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Introdução à Proteção de Sistemas de Distribuição Prof. Dr. Eng. Paulo Cícero Fritzen 1 Proteção de Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica

Introdução à Proteção de Sistemas de Distribuição

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Page 1: Introdução à Proteção de Sistemas de Distribuição

Introdução à Proteção de

Sistemas de Distribuição

Prof. Dr. Eng. Paulo Cícero Fritzen

1

Proteção de Sistemas de

Distribuição de Energia Elétrica

Page 2: Introdução à Proteção de Sistemas de Distribuição

APRESENTAÇÃO

Esta Disciplina tem como objetivo:

- Apresentar recomendações de ordem prática sobre aaplicação de dispositivos de proteção contrasobrecorrentes (em sistemas de distribuição trifásicos);

- Dispositivos tais como:

- religadores

- seccionadores

- relés

- elos fusíveis

em suas várias combinações.

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INTRODUÇÃO

Sistema Elétrico de Potência (SEP) inclui:

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Geração;

Transmissão;

Subtransmissão;

Distribuição de energia elétrica.

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INTRODUÇÃO

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Classificação

de um SEP

Estações de Geração

Subtransmissão

69 - 169 kV

Distribuição

Primária

4 - 35 kV

Distribuição

Secundária

120 - 240 V

Page 5: Introdução à Proteção de Sistemas de Distribuição

Sistemas de Distribuição

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Dentre as etapas de produção, transmissão e distribuição de

energia, o sistema de distribuição mostra-se o mais vulnerável à

ocorrência de distúrbios geradores de interrupções no

fornecimento.

Isso se deve ao fato da proximidade com os centros urbanos,

extensão dos alimentadores e à características aérea de instalação

dos condutores.

A rede de distribuição é bastante ampla, já que a energia é

entregue aos consumidores concentrados em cidades, em

subúrbios e em regiões muito distantes. Poucos lugares no mundo

industrializado não recebem energia de um sistema de distribuição

prontamente disponível. Os sistemas de distribuição são

encontrados ao longo de ruas e estradas. Em meios urbanos eles

podem ser subterrâneos ou aéreos sendo que em alguns casos

podem ser de forma mista, já em meios rurais, eles são totalmente

aéreos.

Page 6: Introdução à Proteção de Sistemas de Distribuição

Sistemas de Distribuição

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Todo sistema elétrico requer um sistema de proteção, visto que

este é uma das partes mais importantes de qualquer sistema de

potência, e com o sistema de distribuição não poderia ser diferente.

A proteção deve garantir uma boa confiabilidade e segurança na

operação e no fornecimento de energia. A qualidade no

fornecimento de energia é influenciada pelo número de

interrupções e afundamentos de tensão, é diretamente afetada pelo

sistema de proteção. Por essas razões a responsabilidade dos

engenheiros de proteção é extremamente grande.

Page 7: Introdução à Proteção de Sistemas de Distribuição

Sistemas de Distribuição

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Os consumidores são afetados por vários tipos de distúrbios nos

sistemas de distribuição, tais como:

• sobretensões provocadas por surtos de manobras

• descargas atmosféricas

• problemas estruturais da rede

• problemas de natureza térmica

• atos de vandalismo

• curto-circuito.

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Sistemas de Distribuição

8Descargas atmosféricas: uma das principais causas de faltas nos

Sistemas de Distribuição.

Sistema de Distribuição Exposto aos Agentes Externos

Page 9: Introdução à Proteção de Sistemas de Distribuição

Sistemas de Distribuição

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Animais/Árvores

Sistema de Distribuição Exposto aos Agentes Externos

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Sistemas de Distribuição

Pessoas (Vandalismo)

Sistema de Distribuição Exposto aos Agentes Externos

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Sistemas de Distribuição

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Contaminação

Sistema de Distribuição Exposto aos Agentes Externos

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Sistemas de Distribuição

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Arco elétrico em um Poste do Sistema de Distribuição

Page 13: Introdução à Proteção de Sistemas de Distribuição

Sistemas de Distribuição

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Dentre os problemas citados anteriormente os efeitos das

correntes de curto-circuito (térmicos e dinâmicos) são os que

trazem mais prejuízos ao sistema elétrico.

Uma boa coordenação dos dispositivos de proteção de

sobrecorrente é um fato essencial para a manutenção da

confiabilidade e a integridade do sistema elétrico de distribuição.

Page 14: Introdução à Proteção de Sistemas de Distribuição

Sistemas de Distribuição

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As faltas mais comuns e nocivas nas linhas são os curtos-circuitos, ou

faltas transversais. Durante essas faltas, há o contato de dois pontos da

linha com potencial diferente. Isso inclui a estrutura de suporte da linha.

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Sistemas de Distribuição

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Tipos de Curto-Circuito na Distribuição

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Sistemas de Distribuição

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Exemplo de Sistema de Distribuição

- Os números do diagrama acima mostram os nós onde deseja-se as

correntes de curto-circuito com a finalidade de coordenação do sistema.

Page 17: Introdução à Proteção de Sistemas de Distribuição

Sistemas de Distribuição

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Proteção dos Sistemas de Distribuição

- A proteção do sistema de distribuição inclui a proteção de todos os

elementos do sistema de distribuição.

Subestação de Distribuição

Transformador de Potência;

Barramento.

Alimentadores

Transformadores de Distribuição

Banco de Capacitores

Reguladores

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Sistemas de Distribuição

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Os dispositivos de proteção de sistemas de distribuição

que interrompem correntes de falta, tais como:

disjuntores (por meio da ação do relé), religadores,

fusíveis limitadores de corrente e de expulsão, possuem

uma função vital ao bom desempenho da proteção nos

sistemas de distribuição (SHORT, 2004).

A operação desses equipamentos de proteção deve ser

precisa e rápida. A confiabilidade de qualquer sistema de

potência requer a continuidade de serviço do sistema em

meio a condições críticas de faltas sem causar colapsos.

Assim, é necessário que haja uma operação rápida e

confiável do sistema de proteção (ANDERSON, 1999).

Page 19: Introdução à Proteção de Sistemas de Distribuição

Sistemas de Distribuição

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A necessidade de otimizar a aplicação de investimentos, tem

servido como estímulo para inúmeras pesquisas, tais como:

alocação de dispositivos de proteção no alimentador e ramais

de distribuição, automatização do estudo de coordenação e

seletividade, monitoramento remoto com ajustes adaptativos em

tempo real, e desenvolvimento de relés eletrônicos

multifuncionais, com capacidade de englobar inúmeras funções

de proteção em único (e compacto) dispositivo.

A velocidade da evolução da tecnologia neste aspecto, não

libera o profissional de proteção de alguma forma da

necessidade de conhecer profundamente aspectos

relativamente básicos de proteção de sistemas de distribuição.

Isso se deve ao fato de que, no âmbito da engenharia elétrica, a

engenharia de proteção não se mostra necessariamente uma

ciência exata, mas sim como uma filosofia.

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Sistemas de Distribuição

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O problema de maior prioridade para as companhias de energia

elétrica está relacionado à confiabilidade no fornecimento, uma vez

que tradicionalmente, os níveis de confiabilidade são definidos

através de normas reguladoras.

No Brasil, a ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica, órgão

do governo federal responsável por regular e fiscalizar a atuação das

concessionárias, estabelece os indicadores de continuidade,

métricas da qualidade do fornecimento de energia, apuradas nos

períodos mensal, trimestral e anual.

Page 21: Introdução à Proteção de Sistemas de Distribuição

Sistemas de Distribuição

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Resoluções específicas estipulam metas para cada concessionária e

grupos de consumidores, sendo que no caso de violação das mesmas, a

concessionária sofre penalização na forma de multas.

Além desse fator e do prejuízo social sofrido pelas concessionárias –

este de difícil mensuração, o baixo desempenho do sistema de

distribuição afeta de modo direto o custo operacional da empresa do

ponto de vista do não faturamento de energia durante as interrupções,

principalmente quando os desligamentos afetam grande número de

consumidores ou consumidores de grande porte. Este aspecto do

problema gera uma segunda abordagem para a estimação da

confiabilidade.

Page 22: Introdução à Proteção de Sistemas de Distribuição

Sistemas de Distribuição

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Em sistemas aéreos de distribuição, os esquemas de proteção devem atender aos

seguintes aspectos:

Salvaguardar a integridade física de operadores, usuários do sistema e animais.

Proteger materiais e equipamentos contra os danos causados por

sobrecorrentes e sobrecargas (efeitos térmicos e mecânicos).

Melhorar a confiabilidade dos circuitos de distribuição, em conseqüência da

possibilidade de restringir os efeitos de uma falta ao menor trecho possível do

circuito, diminuindo o número de consumidores afetados e deste modo,

melhorando os índices de avaliação na qualidade do fornecimento de energia

(DEC, FEC, etc.).

Racionalização dos custos com manutenção corretiva.

Uma rede primária de distribuição típica é mostrada na Figura (SHORT, 2004), e

os elementos que constituem uma rede de distribuição são (norma Bandeirante):

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Sistemas de Distribuição

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Exemplo de sistemas

aéreos de distribuição

(rede de distribuição

típica)

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Sistemas de Distribuição

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Estação Transformadora de Distribuição (ETD)

Subestação alimentada em tensão de transmissão ou

subtransmissão, através da qual são alimentados os circuitos de

distribuição primária.

Estação Transformadora (ET)

Subestação aérea constituída de um ou mais transformadores de

distribuição, alimentados em tensão primária, dos quais são

derivados os circuitos de distribuição secundária.

Estação Transformadora de Iluminação Pública (IP)

Subestação aérea do tipo ET para serviço de iluminação pública.

Entrada Primária (EP)

Consumidor alimentado em tensão primária. Poderão ser

aplicados os esquemas com 2 ou 3 relés de sobrecorrente

secundários (um para cada fase), mais o relé de Neutro.

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Sistemas de Distribuição

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Rede Primária:

Conjunto qualquer de circuitos primários alimentados por uma ou

mais ETDs.

Circuito Primário:

Parte da rede elétrica destinada a alimentar diretamente ou por

intermédio de ramais ou sub-ramais as cargas elétricas conectadas a

ETs, IPs e EPs.

Tronco de Alimentador:

Circuito primário principal, alimentado através de um ETD, do qual

poder ser derivados ramais para distribuição de energia elétrica.

Normalmente é aplicado o esquema 2 (dois) relés de fase (ou três) +

1 (um) relé de neutro, em conjunto com um relé de religamento (79),

que é um relé auxiliar usado para comandar o religamento do

disjuntor correspondente após a abertura do mesmo, devido à

atuação dos relés de sobrecorrente.

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Sistemas de Distribuição

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Ramal de Alimentador (Ramal):

Parte de um circuito primário derivado diretamente de um tronco

de alimentador.

Sub-Ramal:

Parte de um circuito primário que deriva diretamente de um ramal

de alimentador.

Existem basicamente duas configurações para aterramento dos

sistemas de distribuição trifásicos, ou seja:

os a quatro fios multi-aterrados (padrão norte americano)

os a três fios mono-aterrados (padrão europeu).

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Sistemas de Distribuição

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Sistema trifásico a quatro fios com neutro multi-aterrado

Page 28: Introdução à Proteção de Sistemas de Distribuição

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Sistema trifásico a três fios com neutro mono-aterrado

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TERMINOLOGIA

Esta seção apresenta os principais termos utilizados em estudosde proteção e seletividade de sistemas de distribuição.

• Bloqueio:

Condição em que um dispositivo automático permanece, uma vez tendoefetuado uma ou mais operações de abertura de seus contatos, não osfechando novamente.

• Capacidade de interrupção ou abertura:

É a maior corrente que um equipamento pode interromper sem sofrerdanos.

• Capacidade nominal:

É o valor da corrente, tensão, potência ou outra grandeza que oequipamento ou circuito pode suportar continuamente, sem sofrer danos.

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Page 30: Introdução à Proteção de Sistemas de Distribuição

TERMINOLOGIA

• Característica de operação:

É definida por uma curva tempo x corrente que descreve o modo como o religador, relé, elo fusível ou outro dispositivo de proteção atuará.

• Controle eletrônico ou hidráulico:

Dispositivo interno ao equipamento automático de proteção que conta o número de operações automaticamente, hidráulica ou eletronicamente, com a finalidade de estabelecer a condição de bloqueio do equipamento.

• Coordenação:

Ato ou efeito de dispor dois ou mais equipamentos de proteção segundo certa ordem, de modo a atuarem numa seqüência de operação pré-estabelecida, permitindo o restabelecimento automático para faltas temporárias e seletividade para faltas permanentes.

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Page 31: Introdução à Proteção de Sistemas de Distribuição

TERMINOLOGIA

• Seletividade:Capacidade do sistema de proteção mais próximo da falta (dispositivo protetor) de antecipar, sempre, a atuação do equipamento de retaguarda (dispositivo protegido), independentemente da natureza da falta ser temporária ou permanente.

• Sobrecorrente:Corrente elétrica de intensidade superior à máxima permitida para um sistema, equipamento ou componente elétrico.

• Corrente de curto-circuito:Sobrecorrente que resulta de um curto-circuito.

• Curto-circuito:Ligação intencional ou acidental entre dois ou mais pontos de um circuito, através de impedância desprezível.

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TERMINOLOGIA

• Correntes de inrush:Correntes transitórias de valor elevado que circulam no momento da energização de transformadores e bancos de capacitores. O tempo de permanência dessa corrente é definido como sendo de 0,1 segundo.

• Dispositivo protegido:Também chamado dispositivo de proteção de retaguarda. É qualquer dispositivo de proteção localizado a montante (antes) do dispositivo protetor, considerando o barramento da subestação como origem.

• Dispositivo protetor:Também chamado de dispositivo de proteção principal. É qualquer dispositivo de proteção automático ou não localizado imediatamente antes do ponto de curto-circuito, considerando o barramento da subestação como origem.

• Faixa ou intervalo de coordenação:É o intervalo de valores de corrente que determina a região (faixa ou intervalo) onde a coordenação está assegurada.

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Page 33: Introdução à Proteção de Sistemas de Distribuição

TERMINOLOGIA

• Defeito:

Termo utilizado para descrever uma alteração física prejudicial, que não impeça necessariamente o funcionamento do sistema ou equipamento. Por exemplo: transformador com pequeno vazamento de óleo ou relé mal calibrado.

• Falha:

Termo utilizado quando algum dispositivo deixa de cumprir sua finalidade. Por exemplo: relé que não operou no instante devido.

• Falta:

Termo que se aplica a todo fenômeno acidental que impede o funcionamento de um sistema ou equipamento elétrico. Por exemplo: isolador perfurado em uma linha em funcionamento poderá causar arco elétrico, tornando-se uma falta no sistema em conseqüência de falha na isolação.

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Page 34: Introdução à Proteção de Sistemas de Distribuição

TERMINOLOGIA

• Falta temporária, momentânea ou transitória:

Evento temporário que gera um curto-circuito sustentado pela ocorrência de arco elétrico. Por exemplo: dois condutores tocam-se temporariamente, ocorrendo formação de arco elétrico sustentado mesmo quando os condutores afastam-se. Essa falta é eliminada com um rápido desligamento do circuito por um equipamento de proteção apropriado. Geralmente são causadas por fatores externos (umidade, chuva, salinidade, galhos de árvores), ou seja, ocorre um curto-circuito na rede sem haver um defeito físico na mesma.

• Falta permanente ou sustentada:

Toda falta que não é possível de ser eliminada com o desligamento temporário do circuito. Necessitam de reparo para haver o restabelecimento do circuito. Por exemplo: condutor caído no solo.

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Page 35: Introdução à Proteção de Sistemas de Distribuição

TERMINOLOGIA

• Interrupção temporária, momentânea ou transitória:É aquela cuja duração é limitada ao período necessário para restabelecer o serviçoatravés de operação automática do equipamento de proteção que desligou o circuitoou parte dele.

• Interrupção permanente ou sustentada:Toda interrupção não classificada como momentânea.

• Pick-up do relé:Menor valor de corrente que ao passar pela bobina do relé faz com que o mesmoopere. É a menor de todas as correntes que deixam o relé no limiar de operação. Se[< pickup ]o relé em hipótese alguma ita fechar o seu contato NA.

• Drop-out do relé:Termo que se refere a desoperação do relé. É a maior corrente que inicia o processode desativação do relé, ou seja, restitua a posição inicial aos seus contatos,liberando-o para uma nova operação. Se [> drop-out] o relé em hipótese alguma iráabrir o seu contato NA que no momento está fechado.

• Reset ratio:Ou relação de rearme, corresponde a grandeza que mede a capacidade de recomposição do relé. Para relés eletromecânicos (65% e 92%). Para relés estáticos (85% e 98%). R mede a qualidade de um relé (100%).

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Page 36: Introdução à Proteção de Sistemas de Distribuição

TERMINOLOGIA

• Tempo de arco:

É o tempo em que, iniciada a fusão do elo fusível, este demora para extinguir o arco elétrico.

• Tempo máximo de fusão do elo fusível:

Máximo tempo no qual a fusão do elo é garantida, para uma determinada sobrecorrente.

• Tempo máximo de interrupção do elo fusível:

É a soma do tempo máximo de fusão e do tempo de arco. Para a coordenação ou seletividade entre elos fusíveis, ou entre elos fusíveis e outros dispositivos, são utilizados o tempo mínimo de fusão e o tempo máximo de interrupção.

• Tempo mínimo de fusão do elo fusível:

Maior tempo que o elo suporta uma determinada sobrecorrente sem danificar-se. Para tempos superiores, a sobrecorrente causa uma fusão total ou parcial do mesmo.

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Page 37: Introdução à Proteção de Sistemas de Distribuição

TERMINOLOGIA

• Tempo de rearme:

- De relés: Tempo que o relé de sobrecorrente leva para voltar à condição inicial. No caso do relé tipo disco de indução (eletromecânico), é o tempo que o disco leva para retornar ao ponto de partida, quando a corrente na bobina cai a um valor inferior à corrente de drop-out. Nos relés digitais, é o tempo que ele leva para voltar a condição de repouso após um comando de reset.

- De religadores: Tempo necessário para o religador retornar à contagem zero do número de ciclos de religamento, após uma seqüência de operações completa ou incompleta.

- Do seccionalizador: Tempo em que o seccionalizador perderá todas as contagens e voltará à contagem zero (tempo de memória).

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Page 38: Introdução à Proteção de Sistemas de Distribuição

TERMINOLOGIA

• Religamento:

Operação que segue uma abertura dos equipamentos automáticos de proteção, quando os contatos são novamente fechados.

• Seqüência de operação:

Sucessão de desligamentos e religamentos de um equipamento na tentativa de eliminar faltas de natureza temporária sem prejuízo na continuidade do serviço. Se a falta persistir o desligamento do circuito deverá ser feito pelo equipamento mais próximo do ponto de falta (dispositivo protetor).

• Tempo de religamento ou intervalo de religamento (reclose interval):

É o tempo entre uma abertura e o religamento automático de um equipamento de proteção, isto é, o intervalo no qual o dispositivo de interrupção permanece com os contatos abertos.

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Page 39: Introdução à Proteção de Sistemas de Distribuição

TERMINOLOGIA

• Zona de proteção:

Trecho da rede protegido por um dispositivo de proteção. Uma zona de proteção é limitada pela mínima sobrecorrente a qual o dispositivo é capaz de detectar, geralmente a corrente de curto-circuito fase-terra mínima.

• Zona de proteção primária:

Trecho de rede situado a jusante de um dispositivo de proteção que será sensibilizado quando ocorrer uma falta (permanente ou temporária) neste.

• Proteção de retaguarda:

É o dispositivo de proteção situado a montante daquele que está instalado na zona de proteção primária.

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Page 40: Introdução à Proteção de Sistemas de Distribuição

Coordenação e Seletividade

• A existência de equipamentos com capacidade de religamento automáticorequer que eles estejam coordenados entre si e com outros equipamentos deproteção, de acordo com a uma seqüência de operações preestabelecidas.

• O termo coordenação é utilizado quando estiverem envolvidos equipamentosque dispuserem de duas curvas de operação (uma rápida e uma lenta -temporizada). O objetivo da coordenação é evitar que faltas temporáriascausem a operação de dispositivos de proteção que não tenham capacidade deefetuar religamentos automáticos e que, no caso de faltas permanentes, amenor extensão possível da rede permaneça fora de operação.

• O termo seletividade é utilizado nos casos onde somente equipamentos comuma única curva de operação (fusíveis, disjuntores) forem utilizados. O objetivoda seletividade é fazer com que o equipamento de proteção mais próximo dodefeito opere independente da falta ser temporária ou permanente.

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Page 41: Introdução à Proteção de Sistemas de Distribuição

Coordenação e Seletividade

• A coordenação ou seletividade entre os equipamentos de proteção deverão serobtidas dentro da faixa de corrente comum aos equipamentos que se pretendeefetuar a coordenação ou seletividade.

• As características de atuação dos equipamentos de proteção deverão serescolhidas e ajustadas de modo à (norma Bandeirante):

Proporcionar desligamentos permanentes seletivos dos circuitos elétricos naocorrência de sobrecorrentes anormais, minimizando o número deconsumidoresatingidos por tais desligamentos;

Garantir que os limites de suportabilidade térmica dos vários equipamentos derede aérea não sejam ultrapassados durante a ocorrência de sobrecorrentesanormais.

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