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Investimento para o Futuro Análise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011 Desenvolvido por

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Investimento para o FuturoAnálise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011

Desenvolvido por

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Contents

Carta do CEO da BSA . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

Líderes de Inovação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

Pessoas para Tecnologia . . . . . . . . . . . . . . . . 7

Cumprindo a Lei . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

Política e Infraestrutura . . . . . . . . . . . . . . . . 12

Conclusão: Muitos Centros de Competitividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

Plano da BSA para Competitividade Global de TI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

Apêndice 1: Metodologia e Definições do Índice . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

Apêndice 2: Notas do Índice por Região . . 25

Apêndice 3: Notas do Índice por Categoria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

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1Business software allianCe

Carta Do Ceo Da Bsa

Mas o campo da concorrência está ficando mais cheio, à medida que novos concorrentes vêm subindo para atender os padrões que os líderes estabeleceram. A Índia, por exemplo, subiu dez posições na classificação geral, apresentando fortes pontuações em indicadores de capital humano e pesquisa e desenvolvimento. Outros, como Cingapura, México e Polônia, subiram na classificação por apresentar novos níveis de força em todas as áreas, provando que investimento gera vantagem, também.

Enquanto isso, países que estão marcando passo ou se desviando do seu curso relatam histórias que advertem sobre as consequências de se economizar em coisas importantes ou negligenciar elementos fundamentais da competitividade de TI. A China, por exemplo, depois de fazer um progresso impressionante nos anos anteriores, viu seu momentum diminuir consideravelmente, devido em grande parte ao seu fraco desempenho na proteção dos direitos de propriedade intelectual. O Canadá também perdeu posições no ranking por ter permitido que seus padrões de PI caíssem.

Como esta história terá mudado daqui a dois anos? Depende das decisões que os países estão tomando agora.

Robert Holleyman Presidente e CEO Business Software Alliance

Os economistas sabem há muito tempo que a inovação tecnológica aumenta a produtividade e estimula o crescimento

econômico, pois ela permite às empresas tirar mais proveito dos investimentos que fazem em mão-de-obra e capital. Na era industrial, isso aconteceu quando novas máquinas automatizaram o chão da fábrica. Atualmente, para nossa economia digital conectada globalmente, nós temos tecnologias de informação e comunicação.

Mas o que fazer para manter o motor da inovação de TI funcionando? A fórmula está aqui no Índice de Competitividade de TI. Em resumo, além de um ambiente de negócios saudável, um país precisa ter uma infraestrutura de TI de primeira classe, capital humano dinâmico, área de pesquisa e desenvolvimento robusta, ambiente jurídico forte, e apoio público adequado para o desenvolvimento do setor.

Com o apoio da Business Software Alliance, a Economist Intelligence Unit compara 66 países a cada dois anos sobre uma série de indicadores em seis categorias. Nesta mais recente edição do Índice, pode-se ver a continuação de uma tendência distinta: O ambiente competitivo no setor de TI está esquentando em nível global.

Como demonstra a classificação geral, potências de TI estabelecidas, como os Estados Unidos, estão mantendo suas posições – mesmo diante da recente crise econômica – graças às bases competitivas sólidas que eles construíram ao longo de anos de investimentos. “Vantagem gera vantagem”, observa o Professor David Hsu, da Wharton Business School, em uma das entrevistas que a Economist Intelligence Unit realizou para o estudo deste ano.

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2 Business software allianCe

PrefÁCio Este relatório é publicado pela BSA e redigido pela Economist Intelligence Unit, com exceção do prólogo e do comentário da BSA que aparece nas páginas 18-20. As opiniões expressas pela Economist Intelligence Unit não refletem necessariamente as opiniões da BSA.

A pesquisa da Economist Intelligence Unit teve como base duas iniciativas principais:

> Atualização do Índice de Competitividade do Setor de TI, que compara 66 países em termos do seu apoio à competitividade de empresas de tecnologia da informação (TI). O Índice foi criado em 2007.

> Realização de entrevistas em profundidade com nove executivos do setor de TI e especialistas independentes, todos com perspectivas originais sobre os propulsores da competitividade de TI.

Nossos sinceros agradecimentos aos entrevistados por compartilhar suas ideias sobre este tema. As seguintes pessoas foram entrevistadas para este estudo:

> Walter Deppeler, Presidente da EMEA, Acer

> Brett Dawson, Diretor Presidente, Dimension Data

> Karen Geary, Diretora de Recursos Humanos e Comunicação Corporativa do Grupo, Sage

> Antony Gold, Chefe do Contencioso de Propriedade Intelectual, Eversheds

> David Hsu, Professor Adjunto de Administração, Wharton Business School

> Ian Ing, Analista, Gleacher & Company

> Phaneesh Murthy, Diretor Executivo, iGATE Patni

> Charlotte Walker Osborn, Chefe de Telecomunicações, Mídia e Tecnologia, Eversheds

> Mike Shove, Presidente, CSC Asia Group

Setembro de 2011

introDuÇÃo

Manter os níveis de investimento durante uma crise econômica não é uma tarefa fácil, mas os líderes empresariais

conhecem o benefício: a capacidade de competir num nível mais elevado quando o mercado se recuperar. O mesmo se pode dizer do setor de tecnologia da informação (TI) e governos nacionais, pois é necessária uma atenção constante a fatores como educação, pesquisa e desenvolvimento (P&D), redes de comunicação de alta velocidade, e acesso a recursos financeiros para assegurar a competitividade global do setor em longo prazo.

A virtude do investimento sustentado nos facilitadores da competitividade do setor é comprovada no Índice de Competitividade do Setor de TI de 2011. Os dois anos desde o último estudo foram os mais magros em termos financeiros que os produtores de TI conheceram em uma década, e para muitos governos, em uma geração ao mínimo. Mas os países que viram investimentos contínuos em importantes facilitadores de competitividade, tais como ambiente de P&D, talento e habilidades, são ganhadores notáveis no Índice de 2011.

Por exemplo, apesar dos seus evidentes problemas econômicos, ou talvez por causa deles, a Irlanda parece ter redobrado esforços para cultivar um dos ambientes mais competitivos do mundo para produtores de TI. Os gastos com P&D do setor privado estavam altos no início da crise (assim como a inscrição em programas de ciências e engenharia). Com o aumento da geração de patentes de TI, o efeito foi aumentar a

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3Business software allianCe

Os Estados Unidos são provavelmente o melhor exemplo do mundo das virtudes do investimento de longo prazo nos facilitadores da competitividade do setor de TI. Os Estados Unidos encabeçam o Índice, mais uma vez, com suas altas pontuações em todas as categorias refletindo não só a força histórica do seu setor de TI, mas também a alta qualidade do seu ambiente educacional e de talentos, seu grande estímulo à inovação e espírito empreendedor, e seu sistema jurídico bem desenvolvido. Os recentes problemas econômicos e fiscais não abalaram seus pontos fortes do setor de TI.

A importância dos ambientes competitivos do setor de TI estende-se, naturalmente, além do setor e seus competidores, tendo um impacto sobre a competitividade econômica nacional em geral. Existe um alto grau de correlação, por exemplo (0,88), entre os resultados do Índice de Competitividade do Setor de TI deste ano e os resultados do Índice de Competitividade do Fórum Econômico Mundial de 2010-2011.

Este relatório, além de destacar o desempenho de países selecionados no Índice de 2011, explora como as empresas e governos estão lidando com as principais tendências que afetam o setor. Os exemplos e opiniões de especialistas apresentados irão destacar a importância crucial da inovação, das pessoas, da transparência (nas leis e regras) e do equilíbrio (nas políticas do setor), não só para a competitividade dos ambientes do setor, mas para os próprios produtores de TI.

pontuação da Irlanda para o ambiente de P&D e o avanço do país do 11º lugar em 2009 para o 8º lugar este ano (empatado com a Austrália). Uma melhoria semelhante no ambiente de P&D, com gastos mais elevados no setor privado e aumento da atividade de patentes, eleva Israel do 13º lugar para 10º (empatado com a Holanda). E uma melhoria significativa em todos os indicadores do ambiente de P&D, além do aumento no número de matrículas no ensino superior, fez a Índia subir 10 posições, ficando em 34º lugar (empatada com a Lituânia).

Existem outras subidas de posição notáveis em 2011. Cingapura, subindo para a 3ª posição na tabela, foi beneficiada por uma pontuação muito melhor no ambiente de capital humano. Seu vizinho do norte, a Malásia, saltou para o 31º lugar graças a um desempenho muito melhor nos seus indicadores de P&D – e principalmente na atividade de patentes de TI. Alemanha, Áustria, Polônia e Turquia são outros países que registram ganhos significativos em decorrência da melhora em uma ou ambas as categorias do Índice. Por outro lado, Lituânia (41º) e Rússia (46º) caíram várias posições devido principalmente a uma queda na pontuação na importante categoria P&D. Os outros países do grupo BRIC, China e Brasil, mantiveram uma melhora lenta porém constante no desempenho do Índice, sendo que ambos subiram uma posição este ano, para 38º e 39º, respectivamente.

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4 Business software allianCe

Notas e Ranking Gerais - Índice de Competitividade da Indústria de TI 2011Países recebem a pontuação em escala de 1 a 100.

Fonte: Economist Intelligence Unit

RaNkING PoNTuação /100

2011aNo a aNo 2011

aNo a aNo

1 - Estados Unidos 80.5 +1.6

2 - Finlândia 72.0 -1.6

3 +6 Singapura 69.8 +1.6

4 -1 Suécia 69.4 -2.1

5 +1 Reino Unido 68.1 -2.1

6 +2 Dinamarca 67.9 -0.7

7 -3 Canadá 67.6 -3.7

=8 +3 Irlanda 67.5 +0.6

=8 -1 Austrália 67.5 -1.2

=10 -5 Holanda 65.8 -4.9

=10 +3 Israel 65.8 +1.5

12 +2 Suíça 65.4 +1.9

13 +2 Taiwan 64.4 +1.0

14 -4 Noruega 64.3 -2.8

15 +5 Alemanha 64.1 +6.0

16 -4 Japão 63.4 -1.7

17 +5 Áustria 61.4 +4.4

18 +1 Nova Zelândia 61.3 +2.5

=19 -3 Coréia do Sul 60.8 -1.9

=19 +2 Hong Kong 60.8 +3.3

21 -4 França 59.3 +0.1

22 -5 Bélgica 57.7 -1.5

23 +1 Itália 50.7 +2.2

24 +1 Espanha 50.4 +3.0

25 +4 Eslovênia 48.8 +3.5

26 +3 Portugal 47.1 +1.8

27 -1 República Tcheca 46.1 -0.9

28 -1 Hungria 45.4 -0.7

29 -6 Estõnia 45.0 -10.6

30 +5 Polônia 44.6 +3.8

31 +11 Malásia 44.1 +8.5

32 -5 Chile 43.2 -2.9

33 +1 Eslováquia 42.1 +0.7

RaNkING PoNTuação /100

2011aNo a aNo 2011

aNo a aNo

=34 -1 Letônia 41.6 -1.0

=34 +10 índia 41.6 +7.5

36 -4 Grécia 40.7 -2.3

37 -1 Romênia 40.4 +0.8

38 +1 China 39.8 +3.1

39 +1 Brasil 39.5 +2.9

40 -3 Croácia 39.0 +0.7

=41 +5 Turquia 38.7 +4.9

=41 -10 Lituânia 38.7 -4.6

43 +4 Bulgária 38.1 +4.5

44 +4 México 37.0 +5.0

45 -4 Argentina 36.2 -0.3

46 -8 Rússia 35.2 -1.6

47 -4 África do Sul 35.0 -0.3

48 -3 Arábia Saudita 34.1 +0.2

49 +3 Colômbia 33.7 +5.3

50 -1 Tailândia 30.5 -1.3

51 -1 Ucrânia 28.9 -2.5

52 -1 Filipinas 28.4 -0.1

53 +3 Vietnã 27.1 +2.1

54 -1 Egito 26.3 -0.5

55 - Peru 25.5 -0.5

56 +2 Sri Lanka 25.0 +1.1

57 +2 Indonésia 24.8 +2.0

58 -1 Venezuela 24.5 +0.1

59 +1 Ecuador 23.1 +0.4

60 -6 Cazaquistão 22.8 -3.6

61 +2 Paquistão 22.3 +2.3

62 +3 Nigéria 21.4 +2.6

63 -1 Bangladesh 20.6 -0.5

64 -3 Azerbaijão 20.3 -1.0

65 -1 Argélia 19.5 -0.3

66 - Irã 18.8 +1.7

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lÍDeres De inoVaÇÃo

A outra grande vantagem dos EUA é o que o Professor Hsu chama de relações “incestuosas” promovidas pelo Vale do Silício: a comunidade tecnológica está se regenerando constantemente, à medida que as pessoas saem de uma organização para abrir outra, e investidores “anjos” as acompanham. No ambiente de hoje, essas novas empresas podem rapidamente se tornar alvos de aquisições caras, alimentando ainda mais interesse empresarial. A grande motivação é ser adquirida pelas Oracles e Microsofts do mundo”, afirma Mike Shove, Presidente do Grupo Asiático da CSC, uma empresa de serviços de TI.

Quando se trata de inovação, os Estados Unidos estão perdendo vantagem? Walter Deppeler, Presidente para EMEA

(Europa, Oriente Médio e África) da Acer, uma empresa taiwanesa fabricante de computadores, acha que o centro de gravidade do setor de TI está “se deslocando do Ocidente para o Oriente”. Brett Dawson, Diretor Executivo da Dimension Data, empresa fornecedora de software e serviços de TI sediada na África do Sul, também destaca os “ganhos materiais das empresas de tecnologia sediadas na Ásia em comparação àquelas dos Estados Unidos e Europa”. No entanto, as empresas vistas como as que realmente poderão mudar o jogo, atraindo as mais altas valorizações, ainda têm raízes norte-americanas. É o caso da Apple, Google, Amazon, e — mais recentemente —Facebook.

Para o Professor David Hsu, da Wharton Business School, os EUA não vão ficar atrás dos seus rivais dos mercados emergentes tão cedo. Além de ter todos os ingredientes vitais necessários para os empreendedores prosperarem, inclusive instituições educacionais de classe mundial, uma comunidade de capital de risco desenvolvida e um sistema político favorável às empresas, os EUA também têm uma cultura arraigada de estímulo à experimentação. “Cerca de 75% dos investimentos de capital de risco nos EUA resultam em um valor de saída de zero, mas sem essa tolerância ao fracasso haveria menos sucessos,” diz ele.

Assim, não é de admirar que os EUA sejam o país classificado em primeiro lugar em 2011 na categoria de P&D do Índice, que considera indicadores como geração de patentes de TI e gastos de TI públicos e privados. Israel, Taiwan, Finlândia e Cingapura completam o grupo dos cinco primeiros países nesta categoria.

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Estados Unidos

Israel

Taiwan

Finlândia

Cingapura

Japão

Irlanda

Suécia

Alemanha

Canadá

74.3

71.3

69.9

67.3

67.2

56.9

55.9

54.9

52.6

47.6

ambiente de P&D: 10 Primeiros Países e PontuaçãoPaíses recebem a pontuação em escala de 1 a 100.

Fonte: Economist Intelligence Unit

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6 Business software allianCe

Desenvolvimentos ainda mais amplos podem impulsionar a inovação em outras partes do mundo. Para começar, à medida que a renovação de vistos de trabalho para os EUA se tornarem mais difíceis, os expatriados asiáticos poderão voltar ao seus países e explorar seus conhecimentos das condições do mercado local, aliando-o às suas experiências e seus contatos nos EUA, para criar novos produtos e serviços de TI. A diminuição da disparidade entre os salários nos EUA e nos mercados emergentes do Extremo Oriente provavelmente irá favorecer essa tendência.

Custos trabalhistas crescentes já estão forçando mudanças em países onde a produção de hardware é de suma importância. Ian Ing, um analista da Gleacher & Company baseado em Nova York, diz que não é justo continuar acusando os gigantes da tecnologia chinesa Huawei e ZTE de simplesmente produzir versões de baixo custo de produtos originalmente desenvolvidos nos Estados Unidos ou Europa. “Eles continuam voltados a soluções de baixo custo, mas agora têm produtos de ponta e estão abertos a novas formas de melhorar o valor por desempenho”, diz ele. “Empresas novas com componentes inovadores, ou até mesmo empresas menores, têm muito mais chance de vender para a Huawei e ZTE do que para a Ericsson e Cisco, que só querem negociar com grandes empresas de capital aberto. A Optichron (agora Netlogic) e Lattice Semiconductor são exemplos na área de estações de base wireless.”

subindo

O desaparecimento gradual da vantagem de baixo custo causará mudanças mais profundas. Para empresas taiwanesas, que mudaram grande parte da sua produção de hardware para a China, uma prioridade estratégica é o desenvolvimento de expertise na área mais lucrativa de software e serviços, de acordo com Walter Deppeler, da Acer. Tentando construir uma reputação de qualidade e inovação, a Acer conseguiu se transformar em uma marca global e cultivar relacionamentos com

outras empresas, inclusive a Google. “O desafio para algumas dessas empresas é fazer a transição de ser apenas uma pequena parte de uma cadeia de suprimento para ser uma empresa que está na vanguarda de uma determinada categoria”, afirma o Professor Hsu.

Mas essa não é a única dificuldade. Em muitos mercados emergentes, empresas de TI não estão tão próximas dos consumidores como no Ocidente, e assim, inovações em áreas como redes sociais – onde existe um potencial para desenvolver uma “plataforma” e transformar-se num fenômeno global – são muito mais difíceis de realizar. “Os EUA são um país muito inovador porque tem um grande mercado interno que é responsável por [uma grande parte] dos gastos com tecnologia global”, afirma Phaneesh Murthy, Diretor Executivo da empresa indiana de serviços de TI iGATE Patni. “Estando estabelecido naquele mercado, você entende a cultura de uso.”

Por outro lado, em Israel, que é um país pequeno mas relativamente rico, o setor de TI é em grande parte voltado à exportação. Embora bem-sucedidas, suas empresas tendem a ser engrenagens importantes, em vez de serem marcas popularmente reconhecíveis. E como os mercados atingíveis de tecnologia sofisticada são limitados nos países do grupo BRIC, suas empresas de TI lutam para atrair consumidores nas economias desenvolvidas. “ Depois de ter desenvolvido os produtos mais avançados, você pode simplificá-los para diversas categorias de renda”, diz o Professor Hsu. “É muito mais difícil fazer o contrário.”

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Pessoas Para teCnoloGia

À medida que os salários nos mercados emergentes subirem, essa vantagem desaparecerá gradualmente. E também, a competitividade do setor de TI nos mercados emergentes não vai necessariamente aumentar, se seus profissionais estiverem sendo atraídos para o Ocidente. Mas a crescente disponibilidade e qualidade dos profissionais de TI da Ásia, em particular, deve ser uma preocupação de longo prazo para economias mais desenvolvidas. “Há enormes bancos de talentos em toda região da Ásia, sendo que a China sozinha vai lançar no mercado 400.000 formandos de TI este ano”, explica Mike Shove, da CSC. “E a qualidade está lá em diversos níveis.”

Um executivo alemão entrevistado em 2009 para a última edição deste estudo manifestou a preocupação de que os

empregos começariam a migrar da Europa para mercados menos regulamentados após a recessão. Mas mercados de trabalho inflexíveis não são o problema mais grave que os empregadores de TI da Europa estão enfrentando atualmente. Sage, uma empresa fornecedora de software e serviços de administração de negócios, sediada no Reino Unido, lamenta a baixa qualidade e disponibilidade de profissionais de TI na Europa. A menos que a situação melhore, é provável no futuro que a empresa preencha mais cargos com profissionais de mercados emergentes (ver estudo de caso, “Crise de Talentos de Tecnologia”).

O Professor Hsu da Wharton Business School diz que os países europeus têm a maioria dos ingredientes necessários para se ter um setor de TI competitivo – inclusive a infraestrutura física, sistemas políticos estáveis e boa aplicação das leis de proteção aos direitos de propriedade intelectual – mas acha que eles são prejudicados pelo “rigor trabalhista”. “Se você tem uma política de governo ou uma cultura de negócios que induz um mercado de trabalho rígido, isso prejudica a inovação”, afirma ele.

O contraste, claramente, é com os EUA, onde o recrutamento e a demissão de pessoal são percebidos como processos menos complicados, adequados à cultura de experimentação discutida anteriormente. No entanto, nem os profissionais da Europa nem dos EUA conseguem competir com os profissionais dos mercados emergentes em termos de custo. “Se eu começar a pensar em países onde há talento disponível numa faixa de preço mais acessível, então é claro que a Índia tem vantagens significativas”, afirma Phaneesh Murthy, da iGATE Patni. “Em termos de valor pelo dinheiro, ela continua em primeiro lugar no mundo.”

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Estados Unidos

China

Austrália

Coreia do Sul

Reino Unido

Nova Zelândia

Irlanda

Taiwan

Canadá

Índia

74.1

60.4

60.4

58.7

57.5

56.0

54.8

53.7

53.4

52.8

Capital Humano: 10 Primeiros Países e PontuaçãoPaíses recebem a pontuação em escala de 1 a 100.

Fonte: Economist Intelligence Unit

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8 Business software allianCe

Esses simples números, quando combinados com custos mais baixos e maior qualidade, significam alguma coisa para os produtores de TI em qualquer parte do mundo, preocupados com a futura escassez de talentos. A China emprega, de longe, o maior número de profissionais de TI no mundo (mais de 5 milhões, segundo as estimativas da Economist Intelligence Unit), ficando atrás só da Rússia e da Índia quando se trata de estudantes matriculados em cursos do terceiro grau nas áreas de ciências e engenharia. É por isso que a China ocupa o 2º lugar globalmente, perdendo apenas para os EUA, na categoria de capital humano do Índice. (Índia e Rússia ocupam posições relativamente altas, 10º e 11º lugares, respectivamente.)

um toque mais suave

Talvez a maior mudança que está ocorrendo na Ásia é a melhoria nas chamadas “competências pessoais”, que estão fora do âmbito tradicional do profissional de TI. Enquanto Mike Shove diz que ainda há uma certa imaturidade na área de gerenciamento de projetos, que é importante para a CSC enquanto empresa de serviços de TI,

o Professor Hsu observa um “movimento enorme” na educação empresarial que terá implicações de longo alcance. “Nós [Wharton Business School] ajudamos a criar a Indian School of Business e temos uma parceria na China com a Universidade de Beijing”, diz ele. “O desenvolvimento dos talentos administrativos locais será um grande impulsionador, ajudando esses países a avançar.

Os EUA, claro, ainda podem comemorar o melhor ambiente do mundo para educação empresarial. Junto com o Reino Unido, Irlanda e Austrália, os EUA recebem a maior pontuação no indicador “qualidade das competências de tecnologia” do Índice, que avalia a capacidade do sistema educacional de treinar tecnólogos com habilidades de negócios. Ian Ing, da Gleacher & Company, sugere que a perspicácia comercial pode subsidiar a tomada de decisão dos educadores de TI tradicionais sobre onde concentrar recursos. “Minha escola de engenharia de pós-graduação, Georgia Tech, agora produz menos designers de semicondutores, pois muitos desses empregos passaram para a Ásia, mas ela tem muita expertise em otimização de ferramenta de busca”, diz ele. “Você precisa ser ágil em termos de onde você está investindo e jogar com seus pontos fortes.”

estuDo De Caso

Crise De talentos De teCnoloGia

A busca de talentos de TI na Europa Ocidental está ficando cada vez mais difícil, de acordo com Sage. Esta empresa sediada no Reino Unido, uma das maiores fornecedoras de software e serviços de administração de empresas, possui cerca de 13.500 empregados em nível mundial, com aproximadamente 20% deles em pesquisa e desenvolvimento e 15% em funções de suporte técnico. A rotatividade de empregados gira em torno de 15% ao ano, e portanto, a empresa precisa preencher cerca de 2.000 cargos por ano antes mesmo de considerar qualquer iniciativa de crescimento.

Para Karen Geary, Diretora de Recursos Humanos e Comunicação Corporativa do Grupo, a baixa disponibilidade de talentos é uma preocupação especial. No Reino Unido, por exemplo, um número relativamente menor de jovens está escolhendo cursos de TI/baseados em tecnologia no ensino superior. (De acordo com dados da UNESCO, o número de estudantes matriculados em cursos de ciências no ensino superior caiu em mais de 7% entre 2005 e 2008.

continua na próxima página

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9Business software allianCe

O contraste com outras partes do mundo é gritante. “A disponibilidade de talentos de TI é muito maior em algumas das economias asiáticas porque é isso que eles estão produzindo nas escolas”, afirma Karen Geary. “Eu acho que TI é vista como uma disciplina mais aceitável para se seguir. Isso é especialmente verdadeiro quando se acrescenta gênero à mistura, pois as mulheres asiáticas são bem representadas em tecnologia, em contraste com a Europa Ocidental. Assim sendo, em números puros, a base de talentos disponíveis na Europa é provavelmente menor.”

Mas não é só a baixa disponibilidade que preocupa a Sra. Geary. A qualidade dos talentos em oferta é frequentemente mais baixa nas economias da Europa Ocidental do que em outros lugares, segundo ela. Embora as pessoas com diploma universitário tendam a ser mais entendidas em TI, muitas vezes lhes falta a visão de negócios e o treinamento que uma organização voltada para o cliente como a Sage valoriza cada vez mais. “As universidades continuam a produzir candidatos com habilidades essencialmente técnicas, ao passo que outras habilidades também são frequentemente necessárias na mesma medida”, observa a Sra. Geary.

Suas críticas podem surpreender aqueles que acham que a Ásia é o verdadeiro retardatário nesta área, mas Karen Geary acredita que a região fez grandes avanços nos últimos anos. “Sei que certas partes da Ásia têm a reputação de serem focadas demais na parte de tecnologia, mas os estudantes que eu conheci têm uma formação muito mais completa do que costumavam ter”, diz ela.

Embora a Sage esteja envolvida no nível educacional – com funcionários seniores assumindo funções em conselhos de universidades e oferecendo subsídios para currículos – o ritmo mais lento da vida acadêmica dificulta a incorporação de novas habilidades nos cursos. A empresa continua despendendo um tempo considerável para preparar novos empregados, sendo que o pessoal do suporte técnico precisa de um treinamento inicial de três a seis meses e os desenvolvedores de software, um ano.

A longo prazo, as implicações das deficiências percebidas da Europa podem ser dramáticas. A Sage já está começando a preencher cargos nos EUA e na Europa com profissionais de TI originários de mercados emergentes. Segundo Karen Geary, esta tendência irá aumentar nos próximos anos, a menos que mais jovens possam ser persuadidos a escolher diplomas na área de ciências. “Precisamos tornar a tecnologia mais atraente em termos de postos de emprego, bolsas de estudo e incentivos financeiros”, observa.

Terceirização também pode se tornar mais atraente, se a escassez de qualificações persistir. Devido à ênfase dada ao serviço de atendimento ao cliente, a Sage não tem planos para mudar seu capital humano para outras partes do mundo. Mas outras empresas pensam de maneira diferente. O custo era o principal motivo para terceirização. Será que o talento pode assumir seu lugar?

continuação da página anterior

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10 Business software allianCe

CuMPrinDo a lei

vendo muito trabalho onde os fabricantes de produtos de tecnologia estão entrando em operações casadas com prestadores de serviços de tecnologia.”

Estas uniões, claro, estão sendo incentivados por tendências mais amplas, mas em tais circunstâncias os especialistas jurídicos podem fazer muita coisa para aumentar a competitividade dos setores de TI nacionais. “Se os advogados mostrarem que conseguem encontrar outras soluções, envolvendo negociação ou mediação, em vez de submeter seus clientes a alguma forma de litígio prolongado, eles farão com que seus países pareçam muito mais atraentes”, disse Antony Gold, Chefe do Contencioso de Propriedade Intelectual, Eversheds.

Mesmo assim, quando o assunto é a proteção dos direitos de propriedade intelectual (DPI) – uma preocupação significativa para muitas empresas de TI – alguns países continuam sendo vistos como atrasados. O Sr. Murthy observa que muitas empresas de tecnologia ainda têm grandes preocupações em relação à proteção à propriedade intelectual na China. De fato, embora a China esteja sendo pressionada há muito tempo pela Organização Mundial do Comércio e EUA para melhorar nessa área, ela continua sendo apontada como a principal culpada no que se refere à negligência na aplicação das leis de proteção dos DPI.

De acordo com Antony Gold, o maior problema na China não é a corrupção óbvia, mas simplesmente o fato de que os processos judiciais podem se arrastar por muitos anos. “Com algo como oposição a uma marca registrada, que é um problema comum na China, um processo que duraria poucos meses no Reino Unido pode levar

Se a recente recessão teve um único impacto importante sobre o ambiente jurídico, este talvez tenha sido o de

reduzir a disposição para entrar em litígios – um método caro de resolver disputas – e aumentar o interesse em atividades colaborativas, tais como licenças cruzadas. “Estamos ajudando os nossos clientes de TI de maneiras bem diferentes”, afirmou Charlotte Walker Osborn, Chefe de Telecomunicações, Mídia e Tecnologia da Eversheds, um escritório de advocacia internacional com sede em Londres. “Estamos

0 20 40 60 80 100

Austrália

Estados Unidos

Holanda

Alemanha

Dinamarca

Finlândia

Reino Unido

Suíça

Bélgica

Áustria

92.5

92.0

90.5

90.5

90.5

89.5

88.5

88.5

88.5

88.5

ambiente Jurídico: 10 Primeiros Países e PontuaçãoPaíses recebem a pontuação em escala de 1 a 100.

Fonte: Economist Intelligence Unit

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11Business software allianCe

até quatro anos”, ele explica. “Nós temos vários clientes que estão enroscados nesse sistema.” Um agravante é o fato de que certos tipos de serviços jurídicos só podem ser prestados por empresas chinesas, e não por escritórios de advocacia internacionais.

Uma onda de inovações e a necessidade das empresas de TI chinesas diversificarem suas atividades, passando da fabricação para o desenvolvimento de software, poderia proporcionar o impulso para a mudança. “À medida que as inovações acontecerem, o interesse na proteção da propriedade intelectual virá de dentro do país, em vez de vir de uma multinacional norte-americana que reclama do sistema”, afirma Mike Shove da CSC”. Em outras palavras, quando as empresas chinesas começarem a desenvolver seus próprios produtos de software, elas vão querer ser protegidas.”

O centro das atenções na China não deve, claro, distrair a atenção de deficiências em outros lugares. Enquanto Antony Gold elogia a Alemanha e a Áustria por terem sistemas judiciais que são rápidos e baratos para os litigantes, ele diz que o sistema francês é muito lento, enquanto o do Reino Unido é considerado bastante caro. “Estamos nos esforçando muito para melhorar isso, em parte através do Tribunal de Patentes do Condado [criado para oferecer uma alternativa menos cara e menos complexa que o Supremo Tribunal], e você consegue um sistema judicial relativamente bom no Reino Unido”, completa Gold.

as virtudes da aliança

Embora sistemas de patentes rigorosos sejam às vezes vistos como barreiras à inovação, a falta de proteção legal para aplicativos e sites de redes sociais pode ser igualmente preocupante. Uma vez que estes desenvolvimentos mais novos são geralmente protegidos apenas pela lei de direitos autorais, e não pelas leis de patentes, que são mais rigorosas e se destinam a inovações mais substanciais, eles são muito mais fáceis de replicar sem medo de represálias legais,

segundo Charlotte Walker Osborn. “Isso exerce pressão sobre inovações nesta área”, explica ela. “Ninguém quer arriscar gastar um monte de dinheiro, se outra pessoa pode copiar sua idéia.”

Por outro lado, tem havido alguns desenvolvimentos animadores na área de colaboração transfronteiriça relacionada a crimes cibernéticos. Desde a última atualização do nosso estudo, vários países – incluindo Áustria, Alemanha, Portugal, Espanha e Azerbaijão – ratificaram a adesão dos seus governos à Convenção do Conselho da Europa sobre Crimes Cibernéticos. E em julho de 2011 ocorreu o lançamento da Cyber Security Protection Alliance – ICSPA (Aliança Internacional de Proteção e Segurança Cibernética), uma organização sem fins lucrativos cujo objetivo declarado é “canalizar recursos, expertise e assistência diretamente, para auxiliar as unidades de combate a crimes cibernéticos”. A Sra. Walker Osborn, que é membro do British Computer Society Information Security Specialist Group (BCS-ISSG), vê o estabelecimento da ICSPA como um movimento positivo. “É preciso muito conhecimento técnico para lidar com esses crimes, e a polícia já está sobrecarregada só de lidar com os problemas locais”, observou.

Embora sediada no Reino Unido e apoiada por políticos do Reino Unido, o principal objetivo da ICSPA é prestar assistência a outros países. Os países que são mais sérios sobre a competitividade no setor de TI provavelmente ficarão satisfeitos com sua criação. “Os governos que querem o sucesso dos seus negócios de tecnologia sabem que precisam enfrentar o problema do crime cibernético”, disse a Sra. Walker Osborn. “Devido à sua natureza sem fronteiras, a melhor maneira de fazer isso é através de alianças.”

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12 Business software allianCe

PolÍtiCa e infraestrutura

Da mesma forma, os EUA continuam com um excelente desempenho no que se refere à força dos seus ambientes jurídicos para produtores de TI, embora tenham perdido a liderança em 2011 para a Austrália.

Mesmo durante a recessão, a empresa de software SAP reclamou do esquema de desmanche de carros da Alemanha pela mesma razão, argumentando que os formuladores de políticas fariam melhor se apoiassem tecnologias criadas para melhorar a competitividade de diversos setores. A Economist Intelligence Unit duvida da sabedoria do apoio do governo para tecnologias específicas, mas acredita que, quando a economia global começar a se recuperar, a necessidade dos governos de adotar uma visão de longo prazo do desenvolvimento do setor de TI parece ser mais forte do que nunca.

Assim como os capitalistas de risco, os formuladores de políticas não podem simplesmente olhar para alguma coisa de uma perspectiva anual”, afirma o Professor Hsu da Wharton Business School. “Em termos de investimentos, eles precisam pensar nos próximos sete a nove anos, se quiserem fazer mudanças significativas em relação à competitividade do país”.

Enquanto os governos da China e Coreia do Sul anunciavam algumas iniciativas arrojadas relacionadas à tecnologia verde

e redes inteligentes durante a crise, muita gente no Ocidente atingido pela recessão estava mais interessada em estímulos de curto prazo. Nos EUA, por exemplo, isso assumiu a forma de projetos de obras públicas para criar empregos temporários. “Foi um pouco decepcionante essa falta de visão”, afirmou Ian Ing, da Gleacher & Company. “Os contribuintes norte-americanos estavam dispostos a acelerar em 2009, e no ambiente atual provavelmente não estão”.

Suporte ao Desenvolvimento do Setor de TI: 10 Primeiros Países e PontuaçãoPaíses recebem a pontuação em escala de 1 a 100.

0 20 40 60 80 100

Estados Unidos

Canadá

Irlanda

Cingapura

Noruega

Austrália

Suécia

Nova Zelândia

Hong Kong

Reino Unido

87.2

85.4

83.9

82.3

82.1

82.1

81.6

80.7

80.4

80.0

Fonte: Economist Intelligence Unit

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13Business software allianCe

estuDo De Caso

as reCoMPensas e os PeriGos Das PolÍtiCas Do setor De ti

Os formuladores de políticas têm o mérito de ter transformado a Coreia do Sul numa potência de TI e um dos países mais conectados do mundo. Ela ocupa um respeitável 19º lugar no Índice de Competitividade do Setor de TI de 2011. Mas os esforços do governo para fomentar um setor de TI competitivo também receberam fortes críticas.

Sem dúvida, o setor de TI é o propulsor do sucesso da economia da Coreia do Sul. O país asiático é atualmente o maior produtor mundial de semicondutores de memória e painéis de exibição e o segundo maior fabricante de telefones celulares. De acordo com o Ministério da Economia do Conhecimento, as exportações de TI cresceram de US$ 5 milhões em 1970 para US$ 154 bilhões em 2010, e atualmente representam 33% do total das exportações. O setor de TI é responsável por aproximadamente 11% do PIB, em comparação com 0,01% de 40 anos atrás.

Autoridades do Ministério da Economia do Conhecimento salientam que o segredo desse sucesso é a colaboração efetiva entre o governo e o setor privado. Um bom exemplo é a expansão das redes de banda larga super-rápida, que serão de suma importância na era de engenharia de nuvem. Estabelecendo metas firmes para velocidade e cobertura e oferecendo incentivos como um regime tributário favorável, o governo tem incentivado o setor privado a investir grande parte dos recursos necessários, assegurando que a concorrência não sofra.

Os esforços do governo na área educacional também são louváveis. Uma das iniciativas é promover a cooperação entre empresas, universidades e instituições de pesquisa. Um programa de “mentoração de TI” dá aos estudantes a oportunidade de adquirir experiência em um ambiente comercial. Ao mesmo tempo, o governo tenta assegurar que pessoas de negócios estejam envolvidas na formação de currículos das universidades. Tudo isso tem por objetivo combinar as necessidades do setor de TI com o sistema educacional.

No entanto, a Coreia do Sul adquiriu uma reputação ao longo dos anos por suas políticas protecionistas que favorecem chaebols, como a Samsung, e desestimulam investimentos estrangeiros diretos. Em 2009 – o último ano com dados reais disponíveis – a Coreia do Sul teve uma classificação abaixo de qualquer outro par regional, exceto o Japão, em termos de investimentos diretos no país como porcentagem do PIB (ver tabela; embora não sejam específicas do setor, estas estatísticas

continua na próxima página

0 5 10 15 20 25 30

Hong Kong 25.04

9.17

8.16

Índia : 2.61

Cingapura

Vietnã

Indonésia : 0.90

Taiwan : 0.74

Malásia : 0.72

Coreia do Sul : 0.27

Japão : 0.24

Investimento Estrangeiro Direto como % do PIB, 2009

Fonte: Economist Intelligence Unit

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quase certamente refletem os investimentos estrangeiros no setor de tecnologia, que na Coreia do Sul representam uma grande parcela da produção econômica). O Ministério da Economia do Conhecimento levanta as mãos em aprovação por ter “causado controvérsia pela discriminação contra empresas estrangeiras”, mas insiste que recentemente aumentou o escopo de setores abertos a investimentos estrangeiros e está tentando criar um ambiente de concorrência justa para empresas estrangeiras.

Uma crítica relacionada é que os formuladores de políticas têm promovido tecnologias com apelo comercial limitado apenas para sustentar os chaebols. Um exemplo clássico – ainda que seja do setor de telecomunicações – é o da WiBro, uma tecnologia de banda larga móvel desenvolvida principalmente pela Samsung. O governo praticamente forçou a Korea Telecom e a SK Telecom, as duas maiores operadoras do país, a lançar a tecnologia WiBro, apesar de ambas preferirem padrões 3G mais estabelecidos. Como agora as duas operadoras estão começando a migrar da tecnologia 3G para LTE, a assim chamada tecnologia ‘4G’, o dinheiro gasto com a WiBro parece ter sido desperdiçado.

Talvez o maior problema que o governo criou é de ordem cultural. Chaebols como a Samsung se tornaram tão poderosas que empresas nacionais menores foram expulsas do cenário quase que por completo. Consequentemente, os alunos mais brilhantes da Coreia do Sul têm visto pouco incentivo para se tornarem empreendedores. O governo agora diz que está buscando políticas para alimentar os talentos criativos de TI e oferecer mais apoio a pequenas e médias empresas. O apoio a fontes alternativas de inovação aos gigantes da tecnologia parece uma atitude eminentemente sensata.

O importante aqui é reconhecer e responder à grande mudança que está ocorrendo na TI. À medida que mais software e aplicativos passam dos desktops e servidores hospedados localmente para a “nuvem”, os formuladores de políticas podem tomar várias medidas para assegurar que seus consumidores e produtores não fiquem de fora. Entretanto, Brett Dawson da Dimension Data sugere que eles poderiam ser mais ambiciosos em suas abordagens. “Há muitos órgãos do governo usando aspectos da tecnologia de nuvem, mas são poucos os que vieram com uma abordagem audaciosa”, observa. “Há uma escassez de informações médicas centralizadas e sistemas financeiros governamentais, por exemplo. Os governos precisam transformar suas plataformas ICT para estimular uma ampla adoção da tecnologia de nuvem”.

Os formuladores de políticas europeias estão tentando tratar de algumas questões transfronteiriças levantadas pela nuvem. Até 2012, a Vice-Presidente da Comissão Europeia Neelie Kroes quer ter um plano desenvolvido para uma estratégia de engenharia de nuvem para toda a UE, que também trataria de outras questões, tais como a interoperabilidade e alocação de fundos para novas pesquisas e desenvolvimento de soluções de nuvem. Em um discurso proferido em janeiro deste ano na reunião anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, ela citou três áreas chave para essa estratégia: estrutura jurídica; princípios técnicos e comerciais; e mercado. Claramente, a primeira delas levanta algumas grandes questões. Por exemplo, quais leis do país se aplicariam, se a sede da empresa, seus sistemas administrativos e seus clientes estivessem localizados cada um deles em um país diferente?

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15Business software allianCe

Outra maneira importante dos governos facilitarem um movimento em direção à engenharia de nuvem é assegurar que a infraestrutura básica esteja no lugar. “Se vamos criar centros de nuvem que podem ser usados em toda a região da Ásia-Pacífico, precisamos ter ligações fortes de telecomunicações”, afirma Mike Shove, da CSC. Conforme observado por Brett Dawson, o envolvimento do governo na expansão da banda larga assumiu diversas formas diferentes, que incluem de financiamento do setor público na Austrália e Coreia do Sul à regulamentação leve nos EUA. Entretanto, qualquer esquema errado pode prejudicar a implantação ou concorrência. Em algumas partes da Europa Ocidental, as autoridades já foram bombardeadas por isentar redes de alta velocidade das regulamentações aplicadas a investimentos de banda larga mais antigos.

A Suíça é líder do Índice este ano na categoria de infraestrutura de TI, com Dinamarca, Holanda, Suécia e Austrália se mostrando também extremamente competitivas. Além de ter uma das taxas de penetração de banda larga mais elevadas do mundo, seu desempenho melhorou desde 2009 em todos os outros indicadores de infraestrutura – e principalmente quando se trata de segurança da Internet, que também é fundamental para o sucesso da engenharia de nuvem.

Formuladores de políticas alimentam outras preocupações além da infraestrutura. A falta de transparência em processos de negócios em alguns mercados asiáticos é causa de considerável “nervosismo” em uma grande multinacional com sede nos EUA, explica o Sr. Shove. Ele também adverte contra a dependência de incentivos do governo ou reduções de impostos para tornar um negócio viável. “Se isso mudar de repente, você ficará com um centro pouco competitivo”.

Uma recuperação econômica medíocre, ou a necessidade de manter um ritmo de crescimento acelerado podem também gerar formas sutis de protecionismo, como financiamento de fornecedores com garantia soberana. Ian Ing observa que atualmente nem todas as empresas norte-americanas têm os balanços para financiamento de fornecedores, mas que o governo chinês pode ajudar líderes nacionais como Huawei e ZTE. “Portanto” diz ele, “não é verdadeiramente um mercado aberto.”

Infraestrutura de TI: 10 Primeiros Países e PontuaçãoPaíses recebem a pontuação em escala de 1 a 100.

0 20 40 60 80 100

Suíça

Dinamarca

Holanda

Suécia

Austrália

Noruega

Hong Kong

Canadá

Estados Unidos

Reino Unido

89.9

87.2

84.3

83.3

82.4

80.2

79.7

76.9

76.5

74.0

Fonte: Economist Intelligence Unit

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estuDo De Caso

enGenharia De nuVeM: a JornaDa que ainDa estÁ Por CoMeÇar

Engenharia de nuvem é a inovação mais importante que o setor de TI viu em muitos anos —comparável à migração de mainframes para computadores pessoais. Os benefícios dos serviços baseados em tecnologia de nuvem para usuários empresariais são potencialmente significativos, incluindo economia de custos pela redução dos custos da infraestrutura fixa e maior flexibilidade para escalonar os recursos de TI para cima ou para baixo, conforme ditam as circunstâncias. No entanto, o caminho para o futuro da engenharia de nuvem está cheio de obstáculos, segundo a Dimension Data, uma empresa fornecedora de software e serviços de TI com sede na África do Sul.

Em mercados desenvolvidos, e particularmente no setor empresarial, os clientes de TI ainda têm muitas reservas em relação à tecnologia de nuvem. “Alguns dos nossos clientes têm grandes preocupações relacionadas a segurança e não estão preparados para abrir mão de seus principais aplicativos nesta fase”, afirma Brett Dawson, Diretor Executivo da Dimension Data. Muitas corporações de grande porte também estão sobrecarregadas com sistemas de TI envelhecidos e feitos sob encomenda, e fizeram pouco progresso na padronização e virtualização dos seus aplicativos. “Essas empresas precisam adotar muitos princípios da arquitetura de nuvem internamente, antes de passarem para a tecnologia de nuvem pública”, explica ele.

Brett Dawson calcula que a maioria das grandes empresas, bem como organizações do setor público e governos, precisarão de pelo menos mais um ano para consolidar suas atividades de TI antes que a jornada rumo à tecnologia de nuvem realmente comece.

Violações de segurança de grande repercussão na Sony e tempo fora da rede na Amazon no começo do ano irão sem dúvida deixar as organizações ainda mais apreensivas, segundo Brett Dawson. Ele acredita que, em resposta a isso, uma nova classe de fornecedores de tecnologia de nuvem aparecerá nos próximos anos, oferecendo níveis garantidos de serviço, tendo em mente especificamente o setor empresarial. Até lá, as empresas podem continuar a privilegiar o uso das assim chamadas nuvens privadas, que são operadas para uma única organização. Elas prometem alguns dos benefícios econômicos das tecnologias de nuvem pública aberta, mas implicam um risco menor.

Por outro lado, em mercados emergentes e entre organizações pequenas e médias, há mais entusiasmo pela tecnologia de nuvem. “Elas permitem que essas empresas implantem sistemas de TI sem o nível de custo e complexidade das soluções mais tradicionais”, afirma Brett Dawson. Economia de custos, claro, é um grande incentivo para o setor empresarial, mas muitas empresas recém-inauguradas e organizações mais novas não precisam fazer essa transição difícil dos sistemas mais antigos.

A restrição mais importante em mercados emergentes é provavelmente a infraestrutura básica de telecomunicações – ou a falta dela. O Sr. Dawson aplaude a instalação da nova capacidade submarina na costa da África, dizendo que ela vai ajudar a baixar os custos do acesso à Internet e estimular a adoção dos serviços de tecnologia de nuvem. Mas ele acha que muitos dos mercados emergentes ainda precisam de mais desregulamentação de telecomunicações e investimento em redes de telefonia fixa e móvel.

O Sr. Dawson disse que gostaria de ver mais países adotando abordagens ousadas como a Europa e EUA, o que facilitaria a migração para engenharia de nuvem. Há alguns exemplos notáveis: no Brasil, por exemplo, o governo está promovendo a tecnologia de nuvem como parte da sua iniciativa de modernização. No entanto, tem havido um progresso internacional limitado na criação de um ambiente legislativo no qual a engenharia de nuvem possa florescer. Leis que proíbem o armazenamento de dados financeiros em outra jurisdição, por exemplo, podem ser vistas como um freio para a expansão da engenharia de nuvem.

Enquanto isso, os inovadores de tecnologia de nuvem continuarão encontrando respostas. “Por causa dessas leis, fornecedores que atendem o setor empresarial precisarão de infraestrutura em várias regiões geográficas, o que é um desafio em termos de complexidade e administração”, observa o Sr. Dawson. “É mais uma razão para eu achar que um prestador de serviços de nível empresarial vai surgir num futuro próximo”.

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ConClusÃo: Muitos Centros De CoMPetitiViDaDe

para este estudo notaram melhorias na qualidade dos talentos de TI nesses mercados. Com o surgimento de uma classe gerencial com mais experiência em negócios, e o impulso dado pelos recentes desenvolvimentos econômicos, China e Índia passaram a ser levadas mais a sério como empreendedores. À medida que a inovação ganha terreno, a proteção dos direitos intelectuais – que sempre foi vista como um problema nessa parte do mundo –deverá melhorar também.

A Europa, entretanto, continua atraente em termos de infraestrutura de TI e ambiente jurídico, entre outros fatores. Mas o continente, sem dúvida, não consegue acompanhar o ritmo de outras regiões quando se trata de capital humano, enquanto regulamentos rígidos de mercado do trabalho e um clima desfavorável para investimento nas redes de banda larga da próxima geração pode atrapalhar o desenvolvimento do setor de TI no futuro. Manter suas altas posições no Índice pode ser um difícil desafio para esses países nos anos vindouros.

Apesar do impacto da recente recessão no mundo desenvolvido, as nações da América do Norte e Europa Ocidental

continuam tendo um bom desempenho no nosso Índice. Para muitas delas, sobretudo os EUA, os benefícios da visão de longo prazo e investimento sustentado nos facilitadores da competitividade do setor de TI estão dando frutos. Na verdade, a contínua hegemonia dos EUA não causa surpresa, dada sua reputação de longa data de inovação, excelência acadêmica, visão de negócios e estabilidade política. Combinados, esses fatores produziram um ambiente no qual, segundo o Professor Hsu, da Wharton Business School, “vantagem gera vantagem”. Para os setores de TI de outros países, que lutam para levantar capital ou contra a burocracia do governo, os EUA por vezes parecem estar desaparecendo ainda mais longe na distância.

Mesmo assim, estão ocorrendo grandes mudanças que poderiam levar a uma reformulação do mercado global. Embora a Índia e China atualmente estejam no meio da lista de classificação, os dois países ganharam terreno no Índice desde sua criação, e não seria de admirar se tivessem mais ganhos nos próximos anos. Tendo construído setores de TI competitivos nas áreas de serviços e fabricação, os dois países enfrentam uma ameaça à sua vantagem de baixo custo de mão de obra, à medida que os salários sobem e os negócios que podem ser comoditizados se deslocam para outros mercados emergentes. No entanto, vários especialistas do setor entrevistados

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Plano Da Bsa Para CoMPetitiViDaDe GloBal De ti

> Aplicar com rigor as leis de direitos autorais e marcas registradas — e garantir que elas acompanhem novas inovações, como a engenharia de nuvem.

> Instituir penalidades civis e criminais para combater violações de PI, principalmente nos mercados de tecnologia da informação que mais crescem no mundo, como China, Índia, Brasil, e Rússia.

sistemas de patentes de classe mundial

> Dedicar recursos suficientes a escritórios de patentes para assegurar que eles consigam examinar requerimentos de maneira eficiente e conceder patentes de alta qualidade, eliminando as que não servem.

> Não discriminar entre tecnologias ou tipos de invenções.

neutralidade tecnológica

> Promover princípios tecnologicamente neutros nas compras do governo e outras iniciativas relacionadas a políticas.

A inovação em tecnologia impulsiona o crescimento econômico e melhora o cotidiano das pessoas, mas os países

não podem achar que a inovação é uma coisa garantida. Eles devem promovê-la ativamente com políticas públicas que fomentam o desenvolvimento de novas tecnologias. Na condição de principal defensora do setor global de software, a Business Software Alliance (BSA) defende estruturas de políticas nacionais que protejam a propriedade intelectual, atraiam e recebam bem talentos do mundo inteiro, investim em ciência básica, criem escolas excepcionais, promovam mercados abertos, assegurem concorrência justa e gerem segurança e confiança na tecnologia.

O plano aqui delineado é amplamente aplicável a todos os países que queiram prosperar na atual economia digital globalmente integrada.

Promover a Criação de empregos, Promovendo Criatividade e inovação

Leis fortes de proteção à propriedade intelectual — incluindo leis de direitos autorais, patentes e marcas registradas — constituem a base para as empresas criativas prosperarem.

A BSA recomenda:

forte aplicação das leis de proteção à propriedade intelectual

> Conscientizar o público sobre o papel que os direitos de propriedade intelectual desempenham, promovendo inovação e impulsionando o aumento de empregos e salários.

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19Business software allianCe

estimular a economia Digital, inspirando segurança e Confiança on-line

A BSA busca políticas que fomentem um mercado on-line vibrante, onde o governo, cidadãos e empresas possam usar ferramentas de informação com segurança e confiança – não importando se as ferramentas são móveis, se estão instaladas em um desktop ou servidas através da tecnologia de nuvem. Esta é uma responsabilidade que deve ser compartilhada pelo setor, governos, empresas e consumidores.

A BSA recomenda:

Privacidade do consumidor e segurança de dados

> Apoiar o desenvolvimento de práticas sólidas de administração de dados para proteger a privacidade dos consumidores; reforçar as práticas de segurança para enfrentar ameaças em constante evolução; e promover hábitos responsáveis entre os usuários da Internet.

> Assegurar que as políticas de privacidade deixem amplo espaço para a inovação tecnológica, bem como o desenvolvimento de novos serviços, tais como engenharia de nuvem.

> Simplificar a conformidade para empresas e reduzir a confusão para os consumidores, estabelecendo padrões nacionais uniformes e exigindo que os consumidores sejam notificados quando uma violação das suas informações pessoais colocá-los em risco de roubo de identidade, fraude ou atividades ilícitas.

transferências transfronteiriças de dados

> Fazer acordos bilaterais ou multilaterais que harmonizem o emaranhado cada vez mais incoerente de regras que regem o movimento de dados através das fronteiras.

segurança da cadeia de suprimentos

> Promover padrões internacionais para auditorias de cadeia de suprimentos e garantia de segurança — com os direitos de propriedade intelectual honrados e respeitados por fabricantes e prestadores de serviço em todas as fases.

infraestrutura essencial

> Reforçar a segurança cibernética com normas voluntárias direcionadas a riscos de uma maneira flexível e pouco onerosa, para que as empresas de tecnologia possam inovar mais rapidamente do que o surgimento de ameaças.

Crime cibernético

> Promulgar leis fortes para prevenir e punir crimes cibernéticos, como os prescritos na Convenção do Conselho da Europa sobre Crimes Cibernéticos.

> Criar órgãos especializados em crimes cibernéticos, inclusive investigadores, promotores e juízes bem equipados e adequadamente treinados.

> Superar a natureza sem fronteiras do crime cibernético, criando redes de relacionamento entre os órgãos de repressão no mundo inteiro.

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20 Business software allianCe

abrir Mercados Globais e Criar oportunidades de negócios

A BSA acredita que o comércio internacional cria empregos e estimula o crescimento econômico. Isso implica eliminar barreiras de mercado e desestimular as práticas de compras discriminatórias no setor público. Isso é especialmente importante nas economias em rápido crescimento, como Brasil, Rússia, Índia e China.

A BSA recomenda:

Contratos comerciais de abertura de mercado

> Apoiar contratos comerciais que abram mercados para todas os tipos de serviços e produtos lícitos, inclusive soluções de engenharia de nuvem.

> Redobrar esforços para garantir que parceiros comerciais adotem e apliquem com rigor leis modernas e eficazes contra o roubo de propriedade intelectual.

investir nas Bases da economia Digital

A BSA busca políticas para promover investimento nas tecnologias da próxima geração, inclusive infraestrutura inteligente. Isso estimula o crescimento e a inovação não só no setor de tecnologia, mas na economia em geral.

A BSA recomenda:

educação e apoio para pesquisa e desenvolvimento

> Promover oportunidades educacionais em ciências, tecnologia, engenharia e matemática.

> Aumentar o financiamento para pesquisa básica e aplicada em universidades e instituições governamentais.

Governo eletrônico

> Expandir programas de governo eletrônicos que permitam a cidadãos interagirem com o governo e acessarem serviços públicos.

> Trabalhar por planos de TI governamentais abrangentes que sejam flexíveis e tecnologicamente neutros, e que protejam a privacidade e segurança dos cidadãos.

> Liderar pelo exemplo, adotando soluções de engenharia de nuvem quando apropriado.

Política tributária

> Garantir que a legislação tributária promova investimentos em novas tecnologias e proporcione igualdade de condições para empresas nacionais e multinacionais

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Investimento para o FuturoAnálise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011

21Business software allianCe

aPÊnDiCe: MetoDoloGia e DefiniÇÕes Do ÍnDiCe

O Índice de Competitividade do Setor de TI tem por objetivo comparar países em diferentes regiões do mundo, para

identificar em que medida eles possuem as condições necessárias para sustentar um setor de TI forte. Para tanto, a Economist Intelligence Unit mantém um modelo de benchmarking que classifica os países avaliando os principais atributos de um setor de TI competitivo.

Existem seis categorias de indicadores usados no Índice, as quais estão definidas na tabela abaixo, juntamente com seus pesos no Índice e o peso de cada indicador na categoria. São também fornecidas as principais fontes de dados de cada indicador, bem como uma indicação mostrando se a pontuação é baseada em dados quantitativos (por exemplo, dinheiro gasto, número de estudantes) ou numa avaliação qualitativa feita pelos analistas da Economist Intelligence Unit.

Os indicadores qualitativos são pontuados numa escala de 1 a 5. Os indicadores quantitativos são normalizados através do conjunto da população, de modo que cada país seja medido de 0 a 1, aplicando-se a fórmula (Yij=[xij-minij]/[maxij-minij]) para cada ponto dos dados. Depois disso, cada indicador é convertido em uma pontuação de 0 a 100, aplicando-se o multiplicador apropriado (20 para indicadores qualitativos, 100 para indicadores quantitativos). Como a soma dos pesos é 1, a pontuação composta para cada país é também baseada numa escala de 0 a 100 do Índice (onde 100 representa a maior e melhor pontuação possível).

Quando se emprega um método de normalização de pontuação como temos aqui, ocorre alguma distorção de pontuação em indicadores selecionados nas extremidades mais alta e mais baixa da faixa de pontuação. Isso ocorre quando os pontos do indicador são baseados unicamente em dados quantitativos, e explica por que as pontuações de alguns países em certas categorias exibidas estão abaixo de 1, enquanto outros têm pontuações acima de 80 na mesma categoria.

A normalização também é a razão pela qual as pontuações de alguns países em categorias individuais, ou no Índice geral, podem estar menores do que no ano anterior, embora seu desempenho real possa não ter piorado. Se a pontuação do líder global em um indicador quantitativo é inferior ao do líder do ano anterior, as pontuações de outros países naquele indicador serão afetadas, possivelmente independentemente do seu desempenho real.

Não foram feitas mudanças nos indicadores ou na metodologia de pontuação em 2011, e os pesos anteriores permanecem inalterados. Entretanto, mudamos a fonte de dados usada para a pontuação de um indicador importante – patentes de TI. Estatísticas sobre requerimentos de patentes específicas de TI coletados pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (WIPO) passaram a ser usadas para este indicador. (O European Patent Office foi a fonte usada em 2009).

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Investimento para o FuturoAnálise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011

22 Business software allianCe

Modelo de Benchmarking

INDICaDoR PESoPRINCIPaIS FoNTES

DE DaDoS aNoTIPo DE

avalIação

Categoria 1: ambiente geral de negócios 10%

Política de investimentos estrangeiros:Política do governo para o capital estrangeiro; receptividade cultural à influência estrangeira; risco de expropriação; proteção ao investimento

20% Economist Intelligence Unit: Classificação em

Ambiente de Negócios

2006-10 Qualitativa: atribuída por analistas da Economist

Intelligence Unit

Proteção à propriedade privada:Grau em que os direitos de propriedade privada são garantidos e protegidos

35% Economist Intelligence Unit: Classificação em

Ambiente de Negócios

2006-10 Qualitativa: atribuída por analistas da Economist

Intelligence Unit

Regulamentação do governo:Nível de regulamentação do governo (principalmente procedimentos para concessão de licença) na criação de novas empresas privadas

25% Economist Intelligence Unit: Classificação em

Ambiente de Negócios

2006-10 Qualitativa: atribuída por analistas da Economist

Intelligence Unit

Liberdade para competir:Liberdade das empresas existentes para competir em mercados internos

20% Economist Intelligence Unit: Classificação em

Ambiente de Negócios

2006-10 Qualitativa: atribuída por analistas da Economist

Intelligence Unit

Categoria 2: infraestrutura de ti 20%

Investimento em TI:Gastos do mercado em hardware, software e serviços de TI (US$ por 100 pessoas)

15% IDC 2010 Quantitativa

Propriedade de PC:Computadores desktop e laptop por 100 pessoas

35% Pyramid Research, ITU

2010 Quantitativa

Penetração de banda larga:Conexões de banda larga (xDSL, ISDN PRI, FWB, cabo, FTTx) por 100 pessoas

25% Pyramid Research 2010 Quantitativa

Segurança da Internet:Servidores de Internet seguros, por 100.000 pessoas

10% Banco Mundial, Netcraft

2010 Quantitativa

Penetração de telefone celular:Assinaturas de telefone celular por 100 pessoas

15% Pyramid Research 2010 Quantitativa

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23Business software allianCe

INDICaDoR PESoPRINCIPaIS FoNTES

DE DaDoS aNoTIPo DE

avalIação

Categoria 3: Capital humano 20%

Matrículas em curso superior:Total de estudantes matriculados no ensino superior, como % bruta da população em idade de cursar o ensino superior

25% UNESCO 2009 Quantitativa

Matrículas na área de ciências:Matrículas em programas de ciências de terceiro grau (número de pessoas)

15% UNESCO 2009 Quantitativa

Emprego na área de TI:Emprego no setor de tecnologia (número de pessoas)

20% OECD; estimativas da Economist

Intelligence Unit

2010 Quantitativa

Qualidade de habilidades tecnológicas:Capacidade do sistema educacional de treinar tecnólogos em habilidades de negócios (gerenciamento de projetos, aplicativos voltados para o cliente e desenvolvimento da web, etc)

40% Economist Intelligence Unit

2010 Qualitativa: atribuída por analistas da Economist

Intelligence Unit

Categoria 4: ambiente de P&D 25%

P&D do Setor público:Despesa bruta do governo em P&D (dólar à paridade do poder de compra, per capita)

15% UNESCO; Banco Mundial

2008 Quantitativa

P&D do Setor privado:Despesa bruta do setor privado em P&D (dólar à paridade do poder de compra, per capita)

15% UNESCO; Banco Mundial

2008 Quantitativa

Patentes:Número de novos requerimentos de patentes de TI internas apresentados por residentes a cada ano, como % do total de requerimentos de patentes

50% WIPO; estimativas da Economist

Intelligence Unit

2007 Quantitativa

Royalties e taxas de licença:Receitas de royalties e taxas de licença (dólares por 100 pessoas)

20% Banco Mundial, IMF 2009 Quantitativa

Categoria 5: ambiente jurídico 10%

Proteção à propriedade intelectual:Abrangência, transparência da legislação de TI; adesão a tratados

35% Economist Intelligence Unit: Classificação em

Ambiente de Negócios; fontes

nacionais

2006-10 Qualitativa: atribuída por analistas da Economist

Intelligence Unit

Proteção dos direitos de PI:Aplicação das leis de proteção da PI por órgãos do governo e tribunais

35% Economist Intelligence Unit;

USTR; fontes nacionais

2010 Qualitativa: atribuída por analistas da Economist

Intelligence Unit

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24 Business software allianCe

INDICaDoR PESoPRINCIPaIS FoNTES

DE DaDoS aNoTIPo DE

avalIação

Categoria 5: ambiente jurídico (continuação) 10%

Assinatura eletrônica:Status da legislação referente à assinatura eletrônica

10% Fontes nacionais 2010 Qualitativa: atribuída por analistas da Economist

Intelligence Unit

Privacidade de dados e spam:Status das leis referentes a privacidade de dados e anti-spam

10% Fontes nacionais 2010 Qualitativa: atribuída por analistas da Economist

Intelligence Unit

Crimes cibernéticos:Status das leis referentes a crimes cibernéticos

10% Fontes nacionais 2010 Qualitativa: atribuída por analistas da Economist

Intelligence Unit

Categoria 6: Suporte ao desenvolvimento do setor de TI 15%

Acesso a capital de investimento:Acesso a recursos de médio prazo para investimento de fontes internas e estrangeiras

20% Economist Intelligence Unit: Classificação em

Ambiente de Negócios

2006-10 Qualitativa: atribuída por analistas da Economist

Intelligence Unit

Estratégia de governo eletrônico:Existência de uma estratégia governamental nacional coerente para alcançar objetivos do governo eletrônico, visando a melhoria da entrega de serviço público e a eficiência das operações de retaguarda

30% UN; Comissão Europeia; analistas

da Economist Intelligence Unit

2010 Qualitativa: atribuída por analistas da Economist

Intelligence Unit

Aquisição de TI pelo setor público:Gastos do governo em hardware, software e serviços de TI (dólares per capita)

15% IDC; estimativas da Economist

Intelligence Unit

2009 Quantitativa

Neutralidade tecnológica do governo:Existência de uma atitude imparcial em termos de política pública para tecnologia ou desenvolvimento do setor (falta de suporte preferencial do governo para tecnologias específicas ou para o setor)

35% Analistas da Economist

Intelligence Unit

2010 Qualitativa: atribuída por analistas da Economist

Intelligence Unit

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25Business software allianCe

PoSIção PaÍS PoNTuação vaRIação

américas

1 Estados Unidos 80.5 +1.6

2 Canadá 67.6 -3.7

3 Chile 43.2 -2.9

4 Brasil 39.5 +2.9

5 México 37.0 +4.9

6 Argentina 36.2 -0.2

7 Colômbia 33.7 +5.3

8 Peru 25.5 -0.6

9 Venezuela 24.5 +0.1

10 Ecuador 23.1 +0.3

Europa ocidental

1 Finlândia 72.0 -1.6

2 Suécia 69.4 -2.1

3 Reino Unido 68.1 -2.1

4 Dinamarca 67.9 -0.7

5 Irlanda 67.5 +0.6

6 Holanda 65.8 -4.9

7 Suíça 65.4 +1.8

8 Noruega 64.3 -2.8

9 Alemanha 64.1 +6.0

10 Áustria 61.4 +4.4

11 França 59.3 +0.1

12 Bélgica 57.7 -1.5

13 Itália 50.7 +2.2

14 Espanha 50.4 +3.1

15 Portugal 47.1 +1.9

16 Grécia 40.7 -2.3

Europa oriental

1 Eslovênia 48.8 +3.5

2 República Tcheca 46.1 -0.9

3 Hungria 45.4 -0.7

4 Estônia 45.0 -10.5

5 Polônia 44.6 +3.9

6 Eslováquia 42.1 +0.7

7 Letônia 41.6 -0.9

apêndice 2: Notas do Índice por Região

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Investimento para o FuturoAnálise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011

26 Business software allianCe

PoSIção PaÍS PoNTuação vaRIação

Europa oriental (continuação)

8 Romênia 40.4 +0.8

9 Croácia 39.0 +0.7

10 Lituânia 38.7 -4.6

11 Bulgária 38.1 +4.5

12 Rússia 35.2 -1.5

13 Ucrânia 28.9 -2.5

14 Cazaquistão 22.8 -3.6

15 Azerbaijão 20.3 -0.9

oriente Médio & África

1 Israel 65.8 +1.5

2 Turquia 38.7 +5.0

3 África do Sul 35.0 -0.3

4 Arábia Saudita 34.1 +0.2

5 Egito 26.3 -0.4

6 Nigéria 21.4 +2.7

7 Argélia 19.5 -0.3

8 Irã 18.8 +1.7

Ásia - Pacífico

1 Singapura 69.8 +1.6

2 Austrália 67.5 -1.1

3 Taiwan 64.4 +1.0

4 Japão 63.4 -1.8

5 Nova Zelândia 61.3 +2.5

6 Hong Kong 60.8 +3.3

7 Coréia do sul 60.8 -1.9

8 Malásia 44.1 +8.5

9 Índia 41.6 +7.5

10 China 39.8 +3.1

11 Tailândia 30.5 -1.3

12 Filipinas 28.4 -0.1

13 Vietnã 27.1 +2.1

14 Sri Lanka 25.0 +1.0

15 Indonésia 24.8 +2.0

16 Paquistão 22.3 +2.4

17 Bangladesh 20.6 -0.5

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Investimento para o FuturoAnálise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011

27Business software allianCe

GERalaMBIENTE DE

NEGÓCIoSINFRaESTRuTuRa

DE TICaPITal

HuMaNo

aMBIENTE DE PESQuISa E

DESENvolvIMENTo aMBIENTE

lEGal

aPoIo PaRa o DESENvolvIMENTo Da INDuSTRIa DE TI

Peso da Categoria 10.0% 20.0% 20.0% 25.0% 10.0% 15.0%

Estados Unidos 80.5 95.3 76.5 74.1 74.3 92.0 87.2

Finlândia 72.0 98.2 71.0 52.1 67.3 89.5 78.6

Singapura 69.8 91.0 65.2 51.8 67.2 81.5 82.3

Suécia 69.4 90.1 83.3 46.4 54.9 85.0 81.6

Reino Unido 68.1 93.2 74.0 57.5 46.7 88.5 80.0

Dinamarca 67.9 95.1 87.2 47.9 42.0 90.5 79.0

Canadá 67.6 88.3 76.9 53.4 47.6 79.5 85.4

Austrália 67.5 92.3 82.4 60.4 32.7 92.5 82.1

Irlanda 67.5 96.0 59.3 54.8 55.9 85.0 83.9

Holanda 65.8 90.1 84.3 43.8 43.8 90.5 74.6

Israel 65.8 81.3 64.4 47.2 71.3 73.0 68.1

Suíça 65.4 88.3 89.9 40.7 41.3 88.5 75.0

Taiwan 64.4 86.5 54.1 53.7 69.9 74.5 61.4

Noruega 64.3 87.4 80.2 46.6 36.8 87.0 82.1

Alemanha 64.1 88.3 70.5 46.0 52.6 90.5 65.1

Japão 63.4 82.9 69.9 50.7 56.9 79.0 58.9

Áustria 61.4 87.4 69.9 42.0 40.7 88.5 74.9

Nova Zelândia 61.3 93.4 67.1 56.0 29.2 80.0 80.7

Hong Kong 60.8 97.3 79.7 46.4 23.0 81.0 80.4

Coréia do Sul 60.8 79.7 62.4 58.7 46.4 78.5 61.0

França 59.3 82.4 65.8 44.1 40.6 87.0 68.3

Bélgica 57.7 89.2 60.1 44.1 34.5 88.5 69.8

Itália 50.7 74.7 50.0 47.0 25.4 80.0 63.2

Espanha 50.4 84.4 44.6 47.1 24.4 76.5 66.1

Eslovênia 48.8 67.8 41.2 45.9 29.1 73.0 66.7

Portugal 47.1 85.6 47.8 43.3 11.3 76.5 65.9

República Tcheca 46.1 77.3 45.8 43.0 20.4 71.0 56.4

Hungria 45.4 79.1 39.0 44.6 23.1 67.5 55.2

Estônia 45.0 88.3 45.9 44.0 4.3 73.0 65.7

Polônia 44.6 76.5 42.8 42.6 18.1 70.0 55.9

apêndice 3: Notas do Índice por Categoria

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Investimento para o FuturoAnálise Comparativa da Competitividade no Setor de TI em 2011

28 Business software allianCe

GERalaMBIENTE DE

NEGÓCIoSINFRaESTRuTuRa

DE TICaPITal

HuMaNo

aMBIENTE DE PESQuISa E

DESENvolvIMENTo aMBIENTE

lEGal

aPoIo PaRa o DESENvolvIMENTo Da INDuSTRIa DE TI

Malásia 44.1 69.6 27.4 29.9 43.9 59.5 58.2

Chile 43.2 94.1 32.3 42.1 1.4 72.5 75.4

Eslováquia 42.1 77.1 36.4 37.5 19.1 69.5 52.6

Letônia 41.6 78.6 28.1 45.4 20.1 62.0 52.5

Índia 41.6 61.8 5.8 52.8 42.9 53.5 51.0

Grécia 40.7 72.7 29.0 47.3 11.3 71.0 54.9

Romênia 40.4 70.4 31.0 32.9 31.8 56.0 46.7

China 39.8 54.5 18.1 60.4 25.6 59.5 42.2

Brasil 39.5 73.6 25.9 33.1 21.2 58.0 61.3

Croácia 39.0 60.8 36.6 36.4 18.2 59.5 52.0

Turquia 38.7 75.9 20.8 38.9 19.4 62.0 54.2

Lituânia 38.7 73.7 34.7 43.5 2.3 67.5 55.5

Bulgária 38.1 64.2 33.2 36.8 21.7 56.0 44.0

México 37.0 72.5 19.5 33.1 16.3 65.5 57.4

Argentina 36.2 53.9 28.7 38.3 16.8 67.5 43.3

Rússia 35.2 48.4 32.0 52.4 15.4 50.0 31.1

África do Sul 35.0 57.5 17.5 32.1 18.4 64.5 55.2

Arábia Saudita 34.1 70.0 29.1 32.9 5.6 55.0 51.9

Colômbia 33.7 68.5 17.8 25.8 15.1 62.0 54.3

Tailândia 30.5 78.8 16.1 34.0 0.3 43.5 54.2

Ucrânia 28.9 40.3 22.2 37.0 10.8 51.5 34.5

Filipinas 28.4 67.8 9.6 34.9 0.0 50.5 51.0

Vietnã 27.1 60.8 23.5 23.5 0.2 50.0 43.5

Egito 26.3 66.5 10.9 29.9 0.6 42.0 47.9

Peru 25.5 61.5 13.2 21.9 0.2 52.0 47.0

Sri Lanka 25.0 64.5 8.6 20.9 0.1 53.5 48.0

Indonésia 24.8 52.7 7.2 30.1 0.1 48.0 48.0

Venezuela 24.5 46.6 18.0 36.8 0.5 37.0 33.9

Ecuador 23.1 49.9 12.9 22.8 0.3 53.0 37.0

Cazaquistão 22.8 47.3 16.6 23.4 0.7 42.0 38.0

Paquistão 22.3 58.4 2.9 22.8 0.4 41.5 47.5

Nigéria 21.4 42.1 4.4 23.3 3.3 36.5 48.1

Bangladesh 20.6 47.1 0.9 20.1 0.0 40.0 51.0

Azerbaijão 20.3 40.3 9.9 16.8 1.0 50.0 38.0

Argélia 19.5 49.0 8.6 20.2 0.2 35.0 34.9

Irã 18.8 32.9 12.4 23.0 7.6 34.0 20.9

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