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    INSTRUO DE PROJETO abr/2006 1 de 50

    Permitida a reproduo parcial ou total, desde que citada a fonte DER/SP mantido o texto original e no acrescentando qualquer tipo de propaganda comercial.

    TTULO

    PROJETO DE RESTAURAO DE PAVIMENTO RGO

    DIRETORIA DE ENGENHARIA PALAVRAS-CHAVE

    Projeto. Pavimentao. Restaurao. APROVAO PROCESSO

    PR 010273/18/DE/2006 DOCUMENTOS DE REFERNCIA

    OBSERVAES

    REVISO DATA DISCRIMINAO

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    NDICE

    1 RESUMO .......................................................................................................................................3

    2 OBJETIVO.....................................................................................................................................3

    3 DEFINIES.................................................................................................................................3

    3.1 Pavimento...................................................................................................................................3

    3.2 Defeitos nos Pavimentos Flexveis e Semi-rgidos ....................................................................4

    3.3 Defeitos nos Pavimentos Rgidos...............................................................................................6

    3.4 Classificao dos Servios de Manuteno de Pavimento.........................................................9

    3.5 Restaurao de Pavimentos Flexveis e Semi-rgidos................................................................9

    3.6 Restaurao de Pavimentos Rgidos ........................................................................................11

    3.7 Trfego .....................................................................................................................................12

    4 ETAPAS DE PROJETO ..............................................................................................................12

    4.1 Projeto Bsico ..........................................................................................................................13

    4.2 Projeto Executivo .....................................................................................................................13

    5 ELABORAO DE PROJETO ..................................................................................................13

    5.1 Normas Gerais Aplicveis........................................................................................................14

    5.2 Materiais e Disposies Construtivas ......................................................................................14

    5.3 Investigaes Geolgico-Geotcnicas......................................................................................19

    5.4 Avaliao Funcional e Estrutural de Pavimento ......................................................................23

    5.5 Critrios de Clculo..................................................................................................................24

    6 FORMA DE APRESENTAO.................................................................................................36

    6.1 Projeto Bsico ..........................................................................................................................36

    6.2 Projeto Executivo .....................................................................................................................37

    7 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS.........................................................................................39

    ANEXO A VALORES DO PERCENTUAL T0,90 EM FUNO DOS VALORES N-1 ................40 ANEXO B EXEMPLOS DE PLANILHAS DE CLCULO DE NMERO N............................42

    ANEXO C MODELOS DE PLANILHAS DE QUANTIDADES, QUADRO RESUMO DE DISTNCIAS DE TRANSPORTES E DEMONSTRATIVO DO CONSUMO DE MATERIAIS DOS SERVIOS DE PAVIMENTAO ..............................................45

    ANEXO D MODELO DE PLANILHA DE FICHA RESUMO.......................................................49

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    1 RESUMO

    Esta Instruo de Projeto apresenta os procedimentos, critrios e padres a serem adotados, como os mnimos recomendveis, para a elaborao de projeto de restaurao de pavimento para o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de So Paulo, DER/SP.

    2 OBJETIVO

    Padronizar os procedimentos a serem adotados para elaborao de projeto de restaurao de pavimento no mbito do DER/SP.

    3 DEFINIES

    Para os efeitos desta instruo de projeto, so adotadas as seguintes definies:

    3.1 Pavimento

    Estrutura constituda por diversas camadas superpostas, de materiais diferentes, construda sobre o subleito, destinada a resistir e distribuir ao subleito simultaneamente esforos hori-zontais e verticais, bem como melhorar as condies de segurana e conforto ao usurio.

    3.1.1 Pavimento Flexvel

    Pavimento flexvel constitudo por revestimento asfltico sobre camada de base granular ou sobre camada de base de solo estabilizado granulometricamente. Os esforos provenien-tes do trfego so absorvidos pelas diversas camadas constituintes da estrutura do pavimen-to flexvel.

    3.1.2 Pavimento Semi-rgido

    Pavimento semi-rgido constitudo por revestimento asfltico e camadas de base ou sub-base em material estabilizado com adio de cimento. O pavimento semi-rgido conhecido como pavimento do tipo direto quando a camada de revestimento asfltico executada so-bre camada de base cimentada e do tipo indireto ou invertido quando a camada de revesti-mento executada sobre camada de base granular e sub-base cimentada.

    3.1.3 Pavimento Rgido

    Pavimento rgido constitudo por placas de concreto de cimento Portland assentes sobre camada de sub-base granular ou cimentada. Quando a sub-base for cimentada pode, adicio-nalmente, haver uma camada inferior de material granular. Os esforos provenientes do tr-fego so absorvidos principalmente pelas placas de concreto de cimento Portland, resultan-do em presses verticais bem distribudas e aliviadas sobre a camada de sub-base ou sobre a camada de fundao.

    3.1.4 Pavimento de Peas Pr-Moldadas de Concreto

    Pavimento de peas pr-moldadas de concreto constitudo por revestimento em blocos pr-moldados de concreto de cimento Portland assentes sobre camada de base granular ou cimentada. Pode ou no apresentar camada de sub-base granular quando a base for cimenta-

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    da.

    3.1.5 Pavimento Composto

    Pavimento composto constitudo por revestimento asfltico esbelto sobre placas de con-creto de cimento Portland ou placas de concreto de cimento Portland sobre camada asflti-ca.

    3.2 Defeitos nos Pavimentos Flexveis e Semi-rgidos

    3.2.1 Fenda

    So denominadas de fendas quaisquer descontinuidades na superfcie do pavimento, poden-do assumir a feio de fissuras, trincas isoladas longitudinais ou transversais e trincas inter-ligadas, tipo couro de jacar ou em bloco.

    3.2.2 Fissura

    Fenda de largura capilar existente no revestimento, posicionada longitudinalmente, transver-salmente ou obliquamente ao eixo da via, somente perceptvel vista desarmada a distn-cias inferiores a 1,5 m, com abertura inferior a 1 mm.

    3.2.3 Trinca

    Fenda existente no revestimento, facilmente visvel vista desarmada, com abertura superi-or da fissura, podendo apresentar-se sob a forma de trinca isolada ou trinca interligada.

    3.2.3.1 Trinca isolada

    a) trinca transversal Trinca isolada que apresenta direo predominantemente perpendicular ao eixo da vi-a. Quando apresentar extenso de at 1 m denominada trinca transversal curta. Quando a extenso for superior a 1 m, denomina-se trinca transversal longa.

    b) trinca longitudinal Trinca isolada que apresenta direo predominantemente paralela ao eixo da via. Quando apresentar extenso de at 1 m denominada trinca longitudinal curta. Quando a extenso for superior a 1 m, denomina-se trinca longitudinal longa.

    c) trinca de retrao Trinca isolada no atribuda aos fenmenos de fadiga e sim aos fenmenos de retra-o trmica ou do material do revestimento ou do material de base rgida ou semi-rgida subjacentes ao revestimento trincado.

    3.2.3.2 Trinca interligada

    a) trincas tipo bloco Conjunto de trincas interligadas caracterizadas pela configurao de blocos formados por lados bem definidos, podendo, ou no, apresentar eroso acentuada nas bordas.

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    b) trincas tipo couro de jacar Conjunto de trincas interligadas sem direes preferenciais, assemelhando-se ao as-pecto de couro de jacar. Estas trincas podem apresentar, ou no, eroso acentuada nas bordas.

    3.2.4 Afundamento

    Deformao permanente caracterizada por depresso da superfcie do pavimento, acompa-nhada, ou no, de pequena elevao do revestimento asfltico, podendo apresentar-se sob a forma de afundamento plstico ou de consolidao.

    3.2.4.1 Afundamento plstico

    Afundamento causado pela fluncia plstica de uma ou mais camadas do pavimento ou do subleito, acompanhado de pequena elevao do revestimento asfltico. Quando ocorre em extenso de at 6 m denominado afundamento plstico local; quando a extenso for supe-rior a 6 m e estiver localizado ao longo da trilha de roda denominado afundamento plsti-co da trilha de roda ou flecha na trilha de roda.

    3.2.4.2 Afundamento de consolidao

    Afundamento de consolidao causado pela consolidao diferencial de uma ou mais ca-madas do pavimento ou subleito sem estar acompanhado de pequena elevao do revesti-mento asfltico. Quando ocorre em extenso de at 6 m denominado afundamento de con-solidao local; quando a extenso for superior a 6 m e estiver localizado ao longo da trilha de roda denominado afundamento de consolidao da trilha de roda ou flecha na trilha de roda.

    3.2.4.3 Afundamento na trilha de roda

    Deformao permanente constituda de uma depresso longitudinal na superfcie do pavi-mento no local da trilhas dos pneus dos veculos.

    3.2.5 Ondulao ou Corrugao

    Deformao caracterizada por pequenas irregularidades longitudinais, com pequenos com-primentos de onda e amplitude irregular, acompanhadas ou no de escorregamentos, resul-tando em sensveis vibraes para os veculos em movimento.

    3.2.6 Irregularidade Longitudinal

    Desvio da superfcie da rodovia em relao a um plano de referncia, que afeta a dinmica dos veculos, a qualidade de rolamento e as cargas dinmicas sobre a via.

    3.2.7 Escorregamento

    Deslocamento do revestimento em relao camada subjacente do pavimento, com apare-cimento de trincas em forma de meia-lua.

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    3.2.8 Exsudao

    Excesso de ligante asfltico na superfcie do pavimento, causado pela migrao do ligante atravs do revestimento.

    3.2.9 Desgaste

    Efeito do arrancamento progressivo do ligante e do agregado do pavimento, caracterizado por aspereza superficial do revestimento e provocado por esforos tangenciais.

    3.2.10 Panela

    Cavidade que se forma no revestimento por diversas causas, inclusive por falta de aderncia entre camadas superpostas, causando o desplacamento das camadas, podendo alcanar as camadas inferiores do pavimento e provocar a desagregao dessas camadas.

    3.2.11 Remendo

    a correo, em rea localizada, de defeito do pavimento. Considera-se remendo superficial quando houver apenas correo do revestimento; ou profundo quando, alm do revestimen-to, forem corrigidas uma ou mais camadas inferiores, podendo atingir o subleito.

    3.3 Defeitos nos Pavimentos Rgidos

    3.3.1 Alamento das Placas

    Desnivelamento das placas nas juntas ou nas fissuras transversais e, eventualmente, na pro-ximidade de canaletas de drenagem ou de intervenes realizadas no pavimento.

    3.3.2 Fissura de Canto

    Fissura que intercepta as juntas distncia menor ou igual metade do comprimento das bordas ou juntas longitudinais e transversais do pavimento, medindo-se a partir do seu can-to. A fissura geralmente atinge toda a espessura da placa.

    3.3.3 Placa Dividida

    Placa que apresenta fissuras dividindo-se em quatro ou mais partes.

    3.3.4 Escalonamento ou Degrau nas Juntas

    Caracteriza-se pela ocorrncia de deslocamentos verticais diferenciados e permanentes entre uma placa e outra adjacente, na regio da junta.

    3.3.5 Falha da Selagem das Juntas

    Avaria no material selante que possibilita o acmulo de material incompressvel na junta ou que permite a infiltrao de gua. As principais falhas observadas no material selante so:

    - rompimento, por trao ou compresso;

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    - extruso do material; - crescimento de vegetao; - endurecimento, oxidao do material; - perda de aderncia s placas de concreto; - quantidade deficiente de selante nas juntas.

    3.3.6 Desnvel entre Pista de Rolamento e Acostamento

    Degrau formado entre o acostamento e a borda do pavimento da pista de rolamento, geral-mente acompanhado de uma separao dessas bordas.

    3.3.7 Fissuras Lineares

    Fissuras que atingem toda a espessura da placa de concreto, dividindo-a em duas ou trs partes. Quando as fissuras dividem a placa em quatro ou mais partes, o defeito denomina-do de placa dividida.

    Como fissuras lineares enquadram-se:

    - fissuras transversais que ocorrem na direo da largura da placa, perpendicularmente ao eixo longitudinal do pavimento;

    - fissuras longitudinais que ocorrem na direo do comprimento da placa, paralelamen-te ao eixo longitudinal do pavimento;

    - fissuras diagonais, que so fissuras inclinadas que interceptam as juntas do pavimento distncia maior do que a metade do comprimento dessas juntas ou bordas.

    3.3.8 Reparo Grande

    Entende-se como reparo grande a correo da rea do pavimento original maior do que 0,45 m.

    3.3.9 Reparo Pequeno

    Entende-se como reparo grande a correo da rea do pavimento original menor ou igual a 0,45 m.

    3.3.10 Desgaste Superficial

    Caracteriza-se pelo descolamento da argamassa superficial, fazendo com que os agregados aflorem na superfcie do pavimento e, com o tempo, fiquem com a sua superfcie polida.

    3.3.11 Bombeamento

    Consiste na expulso de finos plsticos existentes no solo de fundao do pavimento, atra-vs das juntas, bordas ou trincas, quando da passagem das cargas solicitantes. Os finos bombeados tm a forma de lama fluida, identificados pela presena de manchas terrosas ao longo das juntas, bordas ou trincas.

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    3.3.12 Quebras Localizadas

    reas das placas que se mostram trincadas e partidas em pequenos pedaos, tendo formas variadas, situando-se geralmente entre uma trinca e uma junta ou entre duas trincas prxi-mas entre si.

    3.3.13 Fissuras Superficiais e Escamao

    Fissuras capilares que ocorrem apenas na superfcie da placa, tendo profundidade entre 6 mm e 13 mm, que apresentam a tendncia de se interceptarem, formando ngulos de 120.

    A escamao caracteriza-se pelo descolamento da camada superficial fissurada, podendo, no entanto, ser proveniente de outros defeitos, tal como o desgaste superficial.

    3.3.14 Fissuras de Retrao Plstica

    Fissuras superficiais de pequena abertura, inferior a 0,5 mm, e de comprimento limitado. Sua incidncia costuma ser aleatria e se desenvolvem formando ngulo de 45 a 60 com o eixo longitudinal da placa.

    3.3.15 Esborcinamento ou Quebra de Canto

    Quebra que aparece no canto da placa, tendo forma de cunha, que ocorre em distncia no superior a 60 cm do canto da placa.

    Este defeito difere da fissura de canto, pelo fato de interceptar a junta em um determinado ngulo, quebra em cunha, ao passo que a fissura de canto ocorre verticalmente em toda a espessura da placa.

    3.3.16 Esborcinamento de Juntas

    O esborcinamento de juntas se caracteriza pela quebra das bordas da placa de concreto, que-bra em cunha nas juntas, com o comprimento mximo de 60 cm, no atingindo toda a espes-sura da placa.

    3.3.17 Placa Bailarina

    Placa cuja movimentao vertical visvel sob a ao do trfego, principalmente na regio das juntas.

    3.3.18 Assentamento

    Caracteriza-se pelo afundamento do pavimento, originando ondulao superficial de grande extenso, podendo ocasionar permanncia da integridade do pavimento.

    3.3.19 Buracos

    Reentrncias cncavas observadas na superfcie da placa, provocadas pela perda de concreto no local, apresentando rea e profundidade bem definidas.

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    3.4 Classificao dos Servios de Manuteno de Pavimento

    A manuteno de pavimentos consiste em um conjunto de medidas destinadas a recompor a serventia do pavimento e a adaptar a rodovia s condies de trfego atual e futuro, prolon-gando seu perodo de vida.

    Os servios de manuteno englobam os seguintes tipos de intervenes:

    3.4.1 Conservao de Rotina

    o conjunto de operaes que normalmente so executadas uma ou mais vezes a cada ano e que tm por objetivo reparar ou sanar os defeitos.

    3.4.2 Reabilitao

    o conjunto de servios destinados a restituir as condies originais do pavimento por meio de servios como remendos seletivos, reforos estruturais ou aplicao de camadas de regu-larizao.

    3.4.3 Reconstruo

    a renovao completa da estrutura do pavimento. Pode envolver a remoo parcial ou to-tal da estrutura existente e substituio por materiais novos, processo tradicional, ou ainda o aproveitamento do material atravs de processo de reciclagem in situ ou em usina.

    3.4.4 Restaurao

    A restaurao contempla o conjunto de servios necessrios para restaurar a condio da ca-pacidade estrutural do pavimento e a qualidade de rolamento da rodovia, por meio da exe-cuo de atividades de reabilitao e, tambm, se necessrio, de reconstruo do pavimento existente em um mesmo projeto.

    3.5 Restaurao de Pavimentos Flexveis e Semi-rgidos

    3.5.1 Camada de Reforo Estrutural

    Aplicao de uma ou mais camadas, geralmente asflticas, sobre a estrutura do pavimento existente, as quais respondero pelo aumento da capacidade estrutural e pela correo de de-ficincias superficiais existentes. Este servio denominado recapeamento.

    3.5.2 Fresagem

    Remoo de uma ou mais camadas superficiais do pavimento existente, geralmente deterio-radas, empregando equipamento especfico.

    3.5.3 Reciclagem

    Processo de recuperao de material existente, cujas funes estejam comprometidas para seu emprego, com ou sem adio de outros materiais. A reciclagem dos materiais do pavi-mento existente pode ser executada in situ ou em usina.

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    3.5.4 Camada Anti-reflexo de Trincas

    Camada que atua como interface ou membrana atenuadora, dissipando as tenses desenvol-vidas pela propagao das trincas existentes na superfcie do pavimento a ser reabilitado pa-ra a nova camada asfltica aplicada.

    3.5.5 Imprimao Asfltica Ligante

    Filme de emulso asfltica lanado sobre a superfcie existente para garantir a aderncia en-tre esta superfcie e a camada de mistura asfltica superior.

    3.5.6 Imprimao Asfltica Impermeabilizante

    Espargimento de material asfltico diludo sobre a superfcie, concedendo-lhe caractersticas de impermeabilidade aps penetrao na sua parte superior.

    3.5.7 Selagem

    Aplicao de material asfltico em estado lquido em trincas existentes no revestimento as-fltico, com a finalidade de evitar a infiltrao de gua.

    3.5.8 Capa Selante

    Aplicao de emulso asfltica seguida de lanamento de agregado mido que age como re-juvenescedora da superfcie do pavimento, alm de selar as trincas eventualmente presentes.

    3.5.9 Remendo Superficial

    Correo, em rea localizada, de defeito na superfcie do pavimento, por meio de fresagem e reposio do revestimento asfltico.

    3.5.10 Remendo Profundo

    Correo, em rea localizada, de defeito da estrutura do pavimento, por meio da reposio do revestimento e de uma ou mais camadas inferiores.

    3.5.11 Tapa-Buraco

    Correo emergencial, em rea localizada, de defeito no pavimento por meio de lanamento de mistura asfltica sobre o local afetado, com reduzido controle de qualidade do servio re-alizado.

    3.5.12 Enchimento

    Complementao, com mistura asfltica, de rea localizada, com finalidade de nivelamento da superfcie, sem funo estrutural.

    3.5.13 Whitetopping

    Camada de concreto de cimento Portland superposta estrutura de pavimento flexvel exis-tente.

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    3.6 Restaurao de Pavimentos Rgidos

    3.6.1 Camada de Reforo Estrutural

    O reforo estrutural do pavimento de concreto simples de cimento Portland consiste na exe-cuo de camada de concreto asfltico superposta ao pavimento rgido existente ou de exe-cuo de novas placas de concreto de cimento Portland superpostas ao pavimento rgido e-xistente. A superposio do pavimento rgido existente por meio de execuo de novas pla-cas de concreto simples de cimento Portland pressupe, como nos pavimentos de concreto simples usuais, que as tenses solicitantes so suportadas to somente pelo prprio concreto, no havendo qualquer tipo de armadura distribuda.

    3.6.2 Reparos nos Pavimentos de Concreto de Cimento Portland

    Os reparos nos pavimentos de concreto simples de cimento Portland consistem em servios rotineiros de carter preventivo, referentes ao tratamento dos defeitos verificados nas placas de concreto. Os defeitos podem ser do tipo: fissura de canto, alamento da placa, placa divi-dida, escalonamento ou degrau nas juntas, falha de selagem, desnvel entre pista e acosta-mento, fissuras lineares, desgaste superficial, bombeamento, quebras localizadas, fissuras superficiais e escamao, fissuras de retrao plstica, esborcinamento, placa bailarina, bu-racos etc.

    Em funo do tipo de defeito, o reparo pode ser superficial ou profundo, atingindo toda a espessura da placa, alm de ser executado em rea parcial ou total da placa.

    O critrio para o reparo da rea da placa a ser corrigida dever ser baseado na abrangncia do defeito, como se segue:

    - reparo parcial, se o defeito estiver localizado no interior da placa, de forma centrali-zada, cuja demarcao para enquadramento do defeito esteja a pelo menos 1,2 m das quatro bordas da placa;

    - reparo parcial, se o defeito estiver localizado na lateral da placa prxima a uma das bordas, na direo longitudinal, cuja demarcao para enquadramento do defeito seja no mnimo de 1,5 m e no mximo a metade da largura da placa. Caso a largura rema-nescente seja inferior a 1,5 m, reconstri-se toda a placa;

    - reparo parcial, se o defeito estiver localizado na lateral da placa prxima a uma das bordas, na direo transversal, cuja demarcao para enquadramento do defeito seja no mnimo de 1,5 m e no mximo a a metade da comprimento da placa. Caso a largu-ra remanescente seja inferior a 1,5 m, reconstri-se toda a placa;

    - reparo total, se o defeito abranger mais da metade da rea da placa.

    O critrio para o reparo em relao profundidade da correo deve ser como se segue:

    - reparo superficial, quando da existncia de defeitos, tais como fissura superficial, des-gaste e escamao acentuada, desagregao superficial e localizada do concreto, subs-tituio do selante;

    - reparo profundo, quando da existncia de defeitos no abrangidos na alnea anterior.

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    3.6.3 Restaurao da Fundao do Pavimento de Concreto de Cimento Portland

    A restaurao da fundao do pavimento de concreto de cimento Portland consiste na re-moo total das placas de concreto e da camada de sub-base, executando novo preparo e melhoria do subleito, nova camada de sub-base e novas placas de concreto de cimento Por-tland.

    3.7 Trfego

    3.7.1 Fator de Eixo FE

    Coeficiente que, multiplicado pelo volume total de trfego comercial que solicitar o pavi-mento durante o perodo de projeto, fornece a estimativa do nmero de eixos que solicitaro o pavimento no mesmo perodo de projeto.

    3.7.2 Fator de Equivalncia Operacional

    Coeficiente que, multiplicado pelo nmero de operaes de uma determinada carga de eixo, simples ou tandem, fornece o nmero equivalente de operaes do eixo simples padro de rodas duplas de 80 kN.

    3.7.3 Fator de Carga FC

    Coeficiente que, multiplicado pelo nmero de eixos que solicitaro o pavimento durante o perodo de projeto, fornece o nmero equivalente de operaes do eixo simples padro de rodas duplas de 80 kN.

    3.7.4 Fator de Veculo FV

    Coeficiente que, multiplicado pelo volume total de trfego comercial que solicita o pavi-mento durante o perodo de projeto, fornece o nmero equivalente de operaes do eixo simples padro no mesmo perodo, ou seja: FCFEFV = .

    3.7.5 Fator Climtico Regional FR

    Coeficiente que considera as variaes de umidade dos materiais do pavimento durante as diversas estaes do ano.

    3.7.6 Perodo de Projeto

    Perodo adotado para o dimensionamento da estrutura do pavimento, de tal forma a desem-penhar sua funo de proporcionar trafegabilidade, conforto e segurana aos usurios duran-te este perodo. Adota-se, normalmente, perodo de projeto igual a 10 anos para pavimentos flexveis e semi-rgidos, e 20 anos para pavimentos rgidos.

    4 ETAPAS DE PROJETO

    O projeto de restaurao de pavimento deve ser elaborado em duas etapas, descritas a se-guir.

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    Permitida a reproduo parcial ou total, desde que citada a fonte DER/SP mantido o texto original e no acrescentando qualquer tipo de propaganda comercial.

    4.1 Projeto Bsico

    Inicialmente realizam-se levantamentos de dados de geotecnia existentes, da estrutura do pavimento existente, de hidrologia, do estado de conservao do pavimento existente e de trfego disponveis no Caderno de Estatstica de Trfego do DER/SP. A partir da anlise desses dados, realiza-se a programao dos levantamentos de campo e de ensaios laboratori-ais para a elaborao do projeto bsico de restaurao do pavimento existente. Deve-se a-presentar o estudo de alternativas de restaurao, com grau de detalhamento suficiente para permitir a anlise comparativa, objetivando a seleo da melhor soluo tcnica e econmi-ca para a obra.

    O projeto bsico deve constituir-se de relatrios tcnicos de avaliao funcional e estrutural de pavimento e de geotecnia do subleito, com levantamento da estrutura do pavimento exis-tente atravs de cavas de inspeo, bem como dos resultados dos ensaios geotcnicos das amostras de solos coletadas do subleito

    O projeto bsico deve constituir-se tambm de memorial de clculo com resultados da pes-quisa de trfego, clculo do nmero N de solicitaes do eixo simples padro de rodas duplas de 80 kN, resultados resumidos dos levantamentos de campo, segmentao homog-nea e dimensionamento estrutural de restaurao do pavimento existente com solues al-ternativas, sendo a seleo da alternativa baseada em anlise tcnico-econmico, alm de desenhos de seo-tipo transversal de pavimento e planilha de quantidades com oramento dos servios de pavimentao.

    4.2 Projeto Executivo

    Nesta etapa, a soluo selecionada no projeto bsico deve ser detalhada a partir dos dados atualizados e complementares dos levantamentos de campo com relao deflectometria e geotecnia do subleito.

    O projeto executivo deve constituir-se de relatrios tcnicos incluindo a verificao das es-truturas dos pavimentos existentes.

    O projeto executivo deve constituir-se tambm de memorial de clculo com resumo dos re-sultados dos levantamentos de campo, com pesquisas de trfego complementares, se neces-srias, e clculo do nmero N de solicitaes do eixo simples padro de rodas duplas de 80 kN, segmentao homognea, dimensionamento estrutural de restaurao do pavimento existente, desenhos de seo-tipo transversal de pavimento, planta de localizao dos tipos de pavimentos, detalhes construtivos acompanhados de notas referentes a cuidados constru-tivos, especificaes de servios e planilha de quantidades com oramento dos servios de pavimentao.

    5 ELABORAO DE PROJETO

    O projeto de pavimentao deve ser elaborado segundo os critrios apresentados a seguir.

    Caso alguma norma necessria ao desenvolvimento do projeto no conste no referido item, a projetista deve inclu-la nos estudos e projetos aps aprovao pelo DER/SP.

    Ressalta-se ainda que as investigaes dos materiais e da estrutura do pavimento, assim co-

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    Permitida a reproduo parcial ou total, desde que citada a fonte DER/SP mantido o texto original e no acrescentando qualquer tipo de propaganda comercial.

    mo o projeto, devem ser locados de acordo com o estaqueamento proveniente do levanta-mento topogrfico ou do projeto de geometria, este ltimo se houver. Assim, o estaquea-mento da topografia deve estar relacionado a pontos referenciais como os marcos quilom-tricos, com o intuito de haver preciso na elaborao dos projetos de pavimentao e facili-tar a execuo das obras.

    5.1 Normas Gerais Aplicveis

    5.1.1 Pavimentos Flexveis e Semi-Rgidos

    Para a elaborao dos projetos bsico e executivo de restaurao de pavimentos flexveis e semi-rgidos devem ser adotados os procedimentos DNER-PRO 011/79(1) e DNER-PRO 269/94(2) constantes tambm no manual de restaurao de pavimentos asflticos DNIT IPR-720(4). No caso de reconstruo da estrutura de pavimento deve ser seguida a orientao da Instruo de Projeto de Pavimentao do DER/SP.

    A critrio da fiscalizao, em projetos de maior importncia, pode ser solicitada a verifica-o mecanicista da soluo proposta de restaurao obtida pelos procedimentos DNER-PRO 011/79(1) e DNER-PRO 269/94(2) atravs do emprego de programa computacional. Na utilizao de programas computacionais para a verificao mecanicista, devem ser forneci-dos a descrio sucinta do programa computacional, as hipteses de clculo utilizadas, as simplificaes adotadas e os resultados obtidos.

    Para os reparos de pavimento, devem ser seguidas as indicaes e recomendaes dos dese-nhos de projeto padro da srie P00 do DER/SP.

    5.1.2 Pavimentos Rgidos

    Para a elaborao dos projetos bsico e executivo de restaurao de pavimentos rgidos de concreto de cimento Portland devem ser adotadas as diretrizes contidas no manual de white-topping do DNER(3), da especificao de servios de reparos de pavimentao do DER/SP. No caso de reconstruo do pavimento de ser seguida as orientao da Instruo de Projeto de Pavimentao do DER/SP.

    Para os reparos de pavimento devem ser seguidas as indicaes e recomendaes dos dese-nhos de projeto padro da srie P00 do DER/SP.

    5.2 Materiais e Disposies Construtivas

    Os materiais e servios de pavimentao devem atender s especificaes tcnicas de servi-o de pavimentao do DER/SP.

    Os servios de restaurao englobam os servios de reabilitao e de reconstruo.

    Os materiais ou misturas de materiais empregados nas diversas camadas constituintes da es-trutura do pavimento devem atender tambm s seguintes prescries.

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    Permitida a reproduo parcial ou total, desde que citada a fonte DER/SP mantido o texto original e no acrescentando qualquer tipo de propaganda comercial.

    5.2.1 Servios de Reconstruo

    5.2.1.1 Solos do subleito

    Para a camada de melhoria e preparo do subleito, os solos devem apresentar as seguintes propriedades geotcnicas:

    - capacidade de suporte medida pelo ndice de Suporte Califrnia (ISC) superior ou i-gual 2%;

    - expanso mxima de 2%; - grau de compactao mnimo de 100% do Proctor Normal. Para solos finos laterticos

    ou para solos granulares pode ser utilizada a energia de 100% do Proctor Intermedi-rio.

    No caso de ocorrncia de solos com ISC inferior a 2%, deve-se efetuar substituio destes solos, na espessura a ser definida de acordo com os critrios adotados nos estudos geotcni-cos.

    Para subleito com solos de expanso superior a 2%, deve ser determinada, experimental-mente, a sobrecarga necessria para o solo apresentar expanso menor que 2%. O peso pr-prio do pavimento projetado deve transmitir para o subleito presso igual ou maior do que a determinada pelo ensaio. Caso o peso prprio da estrutura no seja suficiente para propor-cionar presso maior ou igual presso determinada no ensaio de sobrecarga, deve-se efetu-ar a substituio de solos em espessura definida nos estudos geotcnicos.

    5.2.1.2 Materiais para reforo do subleito

    Os solos apropriados para camada de reforo do subleito so os de ISC superior ao do sub-leito e expanso mxima de 1%.

    Recomenda-se que os solos sejam aqueles de comportamento latertico do tipo LA, LAe LG da classificao Miniatura Compactada Tropical MCT proposta por Nogami & Villi-bor(6).

    5.2.1.3 Materiais para camadas de sub-base e base

    Os solos, misturas de solos, solos estabilizados quimicamente, materiais ptreos ou misturas de solos e materiais ptreos, quando empregados na camada de sub-base do pavimento, devem apresentar as seguintes propriedades geotcnicas:

    - capacidade de suporte, ISC, superior ou igual a 30%; - expanso mxima de 1%.

    Estes materiais ou misturas de materiais, quando empregados na camada de base do pavimento, devem apresentar as seguintes propriedades geotcnicas:

    - capacidade de suporte, ISC, superior ou igual a 80%; - expanso mxima de 1%.

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    Permitida a reproduo parcial ou total, desde que citada a fonte DER/SP mantido o texto original e no acrescentando qualquer tipo de propaganda comercial.

    Para misturas de solo-cimento, a resistncia caracterstica compresso simples deve ser maior ou igual a 4 MPa, avaliada aos 28 dias de idade.

    Para brita graduada tratada com cimento, a mistura deve ser dosada de modo a obter resistncia caracterstica compresso simples, avaliada aos 28 dias de idade, superior ou igual a 4,0 MPa e inferior a 6,2 MPa.

    Para concreto compactado com rolo, a mistura deve ter consumo mnimo de cimento variando de 85 kg/m3 a 120 kg/m3, e a resistncia compresso simples, avaliada aos 28 dias de idade, deve ser superior ou igual a 5 MPa.

    5.2.1.4 Materiais para camadas de rolamento e de ligao ou binder

    Para as camadas de rolamento e de ligao ou binder, tanto os agregados quanto os materi-ais asflticos e a mistura resultante de concreto asfltico usinado a quente ou pr-misturado a quente ou pr-misturado a frio devem atender, obrigatoriamente, s especificaes tcnicas do DER/SP.

    5.2.1.5 Concreto de cimento Portland

    Os pavimentos de concreto simples de cimento Portland devem ser dotados de barras de li-gao e de transferncia. As placas de concreto devem ser retangulares, com exceo das placas de concordncia, que devem ser dotadas de armadura simples distribuda descont-nua. As placas devem possuir juntas longitudinais de articulao e transversais de retrao conforme indicado no projeto.

    As juntas de articulao e retrao devem ser preenchidas com material do tipo polietileno, isopor, cortia ou similar e preenchidas com selante. Estes materiais devem atender s exi-gncias impostas pela especificao tcnica de servio do DER/SP.

    Todos os materiais a serem utilizados na confeco do pavimento, tais como: cimento, agre-gados, gua, aditivos e ao devem atender s exigncias impostas pela especificao tcnica de servio do DER/SP.

    O material para cura do concreto deve atender s exigncias impostas pela especificao tcnica de servio do DER/SP.

    O concreto deve ser dosado experimentalmente por qualquer mtodo que correlacione resis-tncia, durabilidade e fator gua e cimento, levando-se em conta a trabalhabilidade especfi-ca para cada caso, e deve atender, simultaneamente, s seguintes resistncias caractersticas:

    - trao por flexo igual ou superior a 4,5 MPa, aos 28 dias de idade; - compresso axial igual ou superior a 33 MPa, aos 28 dias de idade.

    5.2.1.6 Peas pr-moldadas de concreto

    As peas pr-moldadas de concreto de cimento Portland devem atender s exigncias im-postas pela especificao NBR 9780(7), NBR 9781(8) e pela especificao tcnica de servio do DER/SP.

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    Permitida a reproduo parcial ou total, desde que citada a fonte DER/SP mantido o texto original e no acrescentando qualquer tipo de propaganda comercial.

    A resistncia caracterstica compresso simples, aos 28 dias de idade, deve ser superior ou igual a 35 MPa para solicitaes de veculos comerciais de linha e superior ou igual a 50 MPa quando houver trfego de veculos especiais ou solicitaes capazes de produzir a-centuados efeitos de abraso.

    5.2.2 Servios de Reabilitao

    5.2.2.1 Aplicao de camada adicional de revestimento asfltico ou recapeamento

    O recapeamento, quando relacionado melhoria da condio estrutural, denominado re-foro estrutural. Quando relacionado funo de melhoria funcional, o recapeamento de-nominado camada de regularizao.

    A aplicao direta de camada de reforo estrutural sobre pavimento com elevado grau de deteriorao, principalmente com presena de trincas interligadas do tipo couro de jacar, pode apresentar em curto intervalo de tempo trincas de reflexo que se propagam da camada de revestimento asfltico antiga para a nova camada de rolamento. Portanto, devem ser uti-lizadas tcnicas de controle de propagao de trincas, que podem variar entre solues mais ou menos custosas, tradicionais ou no, genericamente indicadas por aplicao de camada anti-reflexo de trincas: material granular, mistura asfltica aberta, mantas interpostas etc.. A soluo pode ser ainda a remoo do revestimento original por meio de fresagem.

    Para o servio de recapeamento de pavimento, com ou sem camadas anti-reflexo de trincas, h diversos materiais asflticos que podem ser empregados: concreto asfltico usinado a quente, macadame asfltico, pr-misturado a frio ou a quente, tratamentos superficiais sim-ples, duplos ou triplos, camada porosa de atrito, micro revestimento a quente etc. Pode-se adicionar polmero s misturas dos materiais citados. O micro revestimento a quente com asfalto polmero alternativa de utilizao como camada anti-reflexo de trincas subjacen-tes ao revestimento.

    5.2.2.2 Fresagem de revestimento asfltico

    A fresagem do revestimento asfltico deteriorado uma tcnica interessante do ponto de vista de manuteno para extensas reas trincadas de elevado grau de severidade ou com a-fundamentos plsticos em trilhas de roda associados ou no escorregamento de massa.

    O servio de fresagem evita a elevao do greide da rodovia e permite executar recapea-mento apenas na faixa de rolamento deteriorada, sem desnivelamento em relao s faixas adjacentes que no sofrero interveno, alm de preservar os gabaritos e a geometria origi-nal. Desta forma, evitam-se interferncias de reforos em meios-fios e calamentos, dentre outros.

    Aps os servios de fresagem podem ser empregados sobre a superfcie remanescente quai-squer dos materiais citados no item 5.2.2.1.

    5.2.2.3 Rejuvenescimento, impermeabilizao e selagem

    Os servios de rejuvenescimento fazem parte de manuteno preventiva reduzindo a taxa de deteriorao do pavimento. Estes servios trazem reflexos na extenso da vida de servio dos pavimentos e postergam a necessidade de restaurao.

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    Permitida a reproduo parcial ou total, desde que citada a fonte DER/SP mantido o texto original e no acrescentando qualquer tipo de propaganda comercial.

    Os servios de rejuvenescimento de pavimentos englobam selagem de trincas, banhos selan-tes, lamas asflticas e massas asflticas finas de concreto asfltico, micro revestimento as-fltico a frio com emulso modificada por polmero, micro pr-misturado a quente com as-falto polmero ou areia asfalto a quente com asfalto polmero.

    5.2.2.4 Reciclagem

    A reciclagem de pavimentos asflticos recomendada para as situaes de elevado processo de deteriorao dos pavimentos, onde no seriam mais recomendadas intervenes do tipo reabilitao, ou seja, situaes em que ocorrem diversos tipos de defeitos em elevado grau de severidade, tais como: trincas interligadas em extenses considerveis, deformaes pls-ticas, panelas, ondulaes, desgaste acentuado, remendos sucessivos comprometidos etc. Para o caso de deformaes de consolidao acentuadas acompanhadas de deflexes eleva-das recomenda-se o procedimento de reconstruo do pavimento existente.

    A reciclagem pode ser executada por meio de procedimento contemplando a camada de re-vestimento em conjunto com a camada de base granular quando na camada de revestimento forem detectados defeitos provenientes da camada de base. Quando forem detectados defei-tos superficiais, e a camada de revestimento apresentar espessura suficiente de concreto as-fltico, a reciclagem pode ser executada por meio de procedimento contemplando apenas a camada de revestimento. Ao final do processo de reciclagem deve-se aplicar nova camada de revestimento asfltico sobre a camada reciclada.

    A reciclagem a frio ou a quente in situ consiste na remoo e simultnea triturao, por fre-sagem, do revestimento asfltico do pavimento, podendo abranger tambm a base granular do pavimento existente.

    No caso de reciclagem apenas do revestimento asfltico, durante o processamento, a mistura asfltica pode receber adies de agentes regenerantes, ricos em maltenos, alm de teor de asfalto virgem complementar, eventualmente adicionando agregados e material de enchi-mento, como o filler. J no caso de reciclagem do revestimento e da base granular, podem ser adicionados mistura reciclada agregados ou mistura de agregados e cimento, com o ob-jetivo de melhorar a qualidade do material, atendendo s especificaes desta camada que deve ser a nova base da estrutura de pavimento.

    H, tambm, os procedimentos de reciclagem em misturas realizadas em usina, ou seja, o material da estrutura de pavimento existente fresado e transportado para a usina aonde reciclado, com adio de novos materiais, adequando-o granulometria e especificao de material, ficando posteriormente disponvel para utilizao no mesmo local de sua origem ou em outra obra.

    5.2.2.5 Servios de remendos superficiais e de tapa-buraco

    Os servios de tapa-buraco consistem somente no emprego de concreto asfltico, pr-misturado a quente ou pr-misturado a frio, para enchimento do buraco previamente limpo e imprimado com pintura de ligao.

    Os remendos superficiais pressupem a reconstituio do revestimento do pavimento de uma forma mais ordenada, em rea mais extensa do que em um buraco, com o emprego de

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    materiais de maneira controlada e com equipamentos convencionais.

    5.3 Investigaes Geolgico-Geotcnicas

    As investigaes geolgico-geotcnicas devem ser realizadas em funo das necessidades de detalhamento de cada etapa dos projetos bsico e executivo.

    Os estudos geolgicos e geotcnicos devem ser executados de acordo com as instrues de projeto de Estudos Geolgicos e de Estudos Geotcnicos.

    5.3.1 Projeto Bsico

    Na etapa de projeto bsico devem ser realizadas as seguintes atividades:

    5.3.1.1 Realizao de sondagens e ensaios geotcnicos com solos do subleito

    A amostragem para os estudos geotcnicos deve ser realizada por meio de furos de sonda-gens, com espaamento mximo entre dois furos consecutivos, no sentido longitudinal, de 1000 m. Os furos de sondagem devem ser locados e amarrados ao sistema de estaqueamento do projeto.

    As sondagens para reconhecimento tctil-visual, coleta de amostras dos solos do subleito, traado do perfil geotcnico do subleito e anotao da cota do nvel dgua, se constado, de-vem ser executadas com auxlio de equipamentos manuais do tipo: trado espiral, cavadeira, p, picareta etc.

    A profundidade das amostras em relao ao greide acabado de terraplenagem deve ser de 1,5 m ou mais no caso de ocorrncia de solos inadequados sujeitos a remoo.

    Os ensaios geotcnicos devem ser realizados de forma a avaliar os materiais entre 0,0 m e 1,5 m abaixo da cota do greide final de terraplenagem, por meio da coleta de amostras de solos por horizonte verificado no furo executado. Caso haja mais de um horizonte avaliado na anlise tctil-visual, devem ser coletadas e ensaiadas amostras representativas de cada horizonte.

    Os solos do subleito devem ser estudados conforme os seguintes ensaios geotcnicos:

    a) ensaios in situ: massa especfica aparente do solo e teor de umidade natural; b) ensaios de laboratrio:

    - compactao de solos com equipamento miniatura; - determinao da perda de massa por imerso de solos compactados em equipa-

    mento miniatura;

    - determinao do ndice de suporte Mini-CBR e da expanso; - ndice de Suporte Califrnia (ISC); - anlise granulomtrica completa de solos, incluindo ensaio de sedimentao.

    O uso do Mini-CBR admissvel, em substituio ao ISC, quando o material apresentar

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    granulometria com 90% passando na peneira de 2 mm de abertura nominal.

    Com os resultados do ensaio de compactao de solos com equipamento miniatura e do en-saio de determinao de perda de massa por imerso, classifica-se o solo de acordo com a Classificao Miniatura Compactada Tropical MCT proposta por Nogami & Villibor(6).

    5.3.1.2 Realizao de sondagens e ensaios geotcnicos com solos das reas de emprs-timo

    A amostragem da jazida na etapa de projeto bsico deve ser realizada por meio de, no m-nimo, trs furos de sondagens locados de forma a abranger toda a rea da jazida de solos julgada aproveitvel na inspeo de campo.

    As reas de emprstimos devem ser cadastradas pela topografia amarrando-se as coordena-das das sondagens executadas, bem como das cotas da superfcie da rea, a localizao e a distncia em relao rodovia em anlise.

    Deve ser coletada em cada furo e para cada horizonte de solo detectado, uma amostra sufi-ciente para a realizao de todos os ensaios geotcnicos de caracterizao. Devem ser ano-tadas as cotas de mudana de camadas, adotando-se denominao expedita que as caracteri-zem.

    A rea de emprstimo deve ser considerada satisfatria para a prospeco definitiva na etapa de projeto executivo quando os materiais coletados e ensaiados ou, pelo menos, parte dos materiais existentes satisfizerem s especificaes vigentes, ou quando houver a possibili-dade de correo por mistura com materiais de outras jazidas.

    Os solos das reas de emprstimo devem ser estudados conforme os ensaios geotcnicos ci-tados no item 5.3.1.1.

    5.3.1.3 Pesquisa de ocorrncia de material ptreo

    Na etapa de projeto bsico devem ser coletadas amostras de rochas por meio de sondagens rotativas no paredo rochoso da pedreira inventariada para serem submetidas aos ensaios:

    - abraso Los Angeles; - sanidade; - adesividade; - anlise petrogrfica, se solicitada pela fiscalizao; - compresso uniaxial; - ndices fsicos; - ndice de forma de fragmentos; - anlise granulomtrica.

    No caso de utilizao no projeto de pedreira comercial, devem ser anexadas as licenas de instalao, explorao e operao da empresa.

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    5.3.1.4 Realizao de Cavas de Inspeo

    A amostragem da rodovia na etapa de projeto bsico, para fins de verificao da estrutura do pavimento existente, deve ser realizada por meio de cavas de inspeo ou broqueamento, com espaamento mximo entre dois furos consecutivos, no sentido longitudinal, de 1000 m. Devem ser anotadas as espessuras e os materiais constituintes das diversas camadas do pavimento existente.

    5.3.2 Projeto Executivo

    Na etapa de projeto executivo, as investigaes devem ser complementadas para atender s necessidades de detalhamento da soluo de pavimentao selecionada no projeto bsico. Portanto, na etapa de projeto executivo devem ser realizadas atividades descritas a seguir.

    5.3.2.1 Realizao de sondagens e ensaios geotcnicos com solos do subleito

    A amostragem da rodovia, para fins geotcnicos, na etapa de projeto executivo deve ser rea-lizada por meio de furos de sondagens, com espaamento mximo entre dois furos consecu-tivos, no sentido longitudinal, de 500 m. Os furos de sondagem devem ser locados e amar-rados ao sistema de estaqueamento do projeto.

    fundamental a indicao correta das posies dos furos de sondagens e as suas profundi-dades de coleta de amostras. Desta forma, tenta-se evitar que ocorram situaes onde os re-sultados dos ensaios geotcnicos das amostras de solos estudadas sejam inutilizados devido aos erros cometidos quando da programao dos furos de sondagens pela no observncia de detalhes do projeto geomtrico.

    Os ensaios a serem realizados nas amostras de solos coletadas no subleito na etapa de proje-to executivo so idnticos aos apresentados no item 5.3.1.1.

    5.3.2.2 Realizao de sondagens e ensaios geotcnicos com solos das reas de emprs-timo

    Deve ser realizado o estudo definitivo na etapa de projeto executivo quando verificada a possibilidade de aproveitamento tcnico-econmico de uma rea de emprstimo, com base nos resultados dos ensaios laboratoriais realizados nas amostras de solos da jazida ensaiada na etapa de projeto bsico.

    A partir do levantamento topogrfico da rea a ser explorada lana-se um reticulado com malha de 50 m de lado, dentro dos limites da ocorrncia selecionada, onde devem ser execu-tados novos furos de sondagem.

    Deve ser coletada em cada furo e para cada horizonte de solo detectado, uma amostra sufi-ciente para a realizao de todos os ensaios geotcnicos de caracterizao. Devem ser ano-tadas as cotas de mudana de camadas, adotando-se uma denominao expedita que as ca-racterize.

    Os ensaios geotcnicos a serem realizados nas amostras de solos coletadas nas jazidas na e-tapa de projeto executivo so idnticos aos apresentados no item 5.3.1.1.

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    5.3.2.3 Pesquisa de ocorrncia de material ptreo

    Na etapa de projeto executivo, se necessrio, deve ser providenciado o lanamento de um reticulado com malha de 20 m de lado, dentro dos limites da ocorrncia selecionada, onde devem ser realizado novos furos de sondagens rotativas.

    Os ensaios laboratoriais a serem realizados na etapa de projeto executivo so idnticos aos apresentados no item 5.3.1.3.

    No caso de utilizao no projeto de pedreira comercial, devem ser anexadas as licenas de instalao, explorao e operao da empresa.

    5.3.2.4 Pesquisa de ocorrncia de areais

    Na etapa de projeto executivo devem ser realizados ensaios laboratoriais com o objetivo de obteno de informaes a respeito das propriedades geotcnicas de areais a serem utiliza-das na obra.

    As informaes com relao s propriedades geotcnicas do areal devem ser obtidas por certificados fornecidos pelos proprietrios ou pela de coleta de amostras e posterior realiza-o de ensaios laboratoriais.

    Os ensaios laboratoriais que devem ser apresentados para o areal so:

    - composio granulomtrica; - mdulo de finura; - dimetro mximo; - massa especfica real; - massa especfica aparente; - teor de argila.

    No caso de utilizao no projeto de areal comercial devem ser anexadas as licenas de insta-lao, explorao e operao da empresa.

    5.3.2.5 Realizao de ensaios especiais

    Os ensaios especiais que se tornarem necessrios para o detalhamento do projeto executivo podem ser solicitados pelo DER/SP

    Os ensaios especiais usualmente necessrios na etapa de elaborao do projeto executivo so:

    - dosagem de misturas cimentadas como solo-cimento, solo-brita tratado com cimento, brita graduada tratada com cimento, concreto compactado com rolo, para a determi-nao do teor timo de cimento Portland e da resistncia obtida da mistura;

    - dosagem de misturas de solo e brita para a determinao do ISC e da porcentagem de brita necessria na mistura;

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    - dosagem de misturas recicladas para a determinao do ISC ou resistncia, e da por-centagem de brita necessria na mistura ou para a determinao do teor timo de ci-mento Portland ou pata determinao do teor de betume da mistura asfltica a ser re-ciclada ;

    - ensaio Marshall para a determinao da estabilidade e da fluncia do concreto asflti-co;

    - ensaio de mdulo de resilincia de misturas de solo-brita, solo-cimento, solo-brita tra-tado com cimento, brita graduada tratada com cimento, base estabilizada granulome-tricamente, reforo do subleito com solos selecionados, concreto asfltico, mistura re-ciclada etc.

    5.3.2.6 Realizao de cavas de inspeo

    A amostragem da rodovia na etapa do projeto executivo, para fins de verificao da estrutu-ra do pavimento existente, deve ser realizada por meio de cavas de inspeo ou broquea-mento, com espaamento mximo entre dois furos consecutivos, no sentido longitudinal, de 500 m. Devem ser anotadas as espessuras e os materiais constituintes das diversas camadas do pavimento existente.

    5.4 Avaliao Funcional e Estrutural de Pavimento

    A avaliao funcional e estrutural de pavimento deve ser realizada conforme descrita na Ins-truo de Projeto de Avaliao Funcional e Estrutural de Pavimento.

    Os procedimentos e critrios para execuo da avaliao funcional e estrutural esto descri-tos na Instruo de Projeto de Avaliao Funcional e Estrutural de Pavimento. Tambm so indicadas as metodologias para determinao de segmentos homogneos e a forma de apre-sentao dos resultados.

    5.4.1 Avaliao Funcional

    a determinao da capacidade de desempenho funcional momentnea, serventia, que o pavimento proporciona ao usurio, ou seja, o conforto em termos de qualidade de rolamen-to. O desempenho funcional refere-se capacidade do pavimento de satisfazer sua funo principal, que fornecer superfcie com serventia adequada quanto qualidade de rolamen-to.

    A avaliao funcional de pavimentos flexveis e semi-rgidos so realizados por meio dos seguintes servios:

    - avaliao de defeitos da superfcie por meio de levantamento visual contnuo LVC; - avaliao objetiva da superfcie de pavimentos flexveis e semi-rgidos; - irregularidade longitudinal de pavimentos; - cadastro contnuo de reparos superficiais e profundos.

    A avaliao funcional de pavimentos rgidos pode ser realizada por meio dos seguintes ser-vios:

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    Permitida a reproduo parcial ou total, desde que citada a fonte DER/SP mantido o texto original e no acrescentando qualquer tipo de propaganda comercial.

    - avaliao subjetiva de pavimentos rgidos; - avaliao objetiva de pavimentos rgidos; - inspeo visual de pavimentos rgidos; - irregularidade longitudinal de pavimentos rgidos.

    5.4.2 Avaliao Estrutural

    a determinao da capacidade de desempenho estrutural, que por sua vez a capacidade do pavimento de manter sua integridade estrutural. A avaliao estrutural de pavimentos consiste na anlise das medidas de deslocamentos verticais recuperveis da superfcie do pavimento quando submetido a determinado carregamento.

    A avaliao estrutural de pavimentos flexveis, semi-rgidos e rgidos pode ser realizada por meio dos seguintes servios:

    - avaliao das deflexes recuperveis com a viga Benkelman; - avaliao das deflexes com o deflectmetro de impacto do tipo Falling Weight De-

    flectometer FWD.

    5.5 Critrios de Clculo

    5.5.1 Concepo da Estrutura de Restaurao do Pavimento Existente

    A restaurao de estrutura de pavimento existente pode abranger solues de reabilitao, reconstruo, ou ambas. A soluo deve ser concebida considerando as caractersticas dos esforos solicitantes provenientes do trfego, as propriedades geotcnicas dos solos do sub-leito, as condies funcionais e estruturais do pavimento existente, as condies climticas da regio da obra, ou de acordo com outras necessidades, por exemplo: prazo disponvel pa-ra a execuo da obra.

    Para segmentos de reconstruo, as estruturas de pavimento podem ser do tipo flexvel, se-mi-rgido ou rgido, de acordo, preferencialmente, com o tipo de estrutura do pavimento e-xistente. Na regio de transio entre o segmento reconstrudo e o pavimento existente, rea-bilitado ou no, deve-se ter cuidado especial na concordncia entre os nveis de greide, bem como das camadas das estruturas, devido s caractersticas dos materiais, permitindo boa drenagem sub-superficial.

    Para segmentos de reabilitao, as estruturas de pavimento podem ser restauradas com ma-terial flexvel, asfalto, ou rgido, concreto, sobre pavimentos flexvel, semi-rgido e rgido existentes. Pode ser empregado material asfltico sobre pavimento com revestimento asfl-tico existente ou sobre placas de concreto de cimento Portland existente. A restaurao po-de, tambm, ser realizada com a aplicao de camada de concreto de cimento Portland so-bre pavimento com revestimento asfltico existente, whitetopping, ou sobre placas de con-creto de cimento Portland existentes.

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    Permitida a reproduo parcial ou total, desde que citada a fonte DER/SP mantido o texto original e no acrescentando qualquer tipo de propaganda comercial.

    5.5.2 Parmetros de Projeto

    5.5.2.1 Capacidade de suporte do subleito

    Para o dimensionamento da estrutura do pavimento utilizado o ndice de capacidade de suporte de projeto, ISCP. Para efeito de dimensionamento da estrutura de pavimento, o tre-cho rodovirio dividido em segmentos homogneos com relao capacidade de suporte do subleito. Para cada segmento homogneo tem-se um valor de ISCP.

    As amostras de solos para a determinao da capacidade de suporte de projeto devem ser coletadas nas reas de cortes e nas caixas de emprstimo que devem ser utilizadas para a e-xecuo das ltimas camadas dos aterros.

    O ISCP determinado atravs da seguinte expresso matemtica:

    190,0

    = ntx

    ISCISC p

    Onde:

    ISC : mdia aritmtica dos valores de ISC das n amostras ensaiadas;

    t0,90: coeficiente de Student relativo ao intervalo de confiana de 90%; : desvio padro da populao dos valores de ISC das n amostras ensaiadas.

    nISC

    ISC i=

    nISCISCi

    2)( =

    Os valores do percentual t0,90 em funo dos valores de n-1 so mostrados no Anexo A.

    Para o caso de dimensionamento de pavimentos flexveis e pavimentos semi-rgidos atravs do mtodo da resilincia ou para o caso de projetos de restaurao de pavimentos flexveis atravs da metodologia do DNER PRO-269/94(2), necessrio alm do conhecimento da ca-pacidade de suporte dos solos do subleito, classificar os solos do subleito quanto resilin-cia.

    Os solos finos coesivos so os solos que apresentam mais de 35% do material, em peso, passando na peneira de 0,075 mm, que com freqncia encontram-se em subleitos ou em camadas de reforo do subleito. So classificados, de acordo com os parmetros de resilin-cia determinados em ensaios triaxiais dinmicos, nos seguintes tipos:

    - solos tipo I: solos com baixo grau de resilincia que apresentam bom comportamento como subleito e reforo de subleito, com possibilidade de utilizao em camada de sub-base.

    - solos tipo II: solos com grau de resilincia intermedirio que apresentam comporta-

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    Permitida a reproduo parcial ou total, desde que citada a fonte DER/SP mantido o texto original e no acrescentando qualquer tipo de propaganda comercial.

    mento regular como subleito. Seu uso como reforo de subleito requer estudos e en-saios especiais.

    - solos tipo III: solos com grau de resilincia elevado, cujo emprego em camadas de pavimentos no aconselhvel. Requerem cuidados e estudos especiais para uso co-mo subleito.

    A Tabela 1 permite classificar o solo em funo da porcentagem de silte na frao fina, S, ou seja, frao que passa na peneira de abertura de 0,075 mm e o valor ISC correspondente.

    Tabela 1 Classificao dos Solos Finos Quanto Resilincia

    S (%) ISC (%)

    35 35 a 65 > 65

    10 I II III

    6 a 9 II II III

    2 a 5 III III III

    = 100100

    2

    1

    PPS

    Onde:

    S: porcentagem de silte na frao fina que passa na peneira de abertura de 0,075 mm; P1: porcentagem, em peso, de material cujas partculas tenham dimetro inferior a 0,005 mm, determinada na curva de distribuio granulomtrica;

    P2: porcentagem, em peso, de material cujas partculas tenham dimetro inferior a 0,075 mm, determinada na curva de distribuio granulomtrica.

    Os ensaios de granulometria com sedimentao devem ser realizados para os solos contendo mais de 35% de material, em peso, passando na peneira de 0,075 mm de abertura.

    5.5.2.2 Trfego

    O trfego para o dimensionamento de restaurao de pavimentos pode ser caracterizado de vrias formas. A mais utilizada a determinao do nmero N de equivalentes de operaes de eixo simples padro de rodas duplas de 80 kN para um determinado perodo de projeto. Tambm, no caso de dimensionamento de pavimento rgido utiliza-se o nmero a-cumulado de repeties dos vrios tipos de eixos e cargas obtido para um determinado per-odo de projeto.

    No Brasil, os principais modelos e mtodos de dimensionamentos de pavimento utilizam o nmero N, excetuando-se o procedimento de dimensionamento de pavimento rgido da Portland Cement Association PCA que utiliza o nmero acumulado de repeties dos v-rios tipos de eixos e cargas.

    O nmero N de equivalentes de operaes de eixo simples padro de rodas duplas de

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    Permitida a reproduo parcial ou total, desde que citada a fonte DER/SP mantido o texto original e no acrescentando qualquer tipo de propaganda comercial.

    80 kN a transformao de todos os tipos de eixos e cargas dos veculos comerciais que trafegaro sobre o pavimento em um eixo simples padro de rodas duplas equivalente de 80 kN. Consideram-se apenas os veculos comerciais no clculo do nmero N, visto que os automveis possuem carga de magnitude desprezvel em relao aos veculos comerciais.

    O nmero N calculado pela expresso:

    =

    =P

    iiNN

    1

    Onde:

    N: nmero equivalente de operaes de eixo simples padro de rodas duplas de 80 kN acumulado para o perodo de projeto;

    P: perodo de projeto igual a 10 anos para pavimento flexvel ou semi-rgido e 20 anos para pavimento rgido;

    i = 1: ano de incio da vida de projeto; Ni: nmero equivalente de operaes do eixo simples padro de rodas duplas de 80 kN acumulado durante o ano i.

    Ni calculado pela seguinte expresso:

    FRFVVN tii = Onde:

    Vti: volume total acumulado de veculos comerciais por sentido na faixa de projeto duran-te o ano i;

    FV: fator de veculo da frota, que funo do mtodo empregado; FR: fator climtico regional.

    Para a determinao do volume total acumulado de veculos comerciais que trafegar pela faixa de projeto durante o ano i utilizada a seguinte expresso:

    FpDVDMV Cti = 365 Onde:

    Vti: volume total acumulado de veculos comerciais por sentido na faixa de projeto duran-te o ano i;

    VDMC : volume dirio mdio de veculos comerciais total durante o ano i; D: distribuio direcional (%); Fp: porcentagem de veculos comerciais na faixa de projeto (%).

    O volume dirio mdio de veculos comerciais, VDMC, nas etapas de projetos bsico e

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    Permitida a reproduo parcial ou total, desde que citada a fonte DER/SP mantido o texto original e no acrescentando qualquer tipo de propaganda comercial.

    executivo devem ser determinadas por meio de pesquisas de contagens de trfego realizadas de acordo com a Instruo de Projeto de Elaborao de Estudos de Trfego.

    O fator de veculo da frota, FV, multiplicado pelo volume de veculos comerciais que trafega na via, fornece o nmero de eixos equivalentes de operaes do eixo padro.

    Para a determinao do FV da frota, necessrio inicialmente determinar o fator equivalente de operaes de cada um dos veculos que trafegaro sobre o pavimento, que o produto entre o fator de eixo, FE, e o fator de carga, FC. A determinao do FC pode ser efetuada por duas metodologias: a da United States Army Corps of Engineers USACE preconizada pelo DNIT, e a da American Association of State Highway and Transportation Officials AASHTO.

    Para a determinao dos fatores de carga necessrio conhecer as vrias cargas por tipo de eixo que atuaro sobre o pavimento. Para tanto necessrio a realizao de pesquisas de pesagem na rea de influncia do projeto.

    Entretanto, caso no se consigam dados de pesagens de veculos e se autorizados pela fiscalizao do DER/SP, podem ser adotados os valores de fatores de veculos indicados nas Tabelas 2 e 3.

    Tabela 2 Fatores de Veculos na Etapa de Estudo Preliminar

    FV Combinao de Eixos Classificao dos Veculos Flexvel Rgido

    Classe Tipo USACE AASHTO ESRS ESRD ETD ETT

    No de

    Eixos

    Mdio Com. 1 1,98 1,36 1,37 1 1 0 0 2

    Pesado Com. 2 4,49 1,05 1,66 1 0 1 0 3 Semi-Reb. Com. 3 9,89 3,04 5,26 1 1 0 1 5

    nibus Com. 4 2,39 1,06 1,28 1 1 0 0 2

    Tabela 3 Fatores de Veculos na Etapa de Projetos Bsico e Executivo

    FV Combinao de Eixos Classificao dos Veculos Flexvel Rgido

    Classe Tipo USACE AASHTO ESRS ESRD ETD ETT

    No de

    Eixos

    2C (16) Com. 1 0,09 0,11 0,11 1 1 0 0 2

    2C (22) Com. 2 2,78 1,89 1,91 1 1 0 0 2

    3C (20) Com. 3 2,28 0,55 0,93 1 0 1 0 3

    3C (22) Com. 4 5,44 1,27 1,97 1 0 1 0 3

    2S1 Com. 5 4,09 2,81 2,99 1 2 0 0 3

    2S2 Com. 6 8,70 3,14 3,96 1 1 1 0 4

    2S3 Com. 7 10,27 3,32 5,95 1 1 0 1 5

    /continua

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    Permitida a reproduo parcial ou total, desde que citada a fonte DER/SP mantido o texto original e no acrescentando qualquer tipo de propaganda comercial.

    /concluso FV Combinao de Eixos Classificao dos

    Veculos Flexvel Rgido

    Classe Tipo USACE AASHTO ESRS ESRD ETD ETT

    No de

    Eixos

    3S3 Com. 8 9,42 1,90 5,01 1 0 1 1 6

    3D4 Com. 9 17,28 4,09 6,25 1 0 3 0 7

    3D6 Com. 10 14,02 3,27 5,08 1 0 4 0 9

    n. (2C) nibus 2 2,81 1,88 1,90 1 1 0 0 2

    n. (3C) nibus 3 2,21 0,71 1,02 1 1 0 0 3

    Onde:

    ESRS: eixo simples de rodas simples;

    ESRD: eixo simples de rodas duplas;

    ETD: eixo tandem duplo; ETT: eixo tandem triplo;

    Para a considerao do efeito causado pelas variaes de umidade dos materiais constituintes do pavimento durante as diversas estaes do ano, o que se traduz em variaes da capacidade de suporte dos materiais, multiplica-se o nmero N por um coeficiente denominado fator climtico regional, FR. No Brasil, adota-se FR igual a 1,0, considerando os resultados de pesquisas desenvolvidas pelo DNER.

    No Anexo B esto ilustrados exemplos de planilhas de clculo do nmero N de equivalentes de operaes de eixo simples padro de rodas duplas de 80 kN.

    O procedimento de clculo do nmero acumulado de repeties dos vrios tipos de eixos e cargas est descrito na Instruo de Projeto de Pavimentao.

    5.5.2.3 Drenagem

    A drenagem superficial da rodovia deve ser suficientemente adequada para escoar a gua de forma rpida para fora da plataforma no permitindo o acmulo de gua e, conseqentemen-te, a infiltrao para o interior da estrutura do pavimento.

    Caso seja necessria, deve ser prevista a utilizao de dispositivos de drenagem sub-superficial na estrutura de pavimento.

    O lenol dgua subterrneo deve estar rebaixado a, pelo menos, 1,5 m em relao ao greide da terraplenagem acabada.

    5.5.3 Dimensionamento Estrutural do Pavimento

    5.5.3.1 Reconstruo

    Para a elaborao de projetos de reconstruo de pavimentos flexveis, semi-rgidos, rgidos

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    Permitida a reproduo parcial ou total, desde que citada a fonte DER/SP mantido o texto original e no acrescentando qualquer tipo de propaganda comercial.

    e de peas pr-moldadas de concreto devem ser seguidas as orientaes e recomendaes contidas na Instruo de Projeto de Pavimentao do DER/SP.

    5.5.3.2 Reabilitao

    A reabilitao de pavimento, consiste no reforo estrutural com a finalidade de restituir a capacidade estrutural do pavimento e a qualidade de rolamento. Os mtodos de dimensio-namentos usuais dependem do tipo do pavimento existente e do tipo de reforo estrutural a ser empregado, ou seja, se o pavimento existente do tipo flexvel, semi-rgido ou rgido, e se o reforo estrutural constitudo por material asfltico ou concreto de cimento Portland.

    As solues de reabilitao descritas a seguir so:

    - reforo estrutural por meio de aplicao de camada asfltica sobre pavimento flexvel ou semi-rgido;

    - reforo estrutural por meio de aplicao de camada asfltica sobre revestimento asfl-tico existente reciclado;

    - reforo estrutural por meio de aplicao de camada de concreto de cimento Portland sobre pavimento flexvel ou semi-rgido existente whitetopping;

    - reforo estrutural por meio de aplicao de camada asfltica sobre pavimento rgido; - reforo estrutural por meio de aplicao de camada de concreto de cimento Portland

    sobre pavimento rgido.

    a) reforo estrutural por meio de aplicao de camada asfltica sobre pavimento flexvel ou semi-rgido

    Devem ser empregados os procedimentos do DNER-PRO 011/79(1) e DNER-PRO 269/94(2) para a elaborao de projetos de reabilitao de pavimento flexvel ou semi-rgido em concreto asfltico, camadas integradas de concreto asfltico e pr-misturado a quente ou a frio, tratamento superficial ou lama asfltica.

    - procedimento DNER-PRO 011/79(1) O procedimento DNER-PRO 011/79(1) foi desenvolvido baseado no critrio de de-formabilidade da estrutura do pavimento flexvel, que expresso, na prtica, pelas medidas de deslocamentos verticais recuperveis da superfcie do pavimento, de-nominado popularmente de deflexo.

    Em virtude da grande variao de suporte estrutural que se observa nos pavimen-tos, inclusive naqueles bem construdos, usa-se critrio estatstico para a interpre-tao das medidas.

    Para o emprego do procedimento DNER-PRO 011/79(1), necessrio o conheci-mento dos seguintes parmetros:

    - o diagnstico dos resultados de avaliao funcional e estrutural realizados con-forme descrito na Instruo de Projeto de Avaliao Funcional e Estrutural de Pavimento, inclusive j segmentado em segmentos homogneos. Em referncia aos deslocamentos verticais recuperveis, isto , deflexo, os valores devem ser corrigidos devido influncia da temperatura e do teor de umidade do subleito;

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    Permitida a reproduo parcial ou total, desde que citada a fonte DER/SP mantido o texto original e no acrescentando qualquer tipo de propaganda comercial.

    - estrutura do pavimento existente e das propriedades geotcnicas dos solos do subleito;

    - nmero N equivalente de operaes de eixo simples padro de rodas duplas de 80 kN acumulado para o perodo de projeto, utilizando a metodologia da USACE.

    Com os dados relacionados acima, procede-se anlise global, para definio de nova segmentao homognea devido ao diagnstico associados de todos os par-metros: avaliao funcional, avaliao estrutural, estrutura do pavimento, proprie-dades geotcnicas, nmero N. Deve ser elaborado por meio de representao grfica todos os parametros analisados para facilitar a visualizao e compreenso da nova segmentao homognea. Definidos os segmentos homogneos, calcula-se a deflexo caracterstica para cada segmento homogneo.

    Por motivos de ordem construtiva, sempre que possvel, deve-se conferir aos seg-mentos homogneos extenso mnima da ordem de 200 m. No devem ser utiliza-dos segmentos homogneos com extenso superior a 2000 m. No entanto, os resul-tados das solues podem apresentar segmentos com extenso superior a 2000 m.

    A deflexo admissvel calculada atravs do conhecimento do nmero N equi-valente de operaes de eixo simples padro de rodas duplas de 80 kN acumulado para o perodo de projeto de 10 anos, conforme expresso matemtica constante no procedimento DNER-PRO 011/79(1).

    Se o pavimento, for constitudo por estrutura flexvel a deflexo admissvel deve multiplicada por um.

    No entanto, para estrutura de pavimento semi-rgido com base de solo-cimento ou base de brita tratada com cimento, deve-se analisar a condio de fissurao da camada cimentada:

    - se a camada estiver ntegra, adota-se como deflexo admissvel o valor obtido pela expresso, multiplicado por 0,5;

    - se a camada estiver com fissurao, mas ainda com comportamento de estrutu-ra semi-rgida, adota-se como deflexo admissvel o valor obtido pela expres-so multiplicado por 0,7;

    - se a camada estiver totalmente fissurada e deteriorada com comportamento de estrutura flexvel, adota-se como deflexo admissvel o valor obtido pela ex-presso, multiplicado por 1,0.

    Conhecendo-se a deflexo caracterstica de projeto para cada segmento homog-neo e a deflexo admissvel, determina-se a espessura de reforo em concreto as-fltico para cada segmento homogneo.

    De posse dos valores da deflexo caracterstica de projeto, do raio de curvatura e da deflexo admissvel, pode-se determinar o critrio para clculo do reforo, se deformabilidade ou resistncia, podendo propor a medida corretiva mais adequada do ponto de vista tcnico.

    - procedimento DNER-PRO 269/94(2) O procedimento DNER-PRO 269/94(2) permite considerar explicitamente as pro-priedades resilientes de solos e materiais que constituem as estruturas de pavimen-

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    Permitida a reproduo parcial ou total, desde que citada a fonte DER/SP mantido o texto original e no acrescentando qualquer tipo de propaganda comercial.

    tos no Brasil. O procedimento fundamentado em modelos de fadiga de misturas betuminosas, no comportamento resiliente tpico de solos finos e materiais granu-lares e no clculo de tenses e deformaes, considerando a teoria da elasticidade no linear. Em virtude da grande variao de suporte estrutural que se observa nos pavimentos, inclusive naqueles bem construdos, usa-se critrio estatstico para a interpretao das medidas.

    Para a utilizao do procedimento DNER-PRO 269/94(2), necessrio o conheci-mento dos seguintes parmetros:

    - o diagnstico dos resultados de avaliao funcional e estrutural realizados con-forme descrito na Instruo de Projeto de Avaliao Funcional e Estrutural de Pavimento, inclusive j segmentado em segmentos homogneos. Em referncia aos deslocamentos verticais recuperveis, os valores devem ser corrigidos de-vido influncia da temperatura, bem como da umidade do subleito;

    - estrutura do pavimento existente e das propriedades geotcnicas dos solos do subleito. Ressalta-se que no ensaio de granulometria deve-se executar ensaio de sedimentao para solos contendo mais de 35% em peso passando na penei-ra de 0,075 mm de abertura;

    - nmero N equivalente de operaes de eixo simples padro de rodas duplas de 80 kN acumulado para o perodo de projeto, utilizando a metodologia da USACE.

    Com os dados relacionados acima, procede-se anlise global, para definio de nova segmentao homognea devido ao diagnstico associados de todos os par-metros: avaliao funcional, avaliao estrutural, estrutura do pavimento, proprie-dades geotcnicas, nmero N. Deve ser elaborado por meio de representao grfica todos os parametros analisados para facilitar a visualizao e compreenso da nova segmentao homognea. Definidos os segmentos homogneos, calcula-se a deflexo caracterstica para cada segmento homogneo.

    Por motivos de ordem construtiva, sempre que possvel, deve-se conferir aos seg-mentos homogneos extenso mnima da ordem de 200 m. No devem ser utiliza-dos segmentos homogneos com extenso superior a 2000 m. No entanto, os resul-tados das solues podem apresentar segmentos com extenso superior a 2000 m.

    A deflexo admissvel calculada atravs do conhecimento do nmero N equi-valente de operaes de eixo simples padro de rodas duplas de 80 kN acumulado para o perodo de projeto de 10 anos, conforme expresso matemtica constante no procedimento DNER-PRO 269/94(2).

    Se o pavimento for constitudo por estrutura flexvel, a deflexo admissvel deve ser multiplicada por um.

    No entanto, para estrutura de pavimento semi-rgido com base de solo-cimento ou base de brita tratada com cimento, deve-se analisar a condio de fissurao da camada cimentada:

    - se a camada estiver ntegra, adota-se como deflexo admissvel o valor obtido pela expresso, multiplicado por 0,5;

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    Permitida a reproduo parcial ou total, desde que citada a fonte DER/SP mantido o texto original e no acrescentando qualquer tipo de propaganda comercial.

    - se a camada estiver com fissurao, mas ainda com comportamento de estrutu-ra semi-rgida, adota-se como deflexo admissvel o valor obtido pela expres-so multiplicado por 0,7;

    - se a camada estiver totalmente fissurada e deteriorada com comportamento de estrutura flexvel, adota-se como deflexo admissvel o valor obtido pela ex-presso, multiplicado por 1,0.

    b) reforo estrutural por meio de aplicao de camada asfltica sobre revestimento asfl-tico existente reciclado

    Deve ser empregado o procedimento DNER-PRO 269/94(2) para o dimensionamento do reforo estrutural do pavimento contemplando reciclagem do revestimento asflti-co existente.

    Para o dimensionamento do reforo do pavimento contemplando a reciclagem, re-quer-se o conhecimento dos mesmos parmetros do procedimento convencional de dimensionamento de reforo estrutural do pavimento existente em concreto asfltico.

    A espessura do revestimento existente a ser reciclada e a de reforo complementar devem ser determinadas de acordo com as seguintes etapas:

    - clculo do mdulo de resilincia efetivo do revestimento existente, conhecendo-se a deflexo caracterstica de projeto de cada segmento homogneo, as caractersti-cas resilientes dos solos do subleito e a espessura da camada asfltica existente;

    - clculo da relao modular, relao entre o mdulo de resilincia da mistura asfl-tica reciclada e o mdulo de resilincia efetivo do revestimento existente;

    - clculo da deflexo de projeto caracterstica, aps reciclagem; - clculo da espessura de reforo em concreto asfltico.

    c) reforo estrutural por meio de aplicao de camada de concreto de cimento Portland sobre pavimento flexvel ou semi-rgido existente whitetopping Para a elaborao do projeto de restaurao de pavimento flexvel ou semi-rgido com reforo estrutural por meio de aplicao de camada de concreto de cimento Portland, procedimento denominado whitetopping, devem ser empregados os mtodos de di-mensionamento de pavimentos rgidos constantes na Instruo de Projeto de Pavi-mentao do DER/SP, considerando a estrutura existente como camada de sub-base do pavimento rgido a ser implantado.

    O uso de camada rgida superposta a pavimento flexvel no prtica comum em pro-jetos de reabilitao de pavimento. Existem ocasies, entretanto, que tal soluo se apresenta como estratgia mais vivel tcnica e economicamente. Essa alternativa de reabilitao , na maioria das vezes, mais econmica quando da ocorrncia de pavi-mentos flexveis seriamente danificados ou que estejam propensos a se deteriorar mais rapidamente sob trfego pesado ou em meio ambiente agressivo. Em tais cir-cunstncias, executar os reparos profundos necessrios e aplicar camada asfltica ni-velante sobre o pavimento existente para sanar as irregularidades da superfcie, antes do lanamento do pavimento rgido superposto.

    O pavimento superposto concebido e dimensionado como novo pavimento rgido, no qual o pavimento flexvel far papel de fundao. Em conseqncia, a anlise do dimensionamento consiste em determinar o mdulo de reao equivalente e, em se-

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    Permitida a reproduo parcial ou total, desde que citada a fonte DER/SP mantido o texto original e no acrescentando qualquer tipo de propaganda comercial.

    guida, dimensionar a camada superposta como novo pavimento rgido.

    A avaliao estrutural do pavimento existente deve ser realizada conforme descrito na Instruo de Projeto de Avaliao Funcional e Estrutural de Pavimento, por meio de medio deflectomtrica com a viga Benkelman ou Falling Weight Deflectometer FWD. As medidas deflectomtricas devem ser correlacionaladas com o valor de re-calque K de fundao.

    A forma ideal de obteno do coeficiente de recalque k do sistema sub-base e subleito se d por meio da realizao do ensaio de prova de carga sobre placa. O ensaio ca-racterizado por identificar pequenos recalques, representados pela curva de tenso versus deslocamento. A determinao do coeficiente de recalque para a avaliao do pavimento deve seguir o mtodo de ensaio DNIT 055/2004-ME(5). A freqncia de execuo do ensaio deve ser definida pela fiscalizao de projeto do DER/SP, tendo em vista ser um ensaio bastante demorado.

    Tambm deve ser consultado o manual de whitetopping publicado pelo DNER(3). d) reforo estrutural por meio de aplicao de camada asfltica sobre pavimento rgido

    Para a elaborao de projeto de reabilitao de pavimento rgido com reforo estrutu-ral por aplicao de camada de concreto asfltico, devem ser empregados os mtodos de dimensionamento de pavimentos semi-rgido constantes na Instruo de Projeto de Pavimentao do DER/SP. Devem-se considerar as placas de concreto de cimento Portland existentes como camada de base cimentada do revestimento asfltico a ser implantado. Devem ser empregados tcnica e procedimento adequados para minimi-zar e retardar o processo de reflexo de trincas provenientes das juntas transversais e longitudinais das placas de concreto de cimento Portland. Deve ser determinado o mdulo elstico do pavimento rgido deteriorado que ir trabalhar como camada de base cimentada, por meio de correlao com o coeficiente de recalque do sistema, o qual determinado diretamente por prova de carga esttica sobre o pavimento rgido deteriorado.

    e) reforo estrutural por meio de aplicao de camada de concreto de cimento Portland sobre pavimento rgido

    Para a elaborao de projeto de reabilitao de pavimento rgido com reforo estrutu-ral por meio de aplicao de camada de concreto de cimento Portland, devem ser empregados os mtodos de dimensionamento de pavimentos rgidos constantes na Instruo de Projeto de Pavimentao do DER/SP, considerando as placas de concre-to de cimento Portland existentes como camada de sub-base cimentada do pavimento rgido a ser implantado.

    A reabilitao de pavimento rgido com reforo estrutural em concreto de cimento Portland requer, em muitas situaes, a execuo de camada de reperfilagem em con-creto asfltico.

    O projeto de reabilitao de pavimento rgido existente por meio da execuo de nova camada de concreto sobre o pavimento rgido existente deve ser complementado com a verificao da estrutura obtida pelos procedimentos convencionais constantes na Instruo de Projeto de Pavimentao do DER/SP.

    Anteriormente execuo das novas placas de concreto de cimento Portland, devem ser executados os reparos necessrios nas placas deterioradas, envolvendo o tratamen-

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    to e a reconstituio parcial ou total das placas danificadas.

    imprescindvel a determinao do coeficiente de recalque k do pavimento rgido e-xistente por meio da realizao do ensaio de prova de carga sobre placa. A determi-nao do coeficiente de recalque para a avaliao do pavimento deve seguir o mtodo de ensa