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Investigação Cinética de Modos Geodésicos de Baixas Frequências em Plasmas Magnetizados Reneé Jordashe Franco Sgalla [email protected] Orientador: Artour Grigorievich Elfimov Co-orientador: Ricardo Magnus Osório Galvão Universidade de São Paulo Instituto de Física 29/07/2014 R. J. F. Sgalla FAP - IFUSP Investigação Cinética de Modos Geodésicos de Baixas Frequências em Plasmas Magnetizados

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Investigação Cinética de ModosGeodésicos de Baixas Frequências em

Plasmas Magnetizados

Reneé Jordashe Franco [email protected]

Orientador: Artour Grigorievich ElfimovCo-orientador: Ricardo Magnus Osório Galvão

Universidade de São PauloInstituto de Física

29/07/2014

R. J. F. Sgalla FAP - IFUSP

Investigação Cinética de Modos Geodésicos de Baixas Frequências em Plasmas Magnetizados

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Sumário

Introdução:

− Motivação (energia a fusão nuclear)

− Física de tokamaks (revisão)

Investigação de modos geodésicos:

− Rotação de equilíbrio → teoria da MHD ideal

− Efeitos diamagnéticos → modelo de dois fluidos

− Amortecimento de Landau → modelo girocinético

Conclusões e direções futuras

R. J. F. Sgalla FAP - IFUSP

Investigação Cinética de Modos Geodésicos de Baixas Frequências em Plasmas Magnetizados

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Motivação

Energia por meio de fusãoConfinamento magnético (tokamak)Transporte em tokamaks(aplicação de modos de baixas frequências)

3 / 32

3/32 R. J. F. Sgalla, Investigação Cinética de Modos Geodésicos de Baixas Frequências em Plasmas Magnetizados

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Esquema de obtenção de energia por meio de fusão

D

T

n

Fusao

Energia

He

Tokamak

Plasma

Gerador

Transformador

Águalíquida

Vapor de águaRede elétrica

− Reação nuclear no plasma:

D + T = He (3.5 MeV) + n (14.1 MeV) (1)(fonte de energia nuclear)

− Reação nuclear na manta de Lítio:

6Li + n→4 He + T + 5 MeV (2)(suprimento de combustível ao plasma)

Energia nuclear → Energia térmica → Energia mecânica → Energia elétrica

4/32

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Aspectos sobre energia a fusão termonuclear controlada

Principais vantagens:Energia limpa, pois o produto da reaçãoé:− He → Sem impacto ambiental

Sustentabilidade (matéria primaabundante):

− D → Oceanos− Li → Crosta terrestreSegurança (comparado à fissão nuclear):

− Praticamente sem risco de acidentesnucleares de grandes proporções

− Facilidade no tratamento de dejetosradioativos

Desvantagem crucial:Incerteza com relação à possibili-

dade de realização.

Grandes desafios a serem superados:

− Engenharia de materiais(danos às estruturas do tokamak)

− Aquecimento do plasma(NBI, ICRH, ECRH)

− Perda de partículas e energia doplasma*(transporte turbulento)

* Fluxos zonais (ZF) emodos acústicos geodésicos (GAM)participam do processode supressão de turbulencia de ondas dederiva.

5/32

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Confinamento do plasma no tokamak

Enr. central → plasma (Ip → JT ) → BP

Confinamento inicial → ∇rp

Bob. toroidal −−− → BT

−− → JP︸ ︷︷ ︸diamagnetismo

JP × BT + JT × BP ≈∇p︸ ︷︷ ︸

Equilíbrio MHD

6/32

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Coeficiente de difusão e transporte de partículas no tokamak

Estimativa do coeficiente de difusão (perpendicular): D⊥ ∼ (∆r)2⊥/τcol.

Transporte clássico (geometria cilíndrica):

D(e)Class ∼ νeiρ

2e (3)

Transporte neoclássico (geometria toroidal):q = rBT/R0BP 1, ε = r/R0 1

q2DClass︸ ︷︷ ︸Reg. Pfirsch-Schlüter

≤ DNeo ≤q2

ε3/2DClass

︸ ︷︷ ︸Reg. Banana

, DNeo DClass (4)

Transporte turbulento

D(e)Bohm ∼

Te

eB∼ ωce

νeiDClass,

ωce

νei q2

ε3/2, DBohm DNeo (5)

7/32

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Revisão da física de tokamaks

Grandezas características do plasma e do tokamakTeoria cinética e de fluidosModos acústicos geodésicos (GAM)

8 / 32

8/32 R. J. F. Sgalla, Investigação Cinética de Modos Geodésicos de Baixas Frequências em Plasmas Magnetizados

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Principais comprimentos e tempos característicos do plasma

Considerações: plasma de hidrogênio (Zi = 1) , kTα → Tα(eV )

ωcα =eBmα︸ ︷︷ ︸

freq. ciclotrônica

, vTα =

√2Tαmα︸ ︷︷ ︸

vel. térmica

, ρα =vTαωcα

ρi ∼ 10−4

ρe ∼ 10−5m

︸ ︷︷ ︸raio de Larmor (térmico)

(6)

cs =

√γiTi + γeTe

mi∼ vTi

︸ ︷︷ ︸velocidade do som

,

γi = 5/3γe = 1︸ ︷︷ ︸

coeficiente adiabático

(7)

9/32

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Parâmetros do tokamak

Coordenadas quasi-toroidais: (r , θ, φ)

r → posição radialθ → ângulo poloidalφ→ ângulo toroidal

a→ raio menor R0 → raio maior Ψ = Ψ(r , θ)→ superfície magnética

A =R0

a≤ 1ε︸ ︷︷ ︸

razão de aspecto

ε =rR0

β =2µ0pB2 ∼ ε

2 ∼ 10% (TCABR)︸ ︷︷ ︸

pressão cinética ÷ pressão magnética

(8)

q = q(Ψ) =dφdθ

=B ·∇φ

B ·∇θ︸ ︷︷ ︸fator de segurança (q ≥ 1→ estabilidade)

, qmáx ∼ 3.5 (TCABR)︸ ︷︷ ︸q 1→ aproximação adotada

(9)

10/32

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Campo magnético e movimento de partículas em tokamaksCampo magnético em sistemas com simetria azimutal (em φ):

B = F∇φ︸ ︷︷ ︸BT

+∇φ×∇Ψ︸ ︷︷ ︸BP

Ψ = Ψ(r , θ) ≈ Ψ0(r) se ε 1F = F (Ψ, θ) ≈ F0(Ψ) se β ∼ ε2 1 (10)

Movimento do centro guia de partículas carregadas (quando E = 0)

vgα = v‖b +µαeα

b×∇ lnB︸ ︷︷ ︸Deriva grad. B

+eαe

v2‖

ωcαb× κ︸ ︷︷ ︸

Deriva curv. B

, b =BB, κ = b ·∇b︸ ︷︷ ︸

curvatura de B

(11)

Cálculo para tokamaks de secção circular e superfícies concêntricas (TCABR):

B ≈ B0(r)

1 + ε cos θ

qeθ + eφ

), vgα = v‖b−

σαωcαR0

(v2⊥2

+ v2‖

)eZ (12)

σα =

1 para α = i−1 para α = e eZ = sin θer + cos θeθ

11/32

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Teoria cinética para plasmas magnetizados de laboratórioObjetivo: Obter fα (α = i , e) a partir da eq. de Boltzmann,

∂fα∂t

+ v ·∂fα∂r

+ aα ·∂fα∂v

= Cα(f ), aα =eαmα

(E + v× B) (13)

Aplicação: Cálculo de momentos da velocidade (Mn(v))

〈Mn(v)〉 =

∫v

d3vMn(v)→ (nα, vα, pα,πα, q, etc...)︸ ︷︷ ︸quantidades macroscópicas

, 〈Mnmáx (v)〉 = 0︸ ︷︷ ︸aproximação necessária

. (14)

Forma alternativa (adotada na tese)

∂f∂t

+drgdt·∂f∂rg

+dEαdt

∂f∂E

+dµdt

∂f∂µ

+dγdt

∂f∂γ

= 0

rg → Posição do centro guia

E → Energia da partícula

µ→ Momento magnético

γ → Ângulo de giração

(15)

−Processo de giro-média

−Teoria de perturbação

−Aproximação eikonal

→ Equação girocinética

12/32

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Equação girocinética

x → Perturbação (temporal) x → Equilíbrio x → Operador (derivadas)

fα = eαΦ∂Fα∂Eα︸ ︷︷ ︸

Boltzmamn

+ gαe−ik⊥·ρα︸ ︷︷ ︸Parte geodésica

Fα → Função distribuição de equilíbrioEα = eαΦ + µαB + mαv2

‖/2ρα = b× v⊥/ωcα

(16)

Equação girocinética:

(∂t + vgα ·∇)gα︸ ︷︷ ︸Acopl. (m, m ± 1)

=

Bessel︷ ︸︸ ︷J0(k⊥ρα)︸ ︷︷ ︸

FLR *

(∂lnFα∂Eα

∂t︸ ︷︷ ︸Boltzmann

+b×∇ lnFα

mαωcα· ik⊥︸ ︷︷ ︸

Efeitos diamagnéticos

)eα(Φ− v‖A‖)Fα (17)

E = −∇Φ−∂A‖∂t

, B⊥ = ∇×(A‖b), ∂t → −iω, ∇→ ik ≈ i(er kr +eθ kθ+bk‖)

kr → −i∂

∂r, kθ → −

ir∂

∂θ, k‖ → −

iqR0

(∂

∂θ− q

∂φ

)(18)

* Efeito de raio de Larmor finito (Finite Larmour Radius)

13/32

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Teoria de dois fluidosEquações de Braginskii (evolução de grandezas macroscópicas do plasma):

dαnαdt

+ nα∇ · vα = 0 (Densidade), (19)

mαnαdαvαdt

+ ∇pα + ∇ · π‖ − eαnα(E + vα × B) = 0 (Velocidade), (20)

dαpαdt

+ γpα∇ · vα + (γ − 1)∇ · qα = 0 (Pressão), (21)

dαπ‖αdt

+ p[2∇‖v‖α − 2v⊥α

]·∇ ln B − (γ − 1)∇ · vα = 0 (Viscosidade), (22)

dαdt

=∂

∂t+ vα ·∇, π‖ = π‖(bb− I/3)

︸ ︷︷ ︸Anisotropia de pressão (p⊥ 6= p‖)

(23)

14/32

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Modelo analítico para ZF e GAMModelo analítico pioneiro para GAM (π‖ = 0,E‖ = 0, pργ = S(Ψ), q = 0→ p = c2s ρ︸ ︷︷ ︸

Regime adiabático

):

N. Winsor, et. al., Phys. Fluids (1968)

v =E × B

B2 + v‖b

∇ · v = 0→ ωZF = 0

∇ · v 6= 0→ ωGAM =√

2 + 1/q2cs/R0(24)

Dinâmica da densidade de corrente e obtenção da relação de dispersão:

j = j‖b +ρ

Bb×

d vdt︸ ︷︷ ︸

Corrente inercial

+b×∇p

B︸ ︷︷ ︸Corrente diamagnética

,

∫V∇ · jdV =

∫S

j⊥ · erdS = 0︸ ︷︷ ︸Quasi-neutralidade → D(ω) = 0→ ωGAM

(25)

Experimento para detectar padrões da flutuação dedensidade e velocidade:

nGAM ∝dΦr

drsin θ, nZF = 0

v‖GAM ∝1qcos θ, v‖ZF ∝ q cos θ (26)

A. Krämer-Flecken et. al., Phys. Rev. Lett. (2006)

15/32

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Modos geodésicos de baixas frequências

(HFS)

(LFS)

(HFS)

(LFS)

(HFS)

(LFS)

(HFS)

(LFS)

R0

r

θ

vE = E×BB2

∇ · vE = −2vE · κ ∝ sin θ cos(ωGAM t)

p ∝∫dt∇ · vE

Er ∝ cos(ωGAM t)

BTBT

κ

κ = b · ∇b

Superfıcies magneticas

a) Instante inicial t = 0

Er > 0→ max.

vE > 0

jr = 0

c) Instante t = π/ωGAM

Er < 0→ min.

vE < 0

jr = 0

BTBT

κ

κ

BTBT

jprjpr

= 0

p max

p min

b) Instante t = π/2ωGAM

Er = 0

∂Er

∂t < 0

vE = 0

|jr| → max.

BTBT

jprjpr= 0

d) Instante t = 3π/2ωGAM

Er = 0

∂Er

∂t > 0

vE = 0

|jr| → max.

p min

p max

Frequência característica (som):

ωs =

√γiTi + γeTe

miR20

∼vTi

R0(27)

Estimativas para o TCABR:

Fluxos zonais (ZF):

ωZF ≈ VP/r ∼ 4 kHz (28)

Modos sonoros (SW):

ωSW ≈ωs

q∼ 10 kHz (29)

Modos acústicos geodésicos (GAM):

ωGAM ≈√2ωs ∼ 40 kHz (30)

16/32

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Modelos de fluidos

Propriedades do equilíbrio MHD com rotaçãoEfeito de rotação poloidal e toroidal em GAM e ZFEfeitos diamagnéticos em GAM

17 / 32

17/32 R. J. F. Sgalla, Investigação Cinética de Modos Geodésicos de Baixas Frequências em Plasmas Magnetizados

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Equilíbrio MHD com rotaçãoEquações da MHD ideal com fluxo de calor no equilíbrio:

V× B = −∇Φ (Lei de Ohm), (31)

V ·∇ρ+ ρ∇ · V = 0 (Conservação de massa), (32)

V ·∇p + γp∇ · V + (γ − 1)∇ · q = 0︸ ︷︷ ︸(Conservação de energia)

, q =γpγ − 1

B×∇TeB2 , (33)

ρV ·∇V + ∇p − J× B = 0 (Equação de momento), (34)

Velocidade de equilíbrio:

V =κ(Ψ)

ρB− Ω(Ψ)R2∇φ, Ω(Ψ) =

dΨ(35)

18/32

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(F , ρ, p,T )→ Q(Ψ, θ) ≈ Q0(Ψ) + Q1(Ψ, θ), |Q1|/Q0 1

∆Q =(B ·∇Q1)/Q0

(B ·∇R2)/R20, MP =

V P

cs, MT =

V T

cs, Mth =

R0

ecs

dT0

dΨ︸ ︷︷ ︸Número de Mach característico

Para tokamaks de superfícies concêntricas com ε 1 (Ψ ≈ Ψ(r)):

(F = BTR, ρ, p,T )→ X ≈ X0(r)[1 + 2∆X (r)ε cos θ], ∆F = O(β) ≈ 0 (36)

(Adiabático)→ ∆p = γ∆ρ, ∆T = (γ − 1)∆ρ, Mth = 0

(Isotérmico)→ ∆p = ∆ρ, ∆T = 0, Mth > 0

(Isométrico)→ ∆ρ = 0, ∆T = (γ − 1)∆p , Mth < 0

(37)

Para MP MT , Mth ∼ M3P :

Há uma relação entre a rotação poloidal e o gradiente de temperatura

19/32

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Efeito de rotação toroidal de equilíbrio em GAM e ZF

Medidas experimentais de ωZF e ωGAM permitem obter informações sobre o equilíbrio MHD

ω2GAMc2s /R2

0= 2 +

1q2

+ 4M2T +

(2q2

∆ρ

M2T

+12

)M4

T2q2 + 1

, (38)

ω2ZFc2s /R2

0=

(∆ρ −

∆p

γ

)M2

T2q2 + 1

, ∆p = γM2

T2, (39)

Se ∆ρ < M2T /2→ ZF instáveis ∆ρ = 0→ Γ = M4

T /(2q2 + 1)*︸ ︷︷ ︸Regime isométrico → ρ = ρ(Ψ)

* V. P. Lakhin et. al, Phys. Lett. A, (2010)

20/32

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Rotação poloidal e toroidal em GAM, SW e ZFHá uma terceira solução (ωSW) quando há rotação poloidal Fluxo de calor (q) exerce influência apenas em ZF

ω2GAMc2s /R2

0≈ 2 +

1q2

+ M4T + MP(MP − 4MT ) (40)

ω2SWc2s /R2

0≈

1q2

+(3MP − 4MT )

q2MP (41)

V. I. Ilgisonis et. al., Plasma Phys. Control. Fusion (2011)

ω2ZFc2s /R2

0≈

0, (Regime adiabático)

M2P

q2 > 0 para M4T M2

P , (Regime isotérmico)(42)

A. G. Elfimov, Plasma Phys. Control. Fusion (2011)

Regime isométrico → estabilidade ?? Trabalho futuro

21/32

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Anisotropia de pressão e efeitos diamagnéticos (dois fluidos)γi = 5/3 Reg. fluido

γe = 1 Reg. adiabático e isotérmico

π‖i 6= 0 Anisotropia de pressão iônica

ωGAM =

(74

+Te

Ti

)1/2

︸ ︷︷ ︸Ωg0

vTi

R0

︸ ︷︷ ︸γi = 5/3 → γ

(efetivo)i = 7/4 (Obtenção do resultado cinético pela teoria de fluidos)

(43)

ω2GAM ≈

Ω2

g0v2TiR2

0+

1+Te/Ti +ηiΩ2

g0ω2∗e

3/4−ηiΩ2

g0ω2∗e Instável se ηi > 3/4

, Φ±1 = ±i2

Te

Ti

vTi /R0

ωGAM ± ω∗ekrρi Φ0 (44)

ω∗e =Te

eBrLN∼ρi/LN

R0/rωGAM︸ ︷︷ ︸

Frequência diamagnética de elétrons

, ηi =LN

LTi

,1

LN=

1n0

∂n0∂r

,1q

LTi =1Ti

∂Ti

∂r(45)

R. J. F. Sgalla, Phys. Lett. A (2013)

Correções de O(q−2) → Modelo girocinético

22/32

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Modelo girocinético

Procedimento para obtenção da relação de dispersãoSoluções no limite de fluidoTaxa de amortecimento não colisional(amortecimento de Landau)

23 / 32

23/32 R. J. F. Sgalla, Investigação Cinética de Modos Geodésicos de Baixas Frequências em Plasmas Magnetizados

Page 24: Investigação Cinética de Modos Geodésicos de Baixas ...fap.if.usp.br/~renee/DOUTORADO/tese_presentation.pdf · Investigação Cinética de Modos Geodésicos de Baixas Frequências

Procedimento para obtenção da relação de dispersão

(∂t + vgα ·∇)gα = J0(k⊥ραx)

(∂lnFMα

∂Eα∂

∂t+

b×∇ lnFMα

mαωcα· ik⊥

)eαΦFMα (46)

∞∑m=−∞

[−

Ωdα

2g (α)m−1 + [1−mΩtrα]g (α)

m + iΩdα

2g (α)m+1 − (1−mΩ∗α)J0

eαΦm

TαFMα

]e−imθ = 0

Ωdα = σα

(x2

2+ y2

)TαTi

krρiΩ

, Ωtrα =

√miTαmαTi

yqΩ

, ρe ≈ 0, krρi 1, ωtre →∞

Ω∗α = σα

[1 + ηα

(x2 + y2 −

32

)]ω∗α

ω, x , y =

v⊥, v‖vTα

, Ω =R0ω

ω, FMα =

n0e−(x2+y2)

π3/2v3Tα

g (α)mmin ≈ g (α)

mmax ≈ 0︸ ︷︷ ︸Φm ∼ kmr ρ

mi Φ0

→ nα =⟨fα⟩

︸ ︷︷ ︸Int. espaço vel.

→ e(ni − ne) = 0︸ ︷︷ ︸Quasi-neutralidade

→ F(Ω) + iK(Ω) = 0︸ ︷︷ ︸Relação de dispersão

24/32

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Limite de fluido e limite cinético (amortecimento de Landau)

ωtre →∞,1

1− Ωtre→ 0 (Elétrons no regime adiabático)︸ ︷︷ ︸

Resposta de Boltzamamn

(47)

⟨1

1− Ω2tri

⟩= 〈1〉+

⟨Ω2tri⟩

+⟨O(Ω4

tri)⟩

(Limite de fluidos)

∝ Z(qΩ) =1√π

∫ ∞−∞

dye−y2

y − qΩ︸ ︷︷ ︸Amortecimento de Landau

(Limite cinético) (48)

Aproximação para o tratamento analítico da relação de dispersão:

Ωsol = ΩR + iΓ, |Γ|ΩR 1

D(Ω) ≈ F(ΩR) + iK(ΩR) + iΓ(F ′(ΩR) + iK′(ΩR) = 0

F(Ω) = 0→ ΩR

Γ = − K(ΩR )F′(ΩR )

→ Γ

(49)

25/32

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Soluções no limite de fluidos

ΩSOL =R0ωSOL

vTi

, Ω2g0 =

74

+Te

Ti, c2s =

(γi + γe

Te

Ti

) v2Ti

2, ηi =

∂r lnTi

∂r ln n0, LN = ∂r ln n0

GAM (para q 1, ω∗e vTi /R0):

Ω2GAM = Ωg0 + (...)

1q2

+ (...)ω2∗e

v2Ti/R2

0> Ωg0 (50)

SW (para Ti Te , ω∗e/k‖vTi 1):

Ω2SW =

12

(Te

Ti+

74

Ti

Te

)1q2

<c2s /q2R2

0v2Ti

/R20

(51)

Dia (para ω∗e/k‖vTi 1):

Ω2Dia =

34ω2∗eR2

0Ω2

g0v2Ti

+ (...) 1q2 para ηi 3/4

−Γinst ≈ −ηi(ω2∗eR2

0Ω2

g0v2Ti− 1

2q2

)para ηi 3/4 e ω2∗e > Ω2

g0/2q2

(52)

O fator q desempenha um papel importante na estabilidade (ηi 3/4 e LN < (...)q2)

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Taxas de amortecimento (efeito cinético)

ΓGAM = −√π

2q5Ω4

g0

[1 + (...)

1q2

+ (...)ω2∗eR2

0v2Ti

]e−q2Ω2

GAM (53)

ΓSW = −√π

21q

[12

T 2e

T 2i

+ (...)qω∗e

vTi /R0+ (...)

q2ω2∗ev2Ti

/R20

]e−q2Ω2

SW para ω∗e/k‖vTi 1 (54)

ΓDia = −√π

234

(1 +

Te

Ti

)ω6∗eR6

0Ω6

g0v6Ti

[1 + (...)

v2Ti/R2

0

q2ω2∗e

]e−q2Ω2

Dia para ω∗e/k‖vTi 1 (55)

R. J. F. Sgalla et. al., 40th EPS (2013)Para q baixo ΩgGAM > ΓSW e para q alto ΓGAM < ΓSW

Modos diamagnéticos são fracamente amortecidos

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Conclusões e direções futuras28 / 32

28/32 R. J. F. Sgalla, Investigação Cinética de Modos Geodésicos de Baixas Frequências em Plasmas Magnetizados

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Conclusões

Com rotação poloidal surge um novo modo geodésico rela-cionado à de ondas de som e a frequência dos fluxos zonaissofre um aumento.A estabilidade de modos diamagnéticos depende da razão entreos gradientes de temperatura e de densidade e do produto dogradiente de densidade pelo fator de segurança

A existência de uma relação direta entre rotação poloidal e gra-dientes de temperatura permite a formulação de modelos alter-nativos que facilitam a investigação de GAM e ZF.

O amortecimento de Landau para GAM tende a ser mais intensono centro do plasma devido a valores menores de q nesta região.

Medidas experimentais da frequência de modos geodésicos po-dem fornecer informações sobre o equilíbrio MHD e sobre o perfilradial de temperatura de íons e, portanto, a área de diagnósticospode se beneficiar da investigação destes modos.

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Direções futuras

Teoria de fluidos

− Efeitos eletromagnéticos: Considerar A‖ 6= 0 e segundos har-mônicos (m = ±2) para investigar a influência de gradiente detemperatura de elétrons (ηe) em modos geodésicos.

− Automodos geodésicos: Considerar termos de O(k4r ρ4i ) para

obter a equação de auto-valor (k2r → −d2/dr2) e determinar aestrutura radial do potencial eletrostático perturbado (Φ(r)) eda temperatura de íons (“espectroscopia com GAM”).

R. J. F. Sgalla et. al., 12 oEncontro Brasileiro de Física dos Plasmas (2013)

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Teoria cinética

− Partículas energéticas: Investigar a influência de uma pequenafração de íons a alta temperaturas em modos geodésicos emplasmas sujeitos à injeção de partículas neutras (NBI).A. G. Elfimov et. al., 41st EPS (2014)

− Partículas aprisionadas: Importante ao estudo de transporteneoclássico especialmente no regime de Banana

− Modos geodésicos em tokamaks de baixa razão de aspecto:Adaptar o código NOVA, atualmente utilizado no estudo de mo-dos alfvênicos no NSTX (National Spherical Tokamak Experi-ment) em Prínceton (USA), para o estudo de modos geodésicosno TCABR. Projeto de Pós Doc (FAPESP)

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Questões e discussões

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FIM