15
Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Retorno - Entrega de mercadoria em destinatário diverso do indicado na nota fiscal a IPI - Construção civil - Fornecimento de concreto, por empreitada, preparado em betoneiras acopladas a caminhões a ICMS - Alíquota interestadual para produtos importados ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 50/2013 São Paulo / a Federal IPI Construção civil - Edificação - Exclusão do conceito de industrialização 01 / a Estadual ICMS Industrialização triangular 02 / a IOB Setorial Estadual Importação - Suspensão do ICMS na importação de mercadoria posterior- mente sujeita à alíquota interestadual de 4% 09 / a IOB Comenta Federal IPI - Penalidades pelo descumprimento de obrigações acessórias 10 / a IOB Perguntas e Respostas IOF Câmbio - Alíquota 11 IPI Alíquota - Néctar de frutas 11 Suspensão - Repenec - Aplicação 11 ICMS/SP Base de cálculo reduzida - Monitoramento e rastreamento de veículo e de carga 12 Isenção - Serviço de transporte de mercadoria - Redex 12 Substituição tributária - Base de cálculo - Artefatos de uso doméstico 12 IPVA/SP Calendário para pagamento - Exercício de 2014 12 ISS/São Paulo Base de cálculo - Agências de publicidade 12

IOB - ICMS/IPI - São Paulo - nº 50/2013 - 2ª Sem Dezembro · Fornecimento de concreto, por empreitada, preparado em betoneiras acopladas a caminhões a ICMS - Alíquota interestadual

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Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Retorno - Entrega de mercadoria em destinatário diverso do indicado na nota fiscal

a IPI - Construção civil - Fornecimento de concreto, por empreitada, preparado em betoneiras acopladas a caminhões

a ICMS - Alíquota interestadual para produtos importados

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 50/2013

São Paulo

/a FederalIPIConstrução civil - Edificação - Exclusão do conceito de industrialização . . 01

/a EstadualICMSIndustrialização triangular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02

/a IOB SetorialEstadualImportação - Suspensão do ICMS na importação de mercadoria posterior-mente sujeita à alíquota interestadual de 4% . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09

/a IOB ComentaFederalIPI - Penalidades pelo descumprimento de obrigações acessórias . . . . . . . 10

/a IOB Perguntas e RespostasIOFCâmbio - Alíquota . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

IPIAlíquota - Néctar de frutas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11Suspensão - Repenec - Aplicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

ICMS/SPBase de cálculo reduzida - Monitoramento e rastreamento de veículo e de carga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12Isenção - Serviço de transporte de mercadoria - Redex . . . . . . . . . . . . . . . . 12Substituição tributária - Base de cálculo - Artefatos de uso doméstico . . . . 12

IPVA/SPCalendário para pagamento - Exercício de 2014 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

ISS/São PauloBase de cálculo - Agências de publicidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

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Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : construção civil : edificação.... -- 9. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2013. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2017-6

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

13-13013 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

50-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 50 SP

IPI

Construção civil - Edificação - Exclusão do conceito de industrialização SUMÁRIO 1. Introdução 2. Exclusão do conceito de industrialização

1. IntrOduçãO

O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de âmbito federal, tem como fatos geradores:

a) o desembaraço adua- neiro de produto de procedência estran-geira;

b) a saída de produto de estabelecimento indus-trial; e

c) a saída de produto de estabeleci-mento equiparado a industrial.

Neste texto, trataremos da exclusão do conceito de industrialização para fins de incidência do IPI das operações que resultem em edificações.

(RIPI/2010, art. 35)

2. ExCluSãO dO COnCEItO dE InduStrIAlIzAçãO

A legislação do IPI dispõe que é considerada industrialização, entre outras, a montagem definida

como a operação que consiste na reunião de pro-dutos, peças ou partes da qual resulte um novo pro-duto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal.

No caso de operação industrial que ocorra no próprio local do consumo ou de utilização do produto, fora do estabelecimento industrial, a legislação consi-

dera como ocorrido o fato gerador no momento da sua conclusão, que é entendido

como a data de entrega do pro-duto ao adquirente ou a data

em que se iniciar o seu con-sumo ou a sua utilização, se anterior à entrega.

Contudo, a legisla-ção exclui do conceito

de industrialização a montagem realizada fora

do estabelecimento indus-trial, que consista na reunião

de produtos, peças ou partes, da qual resulte:

a) edificações, como casas, edifícios, pontes, hangares, galpões e obras semelhantes, e suas coberturas;

b) instalação de oleodutos, usinas hidrelétricas, torres de refrigeração, estações e centrais telefônicas e outros sistemas de telecomuni-cação e telefonia, estações, usinas e redes de distribuição de energia elétrica e seme-lhantes; ou

c) fixação de unidades ou complexos industriais ao solo.

a Federal

No caso de operação industrial que ocorra no próprio

local do consumo ou de utilização do produto, fora do estabelecimento industrial, a legislação considera como ocorrido o fato

gerador no momento da sua conclusão, que é entendido como a data de entrega do produto

ao adquirente ou a data em que se iniciar o seu consumo ou a sua utilização, se

anterior à entrega

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50-02 SP Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 50 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Apesar de as operações anteriormente referidas não serem consideradas industrialização para efeito de incidência do IPI, é exigido o pagamento do imposto sobre os produtos, partes ou peças utilizados na operação de montagem.

Dessa forma, caso a empresa industrialize em seu estabelecimento os produtos, partes ou peças utilizados na montagem, sobre as suas saídas do estabelecimento industrializador haverá a incidência do IPI.

A base de cálculo será o valor total cobrado do adquirente do equipamento pela operação realizada, aí incluídos os custos relativos à montagem do bem e demais despesas acessórias.

A Secretaria da Receita Federal (RFB) pronunciou--se nesse sentido por meio da Solução de Consulta nº 50/2003, a seguir reproduzida:

MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA RECEITA FEDERAL

8ª REGIÃO FISCAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 50 de 18 de março de 2003

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI

EMENTA: INDUSTRIALIZAÇÃO. CONCEITO. EXCLUSÕES. Caracteriza-se como operação de industrialização, na modalidade montagem, a reunião de partes, peças e componentes da qual resulte elevadores, inclusive quando realizada fora do estabelecimento do executor, no próprio prédio onde esses equipamentos serão utilizados, não se aplicando nessa hipótese a exceção de que trata o art. 5º, inciso VIII, letras “b” ou “c”, do Decreto nº 4.544, de 2002. As partes, peças e componentes, fabricados ou importados pelo industrial, executor da montagem, a serem remetidos ao local em que será realizada a industrialização do bem, poderão sair de seu estabelecimento com suspensão do IPI. Considerar-se-á ocorrido o fato gerador desse imposto quando concluída a montagem do elevador, isto é, na data em que este for formalmente entregue ao adquirente, de acordo com as condições negociais estipuladas, ou na data em que se iniciar sua utilização, caso esta se dê antes da formalização da entrega. O valor tributável para cálculo do IPI será o valor total cobrado do adquirente do equipa-mento pela operação realizada, aí incluídos os custos rela-tivos à montagem do bem e demais despesas acessórias debitadas, entre as quais, quando for o caso, as referentes à instalação do equipamento no local a ele destinado na construção, onde se dará seu funcionamento.

Caso a empresa de construção civil adquira de terceiros os materiais (produtos, peças ou partes) utilizados na obra da qual resultem os bens imóveis anteriormente citados, não haverá a incidência do IPI nas suas saídas.

(RIPI/2010, art. 4º, III, art. 5º, VIII, “a”, parágrafo único, art. 36, VII, parágrafo único, e art. 190, II, § 1º; Parecer Normativo CST nº 9/1971; Solução de Consulta nº 50/2003)

N

a Estadual

ICMS

Industrialização triangular SUMÁRIO 1. Introdução 2. Operação triangular 3. Diferimento do ICMS 4. Trânsito da mercadoria por mais de um industrializador 5. Remessa de produtos industrializados para terceiros,

por conta e ordem do encomendante 6. Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP)

1. IntrOduçãO

Constitui-se prática comum no mercado a remessa de insumos para o industrializador, diretamente do estabelecimento fornecedor, por conta e ordem do adquirente. Essa operação é caracterizada como triangular, pois envolve, ao menos, três estabeleci-mentos na mesma operação.

Examinaremos neste texto o tratamento fiscal dispensado pela legislação do ICMS às operações

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50-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 50 SP

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

triangulares de industrialização, com base no RICMS--SP/2000, aprovado pelo Decreto nº 45.490/2000.

2. OPErAçãO trIAngulAr

A operação de remessa para industrialização é aquela em que o remetente, denominado autor da encomenda ou encomendante, envia insumos (maté-rias-primas, produtos intermediários ou materiais de embalagem) a outro estabelecimento da mesma empresa ou de terceiros, denominado industrializador ou executor da encomenda, para que este promova a industrialização.

Essa operação pode ser triangular, quando efe-tuada diretamente pelo fornecedor ao estabelecimento executor da encomenda (industrializador) por conta e ordem do adquirente dos insumos (encomendante), sem que estes transitem pelo estabelecimento autor da encomenda. Ilustramos essa operação mediante a seguinte representação gráfica:

(RICMS-SP/2000, art. 406 e Anexo V, Tabela I)

2.1 Estabelecimento fornecedor

Quando determinado estabelecimento mandar industrializar mercadoria com fornecimento de maté-rias-primas, produtos intermediários ou materiais de embalagem adquiridos de fornecedor que promover sua entrega diretamente ao industrializador (executor da encomenda), o estabelecimento fornecedor deverá:

a) emitir nota fiscal em nome do adquirente, com destaque do ICMS, se devido, que será apro-veitado como crédito por este, se for o caso, na qual, além dos demais requisitos exigidos, constem:

a.1) no campo “Natureza da Operação”, a observação “Venda de produção do es-tabelecimento” ou “Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros”;

a.2) no campo “CFOP”, os códigos 5.122 (operação interna) ou 6.122 (operação interestadual) e 5.123 (operação interna) ou 6.123 (operação interestadual), con-forme o caso;

a.3) no campo “Informações Complementa-res”, a observação “Mercadoria enviada para fins de industrialização à empresa _________________ (nome do estabe-lecimento industrializador), localizada

na Rua _________________, nº _____, São Paulo/SP - Inscrição estadual nº _________ e CNPJ nº ____________”;

b) emitir outra nota fiscal, sem destaque do ICMS, para acompanhar o transporte da mercadoria ao estabelecimento industrializador, na qual constem, além dos demais requisitos exigidos:b.1) no campo “Natureza da Operação”, a

observação “Remessa para industrializa-ção por conta e ordem de terceiros”;

b.2) no campo “CFOP”, o código 5.924 (ope-ração interna) ou 6.924 (operação inte-restadual);

b.3) no campo “Informações Complemen-tares”, a observação “Mercadoria que segue para fins de industrialização por conta e ordem do adquirente, empre-sa ________________ (indicar o nome do comprador), localizada na Rua ______________, nº ___, São Paulo/SP - Inscrição estadual nº ________ e CNPJ nº ___________, constante em nossa nota fiscal de venda nº ______, série _____ (se for o caso), de ___/___/___”.

(RICMS-SP/2000, art. 406, I)

2.1.1 dispensa de emissão de nota fiscal

O fornecedor fica dispensado da emissão da nota fiscal para acompanhar o transporte da mercadoria (letra “b” do subitem 2.1), desde que:

a) a saída da mercadoria com destino ao indus-trializador seja acompanhada da nota fiscal emitida pelo encomendante na forma da letra “a” do subitem 2.2, com indicação, nessa nota fiscal, da data da efetiva saída da mercadoria com destino ao industrializador;

b) seja anotada, na nota fiscal de venda (letra “a” do subitem 2.1), a circunstância de que a remessa da mercadoria ao industrializador foi efetuada com a nota fiscal citada na letra “a” do subitem 2.2, mencionando-se, ainda, os seus dados identificadores.

(RICMS-SP/2000, art. 406, parágrafo único)

2.2 Estabelecimento encomendante (autor da encomenda)

O autor da encomenda (encomendante) deverá:

a) emitir nota fiscal relativa à remessa simbólica em nome do industrializador, sem destaque do

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50-04 SP Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 50 - Boletim IOB

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ICMS - IPI e Outros

ICMS, na qual mencionará, além dos demais requisitos exigidos:a.1) no campo “Natureza da Operação”, a

observação “Remessa simbólica de in-sumos para industrialização”;

a.2) no campo “CFOP”, o código 5.901 (ope-ração interna) ou 6.901 (operação inte-restadual);

a.3) no campo “Informações Complementares”, a observação “Mercadoria enviada para fins de industrialização por nossa conta e ordem pela empresa _________________ (indicar o nome do fornecedor), localiza-da na Rua ______________, nº ___, São Paulo/SP - Inscrição estadual nº ________ e CNPJ nº ___________, conforme nota fiscal nº ______, série _____ (se for o caso), de ___/___/___”;

b) enviar a nota fiscal de remessa simbólica ao industrializador, que deverá anexá-la à nota fiscal emitida na forma da letra “b” do subi-tem 2.1 (ressalvada a hipótese de dispensa de emissão a que se refere o subitem 2.1.1) e efetuar as anotações pertinentes na coluna “Observações”, na linha correspondente ao respectivo lançamento no livro Registro de En-tradas.

(RICMS-SP/2000, art. 406, II)

2.3 Estabelecimento industrializador

O industrializador deverá emitir nota fiscal, na saída do produto industrializado com destino ao adquirente (autor da encomenda), com destaque do ICMS (se devido), que será calculado sobre o valor total cobrado do autor da encomenda, ressalvada a aplicação do diferimento do ICMS (veja item 3), na qual, além dos demais requisitos exigidos, constarão:

a) no campo “Natureza da Operação”, as obser-vações “Retorno de industrialização” e, na li-nha logo abaixo, “Industrialização para outra empresa”;

b) no campo “CFOP”, os códigos 5.925 (opera-ção interna) ou 6.925 (operação interestadual) e, na linha logo abaixo, 5.125 (operação inter-na) ou 6.125 (operação interestadual);

c) no campo “Descrição dos Produtos” do qua-dro “Dados do Produto”, o valor das mercado-rias empregadas, da mão de obra e do total cobrado do autor da encomenda;

d) no campo “Situação Tributária”, o Código de Situação Tributária (CST):

d.1) 050 - “Suspensão do imposto”;

d.2) 051 - “Diferimento do imposto (parcela relativa à mão de obra)”;

d.3) 000 - “Tributação sobre o valor do mate-rial empregado”;

e) no campo “Informações Complementares”, o valor da mercadoria recebida para industria-lização e a observação “Mercadoria recebi-da para fins de industrialização por conta e ordem do adquirente, enviada pela empresa _____________________ (indicar o nome do for-necedor), localizada na Rua ______________, nº ___, São Paulo/SP - Inscrição estadual nº _____________ e CNPJ nº ____________, com nota fiscal nº ____, série _______ (se for o caso), de ___/___/___”.

(RICMS-SP/2000, art. 406, III e Anexo V, Tabelas I e II)

2.4 ICMS - Operação interestadual - Alíquota aplicável

Transcrevemos, a seguir, texto da Decisão Norma-tiva CAT nº 3/2003, que trata de questão relacionada à aplicação de alíquota do ICMS na operação de venda promovida por fornecedor paulista para estabeleci-mento localizado em outro Estado com entrega direta da mercadoria, por conta e ordem do adquirente, a estabelecimento industrializador paulista.

Decisão Normativa CAT nº 3, de 28.11.2003

ICMS - Alíquota na operação de venda realizada por for-necedor paulista a estabelecimento localizado em outro Estado com entrega direta da mercadoria, por conta e ordem do adquirente, a estabelecimento industrializador paulista

O Coordenador da Administração Tributária, tendo em vista o disposto no artigo 522 do Regulamento do ICMS, apro-vado pelo Decreto 45.490, de 30 de novembro de 2000, decide:

1. Fica aprovada a resposta dada pela Consultoria Tribu-tária, em 5 de novembro de 2003, à Consulta nº 660/2003, cujo texto é reproduzido em anexo a esta decisão.

2. Conseqüentemente, com fundamento no inciso II do artigo 521 do Regulamento do ICMS, ficam reformadas todas as demais respostas dadas pela Consultoria Tribu-tária e que, versando sobre a mesma matéria, concluíram de modo diverso.

3. Esta decisão produzirá efeitos a partir de sua publica-ção.

“1. A Consulente expõe que importa e revende separa-dores de baterias, classificação NBM/SH 8507.90.10, a clientes situados em todo o País.

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50-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 50 SP

ICMS - IPI e Outros

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2. Menciona que remeterá referida mercadoria, por conta e ordem do estabelecimento comprador, a um estabeleci-mento industrializador situado neste Estado.

3. Entende a Consulente que deverá emitir duas Notas Fis-cais, na forma descrita no artigo 406 do RICMS/00, uma, em nome do estabelecimento adquirente, com destaque do ICMS, e outra, sem destaque do imposto, para acom-panhar o transporte da mercadoria para o estabelecimento industrializador.

4. Isso posto, indaga: ‘tendo em vista que a mercadoria vendida será destinada a estabelecimento industrializador localizado no Estado de São Paulo, necessitamos saber se a alíquota de ICMS na Nota Fiscal de venda será a interna (18%) ou a interestadual, visto que a mercadoria foi vendida a um estabelecimento fora do Estado, porém, fisicamente não sairá do Estado de São Paulo’.

5. Apreende-se, do exposto, que o estabelecimento autor da encomenda, situado em outro Estado, promoverá sub-seqüente saída dos produtos nos quais os separadores de bateria serão utilizados como matéria-prima ou produto intermediário.

6. Desse modo, lembramos que, nas condições previs-tas nos itens 1 a 3 do parágrafo único do artigo 406 do RICMS/00, a Consulente fica dispensada da emissão da Nota Fiscal para acompanhar o transporte da mercadoria para o estabelecimento industrializador.

7. Na operação de venda de mercadoria a contribuinte estabelecido em outro Estado, ainda que a entrega seja efetuada, por conta e ordem do adquirente, diretamente ao estabelecimento industrializador paulista é aplicável a alíquota interestadual de 7% ou de 12%, conforme o caso, prevista, respectivamente, nos incisos II e III do artigo 52 do RICMS/00, desde que este promova o retorno (real/efetivo) ao estabelecimento do autor da encomenda do produto industrializado, possivelmente bateria, no qual foi utilizado o separador de bateria”.

(Decisão Normativa CAT nº 3/2003)

3. dIFErIMEntO dO ICMS

A Portaria CAT nº 22/2007 dispõe que, na saída de mercadoria com destino a outro estabelecimento ou a trabalhador autônomo ou avulso que prestar serviço pessoal, em um e em outro caso, para industrialização, conforme previsto no art. 402 do RICMS-SP/2000, quando o autor da encomenda e o industrializador se localizarem neste Estado, o lança-mento do ICMS incidente sobre a parcela relativa aos serviços prestados ficará diferido para o momento em que, após o retorno dos produtos industrializados ao estabelecimento de origem, por este for promovida sua subsequente saída.

O referido diferimento aplica-se inclusive na hipótese de o estabelecimento industrializador ser

optante pelo regime do Simples Nacional. A Secre-taria da Fazenda do Estado já firmou entendimento sobre o assunto, por meio da Decisão Normativa CAT nº 13/2009, a seguir reproduzida:

Decisão Normativa CAT nº 13, de 24.08.2009

ICMS - Empresa optante pelo Simples Nacional industria-liza mercadorias sob encomenda de contribuinte paulista - Aplicabilidade da suspensão prevista no artigo 402 do RICMS/2000 e do diferimento previsto na Portaria CAT-22/2007.

O Coordenador da Administração Tributária, tendo em vista o disposto no artigo 522 do Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30 de novembro de 2000, decide:

Fica aprovado o entendimento a seguir exposto, baseado nas Respostas de Consulta nº 21/2008, de 30 de abril de 2009, e 984/2008, de 27 de abril de 2008:

1. Contribuinte do ICMS, optante pelo Simples Nacional, que efetua industrialização mediante encomenda, rece-bendo todos os insumos do encomendante e não acres-centando nenhum outro material no processo industrial, questiona como deve ser a tributação das operações relacionadas à industrialização para terceiros.

2. Acerca da industrialização por conta de terceiro:

a) o “caput” do artigo 402 do Regulamento do ICMS (RICMS/2000) prevê que o lançamento do imposto inci-dente na saída de mercadoria com destino a outro estabe-lecimento ou a trabalhador autônomo ou avulso que prestar serviço pessoal, para industrialização, fica suspenso até o momento em que, após o retorno dos produtos industria-lizados ao estabelecimento de origem, o autor da enco-menda promover a subseqüente saída desses mesmos produtos;

b) a Portaria CAT-22/2007, de 8 de março de 2007, a qual concede regime especial à remessa de mercadoria para industrialização, em relação ao imposto incidente sobre a parcela correspondente aos serviços prestados, prevê, em seu artigo 1º, que:

“Art. 1º - na saída de mercadoria com destino a outro estabelecimento ou a trabalhador autônomo ou avulso que prestar serviço pessoal, num e noutro caso, para industria-lização, conforme previsto no artigo 402 do Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Trans-porte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, aprovado pelo Decreto nº 45.490, de 30 de novembro de 2000, quando o estabelecimento autor da encomenda e o industrializador se localizarem neste Estado, o lançamento do ICMS incidente sobre a parcela relativa aos serviços prestados fica diferido para o momento em que, após o retorno dos produtos industrializados ao estabelecimento de origem, por este for promovida sua subseqüente saída.”

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50-06 SP Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 50 - Boletim IOB

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ICMS - IPI e Outros

3. Isso posto, cabe esclarecer que o presente entendi-mento pressupõe que o estabelecimento encomendante da industrialização está enquadrado no Regime Periódico de Apuração - RPA e que estão sendo cumpridas todas as condições exigidas para aplicação do disposto no artigo 402 do Regulamento do ICMS (RICMS/2000) e na Portaria CAT-22/2007.

4. Dessa forma, considerando que não há vedação expressa na Lei Complementar nº 123/2006, que instituiu o Simples Nacional, e nos demais atos que disciplinam esse regime tributário, entende-se que, na hipótese do contri-buinte referido no item 1, seria aplicável:

a) a suspensão do lançamento do imposto, prevista no artigo 402 do RICMS/2000, na remessa de mercadorias para industrialização, bem como ao retorno dos produtos industrializados ao autor da encomenda;

b) o diferimento do lançamento do imposto incidente sobre a parcela relativa aos serviços prestados pelo industriali-zador quando do retorno ao encomendante da mercadoria industrializada, previsto no artigo 1º da Portaria CAT-22/2007.

5. Cabe salientar que o referido diferimento é aplicável ape-nas aos serviços realizados pelo industrializador, cabendo o recolhimento normal do imposto sobre as mercadorias empregadas no processo de industrialização (por exem-plo, energia elétrica ou qualquer outro insumo utilizado, não fornecido pelo encomendante), com a aplicação da sistemática estabelecida pelo Simples Nacional.

6. Ressalta-se, ainda, que, conforme previsto no parágrafo único do artigo 1º da Portaria CAT-22/2007, as encomendas feitas por não-contribuinte do imposto, por estabelecimento rural de produtor e por estabelecimento sujeito às normas do Simples Nacional, bem como a industrialização de sucata de metais, não estão albergados pelo diferimento do imposto referido na alínea “b” do item 4 desta resposta. Nessas hipóteses, o industrializador optante pelo Simples Nacional deverá recolher o ICMS sobre todo o valor acres-cido (material aplicado e mão-de-obra) pela sistemática do Simples Nacional.

7. Por fim, eventuais dúvidas a respeito do recolhimento do imposto no âmbito do Simples Nacional devem ser dirigidas à Secretaria da Receita Federal do Brasil, órgão competente para dirimi-las, conforme Resolução CGSN nº 13/2007.

Nota

A Resolução CGSN nº 13/2007 foi revogada pela Resolução CGSN nº 94/2012.

O diferimento não se aplica às hipóteses a seguir indicadas, caso em que o estabelecimento que tiver procedido à industrialização deve calcular e recolher o imposto sobre o valor acrescido:

a) encomenda feita por não contribuinte do im-posto, por estabelecimento rural de produtor e

por estabelecimento enquadrado como bene-ficiário do regime simplificado atribuído a mi-croempresa ou empresa de pequeno porte;

b) industrialização de sucata de metais.

Constitui condição para o diferimento o retorno dos produtos industrializados ao estabelecimento de origem, dentro do prazo de 180 dias contados da data da saída da mercadoria do autor da encomenda, prorrogável, a critério do Fisco, por igual período, e admitida, ainda, excepcionalmente, uma segunda prorrogação, por mais 180 dias.

(Lei Complementar nº 123/2006; Portaria CAT nº 22/2007)

4. trânSItO dA MErCAdOrIA POr MAIS dE uM InduStrIAlIzAdOr

Caso a mercadoria tenha de transitar por mais de um estabelecimento industrializador antes de ser entregue ao autor da encomenda, cada um dos esta-belecimentos deverá:

a) emitir nota fiscal, sem destaque do valor do imposto, para acompanhar o transporte da mercadoria com destino ao industrializador seguinte, na qual, além dos demais requisitos, constarão:

a.1) a indicação de que a remessa se destina a industrialização por conta e ordem do autor da encomenda, que será qualifica-do nessa nota fiscal;

a.2) o número, a série e a data da emissão, o nome, o endereço e os números de ins-crição, estadual e no CNPJ, do emitente da nota fiscal que tiver acompanhado a mercadoria recebida em seu estabeleci-mento;

b) emitir nota fiscal em nome do estabelecimento autor da encomenda, na qual, além dos de-mais requisitos, constarão:

b.1) o número, a série e a data da emissão, o nome, o endereço e os números de ins-crição, estadual e no CNPJ, do emitente da nota fiscal que tiver acompanhado a mercadoria recebida em seu estabeleci-mento;

b.2) o número, a série e a data da emissão da nota fiscal de remessa da mercadoria para o industrializador seguinte, referida na letra “a”;

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50-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 50 SP

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

b.3) o valor da mercadoria recebida para in-dustrialização, o valor das mercadorias empregadas e o total cobrado do autor da encomenda;

b.4) o destaque do valor do imposto, que será calculado sobre o valor total cobrado do autor da encomenda, ressalvada a apli-cação do diferimento sobre o valor da mão de obra cobrada, referido no item 3.

Destaque-se que o último estabelecimento industrializador, ao promover a saída da mercadoria em retorno ao estabelecimento de origem, autor da encomenda, deverá:

a) emitir nota fiscal que terá como destinatário o estabelecimento de origem, autor da enco-menda, na qual, além dos demais requisitos, constarão:

a.1) o número, a série e a data da emissão, o nome, o endereço e os números de ins-crição, estadual e no CNPJ, do emitente da nota fiscal que acompanhou a merca-doria recebida em seu estabelecimento;

a.2) o valor da mercadoria recebida para in-dustrialização e o das mercadorias em-pregadas e o valor total cobrado do autor da encomenda;

b) efetuar, na nota fiscal que emitir, relativamente ao valor total cobrado do autor da encomenda, o destaque do valor do imposto, ressalvada a aplicação do diferimento sobre o valor da mão de obra cobrada mencionada no item 3.

(RICMS-SP/2000, arts. 404, 405 e 407)

5. rEMESSA dE PrOdutOS InduStrIAlIzAdOS PArA tErCEIrOS, POr COntA E OrdEM dO EnCOMEndAntE

Na operação em que, estando os estabelecimen-tos autor da encomenda e industrializador localizados no Estado de São Paulo, e a remessa dos produtos for efetuada pelo industrializador, por conta e ordem do autor da encomenda, diretamente a estabelecimento que os tiver adquirido, ou a outro estabelecimento pertencente ao mesmo titular do estabelecimento autor da encomenda, deverá ser observado o seguinte procedimento:

a) o estabelecimento autor da encomenda deve-rá emitir nota fiscal com destaque do ICMS, em nome do estabelecimento adquirente, na qual, além dos demais requisitos, constarão o nome do titular, o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ, do estabeleci-mento industrializador que irá promover a re-messa da mercadoria ao adquirente;

b) o estabelecimento industrializador deverá:

b.1) emitir nota fiscal em nome do estabele-cimento adquirente, para acompanhar o transporte da mercadoria, sem destaque do ICMS, na qual, além dos demais re-quisitos, constarão a natureza da ope-ração “Remessa por Conta e Ordem de Terceiros”, o número, a série e a data da emissão da nota fiscal referida na letra “a”, bem como o nome, o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ, do seu emitente;

b.2) emitir nota fiscal em nome do estabeleci-mento autor da encomenda, na qual, além dos demais requisitos, constarão como natureza da operação, a expressão “Re-torno Simbólico de Produtos Industrializa-dos por Encomenda”, o nome do titular, o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ, do estabelecimen-to adquirente para o qual for efetuada a remessa dos produtos, bem como o nú-mero e a série da nota fiscal emitida na forma da letra “a”, o número, a série e a data da emissão da nota fiscal pela qual a mercadoria tiver sido recebida em seu estabelecimento para industrialização, o nome, o endereço e os números de ins-crição, estadual e no CNPJ, do emitente, e, ainda, o valor da mercadoria recebida para industrialização, o valor das merca-dorias empregadas e o valor total cobra-do do autor da encomenda; e

b.3) indicar, ainda, no corpo da nota fiscal mencionada na letra “b.2”, o valor do ICMS que será calculado sobre a impor-tância das mercadorias empregadas e aproveitado pelo autor da encomenda como crédito, quando admitido.

O estabelecimento industrializador fica dispen-sado da emissão da nota fiscal mencionada na letra “b.1”, desde que:

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50-08 SP Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 50 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

1) a saída dos produtos com destino ao estabe-lecimento adquirente seja acompanhada da nota fiscal mencionada na letra “a”;

2) no corpo da nota fiscal mencionada no núme-ro 1, seja mencionada a data da efetiva saída da mercadoria com destino ao adquirente; e

3) na nota fiscal referida na letra “b.2”, seja men-cionada a circunstância de ter sido a remessa da mercadoria ao adquirente efetuada com o documento fiscal mencionado na letra “a”, in-dicando, ainda, os seus dados identificativos.

(RICMS-SP/2000, art. 408)

6. CódIgO FISCAl dE OPErAçõES E PrEStAçõES (CFOP)

VENDA/COMPRA

Venda Compra para industrialização ou comercialização

Fornecedor 5.122 ou 6.122

Venda de produção do estabeleci-mento remetida para industrialização, por conta e ordem do adquirente, sem transitar pelo estabelecimento do ad-quirente

Comprador 1.122 ou 2.122

Compra para industrialização em que a mercadoria foi remetida pelo fornecedor ao industrializador sem transitar pelo estabelecimento do adquirente

5.123 ou 6.123

Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros remetida para industrialização, por conta e ordem do adquirente, sem transitar pelo estabe-lecimento do adquirente

INDUSTRIALIZAÇÃO

Saídas Entradas

Remessa para industrialização Entrada para industrialização

Remetente CFOP Natureza da operação Destinatário CFOP Natureza da operação

Autor da encomenda (encomendante)

5.901 ou 6.901

Remessa simbólica de insumos para industrialização (quando não transi-tarem pelo estabelecimento do ad-quirente)

Industrializador 1.901 ou 2.901

Entrada simbólica de insumos para industrialização (quando não transitarem pelo estabelecimento do adquirente)

Fornecedor 5.924 ou 6.924

Remessa de mercadoria para indus-trialização por conta e ordem do ad-quirente, quando esta não transitar pelo estabelecimento do adquirente

Industrializador 1.924 ou 2.924

Entrada de mercadoria para in-dustrialização por conta e ordem do adquirente, quando esta não transitar pelo estabelecimento do adquirente

Saída em retorno de industrialização Entrada em retorno de industrialização

Remetente CFOP Natureza da operação Destinatário CFOP Natureza da operação

Executor da enco-menda (industriali-

zador)

5.125 ou 6.125

Industrialização efetuada para outra empresa quando a mercadoria re-cebida para utilização no processo de industrialização não transitar pelo estabelecimento adquirente da mer-cadoria

Autor da enco-menda (enco-

mendante)

1.125 ou 2.125

Industrialização efetuada por outra empresa quando a merca-doria remetida para utilização no processo de industrialização não transitou pelo estabelecimento ad-quirente da mercadoria

5.925 ou 6.925

Retorno de mercadoria recebida para industrialização por conta e or-dem do adquirente, quando esta não transitar pelo estabelecimento do adquirente

1.925 ou 2.925

Retorno de mercadoria remetida para industrialização por conta e ordem do adquirente, quando esta não transitar pelo estabelecimento do adquirente

(RICMS-SP/2000, Anexo V, Tabela I)

N

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50-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 50 SP

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Manual de Procedimentos

a IOB Setorial

EStadual

Importação - Suspensão do ICMS na importação de mercadoria posteriormente sujeita à alíquota interestadual de 4%

Uma das hipóteses de formação de crédito acumulado do ICMS se dá pela aplicação de alíquotas diversificadas nas operações de entrada e de saída de mercadorias.

Visando evitar esse acúmulo de crédito do imposto, em virtude da importação de mercadorias que serão objeto de saídas interestaduais sujeitas à alíquota de 4%, conforme previsto na Resolução do Senado Federal nº 13/2012, foi divulgada disciplina para a concessão de regime especial para a suspensão do lançamento do ICMS devido no desembaraço aduaneiro.

Assim, o estabelecimento localizado no Estado de São Paulo cujas operações resultem saldos credores elevados e continuados do ICMS em virtude da apli-cação da alíquota de 4%, nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados do exterior ou com conteúdo de importação superior a 40%, poderá solicitar regime especial para que o lançamento do imposto incidente nas operações de importação seja suspenso, total ou parcialmente, para o momento em que ocorrer a saída da mercadoria importada ou do produto resultante de sua industrialização.

O requerente deverá indicar em seu pedido o percentual pretendido de suspensão do ICMS inci-dente nas operações de importação, devendo anexar os documentos necessários para a comprovação de que o referido percentual é suficiente para inibir a formação de saldos credores elevados e continuados em razão da aplicação da alíquota de 4% em suas operações interestaduais. A autoridade fiscal poderá exigir outros documentos para aferir a consistência das informações prestadas, bem como determinar a realização de diligência fiscal.

A concessão do regime especial condiciona-se a que o estabelecimento importador, por qualquer de seus estabelecimentos:

a) seja emitente de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e adote a Escrituração Fiscal Digital (EFD);

b) promova o desembarque e o desembaraço aduaneiro da mercadoria importada em terri-tório paulista;

c) esteja em situação regular perante o Fisco;

d) não possua, por qualquer de seus estabeleci-mentos:

d.1) débitos fiscais inscritos na Dívida Ativa deste Estado;

d.2) débitos do imposto declarados e não pa-gos no prazo de até 30 dias contados da data de seu vencimento;

d.3) débitos do imposto decorrentes de Auto de Infração e Imposição de Multa (AIIM), em relação ao qual não caiba mais de-fesa ou recurso na esfera administrativa, não pagos no prazo previsto na legisla-ção;

d.4) débitos decorrentes de AIIM ainda não julgado definitivamente na esfera admi-nistrativa, relativos a crédito indevido do imposto proveniente de operações ou prestações amparadas por benefícios fiscais concedidos sem previsão em con-vênio ICMS;

e) na hipótese de o contribuinte não atender o descrito na letra “d”:

e.1) os débitos estejam garantidos por de-pósito, judicial ou administrativo, fiança bancária, seguro de obrigações contra-tuais ou outro tipo de garantia, a juízo da Procuradoria-Geral do Estado, se inscri-tos na Dívida Ativa, ou a juízo do coorde-nador da administração tributária, caso ainda pendentes de inscrição;

e.2) os débitos declarados ou apurados pelo Fisco sejam objeto de pedido de parce-lamento deferido e celebrado, que esteja sendo regularmente cumprido;

e.3) o AIIM ainda não julgado definitivamen-te na esfera administrativa seja garantido por depósito administrativo, fiança ban-cária, seguro de obrigações contratuais

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50-10 SP Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 50 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

ou outro tipo de garantia, a juízo do Coor-denador da Administração Tributária.

A decisão sobre o pedido de regime especial, que caberá ao Diretor Executivo da Administração Tributária, estabelecerá o percentual de suspensão do ICMS devido nas operações de importação de mercadorias; dela poderá ser interposto recurso dirigido ao coordenador da administração tributária, no prazo de 30 dias, contados da data da notificação.

A decisão do diretor executivo da administração tributária será notificada ao requerente e publicada,

mediante extrato do despacho de concessão do regime especial.

A nota fiscal emitida com base no regime es-pecial, além dos demais requisitos, deverá conter a seguinte observação: “Suspensão de ___ % (indicar o percentual) do ICMS devido no desembaraço adu-aneiro, conforme Regime Especial nº ____ (indicar o número do regime especial), nos termos da Portaria CAT nº 108/2013”.

(RICMS-SP/2000, art. 71, I; Portaria CAT nº 108/2013)

N

FEdERal

IPI - Penalidades pelo descumprimento de obrigações acessórias

Por meio da Lei nº 12.873/2013, foram alterados vários dispositivos da legislação federal, entre eles, o art. 57 da Medida Provisória nº 2.158-35/2001, o qual define as penalidades a que estão sujeitas o infrator, pelo descumprimento de obrigações acessórias.

O sujeito passivo que deixar de cumprir as obri-gações acessórias exigidas nos termos do art. 16 da Lei nº 9.779/1999, ou que as cumprir com incorreções ou omissões, será intimado para cumpri-las ou para prestar esclarecimentos relativos a elas nos prazos estipulados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), sujeitando-se às seguintes multas:

a) por apresentação extemporânea:a.1) R$ 500,00 por mês-calendário ou fração,

relativamente às pessoas jurídicas que estiverem em início de atividade ou que sejam imunes ou isentas ou que, na úl-tima declaração apresentada, tenham apurado lucro presumido (Imposto de Renda) ou sejam optantes pelo Simples Nacional;

a.2) R$ 1.500,00, por mês-calendário ou fra-ção, relativamente às demais pessoas ju-rídicas;

a.3) R$ 100,00, por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas físicas;

Nota

A multa referida na letra “a” será reduzida à metade quando a obriga-ção acessória for cumprida antes de qualquer procedimento de ofício (Medida Provisória nº 2.158-35/2001, art. 57, § 3º).

a IOB Comenta

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50-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 50 SP

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

b) por não cumprimento à intimação da RFB para cumprir obrigação acessória ou para pres-tar esclarecimentos nos prazos estipulados pela autoridade fiscal: R$ 500,00 por mês- -calendário;

c) por cumprimento de obrigação acessória com informações inexatas, incompletas ou omiti-das:

c.1) 3%, não inferior a R$ 100,00, do valor das transações comerciais ou das operações financeiras, próprias da pessoa jurídica ou de terceiros em relação aos quais seja responsável tributário, no caso de infor-mação omitida, inexata ou incompleta;

c.2) 1,5%, não inferior a R$ 50,00, do valor das transações comerciais ou das ope-rações financeiras, próprias da pessoa física ou de terceiros em relação aos quais seja responsável tributário, no caso de informação omitida, inexata ou incompleta.

Na hipótese de pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional, os valores e o percentual referidos nas letras “b” e “c” serão reduzidos em 70%.

No que se refere à letra “a”, em relação às pessoas jurídicas que, na última declaração, tenham utilizado mais de uma forma de apuração do lucro, ou tenham realizado algum evento de reorganização societária, deverá ser aplicada a multa de que trata a letra “a.2”.

Quando se tratar de pessoa jurídica de direito público, serão aplicadas as multas mencionadas nas letras “a.1”, “b” e “c”.

É oportuno destacar que essa alteração implica na redação do art. 592 do Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, a qual está prejudicada em face da nova redação dada ao citado art. 57 da Medida Provisória nº 2.158-35/2001.

(Lei nº 9.779/1999, art. 16; Lei nº 12.873/2013, art. 57; Me-dida Provisória nº 2.158-35/2001, art. 57; RIPI/2010, art. 592)

N

a IOB Perguntas e Respostas

IOF

Câmbio - Alíquota

1) Qual é a alíquota do IOF incidente nas opera-ções de câmbio referente a remessas de juros sobre o capital próprio e dividendo, recebidos por investidor estrangeiro?

Nas liquidações de operações de câmbio para remessa de juros sobre o capital próprio e dividendos recebidos por investidor estrangeiro, a alíquota do IOF é 0%.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 15-A, X)

IPI

Alíquota - Néctar de frutas

2) Qual é a alíquota do IPI para néctar de frutas da posição NCM 2202.90.00 Ex 02 da TIPI?

Com a alteração da Tabela de Incidência do IPI (TIPI) pelo Decreto nº 7.742/2012, a alíquota do IPI para néctar de frutas da posição NCM 2202.90.00 Ex 02 passou a ser de 0%.

(TIPI - Decreto nº 7.660/2011; Decreto nº 7.742/2012, art. 4º, Anexo III)

Suspensão - Repenec - Aplicação

3) Quais são as hipóteses em que há a suspen-são do IPI para o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura da Indústria Pe-trolífera nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (Repenec)?

Aplica-se a suspensão do IPI incidente na saída do estabelecimento industrial ou equiparado quando a aquisição no mercado interno de bens for efetuada por pessoa jurídica habilitada ao regime, relativamente às seguintes hipóteses:

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50-12 SP Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 50 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

a) venda de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, quando adquiridos por pessoa jurídica habilitada ao regime, para uti-lização ou incorporação nas obras de infraes-trutura nas Regiões Norte, Nordeste e Centro--Oeste, nos setores petroquímico, de refino de petróleo e de produção de amônia e ureia a partir do gás natural;

b) venda de materiais de construção, quando ad-quiridos por pessoa jurídica habilitada ao regi-me, para utilização ou incorporação nas obras. A habilitação de que trata o art. 4º somente po-derá ser requerida por pessoa jurídica de di-reito privado, titular de projeto aprovado para implantação de obras de infraestrutura nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, nos setores petroquímico, de refino de petróleo e de produção de amônia e ureia a partir do gás natural.

(Instrução Normativa RFB nº 1.074/2010, art. 2º, II, e art. 5º)

ICMS/SP

Base de cálculo reduzida - Monitoramento e rastreamento de veículo e de carga

4) Houve alteração na redução da base de cálculo do ICMS na prestação de serviço de monitoramento e rastreamento de veículo e de carga?

Sim. Desde 1º.11.2013, houve alteração na redução da base de cálculo do ICMS incidente nessa prestação de serviço, cuja carga tributária do imposto passou a ser a equivalente a 5% do valor da presta-ção.

(RICMS-SP/2000, Anexo II, art. 47)

Isenção - Serviço de transporte de mercadoria - Redex

5) É tributada a prestação de serviço de transporte de mercadoria destinada a Recinto Especial para Des-pacho Aduaneiro de Exportação (Redex) localizado em território paulista?

Não. Desde 26.10.2013, foi beneficiada com a isenção do ICMS a prestação de serviço de trans-porte de mercadoria destinada a Redex localizado em território paulista.

(RICMS-SP/2000, Anexo I, art. 149)

Substituição tributária - Base de cálculo - Artefatos de uso doméstico

6) Qual é o percentual do Índice de Valor Adiciona-do Setorial (IVA-ST) a ser utilizado no cálculo da subs-tituição tributária para artefatos de uso doméstico?

No período de 1º.11.2013 a 31.07.2015, no cál-culo do ICMS devido por substituição tributária nas operações internas com artefatos de uso doméstico, deverão ser observados os percentuais de IVA-ST divulgados pela Portaria CAT nº 111/2013.

(Portaria CAT nº 111/2013)

IPVa/SP

Calendário para pagamento - Exercício de 2014

7) Qual é a data de vencimento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para o exercício de 2014?

No exercício de 2014, o IPVA deverá ser recolhido nos seguintes prazos:

Placa final

Data para pagamento integral - Desconto de 3%

Data para pagamento integral - Sem desconto

1 13.01.2014 13.02.20142 14.01.2014 14.02.20143 15.01.2014 17.02.20144 16.01.2014 18.02.20145 17.01.2014 19.02.20146 18.01.2014 20.02.20147 21.01.2014 21.02.20148 22.01.2014 24.02.20149 23.01.2014 25.02.20140 24.01.2014 26.02.2014

O imposto também poderá ser pago em 3 parcelas mensais, iguais e consecutivas, sem qualquer des-conto, nos meses de janeiro, fevereiro e março/2014.

(Decreto nº 59.623/2013)

ISS/SãO PaulO

Base de cálculo - Agências de publicidade

8) Qual é a base de cálculo do Imposto Sobre Ser-viços (ISS) devido pelas agências de publicidade?

A base de cálculo do ISS, como regra geral, é o preço do serviço, como tal considerada a receita bruta a ele correspondente, sem nenhuma dedução, excetuados os descontos ou abatimentos concedidos independentemente de qualquer condição.

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50-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Dez/2013 - Fascículo 50 SP

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

No caso das agências de publicidade, constitui receita bruta:

a) o valor das comissões, inclusive das bonifica-ções a qualquer título, auferidas em razão da divulgação de propaganda;

b) o valor dos honorários, fees, criação, redação e veiculação;

c) o preço da produção em geral.

Quando o serviço a que se refere a letra “c” for executado por terceiros que emitam notas fiscais, faturas ou recibos em nome do cliente e aos cuidados da agência, o preço do serviço desta será a diferença entre o valor de sua fatura ao cliente e o valor dos documentos dos executores à agência.

(Decreto nº 53.151/2012, art. 17, caput, e art. 47)