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Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Suspensão a ICMS - Suspensão ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 04/2014 Pernambuco / a Federal IPI Base de cálculo 01 / a Estadual ICMS Isenção 05 / a IOB Setorial Estadual Transportes - ICMS - Obrigatoriedade de utilização do Conhecimen- to de Transporte Eletrônico (CT-e) 07 / a IOB Comenta Federal Tributos federais - Considerações sobre o processo administrativo- -fiscal 08 / a IOB Perguntas e Respostas IPI Certidão negativa - Prazo de validade 10 ICMS/PE Isenções - Medicamentos de uso veterinário 10 Isenções - Milho 10 Isenções - Transporte ferroviário de cargas - Operação interna 10

IOB - ICMS/IPI - Pernambuco - nº 04/2014 - 4ª Sem Janeiro · Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito ... constantes da Tabela de Incidência ... Os preços do vendedor poderão

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Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Suspensão

a ICMS - Suspensão

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 04/2014

Pernambuco

/a Federal

IPIBase de cálculo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a Estadual

ICMSIsenção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05

/a IOB Setorial

EstadualTransportes - ICMS - Obrigatoriedade de utilização do Conhecimen-to de Transporte Eletrônico (CT-e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07

/a IOB Comenta

FederalTributos federais - Considerações sobre o processo administrativo--fiscal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08

/a IOB Perguntas e Respostas

IPICertidão negativa - Prazo de validade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

ICMS/PEIsenções - Medicamentos de uso veterinário . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10Isenções - Milho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10Isenções - Transporte ferroviário de cargas - Operação interna . . . . . 10

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Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : base de cálculo.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2051-0

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-00000 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 04 PE

IPI

Base de cálculo

SUMÁRIO 1. Introdução 2. Base de cálculo 3. Consignação mercantil 4. Veículos 5. Produtos industrializados por encomenda 6. Locação, arrendamento mercantil ou operação a título

gratuito 7. Arrendamento mercantil 8. Produtos usados 9. Valor mínimo 10. Arbitramento 11. Infrações e penalidades

1. Introdução

O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é calculado mediante a aplicação das alíquotas constantes da Tabela de Incidência do IPI, aprovada pelo Decreto nº 7.660/2011, sobre a base de cálculo atribuída à respectiva operação.

Esse procedimento não exclui outra modalidade de cálculo estabelecida pela legislação, como, por exemplo, em relação às bebidas e aos cigarros, hipóteses em que o imposto é recolhido com base na quantidade do produto em classe de enquadramento.

Neste texto, examinaremos as regras previstas no Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, para a determinação da base de cálculo do imposto.

(RIPI - Decreto nº 7.212/2010; TIPI - Decreto nº 7.660/2011)

2. BaSE dE CálCulo

A base de cálculo do IPI consiste, em regra:

a) em relação aos produtos de procedência es-trangeira:

a.1) no valor que servir ou que serviria de base para o cálculo dos tributos adua-neiros, por ocasião do despacho de im-portação, acrescido do montante desses tributos e dos encargos cambiais efeti-vamente pagos pelo importador ou dele exigíveis;

a.2) no valor total da operação de que decor-rer a saída do estabelecimento equipara-

do a industrial;

b) no que se refere aos produtos nacionais, no valor total da ope-ração de que decorrer a saída do estabelecimento industrial ou a ele equiparado.

O valor da operação referido nas letras “a.2” e “b” compreende o preço

do produto, acrescido do valor do frete e das demais despesas acessórias, cobradas

ou debitadas pelo contribuinte ao comprador ou ao destinatário.

Será também considerado como cobrado ou debitado pelo contribuinte, ao comprador ou ao des-tinatário, o valor do frete quando o transporte for rea-lizado ou cobrado por empresa coligada, controlada ou controladora ou interligada do estabelecimento contribuinte ou por empresa com a qual este tenha relação de interdependência, mesmo quando o frete seja subcontratado.

(RIPI/2010, art. 190, caput, §§ 1º e 2º)

a Federal

Não podem ser deduzidos do valor da

operação os descontos, as diferenças ou os

abatimentos, concedidos a qualquer título, ainda que

incondicionalmente

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02 PE Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 04 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

2.1 Valores não dedutíveis

Não podem ser deduzidos do valor da operação os descontos, as diferenças ou os abatimentos, concedidos a qualquer título, ainda que incondicio-nalmente.

(RIPI/2010, art. 190, § 3º)

2.2 Preços diferenciados para o mesmo produto

Os preços do vendedor poderão ser diferencia-dos para um mesmo produto, a partir de um preço de venda básico, desde que estabelecidos em tabelas fixadas segundo práticas comerciais uniformemente consideradas, nunca inferiores ao custo de fabri-cação, acrescidos dos custos financeiros e dos de venda, administração e publicidade, além do lucro normalmente praticado pelo vendedor.

(Instrução Normativa SRF nº 82/2001)

3. ConSIgnação MErCantIl

Nas saídas de produtos a título de consignação mercantil, o valor da operação será o preço de venda do consignatário estabelecido pelo consignante.

Essa regra somente se aplica na hipótese de o consignante estabelecer o preço de venda a ser pra-ticado pelo consignatário.

(RIPI/2010, arts. 190, § 4º, 501, 502, 503 e 504)

4. VEíCuloS

Nas vendas diretas de veículos a consumidor final, poderão ser excluídos da base de cálculo do IPI devido pelos fabricantes ou importadores os valores devidos aos concessionários pela intermediação ou pela entrega dos veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da TIPI, limitados a 9% do valor total da operação.

(RIPI/2010, art. 190, §§ 5º e 6º; Lei nº 10.485/2002, art. 2º, caput, § 2º, I)

5. ProdutoS InduStrIalIzadoS Por EnCoMEnda

Nas hipóteses de produtos industrializados por encomenda, será acrescido pelo industrializador, ao valor da operação, salvo a hipótese de insumos

usados, o valor das matérias-primas, dos produtos intermediários e do material de embalagem forneci-dos pelo encomendante, desde que este não destine os produtos industrializados a:

a) comércio;

b) emprego, como matéria-prima ou produto in-termediário, em nova industrialização; ou

c) emprego no acondicionamento de produtos tributados.

Nas notas fiscais emitidas em nome do encomen-dante, o valor da operação, para fins de destaque do IPI, será o valor total cobrado, acrescido do valor das matérias-primas, dos produtos intermediários e do material de embalagem fornecidos pelo autor da encomenda, desde que os produtos industrializados não se destinem a comércio, a emprego em nova industrialização ou a acondicionamento de produtos tributados, salvo quando se tratar de insumos usa-dos.

(RIPI/2010, arts. 191 e 497)

6. loCação, arrEndaMEnto MErCantIl ou oPEração a título gratuIto

Na saída de produto do estabelecimento indus-trial ou equiparado a industrial a título de locação, arrendamento mercantil (exceto diretamente do importador - veja item 7) ou que decorrer de operação a título gratuito (como, por exemplo, a doação ou o comodato), inclusive aquela que, em virtude de não transferir a propriedade do produto, não importe em fixar-lhe o preço (como, por exemplo, o empréstimo), considera-se valor tributável o preço corrente do pro-duto ou seu similar, no mercado atacadista da praça do remetente, observado o valor tributável mínimo descrito no item 9.

(RIPI/2010, art. 192)

7. arrEndaMEnto MErCantIl

Na saída de produtos do estabelecimento do importador, em arrendamento mercantil, o valor tribu-tável será:

a) o preço corrente no mercado atacadista da praça em que o estabelecimento arrendador estiver domiciliado;

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03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 04 PE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

b) o valor que serviu de base de cálculo do im-posto no desembaraço aduaneiro, se for de-monstrado comprovadamente que o preço dos produtos importados é igual ou superior ao que seria pago pelo arrendatário se os im-portasse diretamente.

(RIPI/2010, art. 193)

8. ProdutoS uSadoS

O imposto incidente sobre produtos usados, adquiridos de particulares ou não, que sofrerem processo de industrialização nas modalidades reno-vação ou recondicionamento será calculado sobre a diferença de preço entre a aquisição e a revenda.

(RIPI/2010, art. 194)

8.1 Solução de Consulta rFB

Transcrevemos, a seguir, solução de consulta RFB, que trata do assunto:

MINISTÉRIO DA FAZENDA

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 42 de 28 de Marco de 2012

-------------------------------------------------------------------------------

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI

EMENTA: SUCATAS E APARAS DE PLÁSTICO. VALOR TRIBUTÁVEL PARA PRODUTOS USADOS. TRANSFORMA-ÇÃO. RENOVAÇÃO. A operação de industrialização exer-cida sobre as “sucatas e aparas de plástico” adquiridas de terceiros para emprego como matéria-prima na fabricação de “artigos plásticos” novos, enquadra-se como trans-formação, não sendo aplicável, portanto, aos produtos resultantes, a regra excepcional de determinação do valor tributável prevista no art. 194 do RIPI/2010.

(Solução de Consulta RFB nº 42/2012)

9. Valor MínIMo

A base de cálculo não poderá ser inferior:

a) ao preço corrente no mercado atacadista da praça do remetente quando o produto for des-tinado a outro estabelecimento do próprio re-metente ou a estabelecimento de firma com a qual mantenha relação de interdependência;

Nota

Nos termos do art. 612 do RIPI/2010, consideram-se interdependentes duas firmas:

a) quando uma delas tiver participação na outra de 15% ou mais do ca-pital social, por si, seus sócios ou acionistas, bem como por intermé-dio de parentes destes até o segundo grau e respectivos cônjuges, se a participação societária for de pessoa física;

b) quando, de ambas, uma mesma pessoa fizer parte, na qualidade de diretor, ou sócio com funções de gerência, ainda que exercidas sob outra denominação;

c) quando uma tiver vendido ou consignado à outra, no ano anterior, mais de 20% no caso de distribuição com exclusividade em determi-nada área do território nacional, e mais de 50%, nos demais casos, do volume das vendas dos produtos tributados, de sua fabricação ou importação;

d) quando uma delas, por qualquer forma ou título, for a única adqui-rente, de um ou de mais de um dos produtos industrializados ou importados pela outra, ainda quando a exclusividade se refira a pa-dronagem, marca ou tipo do produto; ou

e) quando uma vender à outra, mediante contrato de participação ou ajuste semelhante, produto tributado que tenha fabricado ou impor-tado.

Não caracteriza a interdependência descrita nas letras “c” e “d” a ven-da de matérias-primas e produtos intermediários, destinados exclusivamente à industrialização de produtos do comprador.

b) a 90% do preço de venda aos consumido-res, não inferior ao mencionado na letra “a”, quando o produto for remetido a outro estabe-lecimento da mesma empresa, desde que o destinatário opere exclusivamente na venda a varejo;

c) ao custo de fabricação do produto, acrescido dos custos financeiros e dos de venda, admi-nistração e publicidade, assim como do seu lucro normal e das demais parcelas que de-vam ser adicionadas ao preço da operação, no caso de produtos saídos do estabeleci-mento industrial, ou equiparado a industrial, com destino a comerciante autônomo, am-bulante ou não, para venda direta a consu- midor;

d) a 70% do preço da venda a consumidor no estabelecimento moageiro, nas remessas de café torrado a comerciante varejista que pos-sua atividade acessória de moagem.

Na hipótese da letra “b”, sempre que o esta-belecimento varejista vender o produto por preço superior ao que haja servido à determinação da base de cálculo, este será reajustado com base no preço real de venda, o qual, acompanhado da respectiva demonstração, será comunicado ao remetente até o último dia do período de apuração subsequente ao da ocorrência do fato, para efeito de lançamento e recolhimento do imposto sobre a diferença veri- ficada.

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04 PE Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 04 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

No caso da letra “c”, o preço de revenda do produto pelo comerciante autônomo, ambulante ou não, indicado pelo estabelecimento industrial ou equiparado a industrial, não poderá ser superior ao preço de aquisição acrescido dos tributos incidentes por ocasião da aquisição e da revenda do produto e da margem de lucro normal nas operações de revenda.

Para efeito de aplicação das bases de cálculo mencionadas nas letras “a” e “b”, será considerada a média ponderada dos preços de cada produto em vigor no mês anterior ao da saída do estabelecimento remetente ou, na sua falta, a média correspondente ao mês imediatamente anterior àquele.

(RIPI/2010, arts. 195 e 196, caput)

9.1 Inexistência de preço corrente no mercado atacadista

Inexistindo o preço corrente no mercado ataca-dista, para aplicação das regras mencionadas nas letras “a” e “b” do item 9, tomar-se-á por base de cálculo:

a) no caso de produto importado, o valor que ser-viu de base ao Imposto de Importação, acres-cido desse tributo e demais elementos compo-nentes do custo do produto, inclusive da mar-gem de lucro normal;

b) no caso de produto nacional, o custo de fabri-cação, acrescido dos custos financeiros e dos de venda, administração e publicidade, assim como do seu lucro normal e das demais par-celas que devam ser adicionadas ao valor da operação, ainda que os produtos tenham sido recebidos de outro estabelecimento da mes-ma firma que os tenha industrializado.

(RIPI/2010, art. 196, parágrafo único)

10. arBItraMEnto

Ressalvada a avaliação contraditória, decorrente de perícia, o Fisco poderá arbitrar a base de cálculo ou qualquer dos seus elementos quando forem omis-sos ou não merecerem fé os documentos expedidos pelas partes ou, tratando-se de operação a título gratuito, quando inexistir ou for de difícil apuração o valor.

Salvo se for apurado o valor real da operação, nos casos em que este deva ser considerado, o arbitramento tomará por base, sempre que possível, o preço médio do produto no mercado do domicílio do contribuinte ou, na sua falta, nos principais mercados nacionais, no trimestre civil mais próximo ao da ocor-rência do fato gerador.

Na impossibilidade de apuração dos preços, para fins de arbitramento, será considerada a média ponderada dos preços de cada produto em vigor no mês precedente ao da saída do estabelecimento remetente ou, na sua falta, a média correspondente ao mês imediatamente anterior àquele, observadas as regras descritas no subitem 9.1.

(RIPI/2010, art. 197)

11. InFraçõES E PEnalIdadES

As infrações são punidas com as seguintes penas, aplicáveis separada ou cumulativamente:

a) multa;

b) perdimento da mercadoria; e

c) cassação de regimes ou controles especiais estabelecidos em benefício de contribuintes ou de outras pessoas obrigadas ao cumpri-mento dos dispositivos do Regulamento do IPI.

Destacamos, sobre o assunto, a multa relacionada ao destaque do imposto na nota fiscal.

Assim, incorrem na multa de ofício de 75% do valor do imposto os que o destacarem indevidamente ou o destacarem com excesso sobre o valor resultante do seu cálculo. Nesse caso, a multa terá por base de cálculo o valor do imposto indevidamente destacado e não será aplicada se o responsável, já tendo reco-lhido, antes de procedimento fiscal, a importância irregularmente destacada, provar que a infração decorreu de erro escusável, a juízo da autoridade julgadora.

(RIPI/2010, arts. 555 e 569, § 1º, IV, § 3º)

N

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05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 04 PE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

ICMS

Isenção SUMÁRIO 1. Introdução 2. Conceito 3. Concessão e revogação 4. Operações e prestações isentas - Vigência 5. Obrigações acessórias 6. Quadros práticos 7. Penalidades

1. Introdução

Examinaremos, no presente texto, as disposições que tratam da isenção do imposto, com base no Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 14.876/1991, na Lei Complementar nº 24/1975 e em outros dispositivos que serão mencionados no trans-correr da matéria.

2. ConCEIto

A isenção pode ser definida como a dispensa do pagamento do tributo, ou seja, em termos legais, ela constitui uma das hipóteses de exclusão do crédito tributário, prevista no art. 175, I, do Código Tributário Nacional (CTN). Na isenção, ocorre a derrogação da lei de incidência tributária, ou seja, suspende-se a eficácia da norma impositiva.

3. ConCESSão E rEVogação

A Constituição Federal de 1988 dispõe, em seu art. 155, § 2º, XII, “g”, que cabe a lei complementar regular a forma como, mediante deliberação dos Esta-dos e do Distrito Federal, as isenções, os incentivos e os benefícios fiscais serão concedidos e revogados. Nesse sentido, a Lei Complementar nº 24/1975 esta-belece que as isenções do ICMS serão concedidas ou revogadas nos termos de convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal, segundo as suas disposições.

A concessão de benefícios dependerá sempre de decisão unânime dos Estados representados, e sua revogação total ou parcial dependerá de aprovação de 4/5, pelo menos, dos representantes presentes.

Será considerado rejeitado o convênio que não for expressa ou tacitamente ratificado pelo Poder

Executivo de todas as Unidades da Federação (UF) ou, nos casos de revogação referida anteriormente, pelo Poder Executivo de, no mínimo, 4/5 das UF.

A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, salvo a hipótese do inciso III do art. 104 do CTN, que dispõe sobre extinção ou redução de isenções rela-cionadas aos impostos sobre o patrimônio ou a renda.

(Constituição Federal/1988, art. 155, § 2º, XII, “g”; Lei Com-plementar nº 24/1975, art. 2º, § 2º, e art. 4º, § 2º; CTN, art. 104, III)

3.1 Convênios impositivos e autorizativos

Os acordos firmados entre os entes tributantes podem ser impositivos (adoção obrigatória) ou autori-zativos (que podem ou não ser adotados).

A imposição ou a autorização pode ser notada pelo contribuinte na própria redação do respectivo ato legal, pois, enquanto o convênio de natureza impositiva apresenta na sua redação a expressão “fica isenta do ICMS nas operações ou prestações [...]”, o de natureza autorizativa apresenta, como regra, a seguinte redação: “Ficam os Estados e o Distrito Federal autorizados a conceder isenção das seguintes operações ou prestações [...]”.

Os convênios impositivos entram em vigor para todos os contribuintes, ainda que não tenha sido alterada a legislação estadual. Já os autorizativos, se o Estado não se manifestar, entende-se que não vigoram, uma vez que sua adoção é facultativa.

Em caso de dúvida, cabe ao contribuinte consul-tar formalmente o Fisco.

(Lei Complementar nº 24/1975)

4. oPEraçõES E PrEStaçõES ISEntaS - VIgênCIa

As operações e prestações beneficiadas pela isenção estão elencadas no art. 9º do RICMS-PE/1991.

As isenções podem ser concedidas por prazo certo, determinado e indeterminado. As concedidas por prazo determinado não podem ser revogadas

a Estadual

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06 PE Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 04 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

unilateralmente pelo Estado antes da expiração do prazo previsto no ato concessivo.

Portanto, deverão ser respeitados os prazos indicados no dispositivo legal ou regulamentar que concede a isenção.

Periodicamente, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) celebra convênio que prorroga disposições de convênios que concedem benefícios fiscais. A título de exemplo, o Convênio ICMS nº 75/2011 prorrogou, para até o dia 31.12.2015, as disposições contidas no inciso CLVI do art. 9º do RICMS-PE/1991.

CLVI - no período de 2 de janeiro de 1998 a 31 de dezem-bro de 2015, as operações com os equipamentos e com-ponentes para o aproveitamento da energia solar e eólica, classificados no respectivo código ou posição da Nomen-clatura Brasileira de Mercadorias - NBM/SH, relacionados no Anexo 28, desde que isentos ou tributados com alíquota zero do IPI, ficando assegurada a manutenção do crédito fiscal relativo às aquisições do remetente, nos termos do inciso XXVI do art. 47, observado, a partir de 1º de junho de 2011, o disposto no § 91 (Convênios ICMS nºs 101/1997, 23/1998, 46/1998, 05/1999, 07/2000, 61/2000, 93/2001, 21/2002, 10/2004, 46/2007, 76/2007, 106/2007, 117/2007, 124/2007, 148/2007, 53/2008, 71/2008, 138/2008, 69/2009, 119/2009, 01/2010, 19/2010, 124/2010, 187/2010, 11/2011, 25/2011 e 75/2011); (NR)

(RICMS-PE/1991, art. 9º; Convênio ICMS nº 75/2011; De-creto nº 37.144/2011, art. 1º)

5. oBrIgaçõES aCESSórIaS5.1 Cumprimento

A outorga do benefício fiscal não dispensa o contri-buinte do cumprimento de obrigações acessórias, tais como emissão de documentos, escrituração fiscal, apre-sentação de informações econômico-fiscais e outras.

5.2 nota fiscal

Quando a operação ou a prestação não compor-tar lançamento do imposto, deverão constar na nota fiscal as indicações relativas à circunstância e ao dispositivo legal aplicável.

A indicação do dispositivo legal ou regulamentar que beneficia a operação ou a prestação será feita no campo “Informações Complementares” do quadro “Dados Adicionais” da nota fiscal.

Exemplo:

“Isenção do ICMS nos termos do art. 9º, … do Regulamento do ICMS - Decreto nº 14.876/1991”.

(RICMS-PE/1991, arts. 89 e 119, II, “g”)

6. QuadroS PrátICoS

6.1 Isenções por prazo indeterminado

No quadro a seguir, destacamos, a título de exem-plo, algumas hipóteses de operações amparadas pela isenção por prazo indeterminado do imposto, acompanhadas do seu fundamento legal, constantes no RICMS-PE/1991.

Hipóteses de Isenção por Prazo Indeterminado

Operações e prestações beneficiadas Fundamento legal

Operações internas e interestaduais com sêmen resfriado ou congelado e embrião de bovino, de caprino, de ovino ou de suíno.

Convênio ICMS nº 70/1992; RICMS-PE/1991, art. 9º, VIII

Saídas de produto típico de artesanato regio-nal, quando confeccionado na residência do artesão, sem utilização de trabalho assala-riado.

Convênio ICM nº 32/1975 (autorizativo); RICMS--PE/1991, art. 9º, XXX

Saídas de embarcações construídas no País, excetuadas:a) que tenham menos de 3 toneladas brutas de registro, salvo as de madeira utilizadas na pesca artesanal, que se incluem no benefí-cio, qualquer que seja a sua tonelagem;b) recreativas e esportivas de qualquer por-te;c) classificadas sob a posição 8905.10.0000 da NBM/SH.

Convênio ICM nº 33/1977 (impositivo); RICMS--PE/1991, art. 9º, XXXVI

Prestações internas de serviço de transporte rodoviário de carga.

RICMS-PE/1991, art. 9º, CXIX

6.2 Isenções por tempo determinado

No quadro a seguir, destacamos, a título de exemplo, algumas hipóteses de operações ampara-das pela isenção por prazo determinado do imposto, acompanhadas do seu fundamento legal, constantes no RICMS-PE/1991.

Isenções nas operações Internas e Interestaduais por tempo determinado

Operações e prestações benefi-ciadas

Vigência Fundamento legal

Saídas internas de gás natural des-tinadas a indústria de vidros planos.

De 1º.08.2010 a 31.12.2022

RICMS-PE/1991, art. 9º, CCXV

Saídas internas de geladeiras do-adas à comunidade carente pela Companhia Energética de Pernam-buco (CELPE) no âmbito do Progra-ma de Eficiência Energética.

De 1º.12.2010 a 31.05.2015

Convênio ICMS nº 138/2010; RICMS-PE/1991, art. 9º, CCXXII

Saídas internas e interestaduais de rapadura com destino aos Estados das Regiões Norte e Nordeste.

Até 31.12.2014 Convênio ICMS nº 74/1990; RICMS--PE/1991, art. 9º, XX

Saídas internas realizadas com os insumos agropecuários especifica-dos no art. 9º, CIV e § 63, do RICMS--PE/1991.

Até 31.07.2014 Convênio ICMS nº 100/1997 (im-positivo); RICMS--PE/1991, art. 9º, CIV, §§ 63 e 72

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07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 04 PE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Nota

Importa observar, ao contribuinte, que, antes de aplicar a isenção do imposto na operação e/ou prestação de serviços, faz-se necessária a verificação da existência, e, quando for o caso, a confirmação do prazo de vigência do benefício fiscal.

7. PEnalIdadES

A legislação pernambucana prevê, entre outras, as seguintes penalidades aos contribuintes que infringirem a legislação:

Penalidade Quantidade de UFIR/Valor Fundamento legal

Falta de emissão de documento fiscal exigido pela legislação tribu-tária quando a operação ou a prestação for isenta ou não tributada.

4% do valor da operação ou da prestação, até o limite de 1.000 Unidades Fiscais de Referência (Ufir)

Lei nº 11.514/1997, art. 10, III, “a”

Falta de recolhimento do imposto quando o documento fiscal indicar a respectiva operação ou prestação como isenta, não tributada, sujeita a suspensão ou diferimento, em desacordo com a situação tributária real da operação ou da prestação.

150% do valor do imposto não destacado Lei nº 11.514/1997, art. 10, VI, “j”

Circulação, no território do Estado, de mercadoria, quando o do-cumento fiscal indicar a respectiva operação como isenta, não tributa-da, sujeita a suspensão ou diferimento, em desacordo com a situação tributária real da operação ou da prestação.

150% do valor do imposto Lei nº 11.514/1997, art. 10, X, “e”

Nota

A Lei nº 11.922/2000 estabelece os procedimentos para fins de conversão de quantitativos expressos em Ufir, extinta pelo Governo Federal, para o real, bem como a atualização dos valores obtidos com base na variação acumulada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), da Fundação Ins-tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou outro que vier a substituí-lo.

N

a IOB Setorial

EStadual

Transportes - ICMS - Obrigatoriedade de utilização do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e)

O setor de transporte é um dos principais fatores de produção na economia e agente indutor de riqueza e desenvolvimento. É um importante elo de ligação entre as zonas rural e urbana e entre as zonas pro-dutora e consumidora. As empresas dependem dos meios de transporte para trazer os insumos adqui-ridos de seus fornecedores e levar seus produtos até os seus consumidores. O setor gera empregos e contribui para melhorar a distribuição de renda, melhorando a qualidade de vida da população.

O principal modo para escoamento de produção é pelas rodovias, mas percebe-se crescimento na utilização de outros modais, como o ferroviário, que movimentam principalmente mercadorias de baixo valor agregado e grande volume, como minério de ferro e soja. O transporte aquaviário está diretamente relacionado ao desempenho do comércio interna-

cional. Cerca de 96% das nossas exportações, em termos de volume, são transportadas por navios.

No campo tributário, o Fisco pernambucano publicou, em 10.12.2013, a Portaria SF nº 250/2013, dispondo sobre a obrigatoriedade da utilização do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e), ins-tituída pelo Ajuste Sinief nº 9/2007 e incorporada à legislação estadual pelo Decreto nº 37.065/2011.

O CT-e é um documento de existência exclusiva-mente digital, emitido e armazenado eletronicamente com o intuito de documentar prestações de serviço de transporte, e que visa a simplificar o cumprimento das obrigações acessórias a que os contribuintes estão sujeitos, permitindo ao Fisco um melhor acompa-nhamento das operações comerciais, mostrando-se uma solução vantajosa para todos os envolvidos nas transações com estes documentos.

Os documentos fiscais em papel que serão subs-tituídos pelo CT-e são:

a) Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, modelo 8;

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08 PE Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 04 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

a IOB Comenta

b) Conhecimento de Transporte Aquaviário de Cargas, modelo 9;

c) Conhecimento Aéreo, modelo 10;

d) Conhecimento de Transporte Ferroviário de Cargas, modelo 11;

e) Nota Fiscal de Serviço de Transporte Ferroviá-rio de Cargas, modelo 27; e

f) Nota Fiscal de Serviço de Transporte, modelo 7, quando utilizada em transporte de cargas.

A obrigatoriedade de utilização do CT-e ocorrerá a partir das datas indicadas na cláusula vigésima quarta do referido Ajuste, exceto quanto ao Microem-preendedor Individual (MEI).

A solicitação de credenciamento deve ser feita, pelo contribuinte obrigado, à Secretaria da Fazenda (Sefaz). O contribuinte que não solicitar o credenciado poderá, a critério da Sefaz, ser credenciado de ofício.

(Portaria SF nº 250/2013; http://www.cnt.org.br/)

N

FEdERal

Tributos federais - Considerações sobre o processo administrativo-fiscal

O processo de determinação e de exigência de créditos tributários da União, o processo de consulta sobre a aplicação da legislação tributária federal e outros processos administrativos relativos às matérias de competência da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) são regidos pelo Decreto nº 7.574/2011.

Para efeito da legislação tributária, não têm apli-cação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos empresários e das sociedades, ou da obrigação destes de exibi-los.

São também passíveis de exame os documentos mantidos em arquivos magnéticos ou assemelhados, encontrados no local da verificação, que tenham rela-ção direta ou indireta com a atividade exercida pelo sujeito passivo.

A exigência do crédito tributário e a aplicação de penalidade isolada são formalizadas em autos de infração ou notificações de lançamento, distintos para cada tributo ou penalidade.

Nas hipóteses de em exames posteriores, dili-gências ou perícias realizados no curso do processo serem verificadas incorreções, omissões ou inexa-tidões, de que resultem agravamento da exigência inicial, inovação ou alteração da fundamentação legal desta, será efetuado lançamento complementar por meio da lavratura de auto de infração complementar

ou de emissão de notificação de lançamento comple-mentar, específicos em relação à matéria modificada.

Será concedida redução de 50% do valor da multa de lançamento de ofício ao sujeito passivo que, notificado, efetuar o pagamento ou a compensação do crédito tributário no prazo previsto para apresentar impugnação.

No caso de apresentação de impugnação tem-pestiva, ou seja, no prazo legal, a redução será de 30%, caso o pagamento ou a compensação sejam efetuados no prazo de 30 dias, contados da data da ciência da decisão de primeira instância.

Na hipótese de provimento a recurso de ofício interposto pela autoridade julgadora de 1ª instância, será aplicada a redução de 30% se o pagamento ou a compensação forem efetuados no prazo de 30 dias contados da ciência da decisão.

A impugnação, formalizada por escrito, instruída com os documentos em que se fundamentar e apre-sentada em unidade da RFB com jurisdição sobre o domicílio tributário do sujeito passivo, bem como remetida por via postal no prazo de 30 dias, contados da data da ciência da intimação da exigência, instaura a fase litigiosa do procedimento.

O julgamento de processos sobre a aplicação da legislação referente a tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, e os relativos à exigência de direitos antidumping e direitos com-pensatórios, compete em 1ª instância às Delegacias da Receita Federal do Brasil de Julgamento, órgãos de deliberação interna e natureza colegiada da Secretaria da Receita Federal do Brasil.

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09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 04 PE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

A competência mencionada inclui, dentre outros, o julgamento de:

a) impugnação a auto de infração e notificação de lançamento;

b) manifestação de inconformidade do sujeito passivo em processos administrativos rela-tivos a compensação, restituição e ressarci-mento de tributos, inclusive créditos de Impos-to sobre Produtos Industrializados (IPI); e

c) impugnação ao ato declaratório de suspensão de imunidade e de isenção.

O recurso voluntário total ou parcial, que tem efeito suspensivo, poderá ser interposto contra decisão de 1ª instância contrária ao sujeito passivo no prazo de 30 dias, contados da data da ciência da decisão. Esse recurso, mesmo perempto (fora do prazo para a interposição do recurso), deverá ser encaminhado ao órgão de 2ª instância, que julgará a perempção.

O julgamento de recursos de ofício e os voluntá-rios de decisão de 1ª instância e de recursos de natu-reza especial compete ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

Note-se que caberá recurso especial à Câmara Superior de Recursos Fiscais, no prazo de 15 dias da ciência do acórdão ao interessado, de decisão que der à lei tributária interpretação divergente da que lhe tenha dado outra câmara, turma de câmara, turma especial ou a própria Câmara Superior de Recursos Fiscais.

O Carf foi criado pela Medida Provisória nº 449/2008, a qual foi convertida na Lei nº 11.941/2009, e instalado pelo Ministro de Estado da Fazenda, nos termos da Portaria MF nº 41/2009.

Por seu turno, a Portaria MF nº 256/2009 aprovou o Regimento Interno do Carf, sendo que o seu texto está disponível para consulta no site da Receita Federal, www.receita.fazenda.gov.br, em Institucional/Regimento Interno.

É importante destacar, por oportuno, que são definitivas as decisões:

a) de 1ª instância, esgotado o prazo para o re-curso voluntário sem que este tenha sido inter-posto;

b) de 2ª instância, de que não caiba recurso ou, se cabível, quando decorrido o prazo sem a sua interposição; ou

c) de instância especial.

São também definitivas as decisões de 1ª instân-cia na parte que não for objeto de recurso voluntário ou não estiver sujeita a recurso de ofício.

Para efeito de elucidação, transcrevemos, a seguir, algumas súmulas consolidadas do Carf:

Súmula CARF nº 1: Importa renúncia às instâncias adminis-trativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial.

Súmula CARF nº 2: O CARF não é competente para se pronunciar sobre a inconstitucionalidade de lei tributária.

Súmula CARF nº 6: É legítima a lavratura de auto de infra-ção no local em que foi constatada a infração, ainda que fora do estabelecimento do contribuinte.

Súmula CARF nº 7: A ausência da indicação da data e da hora de lavratura do auto de infração não invalida o lança-mento de ofício quando suprida pela data da ciência.

Súmula CARF nº 11: Não se aplica a prescrição intercor-rente no processo administrativo fiscal.

Súmula CARF nº 16: O direito ao aproveitamento dos cré-ditos de IPI decorrentes da aquisição de matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem utilizados na fabricação de produtos cuja saída seja com isenção ou alíquota zero, nos termos do art. 11 da Lei nº 9.779, de 1999, alcança, exclusivamente, os insumos recebidos pelo estabe-lecimento do contribuinte a partir de 1º de janeiro de 1999.

Súmula CARF nº 17: Não cabe a exigência de multa de ofí-cio nos lançamentos efetuados para prevenir a decadên-cia, quando a exigibilidade estiver suspensa na forma dos incisos IV ou V do art. 151 do CTN e a suspensão do débito tenha ocorrido antes do início de qualquer procedimento de ofício a ele relativo.

Súmula CARF nº 18: A aquisição de matérias-primas, pro-dutos intermediários e material de embalagem tributados à alíquota zero não gera crédito de IPI.

Súmula CARF nº 20: Não há direito aos créditos de IPI em relação às aquisições de insumos aplicados na fabricação de produtos classificados na TIPI como NT.

Súmula CARF nº 23: A autoridade administrativa pode rever o Valor da Terra Nua mínimo (VTNm) que vier a ser ques-tionado pelo contribuinte do imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR) relativo aos exercícios de 1994 a 1996, mediante a apresentação de laudo técnico de avaliação do imóvel, emitido por entidade de reconhecida capacidade técnica ou por profissional devidamente habilitado, que se reporte à época do fato gerador e demonstre, de forma ine-quívoca, a legitimidade da alteração pretendida, inclusive com a indicação das fontes pesquisadas.

Súmula CARF nº 27: É valido o lançamento formalizado por Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil de jurisdição diversa da do domicílio tributário do sujeito passivo.

Súmula CARF nº 31: Descabe a cobrança de multa de ofí-cio isolada exigida sobre os valores de tributos recolhidos extemporaneamente, sem o acréscimo da multa de mora, antes do início do procedimento fiscal.

Súmula CARF nº 45: O Imposto sobre a Propriedade Ter-ritorial Rural não incide sobre áreas alagadas para fins de constituição de reservatório de usinas hidroelétricas.

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10 PE Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 04 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Súmula CARF nº 46: O lançamento de ofício pode ser rea-lizado sem prévia intimação ao sujeito passivo, nos casos em que o Fisco dispuser de elementos suficientes à cons-tituição do crédito tributário.

Súmula CARF nº 47: Cabível a imputação da multa de ofício à sucessora, por infração cometida pela sucedida, quando provado que as sociedades estavam sob controle comum ou pertenciam ao mesmo grupo econômico.

Súmula CARF nº 48: A suspensão da exigibilidade do cré-dito tributário por força de medida judicial não impede a lavratura de auto de infração.

Súmula CARF nº 49: A denúncia espontânea (art. 138 do Código Tributário Nacional) não alcança a penalidade decorrente do atraso na entrega de declaração.

Súmula CARF nº 50: É cabível a exigência de multa de ofício se a decisão judicial que suspendia a exigibilidade

do crédito tributário perdeu os efeitos antes da lavratura do auto de infração.

Súmula CARF nº 51: As multas previstas no Código de Defesa do Consumidor não se aplicam às relações de natureza tributária.

Súmula CARF nº 70: É imune ao ITR o imóvel pertencente às entidades indicadas no artigo 150, VI, “c”, da Constituição, que se encontra arrendado, desde que a receita assim obtida seja aplicada nas atividades essenciais da entidade.

Súmula CARF nº 72: Caracterizada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação, a contagem do prazo decadencial rege-se pelo art. 173, inciso I, do CTN.

(Medida Provisória nº 449/2008; Lei nº 11.941/2009; Decre-to nº 7.574/2011, arts. 1º, 17, 18, 38, 41, 52, 56, 61, 73, 74, 75, 79 e 80; Portaria MF nº 41/2009; Portaria MF nº 256/2009)

N

a IOB Perguntas e Respostas

IPI

Certidão negativa - Prazo de validade

1) Qual é o prazo de validade da certidão negativa de débitos de tributos e contribuições federais?

O prazo de validade dessas certidões é de 180 dias contados da data de sua emissão.

(Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 3/2007, art. 12)

ICMS/PE

Isenções - Medicamentosde uso veterinário

2) Há previsão de isenção para as operações in-ternas com medicamentos, soros e vacinas de uso ve-terinário?

Sim. Até 31.07.2014, há isenção do ICMS nas operações internas com medicamentos, soros e vacinas de uso veterinário, desde que seja para uso exclusivo na agropecuária, avicultura e pecuária.

(RICMS-PE/1991, art. 9º, CIV)

Isenções - Milho

3) Há isenção nas operações internas e de impor-tação de milho verde?

Sim. São isentas do ICMS as operações internas e de importação de milho verde em estado natural.

(RICMS-PE/1991, art. 9º, XIII, “g”)

Isenções - Transporte ferroviário de cargas - Operação interna

4) O transporte interno ferroviário de cargas pos-sui benefício fiscal?

Sim. A legislação do Estado de Pernambuco prevê isenção do ICMS, no período de 1º.09.2006 a 31.12.2014, na prestação interna de serviço de trans-porte ferroviário de cargas, desde que o remetente e o destinatário da mercadoria sejam contribuintes estabelecidos neste Estado e regularmente inscritos no Cadastro de Contribuintes do Estado de Pernam-buco (Cacepe).

(RICMS-PE/1991, art. 9º, CXCIV)