e, s vezes, ignorado (o que ocorre na forma mais elevada de racionalismo, chamada de idealismo.Noidealismo,oconhecimentonasceeseesgotanosujeito,apenascomoidiapura.Noseter acessodireitoaosobjetos,masarepresentaesdeles.Contudo,issonoimplicanecessariamentenuma negaodoreal,masnaconcepodequeimpossvelconhecerascoisastalcomoelassoemsi mesmas, dentro do mundo real. O intelectualismo a forma moderada de racionalismo que atribui razo o papeldeconferirvalidadelgico-universalaoconhecimento,emborasustentequeestenopodeser concebido sem a experincia. O fundamento do ato de conhecer, segundo o racionalismo, est no sujeito. Dentrododireito,oracionalismopodeservistocomoosfundamentosconceituaisquefornecemas bases para toda a cincia jurdica, como as Teorias Gerais, e as disciplinas propeduticas. Dialtica Adialticaseconstitui,inicialmente,emumacrticaaoempirismoeaoracionalismo,atacandoos pressupostosfundamentaistantodeumacomodeoutracorrente,sobretudonassuasformasextremas, representadaspelopositivismoepeloidealismo.Aepistemologiadialticatratasobumenfoquenovoo problema da relao entre o sujeito e o objeto: discorda da concepo metafsica empirista e da idealista, que separamosujeitocognoscentedoobjetorealqueconhecido.Oqueimportaaprpriarelaoconcreta que efetivamente ocorre dentro do processo histrico do ato de conhecer.Asepistemologiasdialticasdistinguemoobjetorealdoobjetodeconhecimentoaquelecoisa existente independente do pensamento, seja em si mesma considerada, seja atravs de suas manifestaes concretas;porsuavez,oobjetodoconhecimentovemaseroobjetotalcomoconhecido,umobjeto construdo, sobre o qual se estabelecem os processos cognitivos (filosficos, cientficos, artsticos etc.).Dessa maneira, o ato de conhecer equivale a um ato de reconstruir, de aprimorar os conhecimentos anteriores.Oconhecimento,assim,naepistemologiacontempornea,umprocessoderetificaode verdadesestabelecidas.Osujeitonovai"embranco"observaroobjeto,elelevaconsigotodoum conhecimento j acumulado historicamente e tenta super-lo para construir conhecimentos novos (aquilo que chamamos de historicidade). Pgina 33 / 44 Misso: "Oferecer oportunidades de educao contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional. Rua Ramiro Barcelos, 892, Centro - Santa Cruz do Sul RS - CEP 96810-050 Site: www.domalberto.edu.br CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOM ALBERTO Dentro do direito, alude-se dialtica demarcando que ela consiste no dilogo entre sujeito e objeto jurdico,dilogoestequeserestabelecidoentreahistoricidadedeamboseresultarnumprodutonovo, construdo a partir desta mesma interrelao. Portanto, a dialtica jurdica a forma de conhecimento dentro do direito que produz um conhecimento jurdico a partir do dilogo entre as historicidades de sujeito e objeto.

Pgina 34 / 44 Misso: "Oferecer oportunidades de educao contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional. Rua Ramiro Barcelos, 892, Centro - Santa Cruz do Sul RS - CEP 96810-050 Site: www.domalberto.edu.br CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOM ALBERTO AULA 5 SABER E PODER possvelseverificar,semdvida,umarelaoestreitaentrepodereconhecimento.Isto,poisao longo da histria, o saber foi fonte de dominao, por parte de uns, e sujeio, pelos demais.Com a mxima cogito, ergo sum, que significa "penso, logo existo" [ou dubito, ergo cogito, ergo sum: "duvido,logopenso,logoexisto"]ofilsofofrancsRenDescartesestabeleceuadistinofundamental humana:opensamento.Somenteapartirdelequepodeexistirexercciodepoder.NaGrciaAntiga Aristteles ePlatojreferiamsgamas de podercomoadvindasdoconhecimento.Contudo, foio filsofo prussiano Imannuel Kant, autor do clssico Crtica da Razo Pura que colocou na esteira do homem o seu raciocnio.Assim,oserhumanosedistinguedosdemaisdevidosuacapacidadedepensareconstruir conhecimento. Ainda, que pela possibilidde de pensar o homem o nico ser detentor da dignidade humana, poiscapazdecompreendersuaabrangncia.Alongandoestaideiapossvelsedepreenderque,a construo do saber pode acarretar forma de controle, ou poder, para quem o detm.OfilsofoinglsFrancisBaconacreditavaeapregoavaquesaberpoder.Poder,sobretudo,de dominar ou transformar a natureza em benefcio da humanidade [ser?]. O progresso do conhecimento, livro escritoquandoeleerajovem,lanaasbasesdeseuentendimento:defendeadignidadedoconhecimento contraa"ignornciaseveramentedisfarada,mostrando-seoranozeloesuspeitadostelogos,orana severidade earrognciadospolticos,oranoserros eimperfeiesdosprprios sbios",segundoBacon, o saber necessrio para haver progresso social. Michel Foucault, outro filsofo francs, trata do tema falando do que chama de relao entre o poder institucionaleindividual.Dizqueestaconstituioestabeleceopoderdoconhecimentoe,porsuavez, fundadaporele:oconceitode"poderdoconhecimento"."Nohrelaodepodersemconstituio correlativa de um campo de conhecimento, ou que no pressupe e constitui, ao mesmo tempo relaes de poder,afirmaeleemsuasobras.Arelaopoder-saberdeveservistaapartirdoentendimentodequeo sujeito sabe, os objetos so como os efeitos dessas implicaes fundamentais do poder-saber. Sendo assim, pode-se dizer que h uma relao entre saber e poder ainda hoje? Pgina 35 / 44 Misso: "Oferecer oportunidades de educao contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional. Rua Ramiro Barcelos, 892, Centro - Santa Cruz do Sul RS - CEP 96810-050 Site: www.domalberto.edu.br CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOM ALBERTO Damesmaformacomoosabernosmaisvariadoscamposdeatuaohumana,tambmnodireito ele se torna uma forma de poder. possvel se assinalar isto quando se atenta para qualquer situao prtica na qual se necessite de conhecimento jurdico para soluo. Assim, possvel se assinalar alguns benfcios advindos com esta forma especializada de saber: 1._______________________________________ 2._______________________________________ 3. ______________________________________ 4. ______________________________________5. ______________________________________6. ______________________________________ 7. ______________________________________ 8. ______________________________________ APROXIMAO IDIA DE DIREITO Em verdade o direito pode aproximar variados significados. Assim, percebe-se que no h uma idia de direito e sim variadas formas de v-lo e se aproximar de sua essncia. Algumas delas: Direito como norma: todo o leque de normas ou regras jurdicas que regulam a conduta humana, com punio para seu descumprimento. Aproxima-se da ideia de regulamentao. Direito como justia: a viso do direito como forma de fazer justia, aspirao moral mxima dentro da sociedade. Direito como faculdade: so as prerrogativas decorrentes do direito como norma posta que podem ser exigidas pelas pessoas para satisfazer suas necessidades.Direitocomocincia:ainvestigaometdica,apartirdoobjetododireito,sobreosfenmenos jurdicos. Direitocomofatosocial:soosfenmenosqueacontecemdentrodavidaemsociedadepor influncia direta do direito. Direitocomointeresse:aqueleconstitudodiretamenteparasatisfazerinteressesdeseus destinatrios. Direito como funo: aquele que exercido em benefcio de terceiros e no pelo titular. Ex.: poder familiar; direito de julgamento; mandato sindical. Pgina 36 / 44 Misso: "Oferecer oportunidades de educao contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional. Rua Ramiro Barcelos, 892, Centro - Santa Cruz do Sul RS - CEP 96810-050 Site: www.domalberto.edu.br CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOM ALBERTO JUSNATURALISMO e DIREITO NATUAL Odireitonatural,temdefiniesdiversificadasnadoutrinajurdica.Umadasmaisabranentesa seguinte: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Assim,pode-sedizerquedireitonaturalpodeserentendidocomoaquelequenocriadopela sociedade,nempeloEstado,podeseapresentardeformaescritaouno.Eleadvmdasrelaesda naturezahumananoconvvioemsociedade,eserevelapelaexperinciahumana[pragmtica].Odireito natural formado por um conjunto de princpios genricos, de carater universal, em regra, eterno e imutvel. Servem como exemplo direito vidae iberdade1. OBS.: escravido. Jusnaturalismoacorrentedepensamentofilosfico,dentrododireito,queconglomeraasteorias que justificam e explicam a existncia do direito natural. Enfim, um direito estabelecido pela realidade social. JUSPOSITIVISMO ou DIREITO POSITIVO O direito positivo produto da vontade soberana da sociedade, que deve impor a todos os cidados normasvoltadasparaaassegurarsrelaesinterpessoaisaordemeaestabilidadenecessriasparaa construo de uma sociedade justa.Definies.

1 CHRISTFARI, Victor Emanuel. Introduo ao estudo do direito. 5. ed. Canoas: EdUlbra, 2000. p. 117. Pgina 37 / 44 Misso: "Oferecer oportunidades de educao contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional. Rua Ramiro Barcelos, 892, Centro - Santa Cruz do Sul RS - CEP 96810-050 Site: www.domalberto.edu.br CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOM ALBERTO AULA 6 TEORIA CRTICA DO DIREITO Teoria Crtica em Marx e Kant A teoria da sociedade de Marx prega o conhecimento da sociedade. O Marxismo vem a ser um novo tipo de teoria, devendo-se revisar profundamente as tradicionais opinies sobre a natureza do conhecimento.Dois pontos principais: a)b)Para Immanuel Kant esta a poca da crtica, qual tudo deve submeter-se. Entendimento ATeoriaCrticadoDireitosurgecomaEscoladeFrankfurt,rompendocomasformasde racionalidadetradicionais,acrticasignificaaaceitaodacontradio,queseencontraemqualquer processo de conhecimento. preciso questionar as normas, o direito, discutir o ordenamento jurdico de forma reflexiva, levando-seemcontadeterminadaformaosocial,admitindo,sobretudooutrasformasprticasjurdicas,diferentes daquelas j existentes. Fazendo-se isto, est-se diante do direito de forma crtica, e a isto se d o nome de Teoria Crtica do Direito. Localiza-seacrticadoDireitonoespaodapluralidadeheterogneademovimentosinsurgentes composturasmetodolgicaseepistemolgicasdistintas,contudo,apresentamcertopressupostoscomuns que so essenciais enquanto denncia e desconstruo do discurso e dos procedimentos do Direito em todas assuasformasalienantes.EstascondiesconstitutivasdaTeoriaCrticadoDireitoreferem-seauma construo de um determinado objeto, ou seja, referem-se a uma determinada conceituao, a uma limitao doconceitooperacional,aomtodoescolhidoeaoestabelecimentodosobjetivosoumetasaserem atingidos, produzindo novas formas de agir no universo jurdico, desmistificando a cincia jurdica tradicional1. descrever o significado e a funo que exerce o pensamento crtico no Direito no s no sentido de questionaredesmitificaroquelegalmenteestposto(oinjustoeineficaz),mas,sobretudo,como um instrumento pedaggico quepossibilite a construo das premissas fundantes que conduzem a um Direito novo. natural, em face da crescente problematizao, que se faa a aproximao e o paralelo entre a crtica jurdica e a pratica do Direito Alternativo2. OBS.:possvelseassinalarqueacrticajurdicatem,geralmente,aintenodecontrapora dogmticalegal,caindonodiscursoabstratoeinsuficientequenofavoreceaojurista-prticobuscar,na legislao atual, as possibilidades de solues para as reivindicaes populares. Portanto, possvel se depreender que, segundo a Teoria Crtica, o Direito no deve ser instrumento deopressosocialedesigualdade,masdevebuscarajustiaatravsdainterpretaomaisfavorvelaos vulnerveis

1 RODRIGUES, Horcio W. apud WOLKMER, Antnio Carlos. Introduo ao Pensamento Jurdico Crtico. 5 ed. rev. So Paulo: Saraiva, 2006. p. 153. 2 Ibidem, p. 152-153. Pgina 38 / 44 Misso: "Oferecer oportunidades de educao contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional. Rua Ramiro Barcelos, 892, Centro - Santa Cruz do Sul RS - CEP 96810-050 Site: www.domalberto.edu.br CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOM ALBERTO DIREITO ALTERNATIVO Alternativaumesquemaresolutivonoconvencionaldeumproblema,oqualnoteveou nopdeserresolvidodemaneiraconvencional.umaopodeinaceitaodousual,do costumeiro, do corriqueiro. DentrodoDireito,oudaCinciaJurdica,alegislaoseconstituicomofonteimediatade organizaosocial.Serve,sobretudo,pararegularedirimirosconflitossociaisexistentes.Entretanto,o Direito se constitui como sendo muito mais do que lei. Acima de tudo ele um sistema de princpios (idias gerais, valores) que codificam a vida social. Sendo assim, algumas vezes pode existir divergncias entre leis e princpios.Surgiu,sobestatica,ochamadoDireitoAlternativo,queaaplicaodaleiemfunodojusto, sob a tica do interesse social e das exigncias do bem comum3. Histrico do Alternativismo ODireitoAlternativotemsuaorigemligadadireitamenteaumacrisedeidentidadedosjuristas, melhordizendo,faltadecrenaqueseabateusobreelesemrelaoobedinciacegasnormas jurdicas. Assim, desenvolveram mtodos e tcnicas diferenciadas de interpretao e aplicao das normas. Assinala-se dois pontos geogrficos para isso: Europa e Amrica Latina/Brasil. a)Europa:inciodomovimentododireitoalternativonosanos1960,direitoalternativocomuso alternativo do direito, ou seja, utilizao de interpretao adversa das normas como ltima ratio, somente na esfera estatal. b) Amrica Latina/Brasil: por volta do final dos anos 1970, poca da ditadura militar, direito alternativo como uma tendncia de desburocratizar o sistema estatal, direito verificado na experincia social, diretamente em conflitos do povo. Direito Alternativo no Brasil Iniciou-secomacriaodeumgrupodeestudosdemagistradosgachos[RuiPortanova].Outros jurisconsultosinteressaram-sepeloassuntoepassaramatratardotema,comooprofessordeDireito Constitucional da UFPR, Dr. Clmerson Merlin Clve. O grande impulso marco zero do Direito Alternativo foi o fato de 25 de outubro de 1990, quando um importanteveculodaimprensaescrita,oJornaldaTarde,deSoPaulo,publicouumartigoredigidopelo jornalistaLuizMakouf,comamancheteJuzesgachoscolocamdireitoacimadalei,reportagemque buscava desmoralizar o grupo de estudos. Contudo, ao contrrio, acabou dando incio ao movimento, sendo o IEncontroInternacionaldeDireitoAlternativo,realizadonacidadedeFlorianpolis,EstadodeSanta Catarina, nos dias 04 a 07 de setembro de 1991 e a publicao do livro Lies de Direito Alternativo 1, da editora Acadmica, os dois marcos iniciais. Concepo Constitui-seemalternativainsuficinciadoEstadonaresoluodeconflitos,comoformade contornar o distanciamento existente entre o operador de direito e o povo.

3 BOMFIM, Benedito Calheiros. Conselhos aos jovens advogados. So Paulo: Impetus, 2008. p. 43. Pgina 39 / 44 Misso: "Oferecer oportunidades de educao contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional. Rua Ramiro Barcelos, 892, Centro - Santa Cruz do Sul RS - CEP 96810-050 Site: www.domalberto.edu.br CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOM ALBERTO O que se deseja que o Direito e os juristas em geral (pensadores, professores, Juzes de Direito, PromotoresdeJustia,Advogados,etc.),passemporumprocessodehumanizao,baixandoao nveldasruas,dasfbricas,dasfavelas,doscortios,dasprises,dasquilomtricasfilasda Previdncia social, caminhando com os que sofrem o peso da opresso tantas vezes legitimada por umDireitoqueseapresentacomoneutroejustoparaocultaraviolnciainstitucionalizada.Essa mudana de atitude trar o Direito e os juristas pata o meio do povo: o povo que clama por sade, por escola, pelo fim da tortura nas delegacias de polcia, pelo fim da impunidade dos criminosos do colarinhobranco,porterraparaplantar,pormoradia,poralimentoacessvel,pelaproteoda crianaedoadolescentecontraqualquerformadenegligncia,deopresso,deviolnciae crueldade, por garantia de emprego e segurana social4. Enfim,direitoalternativoaaplicaodosprincpiosjurdicosgerais[valoresticosdasociedade] sobrepujandoaletrafriadalei,paraalcancedajustiaemsociedade,enfatizandoointeressesocialefim absoluto de realizao do bem comum.Segundo o juiz Amilton Bueno de Carvalho, professor da disciplina de Direito alternativo na Escola da MagistraturadoRioGrandedoSul,emsuaobraDireitoAlternativonaJurisprudncia,propequeemum sentido abrangente o movimento do Direito alternativo compreende trs frentes distintas: 1) Uso Alternativo do Direito: trata-se da utilizao, via interpretao diferenciada, das contradies, ambigidades e lacunas do Direito legislado numa tica democratizante. 2) Positivismo de Combate: uso e reconhecimento do Direito positivo como arma de combate, a luta para a efetivao concreta dos direitos que j esto nos textos jurdicos mas no vm sendo aplicados. 3) Direito Alternativo em Sentido Estrito: o direito paralelo, emergente, insurgente, achado na rua, nooficial,quecoexistecomaqueleemergentedoEstado.umdireitovivo,atuante,queestem permanente formao/transformao. RELAO TEORIA CRTICA E DIREITO ALTERNATIVO Assinala-se a observao:Se a funo terica de denncia da crtica jurdica tem alcanado os resultados esperados, a funo prtica,notemalcanadoosmesmosnveis,quantoaefetividadedasmudanasequantoasoluodos problemas.Acrticajurdicatemapropensodenegaropapeldadogmticalegal,caindonodiscurso abstratoeinsuficientequenofavoreceaojurista-prticobuscar,nalegislaoatual,aspossibilidadesde solues para as reivindicaes populares5. Assim, possvel se depreender que a Teoria Crtica oferece os fundamentos tericos para mudana deparadigmadentrododireito,porm,hnecessidadedeinterpretaoeaplicaopragmticadoDireito alternativo para a consolidao da idia de proteo dignidade humana, fim absoluto do direito.

4 LIMA, Miguel Alves. Direito alternativo. So Paulo: RT, 1990. p. 23. 5 RODRIGUES, Horcio W. apud WOLKMER, Antnio Carlos. Introduo ao Pensamento Jurdico Crtico. 5 ed. rev. So Paulo: Saraiva, 2006. p. 153. Pgina 40 / 44 Misso: "Oferecer oportunidades de educao contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional. Rua Ramiro Barcelos, 892, Centro - Santa Cruz do Sul RS - CEP 96810-050 Site: www.domalberto.edu.br CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOM ALBERTO AULA 7 TRS MATRIZES EPISTEMOLGICAS DO DIREITO Oentendimentocontemporneodaconstruoeobservaododireitovislumbraastrsmatrizes epistemologicas: Filosofia analtica aformadecompreensoqueseparaoDireitodaCinciaJurdica.Centra-senosaspectos descritivos e estruturais do Direito. Defendida por Hans Kelsen e Norberto Bobbio. Afirmam que o Direito seria anormatizaoeaCinciaJurdicateriasuapropostametodolgicanoparadigmadorigor.Concebeo Estado como Liberal clssico. Hermenutica jurdica Baseada na filosofia hermenutica de Husserle na hermenutica filosfica de Martn Heidegger e de seudiscpuloHansGerogGadamer.Calca-senanoseparaoentresujeitoeobjetodoconhecimento. Centra-senoscontextoseimprecisesdosdiscursos,preocupando-secomainterpretaodostextos jurdicos. Pragmtico sistmica Sustenta-se na anlise da Teoria dos Sistemas de Parsons feita por Niklas Luhmann. Explica o direito como parte de um grande sistema social formado por vrios subsistemas dentro da sociedade. Assim, analisa o direito em sua relao social completa; diz que o direito faz parte de um conjunto social maior, denominado de sistema; prega a sociedade sistmica como complexa; e aceita a complexidade social. CONCEITO E CONTEDO DA NORMA JURDICA Significado do termo As normas jurdicas so regras de conduta impostas ou reconhecidas pelo Poder Pblico, compostas de preceito e sano1. Estrutura lgica da norma jurdica As normas jurdicas compem-se de duas partes:a) Preceito: a parte da norma que descreve a forma de conduta ou organizao, ao ou omisso;

1 GUSMO, Paulo Dourado de. Introduo ao estudo do direito. 23. ed. Rio de Janeiro, 1998. p. 77-78. Pgina 41 / 44 Misso: "Oferecer oportunidades de educao contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional. Rua Ramiro Barcelos, 892, Centro - Santa Cruz do Sul RS - CEP 96810-050 Site: www.domalberto.edu.br CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOM ALBERTO b)Sano:conseqnciajurdicaprejudicialdecorrentedanoobservaodaformadeconduta enunciada, aplicada pelo Poder Pblico. Objetivam punir o transgressor na proporo de sua falta e compelir ele e terceiros a no mais contrariar as normas. Atributos ou caractersticas da norma jurdica a) Bilateralidade: a norma junta o direito e o dever; b)Coercibilidade:temapossibilidadejurdicadacoao,ouseja,podeserexigidoseu cumprimento; c) Exterioridade: objetiva um comportamento certo, exterior do destinatrio, dispensando a vontade dele; d)Generalidadeeabstrao:estabeleceprincpiosgeraisaplicveisaumagamadecasos,para variados destinatrios; e) Heteronomia: no preciso adeso, seu cumprimento obrigatrio. Imperatividade Anormajurdicacontmumcomandodeimposiodeumaconduta,aqualdeveser obrigatoriamente observada e seguida, tanto quando impe, quanto quando probe. Portanto, salienta-se sua obrigatoriedade. Lcito e ilcito na norma jurdica Lcito: aquilo que o direito no probe; atitudes prescritas pelo direito. Ilcito: condutas proscritas; aquelas aes ou omisses vedadas. COERCITIVIDADE E SANO DA NORMA JURDICA A tutela estatal no direito moderno Dentro da modernidade o direito imposto pelo Estado. Contudo, ele declarado pelo prprio povo atravs de seus representantes eleitos que fazem parte do Poder Legislativo onde se edita e promulgam as normas positivas. Coero, coao e coercitividade Coercitividade a possibilidade jurdica de se exercer o poder de coero ou coao dos indivduos a obedecer as normas jurdicas postas. Pgina 42 / 44 Misso: "Oferecer oportunidades de educao contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional. Rua Ramiro Barcelos, 892, Centro - Santa Cruz do Sul RS - CEP 96810-050 Site: www.domalberto.edu.br CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOM ALBERTO Conceito de sano jurdica aconseqnciajurdicadanosa,previstanaprprianorma,aplicvelnocasodesua inobservncia, no desejada por quem a transgride, sendo-lhe aplicvel pelo poder pblico2. a retribuio ao descumprimento das normas. DIREITO OBJETIVO E DIREITO SUBJETIVO Legitimidade Dois sentidos: a) o reconhecimento do direito como legtimo pela sociedade civil; b) a qualidade de ser conforme as normas que disciplinam sua elaborao e tambm se ajustar aos princpios gerais do direito e s tradies jurdicas.OBS.: ainda, pode ser entendido como a qualidade de ser de acordo com um mandato legal, com a justia, a razo ou a qualquer outro mandato tico-legal. Direito objetivo ou direito como norma odireitoposto,ouaconsideraonormativado direito, ouseja,acompreensododireitcomo norma obrigatria3. Trata-se do direito escrito e consolidado na legislao. Ainda, cabe ressaltar que consiste no direito positivado, posto, dentro do sistema jurdico Direito subjetivo ou direito como faculdade afaculdade(autorizaooupossibilidade)quealgumtemdeexigirdeoutrem(pessoafsica, jurdica ou Estado) um direito seu. Decorre do direito objetivo, da norma, constitui a faculdade de agir, fazer, ter sua prestao satisfeita. Assim, subjetivo o direito que decorre do positivado na legislao; que adere pessoaqueseencontradentrodasituaoprevistaparasuaaplicao;eresultantedainterpretao subjetiva (de acordo com o sujeito de direitos). O PBLICO E O PRIVADO NO DIREITO A dicotomia e distino entre o Direito Pblico e o Direito Privado A diviso clssica do direito em pblico e privado vem desde a Roma antiga. Pblico aquele em que est envolvido algum rgo ou ente da administrao pblica, direta ou indireta. Privado aquele que regula asrelaesentrepessoasdedireitoprivado,oumelhor,ondenohenvolvimentodepessoasdedireito pblico. Assim, o direito que incidir na resoluo dos conflitos no pblico o que trata da coisa pblica e o privado o que regula propriedades privadas.

2 GUSMO, P. D. Introduo ao estudo do direito, p. 82. 3 Ibidem, p. 55. Pgina 43 / 44 Misso: "Oferecer oportunidades de educao contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional. Rua Ramiro Barcelos, 892, Centro - Santa Cruz do Sul RS - CEP 96810-050 Site: www.domalberto.edu.br CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOM ALBERTO Direitopblicointernoeexternoouinternacional:oprimeirotutelaointeressepblicodoEstado;o segundo as relaes entre Estados soberanos.Direito privado: normas jurdicas de interesse privado. O (re)pensar da dicotomia Direito Pblico X Direito Privado em face do dirigismo estatal Nacontemporaneidade, possvelseassinalar dois pontosprincipaisacercadodireito: a)oestado se tornou dirigente, ou seja, influi, infiltra-se e determina as relaes sociais, sejam elas pblicas ou privadas; b) o privado sofre larga influncia dos princpios valores estampados na Constituio Federal, norma de direitopblico.Assim,nosehquediscutirumadivisoestanqueentrepblicoeprivadonodireitoatual, poisambossemesclamemsuanormatizaoeatmesmoemseusobjetivos.Ento,odireitonotem diviso fechada, pois o direito pblico influi no privado e vice-versa. Pgina 44 / 44