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ANO IV | No 13 | ABRIL DE 2009 | 1
Investimentos emTecnologias de Gestão1
OO ambiente competitivo e de contínua transformação,
somado à necessidade de realizar o trabalho com me-
nos recursos, tem levado as orga-
nizações a compreende-
rem que a alavanca-
gem do capital hu-
mano (habilida-
de, talento e co-
nhecimento), ca-
pital da informação
(sistema de infor-
mações e sua in-
fraestrutura), e
capital organizacio-
nal (estrutura tecno-
lógica, método, know-how,
marca, cultura e liderança)
são fatores fundamentais
para o alcance do êxito, sendo fonte geradora de cres-
cimento sustentável de longo prazo, com reflexo nos
resultados, no cumprimento da missão e alcance da
visão de futuro.
Sob esta perspectiva, o CTEx, alinhado com os ob-
jetivos de melhoria de gestão no Exército, tem investi-
do na implantação de metodologias de engenharia de
sistemas2 e gerenciamento de projetos de pesquisa e
desenvolvimento (P&D). Em 2007, foi realizado um cur-
so de treinamento na Gestão de Projetos de P&D para
todos os engenheiros e pesquisadores do CTEx, tendo
como base as práticas dissemina-
das pelas melhores orga-
nizações mundiais
no setor.3 Cabe sa-
lientar que a me-
todologia para
a elaboração de
projeto de P&D é
apenas uma par-
te dessas inicia-
tivas de inovação
e melhoria. Con-
forme mostra o de-
senho da Figura 1, os co-
nhecimentos de engenha-
ria de sistemas e gerên-
cia de projetos são aplicados no ciclo de vida como um
todo, ou seja, na concepção, desenvolvimento, avalia-
ção, produção, distribuição, emprego e evolução ou
descarte do produto.
Ademais, nos últimos dois anos, cerca de 40 enge-
nheiros foram treinados em engenharia de requisitos
Maj QEM Bruno Morato Arnaut
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Continua na página 2
Figura 1 – Impacto da engenharia de sistemas e do gerenciamento
de projetos no ciclo de vida do material
Recebimento do protótipo
da VLEGA Gaúcho
Página 14
Comandante do Exército
visita o CTEx
Página 4
Primeiro protótipo
do Módulo de Telemática
Operacional
Página 13
Despedida do Chefe do DCT
Página 5
CTEx NOTÍCIAS | 2C T E XC T E X
e engenharia de sistemas, por empresa de renome in-
ternacional do setor de defesa. Como consequência da
capacitação do pessoal, alguns projetos de P&D come-
çaram a incorporar as práticas inovadoras, destacan-
do-se os seguintes projetos: Reparo para Metralhado-
ra Automatizado REMAX; Míssil de Defesa Antiaérea;
Simulador SHEFE, para treinamento de piloto de heli-
cóptero; e Monóculo de Imagem Térmica.
Ano passado, após intensivos diálogos com as
equipes dos projetos de P&D (gerentes, especialistas
e representantes de empresas do setor de defesa) e
avaliação das práticas implementadas, chegou-se a
uma primeira versão de Norma para Elaboração de
Projeto de P&D de Materiais de Emprego Militar (MEM).
O Projeto de P&D é um documento que define o
escopo (resultante das diretrizes e prescrições das
condicionantes doutrinárias e operacionais; dos re-
quisitos operacionais e técnicos; e das necessidades
e expectativas identificadas na interação com os
usuários), a arquitetura física, a arquitetura funcio-
nal, a estrutura analítica do projeto, o orçamento e o
cronograma físico-financeiro do MEM que se quer ob-
ter. É elaborado com um nível de detalhamento ne-
cessário e suficiente para permitir a pesquisa e desen-
volvimento do material nas abordagens habituais ado-
tadas no CTEx – P&D realizada na OM por seus enge-
nheiros militares e civis; P&D realizada pelo CTEx em
parceria com organização do setor público ou do setor
privado, mediante convênio e/ou contrato; P&D inte-
gralmente contratada a organização do setor público
ou do setor privado.
Dando prosseguimento à melhoria na capacita-
ção de recursos humanos, na semana de 15 a 19 de
dezembro de 2008, o CTEx realizou um estágio de
treinamento na concepção de sistemas e materiais
de emprego militar. Esse treinamento foi ministra-
do pelo Sr Robert John Halligan, diretor da Project
Performance International (PPI), empresa austra-
liana com larga experiência em consultoria na área
de Engenharia de Sistemas. No Brasil, o Sr Robert
Halligan já ministrou seus cursos para a EMBRAER,
INPE e FAB.
O estágio foi coordenado pelo CTEx e, além da
participação de alguns dentre seus integrantes, con-
tou com militares das seguintes Organizações Militares:
— Estado-Maior do Exército (EME);
— Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT);
— Escola de Comando e Estado-Maior do Exérci-
to (ECEME);
— Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO);
— Instituto Militar de Engenharia (IME);
— Diretoria de Fabricação (DF); e
— Centro de Avaliações do Exército (CAEx).
Os métodos e ferramentas de engenharia de sis-
temas apresentados no estágio permitem, por meio de
uma estruturação lógica, descrever o conceito ope-
racional de um sistema ou material de emprego militar
a ser desenvolvido e como chegar a uma solução que
leve ao resultado militar desejado. A Figura 2 apresen-
ta um desenho esquemático de uma solução para um
problema militar de defesa antiaérea de baixa altura,
destacando os elementos componentes da metodologia
apresentada no treinamento.
Configura-se dessa forma uma moderna concep-
ção do Sistema de Defesa Antiaérea de Baixa Altura.
A arquitetura é descrita no Projeto Conceitual, cuja
concepção ocorre a partir da análise dos requisitos e
das informações contidas na Descrição do Conceito
Operacional. O Conceito das Operações descreve as
características gerais dos elementos da arquitetura
Investimentos emTecnologias de Gestão1
Continuação da página 1
Treinamento em concepção de Sistemas e de
Materiais de Emprego Militar
ANO IV | No 13 | ABRIL DE 2009 | 3
Conceito
Descrição do sistema ou material de emprego militar sob a perspectiva do usuário, destacando
como e em que condições ele será empregado.
Características ou atributos de cada elemento do sistema (produto ou serviço).
Confirmação, mediante o estabelecimento de objetiva evidência, do atendimento aos requisitos.
Descrição das características básicas de cada material de emprego militar e como eles
se correlacionam para alcançar o resultado militar desejado.
Descrição do conceito/arquitetura da solução que satisfaça aos requisitos definidos para
o sistema.
Descrição da solução que satisfaça aos requisitos do sistema e que tenha um nível de
detalhamento suficiente para permitir seu desenvolvimento ou sua aquisição.
No Termo
1 Descrição do Conceito
Operacional (DCOp)
2 Requisitos (Req)
3 Verificação de Requisitos (V Req)
4 Conceito das Operações
5 Projeto Conceitual
6 Projeto Detalhado
que estão diretamente relacionados com os usuários
do sistema. Após o refinamento desses documentos,
são elaboradas as condicionantes para cada elemen-
to do sistema. Por fim, o Projeto Detalhado descreve a
solução com nível de detalhe suficiente para a aquisi-
ção ou desenvolvimento do sistema, sendo também
definidos os requisitos de cada subsistema. A Verifi-
cação de Requisitos é o documento que contém indi-
cadores de qualidade que evidenciam que cada re-
quisito definido para o sistema e seus subsistemas está
sendo satisfeito.
Pode-se asseverar que as metodologias e ferra-
mentas apresentadas no estágio de treinamento co-
1 Tecnologias de Gestão são um conjunto de métodos, técnicas e ferramentas, que visam ao aprimoramento de competências gerenciais, à
melhoria de processos e à otimização dos resultados organizacionais.
2 Engenharia de sistemas é uma área da ciência que conjuga os conhecimentos técnicos e gerenciais, com o objetivo de contribuir com a
solução de problemas de engenharia, auxiliando a transformar uma necessidade operacional na descrição de um sistema (produtos, processos
e/ou serviços) definido e configurado em um ciclo de vida, que satisfaça os requisitos definidos pelo cliente.
3 Os institutos com maior reconhecimento mundial são o Project Management Institute (PMI) e o International Council on Systems Engineering (INCOSE).
ordenado pelo CTEx constituem-se em valioso subsídio
para a melhoria da qualidade dos processos de iden-
tificação das necessidades; formulação conceitual,
doutrinária e operacional; elaboração dos elementos
essenciais para a decisão; e elaboração do projeto de
P&D de MEM.
Em síntese, a constante busca do aprimoramento
baseado em Tecnologias de Gestão tem ocasionado a
ampliação de competências gerenciais e a otimização
dos resultados da pesquisa, desenvolvimento e obten-
ção de materiais de emprego militar de interesse do Exér-
cito, com reflexos positivos para a autonomia tecnológica
e fortalecimento da operacionalidade da Força Terrestre.
Figura 2 – Exemplo de uma solução para um problema militar
Tabela 1 – Legenda da Figura 2
CTEx NOTÍCIAS | 4C T E XC T E X
Comandante do Exércitovisita o CTEx
Em 10 de março de 2009, o Centro Tecnológico do Exér-
cito recebeu a visita do Comandante do Exército, Gen
Ex Enzo Martins Peri, acompanhado do Chefe do De-
partamento de Ciência e Tecnologia, Gen Ex Luiz Carlos
Gomes Mattos, e do Diretor de Fabricação, Gen Bda
João Edison Minnicelli.
O evento permitiu ao CTEx apresentar ao Coman-
dante da Força Terrestre os principais projetos e linhas
de pesquisa realizados e/ou em curso neste Centro
Tecnológico. A programação geral da visita constou das
seguintes atividades:
— recepção ao Comandante do Exército no cor-
po da guarda e no gabinete do Chefe do CTEx;
— apresentação de oficiais e de servidores civis de
nível superior;
— exposição de materiais de emprego militar de-
senvolvidos pelo CTEx em prol da operacionalidade
da Força Terrestre, com ênfase nos projetos do Mís-
sil Solo-Solo 1.2 Anticarro (MSS 1.2 AC), na Arma
Leve Anticarro (ALAC) e nas Viaturas Leves de Em-
prego Geral Aerotransportadas Chivunk e Gaúcho;
— explanação sobre o desenvolvimento de Veículos
Aéreos Não Tripulados;
— demonstração do Simulador de Tiro de Pistola;
— apresentação das instalações da Divisão de Tecno-
logia da Informação, com foco nos projetos Radar
SABER M60, Sistema de Comando e Controle e
Guerra Eletrônica; e
— exposição do Projeto Carbono.
Cap QEM Bruno Vinicius da Fonseca Lima Amorim
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Registro oficial da visita do Comandante do Exército ao CTEx
Desenvolvimento de Veículos Aéreos Não Tripulados Demonstração do Simulador de Tiro de Pistola
ANO IV | No 13 | ABRIL DE 2009 | 5
Em 19 de março de 2009, o CTEx apresentou as despe-
didas ao Gen Ex Luis Carlos Gomes Mattos, Chefe do
Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), por oca-
Despedida do Chefe do DCT
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
sião de seu afastamento da área de Ciência e Tecnologia
e subsequente nomeação para o cargo de Comandante
Militar da Amazônia.
A programação geral do evento contou com as seguin-
tes atividades: recepção no corpo da guarda; formatura
geral; apresentação de oficiais e servidores civis;e almoço.
Apresentação de oficiais e servidores civis ao Chefe do DCT Desfile da tropa
Projeto CarbonoSistema de Comando e Controle
Viatura Leve de Emprego Geral Aerotransportada Gaúcho Família de Morteiros 60, 81 e 120 mm e respectivas munições
Cap QEM Bruno Vinicius da Fonseca Lima Amorim
Palavras de despedida dirigidas ao Chefe do DCT
por ocasião de formatura militar
Entrega de lembrança institucional ao Chefe do DCT
por ocasião de sua despedida
CTEx NOTÍCIAS | 6C T E XC T E X
Em 2 de fevereiro de 2009, engenheiros do CTEx parti-
ciparam de uma reunião de trabalho no IME, organiza-
da pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pes-
Parceria entre o CTEx e a FAPERJ
Maj QEM Paulo Roberto Rocha Aguiar
[email protected]○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
quisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), cujo objetivo
era fomentar trabalhos de pesquisa e desenvolvimento
na área de Segurança Pública.
Participaram da reunião o Diretor de Tecnologia
da FAPERJ, Sr Rex Nazaré Alves, com respectivo corpo
técnico, autoridades da Secretaria de Estado de Segu-
rança do Rio de Janeiro (SESEG), representantes do CTEx,
do IME, do CAEx e de empresas com projetos na área
de segurança.
No evento, o CTEx apresentou os seguintes proje-
tos, de aplicação dual, com potencial emprego na área
de segurança pública: simulador de tiro de pistola e si-
mulador de tiro de fuzil, com repercussão relevante na
redução do custo de adestramento de policiais milita-
res e civis; veículos aéreos não tripulados – VANT VT
15 e miniVANT; radares de vigilância aérea M60 e
M120, além das viaturas blindadas VEsPa 01 e VEsPa 02.Viatura Especial de Patrulhamento desenvolvida pelo CTEx
para o Governo do Estado do Rio de Janeiro
O Centro Tecnológico do Exército mantém em suas instala-
ções uma mostra permanente de viaturas militares, mís-
seis e foguetes desenvolvidos ao longo de sua história. Tal
acervo encontra-se instalado ns imediações do corpo da
guarda da OM e na Praça de Protótipos, próxima ao Pavi-
lhão de Comando.
No início do corrente ano, foi encerrado o minu-
cioso trabalho de restauração dos protótipos, havendo
Restauração do orgulhoso acervohistórico do CTEx
sido recuperado todo o acervo. A equipe engajada no
trabalho foi composta por militares da Seção de Viatu-
ras e Blindados de Veículos Militares, da Seção de Apoio
Mecânico e da Divisão de Defesa Química, Biológica
e Nuclear.
Os excelentes resultados alcançados refletem a dedi-
cação e o espírito de cumprimento de missão dos militares
envolvidos, permitindo que esta parte do orgulhoso acervo
histórico do CTEx e da Engenharia Militar brasileira seja pre-
servada como mostra dos relevantes projetos desenvolvidos
no passado em prol da operacionalidade da Força Terrestre.
TC MB Jorge Góes da Silva
[email protected]○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Viatura Cascavel Foguete X-40
ANO IV | No 13 | ABRIL DE 2009 | 7
Parceria entre o CTEx e a Petrobras
Cap QEM Alexandre Taschetto de Castro
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Em 7 de abril de 2009, o CTEx recebeu uma comitiva da
Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocom-
bustíveis (ANP), com o objetivo de conhecer os projetos
executados em parceria com a Petrobras na área de ma-
teriais de carbono.
A programação do evento incluiu as seguintes ativida-
des: palestra institucional do CTEx; palestra sobre o projeto
de desenvolvimento de materiais especiais de carbono; pa-
lestra sobre o projeto de ampliação da infraestrutura do
Núcleo de Competência para o Desenvolvimento de Tecno-
logia de Carbono (NCDTC); e visita às instalações do NCDTC.
Durante as palestras, foram apresentados os prin-
cipais resultados obtidos no desenvolvimento de tecnolo-
gias de produção de piches de petróleo, fibras de carbono
ANP acompanha projetos do CTEx naárea de Tecnologia do Carbono
Cap QEM Alexandre Taschetto de Castro
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
nologia para Processos de Gás Natural, e pela engenheira
Valeska da Rocha Caffarena, com o objetivo de identificar
novos projetos de interesse mútuo.
A programação do evento incluiu uma breve apre-
sentação dos projetos em desenvolvimento e uma visita
às instalações do Núcleo de Competência para o Desen-
volvimento de Tecnologia de Carbono (NCDTC). O NCDTC
foi criado, no CTEx, em 2006, com apoio da Petrobras, e
se encontra em fase final de ampliação, sendo composto
por aproximadamente 8.600m2 de instalações destinadas
à pesquisa e ao desenvolvimento de materiais de carbono.
O Centro Tecnológico do Exército e a Petrobras coope-
ram na pesquisa de materiais de carbono desde 2003,
desenvolvendo projetos de produção de piches, fibras
de carbono e nanomateriais de carbono a partir de re-
síduos pesados de petróleo.
Em 5 de março de 2009, o CTEx recebeu a visita de
uma equipe da área de Gás e Energia da Petrobras, inte-
grada pela Sra Lídia Barreto da Silva, Gerente de Tec-
Recepção ao corpo técnico da Petrobras
e nanomateriais de carbono, que incluem dois pedidos de
patente depositados no INPI. Foram apresentadas também
as novas instalações do NCDTC, cuja ampliação encontra-se
em fase de conclusão.
A atividade foi acompanhada pelo Gen Moniz de Aragão,
Superintendente da FAPEB, e pelos Srs. Wladimir Ferraz de Sou-
za e Paulo Márcio Cordeiro, ambos do CENPES/PETROBRAS.
Núcleo de Desenvolvimento de Tecnologia de Carbono
Recepção à comitiva da ANP
CTEx NOTÍCIAS | 8C T E XC T E X
No período de 22 a 26 de fevereiro de 2009, uma comi-
tiva composta por seis engenheiros militares do CTEx
participou da 9th Interna-
tional Defence Exhibition
& Conference (IDEX 2009),
em Abu Dhabi, nos Emirados
Árabes Unidos.
A IDEX é uma das três
maiores exposições mun-
diais de sistemas, equipa-
mentos e serviços para de-
fesa. A IDEX 2009 foi a 9a
edição da exposição e abri-
gou uma expressiva parcela do material com tecnologia
de última geração existente no mercado mundial, voltado
para a arte da guerra.
Nesta edição da IDEX estiveram presentes delega-
ções oficiais de 66 países e 866 empresas, locais e inter-
nacionais, dispostas em 33 pavilhões de países produ-
tores. Do Brasil, estiveram presentes as empresas CBC,
Taurus, Condor e Ares, além de uma representação da As-
sociação Brasileira da Indústria de Materiais de Defesa
Participação do CTEx na IDEX 2009
Cap QEM Luiz Eduardo Mello Corrêa da Silva
[email protected]○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
e Segurança (ABIMDE). Integraram a comitiva do CTEx na
IDEX 2009 os seguintes oficiais: Gen Ribeiro Souto, TC
QEM Castelo, Maj QEM Coelho, Maj QEM Moutinho, Cap
QEM Luiz e Cap QEM Roseira Júnior. O objetivo da equi-
pe foi a busca de conhecimento relativo às seguintes
áreas de concentração: via-
turas blindadas, mísseis de
defesa antiaérea, radares,
armas anticarro, munições
intensivas em tecnologia e
simulação e modelagem.
A visita à IDEX 2009
foi uma excelente oportuni-
dade para a aquisição de
subsídios técnicos que au-
xiliem o desenvolvimento
dos trabalhos dos projetos de P&D de materiais de em-
prego militar de interesse do Exército, com ênfase para
os seguintes aspectos:
— o contato com modernos equipamentos, conceitos
e tecnologias empregados em materiais bélicos;
— o aprimoramento das atividades para a pesqui-
sa e o desenvolvimento em curso e planejadas; e
— o levantamento e a identificação dos principais
materiais, bem como os respectivos fornecedores.
Em 18 de fevereiro de 2009, o CTEx entregou ao Centro
de Avaliações do Exército o protótipo do Morteiro Mé-
dio Antecarga 81 mm, para início
da Avaliação Técnica e Operacional.
O referido morteiro possui pe-
so reduzido, característica que pos-
sibilita o transporte a braço ou em
mochilas em qualquer terreno. Adi-
cionalmente, possui grande alcan-
ce, alta precisão e a possibilida-
de de manutenção de elevadas
cadências de tiro, com versatilida-
Avaliação do Morteiro 81 mm
Cel QEM Antonio Carlos Miranda Pires
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
de para atirar com qualquer munição 81 mm padrão
OTAN. O Morteiro 81 mm é resultado de projeto de
Material de Emprego Militar do Grupo de Armamento
e Munição do CTEx, que contou com a colaboração do
Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro e o engajamento
de empresas civis nacionais, em
sua fabricação.
A aprovação do protótipo na
Avaliação Técnica e Operacional
no corrente ano e a consequente
fabricação e aprovação de um
lote-piloto no biênio 2010/2011
são metas colimadas com a fina-
lidade de colocar este MEM à dis-
posição do Exército para adoção.
Protótipo do Mrt Me Acg 81 mm, acessórios e
ferramentas, remetidos ao CAEx
para Avaliação Técnica e Operacional
Representação do CTEx na IDEX 2009
ANO IV | No 13 | ABRIL DE 2009 | 9
Nos dias 2 e 3 de março de 2009, uma comitiva de en-
genheiros militares do CTEx participou de reunião de tra-
balho na Eurocopter, em Mariagne (Marselha, França).
Compuseram a equipe os seguintes oficiais: Gen Ribeiro
Souto, TC QEM Castelo, Maj QEM Moutinho e Cap QEM
Roseira Júnior.
O propósito da reunião de trabalho foi dar continui-
dade às atividades de assessoramento técnico que
estão sendo prestadas por engenheiros militares deste
Centro Tecnológico à Diretoria de Material de Aviação
do Exército, ao Comando de Aviação do Exército e, em
particular, ao gerente adjunto do Exército na gerência
permanente do projeto H-XBR.
Inicialmente, a comitiva assistiu uma apresentação
institucional, proferida pelo vice-presidente da Eurocopter
para o programa EC-225/Super Puma, Sr Bernard Fu-
jarski. Nessa ocasião, estiveram presentes também os
seguintes integrantes da Helibrás: Sr Jean Hardy, presi-
dente, Srs Julien Negrel e Marc Chaffanet, diretores, e
Sr Sérgio Roxo, gerente comercial.
Além de conhecer as linhas de fabricação dos heli-
cópteros Esquilo, Pantera, Super Puma e Tigre, e da uti-
lização de fibra carbono na produção de helicópteros,
a equipe do CTEx participou de reuniões técnicas a fim
de discutir em detalhes as necessidades específicas
do Exército, no que concerne à transferência de tecno-
logia associada ao processo de aquisição das aerona-
ves EC-725. Dessa forma, pôde-se levantar dados téc-
nicos, processos e procedimentos para que o CTEx pos-
sa oferecer subsídios para a celebração de contratos
de compensação envolvendo a transferência de tec-
nologias de interesse do Exército nas áreas de Simula-
ção para Helicópteros, Míssil Ar-Superfície e Sistema
de Visão Termal.
Dando prosseguimento às atividades de assesso-
ramento técnico concernentes ao projeto H-XBR, em
9 de abril de 2009, o CTEx recebeu em suas instalações
para reunião de trabalho representantes da Eurocopter,
da Helibrás e da Mectron, com o objetivo de aprofun-
damento dos temas tratados previamente na reunião
ocorrida no início de março do corrente ano, na França.
Reunião de trabalho com a Eurocopter
Cap QEM Antônio Pereira Roseira Júnior
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Comitiva da Eurocopter em reunião no CTEx
Comitiva do CTEx em reunião na Eurocopter
Planta de fabricação do EC - 725
CTEx NOTÍCIAS | 10C T E XC T E X
Em 11 de março de 2009, o Centro Tecnológico do
Exército recebeu a visita de uma comitiva da Associa-
ção dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil
(ADVB), composta por 26 integrantes. A ADVB é uma
entidade que reúne empresários de vários ramos de
atividades, sendo considerada uma das mais tradi-
cionais e importantes referências comerciais do país.
CTEx recebe empresários da ADVB
Maj Art Ezídio Côrrea da Silva Filho
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Recepção à comitiva do ADVB
Míssil Solo-Solo 1.2 AC
Laboratório de Análises Químicas
O Chefe do CTEx recepcionou a comitiva da ADVB
e, em palestra institucional, apresentou aos empresá-
rios os principais projetos e linhas de pesquisa realizados
e/ou em curso no CTEx.
Em seguida, a comitiva conheceu o Salão de Ex-
posições de Materiais de Emprego Militar do CTEx,
no qual teve a oportunidade de interagir com o corpo
técnico do CTEx e em especial com os gerentes dos
seguintes projetos e linhas de pesquisa: Simulador
de Tiro de Pistola, Arma Leve Anticarro (ALAC), Veículo
Aéreo Não Tripulado (VANT), Sistema de Arma Míssil
Superfície-Superfície 1.2 Anticarro (MSS 1.2 AC), Ma-
teriais de Blindagem e Explosivos, Equipamentos de
Visão Noturna (Visão Termal), Propelentes e Pirotécni-
cos e Fontes Eletroquímicas. Foram ainda apresenta-
dos em área externa as viaturas Chivunk e Gaúcho e
a família de morteiros 60, 81 e 120 mm, com suas res-
pectivas munições.
A jornada de atividades incluiu uma visita à Divi-
são da Tecnologia da Informação, na qual a comitiva
da ADVB recebeu informações técnicas, gerenciais e
operacionais dos projetos: Radar SABER M60, Sistema
de Comando e Controle e Guerra Eletrônica.
Subsequentemente, os visitantes compareceram
à Divisão de Defesa Química, Biológica e Nuclear, na
qual puderam conhecer as instalações do Laboratório
de Análises Químicas. Houve, ainda, a oportunidade
de o grupo de empresários tomar ciência dos avanços
e perspectivas futuras da tecnologia de Materiais de
Carbono, em cujo desenvolvimento o Centro Tecno-
lógico do Exército ocupa posição de proeminência.
Arma Leve Anticarro
ANO IV | No 13 | ABRIL DE 2009 | 11
Avaliação de conformidadesde fogos de artifício
A Avaliação da Conformidade é um poderoso instrumen-
to para o desenvolvimento industrial e para a proteção
do consumidor. Entre os benefícios que gera para todos
os segmentos da sociedade, podem-se destacar: o estí-
mulo à concorrência justa e à melhoria contínua da qua-
lidade, o incremento das exportações e o fortalecimento
do mercado interno.
A otimização dos processos relacionados com fo-
gos de artifício, que é um produto controlado pelo Exérci-
to, deve ser inserida no âmbito das metas de Avaliação
de Conformidades.
Com o objetivo de de-
bater e propor novos proce-
dimentos para a fiscaliza-
ção, controle, avaliação e
regulamentação relativas a
fogos de artifício, em 12 de
março de 2009, o Chefe do
CTEx recebeu o Diretor da
DFPC, Gen Div João Carlos
Pedroza Rêgo, e o Chefe do
Cap QEM Bruno Vinicius da Fonseca Lima Amorim
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Chefe do CTEx recepciona Diretor da DFPC
CAEx, Gen Bda Amir Elias Abdalla Kurban, com suas res-
pectivas comitivas, para a realização de uma reunião
de trabalho.
O encontro entre a DFPC, CTEx e CAEx permitiu a
apreciação dos termos do Acordo de Cooperação a ser
assinado entre o Comando do Exército e o Instituto Nacio-
nal de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
(INMETRO), no bojo do desenvolvimento e implementa-
ção do Programa Brasileiro de Avaliação da Conformidade
para “fogos de artifício”.
Foram tratados na reunião, ainda, assuntos refe-
rentes à acreditação de laboratórios civis para testes em
fogos de artifício e elaboração do Regulamento de Avalia-
ção de Conformidade (RAC)
pelo INMETRO.
A participação do CTEx
é de fundamental importân-
cia, pois este Centro valida-
rá todos os procedimentos
laboratoriais a serem utili-
zados na realização de en-
saios de fogos de artifício e
prestará assessoria ao INME-
TRO na elaboração do RAC.
Em 26 de março de 2009, 30 oficiais alunos da EsACosAAe1,
acompanhados de 4 oficiais instrutores, compareceram ao
CTEx para atendimento de Pedido de Cooperação de Ins-
trução (PCI) programado para o corrente ano. Essa atividade
teve o objetivo de apresentar os principais projetos e linhas
de pesquisa desenvolvidos por engenheiros militares nos
âmbitos da Divisão de Tecnologia da Informação e do Gru-
po de Optrônicos e Sensores. O PCI incluiu palestras profe-
Cooperação de instruçãocom a EsACosAAe
1o Ten OTT José Clemente Schwartz Filho
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
ridas pelo corpo técnico de engenheiros militares, atinentes
aos aspectos técnicos e operacionais dos seguintes Mate-
riais de Emprego Militar em desenvolvimento no CTEx: Ra-
dares SABER M60 e M200, Sistemas de Ensino de Guerra
Eletrônica e Sistema de Comando e Controle em Combate.
Após o ciclo de palestras, ocorreram demonstra-
ções de emprego dos materiais que foram objeto das pa-
lestras e cujos protótipos foram recentemente concluídos
e colocam o Exército na vanguarda, em seu desenvolvi-
mento, no Hemisfério Sul.
Os oficiais alunos da EsACosAAe completaram a jor-
nada de instrução conhecendo o Laboratório de Optrônicos
e Sensores e o Laboratório de Medidas Eletromagnéticas.1 EsACosAAe – Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea.
CTEx NOTÍCIAS | 12C T E XC T E X
Chefe do DEC conhece projetos do CTExna área de Simulação
Cap QEM Bruno Vinicius da Fonseca Lima Amorim
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Em 17 de março de 2009, o CTEx recebeu em suas ins-
talações o Chefe do Departamento de Engenharia e
Construção (DEC), Gen Ex Ítalo Fortes Avena, com res-
pectiva comitiva. A atividade permitiu à Chefia do CTEx
apresentar ao Chefe do DEC os principais projetos e
linhas de pesquisa realizados e/ou em curso neste
Centro Tecnológico, com ênfase na área de Simulação.
A programação geral do evento contou com as
seguintes atividades:
— apresentação de palestra institucional;
Em 18 de março de 2009, o CTEx recebeu uma comi-
tiva da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN),
composta por cinco oficiais professores do curso de
química, para a realização de uma jornada de tra-
balho. O objetivo do evento foi a apresentação das
atividades na área de Química Militar desenvolvidas
por este Centro.
A comitiva teve oportunidade de conhecer, no âm-
bito da Divisão Bélica, o Laboratório de Química Militar,
cujas atividades envolvem a pesquisa e o desenvolvi-
mento de propelentes, explosivos, pirotécnicos e fon-
tes eletroquímicas para mísseis.
A equipe de professores da AMAN conheceu ain-
da as instalações da Divisão de Defesa Química, Bioló-
Interação entre o CTEx e a AMAN
Cap QEM Bruno Vinicius da Fonseca Lima Amorim
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gica e Nuclear, particularmente o Laboratório de Irradia-
ção de Alimentos e o Laboratório de Análises Químicas.
Essa interação permitiu que a equipe de profes-
sores de química da AMAN tomasse conhecimento do
espectro de atuação do CTEx na área de Química Mili-
tar e colhesse subsídios para elaboração de possíveis
atividades em conjunto, sob a perspectiva do apri-
moramento do Ensino de Química no âmbito da AMAN.
— apresentação do projeto do Simulador para Heli-
cópteros Esquilo e Fennec (Simulador SHEFE); e
— demonstração do Simulador de Tiro de Pistola.
Na ocasião, foi apresentada ao Gen Avena uma pro-
posta para o projeto de pesquisa e desenvolvimento de
simulador de equipamentos de engenharia. O Chefe do
DEC ressaltou a importância do uso de ferramentas de
simulação para o treinamento e planejamento das ativi-
dades de engenharia de construção.
Um resultado concreto de grande importância foi a
determinação da realização de um estudo preliminar
por oficiais do CTEx e do DEC, objetivando o detalha-
mento e a análise da viabilidade do projeto proposto.
Recepção à comitiva de oficiais professores da AMAN
Apresentação do Simulador SHEFE Chefe do DEC testa Simulador de Tiro de Pistola
ANO IV | No 13 | ABRIL DE 2009 | 13
Em 23 de março de 2009, o Grupo de Comando e Con-
trole (GC2) do CTEx obteve com êxito o primeiro protó-
tipo do Módulo de Telemática Operacional (MTO). O MTO
é composto por um shelter embarcado em uma Viatura
de Comando e Controle (VCC) de alta mobilidade. Os
equipamentos de comunicações e
computação são acondicionados
em módulos robustecidos no interior
do shelter, agregando ainda diver-
sos recursos para o fornecimento de
energia elétrica.
O MTO permite a comunica-
ção de dados, voz e imagens no cam-
po de batalha. Foi construído de
modo a ser operado completamen-
te embarcado, parcialmente embar-
cado ou desembarcado da VCC, es-
pecialmente desenvolvida para pro-
porcionar flexibilidade e robustez às
operações militares.
O sistema desenvolvido para
o MTO possibilita dotar as comunicações militares via
rádio de pleno acesso à rede pública de telefonia fixa
ou celular, transmitir vídeos a dezenas de quilômetros,
disponibilizar internet até 100km de distância da base
de operações, utilizar tecnologia VoIP e integrar-se a
Primeiro protótipo do Módulo deTelemática Operacional
1o Ten QEM Felipe Lessa da Costa
qualquer cenário remoto através de sistemas de comu-
nicação via satélite. Admite que redes sem fio distan-
tes entre si de 16km possam fornecer taxas de trans-
missão de até 54Mbps, possuindo ainda rotas de co-
municações redundantes e seleção automática da rota
mais eficiente.
A VCC, cuja concepção, detalhamento técnico e
especificação foram realizados pelo CTEx, utilizou como
plataforma base uma viatura da
Agrale e contou com a participação
da empresa RF COM, de São José dos
Campos, na fabricação do shelter
e execução de sua integração à via-
tura. A engenharia do sistema foi
integralmente desenvolvida pelo
GC2 do CTEx.
Está previsto o desenvolvi-
mento de mais oito VCCs semelhan-
tes a este primeiro protótipo de
MTO, conjunto este que foi conce-
bido para dotar uma brigada intei-
ra, aí incluídas mochilas militariza-
das para os postos de companhia.
O MTO desenvolvido pelo CTEx
representa um salto evolutivo nos sistemas de coman-
do e controle em uso na atualidade, e seu futuro em-
prego em operações militares trará a flexibilidade e a
robustez necessárias aos cenários atuais de comuni-
cações no campo de batalha.
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Viatura de Comando e Controle (VCC) Interior da VCC
Equipamentos de comunicações que
são embarcados na VCC
CTEx NOTÍCIAS | 14C T E XC T E X
Recebimento do protótipoda VLEGA Gaúcho
pensão e a integração do trem de força e do sistema de
transmissão enviados pelo EB, ocorreu em Buenos Aires.
A terceira etapa que englobou a montagem de siste-
mas como: elétrico, arrefecimento, alimentação de com-
bustível, admissão de ar, escapamento, acessórios e aca-
bamentos, além da colocação em funcionamento do pro-
tótipo, teve lugar no Rio de Janeiro, no CTEx e no AGR. Ao
final dessa etapa, a viatura foi
apresentada ao Comando do
Exército Brasileiro em Brasí-
lia e, subsequentemente, ao
Comando do Exército Argen-
tino, em Buenos Aires. A quar-
ta etapa foi a agregação de
melhorias e aperfeiçoamentos
em Buenos Aires.
Está sendo iniciada a
última etapa do desenvol-
vimento do protótipo, a qual
consiste na avaliação pelo CAEx, com o acompanhamento
do CTEx. O primeiro projeto de Pesquisa e Desenvolvimento
de Material de Emprego Militar de exércitos sul-america-
nos encontra-se em um estágio avançado e atingindo uma
relevante meta estabelecida pelos respectivos Comandos.
Cap QEM Marcio dos Santos Gomes
[email protected]○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Em 31 de março de 2009, o CTEx recebeu em suas ins-
talações uma comitiva do Sistema de Proteção ao Pro-
grama Nuclear Brasileiro (SIPRON), subordinado ao Mi-
nistério de Ciência e Tecnologia. A comitiva, composta
pelo Cel Saul Zardo Filho e pelo TC Marco Antônio Ra-
mos, tinha como objetivos visitar as instalações nuclea-
res do CTEx e discutir possíveis destaques orçamentários
para a segurança das instalações nucleares.
O CTEx é um dos órgãos federais integrantes do
SIPRON por possuir atribuições relacionadas com o Pro-
grama Nuclear Brasileiro, destacando-se as linhas de pes-
quisa conduzidas na área nuclear e a execução de trei-
Proteção de instalações radioativas e nucleares
Cap QEM Jorge Alberto Valle da Silva
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namentos e atuação em ações de respostas a situações
de emergência radiológica ou nuclear.
Inicialmente, foi apresentada uma palestra insti-
tucional ministrada pelo Chefe da Divisão de Defesa
Química, Biológica e Nuclear (DDQBN) que teve como
objetivo mostrar os principais projetos e linhas de pes-
quisa realizados e/ou em curso no CTEx, destacando
aqueles de interesse ao SIPRON.
Aproveitando a oportunidade, uma equipe de
engenheiros da DDQBN ministrou outra palestra
com foco no plano de trabalho de proteção física das
instalações nucleares do CTEx e das atividades de
apoio ao SIPRON, destacando as atividades realiza-
das até 2008 com os recursos do SIPRON e as ações
futuras com as respectivas necessidades de recursos.
Em 25 de março de 2009, o Gerente do Projeto da Via-
tura Leve de Emprego Geral Aerotransportável (VLEGA)
Gaúcho, Cap QEM Marcio dos Santos Gomes, e militares
do Centro de Importação e Exportação de Material (CIEM/
1o DSup), com o apoio logís-
tico da 2a Brigada de Cava-
laria Mecanizada e apoio
aduaneiro da Delegacia da
Receita Federal, realizaram
o recebimento do protótipo
entregue pelo Exército Ar-
gentino entre as cidades li-
mítrofes de Uruguaiana no
Brasil e Paso de Los Libres
na Argentina.
A primeira etapa do pro-
cesso de obtenção da VLEGA Gaúcho compreendeu a
elaboração do projeto de pesquisa e desenvolvimento,
com interações das equipes binacionais, no Rio de Ja-
neiro e em Buenos Aires. A segunda etapa, que incluiu a
montagem dos chassis, da estrutura tubular e da sus-
VLEGA Gaúcho
ANO IV | No 13 | ABRIL DE 2009 | 15
TEMA — ABORDAGEM
Ciência e Tecnologia — Esse livro do multifacetado míssil ar-ar Sidewinder
não é somente a história de um revolucionário engenho bélico, mas também
o retrato do notável físico Bill McLean, o criativo gênio que o concebeu, bem
como a visão do Instituto de C&T onde uma fantástica equipe desenvolveu a
arma que não foi solicitada, mas era necessária. É leitura essencial para a
compreensão dos fatores de êxito e/ou de insucesso de um projeto de P&D
de material de emprego militar.
Ciência e Tecnologia / Economia e Negócios — Uma visão contraintuitiva da
tecnologia e globalização, a qual surpreende aqueles que acreditam que inova-
ção é separada dos altos e baixos econômicos.
Ciência e Tecnologia / Ciência Militar — O livro avalia a situação atual do
Exército de Libertação do Povo Chinês (ELPC). As estruturas de Comando, a
evolução da doutrina, os dispêndios militares, os processos de obtenção de
material bélico — aquisição externa e P&D — e as estruturas organizacionais
das quatro forças do ELPC são analisados.
Ciência e Tecnologia / Ciência Militar — A ascensão da Ciência e Tecnologia
para a prioridade estratégica fundamental visando ao fortalecimento militar e ao
poder das respectivas nações é um dos aspectos fundamentais dessa publica-
ção. Subsequentemente, são tratadas, na primeira parte, questões como: comér-
cio e competitividade em tecnologias avançadas, inovação tecnológica e dimen-
sões geopolíticas e geoestratégicas na Ásia. Na segunda parte, é analisada a pers-
pectiva americana para fazer face aos desafios representados pela Índia e China.
Ciência Militar / Política e questões atuais — Com a paciência de auditores e a
paixão de polemistas, dois acadêmicos, um vencedor de prêmio Nobel de econo-
mia e uma especialista em finanças públicas da Faculdade de Governo de Har-
vard, fazem uma análise impressionante dos custos ocultos da invasão do Iraque.
Ciência Militar / História — O melhor historiador britânico contemporâneo
trata da grande estratégia durante a Segunda Guerra Mundial, com ênfase
para os prós e contras de uma campanha vitoriosa.
Política e questões atuais — Uma análise de como Manmohan Singh, antes como
ministro das finanças e agora como primeiro-ministro, tem combatido a po-
breza da Índia com reformas direcionadas para o rápido crescimento econômico.
LER É PRECISO
Indicações emblemáticas
IDENTIFICAÇÃO
Sidewinder: Desenvolvimento Criativo de Míssil
em China Lake (Sidewinder: Creative Missile
Development at China Lake)
Ron Westrun. Naval Institute Press, 1999.
A Economia Empreendedora: Como a Inovação Sus-
tenta a Prosperidade em um Mundo Mais Conec-
tado (The Venturesome Economy: How Innova-
tion Sustain Prosperity in a More Connected World)
Amar Bhide. Princeton University Press, 2008.
Modernização Militar Chinesa — Evolução do po-
der e capacidades estratégicas (China Military
Modernization — Force Development and Strate-
gic Capabilities)
Anthony H. Cordesman e Matin Kleiber. The CSIS Press, 2007.
Índia e China — Uma corrida tecnológica avan-
çada e como os Estados Unidos podem respon-
der (Índia and China — An advanced Technology
Race and How the United States Should Respond)
Ernest H. Preeg. Signature Book Pinting, 2008.
A guerra de três trilhões de dólares: o verdadeiro
custo do conflito do Iraque (The three trillion dollar
war: the true cost of the Iraq conflict)
Joseph E. Stiglitz e Linda B. Bilmes. Norton, 2008.
Os mestres e comandantes: como Roosevelt, Churchil,
Marshall e Alanbrooke ganharam a guerra no oeste
(Masters and commanders: how Roosevelt, Churchil,
Marshall and Alanbrooke won the war in the west)
Andrew Roberts. Allen Lane, 2008.
Índia: o gigante emergente (India: the emerging
giant)
Arvind Panagariya. Oxford University Press, 2008.
CTEx NOTÍCIAS | 16C T E XC T E X
C T E XC T E X
O Centro Tecnológico do Exército, Organização Militar
integrante do Sistema de Ciência e Tecnologia do Exér-
cito, realizou em 17 de abril de 2009, a formatura alu-
siva ao Dia do Exército.
A Formatura contou com a presença de militares e
servidores civis do CTEx e teve como principal objetivo
homenagear a Força Terrestre, exaltando os heróis da
epopeia de Guararapes – negros, brancos e índios –, que
CTEx comemora Dia do Exército
Maj Cav Anderson Ferreira Lima
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Chefe do CTEx
Gen Div Aléssio Ribeiro Souto
Subchefe do CTEx
Cel QEM Hildo Vieira Prado Filho
Editor
Cap QEM Bruno Vinicius da Fonseca Lima Amorim
Distribuição
Assessoria de Comunicação Social do CTEx
Avenida das Américas, 28705 • Guaratiba • Rio de Janeiro • RJ
CEP 23020-470 • Tel: (21) 2410-6200 • Fax: (21) 2410-1374
E-mail: [email protected]
Página na Internet: http://www.ctex.eb.br
Periodicidade: trimestral • Tiragem: 4.200 exemplares
CTEx NotíciasInformativo do Centro Tecnológico do ExércitoAno IV • No 13 • Abril de 2009
Aqui se delineia o Exército do futuro!
Espaço Cívico-Social
com elevado espírito de luta e brasilidade expulsaram o
invasor estrangeiro do nordeste brasileiro. Durante a for-
matura foi realizada a leitura alusiva ao evento e a entrega
de condecorações aos seguintes militares:
— Cap Luiz Henrique INACIO de Souza e 3o Sgt Fábio
CAMARGO Silveira – Medalha Militar de Bronze com Pas-
sador de Bronze, por mais de 10 anos de bons serviços
prestados ao Exército Brasileiro; e
— ST Fernando José Alves MACHADO e 2o Sgt Fábio de
Souza – Medalha Corpo de Tropa com Passador de Bronze,
por mais de 10 anos de bons serviços prestados em Orga-
nizações Militares de Corpo de Tropa do Exército Brasileiro.
Tropa do CTEx desfila em formatura
comemorativa ao Dia do Exército
Militares do CTEx são condecorados por bons serviços
prestados ao Exército Brasileiro