60
LEI COMPLEMENTAR N.º 592 DE 28 DE DEZEMBRO DE 2006. INSTITUI O REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DOS SERVIDORES DO MUNICÍPIO DE SANTOS, CRIA O INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE SANTOS, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. JOÃO PAULO TAVARES PAPA, Prefeito Municipal de Santos, faço saber que a Câmara Municipal aprovou em sessão extraordinária realizada em 20 de dezembro de 2006 e eu sanciono e promulgo a seguinte: LEI COMPLEMENTAR N.º 592 TÍTULO I DO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE SANTOS CAPÍTULO I Das Disposições Preliminares e dos Objetivos Art. 1.º Fica instituído, nos termos desta lei complementar, o Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município de Santos - RPPS de que trata o artigo 40 da Constituição Federal. Art. 2.º O RPPS visa a dar cobertura aos riscos a que estão sujeitos os beneficiários e compreende um PA: 23.786/2005-11 Formalizado por: ez 1

Iprev Santos Lei592

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Previdenciafunc publico

Citation preview

Minuta de Projeto de Lei Complementar n

LEI COMPLEMENTAR N. 592DE 28 DE DEZEMBRO DE 2006.

INSTITUI O REGIME PRPRIO DE PREVIDNCIA SOCIAL DOS SERVIDORES DO MUNICPIO DE SANTOS, CRIA O INSTITUTO DE PREVIDNCIA SOCIAL DOS SERVIDORES PBLICOS MUNICIPAIS DE SANTOS, E D OUTRAS PROVIDNCIAS.

JOO PAULO TAVARES PAPA, Prefeito Municipal de Santos, fao saber que a Cmara Municipal aprovou em sesso extraordinria realizada em 20 de dezembro de 2006 e eu sanciono e promulgo a seguinte:

LEI COMPLEMENTAR N. 592TTULO I

DO REGIME PRPRIO DE PREVIDNCIA SOCIAL DOS SERVIDORES PBLICOS DO MUNICPIO DE SANTOS

CAPTULO I

Das Disposies Preliminares e dos Objetivos

Art. 1. Fica institudo, nos termos desta lei complementar, o Regime Prprio de Previdncia Social dos Servidores Pblicos do Municpio de Santos - RPPS de que trata o artigo 40 da Constituio Federal.

Art. 2. O RPPS visa a dar cobertura aos riscos a que esto sujeitos os beneficirios e compreende um conjunto de benefcios que atendam s seguintes finalidades: I - garantir meios de subsistncia nos eventos de invalidez, doena, acidente do trabalho, idade avanada, inatividade, recluso e morte; eII - proteo maternidade e famlia.

CAPTULO II

Dos Beneficirios

Art. 3. So filiados ao RPPS, na qualidade de beneficirios, os segurados e seus dependentes, definidos nos artigos 6 e 8 desta lei complementar.

Art. 4. Permanece filiado ao RPPS, na qualidade de segurado, o servidor titular de cargo efetivo que estiver:

I cedido a outro rgo ou entidade da Administrao direta ou indireta do Municpio ou a outro ente federativo, com ou sem nus para o Municpio, mediante contribuio integral para o RPPS;II afastado ou licenciado temporariamente, sem recebimento de subsdio, vencimento ou remunerao do Municpio, mediante contribuio integral para o RPPS;

III afastado do cargo efetivo para o exerccio de mandato eletivo.

Pargrafo nico. O segurado exercente de mandato de vereador que ocupe cargo efetivo e exera, concomitantemente, o mandato, filia-se ao RPPS pelo cargo efetivo e ao Regime Geral de Previdncia Social RGPS, pelo mandato eletivo.

Art. 5. O servidor efetivo requisitado da Unio, de Estados, do Distrito Federal ou de outros Municpios permanece filiado ao regime previdencirio de origem.

Seo I

Dos Segurados

Art. 6. So segurados do RPPS:

I - o servidor pblico titular de cargo de provimento efetivo dos rgos dos Poderes Executivo e Legislativo, autarquias e fundaes pblicas do Municpio;

II - os aposentados nos cargos citados no inciso anterior. 1. Fica excludo do disposto no caput o servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao, bem como de outro cargo temporrio ou emprego pblico, ainda que aposentado.

2. Na hiptese de acumulao remunerada, o servidor mencionado neste artigo ser segurado obrigatrio em relao a cada um dos cargos ocupados.

3. O segurado aposentado que vier a exercer mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal filia-se ao Regime Geral de Previdncia Social RGPS, na condio de exercente de mandato eletivo.

Art. 7. A perda da condio de segurado do RPPS ocorrer nas seguintes hipteses:

I - morte;II - exonerao ou demisso;

III - cassao de aposentadoria ou de disponibilidade; ou

IV - falta de recolhimento das contribuies previdencirias.

Seo II

Dos Dependentes

Art. 8. So beneficirios do RPPS, na condio de dependente do segurado:

I - o cnjuge, a companheira, o companheiro, e o filho no emancipado, de qualquer condio, menor de vinte e um anos ou invlido;

II - os pais; e

III - o irmo no emancipado, de qualquer condio, menor de vinte e um anos ou invlido.

1. A dependncia econmica das pessoas indicadas no inciso I presumida e das demais deve ser comprovada.

2. A existncia de dependente indicado em qualquer dos incisos deste artigo exclui do direito ao benefcio os indicados nos incisos subseqentes.

3. Equiparam-se aos filhos, nas condies do inciso I, mediante declarao escrita do segurado e desde que comprovada a dependncia econmica, o enteado e o menor que esteja sob sua tutela e no possua bens suficientes para o prprio sustento e educao.

4. O menor sob tutela ou guarda ser equiparado aos filhos do segurado mediante apresentao de termo de tutela.

5. Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantenha unio estvel com o segurado ou segurada, de acordo com o pargrafo 3. do artigo 226 da Constituio Federal.

6. Considera-se unio estvel aquela verificada entre o homem e a mulher, como entidade familiar, quando forem solteiros, separados judicialmente, divorciados ou vivos, ou tenham prole em comum, enquanto no se separarem.

Art. 9. A perda da qualidade de dependente para os fins do RPPS, ocorre: I - para o cnjuge:

a) pela separao judicial ou divrcio, enquanto no lhe for assegurada a prestao de alimentos; ou

b) pela anulao do casamento.

II - para o companheiro ou companheira, pela cessao da unio estvel com o segurado, enquanto no lhe for assegurada a prestao de alimentos;

III - para o filho e o irmo, de qualquer condio, ao completarem vinte e um anos de idade, salvo se invlidos, ou pela emancipao, ainda que invlido, exceto, neste caso, se a emancipao for decorrente de colao de grau cientfico em curso de ensino superior; e

IV - para os dependentes em geral:

a) pela cessao da invalidez ou da dependncia econmica; ou

b) pela morte.

Seo III

Das Inscries

Art. 10. A inscrio do segurado automtica e ocorre quando da investidura em cargo pblico municipal.

Art. 11. Sero inscritos ex officio os servidores pblicos titulares de cargo de provimento efetivo e os aposentados nos mesmos cargos, na qualidade de segurados, e pensionistas, na qualidade de dependentes, na data da publicao desta lei complementar.

Art. 12. Incumbe ao segurado a inscrio de seus dependentes, que podero promov-la se o mesmo falecer sem t-la efetivado.

1. A inscrio de dependente invlido requer sempre a comprovao desta condio por inspeo mdica a ser realizada pelo Instituto.

2. As informaes referentes aos dependentes devero ser comprovadas documentalmente.

3. A perda da condio de segurado implica o automtico cancelamento da inscrio de seus dependentes, exceto nos casos de falecimento do segurado.

Art. 13. Poder o segurado apresentar, na forma da legislao em vigor, certido de tempo de servio/contribuio anterior sua admisso nos quadros do funcionalismo pblico municipal, para fins de avaliao atuarial.

CAPTULO III

Do Custeio

Art. 14. Fica criado, junto ao Instituto de Previdncia dos Servidores Pblicos Municipais de Santos, o Fundo de Previdncia Social do Municpio de Santos - FPS, de acordo com o artigo 71, da Lei n 4.320, de 17 de maro de 1964, para garantir os planos de benefcios e de custeio do RPPS, observados os critrios estabelecidos nesta lei complementar.

Pargrafo nico. Caber ao Instituto mencionado no caput a gesto do FPS.

Art. 15. So fontes do plano de custeio do RPPS, as seguintes receitas:

I - contribuio previdenciria dos poderes Executivo e Legislativo, assim como das autarquias e fundaes pblicas do Municpio;

II - contribuio previdenciria dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas;

III - doaes, subvenes e legados;

IV - receitas decorrentes de aplicaes financeiras e investimentos patrimoniais;

V - valores recebidos a ttulo de compensao financeira, em razo do pargrafo 9 do artigo 201 da Constituio Federal; e

VI - demais dotaes previstas no oramento municipal.

1. Constituem tambm fonte do plano de custeio do RPPS as contribuies previdencirias previstas nos incisos I e II incidentes sobre o abono anual, salrio maternidade, auxilio doena, auxilio recluso e os valores pagos ao segurado pelo seu vnculo funcional com o Municpio, bem como seus dependentes, em razo de deciso judicial ou administrativa.

2. As receitas de que trata este artigo somente podero ser utilizadas para pagamento de benefcios previdencirios do RPPS e da taxa de administrao destinada manuteno desse Regime.

3. O valor anual da taxa de administrao mencionada no pargrafo anterior ser de 2% (dois por cento) do valor total da remunerao, subsdios, proventos e penses pagos aos segurados e beneficirios do RPPS, relativamente ao exerccio financeiro anterior.

4. Eventuais sobras do custeio administrativo podero ser utilizadas no exerccio subseqente, observadas as normas do Ministrio da Previdncia Social.

5. Os recursos do FPS sero depositados em conta distinta da conta do Tesouro Municipal.

6. As aplicaes financeiras dos recursos mencionados neste artigo atendero as resolues do Conselho Monetrio Nacional, sendo vedada a aplicao em ttulos pblicos, exceto os ttulos pblicos federais, bem como a utilizao desses recursos para emprstimo, de qualquer natureza, ao Municpio, suas entidades da administrao indireta e aos beneficirios do regime institudo por esta lei complementar.

Art. 16. As contribuies previdencirias de que tratam os incisos I e II do artigo anterior incidiro sobre a totalidade da base de contribuio de cada segurado, sobre os proventos de aposentadoria e sobre as penses, em percentuais a serem estabelecidos em lei complementar especfica.

1. Incidir contribuio sobre os proventos de aposentadorias e penses que superem o limite mximo estabelecido para os benefcios do regime geral de previdncia social, de que trata o artigo 201 da Constituio Federal, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos.

2. A contribuio prevista no pargrafo primeiro deste artigo, incidir apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de penso que superem o dobro do limite mximo estabelecido para os benefcios do regime geral de previdncia social, de que trata o artigo 201 da Constituio Federal, quando o beneficirio, na forma da lei, for portador de doena incapacitante.

3. Doena incapacitante, para os efeitos do disposto no pargrafo anterior, aquela que incapacita o beneficirio para a execuo de qualquer atividade.

4. Entende-se como base de contribuio a remunerao constituda pelo vencimento ou subsdio do cargo efetivo, acrescida das vantagens pecunirias permanentes estabelecidas em lei, dos adicionais de carter individual, ou demais vantagens de qualquer natureza, incorporadas ou incorporveis, e os proventos de aposentadoria e penses, dela excetuando-se:

a)salrio-famlia;

b)dirias; c)indenizao de transporte;

d)adicional pela prestao de servio extraordinrio;

e)adicional noturno;

f)adicional de insalubridade, de periculosidade ou pelo exerccio de atividades penosas;

g)adicional de frias;

h) vales transporte e auxlio-alimentao;

i) abono permanncia de que trata o artigo 83 desta lei complementar;

j) outras parcelas, vantagens ou concesses cujo carter indenizatrio esteja definido em lei.

5. O segurado ativo poder optar pela no incluso na base de contribuio, da remunerao percebida em decorrncia de local de trabalho, do exerccio de cargo em comisso ou de funo gratificada, para efeito de clculo dos benefcios de que trata esta lei complementar, respeitada, em qualquer hiptese, a limitao estabelecida no pargrafo 5 do artigo 84.

6. O abono de Natal ser considerado, para fins contributivos, separadamente da base de contribuio relativa ao ms em que for pago.

7. Para o segurado em regime de acumulao remunerada de cargos, a contribuio previdenciria incidir sobre a somatria da base de contribuio de cada cargo por ele exercido.

8. A responsabilidade pelo desconto, recolhimento e repasse das contribuies previstas nos incisos I e II do artigo 15 desta lei complementar, ser do dirigente mximo do rgo ou entidade, que efetuou o pagamento da remunerao, subsidio ou beneficio e ocorrer at o dia 10 (dez) do ms subseqente ao crdito correspondente, bem como do pagamento de deciso judicial ou administrativa.

9. O Municpio o responsvel pela cobertura de eventuais insuficincias financeiras do RPPS, decorrentes do pagamento de benefcios previdencirios.

Art. 17. O plano de custeio do RPPS ser revisto anualmente, observadas as normas gerais de aturia, cujos parmetros esto definidos em legislao especfica, objetivando a manuteno de seu equilbrio financeiro e atuarial.

Pargrafo nico. O demonstrativo de resultado da avaliao atuarial DRAA ser encaminhado ao Ministrio da Previdncia Social at 31 de julho de cada exerccio.

Art. 18. O servidor afastado ou licenciado do cargo, sem remunerao ou subsdio, poder contar o respectivo tempo de afastamento ou licenciamento para fins de aposentadoria, mediante o recolhimento das contribuies previdencirias de que tratam os incisos I e II do artigo 15 desta lei complementar.

Pargrafo nico. As contribuies a que se referem o caput sero recolhidas diretamente pelo servidor, ressalvadas as hipteses do artigo seguinte.

Art. 19. O desconto, recolhimento e repasse das contribuies mencionadas nos incisos I e II do artigo 15 desta lei complementar sero de responsabilidade do rgo ou entidade em que o servidor estiver em exerccio, nos seguintes casos:

I cedido para outro rgo ou entidade da Administrao direta ou indireta do Municpio ou da Unio, dos Estados, do Distrito Federal ou de outros Municpios; e

II investido em mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal, nos termos do artigo 38 da Constituio da Repblica, desde que o afastamento do cargo se d com prejuzo da remunerao ou subsdio.

1. Na hiptese prevista no inciso I quando houver opo do servidor pela remunerao ou subsdio do cargo efetivo, o rgo ou entidade cessionria recolher e repassar somente a contribuio prevista no inciso I do artigo 15 desta lei complementar.

2. No termo ou ato de cesso do servidor com nus para o rgo cessionrio ser prevista a responsabilidade pelo desconto, recolhimento e repasse das contribuies previdencirias ao RPPS, conforme valores informados mensalmente pelo Municpio.

Art. 20. Nas hipteses de que tratam os artigos 18 e 19 desta lei complementar, o clculo da contribuio ser feito de acordo com a base de contribuio ou subsdio do servidor na data da concesso da licena ou afastamento, calculada na forma do artigo 16 desta lei complementar.

Art. 21. Nos casos dos artigos 18 e 19 desta lei complementar, as contribuies previdencirias previstas nos incisos I e II do artigo 15 devero ser recolhidas at o dia 15 (quinze) do ms seguinte quele a que as contribuies se referirem, prorrogando-se o vencimento para o 1 dia til subseqente quando no houver expediente bancrio no dia 15 (quinze).

Pargrafo nico. Na hiptese de alterao na base de contribuio, a complementao do recolhimento de que trata o caput ocorrer no ms subseqente.

Art. 22. A contribuio previdenciria recolhida ou repassada em atraso fica sujeita a atualizao monetria pelo IGP-M/FGV - ndice Geral de Preos de Mercado, aos juros e multa de mora aplicveis aos tributos municipais.

Art. 23. Salvo na hiptese de recolhimento indevido, no haver restituio de contribuies pagas para o RPPS.

TTULO II

DA ORGANIZAO DO SISTEMA DE SEGURIDADE SOCIAL

CAPTULO I

Da Criao do Instituto

Art. 24. Fica criado o Instituto de Previdncia Social dos Servidores Pblicos Municipais de Santos, pessoa jurdica de direito pblico e de natureza autrquica, dotada de autonomia administrativa, financeira, tcnica e patrimonial, observados os limites estabelecidos nesta lei complementar e na forma do regulamento.

Art. 25. O IPREV, sigla ora adotada para denominar o Instituto de Previdncia Social dos Servidores Pblicos Municipais de Santos, ter por finalidade conceder os benefcios previdencirios previstos nesta lei complementar, mediante plano de custeio especfico.

Art. 26. O Instituto ter a seguinte estrutura administrativa organizacional:

I - rgos colegiados:

a) Conselho de Administrao;

b) Conselho Fiscal.

II - rgo de direo superior: Presidncia.

III - rgos de apoio da Presidncia:

a) Departamento Jurdico;b) Comisso Permanente de Licitaes.

IV - rgos de direo intermediria:

a) Departamento de Concesso e Pagamento de Benefcios Previdencirios;

b) Coordenadoria de Percias Mdicas;

c) Departamento de Administrao e Finanas.

V - rgos de apoio:

a) Seo de Concesso e Pagamento de Benefcios Previdencirios;

b) Seo de Expediente, Recursos Humanos e Servios Gerais;

c) Seo de Contabilidade;

d) Seo de Investimentos e Patrimnio;

e) Seo de Percias Mdicas.

Art. 27. Os cargos em comisso, de livre provimento e exonerao pelo Presidente, e as funes gratificadas a serem exercidas por funcionrios do quadro permanente, necessrios para o perfeito funcionamento do Instituto, so os constantes do Anexo I, que fica fazendo parte integrante desta lei complementar.

Pargrafo nico. O ocupante do cargo em comisso de Presidente do Instituto, Smbolo C-S, designado pelo Prefeito Municipal, dever:

I ser servidor pblico do quadro permanente do Municpio;

II ser diplomado em curso de nvel superior;

III possuir conhecimentos de administrao pblica.

Seo I

Da Presidncia do Instituto

Art. 28. Compete Presidncia exercer a administrao superior do Instituto, observando as diretrizes e normas baixadas pelo Conselho de Administrao e pelo Conselho Fiscal, bem como representar o Instituto em juzo e fora dele.

Pargrafo nico. As atribuies do Presidente e demais rgos sero estabelecidas no regulamento, a ser aprovado por decreto do Poder Executivo, no prazo mximo de 90 (noventa) dias, contados da publicao desta lei complementar.

Seo II

Dos rgos de Apoio da Presidncia

Subseo I

Do Departamento Jurdico DEAJUR

Art. 29. O Departamento Jurdico o encarregado das atividades relativas consultoria e defesa judicial do Instituto.

Pargrafo nico. As atribuies do Chefe do Departamento Jurdico, Smbolo C-1, sero estabelecidas no regulamento do Instituto.

Subseo II

Da Comisso Permanente de Licitaes COMLIC - IPREV

Art. 30. Compete Comisso Permanente de Licitaes a realizao dos procedimentos licitatrios relativos aos suprimentos e servios de interesse do IPREV, observada a legislao pertinente em vigor.

Seo III

Do Conselho de Administrao

Art. 31. O Conselho de Administrao, rgo superior de deliberao colegiada do Instituto, ser composto por 8 (oito) membros e seus respectivos suplentes, escolhidos da seguinte forma:

I 04 (quatro) representantes integrantes do quadro permanente de servidores da Municipalidade, designados livremente pelo Prefeito Municipal;

II 02 (dois) representantes indicados pelo Sindicato dos Servidores Pblicos Municipais de Santos;

III 02 (dois) representantes indicados pelo Sindicato dos Servidores Estatutrios Municipais de Santos;

1. Cada membro ter um suplente indicado pelo mesmo rgo.

2. Os Conselheiros sero nomeados pelo Prefeito para um mandato de 4 (quatro) anos, admitida uma nica reconduo.

3. O Conselho eleger seu Presidente, que deter o voto de qualidade, para um mandato de 4 (quatro) anos, permitida a sua reeleio uma nica vez.

4. Os membros do Conselho de Administrao no sero destituveis ad nutum, somente podendo ser afastados de suas funes depois de julgados em processo administrativo, por falta grave ou infrao punvel com demisso, ou em caso de vacncia, nos casos de:

I falecimento;

II renncia;

III desinteresse do Conselheiro, manifestado por duas faltas consecutivas ou trs intercaladas s reunies do Conselho, no mesmo ano, exceto as faltas decorrentes de casos de fora maior.

5. O exerccio da funo de Conselheiro no ser remunerado, sendo considerado de relevante interesse pblico.

Art. 32. Compete ao Conselho de Administrao:

I - estabelecer e normatizar as diretrizes gerais do RPPS, junto ao Instituto, visando a realizao de seus objetivos;

II - apreciar e aprovar a proposta oramentria do RPPS;

III - aprovar o Plano de Custeio do FPS;

IV - aprovar a Poltica de Investimentos, estabelecendo normas para a aplicao de recursos previdencirios disponveis, podendo criar um Comit de Investimentos, com a finalidade de gerir essas aplicaes;

V - apreciar o balano e os balancetes do Instituto;

VI - conceber, acompanhar e avaliar a gesto operacional, econmica e financeira dos recursos do RPPS;

VII - examinar e emitir parecer conclusivo sobre propostas de alterao da poltica previdenciria do Municpio;

VIII - autorizar a contratao de empresas especializadas para a realizao de auditorias contbeis e estudos atuariais ou financeiros;

IX - autorizar a alienao de bens imveis pelo FPS e o gravame daqueles j integrantes do patrimnio do Instituto;

X - aprovar a contratao de agentes financeiros, bem como a celebrao de contratos, convnios e ajustes;

XI - deliberar sobre a aceitao de doaes, cesses de direitos e legados, quando onerados por encargos;

XII - adotar as providncias cabveis para a correo de atos e fatos, decorrentes de gesto, que prejudiquem o desempenho e o cumprimento das finalidades do RPPS;XIII - acompanhar e fiscalizar a aplicao da legislao pertinente ao RPPS;

XIV - apreciar a prestao de contas anual a ser remetida ao Tribunal de Contas;

XV - solicitar a elaborao de estudos e pareceres tcnicos relativos a aspectos atuariais, jurdicos, financeiros e organizacionais relativos a assuntos de sua competncia;

XVI - dirimir dvidas quanto aplicao das normas regulamentares, relativas ao RPPS, nas matrias de sua competncia;

XVII - deliberar sobre os relatrios de atividades e operaes realizadas pelo Instituto, publicando a cada 3 (trs) meses, seus resultados no Dirio Oficial do Municpio;

XVIII - apreciar os recursos administrativos interpostos nos pedidos de concesso, alterao ou cancelamento de benefcios previdencirios, no mbito de competncia do Instituto;

XIX - estabelecer normas regulamentares para a concesso dos benefcios previstos nesta lei complementar;XX - autorizar previamente a alienao de bens do Instituto ou o recebimento de bens com encargos;

XXI - deliberar sobre abertura de concurso pblico para nomeao de pessoal;XXII - deliberar sobre os casos omissos no mbito das regras aplicveis ao RPPS, bem como sobre quaisquer assuntos que sejam submetidos sua apreciao pelo Presidente do Instituto.

Seo IV

Do Conselho Fiscal

Art. 33. O Conselho Fiscal, rgo colegiado de fiscalizao do Instituto, ser composto por 5 (cinco) membros e seus respectivos suplentes, escolhidos da seguinte forma:

I - 02 (dois) representantes integrantes do quadro permanente de servidores da Municipalidade, designados livremente pelo Prefeito Municipal;

II - 01 (um) representante indicado pelo Sindicato dos Servidores Pblicos Municipais de Santos;

III - 01 (um) representante indicado pelo Sindicato dos Servidores Estatutrios Municipais de Santos;

IV - 01 (um) representante eleito pelos servidores da Municipalidade.

1. Cada membro ter um suplente.

2. Os Conselheiros sero nomeados pelo Prefeito para um mandato de 4 (quatro) anos, admitida uma nica reconduo.

3. Os membros do Conselho Fiscal no sero destituveis ad nutum, somente podendo ser afastados de suas funes depois de julgados em processo administrativo, por falta grave ou infrao punvel com demisso, ou em caso de vacncia, nos casos de:

I falecimento;

II renncia;

III desinteresse do Conselheiro, manifestado por duas faltas consecutivas ou trs intercaladas s reunies do Conselho, no mesmo ano, exceto as faltas decorrentes de casos de fora maior.

4. O exerccio da funo de Conselheiro no ser remunerado, sendo considerado de relevante interesse pblico.Art. 34. Compete ao Conselho Fiscal do Instituto:

I - fiscalizar o cumprimento das diretrizes gerais do RPPS;

II - apreciar e aprovar o balano e os balancetes do Instituto;III - fiscalizar o cumprimento do estabelecido no Plano de Custeio e no Programa de Investimentos, verificando o efetivo recolhimento das contribuies previdencirias e a aplicao dos recursos previdencirios disponveis;

IV - aprovar a prestao de contas a ser remetida ao Tribunal de Contas;

V - examinar contratos, acordos e convnios de qualquer natureza;

VI - fiscalizar as despesas do Instituto, qualquer que seja a sua natureza.

Seo V

Dos rgos de Direo Intermediria

Subseo I

Do Departamento de Concesso e Pagamento de Benefcios Previdencirios DEPREVArt. 35. O Departamento de Concesso e Pagamento de Benefcios Previdencirios o encarregado das atividades relativas concesso, manuteno e controle dos benefcios previdencirios previstos nesta lei complementar.

Art. 36. As atribuies do Chefe do Departamento de Concesso e Pagamento de Benefcios Previdencirios, Smbolo C-1, sero estabelecidas no regulamento do Instituto.

Subseo II

Da Coordenadoria de Percias Mdicas - CEPEM

Art. 37. A Coordenadoria de Percias Mdicas, subordinada ao Departamento de Concesso e Pagamento de Benefcios Previdencirios, o rgo encarregado de promover a execuo das atividades relativas concesso de afastamentos mdicos, laudos de aposentadorias, readaptao, iseno de imposto de renda e outros benefcios previdencirios previstos nesta lei complementar que dependam de percia mdica.

Pargrafo nico. As atribuies do Coordenador de Percias Mdicas, Smbolo C-2, sero estabelecidas no regulamento do Instituto.

Subseo III

Do Departamento de Administrao e Finanas - DEAFI

Art. 38. O Departamento de Administrao e Finanas o encarregado de promover a execuo das atividades relativas administrao de pessoal, material, servios gerais, bem como das atividades oramentrias, contbeis, financeiras e patrimoniais do Instituto.

Art. 39. As atribuies do Chefe do Departamento de Administrao e Finanas, Smbolo C-1, sero estabelecidas no regulamento do Instituto.

Seo VIDos rgos de ApoioSubseo I

Da Seo de Concesso e Pagamento de Benefcios Previdencirios SEPREVArt. 40. A Seo de Concesso e Pagamento de Benefcios Previdencirios, subordinada ao Departamento de Concesso e Pagamento de Benefcios Previdencirios, a responsvel pela execuo das atividades relativas concesso, pagamento, controle e manuteno dos benefcios previdencirios previstos nesta lei complementar.

Art. 41. As atribuies do Chefe da Seo de Concesso e Pagamento de Benefcios Previdencirios, FG-1, sero estabelecidas no regulamento do Instituto.

Subseo II

Da Seo de Expediente, Recursos Humanos e Servios Gerais - SEGERArt. 42. A Seo de Expediente, Recursos Humanos e Servios Gerais, subordinada ao Departamento de Administrao e Finanas, a responsvel pelo protocolo, controle de material, arquivo, execuo das atividades relativas aos recursos humanos, servios de conservao e limpeza dos bens do Instituto.

Art. 43. As atribuies do Chefe da Seo de Expediente, Recursos Humanos e Servios Gerais, FG-1, sero estabelecidas no regulamento do Instituto.

Subseo III

Da Seo de Contabilidade - SECONTArt. 44. A Seo de Contabilidade, subordinada ao Departamento de Administrao e Finanas, a encarregada de executar as atividades oramentrias, contbeis, financeiras e patrimoniais do Instituto.

Art. 45. As atribuies do Chefe da Seo de Contabilidade, FG-1, sero estabelecidas no regulamento do Instituto.

Subseo IV

Da Seo de Investimentos e Patrimnio SIPATRIArt. 46. A Seo de Investimentos e Patrimnio, subordinada ao Departamento de Administrao e Finanas, a responsvel pela execuo das atividades relativas a gesto dos recursos financeiros do Instituto, de acordo com o estabelecido pelo Conselho de Administrao, bem como pelo controle patrimonial do Instituto.

Art. 47. As atribuies do Chefe da Seo de Investimentos e Patrimnio, FG-1, sero estabelecidas no regulamento do Instituto.Subseo V

Seo de Percias Mdicas SEPEMArt. 48. A Seo de Percias Mdicas, subordinada Coordenadoria de Percias Mdicas, a responsvel pela realizao de exames mdicos ou percias nos segurados ou dependentes.

Art. 49. As atribuies do Chefe da Seo de Percias Mdicas, FG-1, sero estabelecidas no regulamento do Instituto.

Seo VIIDos Cargos do Quadro Permanente do IPREV

Art. 50. Ficam criados os cargos de provimento efetivo do Quadro Permanente do IPREV, que so aqueles constantes do Anexo II desta lei complementar, observados a nomenclatura, nveis de vencimento e qualificaes essenciais aplicados aos cargos do Quadro Permanente da Prefeitura Municipal de Santos.

CAPTULO II

Dos Benefcios Previdencirios

Seo I

Das Disposies Preliminares

Art. 51. O RPPS compreende os seguintes benefcios previdencirios:

I - Quanto ao segurado:

a) aposentadoria por invalidez;

b) aposentadoria compulsria;

c) aposentadoria por idade e tempo de contribuio;

d) aposentadoria por idade;e) auxlio-doena;

f) salrio-maternidade;

g) salrio-famlia; e

h) abono de Natal, tratando-se de aposentados.

II - Quanto ao dependente:

a) penso por morte;

b) auxlio-recluso; e

c) abono de Natal.

Pargrafo nico. vedada a adoo de requisitos e critrios diferenciados para a concesso de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores:

I - portadores de deficincia;

II - que exeram atividades de risco;

III - cujas atividades sejam exercidas exclusivamente sob condies especiais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica.

Seo II

Da Aposentadoria por Invalidez

Art. 52. A aposentadoria por invalidez ser devida ao segurado que for considerado incapaz e insuscetvel de readaptao e ser-lhe- paga enquanto permanecer nessa condio.

1. A aposentadoria por invalidez ser precedida de auxlio-doena, ressalvado o previsto no pargrafo 9 deste artigo. 2. A concesso de aposentadoria por invalidez depender da verificao da situao de incapacidade mediante percia realizada por Junta Mdica do IPREV e a sua manuteno depender de reavaliao da percia a cada 02 (dois) anos , podendo o servidor s suas expensas fazer-se acompanhar de mdico de sua confiana.

3. A aposentadoria por invalidez ter proventos proporcionais ao tempo de contribuio.

4. A aposentadoria decorrente de acidente do trabalho, molstia profissional ou doena grave, contagiosa ou incurvel, na forma estabelecida por esta lei complementar, ter proventos integrais observado quanto ao seu clculo, o disposto no art. 84 desta lei complementar.

5. Acidente do trabalho aquele ocorrido no exerccio do cargo, que se relacione, direta ou indiretamente com as atribuies deste, provocando leso corporal ou perturbao funcional que cause a perda ou reduo, permanente ou temporria, da capacidade para outro trabalho.

6. Equiparam-se ao acidente do trabalho, para os efeitos desta lei complementar:

I - o acidente ligado ao trabalho que, embora no tenha sido a causa nica, haja contribudo diretamente para a morte, reduo ou perda da capacidade para o trabalho, ou produzido leso que exija ateno mdica para a sua recuperao;

II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horrio do trabalho, em conseqncia de:

a) ato de agresso, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de servio;

b) ofensa fsica intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao servio;

c) ato de imprudncia, de negligncia ou de impercia de terceiro ou de companheiro de servio;

d) ato de pessoa privada do uso da razo; e

e) desabamento, inundao, incndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de fora maior.

III - a doena proveniente de contaminao acidental do segurado no exerccio do cargo; e

IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horrio de servio:

a) na execuo de ordem ou na realizao de servio relacionado ao cargo;

b) na prestao espontnea de qualquer servio ao Municpio para lhe evitar prejuzo ou proporcionar proveito;

c) em viagem a servio, inclusive para estudo quando financiada pelo Municpio dentro de seus planos para melhor capacitao da mo-de-obra, independentemente do meio de locomoo utilizado, inclusive veculo de propriedade do segurado; e

d) no percurso da residncia para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoo, inclusive veculo de propriedade do segurado.

7. Nos perodos destinados refeio ou descanso, ou por ocasio da satisfao de outras necessidades fisiolgicas, no local do trabalho ou durante estes, o servidor considerado no exerccio do cargo.

8. Consideram-se doenas graves, contagiosas ou incurveis, para os fins referidos no pargrafo 2: tuberculose ativa; hansenase; alienao mental; neoplasia maligna; cegueira; paralisia irreversvel e incapacitante; cardiopatia grave; doena de Parkinson; espondiloartrose anquilosante; nefropatia grave; estado avanado da doena de Paget (ostete deformante); sndrome da deficincia imunolgica adquirida - AIDS; contaminao por radiao, com base em concluso da medicina especializada; hepatopatia e outras que forem assim consideradas pelo Regime Geral de Previdncia Social.

9. Em caso de doena que impuser afastamento compulsrio, com base em laudo conclusivo da medicina especializada, ratificado por percia mdica realizada pelo IPREV, a aposentadoria por invalidez independer de auxlio-doena e ser devida a partir da publicao do ato de sua concesso.

10. O pagamento do benefcio de aposentadoria por invalidez decorrente de doena mental somente ser feito ao curador do segurado, condicionado apresentao do termo de curatela, ainda que provisrio.

11. Verificada a recuperao da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez e a existncia de cargo vago de idntica denominao daquele ocupado por ocasio da aposentadoria, o beneficio cessar de imediato para o segurado que tiver direito a retornar atividade que desempenhava ao se aposentar, valendo como documento para tal fim o certificado de capacidade laboral fornecido pelo rgo competente.

Seo III

Da Aposentadoria Compulsria

Art. 53. O segurado ser automaticamente aposentado aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuio, calculados na forma estabelecida no artigo 84 desta lei complementar.

Pargrafo nico. A aposentadoria ser declarada por ato, com vigncia a partir do dia imediato quele em que o servidor atingir a idade-limite de permanncia no servio.

Seo IV

Da Aposentadoria por Idade e Tempo de Contribuio

Art. 54. O segurado far jus aposentadoria voluntria por idade e tempo de contribuio com proventos calculados na forma estabelecida no artigo 84 desta lei complementar, desde que preencha, cumulativamente, os seguintes requisitos:

I tempo mnimo de 10 (dez) anos de efetivo servio pblico;

II tempo mnimo de 05 (cinco) anos de efetivo exerccio no cargo em que se dar a aposentadoria;

III sessenta anos de idade e trinta de cinco anos de tempo de contribuio, se homem, e cinqenta e cinco anos de idade e trinta anos de tempo de contribuio, se mulher.

1. Os requisitos de idade e tempo de contribuio previstos neste artigo sero reduzidos em cinco anos, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exerccio da funo de magistrio na educao infantil e no ensino fundamental e mdio.

2. vedada a converso de tempo de contribuio no exerccio de magistrio, em qualquer poca, em tempo de contribuio comum.

Seo V

Da Aposentadoria por Idade

Art. 55. O segurado far jus aposentadoria por idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuio, calculados na forma prevista no artigo 84 desta lei complementar, desde que preencha, cumulativamente, os seguintes requisitos:

I tempo mnimo de 10 (dez) anos de efetivo exerccio no servio pblico;

II tempo mnimo de 5 (cinco) anos de efetivo exerccio no cargo em que se dar a aposentadoria; e

III sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher.

Seo VI

Das Disposies Gerais sobre Aposentadoria

Art. 56. Ressalvado o disposto no artigo 53 desta lei complementar, a aposentadoria vigorar a partir da data da publicao do respectivo ato.

Art. 57. Para fins de concesso de aposentadoria pelo RPPS vedada a contagem de tempo de contribuio fictcio.

Art. 58. Ressalvadas as aposentadorias decorrentes de cargos acumulveis na forma da Constituio Federal, ser vedada a percepo de mais de uma aposentadoria por conta do RPPS.

Art. 59. Ser computado, integralmente, o tempo de contribuio no servio pblico federal, estadual, distrital e municipal, prestado sob a gide de qualquer regime jurdico, bem como o tempo de contribuio junto ao Regime Geral de Previdncia Social, na forma da lei.

Seo VII

Do Auxlio - Doena

Art. 60. O auxlio-doena ser devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho por mais de quinze dias consecutivos e ser calculado com base no valor de sua ltima remunerao ou subsdio.

1. Fica assegurado aos professores substitutos, professores e especialistas da educao, o clculo do auxlio-doena considerando a mdia anual das quantias pagas a ttulo de aulas excedentes, regncia de classes ou carga complementar e funo tcnica correspondente.

2. Ser concedido auxlio-doena, a pedido ou de ofcio, com base em percia mdica realizada pelo rgo competente do IPREV.

3. Findo o prazo do benefcio, o segurado ser submetido nova percia mdica, que concluir pela volta ao servio, pela prorrogao do auxlio-doena, pela readaptao ou pela aposentadoria por invalidez.

4.o Nos primeiros quinze dias consecutivos de afastamento do segurado por motivo de doena, a responsabilidade pelo pagamento da sua remunerao ou subsidio dos Poderes Executivo e Legislativo, bem como das autarquias e fundaes pblicas municipais. 5.o Se concedido novo benefcio decorrente da mesma doena dentro dos sessenta dias seguintes cessao do benefcio anterior, este ser prorrogado, ficando os Poderes Executivo e Legislativo, assim como autarquias e fundaes pblicas municipais, desobrigados do pagamento relativo aos primeiros quinze dias.

Art. 61. O segurado em gozo de auxlio-doena, insusceptvel de recuperao para exerccio do seu cargo ou de readaptao, a critrio e julgamento da junta mdica do rgo competente do IPREV, aps 24 (vinte e quatro) meses de afastamento poder ser aposentado por invalidez.

Seo VIII

Do Salrio-Maternidade

Art. 62. Ser devido salrio-maternidade segurada gestante, por cento e vinte dias consecutivos, com incio entre vinte e oito dias antes do parto e a data de ocorrncia deste.

1. Em casos excepcionais, os perodos de repouso anterior e posterior ao parto podem ser aumentados de mais duas semanas, mediante inspeo mdica.

2. O salrio-maternidade consistir numa renda mensal igual ao ltimo subsdio ou remunerao da segurada, observado quanto aos ocupantes de cargo efetivo de magistrio o disposto no pargrafo 1 do artigo 60 desta lei complementar.

3. Em caso de aborto no criminoso, comprovado mediante atestado mdico, a segurada ter direito ao salrio-maternidade correspondente a duas semanas.

4. O salrio-maternidade no poder ser acumulado com benefcio por incapacidade.

Art. 63. segurada que adotar, ou obtiver guarda judicial para fins de adoo de criana, devido salrio-maternidade pelos seguintes perodos:

I 120 (cento e vinte) dias, se a criana tiver at 1 (um) ano de idade;

II 60 (sessenta) dias, se a criana tiver entre 1 (um) e 4 (quatro) anos de idade; e

III 30 (trinta) dias, se a criana tiver de 4 (quatro) a 8 (oito) anos de idade.

Seo IX

Do Salrio-Famlia

Art. 64. Ser devido o salrio-famlia ao segurado, no optante pelo Plano de Cargos, Carreiras e Salrios, institudo pela Lei Complementar n. 162, de 12 de abril de 1995, que tenha remunerao ou subsidio igual ou inferior ao valor limite estabelecido concesso deste beneficio pelo Regime Geral de Previdncia Social, na proporo do nmero de filhos ou equiparados, de qualquer condio, de at quatorze anos ou invlidos.

1. O salrio-famlia consistir no pagamento de uma cota mensal no valor concedido pelo RGPS, e o valor limite referido no caput ser corrigido pelos ndices aplicados aos benefcios do Regime Geral da Previdncia Social.

2. O aposentado por invalidez ou por idade e os demais aposentados, com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais de idade, se do sexo masculino, ou 60 (sessenta) anos ou mais, se do sexo feminino, tero direito ao salrio-famlia, pago juntamente com a aposentadoria.Art. 65. Quando pai e me forem segurados do RPPS, ambos tero direito ao salrio-famlia.

Pargrafo nico. Em caso de divrcio, separao judicial ou de fato dos pais, ou em caso de abandono legalmente caracterizado ou perda do ptrio-poder, o salrio-famlia passar a ser pago diretamente ao segurado responsvel pela guarda do menor.

Art. 66. O pagamento do salrio-famlia est condicionado apresentao da certido de nascimento do filho ou da documentao relativa ao equiparado ou ao invlido, e apresentao anual de atestado de vacinao obrigatria e de comprovao de freqncia escola do filho ou equiparado.

Pargrafo nico. Os segurados que j se encontram recebendo salrio famlia devero apresentar a documentao estabelecida no caput no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a partir da publicao desta lei complementar, sob pena de suspenso do pagamento do benefcio.

Art. 67. O salrio-famlia no se incorporar ao subsdio, remunerao ou ao benefcio, para qualquer efeito.

Pargrafo nico. Tratando-se de segurado ativo, o salrio famlia ser pago pelo ente e compensado por ocasio do repasse das contribuies de que tratam os incisos I e II do artigo 15 desta lei complementar.

Seo X

Da Penso por Morte

Art. 68. A penso por morte consistir numa importncia mensal conferida ao conjunto dos dependentes do segurado, definidos no artigo 8. desta lei complementar, quando do seu falecimento.

1. Ser concedida penso provisria por morte presumida do segurado, nos seguintes casos:

I - sentena declaratria de ausncia, expedida por autoridade judiciria competente; e

II - desaparecimento em acidente, desastre ou catstrofe.

2. A penso provisria ser transformada em definitiva com o bito do segurado ausente ou cancelada com o reaparecimento do mesmo, ficando os dependentes desobrigados da reposio dos valores recebidos, salvo m-f.

Art. 69. A penso por morte ser devida aos dependentes a contar:

I - do dia do bito;

II - da data da deciso judicial, no caso de declarao de ausncia; ou

III - da data da ocorrncia do desaparecimento do segurado por motivo de acidente, desastre ou catstrofe, mediante prova idnea.

Art. 70. O valor da penso por morte corresponder:

I - totalidade dos proventos do servidor falecido, at o limite mximo estabelecido para os benefcios do Regime Geral de Previdncia Social de que trata o artigo 201 da Constituio Federal, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, ou

II totalidade da remunerao do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, at o limite mximo estabelecido para os benefcios do Regime Geral de Previdncia Social de que trata o artigo 201 da Constituio Federal, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do bito.

Pargrafo nico. Ser admitido o recebimento, pelo dependente, de at duas penses no mbito do RPPS, exceto quanto penso deixada por cnjuge, companheiro ou companheira, que ser limitada a uma, ressalvado o direito de opo pela mais vantajosa.

Art. 71. A penso ser rateada entre todos os dependentes em partes iguais e no ser protelada pela falta de habilitao de outro possvel dependente.

1. O cnjuge ausente no exclui do direito penso por morte o companheiro ou a companheira, que somente far jus ao benefcio mediante prova de dependncia econmica.

2. O cnjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato que recebia penso de alimentos concorrer em igualdade de condies com os dependentes referidos no artigo 8 desta lei complementar.

3. A habilitao posterior que importe incluso ou excluso de dependente s produzir efeitos a contar da data da inscrio ou habilitao.

4. Sero revertidos em favor dos dependentes e rateados entre eles a parte do benefcio daqueles cujo direito penso se extinguir.

5. O pensionista de que trata o pargrafo 1 do artigo 68 desta lei complementar dever anualmente declarar que o segurado permanece desaparecido ou ausente, ficando obrigado a comunicar imediatamente ao gestor do FPS o reaparecimento deste, sob pena de ser responsabilizado civil e penalmente pelo ilcito.

Art. 72. A cota da penso ser extinta:

I - pela morte do pensionista;

II - para o pensionista menor de idade ao completar vinte e um anos, salvo se invlido, ou pela emancipao, ainda que invlido, exceto, neste caso, se a emancipao for decorrente de colao de grau cientfico em curso de ensino superior.

III para o pensionista invlido, pela cessao da invalidez.

Pargrafo nico. Com a extino do direito do ltimo pensionista extinguir-se- a penso.

Art. 73. A penso poder ser requerida a qualquer tempo, observado o disposto no artigo 97 desta lei complementar.

Art. 74. No far jus penso o dependente condenado pela prtica de crime doloso de que tenha resultado a morte do segurado.

Art. 75. A condio legal de dependente, para fins desta lei complementar, aquela verificada na data do bito do segurado, observados os critrios de comprovao de dependncia e ressalvado o disposto no pargrafo 3, do artigo 71, desta lei complementar.

Pargrafo nico. A invalidez ou a alterao de condies quanto ao dependente, supervenientes morte do segurado, no daro origem a qualquer direito penso.

Seo XI

Do Auxlio-Recluso

Art. 76. O auxlio-recluso consistir no pagamento de uma importncia mensal concedida aos dependentes do servidor segurado recolhido priso que tenha remunerao ou subsdio igual ou inferior ao valor limite estabelecido concesso deste beneficio pelo Regime Geral de Previdncia Social e que no perceba remunerao dos cofres pblicos, e corresponder ltima remunerao ou subsdio do segurado.

1. O auxlio-recluso ser rateado em cotas-partes iguais entre os dependentes do segurado.

2. O auxlio-recluso ser devido a contar da data em que o segurado preso deixar de perceber dos cofres pblicos.

3. Na hiptese de fuga do segurado, o benefcio ser suspenso e somente restabelecido a partir da data da recaptura ou da reapresentao priso, nada sendo devido aos seus dependentes enquanto estiver o segurado evadido e pelo perodo da fuga.

4. Para a instruo do processo de concesso deste benefcio, alm da documentao que comprovar a condio de segurado e de dependentes, sero exigidos:

I - documento que certifique o no pagamento do subsdio ou da remunerao ao segurado pelos cofres pblicos, em razo da priso; e

II - certido emitida pela autoridade competente sobre o efetivo recolhimento do segurado priso e o respectivo regime de cumprimento da pena, sendo tal documento renovado trimestralmente.

5. Caso o segurado venha a ser ressarcido com o pagamento da remunerao ou subsdio correspondente ao perodo em que esteve preso, e seus dependentes tenham recebido auxlio-recluso, o valor correspondente ao perodo de gozo do benefcio dever ser restitudo ao FPS pelo segurado ou por seus dependentes, aplicando-se os juros e ndices de correo incidentes no ressarcimento da remunerao ou subsdio.

6. Aplicar-se-o ao auxlio-recluso, no que couberem, as disposies atinentes penso por morte.

7. Se o segurado preso vier a falecer na priso, o benefcio ser transformado em penso por morte.

8. O valor limite referido no caput ser corrigido pelos mesmos ndices aplicados aos benefcios do Regime Geral da Previdncia Social.

Seo XII

Do Abono de Natal

Art. 77. O abono de Natal ser devido quele que, durante o ano, tiver recebido proventos de aposentadoria, penso por morte, auxlio-recluso, salrio maternidade ou auxlio-doena pagos pelo FPS.

Pargrafo nico. O abono de que trata o caput ser proporcional em cada ano ao nmero de meses de benefcio pago pelo FPS, em que cada ms corresponder a um doze avo, e ter por base o valor do benefcio do ms de dezembro, exceto quando o benefcio encerrar-se antes desse ms, quando o valor ser o do ms da cessao.

CAPTULO III

Das Regras de Transio

Art. 78. Ao segurado do RPPS que tenha ingressado no servio pblico at 16 de dezembro de 1998, ser facultada sua aposentao, pelas regras estabelecidas neste artigo, com proventos calculados de acordo com o artigo 84 desta lei complementar quando o servidor, cumulativamente:

I - tiver cinqenta e trs anos de idade, se homem, e quarenta e oito anos de idade, se mulher;

II - tiver cinco anos de efetivo exerccio no cargo em que se der a aposentadoria;

III - contar tempo de contribuio igual, no mnimo, soma de:

a) trinta e cinco anos, se homem, e trinta anos, se mulher; e

b) um perodo adicional de contribuio equivalente a 20% (vinte por cento) do tempo que na data do caput, faltaria para atingir o limite de tempo constante da alnea a deste inciso.

1. O servidor de que trata este artigo que cumprir as exigncias para aposentadoria na forma do caput ter os seus proventos de inatividade reduzidos para cada ano antecipado em relao aos limites de idade estabelecidos pelo artigo 54 , inciso III desta lei complementar, na seguinte proporo:

I - trs inteiros e cinco dcimos por cento, para aquele que completar as exigncias para aposentadoria na forma do caput at 31 de dezembro de 2005;

II - cinco por cento, para aquele que completar as exigncias para aposentadoria na forma do caput a partir de 1 de janeiro de 2006.

2. O segurado professor que, at a data de publicao da Emenda Constitucional n 20, de 15 de dezembro de 1998, tenha ingressado no servio pblico, em cargo efetivo de magistrio no Municpio ou outros entes federativos, includas suas autarquias e fundaes, e que opte por aposentar-se na forma do disposto no caput, ter o tempo de servio exercido at a publicao daquela Emenda contado com o acrscimo de dezessete por cento, se homem, e de vinte por cento, se mulher, desde que se aposente, exclusivamente, com tempo de efetivo exerccio nas funes de magistrio, observado o disposto no 1 .

Art. 79. Ressalvado o direito de opo aposentadoria pelas normas estabelecidas nos artigos 54 e 55, ou pelas regras estabelecidas pelo artigo 78 desta lei complementar, o segurado do RPPS que tenha ingressado no servio pblico, em cargo efetivo na administrao pblica direta, autrquica e fundacional at 31 de dezembro de 2003, aposentar-se- com proventos integrais, que correspondero totalidade da remunerao do servidor no cargo efetivo em que se der a aposentadoria quando, observadas as redues de idade e tempo de contribuio contidas no pargrafo primeiro do artigo 54 desta lei complementar, vier a preencher, cumulativamente, s seguintes condies:

I - sessenta anos de idade, se homem, e cinqenta e cinco anos de idade, se mulher;II - trinta e cinco anos de contribuio, se homem, e trinta anos de contribuio, se mulher;III - vinte anos de efetivo exerccio no servio pblico;IV - dez anos de carreira e cinco anos de efetivo exerccio no cargo em que se der a aposentadoria.

Art. 80. assegurada a concesso de aposentadoria e penso, a qualquer tempo, aos segurados e seus dependentes que, at 31 de dezembro de 2003, tenham cumprido os requisitos para a obteno destes benefcios, com base nos critrios da legislao ento vigente, observado o disposto no inciso XI do artigo 37 da Constituio Federal.

Pargrafo nico. Os proventos da aposentadoria a ser concedida aos segurados referidos no caput, em termos integrais ou proporcionais ao tempo de contribuio j exercido at 31 de dezembro de 2003, bem como as penses de seus dependentes, sero calculados de acordo com a legislao em vigor poca em que foram atendidas as prescries nela estabelecidas para a concesso desses benefcios ou nas condies da legislao vigente.

Art. 81. Observado o disposto no artigo 37, XI, da Constituio Federal, os proventos de aposentadoria e as penses em fruio em 31 de dezembro de 2003, bem como os decorrentes da aplicao do disposto nos artigos 79 e 80 desta lei complementar, sero revistos na mesma proporo e na mesma data, sempre que se modificar a remunerao ou subsidio dos servidores em atividade, sendo tambm estendidos aos aposentados e pensionistas quaisquer benefcios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, na forma da lei, inclusive quando decorrentes da transformao ou reclassificao do cargo ou funo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referncia para a concesso da penso.

Art. 82. Ressalvado o direito a opo aposentadoria pelas normas estabelecidas pelo artigo 40 da Constituio Federal ou pelas regras estabelecidas pelos artigos 78 e 79 desta lei complementar, o segurado do RPPS que tenha ingressado no servio publico at 16 de dezembro de 1998 aposentar-se- com proventos integrais, desde que preencha, cumulativamente, s seguintes condies:

I trinta e cinco anos de contribuio, se homem, e trinta anos de contribuio, se mulher;

II vinte e cinco anos de efetivo exerccio no servio pblico, quinze anos de carreira e cinco anos no cargo em que se der a aposentadoria;

III idade mnima resultante da reduo, relativamente aos limites do artigo 40, pargrafo 1, inciso III, alnea a, da Constituio Federal, de um ano de idade para cada ano de contribuio que exceder a condio prevista no inciso I do caput deste artigo.

Pargrafo nico. Aplica-se ao valor dos proventos de aposentadorias concedidas com base neste artigo o disposto no artigo 81, observando-se igual critrio de reviso s penses derivadas dos proventos de servidores falecidos que tenham se aposentado em conformidade com este artigo.

CAPTULO IV

Do Abono de Permanncia

Art. 83. O segurado ativo que tenha completado as exigncias para aposentadoria voluntria estabelecidas nos artigos 54 e 78 e que opte por permanecer em atividade, far jus a um abono de permanncia equivalente ao valor da sua contribuio previdenciria at completar as exigncias para aposentadoria compulsria contidas no artigo 53 desta lei complementar. 1. O abono previsto no caput ser concedido, nas mesmas condies, ao servidor que, at a data de publicao da Emenda Constitucional n. 41, de 19 de dezembro de 2003, tenha cumprido todos os requisitos para obteno da aposentadoria voluntria, com proventos integrais ou proporcionais, com base nos critrios da legislao ento vigente e conforme previsto no artigo 82 desta lei complementar, desde que conte com, no mnimo, vinte e cinco anos de contribuio, se mulher, ou trinta anos, se homem.

2. O valor do abono de permanncia ser equivalente ao valor da contribuio efetivamente descontada do servidor, ou recolhida por este, relativamente a cada competncia.

3. O pagamento do abono de permanncia de responsabilidade do Municpio e ser devido a partir do cumprimento dos requisitos para obteno do benefcio conforme disposto no caput e pargrafo 1, mediante opo expressa pela permanncia em atividade e apresentao de certido emitida pelo IPREV.

CAPTULO V

Das Regras de Clculo dos Proventos e Reajuste dos Benefcios

Art. 84. No clculo dos proventos das aposentadorias referidas nos artigos 52, 53, 54, 55 e 78, desta lei complementar, ser considerada a mdia aritmtica simples das maiores remuneraes ou subsdios, utilizados como base para as contribuies do servidor aos regimes de previdncia a que esteve vinculado, correspondentes a oitenta por cento de todo o perodo contributivo desde a competncia julho de 1994 ou desde a do incio da contribuio, se posterior quela competncia.

1. As remuneraes ou subsdios considerados no clculo do valor inicial dos proventos tero os seus valores atualizados, ms a ms, de acordo com a variao integral do ndice fixado para a atualizao dos salrios-de-contribuio considerados no clculo dos benefcios do RGPS.

2. Nas competncias a partir de julho de 1994 em que no tenha havido contribuio para regime prprio, a base de clculo dos proventos ser a remunerao ou subsidio do servidor, inclusive nos perodos em que houve iseno de contribuio ou afastamento do cargo, desde que o respectivo afastamento seja considerado como de efetivo exerccio.

3. Os valores das bases de contribuio a serem utilizadas no clculo de que trata este artigo sero comprovados mediante documento fornecido pelos rgos e entidades gestoras dos regimes de previdncia aos quais o servidor esteve vinculado ou por outro documento pblico.

4. Para os fins deste artigo, as bases de contribuio consideradas no clculo da aposentadoria, atualizadas na forma do pargrafo 1, no podero ser:

I inferiores ao valor do salrio-mnimo, respeitada a proporcionalidade quanto jornada de trabalho efetivamente exercida;

II superiores ao limite mximo do salrio-de-contribuio, nos meses em que o servidor esteve vinculado ao RGPS.

5. As maiores remuneraes ou subsdios de que trata o caput sero definidas depois da aplicao dos fatores de atualizao e da observncia, ms a ms, dos limites estabelecidos no pargrafo 4.

6. Se a partir de julho de 1994 houver lacunas no perodo contributivo do segurado por ausncia de vinculao a regime previdencirio, esse perodo ser desprezado do clculo de que trata este artigo.

7. Os proventos, calculados de acordo com o caput e os pargrafos anteriores, por ocasio de sua concesso, no podero exceder remunerao ou subsdio do respectivo servidor no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria.

8. Para o clculo dos proventos proporcionais ao tempo de contribuio, ser utilizada frao cujo numerador ser o total desse tempo e o denominador, o tempo necessrio respectiva aposentadoria voluntria com proventos integrais, conforme inciso III do artigo 54 desta lei complementar, no se aplicando a reduo de que trata o pargrafo 1 do mesmo artigo.

9. A frao de que trata o pargrafo anterior ser aplicada sobre o valor dos proventos calculados conforme este artigo, observando-se previamente a aplicao do limite de que trata o pargrafo 7.

10. Os perodos de tempo utilizados no clculo previsto neste artigo sero considerados em nmero de dias.

11. Os proventos de aposentadoria no podero ser inferiores ao salrio mnimo nacional, respeitada a proporcionalidade quanto jornada de trabalho efetivamente exercida.

Art. 85. Os benefcios de aposentadoria e penso, de que tratam os artigos 52, 53, 54, 55, 68 e 78 desta lei complementar, sero reajustados para preservar-lhes, em carter permanente, o valor real, na mesma data em que se der o reajuste dos benefcios do RGPS, de acordo com o ndice aplicado aos servidores ativos.CAPITULO VI

Da Concesso dos Benefcios

Art. 86. A concesso de qualquer benefcio previdencirio ser precedida de processo administrativo regular, com parecer jurdico obrigatrio.

Pargrafo nico. A tramitao e os procedimentos a serem adotados nos processos administrativos de concesso de benefcios previdencirios sero objeto de regulamento.

CAPTULO VII

Do Pagamento dos Benefcios

Art. 87. Quaisquer dos benefcios previstos nesta lei complementar sero pagos diretamente ao beneficirio.

1. O disposto no caput no se aplica na ocorrncia das seguintes hipteses, devidamente comprovadas:

I - ausncia, na forma da lei civil;

II - molstia contagiosa; ou

III - impossibilidade de locomoo.

2. Na hiptese prevista no pargrafo anterior, o benefcio poder ser pago a procurador legalmente constitudo, cujo mandato especfico no exceda de seis meses, admitida renovaes.

3. O valor no recebido em vida pelo segurado ser pago somente aos seus dependentes habilitados penso por morte, ou, na falta deles, aos seus sucessores, mediante a apresentao de alvar judicial.

Art. 88. Sero descontados dos benefcios pagos aos segurados e aos beneficirios:

I - as contribuies previstas no artigo 15 inciso II desta lei complementar;

II - o valor da restituio do que tiver sido pago indevidamente pelo RPPS;

III - o imposto de renda retido na fonte;

IV - a penso de alimentos prevista em deciso judicial; e

V - as contribuies sindicais e associativas autorizadas pelo beneficirio.

Art. 89. Os aposentados e pensionistas sero recadastrados no mnimo a cada 12 (doze) meses, de preferncia no ms de aniversrio de cada um.

CAPTULO VIII

Da Contagem do Tempo de Contribuio

Art. 90. vedada a converso de tempo de servio de magistrio, exercido em qualquer poca, em tempo de servio comum, e vice-versa.

Art. 91. Para efeito de concesso de aposentadoria sero computados:

I - os perodos de gozo de frias;

II - os perodos de gozo de qualquer tipo de licena remunerada ou de afastamento remunerado, na forma da lei que os autorize;

III - os perodos de faltas ao servio por motivo de doena, desde que sejam remuneradas, ou por qualquer outro motivo, desde que sejam abonadas;

IV - os perodos de percepo de auxlio-doena e de auxlio-maternidade;

Pargrafo nico. Sero deduzidos do tempo de servio ou de contribuio:

I - os dias correspondentes a faltas no abonadas;

II - os perodos de afastamento sem remunerao e sem recolhimento da contribuio previdenciria facultativa;

III - os perodos correspondentes a licenas sem remunerao, concedidas na forma prevista na legislao, e sem recolhimento da contribuio previdenciria facultativa.

Art. 92. O tempo de servio considerado pela legislao vigente para efeito de aposentadoria ser contado como tempo de contribuio, excludo o tempo fictcio.

Art. 93. A apurao do tempo de servio para fins de aposentadoria ser feita em dias, considerando-se o ano de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias e o ms de 30 (trinta) dias.

CAPTULO IX

Da Contagem Recproca de Tempo de Contribuio

Art. 94. O tempo de contribuio para o Regime Geral de Previdncia Social s poder ser comprovado mediante certido do INSS - Instituto Nacional do Seguro Social.

Art. 95. O tempo de contribuio para outros rgos previdencirios s poder ser comprovado mediante certido do respectivo rgo previdencirio ou de pessoal das Administraes Pblicas Municipais, Estaduais ou da Unio, suas autarquias ou fundaes.

Art. 96. Concedida a aposentadoria com aproveitamento do tempo de contribuio na iniciativa privada, nos termos da presente lei complementar dever ser requerida perante o INSS - Instituto Nacional do Seguro Social a compensao previdenciria prevista na Lei Federal n. 9.796, de 05 de maio de 1.999, e no Decreto Federal n. 3.112, de 06 de julho de 1.999.

CAPTULO X

Das Disposies Gerais

Art. 97. Prescreve em cinco anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e qualquer ao do segurado ou beneficirio para haver prestaes vencidas ou quaisquer restituies ou diferenas devidas pelo Regime Prprio de Previdncia Social previsto nesta lei complementar, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma do Cdigo Civil.

Art. 98. A vedao prevista no pargrafo 10 do artigo 37 da Constituio Federal, no se aplica aos membros de poder, aos inativos e ativos que, at 16 de dezembro de 1998, tenham ingressado novamente no servio pblico, por concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, e pelas demais formas previstas na Constituio Federal, sendo-lhes proibida a percepo de mais de uma aposentadoria pelo regime de previdncia a que se refere o artigo 40 da Constituio Federal, aplicando-lhes em qualquer hiptese, o limite de que trata o pargrafo 11 desse mesmo artigo.

Art. 99. Sob pena de responsabilidade, qualquer modificao na remunerao e nos subsdios dos segurados em atividade, bem como nos planos de carreiras respectivos, para sua eficcia e controle do equilbrio financeiro do RPPS, dever ser precedida de estudo atuarial, compatibilizando-as com os planos de custeio.

Art. 100. Concedida a aposentadoria ou penso ser o ato publicado e sujeito homologao do Tribunal de Contas.

Pargrafo nico. Caso o ato de concesso no seja aprovado pelo Tribunal de Contas, o processo de benefcio ser imediatamente revisto e promovidas as medidas jurdicas pertinentes.

Art. 101. Fica vedada a celebrao de convnio, consrcio ou outra forma de associao para a concesso dos benefcios previdencirios de que trata esta lei complementar com a Unio, Estado, Distrito Federal ou outro Municpio.

CAPTULO XI

Do Registro Financeiro e Contbil

Art. 102. O RPPS observar normas de contabilidade, fixadas pelo rgo competente da Unio.

1. A escriturao contbil do RPPS ser distinta da mantida pelo Tesouro Municipal.

2. A escriturao contbil deve elaborar demonstraes financeiras que expressem com clareza a situao do patrimnio do regime previdencirio e as variaes ocorridas no exerccio, a saber:

I balano oramentrio;

II balano financeiro;

III balano patrimonial; e

IV demonstrao das variaes patrimoniais.

Art. 103. Ser publicado na imprensa oficial, at 30 (trinta) dias aps o encerramento de cada bimestre, demonstrativo das receitas e despesas do RPPS, comprovante mensal do repasse ao RPPS das contribuies a cargo dos Poderes Executivo e Legislativo, das autarquias e fundaes pblicas municipais, dos valores retidos dos segurados e dependentes e demonstrativo financeiro relativo s aplicaes do RPPS, nos termos da Lei n. 9.717, de 27 de novembro de 1998, e seu regulamento.Pargrafo nico. A documentao mencionada no caput ser, no mesmo prazo, encaminhada ao Ministrio da Previdncia e Assistncia Social.

Art. 104. Ser mantido registro contbil individualizado para cada segurado que conter:

I nome e demais dados pessoais, inclusive dos dependentes;

II matrcula e outros dados funcionais;

III base de contribuio, ms a ms;

IV valores das contribuies previdencirias mensais e das acumuladas nos meses anteriores do segurado e do Municpio, suas autarquias e fundaes;

1. Ao segurado sero disponibilizadas as informaes constantes de seu registro individualizado, mediante consulta eletrnica do extrato anual, relativas ao exerccio financeiro anterior.

2. Os valores constantes do registro cadastral individualizado sero consolidados para fins contbeis.

TTULO III

DAS DISPOSIES FINAIS

Art. 105. Os Poderes Executivo e Legislativo, assim como as autarquias e fundaes pblicas municipais, encaminharo mensalmente ao rgo gestor do FPS relao nominal dos segurados e seus dependentes, valores de subsdios, remuneraes e contribuies respectivas.

Art. 106. O Municpio poder instituir, por legislao especfica, o regime de previdncia complementar para os seus servidores titulares de cargo efetivo, observado, no que couber, o disposto no artigo 202 da Constituio Federal, por intermdio de entidade fechada de previdncia complementar, de natureza pblica, que oferecer aos respectivos participantes planos de benefcios somente na modalidade de contribuio definida.

1. Somente aps a aprovao da lei que trata o caput o Municpio poder fixar para o valor das aposentadorias e penses a serem concedidas pelo RPPS o limite mximo estabelecido para os benefcios do RGPS de que trata o artigo 201 da Constituio Federal.

2. Ao servidor que tenha ingressado no servio pblico federal, estadual, distrital ou municipal at a data da publicao do ato de instituio do correspondente regime de previdncia complementar, o disposto neste artigo somente poder ser aplicado mediante sua prvia e expressa opo.

Art. 107. O Municpio aportar as reservas matemticas correspondentes a compromissos especiais com geraes de participantes existentes na data de incio do regime prprio de previdncia social, no prazo no superior a trinta e cinco anos, para integralizao das reservas correspondentes.

Art. 108. Fica transferida para o IPREV, a partir do primeiro dia do ms seguinte aos 90 (noventa) dias posteriores publicao desta lei complementar, a responsabilidade pelo pagamento do benefcio das aposentadorias j concedidas, ou que venham a ser concedidas no mesmo prazo, pelos Poderes Executivo e Legislativo, suas autarquias e fundaes, mediante o prvio repasse mensal, ao Instituto, pelos respectivos entes municipais, dos recursos necessrios para o pagamento dos referidos benefcios.

Pargrafo nico. No caso de falecimento do servidor inativo referido no caput deste artigo, a respectiva penso passar a ser paga pelo IPREV, mediante a contribuio estabelecida no artigo 15, inciso II desta lei complementar.

Art. 109. Fica autorizada a cesso de servidores dos Poderes Executivo e Legislativo, autarquias e fundaes pblicas municipais ao IPREV.

Art. 110. Para os fins da concesso dos benefcios que trata a presente lei complementar, aos servidores ativos e inativos e aos pensionistas, aplicar-se-o, no que couber, as regras de transio, direitos e vantagens estabelecidas pelas Emendas Constitucionais n. 20, de 15 de dezembro de 1998, n. 41, de 13 de dezembro de 2003 e n. 47, de 05 de julho de 2005.

Art. 111. Considera-se remunerao do cargo o valor do subsdio ou do vencimento e vantagens pecunirias permanentes do cargo estabelecidos em lei, acrescido dos adicionais de carter individual e das vantagens pessoais, ou aquele auferido em razo do exerccio de cargo em comisso.

Art. 112. As despesas decorrentes da execuo desta lei complementar oneraro as dotaes oramentrias prprias, suplementadas se necessrio.Art. 113. Esta lei complementar entra em vigor na data da publicao, produzindo efeitos, em relao aos incisos I e II do artigo 15, a partir do dia seguinte aos noventa dias posteriores sua publicao.

Pargrafo nico. At que sejam fixadas as alquotas de contribuio de que tratam os incisos I e II do artigo 15 desta lei complementar, vigoraro as disposies contidas nas alneas c e d do artigo 5. da Lei 2.232, de 02 de janeiro de 1960.

Art. 114. Ficam revogados, a partir do 91 dia subseqente data da publicao desta lei complementar, a alnea a do artigo 2, os artigos 13, 14 e 16, todos da Lei n. 2.232, de 02 de janeiro de 1960; o artigo 3 da Lei n. 2.800, de 23 de dezembro de 1963; a alnea a do artigo 2, a alnea a do artigo 4, as alneas c e d do artigo 7., o artigo 11, a alnea a do artigo 15 e os artigos 22 a 31, todos do Decreto n. 1932, de 27 de outubro de 1960; a Lei Complementar n. 7, de 20 de agosto de 1990; a Lei Complementar n. 82, de 5 de julho de 1993; os incisos II e IV do artigo 110, os artigos 133 a 137 e 166, o inciso IV do artigo 176, os pargrafos 2. e 3 do artigo 183, o artigo 184, o pargrafo nico do artigo 185, os artigos 191, 208 a 211, 214 e 215, todos da Lei n. 4.623, de 12 de junho de 1984, e demais disposies em contrrio.Registre-se e publique-se.

Palcio Jos Bonifcio, em 28 de dezembro de 2006.

JOO PAULO TAVARES PAPA

Prefeito Municipal

Registrada no livro competente.

Departamento de Registro de Atos Oficiais da Secretaria Municipal de Assuntos Jurdicos, em 28 de dezembro de 2006.

CLAUDIA REGINA MEHLER DE BARROS

Chefe do Departamento

ANEXO I

CARGOS EM COMISSO E FUNES GRATIFICADAS

CARGOS EM COMISSO

DenominaoSmboloQuantitativo

PresidenteCS01

Chefe de Departamento de Concesso e Pagamento de Benefcios Previdencirios DEPRENC-101

Coordenador de Percias Mdicas CEPEMC-201

Chefe de Departamento de Administrao e Finanas DEAFIC-101

Chefe de Departamento JurdicoC-101

FUNOES GRATIFICADAS

DenominaoSmboloQuantitativo

Chefe da Seo de Concesso e Pagamento de Benefcios Previdencirios SEPREVFG-101

Chefe da Seo de Contabilidade SECONTFG-101

Chefe da Seo de Investimentos e Patrimnio SIPATRIFG-101

Chefe da Seo de Expediente, Recursos Humanos e Servios Gerais SEGERFG-101

Presidente da Comisso de Licitao do IPREVFG-101

Chefe da Seo de Percias Mdicas - SEPEMFG-101

ANEXO II

CARGOS DO QUADRO PERMANENTE

NOMENCLATURA DOS CARGOSNIVELTOTAL DE CARGOS

Ajudante GeralN-A04

Assistente SocialN-O02

ContadorN-O02

CopeiraN-A01

EncarregadoN-F01

MdicoN-O05

MotoristaN-F02

Oficial de AdministraoN-G20

ProcuradorN-O02

RecepcionistaN-C02

Tcnico de ContabilidadeN-L03

TelefonistaN-G02

PAGE 42

PA: 23.786/2005-11

Formalizado por: ez