174
IRANI GOMES DOS SANTOS RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL E A FORMAÇÃO DO NUTRICIONISTA PARA O PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina para obtenção do título de Mestre Profissional em Ensino em Ciências da Saúde. São Paulo 2009

IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

  • Upload
    buibao

  • View
    217

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

IRANI GOMES DOS SANTOS

RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL E A FORMAÇÃO DO NUTRICIONISTA PARA O PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA

Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina para obtenção do título de Mestre Profissional em Ensino em Ciências da Saúde.

São Paulo

2009

Page 2: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

IRANI GOMES DOS SANTOS

RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL E A FORMAÇÃO DO NUTRICIONISTA PARA O PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA

Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina para obtenção do título de Mestre Profissional em Ensino em Ciências da Saúde. Orientadora: Profª. Dra. Macarena Urrestarazu Devincenzi Coorientador: Prof. Dr. Nildo Alves Batista

São Paulo

2009

Page 3: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

Santos, Irani Gomes dos Residência Multiprofissional e a formação do nutricionista para o Programa Saúde da Família / Irani Gomes dos Santos – São Paulo, 2009. 173f. Tese (Mestrado Profissional) – Universidade Federal de São Paulo. Programa de Pós-graduação em Ensino em Ciências da Saúde. Título em inglês: Multiprofessional Residency and training of the nutritionist for the Family Health Program 1. Nutricionista 2. Saúde Pública 3. Programa Saúde da Família 4. Internato e Residência.

Page 4: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

CENTRO DE DESENVOLVIMENTO DO ENSINO SUPERIOR EM SAÚDE

Diretora do CEDESS:

Profa. Dra. Maria Cecília Sonzogno

Coordenador do Curso de Pós-Graduação:

Profa. Dra. Sylvia Helena S. Batista

Page 5: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

IRANI GOMES DOS SANTOS

Residência Multiprofissional e a formação do nutricionista para o Programa Saúde da Família

Presidente da Banca: Profª. Dra. Macarena Urrestarazu Devincenzi

BANCA EXAMINADORA

________________________________________ Professora Dra. Ana Lúcia Medeiros de Souza ________________________________________ Professora Dra. Maria Fernanda Petroli Frutuoso ________________________________________ Professor Dr. Gilberto Tadeu Reis da Silva ________________________________________ Professora Dra. Lídia Ruiz Moreno - Suplente Aprovada em: ____/____/___

Page 6: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

DEDICATÓRIA

À minha amada família:

À Madalena, minha querida mãe que tem a generosidade como dom e amor incondicional. Ao Lino Carlos, meu pai zeloso, com um amor protetor que me conduz na batalha da vida sempre me fazendo acreditar em meu potencial.

À minha irmã Iraí, que me acolhe com um indescritível amor fraternal.

Page 7: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

AGRADECIMENTOS

À professora Macarena Urrestarazu Devincenzi, por manter a paciência diante

de minha grande ansiedade e por sempre acreditar na contribuição deste trabalho

para a categoria de Nutrição.

Ao professor Nildo Alves Batista, pela orientação no desenvolvimento da

análise dos dados.

Aos entrevistados, pela sua cordialidade e disponibilidade.

À Turma do Mestrado Profissional 2007/2009, novos amigos que nessa

trajetória me proporcionaram muitas alegrias, aprendizado, companheirismo e

suporte emocional.

Aos colegas de trabalho: Profª Carla Roberta Ferraz Rodrigues e Profº Renato

Ohara por compartilharem comigo seus conhecimentos e pela constante

disponibilidade.

À amiga e colega de trabalho - Profª Simone Alves Landim, pelo ombro

sempre presente.

Ao Centro de Desenvolvimento do Ensino Superior em Saúde (CEDESS),

pela extrema importância que agregou ao meu crescimento profissional.

À Faculdade Santa Marcelina, pelo incentivo e valorização profissional.

Page 8: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

“Cada um de nós compõe a sua história, cada ser em si carrega o dom

de ser capaz e ser feliz.”

(Almir Sater e Renato Teixeira)

Page 9: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

APRESENTAÇÃO

Meu percurso profissional teve início em 1998, com a conclusão da

graduação em Nutrição. Em agosto de 1999, fui contratada como nutricionista na

área clínica de um hospital filantrópico situado na zona leste do município de São

Paulo. Buscando maior conhecimento, realizei minha primeira especialização

voltada à Nutrição Clínica.

No início do ano de 2005, recebi uma proposta que mudou totalmente essa

área de atuação, pois visava desenvolver minhas atribuições na Residência

Multiprofissional em Saúde da Família (RMSF), um projeto idealizado pelo Ministério

da Saúde em parceria com a Casa de Saúde Santa Marcelina e Faculdade Santa

Marcelina - Unidade Itaquera.

Nessa proposta, a atuação seria em saúde pública, mais especificamente no

Programa de Saúde da Família (PSF), estratégia para organizar a atenção básica,

implantada a fim de trazer uma nova concepção de saúde, voltada para a promoção

da qualidade de vida e intervenção em fatores de risco.

Vivenciando esse contexto, algumas inquietações surgiram e percebi que

trabalhar com a comunidade e estar no domicílio do usuário exigia algo mais que a

simples transmissão de conhecimentos - educação bancária. Ressalto que a

transmissão de conhecimento também não é indicada na área clínica, porém só

percebi a sua limitação e inadequação após minha inserção nesse novo campo de

atuação.

Era necessário agora considerar a experiência e vivência do próximo, e foi

nesse período que o ingresso em meu segundo curso de especialização - Educação

e Formação em Saúde - tornou-se fundamental para entender como ensinar e

aprender, ouvir antes de falar, observar e compreender antes de interferir. Essas

palavras agora faziam pleno sentido em minha vida, era parte do meu dia a dia, de

minha prática. Era indispensável ampliar os horizontes e aprimorar meus

conhecimentos teóricos e práticos. Ser nutricionista não era mais suficiente, descobri

Page 10: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

que o que estava buscando era ser um profissional da saúde – um educador na área

da saúde.

Ser preceptora, diante da vivência com profissionais de diversas formações,

também fez aflorar a necessidade de um trabalho conjunto, não mais

compartimentado e sim um trabalho interdisciplinar, construindo e partilhando

conhecimentos e técnicas. Com o residente, tinha o papel de buscar estratégias que

proporcionassem uma aprendizagem significativa pautada nos problemas que

emergiam no quotidiano, contribuindo também para minimizar os problemas de

saúde a partir de ações integrais, considerando os diferentes determinantes no

processo saúde/doença.

Assumindo esse papel de preceptora e com a preocupação de como

realmente se efetiva essa formação do nutricionista na Residência Multiprofissional

em Saúde da Família, percebi a necessidade de um novo caminhar, agora buscando

o mestrado.

O caminho percorrido até esse momento me fez buscar um ambiente que

tivesse como eixo direcionador a Educação em Saúde, pois poderia trazer respostas

as minhas inquietações.

Portanto, a partir deste momento, convido todos a se apropriarem da

concretização deste estudo desenvolvido no Centro de Desenvolvimento do Ensino

Superior em Saúde (CEDESS), a partir do Mestrado Profissional realizado durante

os anos de 2007 a 2009.

Page 11: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

RESUMO Introdução: As Residências Multiprofissionais em Saúde da Família surgem recentemente como espaço de formação e produção de tecnologias do cuidado, importante para qualificação do SUS. Em algumas Residências, o nutricionista encontra-se inserido, desenvolvendo ações de alimentação e Nutrição relevantes diante do perfil epidemiológico da população brasileira. Objetivo: Investigar a atuação do nutricionista no Programa Saúde da Família e sua formação a partir da Residência Multiprofissional em Saúde da Família. Métodos: Um programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família desenvolvido em 2005-2007 foi cenário deste estudo, tendo como sujeitos da pesquisa egressos dessa residência que desenvolveram suas atividades juntamente com o nutricionista/residente. O estudo é exploratório, descritivo, analítico, qualitativo, corte tipo transversal, tendo como técnica de coleta de dados entrevista semiestruturada e a análise dos dados a partir da análise de conteúdo. Todos os procedimentos éticos foram seguidos, tendo aprovação dos Comitês de Ética em Pesquisa e aceite/assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos entrevistados. Resultados e discussões: A pequena inserção do nutricionista nessa estratégia foi considerada um dos motivos para a compreensão pouco clara de sua atuação pelos demais profissionais e por ele próprio. No entanto, sua especificidade foi valorizada considerando seu olhar diferenciado para situações voltadas à alimentação e Nutrição, fazendo ampliar possibilidades de cenários de atuação, destacando ações de promoção e prevenção. O trabalho multiprofissional e interdisciplinar potencializou essa atuação, bem como a dinâmica do processo de trabalho instituído pelo Programa Saúde da Família. Quanto à formação do nutricionista, verificou-se que a vivência multiprofissional surgiu como facilitador desse processo, proporcionando ao residente olhar ampliado a partir da interação e trocas cotidianas. Compartilhar informação e vivências a partir de diferentes realidades buscando sanar dúvidas e construir um plano de trabalho, mesmo diante do limitado arcabouço teórico da atuação do nutricionista nessa estratégia, foi possível a partir da discussão entre pares. A Residência como um programa de pós-graduação proporcionou estratégias de aprendizagem diferenciadas, nas quais os preceptores e tutores foram considerados por alguns residentes como facilitadores em sua formação. Os pontos dificultadores também foram observados, nos quais a formação prévia do nutricionista voltada à especificidade foi considerada dificultador nesse processo, uma vez que a especificidade compõe apenas parte das necessidades desse cenário. Os relatos indicam a carência de profissionais preparados para desenvolver o papel de facilitador/docente somado à inserção em poucos cenários de aprendizagem, limitando a possibilidade de novas intervenções e discussões. Considerações finais: A Residência Multiprofissional em Saúde da Família vem tentando reduzir a lacuna entre a formação e atuação do nutricionista, possibilitando aproximação com as premissas que ancoram essa estratégia, ampliado seu processo de formação fazendo-o exercitar na prática os preceitos exigidos no seu perfil profissional. Palavras chaves: Nutricionista, Programa Saúde da Família, Internato e Residência

Page 12: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

ABSTRACT Introduction: The Multiprofessional Residencies in the Family Health emerges recently as a training and production of technologies of care, an important qualification for the SUS. In some residences, the Nutritionist is inserted, developing activities relevant to food and nutrition before the epidemiological profile of the Brazilian population. Objective: To Investigate the actions of the nutritionist in the Family Health Program and its formation from the Multidisciplinary Residency in Family Health. Methods: A Multiprofessional Residence in Health Family Program developed in 2005-2007 was the scene of the study, having as subject of the research egresses who developed their activities jointly the nutritionist/resident. The study is exploratory, descriptive, analytical, qualitative, cross-cut type, with the technique of data collection and semi-structured analysis of data from the analysis of content. All ethical procedures were followed and approval of the Research Ethics Committee and accepted / signed the Term of Free and Informed Consent by the interviewees. Results and discussions: The small insertion of nutritionist this strategy was considered one of the reasons for unclear understanding of their role by other professionals and by him/herself. However its specificity was valued based on their different look for situations turned to food and nutrition, to expand possibilities of scenarios of action, emphasizing health promotion and prevention. The multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the dynamics of the work established by the Family Health Program. The training of nutritionists, it was found that the multiprofessional experience emerged as a facilitator of this process providing the resident extended look from the daily interaction and exchange.Share information and experiences from different realities seeking remedy doubts and build a plan of work, despite the limited theoretical role of the action of the Nutritionist in this strategy, it was possible from the discussion between peers. The Residency as a program of post graduate provided strategies for differentiated learning in which tutors and preceptors were considered by some residents as facilitators in their training. The difficult points were also observed, in which the prior training of the Nutritionist focused on the specificity was considered difficult in this case, since the specificity of requirements comprises only part of that scenario. The reports indicate a shortage of professionals prepared to develop the role of facilitator/teacher added the insertion in a few scenarios learning, limiting the possibility of new interventions and discussions. Final considerations: The Multiprofessional Residency in Family Health is trying to reduce the gap between training and performance of Nutritionist, enabling closer to the assumptions that anchor this strategy, expanding its training process making it to exercise in practice the rules required in their professional profile. Key words: Nutritionist, Family Health Program, Internship and Residency.

Page 13: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 13 2 OBJETO............................................................................................................ 22 3 OBJETIVOS...................................................................................................... 23 3.1 Geral .......................................................................................................... 23 3.2 Específicos ................................................................................................. 23

4 METODOLOGIA ............................................................................................... 24 4.1 Local do estudo .......................................................................................... 24 4.2 População de estudo.................................................................................. 29 4.3 Procedimentos éticos ................................................................................. 31 4.4 Coleta de dados ......................................................................................... 32 4.5 Métodos ..................................................................................................... 34 4.6 Análise dos dados ...................................................................................... 36

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES...................................................................... 41 5.1 Eixo temático 1 - Atuação do nutricionista no Programa Saúde da Família.... 42 5.2 Eixo temático 2 – Formação do nutricionista na Residência Multiprofissional em Saúde da Família (RMSF) .............................................................................. 58

6 FORMAÇÃO DO NUTRICIONISTA NA RESIDÊNCIA MULTIPROFSSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA: SUGESTÕES PARA O APRIMORAMENTO ................ 76 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 85 REFERÊNCIAS........................................................................................................ 88 ANEXOS .................................................................................................................. 97 APÊNDICES........................................................................................................... 101

Page 14: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

13

1 INTRODUÇÃO

Em um cenário de longos anos de movimento sanitário acontecendo no Brasil,

em meio à crise do setor da saúde com suas incongruências, desarticulação e

incapacidade de prestar assistência razoável à maioria da população, a partir da 8ª

Conferência Nacional de Saúde que embasou o texto da Constituição de 1988, é

instituído o Sistema Único de Saúde (SUS), tendo até os dias de hoje a luta para

que seus princípios de universalidade, integralidade e equidade, em um contexto de

descentralização e de controle social da gestão, sejam respeitados. (MANO, 2004)

O SUS configurou-se como um elemento de importância e destaque na política

de saúde dos anos 90, apesar das dificuldades contextuais em virtude da

operacionalização de alguns dos seus princípios básicos e a descentralização das

ações do setor para os municípios.

Diante da magnitude dos problemas de saúde do povo brasileiro, advindos de

fatores ambientais, biológicos, físicos e sociais, decorrentes e permanentemente

agravados pela crise social dos últimos anos, cuja repercussão direta se traduz em

aumento da violência, desemprego e exclusão (FORATTINI, 2000), o SUS não tem

sido capaz, por si só, de colocar em prática as conquistas legais que representa.

A partir da necessidade de construção e consolidação do SUS, surge em 1994

o Programa Saúde da Família – PSF (ALVES, 2005; MANO, 2004), sendo

anunciado oficialmente como um instrumento para reorganização do SUS e da

municipalização, no qual o Ministério da Saúde definiu critérios institucionais para

sua implantação. As primeiras equipes do PSF foram instituídas com um caráter de

porta de entrada para o sistema de saúde, buscando a reversão e reorganização do

modelo assistencial vigente. (VIEIRA et al, 2004)

Nessa primeira versão, o PSF foi colocado como um modelo de assistência à

saúde que visa desenvolver ações de promoção e proteção à saúde do indivíduo, da

família e da comunidade, no nível de atenção primária, utilizando o trabalho de

equipes de saúde responsáveis pelo atendimento na unidade local de saúde e na

comunidade.(BRASIL, 1994) O PSF surge então, não sendo uma proposta paralela

Page 15: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

14

na organização dos serviços de saúde, e sim uma estratégia de substituição e

reestruturação do modelo. (VIEIRA et al, 2004)

Segundo Tomaz (2002), apesar de a sigla utilizada apresentar a letra P, de

programa, não deve ser visto assim, pois propõe ações que vão muito além da

extensão da cobertura para as populações marginalizadas.

Esse fato pode ser comprovado pelos documentos publicados pelo Ministério da

Saúde em 1997 e 1998, que reforçam o entendimento do PSF como estratégia para

a reorganização da atenção básica, implantada a fim de trazer uma nova concepção

de saúde, voltada para a promoção da qualidade de vida, resgatando então os

princípios do SUS, visando melhorar e ampliar o atendimento à população. (BRASIL,

1997; BRASIL, 2000)

Inicialmente implantado em cidades pequenas, situadas em áreas de baixa

densidade populacional, com escassez de serviços e profissionais de saúde,

elevada morbimortalidade (CAPISTRANO FILHO, 1999), o PSF foi

progressivamente sendo expandido e implantado em municípios de médio porte,

como também, em grandes centros urbanos, sobretudo ao final da década de 90.

A cidade de São Paulo teve sua experiência iniciada somente em 1996, por

força de uma outra opção política municipal para a saúde, o Plano de Atendimento à

Saúde (PAS), sendo utilizado como modelo assistencial na ocasião em que o PSF

foi instituído em outros estados.

Assim, a não municipalização da gestão da saúde em São Paulo levou a

Secretária de Estado da Saúde a assumir a implantação do PSF com a

denominação de Qualidade Integral em Saúde (QUALIS), a partir da articulação do

Ministério da Saúde em parceria com a Casa de Saúde Santa Marcelina,

organização social sem fins lucrativos tradicional da região leste da cidade. (SILVA;

DALMASO, 2002)

A pesquisa de avaliação de resultado realizada após um ano de

funcionamento do QUALIS mostrou resultados extremamente positivos, somados a

Page 16: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

15

aceitação de mais de 90% da população da área de abrangência onde ele foi

instituído. Com esses resultados, em 1998 o Projeto QUALIS foi ampliado para

áreas das regiões sudeste e norte da cidade, em parceria com a Fundação Zerbini.

(SILVA; DALMASO, 2002; CAPISTRANO FILHO, 1999) A gestão desses serviços

continuava sob responsabilidade da Secretaria de Governo da Saúde do Estado.

A gestão municipal, iniciada em 2001, assumiu progressivamente a

implantação do SUS e a descentralização das ações em saúde, incorporando o PSF

como prioridade na estratégia de reorganização da rede básica da cidade,

estabelecendo que até o final da gestão 2000/2004 toda rede básica deveria ser

transformada progressivamente em PSF.

A partir desse momento, as unidades QUALIS passaram a ter a denominação

de PSF, sendo assumidas pela esfera do governo municipal e priorizando as regiões

identificadas pelo mapa da exclusão social da cidade, que compreendia os distritos

de saúde de toda a periferia, caracterizando a focalização como estratégia para a

universalização. (ELIAS; et al, 2003) O PSF foi inicialmente implantado na Zona

Leste da cidade, por ser a região com um movimento popular articulado e

organizado, somado a sua experiência com o Projeto Médico de Família.

Essa estratégia vem sendo consolidada como modelo de atenção básica, no

qual diversas ações têm sido desenvolvidas pelo Ministério da Saúde, podendo ser

citada principalmente a aprovação da Política Nacional da Atenção Básica em 2006,

que redefine também para o PSF os princípios gerais, responsabilidades de cada

esfera do governo, infraestrutura e recursos necessários, características do

processo de trabalho, atribuições dos profissionais e as regras de financiamento.

(BRASIL, 2006a)

Apesar de ser uma estratégia recente, já é possível enxergar e questionar

alguns princípios que fizeram parte da implantação do PSF, no qual se destaca a

possibilidade de expansão da equipe básica, carência de profissionais (caráter

quantitativo e qualitativo), o redimensionamento das áreas, multiprofissionalidade,

entre outros. (MANO, 2004)

Page 17: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

16

Diante disso, os cursos de Especialização em Saúde da Família, destinados a

profissionais de nível superior, capacitação da equipe e a criação de Residências

Multiprofissionais em Saúde da Família surgem com o objetivo de minimizar a

carência qualitativa dos profissionais da saúde. (CAMPOS; BELISÁRIO, 2001)

No ano de 2006, em levantamento realizado pelo Ministério da Saúde, foi

possível constatar que os programas de Residência Multiprofissional em Saúde

financiados pelo Ministério da Saúde estavam presentes na região Norte (Rondônia),

Nordeste (Bahia, Maranhão, Pernambuco, Sergipe), Sul (Paraná, Rio Grande do Sul,

Santa Catarina) e Sudeste (Minas Gerais, São Paulo), tendo seu número de vagas

variando de três a dez categorias profissionais, sendo o mínimo composto por três

profissões (Enfermagem, Odontologia e Farmácia) em Rondônia e o máximo de 10

desenvolvido em São Paulo. (BRASIL, 2006b)

Considerando a crescente demanda do setor saúde e a partir do artigo 27 da

Lei Orgânica de Saúde (LOS) que estabeleceu os serviços de saúde como campos

para o ensino e pesquisa (BRASIL, 2007a), o Ministério, por meio da Portaria

Interministerial 2.117, instituiu a Residência Multiprofissional em Saúde específicas

ou multiprofissionais, como um espaço de formação e produção de tecnologias do

cuidado, importante para a qualificação do SUS. (BRASIL, 2005a; BRASIL, 2006b)

A partir dessa portaria, um número maior de cursos de especialização sob a

forma de Residência foi percebido, porém sem legislação apropriada de caráter

nacional, que assegurasse a qualidade para esse tipo de formação em serviço.

Buscando organizar essa estrutura, foi instituída em 30 de junho de 2005, a

Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde – CNRMS (BRASIL,

2005b; BRASIL, 2006b), tendo suas atribuições definidas apenas em 2007,

juntamente com a categorização das residências como formação em serviço em

caráter de pós-graduação Lato sensu destinado às profissões relacionadas à saúde.

(BRASIL, 2007b)

A diversidade das regiões brasileiras, somada à necessidade das residências

serem fomentadas respondendo às prioridades e anseios locais, pode justificar o

Page 18: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

17

desenvolvimento de residências com estrutura, categorias profissionais, processo de

trabalho e abordagem de ensino/aprendizagem diversificada.

Dentre as residências desenvolvidas em São Paulo, cita-se a Residência

Multiprofissional em Saúde da Família, desenvolvida na Zona Leste, no período de

em 2002-2004, a partir do contrato instituído entre o Banco Interamericano de

Desenvolvimento (BID) e Casa de Saúde Santa Marcelina, que posteriormente

firmou acordo de Cooperação Técnica com Faculdade Santa Marcelina, instituição

de ensino superior, responsável pela certificação como pós-graduação, para

formação de 40 profissionais da saúde (enfermeiros e médicos).

Em 2005, após novo contrato firmado entre o Ministério da Saúde, inicia-se a

segunda Residência com um aumento substancial do número de residentes,

totalizando 90 vagas para um total de dez profissões da área da Saúde e Serviço

Social (Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Nutrição,

Odontologia, Psicologia, Serviço Social, Terapia Ocupacional). (BOURGET, et al,

2006) Atualmente, nesse cenário, a Residência encontra-se na gestão 2007-2009

com 75 vagas conservando as 10 profissões.

Essa residência surgiu em resposta à demanda pelo desenvolvimento do

conhecimento na área da assistência à saúde da família, embasado nas

necessidades e demandas de saúde da população, expressas pela mudança do

perfil demográfico-epidemiológico. (CASA DE SAÚDE SANTA MARCELINA, 2005)

O nutricionista envolve-se nesse processo por sua responsabilidade de

desenvolver ações de alimentação e Nutrição com a finalidade de elevar a qualidade

de vida da população, trabalhando com conceitos e estratégicas educativas,

recriando práticas de atenção à saúde. (ASSIS; et al, 2002; SANTOS, 2005;

CARVALHO, 2005)

Em 2002, durante o XVIII Congresso Brasileiro de Nutrição, a partir de

oficinas de trabalho, foram discutidos vários temas relacionados à área de

alimentação e Nutrição, entre eles incluem-se as ações de Nutrição na Saúde da

Família. Em destaque ao produto dessa oficina, ressalta-se: a) garantir o exercício

Page 19: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

18

profissional do nutricionista em todos os níveis do Sistema Único de Saúde, b)

articular políticas para inserção do profissional em estratégias de atenção à saúde

nas três esferas do governo, c) identificação das alternativas de atuação do

nutricionista no PSF. (CFN, 2006a) No entanto, atualmente, grande parte dos

estados brasileiros que já implantaram o Programa de Saúde da Família, como, por

exemplo, o estado de São Paulo, durante o desenvolvimento desse estudo, não

contava com o nutricionista como um profissional atuante nessa estratégia.

Apesar dos esforços dos órgãos de classe e da expressiva mudança do

padrão alimentar da população brasileira, necessitando de ações de promoção à

saúde e prevenção de doenças, a inserção desse profissional ainda é muito

reduzida, sendo inferior a 12% na maioria dos estados brasileiros.(CFN, 2006b;

AKUTSU, 2008) Essa pequena inserção torna-se preocupante, se comparada ao

aumento dos índices de obesidade e sobrepeso, desnutrição, doenças crônicas não

transmissíveis e carências nutricionais presentes no Brasil. (BRASIL, 2003)

Vários estudos que demonstram a transição epidemiológica e nutricional

associam o aumento desse fenômeno com a qualidade alimentar da população

somada ao sedentarismo (LEVY-COSTA et al, 2005; BRASIL, 2003), gerando

sobrecarga no SUS, por demandarem grande número de ações, procedimentos e

serviços de saúde, principalmente ao se tratar das doenças crônicas. (COUTINHO,

et al, 2008)

Diante disso torna-se essencial um enfoque voltado ao curso da vida,

quebrando o ciclo vicioso que se inicia ainda no período intra-uterino perpetuando ao

longo da vida. (COUTINHO, et al, 2008) Percebe-se que o incentivo ao adequado

acompanhamento pré-natal, a gestação, aleitamento materno exclusivo, vigilância

do crescimento extendendo-se por todo ciclo de vida são considerados intervenções

nutricionais importantes que podem reduzir o risco de complicações de várias

enfermidades, configurando-se como ações de prevenção e promoção à saúde.

(BRASIL, 2003)

Ao se trabalhar a promoção à saúde, as ações são desenvolvidas não

pautadas na doença e sim buscando a conscientização para um estilo de vida

Page 20: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

19

saudável. (CZERESNIA, 1999) Tais ações são consideradas essenciais diante de

um fenômeno que traz a inversão nos padrões de distribuição dos problemas

nutricionais, associado ao padrão de determinação de doenças atribuídas à

modernidade. (KAC; VELÁSQUEZ-MELÉNDEZ, 2003)

Esse fenômeno atualmente é considerado um dos maiores desafios das

políticas públicas, uma vez que faz surgir a necessidade de um modelo de atenção à

saúde pautado na integralidade do indivíduo e sua família, com a abordagem

centrada na promoção da saúde, enfocando o ambiente físico e social. O PSF pode

ser considerado esse modelo de saúde, por assumir a integralidade do cuidado,

desenvolvendo ações de promoção, proteção e recuperação da saúde.

(COUTINHO, et al., 2008; BRASIL, 1994)

Diante desse fato, o PSF configura-se como um campo relevante para a

atuação do nutricionista, pois a partir de seu conhecimento científico, esse

profissional pode planejar, desenvolver e avaliar ações nutricionais, bem como

propor estratégias visando contribuir para a melhora do estado de saúde e nutrição

da população. O princípio de integralidade também justifica abordar ações de

alimentação e Nutrição, uma vez que tem por finalidade elevar a qualidade de vida

da população. (SANTOS, 2005)

No entanto, esse cenário de atuação para o nutricionista é muito recente. Em

grande parte dos municípios brasileiros, essa atuação ainda precisa ser fomentada e

fortalecida, para que a potencialidade da ciência da Nutrição e suas intervenções em

alimentação e nutrição possam efetivamente contribuir para a melhoria da qualidade

de vida e de saúde. (BRASIL, 2008a)

Ressalta-se que além da atuação, a formação do nutricionista também

precisa ser revisitada, pois apesar de reconhecer a necessidade da inserção do

profissional nesse campo de atuação, é fundamental que esse profissional tenha

conhecimentos, habilidades e atitudes para atuar nessa estratégia. Contudo, ainda

hoje é possível ver nos currículos de graduação de Nutrição, carência de assuntos

que contemplem a Educação, Ciências Socioeconômicas e Saúde Pública, fato

semelhante observado nos currículos no ano de 1988. (COSTA, 1999)

Page 21: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

20

Com certeza, algumas mudanças positivas aconteceram nos currículos

durante esse período, todavia, ainda existe uma limitação de momentos que

propiciem a ampliação da visão discente saindo da doença para assumir uma visão

integral, agregando os conhecimentos multi e/ou interprofissionais.

Percebe-se que a efetividade da mudança das grades curriculares não

acompanha a demanda de mudanças políticas, econômicas, culturais, sociais e

tecnológicas, apesar de algumas faculdades terem como preocupação apresentar

em suas disciplinas eixos temáticos que compreendam o homem, desde o social até

o biológico, por meio da prática, como reforça Batista e Batista (2004, p. 51), quando

ressalta que a reformulação curricular na graduação é consenso em todos os fóruns

de ensino em saúde do Brasil, propondo mudanças:

(...) do paradigma flexneriano ao da integralidade; do enfoque em doenças à ênfase na promoção da saúde; da transmissão da informação à construção do conhecimento; da compartimentação disciplinar à integralidade; do hospitalocentrismo à diversidade dos cenários de ensino e aprendizagem; da centralidade no saber docente à escolha de conteúdos baseada nas necessidades sociais (...)

Diante disso, é fundamental que os currículos de graduação preconizem uma

maior integração entre o mundo do ensino e o do trabalho, enfatizando a formação

generalista, trabalho multiprofissional, diversidade de cenários de prática e a adoção

de metodologias ativas de aprendizagem. (SANTOS, et al, 2005)

Segundo Feuerwerker (2009), a formação inadequada dos profissionais de

saúde vem surgindo como um obstáculo importante para a reorientação de um

modelo até então centrado no âmbito hospitalar e no consumo abusivo de

tecnologia, justificando a necessidade de mudanças na formação.

Atualmente, as pós-graduações no formato de Residências Multiprofissionais

tentam reduzir essa lacuna entre o biológico e social, a especificidade e a

interdisciplinaridade, isso porque insere o residente no contexto do PSF e traz a

articulação da teoria com a prática, somando o convívio com outras profissões,

outros conhecimentos e experiências.

Page 22: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

21

Tentar conhecer a formação e atuação do nutricionista no PSF a partir da

Residência Multiprofissional em Saúde da Família é justificável diante de toda

demanda social e epidemiológica na atenção básica, na qual a ciência da Nutrição é

de grande relevância. No entanto, conhecer como esse processo se desenvolve

significa abrir possibilidades de aprimoramento desse processo.

Page 23: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

22

2 OBJETO

Atuação do nutricionista no Programa Saúde da Família e sua formação a

partir da Residência Multiprofissional em Saúde da Família.

Page 24: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

23

3 OBJETIVOS

3.1 Geral

Investigar a atuação do nutricionista no Programa Saúde da Família e sua

formação a partir da Residência Multiprofissional em Saúde da Família.

3.2 Específicos

- Investigar as concepções de tutores, egressos nutricionistas e de outras

profissões sobre a atuação do nutricionista no Programa Saúde da Família.

- Identificar pontos facilitadores e dificultadores na formação do nutricionista

na Residência Multiprofissional em Saúde da Família.

- Levantar sugestões para aprimoramento do processo de formação do

nutricionista na Residência Multiprofissional em Saúde da Família.

Page 25: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

24

4 METODOLOGIA

4.1 Local do estudo

O estudo tem como cenário a Residência Multiprofissional em Saúde da

Família (RMSF) desenvolvida em parceria com Ministério da Saúde, Faculdade

Santa Marcelina e Casa de Saúde Santa Marcelina entre os anos de 2005 a 2007.

Para a realização das atividades previstas por essa residência, foi necessário

escolher Unidades de Saúde da Família da região Leste do Município de São Paulo,

que têm como modelo de saúde o Programa Saúde da Família e a Casa de Saúde

Santa Marcelina como parceira na gestão, com recursos humanos e estrutura física

adequada para o acolhimento da residência.

A região leste de São Paulo - sede dessas Unidades de Saúde da Família -

possui cerca de 10.899.560 habitantes, sendo administrada por 10 subprefeituras,

compreendendo as regiões de Aricanduva, Cidade Tiradentes, Ermelino Matarazzo,

Guaianases, Itaim Paulista, Itaquera, Mooca, Penha, São Mateus e São Miguel

Paulista. (PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO, 2009) Dentre essas regiões,

a RMSF esteve presente na Cidade Tiradentes, Guaianases, Itaim Paulista, Itaquera

e São Miguel Paulista.

A estrutura física e recursos humanos dessas unidades foram relevantes,

uma vez que a Residência é considerada uma pós-graduação Lato sensu, em que a

formação do residente ocorre no serviço, contemplando uma carga horária de 60

horas/semanais divididas em atuação prática e teórica com abordagem específica e

multiprofissional. Essa gestão 2005-2007 absorveu 90 profissionais de dez

categorias, com no máximo dois anos de formação de nível superior na área da

Saúde e Serviço Social, sendo elas: Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia,

Fonoaudiologia, Medicina, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Serviço Social e

Terapia Ocupacional.

Para inserir os residentes nessas Unidades de Saúde da Família, eles foram

divididos em dezesseis grupos, com cinco e seis componentes, mesclando-se as

profissões para serem inseridos em dezesseis equipes de saúde da família, tendo

Page 26: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

25

cada um desses minigrupos um enfermeiro residente e, na maioria, pelo menos um

odontólogo.

As Equipes de Saúde da Família fazem parte das particularidades do

Programa Saúde da Família e são conhecidas como equipe mínima ou nuclear,

atendendo cada equipe cerca de 1.000 famílias. Integram-se a essas equipes

mínimas aproximadamente um médico, um enfermeiro, dois auxiliares de

enfermagem e de quatro a seis agentes comunitários da saúde. A equipe ampliada,

que conta com a presença do odontólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e

fonoaudiólogo, compartilha as ações nessa estratégia.

A equipe mínima foi considerada pela RMSF como referência no processo de

ensino/aprendizagem durante o momento prático. A equipe ampliada, com exceção

do odontólogo, participou desse processo, porém sem um papel estabelecido pela

RMSF, ou seja, estava inserida no serviço, participando de atividades que poderiam

incluir ou não a residência.

O propósito de considerar o odontólogo como tutor ocorreu, porque esse

profissional permanece inserido na unidade de saúde da família, sendo responsável

por uma ou mais equipes, diferentemente dos outros profissionais da equipe

ampliada que são responsáveis por mais de uma Unidade de Saúde da Família,

desenvolvendo suas atribuições circulando entre elas.

Partindo do pressuposto das Diretrizes do Conselho Nacional de Residência

Médica, cada grupo de seis residentes teve o acompanhamento de um preceptor

denominado de Preceptor de categoria. Baseada na metodologia adotada que

implica formação em serviço numa perspectiva multiprofissional, cada equipe de

residentes foi acompanhada por um preceptor denominado Preceptor de área. Por

sua vez, as equipes de residentes estavam vinculadas a uma equipe mínima, cujos

profissionais – em número de dois - configuravam-se Tutores – médico, enfermeiro,

agregando também a tutoria do odontólogo integrante da equipe ampliada. (CASA

DE SAÚDE SANTA MARCELINA, 2005)

Page 27: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

26

Para que não ocorresse sobreposição de tarefas, foi prevista a atuação dos

preceptores e tutores. Sendo assim, a atribuição do Preceptor de Categoria era o

acompanhamento do processo de trabalho do residente, bem como treinamento em

serviço, somado ao aprimoramento dos momentos teóricos. Para o Preceptor de

Área, sua atribuição era acompanhar a equipe multiprofissional, bem como suas

atividades desenvolvidas com esse enfoque. Por sua vez, o Tutor assumiu o

acompanhamento diário, com vistas a ampliar a visão do educando, voltada para

oportunizar a análise de possibilidade de aplicação prática do saber conquistado.

(CASA DE SAÚDE SANTA MARCELINA, 2005)

Esquema1: Espaço de desenvolvimento da Residência Multiprofissional em

Saúde da Família - parceria com Ministério da Saúde (MS), Faculdade Santa

Marcelina (FASM) e Casa de Saúde Santa Marcelina (CSSM)/ gestão 2005-2007

Programa Saúde da Família

Unidades de Saúde da Família

Equipe mínima/nuclear Equipe ampliada

Residência Multiprofissional em Saúde da Família MS/FASM/CSSM

2005/2007

Preceptor de categoria

Preceptor de área Odontologo

Equipe multiprofissional de residentes

Médico Enfermeiro

Auxiliar de enfermagem

ACS

Terapeuta Ocupacional

Tutores

Insere-se

Fisioterapeuta Fonoaudiologo

Page 28: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

27

O acompanhamento dos residentes, portanto, era feito pelos preceptores e

tutores. Devido à ausência da inserção do nutricionista nas Unidades de Saúde da

Família no período em que a residência ocorreu, a supervisão da especificidade

desse profissional ficou a cargo do preceptor de categoria, acompanhando

atividades que podem ser agrupadas em três grandes grupos:

Consultas individuais com a finalidade não só de avaliação e orientação

nutricional, mas também educação, escuta qualificada e intervenções graduais para

que o usuário consiga apropriar-se dos novos conceitos e a inserção de novos

hábitos e rotinas.

Grupos educativos almejando interação, participação e sensibilização do

usuário para melhoria do estilo de vida. Grupos com busca da participação ativa do

usuário, buscando o entendimento do porquê dessas ações, deixando o usuário à

vontade para questionar e intervir. As ações eram conjuntas, sem centralidade em

uma única pessoa.

Visitas domiciliares a fim de conhecer o indivíduo, sua família, o meio em que

ele exerce suas relações sociais, seus limites e resiliência em enfrentar problemas

existentes. Essas visitas eram realizadas para usuários considerados prioridade nas

ações do PSF, sendo eles: gestante, puérpera, criança menor de 1 ano, usuário

portador de Hipertensão Arterial, Diabetes, Tuberculose, Hanseníase, acamado e

restrito ao lar. As visitas domiciliares tinham como principal objetivo ampliar as

discussões técnicas e clínicas para o âmbito da abordagem sistêmica familiar e

também para o enriquecimento da abordagem multiprofissional, propiciando recortes

da realidade que penetrassem na construção do conhecimento dos alunos e na

própria construção das intervenções coletivas na prestação da assistência.

Os residentes nutricionistas desenvolveram sua prática nas regiões da Cidade

Tiradentes e Itaim Paulista com a seguinte estrutura profissional em vigor durante o

período da residência.

Page 29: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

28

- Parque Santa Rita: situada na região do Itaim Paulista, contendo quatro

equipes mínimas, equipe de saúde bucal e equipe ampliada de Fisioterapia e

Fonoaudiologia.

- Jardim Jaraguá: unidade do Itaim Paulista com quatro equipes mínimas,

equipe bucal e equipe ampliada de Fisioterapia e Fonoaudiologia.

- Vila Silva Teles: também situada na região do Itaim Paulista, contendo cinco

equipes mínimas, equipe de saúde bucal e equipe ampliada de Fisioterapia e

Fonoaudiologia.

- Vila Curuçá Velha: pertencente à Vila Curuçá, bairro da região do Itaim

Paulista, com seis equipes mínimas, equipe de saúde bucal e equipe ampliada de

Fisioterapia e Fonoaudiologia.

- Barro Branco: Unidade de Saúde situada na região de Cidade Tiradentes,

com cinco equipes mínimas, equipe ampliada de Fisioterapia, Terapia Ocupacional.

- Dom Angélico: também presente na área de Cidade Tiradentes, com três

equipes mínimas, equipe de saúde bucal e equipe ampliada de Fisioterapia, Terapia

Ocupacional.

Na vertente multiprofissional, as ações foram acompanhadas pelos tutores das

Unidades de Saúde da Família e supervisionadas pelo Preceptor de área. Todas as

atividades que incluíam identificação dos grupos de risco, conhecer o território bem

como possíveis espaços para desenvolvimento de ações de promoção a saúde,

planejamento de ações de prevenção, grupos educativos, visitas domiciliares e até

mesmo consultas compartilhadas fizeram parte das atividades multiprofissionais,

buscando criar soluções coletivas para o encaminhamento de problemas, promover

mais espaços de aprendizagem aos residentes e potencializar os recursos locais.

Nesses momentos, buscou uma estrutura de trabalho que permitisse a troca

de experiências e conhecimentos, tentando desde o início não ter o enfoque apenas

da especialidade, almejando um trabalho interdisciplinar, na perspectiva da

Page 30: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

29

abordagem integral dos problemas de saúde na área de abrangência da Unidade de

Saúde da Família em que estavam inseridos.

A abordagem teórica ficou a cargo do preceptor de área e categoria. A teoria

com conteúdos multiprofissionais foi desenvolvida por todos os preceptores a partir

de um cronograma de aulas que abordaram temas relacionados à Saúde Pública e,

por sua vez, PSF. Como estratégias de ensino, podem ser destacadas três

vertentes: aula teórica expositiva, PBL (Problem Based Learning) e

Problematização.

Os conteúdos específicos foram desenvolvidos pelo Preceptor de categoria,

trazendo assuntos pertinentes à área de Saúde Pública e buscando sempre

relacionar com o trabalho no PSF, mesmo diante da pouca experiência do

nutricionista nessa área. Os momentos de aula também eram utilizados para

discussão do processo de trabalho do nutricionista no PSF, com o propósito de

estabelecer ações/protocolos, conhecer como cada residente das Unidades de

Saúde desenvolvia seu trabalho e discutir estratégias de atuação.

4.2 População de estudo

Para atingir os objetivos almejados, foram considerados como sujeitos desta

pesquisa egressos da Residência Multiprofissional em Saúde da Família

desenvolvida no período de 2005 a 2007 e que realizaram ações em parceria com o

nutricionista/residente naquele período. Diante do universo de tutores e residentes

de outras profissões presentes nessa Residência, foi feito um sorteio aleatório por

grupos de participantes (tutores e residentes), no qual todos os sorteados

concordaram em participar do estudo. Os sujeitos desse estudo totalizam treze

pessoas, sendo: 2 tutores, 6 egressos nutricionistas e 5 egressos de outras

profissões.

Enfermeiros e médicos que compõem as equipes de saúde da família e que

foram tutores na residência foram escolhidos como parte da população de estudo,

uma vez que são considerados atores extremamente relevantes, por assumirem a

Page 31: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

30

atribuição de acompanhar diariamente o trabalho dos residentes, bem como

oportunizar a ampliação da visão do educando e sua prática.

Devido à grande rotatividade da Equipe de Saúde da Família, buscou-se

considerar apenas os tutores que permaneceram com a equipe de residentes até o

término do processo. Enquadraram-se nesse critério apenas 8 tutores, sendo sua

maioria enfermeiros. A partir de sorteio aleatório, foram escolhidos um médico e um

enfermeiro para compor uma parte da população de estudo dos Tutores,

contemplando assim a inclusão de parte da equipe mínima do PSF na pesquisa.

Considerando que o cenário do estudo é representado pela RMSF inserida nas

unidades nas quais se desenvolve o Programa Saúde da Família, almejou-se somar,

aos sujeitos do estudo, egressos cuja profissão já tem inserção nessa estratégia, a

partir da equipe ampliada e que fizeram parte da RMSF 2005 – 2007, integrando a

mesma equipe multiprofissinal em que o nutricionista esteve inserido. Foi escolhido

por meio de sorteio aleatório um residente de cada profissão, sendo: um

fisioterapeuta, um fonoaudiólogo, um terapeuta ocupacional, um farmacêutico e um

odontólogo.

Integrando-se também como população de estudo, estão todos egressos

nutricionistas (seis) dessa Residência, que vivenciaram o desenrolar das atividades

dessa profissão, a partir da RMSF nas Unidades de Saúde da Família já citadas

anteriormente.

Os participantes dessa pesquisa são predominantemente do sexo feminino

(92,3%), com idade variável entre 25 e 35 anos.

No que se refere ao tempo de formação dos sujeitos, verificou-se que 53,8%

(n=7) estão formados há cerca de 4 anos, 23,1% (n=3) concluíram a faculdade há 3

anos, seguido por 7,7% de profissionais formados há 5 (n=1) , 7 (n=1) e 11 (n=1)

anos.

Page 32: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

31

Ao serem questionados sobre maior titulação, encontrou-se 100% de

especialistas, sendo também unânime a participação em Programa de Residência

Multiprofissional em Saúde da Família de caráter Lato sensu.

Durante o desenvolvimento do estudo, apenas 03 profissionais (23,1%)

participantes do estudo trabalham no Programa Saúde da Família, há 10, 4 ou 2

anos. Os demais profissionais aguardavam processo seletivo ou mudaram de campo

de atuação.

4.3 Procedimentos éticos

Para que o estudo respeitasse todos os procedimentos éticos que se espera

de um trabalho científico, as seguintes etapas foram desenvolvidas antes da coleta

dos dados:

- Aprovação pela Comissão de Ética em Pesquisa da Faculdade Santa

Marcelina, instituição que chancela a Residência Multiprofissional em Saúde da

Família. Processo nº 008/08 (ANEXO A).

- Aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São

Paulo. Processo nº 0203/2008 (ANEXO B).

- Leitura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE A) para

cada colaborador da pesquisa, expondo os objetivos, descrição dos procedimentos

para a coleta de dados, sua isenção em despesas e compensações, garantia de

acesso às informações do estudo, garantia de liberdade de não participação do

estudo ou retirada de consentimento a qualquer momento sem qualquer prejuízo,

direito de confidencialidade e esclarecimentos permanentes.

- Entrega do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para cada

entrevistado, após seu aceite na participação da pesquisa.

Page 33: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

32

- Compromisso de que os resultados apurados nessa pesquisa serão

apresentados às instituições envolvidas, respeitando todos os aspectos éticos que

envolvem um estudo científico.

- Análise dos dados de forma global, na qual o conteúdo das entrevistas será

analisado em conjunto, sem exposição do nome do entrevistado.

4.4 Coleta de dados

Os egressos e tutores, após o sorteio, foram contactados pela pesquisadora

por telefone, a partir de seu cadastro na secretária da Faculdade Santa Marcelina –

Unidade de Ensino Itaquera, sendo informados dos objetivos deste estudo e

convidados a participar como sujeitos da pesquisa.

Todos mostraram-se interessados em participar deste estudo e a coleta de

dados ocorreu em dia, local e horário escolhido pelo entrevistado. Naquele

momento, o ambiente bem como a presença de ruídos foram analisados,

constatando que os ambientes foram considerados satisfatórios para a coleta.

Os dados então foram coletados pela pesquisadora a partir de entrevista com

igual teor para todos os participantes. A entrevista permitiu a obtenção de fatos

considerados objetivos ou concretos e fatos que se referem diretamente ao indivíduo

e sua reflexão sobre a realidade que vivencia. (MINAYO, 2006)

O tipo de entrevista escolhida foi semiestruturada, pois compreende a

articulação de perguntas fechadas e abertas que, a partir de um roteiro, permitem

facilidade na abordagem e asseguram que as hipóteses ou seus pressupostos

sejam trazidos na conversa. (MINAYO, 2006) Esse roteiro, segundo Triviños (1987,

p.146), é “resultado não só da teoria que alimenta a ação do investigador, mas

também de toda a informação que ele já recolheu sobre o fenômeno social que

interessa”.

Page 34: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

33

Anterior à aplicação das entrevistas, foi realizado pré-teste com a finalidade

de aprimoramento das perguntas, para que conseguissem abranger adequadamente

os objetivos esperados na pesquisa.

O pré-teste seguiu o mesmo rigor a ser desenvolvido nas entrevistas, ou seja,

foi gravado, deixando o tempo de resposta livre para o entrevistador e realização de

transcrição integral do conteúdo.

Os sujeitos escolhidos para a aplicação do pré-teste fizeram parte da mesma

residência que é cenário deste estudo, desenvolvendo ações multiprofissionais com

os egressos nutricionistas. No entanto, não compreendem a população de estudo

por assumirem na RMSF 2005-2007 a atribuição de preceptoria.

No primeiro pré-teste, uma das questões mostrou-se extensa e confusa; a

entrevistada não conseguiu compreender qual era o questionamento, resultando em

uma resposta insuficiente. Outra questão também teve de ser reformulada por trazer

duplo entendimento. Durante esse processo, foram solicitadas à entrevistada

sugestões para o aprimoramento das questões a partir do seu ponto de vista.

Para o segundo pré-teste, todas as alterações foram realizadas e a entrevista

passou de 4 para 5 questões, mais sucintas e compreensíveis, eliminando o duplo

sentido das perguntas. As questões mostraram-se adequadas, sendo possível então

aplicá-las nos sujeitos da pesquisa.

As entrevistas foram desenvolvidas a partir das seguintes questões:

1- Em sua concepção, qual é a atuação do nutricionista em Unidades de Saúde

da Família?

2- A partir da vivência com a atuação do nutricionista, descreva uma situação

que você presenciou que demonstre a atuação desse profissional.

As entrevistas realizadas com as nutricionistas tiveram apenas mudança no

enfoque da ação na frase, uma vez que a questão é direcionada à atuação

Page 35: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

34

desenvolvida por esses profissionais. Portanto, essa questão apresentou-se da

seguinte maneira: A partir de sua atuação na RMSF, descreva uma situação que

você desenvolveu que demonstre a atuação do nutricionista.

3- O que você considera como pontos facilitadores na formação do

nutricionista na Residência Multiprofissional em Saúde da Família?

4- O que você considera como pontos dificultadores na formação do

nutricionista na Residência Multiprofissional em Saúde da Família?

5- Quais sugestões você daria para o aprimoramento do processo de formação

do nutricionista na Residência Multiprofissional em Saúde da Família?

Foram realizadas 13 entrevistas, todas gravadas com duração média de 11

minutos e 11 segundos, permitindo livre desenvolvimento das respostas pelos

entrevistados. A gravação de entrevistas possibilita registro imediato das expressões

orais, sem comprometer o registro total das falas.

4.5 Métodos

O presente estudo é do tipo exploratório, descritivo, analítico, corte tipo

transversal, com abordagem qualitativa.

A escolha pela pesquisa exploratória deu-se porque, segundo Gil (1999), essa

pesquisa permite desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, com vistas

à formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos

posteriores. A finalidade primordial da pesquisa exploratória é buscar o

conhecimento do repertório popular de respostas, o qual pode referir-se tanto ao

conhecimento, crença e opinião, quanto à atitude, aos valores e à conduta.

Trata-se de um estudo descritivo, pois promove a descrição das

características de determinada população, fenômeno ou estabelecimento de

relações entre variáveis, visando à identificação, registro e análise das

Page 36: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

35

características, fatores ou variáveis que se relacionam com o fenômeno ou

processo. (TOBAR; YALOUR, 2001; GIL, 1999)

Na pesquisa qualitativa, são incorporadas questões ligadas ao significado e à

intencionalidade como inerentes aos atos, às relações e às estruturas sociais, e

quando relacionada ao campo da saúde, faz eclodir questões relacionadas às

ciências sociais, visto que a saúde não institui disciplina nem campo separado das

outras instâncias da realidade social. Tem sua diferenciação das pesquisas

quantitativas, pois a pesquisa qualitativa aborda questões relacionadas ao caráter

social e ideológico. (MINAYO, 2004)

A técnica de análise de dados utilizada neste estudo é a análise de conteúdo,

cujas técnicas visam obter indicadores que permitam a inferência de conhecimentos

relativos às condições de produção/ recepção de um conjunto de mensagens, por

meio de procedimentos sistemáticos e objetivos. (BARDIN, 1997; GOLDENBERG,

1998; MINAYO, 2006) Essas mensagens expressam um significado e um sentido,

que não pode ser considerado um ato isolado, uma vez que se encontra

intimamente ligado às condições contextuais de seus produtores. (FRANCO, 2007)

Diante dos pressupostos da técnica de análise de conteúdo, optou-se pela

análise temática. Conforme Franco (2007), a utilização do tema como unidade de

análise para a interpretação das respostas de determinados grupos de pessoas

resulta em um grande número de respostas permeadas por diferentes significados.

A mesma autora considera que o tema pode ser uma simples sentença, um conjunto

delas ou um parágrafo e que “uma questão temática incorpora, com maior ou menor

intensidade, o aspecto pessoal atribuído pelo respondente acerca do significado de

uma palavra e/ou sobre as conotações atribuídas a um conceito”. (FRANCO, 2007

p.42)

Para Minayo (2006), ao fazer uma análise temática, o pesquisador busca

descobrir os núcleos de sentido que compõem uma comunicação; a presença ou

frequência faz emergir um significado para o objeto analítico visado.

Page 37: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

36

4.6 Análise dos dados

Depois de gravadas, as entrevistas foram transcritas integralmente,

respeitando-se a livre expressão dos entrevistados sobre sua opinião. Ao realizar as

transcrições, de acordo com Kock (2006), é possível encontrar falas não planejadas,

fragmentadas, incompletas, pouco elaboradas, curtas ou coordenadas, no entanto

esse fato não desmerece o produto das entrevistas, uma vez que:

(...) na sequenciação linear dos tópicos ocorrem, muitas vezes, descontinuidades que parecem, a primeira vista, prejudicar a coerência do texto falado. Acontece, porém, que tais segmentos “intrusos” acabam encontrando seu lugar na organização hierárquica dos tópicos, de modo que a aparente incoerência acaba por desaparecer. (KOCK, 2006 p. 90) (grifo do autor)

As questões contidas nas entrevistas possibilitaram estabelecer dois eixos

temáticos direcionadores da pesquisa, sendo eles:

Eixo Temático 1: Atuação do nutricionista no Programa Saúde da Família.

Eixo Temático 2: Formação do nutricionista na Residência Multiprofissional em

Saúde da Família.

Pautando-se nos objetivos da pesquisa, tendo como metodologia para análise

de dados a análise de conteúdo temática, os conteúdos das entrevistas foram

analisados, segundo Minayo (2006), respeitando os seguintes preceitos: Pré-análise,

Definição das Unidades de Análise (Unidade de Contexto e Unidade de Registro), e

Categorias de análise.

As entrevistas foram lidas exaustivamente pela pesquisadora, buscando

apropriar-se do material a partir de leitura flutuante que, consoante Bardin (1997),

permite nos invadir por impressões, representações, emoções, conhecimentos e

expectativas.

Posteriormente nova leitura foi realizada, buscando coletar informações que

se enquadrassem nos dois eixos propostos, realizada em momentos diferentes,

Page 38: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

37

possibilitando um olhar único para cada eixo da pesquisa em cada visita às

entrevistas.

A procura pelas informações que emergem das entrevistas caracteriza a

busca pela Unidade de Contexto. Para Franco (2007 p. 46), “pode ser

consideradas como “pano de fundo” que imprime o significado às unidades de

análise” (grifo do autor). As unidades de contexto tornam-se fundamentais para a

análise e interpretação dos textos a serem decodificados, ancorando posteriormente

a compreensão e significado exato da unidade de registro. (FRANCO, 2007) Esse

fato pode ser entendido a partir do exemplo a seguir:

Eixo temático 1 – Atuação do nutricionista no Programa Saúde da Família

Unidade de Contexto (UC):

UC9 Bom o nutricionista... é, na Unidade Básica de Saúde de Família tem diversas áreas de atuação. Ela vai... atua em grupos educativos, trabalhando com a promoção, com prevenção de doenças...é.... pode trabalhar na parte ambulatorial...vai... ela tem... é ...a oportunidade de conhecer a casa do paciente, conhecer ...é, como que ele tá inserido, quais são as dificuldades que ele tem pra aderência do tratamento. Então isso eu acho muito bom pra.. pra gente ter uma visão mais ampla, né. Não só ali no consultório dando só um..um enfoque, então a gente pode ter outro tipo de abordagem na... no PSF com o nutricionista.

Nesse caso, a frase escolhida diz respeito ao que o entrevistado estabelece

como atuação do nutricionista no PSF. Esse mesmo procedimento é realizado para

o outro eixo temático.

As Unidades de Contexto recebem números sequenciais, com a finalidade de

identificação. No exemplo, percebe-se que essa é a nona Unidade de Contexto

(UC9).

Após seleção em todas as entrevistas das Unidades de Contexto, iniciou-se o

processo de identificação das Unidades de Registro, a menor parte do conteúdo

(FRANCO, 2007), responsáveis por expressarem o real significado daquele

contexto.

Page 39: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

38

Portanto, seguindo o raciocínio do exemplo anterior:

Unidade de Contexto (UC):

UC9 Bom o nutricionista... é, na Unidade Básica de Saúde de Família tem diversas áreas de atuação. Ela vai... atua em grupos educativos, trabalhando com a promoção, com prevenção de doenças...é.... pode trabalhar na parte ambulatorial...vai... ela tem... é ...a oportunidade de conhecer a casa do paciente, conhecer ...é, como que ele tá inserido, quais são as dificuldades que ele tem pra aderência do tratamento. Então isso eu acho muito bom pra.. pra gente ter uma visão mais ampla, né. Não só ali no consultório dando só um..um enfoque, então a gente pode ter outro tipo de abordagem na... no PSF com o nutricionista.

Unidade de Registro (UR):

UC9 – UR15 o nutricionista, na Unidade Básica de Saúde de

Família, tem diversas áreas de atuação. UC9 – UR16 ela (NUTRICIONISTA) atua em grupos educativos, trabalhando com a promoção, com prevenção de doenças. UC9 – UR17 ela tem a oportunidade de conhecer a casa do paciente, como ele tá inserido, quais são as dificuldades pra aderência do tratamento.

Ressalta-se que de uma Unidade de Contexto pode emergir mais de uma

Unidade de Registro, que deve ser numerada sequencialmente, a fim de trazer

rápida identificação. No exemplo utilizado, essa UC apresentou três UR,

representadas pelos números 15, 16, 17.

Com as Unidades de Contexto estabelecidas e as Unidades de Registro

identificadas, é possível então agrupar as unidades de Registro a partir da

proximidade de seus significados. Esse processo de análise é definido como

confluência ou aglutinação. É posterior a essa etapa que se torna possível elencar

as categorias que, segundo Franco (2007), constituem-se de uma classificação de

elementos que compõem um conjunto, que se agrupam baseados em analogias a

partir de critérios definidos.

Na sequência do exemplo, nota-se que as categorias que emergiram foram:

Page 40: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

39

Unidade de Contexto (UC) Unidade de Registro (UR) Categorias

UC9 – UR15 o nutricionista, na Unidade Básica de Saúde de Família, tem diversas áreas de atuação.

UC9 – UR15 Visão ampliada de

cenários de atuação.

UC9 – UR16 ela (NUTRICIONISTA) atua em grupos educativos, trabalhando com a promoção, com prevenção de doenças.

UC9 – UR16 Atuação na

Promoção e Prevenção.

UC9 Bom o nutricionista... é, na Unidade Básica de Saúde de Família tem diversas áreas de atuação. Ela vai... atua em grupos educativos, trabalhando com a promoção, com prevenção de doenças...é.... pode trabalhar na parte ambulatorial...vai... ela tem... é ...a oportunidade de conhecer a casa do paciente, conhecer ...é, como que ele tá inserido, quais são as dificuldades que ele tem pra aderência do tratamento. Então isso eu acho muito bom pra.. pra gente ter uma visão mais ampla, né. Não só ali no consultório dando só um..um enfoque, então a gente pode ter outro tipo de abordagem na... no PSF com o nutricionista.

UC9 – UR17 ela tem a oportunidade de conhecer a casa do paciente, como ele tá inserido, quais são as dificuldades pra aderência do tratamento.

UC9 - UR17 Atuação

favorecida pela dinâmica do

processo de trabalho do PSF.

O critério de categorização semântico foi o escolhido, por permitir selecionar

categorias, agrupando-as conforme o significado dos temas, sendo posteriormente

confrontadas com achados de outras investigações sobre o assunto. (FRANCO,

2007) Todas as categorias encontradas na pesquisa emergiram das falas dos

entrevistados, não tendo sido então criadas a priori.

Após o processo de definição das categorias, ainda é possível surgir um

subitem que remete à temática percebida, ou seja, das categorias encontradas,

podem emergir algumas subcategorias.

Considerando o exemplo utilizado, pode ser observado que só a UC9 – UR16

apresentou uma subcategoria intitulada: Diversidade de estratégias de educação.

Page 41: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

40

Unidade de Contexto (UC)

Unidade de Registro (UR)

Categoria Subcategoria

UC9 – UR15 o nutricionista, na Unidade Básica de Saúde de Família tem diversas áreas de atuação.

UC9 – UR15 Visão

ampliada de cenários

de atuação.

UC9 – UR16 ela (NUTRICIONISTA) atua em grupos educativos, trabalhando com a promoção, com prevenção de doenças.

UC9 – UR16 Atuação

na Promoção e

Prevenção.

UC9 – UR16

Diversidade de

estratégias de

educação.

UC9 Bom o nutricionista... é, na Unidade Básica de Saúde de Família tem diversas áreas de atuação. Ela vai... atua em grupos educativos, trabalhando com a promoção, com prevenção de doenças...é.... pode trabalhar na parte ambulatorial...vai... ela tem... é ...a oportunidade de conhecer a casa do paciente, conhecer ...é, como que ele tá inserido, quais são as dificuldades que ele tem pra aderência do tratamento. Então isso eu acho muito bom pra.. pra gente ter uma visão mais ampla, né. Não só ali no consultório dando só um..um enfoque, então a gente pode ter outro tipo de abordagem na... no PSF com o nutricionista.

UC9 – UR17 ela tem a oportunidade de conhecer a casa do paciente, como ele tá inserido, quais são as dificuldades pra aderência do tratamento.

UC9 - UR17 Atuação

favorecida pela

dinâmica do processo

de trabalho do PSF.

Para melhor visualização, as unidades de Contexto, de Registro e as

Categorias de cada eixo temático foram dispostas em um quadro, podendo ser

observadas nos apêndices B e C.

Page 42: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

41

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

As questões apresentadas neste estudo fizeram emergir a concepção de

cada entrevistado sobre o profissional nutricionista, tendo como cenário a

Residência Multiprofissional em Saúde da Família. Os relatos colhidos convergiram

para dois eixos temáticos, sendo considerados direcionadores da pesquisa: 1)

Atuação do nutricionista no Programa Saúde da Família, 2) Formação do

nutricionista na Residência Multiprofissional em Saúde da Família.

Em relação ao eixo temático 1) Atuação do nutricionista no Programa Saúde

da Família, foram encontradas 68 unidades de contexto que resultaram em 112

unidades de registro. Dessas unidades de registro, emergiram sete categorias de

análise: Compreensão pouco clara da atuação do nutricionista; Valorização da

atuação específica; Visão ampliada de cenários de atuação; Atuação na

Promoção e Prevenção; Atuação na perspectiva multiprofissional; Evidências

da atuação na perspectiva interdisciplinar; Atuação favorecida pela dinâmica

do processo de trabalho do PSF.

Ao considerar o eixo temático 2) Formação do nutricionista na Residência

Multiprofissional em Saúde da Família, verificou-se a presença de 61 unidades de

contexto e 103 unidades de registro, que foram divididas em três subeixos:

• Pontos facilitadores na formação do nutricionista na RMSF. Nesse subeixo

emergiram quatro categorias: Vivência multiprofissional como facilitadora

na formação; Discussão entre pares como facilitador no processo de

formação; RMSF proporcionando espaço para novas estratégias de

aprendizagem; Preceptores/tutores como facilitadores na formação.

• Pontos dificultadores na formação do nutricionista na RMSF com quatro

categorias: Formação voltada à especificidade dificultando o olhar

ampliado para o PSF; Profissionais não preparados para lidar com um

novo modelo de formação como a RMSF; Inserção em poucos cenários

de atuação como dificultadores da formação; Limitado arcabouço

teórico referente ao processo de trabalho do nutricionista no PSF.

Page 43: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

42

• Sugestões para o aprimoramento do processo de formação do nutricionista

na RMSF, apresentando sete categorias: Inserir o nutricionista no campo

de ensino buscando potencializar o aprendizado; Buscar nutricionista

com conhecimento em PSF para aprimorar a abordagem teórica

específica; Buscar docentes que contemplem a diversidade de

formações; Construir estratégias de ensino com participação discente;

Repensar e diversificar cenários que sirvam como campo de ensino;

Intensificar o enfoque de pesquisa e momentos de discussão; Educação

permanente para preceptores/tutores visando aprimorar o processo de

ensino/aprendizagem.

Esse último subeixo, responsável pelo cumprimento do objetivo que busca

levantar sugestões para o aprimoramento do processo de formação do nutricionista

na RMSF, terá suas categorias utilizadas como arcabouço para o desenvolvimento

do produto solicitado pelo Mestrado Profissional no Centro de Desenvolvimento do

Ensino Superior em Saúde (CEDESS), trazendo uma proposta para o

aprimoramento da Formação do nutricionista na RMSF. O desenvolvimento do

produto pode ser observado no capitulo 6 desta tese.

5.1 Eixo temático 1 - Atuação do nutricionista no Programa Saúde da Família

Para esse eixo temático, convergiram as unidades de registro que abordaram

a concepção dos entrevistados sobre a atuação do nutricionista no PSF,

considerando sua vivência durante o período de Residência Multiprofissional em

Saúde da Família.

Compreensão pouco clara da atuação do nutricionista

As falas apresentadas relatam que a atuação do nutricionista é pouco

conhecida. Percebe-se, porém, ideia de que a presença desse profissional pode

levar a uma abrangência de atendimento, independente da complexidade ou linha

Page 44: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

43

de cuidado em que o usuário se encontra, frequentemente assumindo um caráter de

referência da equipe.

(...) demanda maior que não competeria ao nutricionista no PSF, por falta de não ter pra onde referenciar (...) E1 – UR2 (...) muitas vezes a gente fica numa situação que o nutricionista tem que dar conta de tudo (...)E1 – UR3 (...) paciente acamado que fazia uso de sonda, ficou ao encargo da equipe de saúde da família, que já seria de uma complexidade além

do PSF, mas que é parte da realidade com a qual a gente se deparou(...)E10 – UR84

Em decorrência da compreensão pouco clara da atuação do nutricionista,

certamente potencializada pela Ausência do profissional no PSF, as falas

demonstraram também dificuldade em alguns momentos de entendimento de quais

atividades refletem a real atuação do nutricionista, visto que esse profissional

encontrava-se inserido no momento do estudo apenas a partir de um programa de

pós-graduação.

(...) se espera muito do nutricionista por ser um profissional novo e quando a equipe não consegue dar suporte para aquilo, acaba sendo dele. E1 – UR4

Outro ponto percebido diz respeito à dificuldade de desenvolver ações

quando se desconhece o caminho a seguir, ou seja, falta de direcionamento para

a atuação no PSF, tanto de atividades específicas (área de Nutrição), quanto pela

compreensão insuficiente dos demais profissionais inseridos nessa estratégia,

podendo às vezes limitar o desenvolvimento das ações.

(...) a gente não tem um direcionamento da atenção básica, não tem por onde a gente começar a Nutrição. E1 – UR14 (...) as pessoas ficam naquela, que não sabem como fazer, como lidar e acaba dificultando às vezes o trabalho do profissional. E9 – UR78

A pequena inserção do nutricionista no PSF foi considerada por Santos

(2005) como um dos motivos da falta de conhecimento das funções e atribuições do

Page 45: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

44

nutricionista por outros profissionais, mesmo considerando o atual perfil

epidemiológico da população brasileira, caracterizado pelo assustador crescimento

de doenças crônicas não transmissíveis, deficiências nutricionais e sua estreita

relação com hábitos de vida e alimentação não saudáveis. (BRASIL, 2008a)

Essa ausência ou tímida inserção pode ser observada ao se comparar dois

estudos, um realizado por Gambardella, et al (2000) em São Paulo e o outro por

Vasconcelos (1991) em Santa Catarina. Nota-se que a maioria dos formados tem

como atuação a área Clínica, sendo 36,6% em São Paulo e 48,4% em Santa

Catarina, e somente 7% dos profissionais formados têm o vínculo empregatício na

rede básica de saúde em São Paulo e um número um pouco menor (4,8%) assume

esse cargo em Santa Catarina.

Tais dados vão ao encontro do levantamento realizado pelo Conselho Federal

de Nutricionistas (CFN, 2006b), em que se constatou que a área de abrangência do

Conselho Regional de Nutricionistas (CRN7) - que contempla os estados de Pará,

Rondônia, Roraima, Amazonas, Amapá e Acre - é a região onde se verifica o maior

índice de inserção do nutricionista em Saúde Pública (19%). Apesar de ser

considerada uma porcentagem baixíssima, esse valor é ainda maior se comparado a

outras regiões, onde a frequência é inferior a 12%. Já em pesquisa realizada por

Akutsu (2008), foi constatado que dos 587 nutricionistas brasileiros que participaram

do estudo, apenas 60 atuam na área de Nutrição Pública.

Percebe-se que os estudos citados reforçam a pequena inserção do

nutricionista em Saúde Pública, e dentro dessa área, não foram encontrados

trabalhos que demonstrem quantos nutricionistas de fato atuam especificamente no

PSF em todo Brasil.

No ano de 2005, o Conselho Federal de Nutricionistas (CFN, 2008)

estabeleceu as atribuições do nutricionista em diversos campos de atuação, nos

quais está incluída a Saúde Pública, considerando o PSF como integrante desse

cenário.

Page 46: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

45

É fato que a resolução emitida pelo CFN foi um ganho importante para a

profissão; no entanto quando as falas abordam a falta de direcionamento para atuar

no PSF, referem-se à dificuldade de desenvolver essas atribuições, uma vez que

dificilmente se encontram diretrizes para atuar especificamente nesse programa.

Para Boog (2008), apesar de a resolução estar em vigor, faz-se necessário

considerar que o processo de institucionalização depende da criação de uma nova

realidade de atuação.

Diante desse cenário é que Santos (2005) pontua o momento da Residência

em Saúde da Família como um espaço para o nutricionista atuar em equipes de

PSF, divulgar suas ações e ampliar seu campo de trabalho. Essa nova área de

atuação deve fazer com que o profissional demonstre desprendimento, ousadia,

envolvimento e criatividade. (FERREIRA; MAGALHÃES, 2007)

Acredita-se que a compreensão das atribuições que competem ao

nutricionista no PSF pode ser ampliada, pela inserção desse profissional nos

Núcleos de Apoio à Saúde da Família.(BRASIL, 2008b) Esses núcleos de apoio

sugerem a presença do nutricionista, considerado como necessário diante do perfil

epidemiológico e nutricional do Brasil.

Valorização da atuação específica

Apesar de o PSF constituir-se como um campo de atuação no qual o trabalho

multiprofissional é fundamental, as falas ressaltam a necessidade da atuação

específica como ponto primordial nas ações desenvolvidas pelo nutricionista, uma

vez que sua especificidade traz um conhecimento técnico próprio de sua profissão.

(...) com a presença da nutri, como ela já conhece mais específico de

alimentos, a pessoa começa a entender melhor, capta melhor tudo isso, e é mais completa a abordagem (...) E8 – UR67 (...) segundo SIAB, a gente tinha nenhum ou um ou dois desnutridos, então a intervenção e o olhar com ela na equipe pôde permitir que a gente fizesse esse diagnóstico e intervenção direcionada. E11 – UR90

Page 47: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

46

Os destaques dos relatos referentes ao conhecimento específico do

nutricionista vêm ao encontro das competências previstas em sua formação, que

contempla, entre outras vertentes, a capacidade de avaliar, diagnosticar e

acompanhar o estado nutricional, planejar, prescrever, analisar, supervisionar e

avaliar dietas e suplementos dietéticos para indivíduos sadios e enfermos, bem

como realizar diagnósticos e intervenções na área de alimentação e Nutrição,

considerando a influência sociocultural e econômica que determina a

disponibilidade, consumo e utilização biológica dos alimentos pelo indivíduo e pela

população. (CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 2001)

Diante do conhecimento específico do nutricionista e do seu olhar para

situações que envolvem a alimentação e nutrição, fica muito mais fácil de se

detectarem os problemas. Em estudo desenvolvido por Santos (2005), médicos e

enfermeiros referem que, com a inserção do nutricionista, ocorre melhora no

atendimento do usuário, uma vez que os entrevistados citaram dificuldades em

abordar temas relacionados à alimentação e nutrição.

Assis (2002) percebe o nutricionista como um profissional com participação

relevante no PSF, pois possui conhecimento específico que o instrumentaliza a

observar valores socioculturais, realizar diagnóstico e assim propor as devidas

orientações dietéticas, sempre adequadas à realidade familiar.

Considerando a demanda proveniente da transição epidemiológica e nutricional

que se encontra estreitamente associada a hábitos alimentares inadequados

principalmente a partir das décadas de 80 e 90, com baixo consumo de fibras e

micronutrientes e consumo excessivo de gorduras saturadas (LEVY-COSTA, et al,

2005), é primordial que o nutricionista desenvolva apoio constante para a promoção

de uma alimentação saudável, culminando na prevenção e tratamento da obesidade

e de outros distúrbios nutricionais. (BRASIL, 2003)

Diante desse cenário e pautado nos conhecimento técnicos do nutricionista,

faz-se necessário um planejamento para ações de prevenção as doenças

relacionadas à alimentação e de intervenções nutricionais, visando promover um

Page 48: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

47

melhor estado nutricional da população, no qual o trabalho com outros profissionais

só engrandece e potencializa os resultados.

O nutricionista, em trabalho com a equipe multiprofissional, deve agir como

formador de outros profissionais, como articulador de estratégias de ação junto aos

equipamentos sociais da área de abrangência territorial, contribuindo pra a

promoção da alimentação saudável, da Segurança Alimentar e Nutricional e do

Direito Humano à Alimentação Adequada. (BRASIL, 2008a)

Considerando o PSF como uma estratégia voltada para a promoção da

qualidade de vida é que o Sistema Conselhos Federais e Regionais de Nutricionista

(2009) e Assis (2002) reforçam que uma assistência de saúde, cujo objetivo seja

transformar a história das práticas alimentares e dos resultados de intervenção, não

poderá ser desenvolvida sem a atuação do nutricionista.

Visão ampliada de cenários de atuação

As considerações colhidas das entrevistas também demonstram uma visão

ampliada de cenários de atuação em que o nutricionista pode contribuir, somando

seus conhecimentos a uma gama de atividades, todas pautadas na ampla estrutura

de ações desenvolvidas pelo PSF.

(...) não só focado em atendimento como se fosse ambulatorial e não trabalhar grupo educativo, visita domiciliar, envolver a família, outros profissionais que trabalhem na unidade. E3 – UR25 (...) orientações com grupo, comunidade e tudo que abrange no PSF, as visitas domiciliares, consultas individuais, o trabalho com individuo e a família como um todo(...) E7 – UR57 (...) em quase todas as áreas eu vejo a atuação do nutricionista, na saúde da criança, no acompanhamento nos dois primeiros anos de vida, com as prioridades a hipertensão, a diabetes (...) E10 – UR79

Espera-se que o nutricionista exerça suas atribuições em diversos cenários

de atuação, pois é considerado um profissional capacitado a atuar, visando à

Page 49: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

48

segurança alimentar e à atenção dietética, em todas as áreas do conhecimento em

que a alimentação e a nutrição se apresentem fundamentais. (CFN, 2008)

Ao ampliar os cenários de atuação em Saúde Pública, abre-se um leque de

possibilidades, permitindo ações educativas sobre a alimentação e nutrição,

diagnóstico populacional da situação alimentar e nutricional, o estímulo à produção e

ao consumo de alimentos saudáveis produzidos regionalmente e o atendimento para

doenças relacionadas à alimentação e à nutrição. (SILVA, 2009)

Essas atribuições podem ser desenvolvidas no PSF, reconhecendo o território

com um local propício para o desenvolvimento dessas ações educativas na

amplitude que o PSF se desenvolve, sempre considerando os espaços comunitários,

trabalhando com a intersetorialidade e com abordagem multiprofissional.

A amplitude dos cenários de atuação do nutricionista na atenção primária

responde à demanda da responsabilidade de promover práticas alimentares

saudáveis aos serviços e equipes de saúde, estabelecidas pela Política Nacional de

Alimentação e Nutrição e pela Política Nacional de Promoção da Saúde, por

constituir-se em uma estratégia de saúde pública relevante para o enfrentamento

dos problemas alimentares e nutricionais atuais, vivenciado pela população

brasileira. (COUTINHO, et al, 2008)

O PSF, que almeja a promoção à saúde e prevenção de agravos, entre outras

ações, apresenta-se como um cenário para o desenvolvimento da amplitude de

atuações desenvolvidas pelo nutricionista que considera a alimentação associada a

fatores complementares que, para Oliveira e Thebaud-Mony (1997), contemplam a

perspectiva econômica, social e cultural.

A ampliação dos cenários de atuação para o nutricionista se traduz em um

ganho para seu perfil como profissional da saúde, proporcionando também, a partir

da relação com outros profissionais, o aumento das possibilidades de ações

advindas da Nutrição, buscando reverter a situação nutricional atual.

Page 50: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

49

Atuação na Promoção e Prevenção

As falas revelaram, de forma predominante, que um trabalho voltado à

Promoção e Prevenção é o que mais se espera na atuação realizada pelo

nutricionista. Consideram que esse trabalho deva contemplar ações que despertem

a conscientização de estilo de vida saudável e que permitam reduzir ou evitar

agravos à saúde da população, extrapolando o caráter assistencialista, pautados na

necessidade de educar e orientar para promoção da saúde e prevenção de doenças.

(...) a atuação do nutricionista é na prevenção, atuando mesmo em ações de alimentação, segurança alimentar, mais principalmente em prevenção e promoção, não só a questão curativa. E4 – UR28 (...) a área de atuação é a mesma da nossa, atuação na forma de preferência preventiva (...) E7 – UR56 (...) como se alimentar melhor, ter um bom hábito alimentar, isso faz parte da promoção da saúde de uma maneira muito importante é interessante esse aspecto do trabalho do nutricionista. E10 – UR83

Para conseguir desenvolver as premissas de promoção e prevenção, as

unidades de registro trazem de forma muito expressiva a necessidade de

diversidade de estratégias de educação como ferramenta utilizada pelo

nutricionista, responsável pela tentativa de mudança de hábitos alimentares ou

compreensão da necessidade da melhora deles.

(...) a gente fez junto as papas, foi muito construtiva, a questão educativa a gente conseguiu fazer junto com aquelas pessoas, não ficar só falando, transferindo o conhecimento. E4 – UR31 (...) eles tinham dúvidas, mas não tinham pra quem perguntar, esses grupos educacionais ajudavam muito na questão de desvendar tabus (...) E5 – UR38

Com base nos relatos que afirmam a participação do nutricionista em ações

de Promoção e Prevenção, surge a necessidade de entendimento desses dois

termos. Ao se tratar de prevenção, consideram-se ações que privilegiem

intervenções voltadas a evitar o aparecimento de doenças específicas, bem como

minimizar sua incidência e prevalência nas populações, objetivando controlar a

transmissão de doenças infecciosas e promover a redução do risco de doenças

Page 51: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

50

degenerativas (CZERESNIA, 1999). Já ao considerar Promoção à saúde, esse

aspecto traz uma visão ampliada, considerando ações não direcionadas a uma

doença específica, mas com o propósito de aumentar a saúde e o bem-estar social.

Todavia, a diferenciação de prevenção e promoção ainda é pouco entendida

devido ao modo como elas ocorrem. Para Czeresnia (1999), alguns projetos de

promoção de saúde também utilizam os conceitos de doença, transmissão e risco,

mesmo discurso da prevenção.

As mudanças sociais, políticas e culturais, o esgotamento do paradigma

biomédico e a mudança do perfil epidemiológico tornam urgente a proposta de

Promoção à Saúde. (CARVALHO, 2004) É fundamental que as estratégias utilizadas

adaptem-se às necessidades locais e às possibilidades de cada região, percebendo

sempre as diferenças em seus sistemas sociais, culturais e econômicos. (BRASIL,

2002)

Diante da ampla demanda relacionada aos cuidados da atenção primária,

Silva (2009) e Santos (2005) ponderam que os maiores problemas de saúde no

Brasil poderiam ser evitados por medidas preventivas, uma vez que a prevenção,

controle e tratamento dos agravos à saúde estão intimamente ligados à alimentação

dos indivíduos, suscitando a relevância da participação do nutricionista, tendo em

vista sua dedicação à promoção de uma alimentação saudável, buscando assim

evitar agravamento de doenças crônicas não transmissíveis.

Em estudos realizados com profissionais que conhecem o trabalho do

nutricionista, reforça-se a necessidade da inserção desse profissional com a

finalidade de prevenção, redução de fatores de risco para desenvolvimento de

doenças e promoção à saúde dos indivíduos. (PEDROSA; TELES, 2001; OLIVEIRA;

RADICCHI, 2005)

Atualmente, com a portaria que institui os Núcleos de Atenção em Saúde da

Família, nos quais o nutricionista pode ser um membro integrante, o Ministério da

Saúde lançou a Matriz de Ações de Alimentação e Nutrição na Atenção Básica de

Saúde com o propósito de orientar o nutricionista, norteado pelo conhecimento

Page 52: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

51

técnico específico de como proceder nas ações de promoção e prevenção em saúde

diante dos sujeitos das ações (indivíduo, família e comunidade), dos níveis de

intervenção que contemplam a gestão das ações de alimentação e nutrição e o

cuidado nutricional compreendendo o diagnóstico, promoção da saúde, prevenção

de doenças, tratamento, cuidado e assistência. (BRASIL, 2008a) Todas as ações

devem ser desenvolvidas em todo ciclo de vida, isso porque se percebe que

exposições nutricionais, ambientais e padrões de crescimento durante a vida

intrauterina e nos primeiros anos de vida podem repercutir diretamente nas

condições de saúde quando adulto. (COUTINHO, et al, 2008)

Para Buss (1999), independente da competência profissional, as ações no

sentido de produzir mudanças rápidas na saúde de grandes parcelas de população

trazem repercussão lenta no habito de vida dos indivíduos, portanto, considera a

relevância do uso mais constante do meio de comunicação de massas, a partir de

estratégias educativas.

Desse modo, seja buscando a prevenção ou promoção da saúde, Czeresnia

(1999) reforça que isso implicará a mudança de como esse conhecimento pode ser

operacionalizado nas práticas de saúde e essa mudança pode ocorrer, entre outras

vertentes, a partir de ações de educação, desenvolvidas pelos profissionais da

saúde ou em nível governamental.

Segundo Milet e Marconi (1992), nas estratégias educativas, o profissional da

saúde deve orientar e facilitar o processo de ensino-aprendizagem, de maneira a

promover as condições ideais para que os resultados ocorram por meio de

conhecimentos sobre a linguagem utilizada no trabalho em grupo, nos vínculos que

ali estabelecem, bem como no estímulo de seus integrantes.

A Matriz de ações de Alimentação e Nutrição na Atenção Básica também

destaca esse fato, ao sugerir ações educativas para alcançar os objetivos de ações

de alimentação e nutrição e do cuidado nutricional que integrem o rol de ações de

saúde desenvolvidas no âmbito da atenção básica à saúde, visando promoção da

saúde e prevenção de doenças. (BRASIL, 2008a)

Page 53: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

52

Atuação na perspectiva multiprofissional

O trabalho realizado em conjunto com outros profissionais surge como outra

prática importante na vertente de atuação do nutricionista. É pontuado que as ações,

fossem elas consultas, visita domiciliar, grupos educativos, entre outras, durante o

período da RMSF, eram realizadas com a interface multiprofissional, possibilitando

ampliar e qualificar a atuação desse profissional.

(...) a gente pode ver em relação a outras áreas como é que a gente pode atuar em ações de promoção de saúde, não só muito específico na área de Nutrição (...) E2 – UR19 (...) esse contato com outros profissionais e até a possibilidade de ele ver onde pode atuar junto com esses outros profissionais, então é uma coisa em conjunto. E8 – UR68 (...) possibilitou ampliar mesmo a atuação no sentido de ter mais práticas coletivas, de conseguir trabalhar efetivamente em equipe (...)E11 – UR92

Czeresnia (1999) nos dá um alerta diante dos preceitos da

multiprofissionalidade, ao dizer que é primordial que o profissional desenvolva suas

atividades baseado na delimitação dos problemas, o que possibilitará implementar

práticas eficazes, pois caso contrário, o enfoque ficará restrito a sua especialidade.

Para buscar ampliar o olhar além da especificidade, surge a necessidade da

vivência com outros profissionais; a forma e a intensidade da interação entre as

profissões intitularão e caracterizarão sua estrutura de atuação.

Para Ceccim e Feuerwerker (2004), considerando o complexo fenômeno que

é o processo saúde-doença, torna-se fundamental um trabalho em que as equipes

interajam de forma multiprofissional; isso porque um modelo de saúde centrado no

usuário e sua família, como é o caso do PSF, traz a necessidade da ressiginificação

do processo de trabalho para a integralidade, sendo necessário um adequado

trabalho da equipe multiprofissional.

Essa forma de trabalho multiprofissional representa melhor qualidade dos

serviços prestados no setor saúde (PEDUZZI, 1998). Portanto, desenvolver as

Page 54: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

53

ações de saúde a partir da multiprofissionalidade, é uma das propostas defendidas

pelo SUS, pois ao trabalhar em equipe, nesse enfoque, os conhecimentos

individuais e coletivos são ampliados, proporcionando a construção de um

atendimento integral, atendendo às necessidades de saúde da população e do

sistema público.

Nessa perspectiva, buscar o desenvolvimento de programas que realizem

esse modelo de atuação, para Gil (2005), pode caracterizar como oportunidade para

uma reflexão, considerando alternativas que propiciem rever os caminhos para a

formação dos profissionais, objetivando um trabalho integrado, em equipe, com

trocas mais efetivas de saberes e práticas, como pode ser verificado nas

Residências Multiprofissionais.

O nutricionista inclui-se no trabalho multiprofissional, compartilhando seus

conhecimentos voltados ao cuidado nutricional na atenção básica, contribuindo para

a efetividade das ações de Nutrição a partir da construção compartilhada de

conhecimentos (BRASIL, 2008a), tendo em vista a dimensão da alimentação na vida

do indivíduo/ família/ comunidade e, por sua vez, beneficia-se dos saberes dos

outros profissionais, aprimorando sua especificidade e ampliando seus

conhecimentos.

Evidência de atuação na perspectiva interdisciplinar

A multiprofissionalidade configura-se como premissa da RMSF, no entanto,

percebe-se que em alguns momentos, esse modo de atuação era extrapolado,

assumindo o caráter interdisciplinar, no qual eram desenvolvidas estratégias com

visão ampliada, proporcionando uma prática menos restrita e fragmentada.

(...) eu acabei superando o papel de nutricionista até pra ter um

pouco de psicologia com essas crianças. (...) E6 – UR48

(...) nós, profissionais da saúde, também através das conversas que

nós tínhamos em reuniões, acabamos incorporando dentro das nossas orientações, orientações que ela passava pra gente (...) E7 – UR61

Page 55: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

54

A defesa da multiprofissionalidade na composição do perfil profissional

aparece junto à interdisciplinaridade, nos argumentos de trabalho em equipe voltado

a uma abordagem biopsicossocial na prevenção, promoção e proteção à saúde.

(CECCIM, 2009). Esse fato reforça que em alguns momentos onde se institui a

multiprofissionalidade, ações realizadas podem remeter-se à interdisciplinaridade.

Para Furtado (2007), a interdisciplinaridade é entendida como relações entre

disciplinas menos verticais, com compartilhamento de trabalho, a partir de conceitos

em comum, nos quais se percebe real entrosamento entre elas. Na verdade, dá-se

uma nova combinação de elementos internos e o estabelecimento de canais de

trocas entre os campos em torno de uma tarefa a ser desempenhada conjuntamente

e não a simples justaposição de conhecimentos específicos.

Entretanto, ressalta-se que trabalhar a interdisciplinaridade não significa

negar as especialidades e objetividade de cada ciência, deve-se respeitar o território

de cada campo do conhecimento, bem como distinguir os pontos que os unem e que

os diferenciam, enfatizando o trabalho coletivo e na parceria e respeito pelas

diferenças. (UNIFESP, 2009)

Todavia, para que um profissional da área da saúde consiga exercer uma

formação generalista, humanística e crítica que apresente conhecimentos,

habilidades e atitudes suficientes para atuar na diversidade e demandas sociais,

econômicas, políticas e educativas, é relevante sua relação com a prática

interdisciplinar.

Para compreender as dimensões que envolvem o trabalho de uma equipe no

cenário em que ela estabelece suas atribuições, faz-se necessária uma visão da

realidade que extrapole os limites disciplinares, então a interdisciplinaridade é uma

das soluções para a superação desse desafio. (FEUERWERKER; SENA, 2009)

Segundo Batista e Batista (2004, p. 30), a interdisciplinaridade implica em:

(...) assumir a tarefa de explicitar as possibilidades de contribuição e o desafio de adentrar em outra área, com abertura para aprender

Page 56: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

55

com o outro; que exige a construção de espaços coletivos de partilha de conhecimentos e experiências.

A interdisciplinaridade propicia ao profissional uma prática a partir dos

saberes coletivos, direcionando-o a uma prática social que transcende a formatação

e especialização características das ações de saúde no País. (ASSIS, 2002) Essa

prática faz “formar profissional competente para o atendimento de toda e qualquer

necessidade do usuário, mesmo as não percebidas”. (CECCIM; FEUERWERKER,

2004, p. 1407)

A concepção interdisciplinar reforça a necessidade das profissões

estabelecerem canais de comunicação e de colaboração, possibilitando melhor

desempenho em equipe diante das situações e problemas da realidade. (FAZENDA,

2003; PINHEIRO et al, 2008). Peduzzi (1998) segue essa mesma lógica, ao trazer o

exemplo no campo da saúde mental, considerando a necessidade de ampliar o

trabalho além do objeto psiquiátrico, no qual essa ampliação dirige-se ao sofrimento

psiquiátrico, que assume o universo da vida mental, social e cultural.

Esse fato pode ser muito bem observado nas doenças e agravos não

transmissíveis (DANTS) que, por serem considerados crônicos, exigem uma forma

de trabalho interdisciplinar que requer vários saberes que extrapolam o saber

biomédico. Rozemberg e Minayo (2001) reafirmar esse fato ao perceberem que um

único saber não esgota todas as questões que compõem o processo de

adoecimento de um sujeito.

Atuação favorecida pela dinâmica do processo de trabalho do Programa Saúde

da Família

Observa-se que para os entrevistados, a atuação do nutricionista foi

potencializada ao considerar a dinâmica de trabalho do PSF, decorrente da

formação de vínculo com o usuário, sua família e comunidade. Destaca-se também

que a atuação com outros profissionais, seja da equipe mínima ou ampliada, agrega

força para a atuação do nutricionista.

Page 57: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

56

(...) ter aquela população pronta, como se eles tivessem me aguardando, as demandas, os pacientes estavam ali, a facilidade de você chegar nas casas. E4 – UR33

(...) as consultas em saúde da família é diferente, porque a gente já conhece a pessoa, tem um papel diferenciado (...) E9 – UR77

(...) o trabalho dela foi importante aqui pra população, porque quando acabou, o pessoal vinha perguntar e agora como vai ser minha vida daqui pra frente sem a orientação dela (...) E12 – UR104

Atuar no PSF fez com que o nutricionista conhecesse as diretrizes desse

programa que se desenvolve pautado no caráter substitutivo, onde o novo processo

de trabalho deixa para trás as práticas convencionais e se estabelece centrado na

vigilância em saúde; trabalha com a integralidade e hierarquização, na qual a

unidade de saúde da família insere-se no primeiro nível de ações e serviços do

sistema local de saúde e realizada essas ações de forma integral; desenvolve suas

práticas de saúde considerando o território de abrangência e sempre com o auxílio

de uma equipe multiprofissional. (BRASIL, 2006a)

Juntamente com os profissionais do PSF, o nutricionista desenvolveu ações

que fugiram de sua especificidade, resultando em um ganho em sua atuação, pois

permitiu ampliar seu olhar como profissional da saúde. Segundo a Política de

Atenção Básica, os profissionais inseridos nesse cenário devem participar do

processo de territorialização e mapeamento da área adscrita, identificando grupos,

famílias e indivíduos expostos a riscos; realizar cuidados em saúde dessa

população, considerando também os espaços comunitários; notificar doenças e

agravos a partir da busca ativa, desenvolver, planejar e avaliar as ações da equipe

de saúde a partir do levantamento de informações disponível, entre outras. (BRASIL,

2006a)

Além disso, agrega-se a proposta do acolhimento, responsabilização e

trabalho sobre as necessidades de saúde, propiciando aos profissionais que lá

desenvolvem seu trabalho, a oportunidade de estabelecer relações mais

satisfatórias, humanas, comprometidas e eficazes junto à população.

(FEUERWERKER, 2009)

Page 58: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

57

Essas relações estabelecidas no PSF permitem a interação com o indivíduo e

comunidade, possibilitando conhecer suas necessidades, a partir da criação de

vínculo e alteração do enfoque voltado ao indivíduo, para pensar na família como

objeto de atenção. (WAGNER, et al, 1999; FABRÍCIO, et al, 2004; REINALDO;

ROCHA, 2009)

Machado et al (2009) consideram a relevância desse vínculo a partir da

experiência observada em uma residência multiprofissional em saúde da família, na

qual ressalta que o vínculo possibilitou ao nutricionista desenvolver ações exitosas

de promoção à saúde no que se refere à sensibilização e empoderamento dos

usuários.

Diante de tudo o que foi discutido até o momento, percebe-se que a inserção

desse profissional é de fato vista como relevante; todavia frente à diversidade de

fatores sociais, psicológicos, biológicos e culturais que envolvem um indivíduo e sua

família, surge o questionamento sobre a atual formação do nutricionista, fazendo-

nos pensar se, após a graduação, esse profissional encontra-se apto a navegar

nesse novo campo de atuação.

A partir desse prisma, surge o segundo eixo temático desse estudo, com o

olhar voltado à formação do nutricionista, a partir da Residência Multiprofissional em

Saúde da Família.

Os resultados encontrados nesse eixo temático deram origem a um artigo

científico que foi submetido para publicação na Revista de Nutrição - Brasilian

Journal of Nutrition (ISSN 1415-5273). Essa revista possui Qualis B2 e é indexada

pelas seguintes bases de dados: LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe

em Ciências da Saúde), SciELO (Scientific Electronic Library Online), CAB Abstract

and Global Health, FSTA (Food Science and Technology Abstracts), Chemical

Abstract, Excerpta Medica, Latindex (México), Popline, Scopus, Nisc, e Web of

Science. O número do protocolo de submissão é 2058 e o e-mail enviado pela

Editora Gerente da Revista de Nutrição informando o recebimento do manuscrito

pode ser encontrado no Anexo C.

Page 59: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

58

5.2 Eixo temático 2 – Formação do nutricionista na Residência Multiprofissional em

Saúde da Família (RMSF)

Esse eixo temático engloba o que os entrevistados consideram como pontos

facilitadores e dificultadores na formação do nutricionista a partir da Residência

Multiprofissional.

Durante a construção desse eixo temático, foi percebida a dificuldade de

encontrar fundamentação teórica que subsidiasse a discussão das categorias à luz

da literatura científica relacionada à formação do nutricionista, principalmente

quando se refere ao PSF. No entanto, acredita-se que várias experiências são

desenvolvidas, porém possivelmente não publicadas.

Diante desse fato e percebendo a estreita relação entre a formação e

atuação, as categorias que emergiram trazendo pontos facilitadores e dificultadores

na formação do nutricionista no PSF vêm somar às discussões trabalhadas no eixo

temático a atuação do nutricionista no Programa Saúde da Família.

5.2.1 Pontos facilitadores na formação do nutricionista na RMSF

Vivência multiprofissional como facilitadora na formação

Nos relatos, os entrevistados consideram o fato de conviverem com outros

profissionais e residentes - ponto fundamental para a formação, uma vez que essa

vivência proporciona um olhar diferenciado a partir da interação e trocas cotidianas.

(...) me considero hoje um profissional com uma visão diferenciada de trabalho de saúde que não se restringe àquela coisa mais limitada da Nutrição, a gente conseguiu extrapolar. E1 – UR5 (...) vendo o que o outro faz, você sabe que pode ajudar o outro atuando ali também, acho que isso ajudou um pouquinho na formação do nutricionista (...)E8 – UR74

Page 60: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

59

(...) visão integral que a gente consegue a partir da troca. Eu acho que isso foi importante para o nutricionista, foi importante pra mim, foi muito interessante essa questão da troca. E10 – UR90

A multiprofissionalidade, apesar de ser uma proposta defendida pelo SUS

com o propósito de agregar melhor qualidade ao setor saúde (PEDUZZI, 1998), vem

sendo compreendida por ser considerada recente e surge com o propósito do

trabalho conjunto, contrapondo o modelo médico-hegemônico há muito tempo

instituído.

Percebe-se que trabalhar multiprofissionalidade remete a buscar o

atendimento integral na composição de ações e serviços de saúde e sua integração

em rede. Diante disso, para CECCIM (2009), a multiprofissionalidade traz a visão de

uma abordagem biopsicossocial na assistência e a introdução dos conceitos de

prevenção, promoção e proteção à saúde. Compreende-se que os fatores que

envolvem um indivíduo não são mutuamente excludentes e só se explicam a partir

da relação de um com o outro, ou seja, a visão de outros profissionais ajuda a

compreender os fatos que nos apresentam.

O Projeto Pedagógico da Universidade Federal de São Paulo, campus

Baixada Santista (UNIFESP, 2009), que desenvolve os cursos de Fisioterapia,

Terapia Ocupacional, Psicologia, Educação Física (Bacharelado modalidade Saúde)

e Nutrição, traz a relevância de interação entre as profissões, desde sua formação

na graduação, construindo redes de saberes e experiências aprimoradas e

ampliadas a partir da inter-relação com outros cursos. Essa estrutura de educação

tem como princípio norteador o que Delors (2006) considera como fundamental em

um processo de aprendizagem, os quatro pilares da educação.

Esses pilares constituem-se no aprender a conhecer, onde se busca adquirir

os instrumentos da compreensão; o aprender a fazer, relacionado à como proceder

diante do contexto em que se está inserido; o aprender a viver junto, que remete ao

ato de participação e cooperação e o aprender a ser, que integra todos os pilares

anteriores.

Page 61: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

60

Schulman (2004) reforça esse fato ao considerar que a aprendizagem pode

ocorrer em diversas circunstâncias; mas isso se intensifica quando desenvolvida em

momentos em que o indivíduo faz parte de uma equipe ou quando aprende, coopera

e colabora com os outros.

Nessa perspectiva, Gil (2005) sugere o desenvolvimento de programas,

mesmo após a graduação, que concretizem o trabalho integrado, em equipe, com

trocas mais efetivas de saberes e práticas. Isso porque, ao formar profissionais para

o SUS, deve ser considerada a complexidade dos fatores que envolvem o contexto

da Atenção Básica, associar os quatro pilares da educação e contribuir para que o

profissional deixe de ter o olhar reducionista focado na doença e passe a considerar

o processo de adoecimento e a cura dos sujeitos doentes.

Com certeza, algumas mudanças positivas já são percebidas ao considerar a

formação do Nutricionista para a Saúde Pública, todavia, ainda existe uma limitação

de momentos que propiciem a ampliação da visão desse profissional, saindo da

doença para assumir uma visão integral e agregando os conhecimentos

multiprofissionais. Para Feuerwerker e Sena (2009), esse fato ainda ocorre, porque

ainda somos formados acreditando que cada disciplina produz respostas

necessárias diante de um contexto com multiplicidade de fatores. As residências

multiprofissionais surgem então tentando aprimorar a formação desses profissionais

a partir da inter-relação multiprofissional.

Discussão entre pares como facilitador no processo de formação

A necessidade de aprimorar o conhecimento específico surge de forma

secundária, na qual se percebe a relevância de realizar troca de informações com

outro nutricionista, conhecer visões diferentes de atuação, sanar dúvidas e juntos

construir um plano de trabalho. Para os entrevistados, estar com seus pares foi

considerado pontos facilitadores em sua formação.

Page 62: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

61

(...) a equipe de Nutrição trocava informação, tentava fazer protocolos, padronizar e com isso ia aprendendo, aprimorando, discutindo, bom pro crescimento profissional. E2 – UR10 (...) as aulas específicas são boas pra fazer os protocolos, ver se uma está dando orientação do jeito que a outra está dando, trocar experiência de grupo, dar sugestões. E2 – UR24 (...) as aulas com a equipe de Nutrição também foi uma coisa importante, um momento de a gente dividir conhecimento. E6 – UR56

A discussão entre pares tem sido importante para a Nutrição, uma vez que, a

partir desse processo, foi e continua sendo possível criar consensos, guias e

protocolos que servem como orientação para o trabalho do Nutricionista,

aprimorando seus conhecimentos específicos e suas ações de cuidado à saúde,

previstas em sua formação.

A contribuição das discussões entre pares pode ser bem percebida nas ações

desenvolvidas pela Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição –

CGPAN, inserida no Departamento de Atenção Básica da Secretaria de Atenção à

Saúde. A CGPAN é formada por uma equipe técnica de Nutricionistas que se

dividem em grupos de trabalho para estudar e desenvolver ações relacionadas à

alimentação e à nutrição da população brasileira. Como principal missão, a CGPAN

busca implementar ações pautadas nas diretrizes da Política Nacional de

Alimentação e Nutrição com vistas à garantia de condições de saúde adequadas à

população brasileira. (BRASIL, 2009a)

Ao considerar a Residência Multiprofissional em Saúde da Família, essa

discussão entre pares foi importante no aprimoramento da formação do

Nutricionista, já que foi percebida como espaço de aprimoramento do conhecimento,

servindo como estrutura para desenvolver protocolos de atendimento. Possibilitou

colocar em prática as atribuições destinadas ao nutricionista na Saúde Pública,

entender como esse profissional trabalha a multiprofissionalidade e, também, como

momento de escuta da dificuldade de atuar diante da formação prévia.

Para Dias (2009), desenvolver ações entre pares possibilita que o grupo

partilhe suas representações formais e informais, propiciando a construção de

Page 63: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

62

aprendizagem e conhecimentos, o que pode ser considerado como um

potencializador na sua formação.

Percebe-se que a partir dessas discussões, é possível perceber ampliação do

aprendizado, pois emergem atitudes de cooperação a partir da busca do saber

compartilhado, bem como relato das próprias dificuldades e erros ocorridos no

trabalho diário com pessoas da mesma área de atuação profissional, promovendo a

valorização da reflexão-ação-reflexão permanente entre os envolvidos.

(SCHULMAN, 2004)

Ressalta-se que o trabalho desenvolvido conjuntamente, além de permitir

compartilhar os conhecimentos, possibilita a promoção de apoio mútuo e importante

crescimento coletivo.

RMSF proporcionando espaço para novas estratégias de aprendizagem

Outro ponto percebido a partir dos relatos foi a consideração de que a RMSF,

por ser um programa de pós-graduação, possibilitou estratégias de aprendizagem

diferenciadas, ora por meio da vivência prática intensa (específica e

multiprofissional), ora pelo estímulo à pesquisa e aquisição de conhecimento teórico.

(...) a gente tinha empolgação, motivação pra ir em congresso, escrever artigo, publicar em revista, a gente escreveu livro, a gente cresceu bastante como profissional (...) E2 – UR17 (...) o que facilita muito pra um profissional que vai trabalhar na saúde da família que tenha feito uma residência é toda experiência e a vivência da prática né.... então é... o convívio dentro de uma Unidade de Saúde da Família, as atividades que se desenvolvem enquanto residente (...)E3 – UR28 (...) a residência multiprofissional em saúde da família amplia um pouco a clínica do profissional, porque nossa formação de graduação é muito assistida, intervenção pra uma pessoa com problema(...) E11 – UR95

As Residências Multiprofissionais tem como proposta desenvolver

aprendizagem significativa, proporcionando participação ativa do residente,

Page 64: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

63

buscando motivação e interesse a partir dos assuntos relacionados ao cotidiano que

o envolve.

Essa modalidade permite aproximar a formação profissional em saúde da

realidade social e do trabalho no SUS, qualificando os profissionais para atuarem no

sistema (LAPPIS, 2009), isso porque objetiva proporcionar o diálogo permanente da

formação e na atuação, fazendo com que o trabalho em saúde ganhe um novo

significado, redefinindo ações e papéis profissionais. (NASCIMENTO, 2008)

Diante disso, a inserção dos residentes nas Unidades de Saúde da Família, a

partir dos programas de residência, possibilita que a experiência adquirida na prática

complete sua formação, uma vez que é a partir da experiência clínica, quando o

profissional se aproxima das pessoas que necessitam de cuidados de saúde

(FEUERWERKER, 1998), que se estabelece vínculo e ao participar desse processo,

desveste-se da postura de único detentor do saber.

As residências dotadas de grande influência para concretizar a formação

desses profissionais (FEUERWERKER, 2009) almejam formar pessoas com perfil

adequado à atenção à saúde de qualidade e capazes de atuar enfrentando os

problemas que emergem do campo multifatorial da Saúde Pública. Isso implica

ações educativas que sejam dinâmicas e dialéticas, buscando desenvolver

conhecimento, habilidades e atitudes que lhes permitam compreender a realidade

humana e social e que sejam capazes de produzir mudanças. (FEUERWERKER;

SENA, 2009)

O Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional - Pró-Saúde

(BRASIL, 2007a), que traz contribuições para o aprimoramento dos cursos de

graduação na área de saúde, também pode ter suas contribuições percebidas na

extensão da pós-graduação, nesse caso a Residência Multiprofissional de Saúde da

Família, uma vez que possibilita uma aprendizagem diferenciada, propiciando

oferecer à sociedade profissionais aptos a responderem às necessidades da

população brasileira e promoverem a operacionalização do SUS. Busca-se com isso

a melhoria da qualidade e resolubilidade da atenção prestada à população, a partir

de uma abordagem integral do processo saúde-doença e da promoção da saúde.

Page 65: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

64

Soma-se a isso a cooperação entre os gestores do SUS e as Instituições de Ensino

Superior (IES), ampliando a prática educacional na rede de serviços básicos de

saúde.

Na aprendizagem diferenciada vivenciada nas residências, outro fator

importante é a ruptura com os modelos disciplinares rígidos e a busca por um

projeto de formação em saúde que represente integração de diferentes

conhecimentos e profissionais com propostas de ensino que busquem práticas que

incorporem a reflexão contextual da realidade, mediada por um processo de ensino-

aprendizagem interativo, tendo em vista também a necessidade de novos cenários.

(UNIFESP, 2009)

Outra vertente explorada pela residência por ser considerada um programa de

pós-graduação é sua responsabilidade com a pesquisa, uma vez que, segundo

Perrenoud (2009a), a forma e o local como essa prática se desenvolve devem

proporcionar o processo de ensino-aprendizagem pautado em tarefas abertas e em

situações problemas, sempre usando largamente a pesquisa. Envolver-se com

pesquisa permite ao residente tornar-se mais critico, questionador e construtor de

seu conhecimento, assumindo papel importante na formação desse profissional,

contribuindo para a mudança da realidade social.

Preceptores/tutores como facilitadores na formação

Apesar de preceptores e tutores terem funções diferenciadas nos programas

de residência multiprofissionais, aqui serão apresentados como um único grupo, pois

para alguns entrevistados, ao se tratar da formação do residente, os objetivos dos

dois se fundem, pois oportunizaram a aplicação na prática do saber conquistado.

(...) ter os tutores lá pra orientar também ajuda bastante, as visitas do preceptor pra tentar acompanhar quais foram as atividades. E5 – UR45 (...) no caso nutricionista e ter os preceptores junto, isso de uma certa forma supria o que num tinha inserção do nutricionista na Saúde da Família (...) E7– UR71

Page 66: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

65

Se a RMSF tem como finalidade formar profissionais em nível de pós-

graduação que possam transitar nos cenários da atenção básica com potencial para

responder às necessidades da população brasileira a partir dos preceitos do SUS,

podemos perceber quanto é importante o papel dos profissionais envolvidos como

facilitadores dessa aprendizagem diferenciada.

Nesse sentido, no ano de 2005, foi emitida uma portaria que traz as

atribuições e a responsabilidade destinada a esses profissionais que nas

Residências são denominados preceptores e tutores. (BRASIL, 2005c) Define-se

preceptor o profissional que assume o papel de supervisão docente-assistencial por

área específica, que exerce atividade de organização do processo de aprendizagem

especializada e de orientação técnica aos residentes, nesse caso a partir da

especialização, estreitando a distância entre a teoria e a prática. Já para os tutores,

o diferencial vem no desenvolvimento de estratégias de aprendizagem exercidas no

campo onde se desenvolve a aprendizagem em serviço.

Podemos perceber que, inserido no campo de atuação ou na abordagem

teórica, a atividade do preceptor e do tutor recebe a nomenclatura de docente-

assistencial. Ao se assumir como docente, o preceptor/tutor deve proporcionar ao

aluno/residente situações que o façam refletir, buscar e participar do processo de

ensino-aprendizagem. Para isso, é fundamental que o docente seja um facilitador

para uma formação de base sólida, onde o aluno consiga navegar em situações de

mudanças a partir de vários prismas a que a sociedade o expõe. (RIBEIRO, 2001)

Para Moreira (2009), diante das atuais mudanças a que a sociedade está

exposta, a educação deve buscar desenvolver um indivíduo capaz de enfrentar

ambiguidades e incertezas, e para isso é fundamental que ele tenha uma

personalidade inquisitiva, flexível, criativa, inovadora, tolerante e liberal.

Diante disso, o docente deve criar ações de ensino que sejam pautadas na

discussão e orientação, escolhas e análises das informações, motivando as

dimensões ativas e interativas desses alunos, contribuindo para o desenvolvimento

de estilos e estratégias de aprendizagem, pesquisa e socialização do que foi

aprendido. (UNIFESP, 2009)

Page 67: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

66

A pretensão não é promover a passividade e sim permitir que o residente

construa e produza seu conhecimento, sendo o preceptor/tutor o interlocutor desse

processo. Para Silva, Espósito e Nunes (2008), o preceptor deve assumir a postura

de uma visão ampliada em que o ensinar e o aprender saiam do contexto

estritamente técnico e especialista e permitam uma formação aberta à realidade,

sendo estimulante e direcionadora de uma postura reflexiva e crítica. Acredita-se

que essa afirmação possa ser estendida ao tutor.

5.2.2 Pontos dificultadores na formação do nutricionista na RMSF

Formação voltada à especificidade, dificultando o olhar ampliado para o PSF

As respostas às questões realizadas demonstram que um grande dificultador

está relacionado a um contexto de atuação que extrapola o conhecimento técnico do

nutricionista. São situações corriqueiras ao PSF, porém que não compuseram o

aprendizado desse profissional, fazendo com que ele depare com a necessidade de

olhar além da especificidade, porém sem clareza de como agir.

(...) diversos temas surgiam que extrapolavam a alimentação como violência, como alcoolismo, como evasão escolar que o nutricionista não tem preparo pra lidar com isso. E1 – UR2 (...) mais difícil talvez tenha sido mais a parte teórica, algumas coisas eram de mais difícil compreensão, o nutricionista na graduação não tem esse enfoque mais antropológico (...) E3 – UR31 (...) questões de saúde mental que ela não conseguia nem enxergar dentro da formação dela (...) E10 – UR89

Para discutirmos sobre esse fato, faz-se necessário conhecer como foi

desenvolvida a formação do Nutricionista desde o início. Na década de 30, a

Nutrição surgiu com seus olhos voltados a ações de caráter individual e curativo,

restringindo-se a Nutrição Clínica, em que o alimento era agente para o tratamento.

Nesse período, a alimentação coletiva também ganhou força, contudo as ações

eram de administração da alimentação de coletividades sadias e enfermas. Até

então, a promoção da saúde, prevenção da doença ou o meio em que se insere o

Page 68: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

67

indivíduo não eram tão valorizados, isso porque, conforme Costa (1999), a prática

do Nutricionista originalmente estava ligada à prática clínica em âmbito hospitalar,

focado no saber biológico.

Quando as instituições formadoras e as associações de classe analisaram a

formação e detectaram as discrepâncias entre o perfil dos egressos e as

transformações ocorridas na sociedade, perceberam que isso foi consequência da

dicotomia existente entre o biológico e o social nos currículos de Nutrição. (COSTA,

1999, BOOG, 2008)

No I Seminário e II Diagnóstico dos cursos de Nutrição, um outro estudo

mostrou que egressos relatavam dificuldades em sua atuação decorrentes de falhas

no curso de graduação, no qual a falta de experiência prática e a dissociação entre a

teoria e prática foram os aspectos mais relevantes (COSTA, 1996), ou seja, ao se

defrontar com a prática, foi possível perceber que enfoques específicos voltados à

alimentação e nutrição são insuficientes.

A fragmentação do conhecimento, característica comum nos cursos de

graduação, pode refletir em uma prática durante a atuação profissional repleta de

obstáculos para a construção da integralidade da assistência. (FEUERWERKER,

1998). Isso porque prevalece nos serviços a assistência individual centrada no

papel do médico e ao se inserir na prática, essa atuação é pequena diante da

necessidade de um trabalho com intervenções técnicas múltiplas, articuladas pela

interação dos agentes de diferentes áreas profissionais. (BOOG, 2008)

Para Costa (1999), faz-se necessário fomentar a relação entre o

conhecimento biológico e o social, entre o técnico e político, não apenas pela

formação em Nutrição, mas por todos os cursos da área de saúde. Promover uma

formação que se aproxime das questões comunicativas, comportamentais, éticas e

emocionais, da capacidade de interagir em equipe, da formação do profissional.

(BOOG, 2008)

Page 69: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

68

Diante disso, para atuar no Programa Saúde da Família, é fundamental que o

nutricionista tenha uma formação que contemple as questões sociais com

capacidade de leitura dos problemas locais em todo território de abrangência das

equipes de Saúde da Família (SILVA, 2009), pois um olhar fragmentado e

intervencionista só limitaria os espaços de compreensão do contexto no qual se

desenrolam os processos de saúde e doença. (ROZEMBERG; MINAYO, 2001)

Pautada nesse cenário, é que Feuerwerker (2009) assinala a necessidade da

breve articulação de mudança na formação das diversas profissões da saúde,

buscando a construção das competências comuns dessas profissões. Isso

propiciaria desvestir-se da visão medicocêntrica e assumir a postura de um

profissional voltado à atuação biopsicossocial.

Profissionais não preparados para lidar com um novo modelo de formação

como a RMSF

A dificuldade de encontrar profissionais capacitados para desenvolver os

conteúdos teóricos, relacionar a teoria à prática e seguir um caminho metodológico a

partir de um planejamento pré-estabelecido é verificada nas falas dos entrevistados.

Ao observar a vivência prática, apesar de anteriormente a presença de

preceptores e tutores ter sido pontuada como facilitadores no processo de formação,

algumas falas demonstraram que em certos momentos, esse papel de facilitador não

foi efetivo, seja pela forma de seleção de tutores ou pelo desenvolvimento de suas

atribuições. Na teoria ou na prática, as falas pontuam que esses fatos não

permitiram adequado processo de ensino/aprendizagem.

Às vezes a gente não tinha profissionais tão capacitados pra dar certos temas, então acabava que não clareava muita coisa, a gente não conseguia nem absorver muito (AULAS) e nem aplicar muito aquilo que tinha sido abordado. E3 – UR32 Eu vi muitos profissionais (TUTORES) que aceitaram os residentes por uma questão de hierarquia, não porque eles tivessem preocupados em formar os residentes (...) E4 – UR38

Page 70: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

69

A necessidade de oportunizar aos residentes mudanças em sua formação,

ampliando seu olhar além da especificidade, é considerada como ponto relevante no

contexto das residências, porém, foi possível perceber que alguns sujeitos

considerados facilitadores desse processo também apresentavam dificuldades em

trazem em suas ações essas mudanças.

Ao encontro desse fato surge o resultado da oficina da Residência

Multiprofissional em Saúde, desenvolvida no 5° Fórum Nacional de Métodos Ativos

de Ensino-Aprendizagem na Faculdade de Marília, na qual foi pontuada a existência

de poucos preceptores com qualificação para atuar na Residência Multiprofissional

em Saúde da Família. (SGAMBATTI; et al, 2009)

Percebe-se que a estrutura que envolve o campo de formação precisa ser

pautada no objetivo da integralidade, absorvendo profissionais para atuar no campo

da prática e/ou na docência que tenham alterado sua estratégia formadora

anteriormente focada no caráter biológico e que consigam fazer a articulação com

uma aprendizagem que vise à construção de conhecimentos e não a sua

transmissão.

Boog (2008) traz uma critica importante ao reforçar a dificuldade de formar um

profissional com uma visão da Nutrição Social, que chegue ao campo de atuação

apto a exercer suas atribuições se, ao longo de seu processo de formação, não

conviveu com profissionais de sua categoria atuando regularmente nesse campo.

É fundamental que esse profissional que assume a responsabilidade de

educador perante o residente tenha a competência de saber mobilizar um conjunto

de conhecimentos, know-how, esquemas de avaliação e de ação e atitudes com a

finalidade de enfrentar com eficácia situações complexas e inéditas. (PERRENOUD,

2009b)

Esse profissional deve saber promover a integração e troca de

conhecimentos, respeitando o espaço de cada um e percebendo que um mesmo

conhecimento técnico não permite igual entendimento aos que dele necessitam.

(FERNANDES, et al, 2005)

Page 71: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

70

Então nesse momento, podem surgir algumas dificuldades para se trabalhar

em uma estrutura (RMSF) alicerçada em um modelo multiprofissional. É relevante

que sejam potencializadas essas diferenças, nas quais as visões de diversos

profissionais sejam utilizadas com uma vertente para melhor percepção de uma

situação, garantindo assim um resultado mais adequado à situação de cotidiano de

uma sociedade. (WAGNER; et al, 1999)

Para Oliveira (2006), uma residência deve prever em seu Projeto Político

Pedagógico estratégias para o desenvolvimento dos profissionais de saúde

envolvidos no contexto do serviço, instituindo um espaço de aprendizagem a partir

da reflexão da prática e de sua prática.

A educação permanente em Saúde seria uma estratégia relevante para a

recomposição das práticas de formação e controle social no setor saúde, entre

outras, sendo orientadora das iniciativas de desenvolvimento dos profissionais e das

estratégias de transformações das práticas de saúde. (CECCIM, 2005) Reforça-se

que impulsionar processos de educação permanente da rede SUS significa

reconhecer a responsabilidade desses processos na formação dos residentes.

(LAPPIS, 2009)

Também ao considerar formação, nota-se que a responsabilidade não se

restringe apenas aos tutores e preceptores, pois o cenário em que a Residência se

desenvolve, bem como sua estrutura de ensino e aprendizagem, é primordial para

garantir essa formação.

Na oficina da Residência Multiprofissional desenvolvida na Faculdade de

Marília, os participantes também referiram-se à qualidade dos cenários para o

desenvolvimento da prática, em que algumas vezes a atuação do residente limita-se

como mão de obra tomando lugar do processo de aprendizagem. (SGAMBATTI; et

al, 2009)

Tornado o local e os envolvidos no desenvolvimento da residência aptos a

trabalharem no Programa Saúde da Família, pode-se perceber esse campo como

Page 72: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

71

um local de ensino-aprendizagem, isso se somarmos a esses fatores um movimento

reflexivo e crítico que saiba considerar as diversas formações.

Inserção em poucos cenários de aprendizagem como dificultador da formação

Para os entrevistados, aprimorar o processo de formação do nutricionista na

RMSF pode ter sido dificultado pela pequena diversidade de cenários de

aprendizagem, visto que permanecer em uma única área de abrangência territorial

limita a possibilidade de novas intervenções e discussões.

(...) cada nutricionista ficou numa realidade, então acho que isso dificultou um pouco o aprendizado igual pra todo mundo. Você viver uma coisa e você ouvir do outro que viveu não é a mesma coisa (...) E8 – UR75 (...) ter uma troca assim, entre os postos, uma região trocar ir pra outra pra viver aquela realidade, depois discutir o que tá fazendo, que poderia fazer. E8 – UR78

Quanto mais diversificada e problematizadora for a estratégia de ensino a que

o residente está submetido, maior será sua possibilidade de aprendizado. E esse

fato pode ser melhor desenvolvido se somado a ele, proporcionar a diversidade de

cenários de prática.

No entanto, na residência em que o estudo foi desenvolvido, os residentes

permaneceram na mesma Unidade de Saúde da Família do início até o final do

processo de formação. A escolha por fixar os residentes em uma única unidade traz

sua fundamentação pautada na relevância que a construção de vínculo promove na

relação do profissional com o usuário, possibilitando estreitar e potencializar essa

interação.

Apesar disso, Ribeiro (2001) ainda reforça a necessidade de oportunizar na

formação condições para que seja experimentado o novo, isto é, proporcionar ao

indivíduo vivenciar diversos momentos e deparar muitas vezes com situações nunca

percebidas.

Page 73: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

72

Essas diferentes situações podem de início refletir-se em alguns desconfortos

comuns no cotidiano do trabalho (usa-se a palavra trabalho por considerar a RMSF

como uma formação em serviço), mas para Ceccim (2005), essa condição é

indispensável para que uma pessoa decida mudar ou incorporar novos elementos a

sua prática, ou seja, a exposição a vários cenários pode traduzir-se em maiores

experiências.

Além disso, percebe-se que a diversificação de cenários de ensino e

aprendizagem é fundamental para aprimorar a articulação entre a teoria e a prática

(OLIVEIRA, 2008). Acrescenta-se a esse fato a prática ancorada por estratégias de

ensino que busquem a educação problematizadora, considerando o saber prévio do

aluno, refletindo na construção de um novo conhecimento que amplia a visão técnica

e permite resultar em um indivíduo socializado, crítico e reflexivo, capaz de ver além

de uma parte do corpo ou doença.

Esse tipo de educação oportuniza a manipulação de conteúdos, observação e

experimentação (PERRENOUD, 2009a), isso porque a situação em que o aluno está

exposto não é algo fictício e sim situações com que ele se defrontará durante sua

atuação.

Limitado arcabouço teórico referente ao processo de trabalho do nutricionista

no PSF

A limitada produção teórica específica surgiu como dificultador, quando os

relatos sinalizam que o direcionamento das atividades de formação seriam mais

efetivos com o apoio de um adequado arcabouço teórico, por considerar que a teoria

ancora a prática que está sendo desenvolvida.

(...) a falta de um arcabouço teórico que desse conta da atuação do nutricionista no Programa de Saúde da Família (...) E10 – UR92 (...) o resto da equipe multiprofissional teve que quase que construir os seus textos teóricos o papel de cada um, numa equipe multiprofissional, num programa de atenção primária. E10 – UR93

Page 74: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

73

Durante o desenvolvimento da RMSF buscando aprimorar a formação do

residente nutricionista, foi realizado levantamento bibliográfico referente ao processo

de trabalho do nutricionista no PSF com a finalidade de nortear as ações realizadas.

A partir desse levantamento, foi percebida uma relevante produção científica sobre

ações de alimentação e nutrição desenvolvidas no âmbito da Saúde Pública, que

serviram como subsídio para os nutricionistas residentes, porém limitadas à

produção referente ao processo de trabalho específico do nutricionista no PSF.

O que existem são trabalhos divulgados em eventos como a II Mostra de

alimentação e nutrição no SUS, I Seminário internacional de Nutrição na atenção

primária, desenvolvida em Brasília em 2008, organizado pela Coordenação-Geral da

Política de Alimentação e Nutrição – CGPAN (BRASIL, 2009b), que serviu como

troca de experiências de nutricionistas, principalmente ao se tratar do Programa

Saúde da Família e como tema mais atual os Núcleos de Apoio à Saúde da Família.

As experiências divulgadas e discutidas a partir de pôsteres e palestras

trouxeram contribuições de vários estados brasileiros, sendo que sua maioria tratou

do trabalho do nutricionista no PSF a partir de sua inserção em Residências

Multiprofissionais em Saúde da Família.

O Rio de Janeiro trouxe sua experiência intitulada “O Nutricionista na

Estratégia Saúde da Família: relato de uma experiência bem sucedida no município

do Rio de Janeiro”, expondo sua vivência nas visitas domiciliares a paciente

acamados, práticas de educação continuada junto às equipes do PSF,

desenvolvimento de ações vinculadas aos programas de controle e prevenção dos

distúrbios nutricionais por meio dos grupos de prevenção, ações para diagnóstico

nutricional das populações adstritas e atendimento nutricional e promoção da

educação nutricional trabalhando com a intersetorialidade. (RANGEL; et al, 2009)

A residência multiprofissional desenvolvida em Sobral no Estado do Ceará

contribuiu com “Formação do nutricionista para atuação no NASF: a experiência da

Residência Multiprofissional em Saúde da Família em Sobral-CE”, esclarecendo

ações desenvolvidas pelo nutricionista nessa residência, pautados na promoção de

hábitos alimentares saudáveis, práticas interdisciplinares e intersetoriais de

Page 75: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

74

promoção à saúde, apoio ao acompanhamento de beneficiários do Programa Bolsa

Família (vigilância nutricional) e além de parcerias com atores locais para

potencializar as ações. (ALVES, 2009)

A experiência trazida por São Luís (Maranhão) abordou o trabalho

desenvolvido pelos residentes nutricionistas com os agentes comunitários de saúde,

por considerá-los multiplicadores importantes no contexto do PSF – “A participação

do nutricionista em equipe multidisciplinar na atenção básica à saúde: um relato de

experiência”. (TELES; SILVEIRA; CARDOSO; 2009)

Ao fazer uma busca cientifica refinada nos bancos de dados da LILACS

(Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), MEDLINE

(Literatura Internacional em Ciências da Saúde) e SciELO (Scientific Eletronic

Library Online), poucas experiências referentes ao processo de trabalho do

nutricionista no PSF foram encontradas. Isso reforça o fato de que o nutricionista,

mesmo sendo a partir das residências multiprofissionais, desenvolve suas ações no

PSF, como pudemos observar nas experiências apresentadas anteriormente, porém

ainda com pequena divulgação científica de suas atividades.

Talvez a construção do arcabouço teórico referente ao processo de trabalho

do nutricionista no PSF deva ser realizada a partir dos nutricionistas inseridos nas

residências multiprofissionais, uma vez que sua inserção fora desse contexto ainda

é pequena e atualmente se faz a partir dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família,

programa recente e que ainda está em processo de definição e implantação. Santos

(2005) reforça esse fato ao considerar a Residência em Saúde da Família como um

espaço para o nutricionista atuar no PSF e assim poder divulgar suas atividades e

ampliar o entendimento de seu processo de trabalho.

Ressalta-se que momentos como os proporcionados pela Coordenação-Geral

da Política de Alimentação e Nutrição - CGPAN são essenciais para conhecer a

vivência de outros cenários e promover trocas de experiências, podendo considerar

como campo de aprendizado que se reflete no aprimoramento do processo de

trabalho do nutricionista no PSF e amplia a formação desse profissional

Page 76: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

75

A partir dos resultados encontrados nesse eixo temático, almeja-se publicá-

los na revista científica Interface – Comunicação, Saúde e Educação (ISSN 1414-

3283). Essa revista possui Qualis B1 e é indexada pelas seguintes bases de dados:

Bibliografia Brasileira de Educação, CLASE (Citas Latinoamericanas en Ciencias

Sociales y Humanidades), DOA (Directory of Open Access Journal), EMCare,

LATINDEX (Sistema Regional de Información en Línea para Revistas Científicas de

América Latina, el Caribe, España y Portugal), LILACS (Literatura Latino-americana

e do Caribe em Ciências da Saúde), LLBA (Linguistics and Language Behavior

Abstracts), Scopus, Social Planning/Policy & Development Abstracts, Social Services

Abstracts e Sociological Abstracts.

Page 77: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

76

6 FORMAÇÃO DO NUTRICIONISTA NA RESIDÊNCIA MULTIPROFSSIONAL

EM SAÚDE DA FAMÍLIA: SUGESTÕES PARA O APRIMORAMENTO

Ao finalizar a análise dos resultados de um estudo, é possível notar a

necessidade de aprimoramento em diversas vertentes advindas do cenário em que

ele foi desenvolvido. Soma-se a isso a responsabilidade que uma pesquisa assume

em não ter esse espaço apenas como coleta de dados e sim levar contribuições

buscando melhorar a situação presente.

É com base nessas apreciações que as diretrizes do Mestrado Profissional do

Centro de Desenvolvimento do Ensino Superior em Saúde (CEDESS) estabelecem

a elaboração de um produto que tenha a finalidade de, a partir dos resultados da

pesquisa, elaborar uma proposta de aprimoramento como devolutiva ao cenário do

estudo.

O CEDESS permite autonomia do pesquisador e orientador para escolher

como esse produto será desenvolvido. A partir desse momento surge a proposta de

construir um produto que considere as sugestões fornecidas pelos sujeitos desta

pesquisa, somado a experiência da pesquisadora no cenário da Residência

Multiprofissional em Saúde da Família.

Os preceitos do Planejamento Estratégico Situacional (PES) foram utilizados

como direcionadores desse produto, isso porque esse tipo de planejamento

possibilita considerar a complexidade da realidade e reconhecer que sua explicação

depende da inserção de cada indivíduo envolvido no problema, sendo, portanto

parcial e múltiplo. (TANCREDI et al, 1998)

Agrega-se a isso a relevância de utilizar as sugestões dos entrevistados deste

estudo, uma vez que para o PES considerar o ponto de vista e percepções de todos

os envolvidos torna-se essencial pois caracteriza a significação das ações. (RIEG;

ARAUJO FILHO, 2002)

O PES diferencia-se da estrutura tradicional, uma vez que no planejamento

tradicional é possível verificar diagnóstico da situação, prognóstico único, plano por

Page 78: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

77

setores, certezas e sujeitos como agentes. Já no planejamento estratégico

situacional, o diagnóstico é substituído por apreciações situacionais, o prognóstico

único por várias apostas em cenários, o plano por setores é assumido por plano por

problemas, certeza por incerteza e surpresas, no qual os sujeitos deixam de ser

agentes para serem atores do processo. (TANCREDI et al, 1998) Percebe-se

também que no PES existem várias possibilidades de ação, sendo que no modelo

tradicional, existem metas únicas.

Esse método nos faz assumir a realidade com todas suas nuances, sem

trabalhar com relações diretas de causa e efeito, isso porque se percebe que toda

situação ou cenário de aprendizado é passível de mudanças. (RIEG; ARAUJO

FILHO, 2002)

Teixeira e Fernandes (2003) consideram que definir e formular com clareza os

problemas torna-se ponto fundamental para a efetividade do planejamento, uma vez

que formulados os problemas e encontradas as causas críticas fica mais fácil

elaborar o plano de ações.

Nessa proposta de aprimoramento da formação do nutricionista na

Residencia Multiprofissional em Saúde da Família além de considerar a opinião dos

atores envolvidos no processo, utilizou-se também os nós críticos fundamentais para

o desenvolvimento do planejamento, obtidos a partir do eixo temático formação do

nutricionista na Residência Multiprofissional em Saúde da Família.

Os quatros momentos propostos pelo PES: Explicativo, Normativo,

Estratégico e Tático-operacional (TANCREDI et al 1998; CECÍLIO, 1997) serviram

de direcionadores para a construção dessa proposta. Sendo para o PES empregado

o “momento” com a finalidade de fugir da ideia de “etapas”, sempre aplicadas nos

planejamentos tradicionais. (CECÍLIO, 1997)

Momento explicativo: buscando abandonar a ideia de diagnóstico proposto

pelo planejamento tradicional, nesse momento é solicitada a explicação situacional,

a problematização, no qual se percebe que algo não está adequado para um ou

mais atores, suscitando a necessidade de mudança da situação real, almejando uma

Page 79: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

78

situação ideal. Neste estudo, as unidades de contexto advindas do subeixo

“Sugestões para o aprimoramento do processo de formação do nutricionista na

Residência Multiprofissional em Saúde da Família” foram utilizadas como explicação

situacional, pois retrataram a problematização da situação a partir do ponto de vista

dos entrevistados.

Momento normativo: contempla como deve ser a realidade em contraposição

aos problemas presentes, sugerindo como alterar a realidade atual, estabelecendo

uma situação ideal. As sete categorias de análises que contemplam o subeixo

“Sugestões para o aprimoramento do processo de formação do nutricionista na

Residência Multiprofissional em Saúde da Família”, surgem como solução para

desfazer os nós críticos apresentados, pois retratam uma situação ideal a partir do

ponto de vista dos entrevistados. As categorias são: Inserir o nutricionista no

campo de ensino buscando potencializar o aprendizado; Buscar nutricionista

com conhecimento em PSF para aprimorar a abordagem teórica específica;

Buscar docentes que contemplem a diversidade de formações; Construir

estratégias de ensino com participação discente; Repensar e diversificar

cenários que sirvam como campo de ensino; Intensificar o enfoque de

pesquisa e momentos de discussão; Educação permanente para

preceptores/tutores visando aprimorar o processo de ensino/aprendizagem.

Diferente do momento explicativo e normativo que tiveram como arcabouço

para sua construção unidades de contexto e categorias advindas das falas dos

entrevistados, os momentos que se seguem, estratégico e tático-operacional foram

desenvolvidos pautados na experiência da pesquisadora como preceptora de uma

Residência Multiprofissional em Saúde da Família, somado a finalização da

formação diante de um mestrado profissional. Portanto desse ponto em diante,

esses momentos surgem como contribuição da pesquisadora nesse processo.

Momento estratégico: análise do que pode ser feito, almejando resolução do

problema explicitado. Nesse momento, são sugeridas estratégias com a finalidade

de chegar o mais próximo possível do que foi considerado o ideal, tendo em vista

algumas limitações (políticas e financeiras) que envolvem esses problemas.

Page 80: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

79

Momento tático-operacional: instalação do planejamento sugerindo as

estratégias/compromissos a serem desenvolvidas pautadas nas ações propostas

pelo momento estratégico. Soma-se a isso a responsabilidade de execução dessa

ação, ou seja, de quem é a governabilidade para o desenvolvimento dessa

estratégia.

Sugere-se ainda a avaliação do processo diante de cada estratégia proposta,

o responsável por realizá-la e sua periodicidade. O ato de avaliar surge com a ideia

de revisitar o planejamento, buscando aperfeiçoar e redirecionar suas propostas. No

caso deste estudo, visa sempre promover uma adequada formação do residente no

cenário que a Residência Multiprofissional em Saúde da Família estabelece.

Ressalta-se que como citado anteriormente o PES serviu apenas como

direcionador dessa proposta e apesar de seguir todos os momentos exigidos no

planejamento estratégico situacional, a estrutura desse proposta/produto não pode

ser considerada um PES, isso porque um dos preceitos desse planejamento é que

os autores envolvidos no processo participem integralmente de sua construção,

avaliação e replanejamento. No caso deste estudo desenvolvido em 2008, os atores

envolvidos fizeram parte apenas da gestão 2005-2007, não estando presentes na

residência atual.

Com a construção dessa proposta: “Formação do Nutricionista na Residência

Multiprofissional em Saúde da Família – Faculdade Santa Marcelina/ Casa de Saúde

Santa Marcelina: sugestões para o aprimoramento”, notou-se que esse

planejamento não se restringe apenas a formação do nutricionista e sim a todos os

profissionais presentes na residência, uma vez que nas sugestões de

aprimoramento, o enfoque dos entrevistados não foi apenas para a especificidade,

sendo que o que se almeja é a formação estruturada e integral, independente da

profissão.

Essa sugestão de planejamento será entregue à Coordenação da Residência

Multiprofissional em Saúde da Família desenvolvida pela Faculdade Santa Marcelina

e Casa de Saúde Santa Marcelina, com expectativa de que o estudo traga

contribuições ao Projeto Político Pedagógico do Curso.

Page 81: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

80

O produto: Proposta de aprimoramento do processo de formação na

Residência Multiprofissional em Saúde da Família - Faculdade Santa Marcelina/

Casa de Saúde Santa Marcelina pode ser observado a seguir.

Page 82: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

81

Pro

po

sta

de

apri

mo

ram

ento

do

pro

ces

so d

e fo

rma

ção

na

Res

idên

cia

Mu

ltip

rofi

ssio

nal

em

Saú

de

da

Fam

ília

- F

acu

ldad

e

San

ta M

arce

lina/

Cas

a d

e S

aúd

e S

anta

Ma

rcel

ina *

M

om

en

to E

xplic

ativ

o

M

om

ento

No

rmat

ivo

M

om

ento

Es

trat

ég

ico

Mo

men

to T

átic

o-O

per

acio

nal

Ob

ser

vaç

õe

s

Pro

ble

mat

izaç

ão

Po

ssi

bil

idad

es

O

qu

e d

eve

se

r fe

ito

O

qu

e p

od

e se

r fe

ito

C

om

pro

mis

so

Res

po

ns

abil

ida

de

Ava

lia

ção

Ausência do nutricion

ista nas

Unidad

es de Saú

de da Família

(...) a

inserção

desse

profissional

(NUTRICIONISTA)

no

PSF,

se

tivesse já nutricion

istas lá na un

idade

, tend

o em

quem se espelhar, se teria

uma ide

ia m

elhor, não cheg

aria tão

perdido

(...)E

5 –

UR

47

(...) pod

eria ser m

elhor se tivesse já

um profission

al que já tivesse inserido

no PSF, seria com certeza m

uito m

ais

enrique

cedor como é toda

residên

cia

(...)

E9

– U

R8

7

Inse

rir

o n

utr

icio

nis

ta n

o

ca

mp

o

de

e

nsi

no

b

usc

and

o p

ote

nci

ali

zar

o

ap

ren

diz

ado

Um nutricionista na

Unidad

e de Saúde

da

Família

Inserir

a equ

ipe

de

residentes

que

tenha

nutricionista na

s Unidades

de Saúde da

Fam

ília

na

área

de

abrangên

cia

do

NASF

com

nutricion

ista

como m

embro integrante

Inserir a

equipe

de

reside

ntes qu

e ten

ha

nutricion

ista

nas

Unidad

es

de

Saú

de

da

Fam

ília na

área

de

abrang

ência

do

NASF

com

nutricion

ista

como

mem

bro integran

te

Coo

rdenação da

RMSF

+

Parceiro da

Atenção Básica

Avaliar o

processo

de

apren

dizag

em

men

salmente,

tend

o como um dos

avaliadores

o

nutricionista

do

NASF e o reside

nte

nutricionista.

Desenvolvimento adequad

o da teoria

específica voltada

para a Saúde

Pública/PSF

(...)

a

parte teórica da

Nutrição

no

PSF,

a ge

nte

precisaria

de um

profissiona

l que trabalha-se bem

essa

que

stão do tema

na saúde

púb

lica,

que tivesse esse dom

ínio.

E1

– U

R7

Bu

sca

r n

utr

icio

nis

ta c

om

c

on

he

cim

ento

e

m

PS

F

par

a ap

rim

ora

r a

ab

ord

ag

em

te

óri

ca

esp

ecíf

ica

Docente

nutricionista

Desen

volver

mom

entos

teóricos

com

docentes

nutricionistas

que

se

apropriem do processo de

trabalho do PSF

Desenvolver

mom

entos

teóricos

com nutricionistas ex-

reside

ntes

ou

integrantes do

NASF

que se apropriem do

processo de trabalho

do PSF

Coo

rdenação da

RMSF

+

Parceiro da

Atenção Básica

Avaliação

por au

la

ou mód

ulo, sendo

realizada

pelos

residentes

e

docentes

* Instrumento m

odificado por Cunha, K. baseado no Planejam

ento Estratégico Situacional (MATUS) a partir da referência: CECÍLIO, L.C.O. Contribuições para uma teoria da m

udança do setor

público. In: CECILIO, L.C.O.(org.). Inventando a mudança na saúde. 2.ed. S

ão Paulo: Hucitec, 1997. p.235-333.

Page 83: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

82

(...) Aulas

mais estruturadas, com

profissiona

is

realmente

que

entendam do assun

to específico (...)

E9

– U

R8

4

especialista em PSF

Inserção de

profission

ais com

abordagem interdisciplinar

(...)

precisa qu

e tenha profissionais

que tenham

um em

basamen

to pra

falar

pra

pessoas

de

diversas

form

ações

e que façam com qu

e

todo

s indep

endente de que form

ação

tenh

a tido, compreendam

. E

3 –

UR

34

(...)

aulas

com

profissionais

qua

lificados, sab

end

o o que vai falar

como vai falar, de maneira que seja

bacan

a pra

todo

mun

do,

apren

dizagem

. E

9 –

UR

84

Bu

sca

r d

oce

nte

s q

ue

con

tem

ple

m a

d

iver

sid

ade

de

form

açõ

es

Docentes com visão

interdisciplinar

Presença de

profission

ais/

docentes que desenvolvam

seu processo

de

trabalho

com

abordag

em

multi/interdisciplinar,

podendo

contribuir

no

processo

de

ensino/aprend

izagem

conside

rand

o a diversida

de

profissiona

l da Residê

ncia.

Presença

de

docen

tes

que

desen

volvam

estratégias de ensino

a

partir

da

diversidad

e profissiona

l do

s reside

ntes. Docentes

esses

que

podem

estar

nos

serviços

que contemplem a

saúde

púb

lica, como

por exem

plo: NASF,

Centro

de

Apo

io

Psicossocial (CAPS),

DST-Aids, C

entro de

Referên

cia

do Idoso

(CRI),

entre

outros,

pois

desenvolvem

suas

ações

com

abordagem

multiprofissiona

l.

Coo

rdenação da

RMSF

+

Dem

ais parceiros/

instituições

Avaliação

por

módulos,

sendo

realizada

pelos

residentes

e

docentes

Necessidade de planejam

ento

peda

gógico que

vise a participação

discente

(...)

(ATIVIDADES) ser construída

s juntamente com o residente (...)

E2

UR

20

(...)

tem qu

e ser

uma residên

cia

participativa, mas isso não quer dizer

que é... a instituição

não

determine o

cron

ograma, os objetivos, o qu

e eles

querem para aqu

eles alunos, en

tão

Co

nst

ruir

es

trat

ég

ias

de

ensi

no

co

m p

art

icip

açã

o

dis

cen

te

Planejamen

to de ensino

estruturado, porém visand

o

envolvimento discente no

desenvolvimento do

processo

ensino/aprend

izagem.

Módulos teóricos e práticos

com

estratégias

problem

atizad

oras,

nas

quais

os

preceptores/tutores

são

capacitado

s, fazendo

com

que

o

residente

seja

corresponsável

pelo

seu

processo de aprendizage

m.

Mód

ulos

teóricos

e

práticos

com

estratégias

problem

atizadoras,

nas

quais

os

preceptores/tutores

são

capacitado

s,

fazend

o com que

o

reside

nte

seja

corresponsável pe

lo

seu

processo

de

apren

dizagem

.

Docentes

+

Preceptores

+

Tutores

+

Avaliação

por

estratégia

sendo

realizada

pelos

docentes,

preceptores,

tutores e reside

ntes

Page 84: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

83

ficou uma coisa m

uito aberta eu

achei

na minha form

ação (...) E

4 –

UR

42

Residentes

Carên

cia de cenários ad

equados

para o processo de

ensino/aprend

izagem

(...)

acho qu

e a escolha do local onde

o residente vai passar o períod

o da

residê

ncia

tem

que

ser

feita

pen

sando que

m trabalha nesse posto

tem

cond

ições

de

receber

o

reside

nte, atua da

man

eira correta,

da form

a como se pensa o PSF (...)

E3

– U

R3

7 (...) ver tipos po

pulaciona

is diferentes,

aum

entar a

diversida

de na técnica

dele, no aprend

izado. E

12

– U

R1

01

Rep

en

sa

r e

div

ers

ific

ar

cen

ário

s q

ue

sir

vam

co

mo

ca

mp

o d

e e

nsi

no

Cam

po

de

ensino

que

propo

rcione

desen

volvimento ade

quado

dos preceitos

do PSF e

relação clara e construtiva

com a atenção básica.

Inserir

os residentes

em

locais qu

e estabeleçam

a

trajetória das linha

s de

cuidado

que

o usuário

percorre

duran

te

o

processo de assistência,

promoção e prevenção em

saúde,

favorecend

o o

processo

de

ensino

e

aprendizagem

do reside

nte.

Inserir os

residentes

em

locais

que

estabeleçam

a

trajetória

das linha

s de

cuidad

o qu

e o

usuário

percorre

duran

te o processo

de

assistência,

promoção

e

prevenção em saú

de

favorecend

o o

processo de ensino e

apren

dizagem

do

reside

nte.

Coo

rdenação da

RMSF

+

Parceiro da

Atenção Básica

+

Gerência de

dem

ais instituiçõe

s

Avaliação

do

desenvolvimento

das

ações,

realizada

pelos

preceptores

e/ou

demais

pessoa

s que acompanham

esse processo.

Discussão

limitada de estudos de

casos e pe

quena produ

ção científica

Maior

cobran

ça

por

parte

do

preceptor de

território

de discussão

de caso, porque não teve m

uito, tinha

os casos, m

as ficava entre nós, não

ia mais

numa

coisa

mais

profunda

(...) E

2 –

UR

26

(...)

já tem

uma

produção

de

mon

ografia, de artigo, então que isso

fosse reunido, organ

izado, estudado

e investimen

to em pesquisa

E10

U

R94

Inte

nsi

fica

r o

en

foq

ue

de

p

esq

uis

a e

mo

men

tos

de

dis

cus

são

Produ

ção de artigos

cien

tíficos e discussão de

caso a partir da

multiprofissiona

lidade

Produ

ção científica durante

o período

da R

MSF, além

do trabalho de conclusão.

Intensificar mom

entos

de

discussão

de

casos

abordagem

multiprofissional.

Produ

ção

de

pelo

men

os

um

artigo

científico

além

do

trab

alho

de

conclusão

durante o

período da RMSF.

Intensificar

mom

entos

de

discussão

de casos

abordagem

multiprofissiona

l na

s reuniões de eq

uipe.

Preceptores

+

Tutores

+

Residentes

Avaliação por m

eio

do

aceite

nas

revistas indexadas.

Avaliação

da

participação

e

aprendizado

a

partir

das

discussões, sendo

realizada

por

Preceptores,

Tutores

e

Residentes.

Necessidade de capacitação dos

preceptores/tutores

(...) pegar os tutores que vão

fazer

parte da residên

cia

fazer um

curso

com eles, explicando que

eles vão ta

receben

do, qu

e é esperado

de

ssa

equ

ipe (...)

E5

– U

R51

Ed

uc

ação

pe

rman

ente

p

ara

pre

cep

tore

s/tu

tore

s vi

san

do

ap

rim

ora

r o

p

roce

sso

de

e

nsi

no

/ap

ren

diz

ag

em

.

Promover

educação

perm

anente com tutores e

preceptores.

Promover

educação

permane

nte

com

tutores

e

preceptores.

Coo

rdenação da

RMSF

+

Parceiro da

Atenção Básica

Avaliação

a pa

rtir

do

desenvolvimento

do

processo

de

trabalho

e

envolvimento

do

preceptor/tutor

na

RMSF.

Page 85: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

84

(...) eu acho qu

e o tutor també

m pod

e

se preparar para buscar o potencial

de cada residente, mesmo que aq

uilo

não seja próximo do que

ele espera

dar m

ais auton

omia para o residente

desen

volver suas potencialidade

s (...)

E6

– U

R 6

2

Preceptor/Tutor como

facilitadores da form

ação

+

Preceptores

+

Tutores

Exis

te a pre

tensão de public

ação cie

ntífica ta

mbém

desse subeix

o te

mático,

tendo em

vis

ta sua contrib

uiç

ão para

a

form

ação d

o n

utric

ionis

ta n

as R

esid

ência

s M

ultip

rofissio

nais

em

Saúde d

a F

am

ília

.

Page 86: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

85

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Residência Multiprofissional em Saúde da Família surgiu como um espaço

fundamental para o desenvolvimento da atuação do nutricionista no PSF,

possibilitando aproximação com as premissas que ancoram essa estratégia.

Durante o desenrolar de sua prática, a partir da Residência, o nutricionista

conseguiu perceber sua especificidade como relevante para intervenções

nutricionais, seja na assistência, promoção ou prevenção de doenças, porém

insuficiente diante da diversidade de fatores sociais, culturais e psicológicos que o

contexto do PSF o expôs.

É sabido que o nutricionista, ao trabalhar com a alimentação, considera os

fatores que podem influenciar um distúrbio nutricional; contudo, temas como cultura,

educação em saúde, família, violência, alterações psicológicas entre outros, com os

quais o nutricionista ainda não tem grande apropriação, interferem no padrão

alimentar de um indivíduo e consequentemente em sua saúde.

Apesar da dificuldade em trabalhar assuntos que extrapolem a especificidade,

o nutricionista, durante a atuação, foi percebido como um agente de estratégias de

promoção à saúde e prevenção de agravos na amplitude de cenários que o PSF

abarca. A valorização de seu conhecimento específico tornou-se relevante diante de

seu olhar mais refinado em situações que envolvem a alimentação e nutrição.

Diante desse fato, acredita-se que os relatos que trazem compreensão pouco

clara da atuação do nutricionista no PSF podem ser modificados a partir da inserção

desse profissional além das residências multiprofissionais, o que atualmente pode

ser possível pela implantação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF).

Esses núcleos têm por objetivo ampliar a abrangência e o escopo das ações da

atenção básica, bem como sua resolubilidade, compartilhando as práticas em saúde

nos territórios sob responsabilidade das Equipes de Saúde da Família. A presença

do nutricionista no NASF é relevante, tendo em vista o perfil epidemiológico e

nutricional do Brasil.

Page 87: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

86

Ao olhar para a formação a partir da residência, notou-se que sua estrutura

somada ao processo de trabalho do PSF permitiu ao nutricionista aprimorar sua

formação prévia ao se aproximar e conhecer o indivíduo, sua família e comunidade.

Assim, fez o nutricionista considerar a multifatoriedade presente nesse contexto,

conseguindo compreender melhor as necessidades e dificuldades dos indivíduos,

para que por meio de sua intervenção nutricional pudesse trabalhar com a

sensibilização e empoderamento de mudanças no estilo de vida.

Além disso, o nutricionista, em conjunto com os outros profissionais, teve a

oportunidade de, a partir de vivências práticas e discussões teorias, buscar uma

intervenção integral ao indivíduo e sua família e esse fato foi potencializado pela

estrutura da RMSF que permitiu espaço protegido de formação, abrindo caminho

para novas práticas de ensino-aprendizado.

Esse espaço com grande enfoque multiprofissional promoveu intensidade na

interação entre as profissões que estavam inseridas na residência, permitindo que

os residentes aos poucos saíssem do campo médico-hegemônico pautado no olhar

fragmentado e intervencionista e percebessem a amplitude do contexto em que o

processo saúde/doença se desenrola. Assim o ato de compartilhar saberes

diversificados, as interações e trocas cotidianas entre as diferentes profissões foram

em grande parte responsáveis pela ampliação desse olhar agora voltado à

integralidade.

Diante disso, um ponto fundamental a ser trabalhado é o preparo dos

profissionais considerados facilitadores desse processo. Ao afirmar que as

residências surgiram como instrumento para minimizar a carência qualitativa dos

profissionais da saúde, ressalta-se a necessidade de mobilizar e qualificar os

facilitadores – tutores e preceptores, que devem saber considerar a multi e a

interdisciplinaridade como fundamentais para a atuação e que assumam a

responsabilidade como facilitadores no processo de formação no novo modelo

proposto pela Residência, possibilitando transformações no processo de trabalho

dos profissionais a serem formados para o SUS.

Page 88: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

87

Outro aspecto relevante é olhar para o processo de formação desenvolvido

pelos programas de Residência Multiprofissionais em Saúde da Família e buscar

sempre o aprimoramento desse processo, seja durante seu desenvolvimento e/ou

no final de cada gestão. Pautado nesse aspecto, o fato de ouvir e promover esse

aperfeiçoamento, a partir das sugestões advindas dos envolvidos na residência,

agrega parte do caráter participativo necessário para o aprimoramento do projeto

pedagógico do programa visando desenvolver uma adequada formação.

Todas as considerações feitas até o momento não expressam a ideia de que

o nutricionista tenha de dar conta de toda complexidade presente na atenção básica.

Mas sim, fazer com que ele tenha sua formação, neste caso a partir da pós-

graduação, desenvolvida em momentos compartilhados com outras profissões, que

amplie o leque de possibilidades de atuação, vivencie novas experiências,

resultando em um somatório de conhecimentos que o fará, em novas situações, ter

um olhar integral e diferenciado somado a sua especificidade.

Page 89: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

88

REFERÊNCIAS AKUTSU, R. C. Brazilian dieticians: professional and demographic profiles. Rev. Nutr. Campinas, v.21, n.1, p. 7-19. 2008. ALVES, K. P. S. Formação do nutricionista para atuação no NASF: a experiência da Residência Multiprofissional em Saúde da Família em Sobral-CE. Disponível em: http://nutricao.saude.gov.br/evento/2mostra/mostra_trabalho_rel.php?cod=5218. Acesso em: 15 jul. 09. ALVES, V. S. Um modelo de educação em saúde para o programa saúde da família: pela integralidade da atenção e reorientação do modelo assistencial. Interface - Comunic. Saúde, Educ., Salvador (BA), v.9, n.16, p.39-52, set. 2004/ fev. 2005. ASSIS, A. M. O. et al. O programa saúde da família: contribuições para uma reflexão sobre a inserção do nutricionista na equipe multidisciplinar. Rev. Nutr., Campinas, v. 15, n. 3, p. 255-266, set./dez. 2002. BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1997. BATISTA. N. A.; BATISTA, S. H. S. S. A docência em saúde: desafios e perspectivas. In: BATISTA, N. A., BATISTA, S. H. S. S., (org.). Docência em saúde: temas e experiências. São Paulo: SENAC; 2004. p.17-31. BOOG, M. C. F. Atuação do nutricionista em saúde pública na promoção da alimentação saudável. Revista Ciência & Saúde, Porto Alegre, v.1, n.1, p. 33-42, jan./jun. 2008. BOURGET, M. M. M., et al. Residência Multiprofissional em Saúde da Família: a experiência da Faculdade e Casa de Saúde Santa Marcelina. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Residência Multiprofissional em Saúde: experiências, avanços e desafios. Brasília: MS, 2006. p. 109-122. BRASIL, Portaria Nº 1.111/GM DE 5 DE JULHO DE 2005. Fixa normas para a implementação e a execução do Programa de Bolsas para a Educação pelo Trabalho. Diário Oficial da União. 7 jul. 2005c; Seção 1:47. BRASIL. Lei nº 11.129, de 30 de junho de 2005. Institui o Programa Nacional de Inclusão de Jovens – ProJovem; cria o Conselho Nacional da Juventude – CNJ e a Secretaria Nacional de Juventude; altera as Leis nos 10.683, de 28 de maio de 2003, e 10.429, de 24 de abril de 2002; e dá outras providências. Diário Oficial da União. 1 jul. de 2005b;Seção 1:1b. BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção básica: alimentação e nutrição. Disponível em: http://nutricao.saude.gov.br/index.php. Acesso em: 13 jul. 2009a. BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação de Saúde da Comunidade. Saúde da família: uma estratégia para reorientação do modelo assistencial. Brasília (DF), 1997.

Page 90: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

89

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Programa de saúde da família: saúde dentro de casa. Brasília (DF); 1994. BRASIL. Ministério da Saúde. II Mostra de alimentação e nutrição no SUS, I Seminário internacional de Nutrição na atenção primária. Disponível em: <http://nutricao.saude.gov.br/evento/2mostra/index.php?folder=1>. Acesso em: 15 jul.2009b. BRASIL. Ministério da Saúde. Ministério da Educação. Programa nacional de reorientação da formação profissional em saúde – Pró-Saúde: objetivos, implementação e desenvolvimento potencial. Brasília : Ministério da Saúde, 2007a. BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de alimentação e nutrição. 2. ed. rev. Brasília: MS, 2003. BRASIL. Ministério da Saúde. Residência multiprofissional em saúde: experiências, avanços e desafios. Brasília: MS, 2006b. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política nacional de atenção básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2006a. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Matriz de ações de alimentação e nutrição na atenção básica à saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2008a. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Programa Saúde da Família. Rev. Saúde Pública. São Paulo, v. 34, n. 3, p. 316-319. 2000. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Projeto promoção da saúde: as cartas da promoção da saúde. Brasília: MS, 2002. BRASIL. PORTARIA GM nº 154, de 24 de janeiro de 2008. Cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família – NASF. Diário Oficial da União. 25 jan. 2008b; Seção 1:47-49. BRASIL. Portaria interministerial nº 2.117, de 3 de novembro de 2005. Institui no âmbito dos Ministérios da Saúde e da Educação, a Residência Multiprofissional em Saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União. 4 nov. 2005a;Seção 1:112. BRASIL. Portaria interministerial nº 45, de 12 de janeiro de 2007. Dispõe sobre a Residência Multiprofissional em Saúde e a Residência em Área Profissional da Saúde e Institui a Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde. Diário Oficial da União. 15 jan. 2007b;Seção 1:28b. BUSS, P.M. Promoção e educação em saúde no âmbito da Escola de Governo em Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública. Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro, v.15, supl2. p.177-185. 1999.

Page 91: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

90

CAMPOS, F. E.; BELISÁRIO, S. A. O programa de saúde da família e os desafios para a formação profissional e a educação continuada. Interface – Comunic, Saúde, Educ. Botucatu (SP), v. 5, n. 9, p.133-142, ago. 2001. CAPISTRANO FILHO, D. O programa de saúde da família em São Paulo. Estudos Avançados. São Paulo, v. 13, n. 35, p. 89-100, jan./abr. 1999. CARVALHO, A. M. M. A inserção do profissional nutricionista no Sistema Único de Saúde: reflexões a partir da experiência de um município da região metropolitana de Porto Alegre – RS. 2005. 45 f. Dissertação. (Especialista). Porto Alegre: Escola de Saúde Pública do Estado do Rio Grande do Sul. CARVALHO, S. R. Os múltiplos sentidos da categoria "empowerment" no projeto de Promoção à Saúde. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.20, n.4, p. 1088-1095, jul./ago. 2004. CASA DE SAÚDE SANTA MARCELINA. Faculdade Santa Marcelina. Projeto Político Pedagógico do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família. [2005]. Não publicado. CECCIM, R. B. "Ligar gente, lançar sentido: onda branda da guerra" a propósito da invenção da residência multiprofissional em saúde. Interface, Botucatu, v.13, n.28, p. 233-235. 2009. CECCIM, R. B. Educação Permanente em Saúde: desafio ambicioso e necessário. Interface, Botucatu, v.9, n.16, p. 161-168. 2005. CECCIM, R. B.; FEUERWERKER, L. C. M. Mudança na graduação das profissões de saúde sob o eixo da integralidade. Cad. Saúde Pública, v.20, n.5, p. 1400-1410. 2004. CECÍLIO, L. C. O. Contribuições para uma teoria da mudança do setor público. In: CECILIO, L. C. O.(org.). Inventando a mudança na saúde. 2.ed. São Paulo: Hucitec, 1997. p.235-333. CFN. Conselho Federal de Nutricionistas. CONBRAN. CONBRAN: reforça a alimentação saudável como direito humano fundamental. Revista CFN. 2006. Disponível em: <http://www.cfn.org.br/revista/revista7/conbram.htm>. Acesso em: 04 out.2006a. CFN. Conselho Federal de Nutricionistas. Perfil da atuação profissional do nutricionista no Brasil. Brasília (DF): CFN, 2006b. CFN. Conselho Federal de Nutricionistas. Resolução CFN N° 380. 2005. Dispõe sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições. Estabelece parâmetros numéricos de referência, por área de atuação, e dá providências. Disponível em: < http://nutricao.saude.gov.br/documentos/resolucao_cfn_380.pdf>. Acesso em 06 jun. 2008.

Page 92: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

91

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES 5/2001. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Nutrição. Diário Oficial da União. Brasília, 9 de novembro de 2001. Seção 1, p. 39. COSTA, N. M. S. C. Repensando a formação acadêmica e a atuação profissional do nutricionista: um estudo com egressos da Universidade Federal de Goiás (UFG). Revista de Nutrição, Campinas, v.9, n.2, p.154-177. 1996. COSTA, N. M. S. C. Revisitando os estudos e eventos sobre a formação do nutricionista no Brasil. Rev. Nutr., Campinas, v.12, n.1, p.5-19, jan./abr.1999. COUTINHO, J. G.; GENTIL, P. C.; TORAL, N. A desnutrição e obesidade no Brasil: o enfrentamento com base na agenda única da nutrição. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.24, Sup 2, p.332-340. 2008. CZERESNIA, D. The concept of heath and the difference between prevention and promotion. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.15, n.4, p. 701-709, oct./dec. 1999. DELORS, J. et al. (coord). Educação: um tesouro a descobrir: relatório para UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. 10 ed. São Paulo: UNESCO/MEC/Cortez, 2006. DIAS, P. Da e-moderação à mediação colaborativa nas comunidades de aprendizagem. Educação, Formação & Tecnologias, v. 1, n.1, abr. 2008. Disponível em: http://cie.fc.ul.pt/seminarioscie/Conferencia_e-moderacao/paulo_dias_2008.pdf. Acesso em: 11 jun. 2009. ELIAS, P.E.; BOUSQUAT A.; NAKAMURA E.; COHN A. A implantação do Programa de Saúde da Família na metrópole paulista (2001-2003). Revista Brasileira de Saúde da Família. v. 5, n. 7, p. 62-71, 2003. FABRÍCIO, S. C. C.; WEHBE, G., NASSUR, F. B., ANDRADE, J. I. Assistência Domiciliar: a experiência de um hospital privado do interior paulista. Rev Latino-am Enfermagem, v.12, n.5, p.721-726. 2004. FAZENDA, I. Interdisciplinaridade: qual o sentido? São Paulo: Paulus, 2003. FERNANDES, P. M. F.; VOCI, S. M.; KAMATA, L. H.; NAJAS, M. S.; SOUZA, A. L. M. Programa Saúde da Família e as ações em nutrição em um distrito de saúde do município de São Paulo. Ciência & Saúde Coletiva, v.10, n.3, p.749-755. 2005. FERREIRA, V. A.; MAGALHÃES, R. Nutrição e promoção da saúde: perspectivas atuais. Cad. Saúde Pública. v. 23, n. 7, p.1674-81. 2007. FEUERWERKER, L. C. M. Mudanças na educação médica e residência médica no Brasil. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, v. 2, n.3, p.51-71. 1998.

Page 93: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

92

FEUERWERKER, L.C.M. Impulsionando o movimento de mudanças na formação dos profissionais de saúde. Revista Olho Mágico. Enfoque, v.8, n. 2, mai./ago. 2001. Disponível em: < http://www.ccs.uel.br/olhomagico/v8n2/index.html>. Acesso 11 jun. 2009. FEUERWERKER, L. C. M; SENA, R.R. Interdisciplinaridade, trabalho multiprofissional e em equipe. Sinônimos? como se relacionam e o que têm a ver com a nossa vida? Revista Olho Mágico. Enfoque. ano 5. n. 18. março. 1999. Disponível em: <http://www.ccs.uel.br/olhomagico/N18/home.htm>. Acesso em 11 jun. 2009. FORATTINI, O. P. A saúde pública no século XX. Rev. Saúde Pública. São Paulo, v. 34, n. 3, p.211-213, jun. 2000. FRANCO, M. L. P. B. Análise de conteúdo. 2. ed. Brasília: Líber Livro Editora, 2007. FURTADO, J. P. Equipes de referência: arranjo institucional para potencializar a colaboração entre disciplinas e profissões. Interface - Comunic., Saúde, Educ., v.11, n.22, p.239-5, mai./ago. 2007. GAMBARDELLA, A. M. D; FERREIRA, C. F.; FRUTUOSO, M. F. P. Situação profissional de egressos de um curso de Nutrição. Rev. Nutr. Campinas, v.13, n.1, p. 37-40, jan./abr. 2000. GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999. GIL, C. R. R. Formação de recursos humanos em saúde da família: paradoxos e perspectivas. Cad. Saúde Pública, v. 21, n. 2, p. 490-498. 2005. GOLDENBERG, M. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em ciências sociais. 2. ed. Rio de Janeiro: Record, 1998. KAC, G.; VELÁSQUEZ-MELÉNDEZ, G. Editorial. A transição nutricional e a epidemiologia da obesidade na América Latina. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.19, (Sup. 1), p.4-5. 2003. KOCK, I. G. V. A inter-ação pela linguagem. 10. ed. São Paulo: Contexto, 2006. LAPPIS. Integralidade em Saúde. A formação de trabalhadores para o SUS: modalidade Residência Multiprofissional em Saúde. DISPONÍVEL EM: http://www.lappis.org.br/download/residencia.pdf. Acesso em: 08 jun. 2009. LEVY-COSTA, R. B.; SICHIERI, R.; PONTES, N. S.; MONTEIRO, C. A. Disponibilidade domiciliar de alimentos no Brasil: distribuição e evolução (1974-2003). Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 39, n. 4, p. 530-540, ago. 2005. MACHADO, N.M.V.; VITERITTE, P.L.; GOULART, D.A.S.; PINHEIRO, A.R.O. Reflexões sobre saúde, nutrição e a estratégia de saúde da família. Disponível

Page 94: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

93

em: http://nutricao.saude.gov.br/documentos/noticia_01_09_06.pdf. Acesso em: 20 jun. 2009. MANO, M. A. A educação em saúde e o PSF resgate histórico, esperança eterna. Boletim da Saúde. Porto Alegre, v. 18, n. 1, p. 195-202, jan./jun. 2004. MILET, M.E.; MARCONI, R. Metodologia participativa na criação de material educativo com adolescentes. Salvador: Paulo Dourado, 1992. MINAYO, M. C. S. O desenho do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 8. ed. São Paulo: Hucitec, 2004. MINAYO, M. C. S. O desenho do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 9. ed. São Paulo: Hucitec, 2006. MOREIRA, M.A. Aprendizagem significativa crítica. 2003. Disponível em: <http://www.if.ufrgs.br/~moreira/apsigcritport.pdf>. Acesso em: 11 jun. 2009. NASCIMENTO. D.D.G. A residência multiprofissional em saúde como estratégia de formação da força de trabalho para o SUS. 2008. p.142. Dissertação (Mestrado). Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. OLIVEIRA, M.C. Os modelos de cuidados como eixo de estruturação de atividades interdisciplinares e multiprofissionais em saúde. Rev. bras. educ. med., v.32, n.3, p. 347-355. 2008. OLIVEIRA, M.S. Inserção da Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade no contexto da graduação dos cursos da área de saúde. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Residência multiprofissional em saúde: experiências, avanços e desafios. Brasília: MS, 2006. OLIVEIRA, S.P.; THEBAUD-MONY, A. Estudo do consumo alimentar: em busca de uma abordagem multidisciplinar. Rev. Saúde Pública, v. 31, n. 2, p. 201-208. 1997. OLIVEIRA, T.R.P.R; RADICCHI, A.L.A. Inserção do nutricionista na equipe de atendimento ao paciente em reabilitação física e funcional. Revista de Nutrição, Campinas, v. 18, n. 5, p. 601-611, 2005. PEDROSA, J.I.S.; TELES, J.B.M. Consenso e diferenças em equipes do Programa Saúde da Família. Rev Saúde Pública, v.35, n.3, p.303-311, 2001. PEDUZZI, M. Equipe multiprofissional de saúde: a interface entre trabalho e interação. 1998. p. 254. Tese (Doutorado). Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas. PERRENOUD, P. As práticas pedagógicas mudam e de que maneira? In: Revista Impressão Pedagógica. Curitiba, n. 23, p.14-15, jul./ago. Publicado originalmente (" Les pratiques pédagogiques changent-elles et dans quel sens ? ") na Pour (Paris), n° 65, mai 2000, p. 14. Autorizado para tradução e publicação. Tradução de Melissa

Page 95: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

94

Castellano. Disponível em: http://www.unige.ch/fapse/SSE/teachers/perrenoud/php_main/php_2000/2000_25.html. Acesso em 02 jun. 2009a. PERRENOUD, P. Formação contínua e obrigatoriedade de competência na profissão de professor. Disponível em: www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_30_p205.248_c.pdf. Acesso em: 01 jun. 2009b. PINHEIRO, A.R.O.; et al. Nutrição em saúde pública: os potenciais de inserção na Estratégia de Saúde da Família (ESF). Disponível em: <http://www.ceag.unb.br/modulos/blogs/blog_professor2/modulos/blog/index.php?ntc_id=3>. Acesso em: 20 ago 2008. PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO. Dados Demográficos dos Distritos pertencentes as Subprefeituras. Disponível em http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/subprefeituras/subprefeituras/dados/0002. Acesso em 18 jun. 2009. RANGEL, A. C. S.; RIBEIRO, A.; VALE, J.; SANTOS, L. C. O Nutricionista na Estratégia Saúde da Família: relato de uma experiência bem sucedida no município do Rio de Janeiro. Disponível em: http://nutricao.saude.gov.br/evento/2mostra/mostra_trabalho_rel.php?cod=5359. Acesso em: 15 jul. 09 REINALDO, M. A. S; ROCHA, R. M. Visita domiciliar de enfermagem em saúde mental: ideias para hoje e amanhã. Revista eletrônica de enfermagem, v.4, n.2, p.36-41. 2002. Disponível em: http://www.fen.ufg.br>. Acesso em: 07 jun. 2009. RIBEIRO, R. J. Apresentação do organizador. In: Ribeiro R.J. (org.) Humanidades: um novo curso na USP. São Paulo: EDUSP; 2001. p. 11-30. RIEG, D. L.; ARAÚJO FILHO, T. O uso das metodologias “Planejamento Estratégico Situacional” e “Mapeamento cognitivo”em uma situação concreta: o caso da pró-reitoria de extensão da UFSCar. Gestão & Produção, v.9, n.2, p.163-179, ago. 2002. ROZEMBERG, B.; MINAYO, M. C. S. A experiência complexa e os olhares reducionistas. Ciência & Saúde Coletiva, v.6, n.1, p.115-123. 2001. SANTOS, A. C. A inserção do nutricionista na Estratégia da Saúde da Família: o olhar de diferentes trabalhadores da saúde. Família, Saúde e Desenvolvimento, Curitiba, v. 7, n. 3, p. 257-265, set./dez. 2005. SANTOS, L. A. S.; et al. Projeto pedagógico do programa de graduação em Nutrição da Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia: uma proposta em construção. Rev. Nutr., Campinas, v.18, n. 1, p. 105-117, jan./fev. 2005. SCHULMAN, J. F. Formação com/entre os pares para o uso de tecnologias digitais na educação: a relação entre professores e multiplicadores no ProInfo de

Page 96: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

95

uma escola pública municipal de Belo Horizonte. 2004. p.1743. Dissertação (Mestrado). Belo Horizonte: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. SGAMBATTI, M. S.; FARIA, E. T.; SILVA, M. C. C; PROHMANN, L. F.; RIZZI, N. G. Relatório da Oficina 13: oficina da Residência Multiprofissional em Saúde. Coordenação:. Disponível em: <http://www.famema.br/5forum/material/relatoriooficina13.pdf>. Acesso em: 01 jun. 2009. SILVA, G. T. R.; ESPÓSITO, V. H. C.; NUNES, D. M. A preceptoria: um olhar sob a ótica fenomenológica. Acta Paul Enferm, v.21, n.3, p. 460-465. 2008. SILVA, J. S.; DALMASO, S. Agente comunitário de saúde: o ser, o saber, o fazer. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2002. SILVA, N. F. S. O nutricionista na Atenção Básica. CFN. Conselho Federal de Nutricionistas. Artigos. jun. 2008. Disponível em : http://www.cfn.org.br/novosite/arquivos/artigo_atencao.pdf. Acesso em: 02 jun.2009. SISTEMA CONSELHOS FEDERAIS E REGIONAIS DE NUTRICIONISTAS. O papel do nutricionista na Atenção Primária à Saúde. Brasília, 2008. Disponível em: < http://www.cfn.org.br/novosite/arquivos/Livreto_Atencao_Primaria_a_Saude.pdf>. Acesso em 07 jun. 2009. TANCREDI, F. B.; BARRIOS, S. R. L.; FERREIRA, J. H. G. Planejamento em saúde. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 1998. 2v. Série Saúde & Cidadania. TEIXEIRA, A.B.; FERNANDES, P.C. O Planejamento Estratégico Situacional e a gestão da atenção de um serviço hospitalar: o caso da unidade de cardiologia intensiva do Hospital Geral de Bonsucesso – Ministério da Saúde – RJ. 2003. p. 58. Monografia (Especialização). Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz/Escola Nacional de Saúde Pública. TELES, T. A.; SILVEIRA, M. A. C.; CARDOSO, N. C. A participação do nutricionista em equipe multiprofissional na atenção básica à saúde: um relato de experiência. Disponível em: http://nutricao.saude.gov.br/evento/2mostra/mostra_trabalho_rel.php?cod=5201. Acesso em: 15 jul. 09 TOBAR, F.; YALOUR, M. R. Como fazer teses em saúde pública: conselhos e ideias para formular projetos e redigir teses e informes de pesquisas. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2001. TOMAZ, J.B.C. O agente comunitário de saúde não deve ser “super-heroi”. Interface Comunic, Saúde, Educ. v.6, n.10, p. 75-94. 2002. TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.

Page 97: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

96

UNIFESP. Universidade Federal de São Paulo. Campus Baixada Santista. Projeto político pedagógico: cursos: nutrição, fisioterapia, educação física, terapia ocupacional, psicologia. 2006. Disponível em: http://prograd.unifesp.br/santos/download/2006/projetopedagogico.pdf. Acesso em: 18 jun. 2009. VASCONCELOS, F. A. G. Um perfil do nutricionista em Florianópolis Santa Catarina. Rev. Ciênc. Saúde. V.10, n.1/2, p. 73-86. 1991. VIEIRA, E.T.; BORGES, M. J. L.; PINHEIRO, S. R. M.; NUTO, S. A. S. O programa de saúde da família sob o enfoque dos profissionais de saúde. RBPS. Fortaleza, v. 17, n. 3, p. 119-126. 2004. WAGNER, H. L.; WAGNER, A. B. P.; TALBOT, Y.; OLIVEIRA, E. Trabalhando com famílias em Saúde da Família. Rev. méd. Paraná. Paraná, v.57, n.1/2, p.40-6, jan./ dez. 1999.

Page 98: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

97

ANEXOS

Anexo A - Aprovação pela Comissão de Ética em Pesquisa da Faculdade Santa

Marcelina.

Page 99: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

98

Anexo B – Aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal

de São Paulo.

Page 100: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

99

Page 101: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

100

Anexo C – Resposta de Revista de Nutrição demonstrando a submissão do artigo:

O nutricionista no Programa Saúde da Família: sua atuação a partir do olhar dos

profissionais de saúde.

Page 102: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

101

APÊNDICES

Apêndice A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido A pesquisa: “Residência Multiprofissional e a formação do nutricionista para o

Programa Saúde da Família” é um estudo que tem como objetivo investigar a

formação do nutricionista a partir da Residência Multiprofissional em Saúde da

Família com vistas a sua atuação no Programa Saúde da Família.

Essas informações estão sendo fornecidas para sua participação voluntária

neste estudo, que consiste em entrevista gravada. As perguntas serão feitas pela

pesquisadora responsável pelo estudo, após agendamento de local e horário,

conforme disponibilidade do entrevistado.

Você só será incluído na pesquisa após sua autorização e assinatura do

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. As informações colhidas são de

caráter confidencial em todas as fases da pesquisa, sendo que ao serem publicadas,

resguardarão sua identificação.

Em qualquer etapa do estudo, você terá livre acesso a todas as informações

coletadas, bem como esclarecimento de eventuais dúvidas. Ressalta-se que o

consentimento para participar pode ser recusado ou retirado a qualquer momento da

realização da pesquisa, sendo que sua participação não lhe trará nenhum prejuízo,

compensação financeira ou despesa. As informações sobre o resultado da pesquisa

estarão disponíveis e serão enviados mediante a sua solicitação.

O principal investigador é a nutricionista Irani Gomes dos Santos, que pode ser

encontrada no endereço: Avenida Padres Olivetanos, nº. 57 apto 143, Vila

Esperança - São Paulo-SP; nos telefones: 11 20234413/ 11 98076710; e no e-mail:

[email protected]. Caso haja alguma consideração ou dúvida relacionada à

ética desta pesquisa, você pode entrar em contato com o Comitê de Ética em

Pesquisa da UNIFESP – Rua Botucatu, 572, 1º andar, cjt 14, São Paulo–SP.

Telefone: 5571-1062, FAX: 5539-7162, E-mail: [email protected].

Page 103: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

102

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Fui suficientemente informado (a) a respeito da Pesquisa: “Residência

Multiprofissional e a formação do nutricionista para o Programa Saúde da Família”,

por meio das informações que li ou que foram lidas para mim, descrevendo o

estudo. Ficaram claros para mim quais são os propósitos da pesquisa, os

procedimentos a serem realizados e seus desconfortos e riscos, as garantias de

confidencialidade, e de esclarecimentos permanentes. Ficou claro também que

minha participação é isenta de qualquer despesa.

Concordo voluntariamente em participar deste estudo, e poderei retirar o meu

consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidades,

prejuízo ou perda de qualquer benefício que eu possa ter adquirido com esta

pesquisa.

(Somente para o responsável do projeto)

Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e

Esclarecido deste entrevistado para a participação neste estudo.

________________________________

Assinatura do entrevistado Data / /

________________________________

Assinatura da testemunha Data / /

Data / /

__________________________________ Assinatura do responsável pela pesquisa

Page 104: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

103

Ap

ên

dic

e B

– Eixo temático 1: Atuação do nutricionista no Programa Saúde da Família.

U

NID

AD

E D

E C

ON

TE

XT

O

UN

IDA

DE

DE

RE

GIS

TR

O

CA

TE

GO

RIA

S

SU

BC

AT

EG

OR

IAS

E

ntr

evis

tad

o 1

(E

1)

UC

1 Hã...

eu acho

que a principal

atuação que o nutricionista poderia ter é

na promoção da saúde. Eu acho que

seria o foco principal,

mas acaba

surgindo uma dem

anda maior, hã... que

não compete... eu acho que não

competiria ao nutricionista no PSF, mas

eu acho que por falta de não ter pra onde

referenciar.

UC

2 Então eu acho que m

uitas vezes a

gente

fica

num

a situação

que

o nutricionista tem

que dar conta de tudo,

mas ele não tem o preparo pra isso.

Então por exemplo... hã.... casos de uma

síndrome m

ais rara.. hã que já seria uma

atenção de outro nível, hã...dieta ...um

a desnutrição muito grave, que não

seja

uma desnutrição prim

ária... hã... que

mais... hã... criança por exemplo com

paralisia cerebral, tem algum

as crianças

que são muito grave, dieta enteral.

UC

3 Então às vezes algum

as coisas que

se espera m

uito do nutricionista por ser

um profissional novo e a

equipe não

consegue dar suporte para aquilo, acaba

sendo dele, mas eu acho que a atuação

do nutricionista seria m

uito na promoção

e prevenção da saúde.

E1

- U

C1

- U

R1 a principal atuação que o

nutricionista poderia ter é na promoção

da saúde.

E1

- U

C1

– U

R2 demanda m

aior que não

competiria ao nutricionista no PSF, por

falta de não ter pra onde referenciar.

E1

– U

C2

– U

R3 muitas vezes a gente

fica num

a situação em que o nutricionista

tem que dar conta de tudo.

E1

– U

C3

– U

R4

se espera m

uito do

nutricionista por ser um

profissional novo

e a equipe não consegue dar suporte

praquilo, acaba sendo dele.

E1

– U

C3

– U

R5

a atuação

do

nutricionista seria m

uito na promoção e

prevenção da saúde.

E1

– U

C1

– U

R1 Atuação

na

Promoção

e

Prevenção.

E1

- U

C1

– U

R2

Com

preensão pouco clara

da

atuação

do

nutricionista.

E1

– U

C2

– U

R3

Com

preensão pouco clara

da

atuação

do

nutricionista.

E1

– U

C3

– U

R4

Com

preensão pouco clara

da

atuação

do

nutricionista.

E1

– U

C3

– U

R5 Atuação

na

Promoção

e

Prevenção.

E1

– U

C3

– U

R4 Ausência

do profissional no PSF

Page 105: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

104

UC

4 Outro nível.

Que

eu acho que

nutricionista até pode

dar

um...

um

suporte m

as eu acho que acaba ficando

muito que.. com... que ele fosse resolver

aquilo porque você não tem pra onde

referenciar... então ele que vai resolver.

UC

5 Hã eu acho que falando em

promoção acho que foi a atuação que

mais m

arcou que já foi mais no fim da

residência

quando

tava

com

uma

experiência, depois de já ter feito m

uito...

tentado fazer muitas

coisas

que não

deram certo... de ter feito errado. Foi

experiência de trabalhar

com oficina

culinária, com crianças bem

no sentido

da prom

oção da saúde,

que eram

crianças

que

não

necessariam

ente

tinham

algum

a... algum

a

deficiência

nutricional, algum

risco

nutricional ... e

eram crianças

que iam lá pra gente

cozinhar,

pra

gente

trabalhar

alim

entação, trabalhar

diversos

temas

envolvendo saúde infantil né.

UC

6 Que talvez

se eu tiver... no

mom

ento eu não conseguia ter.. por

causa de horário, apoio... é... a presença

de outros profissionais né, por exemplo o

psicólogo,

o TO né...

um assistente

social que reforçaria esse trabalho m

ulti

né, porque diversos temas surgiam que

extrapolavam

a

alim

entação,

como

violência, como alcoolismo, com

o evasão

escolar, que o nutricionista não tem

E1–

UC

4 –

UR

6 nutricionista até pode

dar um

suporte, mas acaba ficando m

uito

com ele, porque

não tem pra onde

referenciar.

E1

– U

C5

– U

R7 experiência de trabalhar

com oficina culinária, com crianças bem

no sentido da promoção da saúde.

E1

– U

C5

– U

R8 eram crianças que iam

lá pra gente cozinhar, pra trabalhar

diversos

temas

envolvendo

saúde

infantil.

E1

– U

C6

– U

R9

pode trabalhar muito

bem

a

promoção

numa

estratégia

interessante que o nutricionista dom

ina.

E1

– U

C6

– U

R10

o alim

ento na verdade

ele acaba sendo só um

a ferram

enta e

você pode trabalhar nutrição ou outros

temas.

E1

– U

C6

– U

R11

oficina culinária com

crianças, a gente fazia um vínculo bem

E1

– U

C4

– U

R6

Com

preensão pouco clara

da

atuação

do

nutricionista.

E1

– U

C5

– U

R7 Atuação

na

Promoção

e

Prevenção.

E1

– U

C5

– U

R8 Atuação

na

Promoção

e

Prevenção.

E1

– U

C6

– U

R9 Atuação

na Promoção e Prevenção

E1

– U

C6

– U

R10

Atuação na Promoção

e

Prevenção

E1

– U

C6

– U

R11

E1

– U

C5

– U

R7

Diversidade de estratégia

de educação

E1

– U

C5

– U

R8

Diversidade de estratégia

de educação

E1

– U

C6

– U

R9

Diversidade de estratégia

de educação

E1–

U

C6

– U

R10

Diversidade de estratégia

de educação

E1

– U

C6

– U

R11

Page 106: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

105

a... esse preparo pra lidar com isso. M

as

eu acho é... foi algo que m

arcou muito

como

se pode trabalhar muito bem

a

promoção num

a estratégia interessante...

muito interessante que

o nutricionista

dom

ina né... então...o âmbito do que vai

trabalhar... o alim

ento

na verdade ele

acaba sendo só um

a ferram

enta e você

pode trabalhar Nutrição ou outros temas.

Então eu acho foi algo

que marcou

e sempre que possível eu levava para

outras... outras... outros grupos, levava

essa estratégia de oficina culinária, mas

era um grupo específico, esse de oficina

culinária com

crianças, a gente fazia um

vinculo bem

gostoso, podia trabalhar

diversos temas.

UC

7 Hã.... assim, específico que eu acho

que da Nutrição foi... são difíceis os

facilitadores

pelo fato de não term

os

nutricionista inserido, não sabem

os....não

ter muito direcionam

ento. Acho

que o

que nos ajuda são coisas maiores, por

exemplo, o

fato de

ter

uma política

nacional de alim

entação e Nutrição ... eu

acho ajuda a nortear esse trabalho.

UC

8 E até assim, não só em relação à

Nutrição aqui né... que a gente sabe que

não tá...

não tá inserida,

mas

por

exemplo de outros lugares, a gente não

sabe com

o está estruturado esse serviço

e até assim a questão da Nutrição no

próprio município na

atenção básica

gostoso, podia trabalhar diversos temas.

E1

– U

C7

– U

R12

são difíceis os

facilitadores

pelo fato de não term

os

nutricionista inserido, não sabem

os... não

ter muito direcionam

ento.

E

1 –

UC

8 –

UR

13 questão da nutrição no

próprio m

unicípio na atenção básica, ela

é m

uito desarticulada, a gente não tem

sistem

a de vigilância nutricional.

E1–

UC

8 –

UR

14 a gente não tem

um

direcionam

ento da atenção básica, num

tem por onde a gente começar

a

Atuação na Promoção

e

Prevenção

E1

– U

C7

– U

R12

Com

preensão pouco clara

da

atuação

do

Nutricionista.

E1–

U

C8

– U

R13

Com

preensão pouco clara

da

atuação

do

nutricionista.

E1

– U

C8

– U

R14

Com

preensão pouco clara

da

atuação

do

Diversidade de estratégia

de educação

E1

– U

C7

– U

R12

Falta

de direcionamento para

atuação no PSF

E1

– U

C8

– U

R13

Falta

de direcionamento para

atuação no PSF.

E1

– U

C8

– U

R14

Falta

de direcionamento para

atuação no PSF.

Page 107: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

106

como

um todo, ela é muito ainda

desarticulada, a gente não tem

sistema

de

vigilância

nutricional,

que

por

exemplo, os outros municípios, as outras

residências a gente sabe que era a base

de trabalho, e quando nós falávamos que

a gente não tinha SISVAN, os

outros

residentes

falavam Eh como vocês

trabalham

? A gente trabalha da form

a que a gente quer. E

era ... e essa é a

verdade, a gente trabalha

achando...

trabalhou achando que assim daria certo,

foi muito interessante foi um

trabalho

conjunto né... acertam

os algum

as coisas,

erram

os muitas outras né... mas eu acho

que isso é o que pega... a gente não tem

um

direcionam

ento,

nossos

direcionam

entos são m

uito m

acros né...

da atenção básica, que viria da CGPAN,

mas do

município a gente não tem

orientação nenhum

a, num tem

algo que

por

exemplo pudesse

ir na atenção

básica do município, na secretária, e

falar tá.. o que... por onde a gente

começa a

Nutrição? A gente não tem

essa referência.

Nutrição.

nutricionista.

E2

UC

9 Bom

o nutricionista... é, na Unidade

Básica de Saúde de Família tem

diversas

áreas

de atuação. Ela vai... atua em

grupos

educativos, trabalhando com a

promoção,

com

prevenção

de

doenças...é.... pode trabalhar na parte

ambulatorial...vai...

ela tem... é ...a

oportunidade de conhecer a casa do

E

2 –

UC

9 –

UR

15 o nutricionista, na

Unidade Básica de Saúde de Fam

ília tem

diversas áreas de atuação.

E2

– U

C9

– U

R16 ela (NUTRICIONISTA)

atua em grupos educativos, trabalhando

com a promoção, com prevenção de

doenças.

E

2 –

UC

9 –

U

R1

7 ela

tem

a

E

2 –

UC

9 –

UR

15 V

isão

ampliada

de cenários de

atuação.

E2

– U

C9

– U

R16

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E2

– U

C9

- U

R17

E2

– U

C9

– U

R16

Diversidade de estratégias

de educação.

Page 108: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

107

paciente, conhecer ...é, como que ele tá

inserido, quais são as dificuldades que

ele tem pra aderência do tratamento.

Então isso eu acho m

uito bom

pra.. pra

gente ter uma visão m

ais ampla, né. Não

só ali no consultório dando só um

..um

enfoque, então a gente pode ter outro

tipo de abordagem

na... no P

SF com

o

nutricionista.

UC

10 Acho que eu achei...

gostei

bastante do...da atuação né..., tem

vários... tem vários leques de atuação

né, e não só na parte específica, então a

gente pode ver é ... ver em

relação a

outras áreas como é que a gente pode

atuar, pensar em

não ficar só atuando na

nossa área, mas em

ações de promoção

de saúde, não só muito específico

na

área de Nutrição.

UC

11 Acho que um

dos

pontos

mais

fortes foram os grupos multiprofissionais

que

nós

desenvolvem

os,

seja

pro

diabético,

pro desnutrido. Então por

exemplo é.... o grupo de desnutrição...

então a gente fez todo um trabalho que

envolveu a enferm

agem

, que

envolveu

os auxiliares, que envolveu os médicos

de triagem

dessas crianças. Aí depois

é... foi feito um levantamento de quais

eram as desnutridas, quais não eram e

foi feito um grupo.. de ...m

ultiprofissional

com médico, enfermeira, a gente se

atualizou, um

trocou inform

ação com o

oportunidade de conhecer a casa do

paciente, como ele tá inserido, quais são

as

dificuldades

pra

aderência

do

tratam

ento.

E2

– U

C10

UR

18 tem vários, tem

vários leques de atuação.

E2

– U

C10

– U

R19

a gente pode ver em

relação a

outras áreas como é que

a

gente pode atuar em ações de promoção

de saúde, não só muito específico

na

área de Nutrição.

E

2 –

UC

11

UR

20

o grupo de

desnutrição... então a gente fez todo um

trabalho que envolveu a enferm

agem

, os

auxiliares,

os

médicos,

de triagem

dessas crianças.

E

2 –

UC

11 –

UR

21 É grupo de diabetes,

os médicos não sabiam informar m

uito

bem

a respeito da dieta, a gente ia e

inform

ava,

isso já ia capacitando o

médico que já estava ali presente.

Atuação favorecida pela

dinâm

ica do processo de

trabalho do PSF.

E2

– U

C10

– U

R18

Visão

ampliada

de cenários de

atuação.

E2

– U

C10

UR

19

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E2

– U

C11

UR

20

Atuação na perspectiva

multiprofissional.

E2

– U

C11

UR

21

Atuação na perspectiva

multiprofissional.

Page 109: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

108

outro, trocamos experiências e fizem

os o

grupo

né...

e depois

teve

acompanham

ento das crianças. É grupo

de diabetes, então é... os médicos não

sabiam inform

ar m

uito bem

a respeito da

dieta, ...a gente ia e inform

ava é... o

pessoal a respeito da dieta adequada ...

isso já ia capacitando o m

édico que já

estava ali

presente, a

dentista falava

algum

a coisa, a gente já capacitava ali,

então a gente tinha muito conhecimento.

UC

12 É... nas visitas dom

iciliares a gente

pode ajudar

as

pessoas

acamadas

com...

melhorando

a higiene

do...

daquele alim

ento que era preparado...é,

orientando o volume, orientando.... deixa

eu

ver

....

orientando

volume.......

orientando os tipos de

alim

entos mais

adequados.

UC

13 Teve o grupo também

de.. pra

perder peso, que o pessoal ficava m

ais

motivado pra perder peso ....é... a gente

teve um cardápio pra cada um, cada um

também

passou

em

consultas

individuais, onde o grupo m

ulti tam

bém

participava.

E2

– U

C12

UR

22 nas

visitas

dom

iciliares,

melhorando

a

higiene

daquele alim

ento, orientando o volume,

os tipos de alim

entos mais adequados.

E2

– U

C13

– U

R23

um

grupo pra perder

peso

teve

um

cardápio,

consultas

individuais, onde o grupo m

ulti tam

bém

participava.

E2

– U

C12

UR

22

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E2

- U

C13

UR

23

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E2

– U

C12

UR

22

Diversidade de estratégias

de educação.

E2

– U

C13

UR

23

Diversidade de estratégias

de educação.

E3

U

C14

Eu acho que principalmente né..

pensando em S

aúde da Fam

ília tem

...

tem que pensar em

promoção da saúde

né... em

prevenção de doenças não...não

só focado

em atendimento.... como se

fosse um atendimento am

bulatorial e não

E3

– U

C14

– U

R24

em Saúde da Fam

ília

tem que pensar em

promoção da saúde,

prevenção de doenças.

E

3 –

UC

14 –

UR

25 não só focado em

atendimento com

o se fosse ambulatorial

e não trabalhar grupo educativo, visita

E3

– U

C14

UR

24

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E3

– U

C14

– U

R25

Visão

ampliada

de

cenários de atuação.

Page 110: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

109

trabalhar grupo educativo, não trabalhar

visita dom

iciliar, envolver

a família,

envolvendo é... outros profissionais que

também

trabalhem

na unidade, e...mas

eu acho

que

... que basicamente é..é

voltar mesm

o pra promoção da saúde,

pra conseguir

tratar

né,

educar

e...,

orientar

antes

que a pessoa seja

acometida por... por algum

agravo.

UC

15 É difícil escolher...tá...eu acho que

eu vou pegar como exemplo um grupo

educativo

que

..

que

eu

sempre

desenvolvia que .. que foi um

grupo ...

que não teve durante um

bom

tempo

durante a residência, que era o grupo de

pacientes

que... que

começaram a

passar comigo em consulta pra perda de

peso, o foco principal era pra perda de

peso,

alguns

tinham

outras

coisas

associadas,

né...dislipidem

ia

hipertensão, mas o foco m

esm

o era a

mudança da alim

entação pra perda de

peso.

Então é....então

a gente né,

desenvolvia esses grupos mensais né,

tinha um retorno legal, era um grupo... os

grupos a gente percebia no posto que

não tinha um retorno dos pacientes, os

pacientes

não frequentavam... ia um

a vez e não voltava m

ais e esse grupo foi

um grupo que se m

anteve né... eu acho

que seis, sete m

eses a gente conseguiu

dar andam

ento nesse grupo. Não sei se

era o que você queria ouvir....

dom

iciliar, envolver

a família,

outros

profissionais que trabalhem

na unidade.

E3

– U

C14

– U

R26

voltar mesm

o pra

promoção da saúde, pra conseguir tratar,

educar e orientar antes que a pessoa

seja acometida por algum

agravo.

E3

– U

C15

– U

R27

os grupos no posto

não tinham

um retorno, os pacientes não

frequentavam, esse grupo pra perda de

peso foi um

grupo que se m

anteve, a

gente conseguiu dar andamento.

E3

– U

C14

UR

26

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E3-

U

C15

UR

27

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E3

- U

C15

UR

27

Diversidade de estratégia

de educação

Page 111: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

110

E4

U

C16

Eu acho que na minha concepção

é... a atuação do

nutricionista é na

prevenção né... acho

que dentro do

modelo do PSF que já existe com as

prioridades, é tá atuando mesm

o em

ações

de

alim

entação,

segurança

alim

entar,

mas

principalmente

em

prevenção e promoção, não só a questão

curativa. Porque eu acho que a questão

curativa ela vem

, a dem

anda, ela chega

na.. na unidade, mas m

inha concepção o

nutricionista tem

que ser um agente que

busca é... ações

preventivas

e buscar

aquelas

pessoas

também

que não

chegam

ao serviço. E dentro da estrutura

que já tem

na saúde da família eu acho

se insere muito bem

né...é... com a

gestante, com crianças, com

idosos, com

acamado, isso a gente é... já se insere

com m

uita facilidade. Mas eu acho que

nutricionista tem que estar trabalhando

principalmente com

prevenção.

UC

17 Uma situação que eu desenvolvi...

há... eu acho que foi a questão do grupo

de papas né, pra m

im foi m

uito forte isso,

porque a mãe ela tem... tinha muita

dificuldade em

trabalhar realmente é...

com que o m

édico ou enferm

eiro falava...

e ela tinha dificuldade de

viver aquilo

concretamente, ou seja, ver o alim

ento,

qual alim

ento vai colocar, e às vezes a

escolaridade tam

bém

dificulta porque ela

não consegue é... ver mentalmente a

E

4 –

UC

16

– U

R28

a atuação do

nutricionista é na prevenção, atuando

mesmo em

ações

de alim

entação,

segurança alim

entar, m

as principalmente

em prevenção e prom

oção, não só a

questão curativa.

E4

– U

C16

– U

R29

o nutricionista tem

que ser um

agente que busca

ações

preventivas e buscar aquelas

pessoas

também

que não chegam

ao serviço.

E4

– U

C16

– U

R30

nutricionista tem

que

estar

trabalhando principalmente com

prevenção.

E4

– U

C17

– U

R31

a gente fez junto as

papas, foi muito construtiva, a questão

educativa a gente conseguiu fazer junto

com aquelas

pessoas, não ficar

falando, transferindo o conhecimento.

E4

– U

C16

UR

28

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E4

– U

C16

UR

29

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E4

– U

C16

UR

30

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E4

– U

C17

UR

31

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E4

- U

C17

UR

31

Diversidade de estratégias

de educação.

Page 112: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

111

coisa abstrata... sabe a papinha, qual é a

consistência,

qual

tempero que eu

coloco.. então eu acho que o grupo

quando a gente fez junto as papas, eu

acho que foi uma coisa m

uito construtiva,

então a questão educativa a gente

conseguiu fazer

junto com aquelas

pessoas,

não

ficar

falando,

transferindo o conhecimento. A gente

acha que transfere m

as muitas vezes ele

não chega pra ... pra pessoa que precisa

realmente assimilar aqui.

Então o que

ficou m

uito forte pra m

im foram esses....

esse grupo né, com

mães. Acho que é só

isso.

UC

18 Bom

, não sei

se é essa a

resposta... m

as o que m

e facilitou m

uito

eu acho que foi é... o próprio... a própria

estrutura

do

posto

de

saúde,

os

pacientes já cadastrados é... os agentes

comunitários que já tinham

essa... um

olhar né, eles já conseguiam enxergar

essa dem

anda. Eu acho que isso é..é...

facilitou bastante minha atuação. Quando

eu entrei

na unidade apesar

das

dificuldades

que a gente teve... mil e

umas... mas

eu acho

que ter aquela

população pronta pra né... eu m

e senti

assim é... é com

o se eles tivessem

me

aguardando

né...

quer

dizer

as

dem

andas

estavam

ali

prontas, os

pacientes

estavam ali, a facilidade de

você chegar nas casas.

E4

– U

C18

– U

R32 o que facilitou foi a

própria estrutura do posto de saúde, os

agentes comunitários que já tinham

um

olhar, eles

conseguiam enxergar essa

dem

anda.

E4

– U

C18

– U

R33

ter aquela população

pronta,

como se eles

tivessem

me

aguardando, as dem

andas, os pacientes

estavam ali, a facilidade de você chegar

nas casas.

E4

– U

C18

UR

32

Atuação favorecida pela

dinâm

ica do processo de

trabalho do PSF.

E4

– U

C18

UR

33

Atuação favorecida pela

dinâm

ica do processo de

trabalho do PSF.

Page 113: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

112

E5

UC

19 Acredito assim né, nutricionista

na... em

Saúde da Fam

ília no caso daria

pra trabalhar muito com

a prevenção e

é... porque um... é exatamente uma área

assim né, que a gente tenta evitar que a

pessoa

piore

digam

os

assim,

com

educação alim

entar e tudo m

ais, pra não

ter que trabalhar com reabilitação.

UC

20 M

as com

o em Saúde da Fam

ília a

gente acaba abordando tudo então você

acaba

trabalhando

com

prevenção,

reabilitação digam

os

assim né, até

mesmo

com

abordagem

multiprofissionais né,

então dá pra

trabalhar com...com

os outros mem

bros

da equipe, não precisa ficar só focado só

na Nutrição e m

as eu acho... eu acredito

que o principal mesmo é essa parte de

prevenção mesm

o pra evitar possíveis

danos posteriores digam

os assim.

UC

21 Acho que seria mais assim, por

exemplo os.. os grupos que a gente fazia

né, tanto pro ... um que foi m

uito bom

foi

do... com os agentes comunitários que a

gente...

que até no caso daria pra

aproveitar

o mom

ento

pra esclarecer

algum

as

dúvidas

deles

até mesm

o porque eles são... é... como se diz ...

quando

distribuem

a

ideia...

é...

multiplicadores

isso,

porque

muitas

vezes você via que eles tinham

algum

as

dúvidas

mas não tinham

pra quem

E

5 –

UC

19 –

UR

34 em Saúde da Fam

ília

daria

pra

trabalhar

muito

com

a prevenção.

E5

– U

C19

– U

R35 é exatamente um

a área que a gente tenta evitar que a

pessoa piore com educação alim

entar

pra não trabalhar com reabilitação.

E5

– U

C20

– U

R36

Saúde da F

amília

você acaba trabalhando com prevenção,

reabilitação

até

mesm

o abordagens

multiprofissionais.

E5

– U

C20

– U

R37

dá pra trabalhar com

os

outros

mem

bros

da equipe,

não

precisa ficar só focado na Nutrição.

E

5 –

UC

21 –

UR

38 eles tinham

dúvidas,

mas não

tinham

pra

quem

perguntar,

esses

grupos educacionais ajudavam

muito na questão de desvendar tabus.

E

5 –

UC

19

– U

R34

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E5

– U

C19

UR

35

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E5

– U

C20

– U

R36

Visão

ampliada

de cenários de

atuação.

E5

– U

C20

UR

37

Atuação na perspectiva

multiprofissional.

E5

– U

C21

UR

38

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E5

– U

C21

UR

38

Diversidade de estratégias

de educação.

Page 114: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

113

perguntar,

então

esses

grupos

educacionais que a gente fazia, tanto

para eles quanto m

esm

o pra população,

ajudava m

uito na ... nessa questão de

desvendar

tabus,

digam

os

assim...

porque antes

eles

não tinham

pra

quem

...

pra quem

perguntar, num

a consulta médica ou num

a consulta de

enferm

agem

é... o tem

po era m

uito curto

então não dava tempo

de tirar essas

dúvidas, então seria uma... uma... uma

atuação assim que seria bom pro

nutricionista ta desenvolvendo.

UC

22 Nas

consultas

também acho

interessante apesar de

ser um

a coisa

mais individualizada, não dá pra atender

a população tão grande assim, mas para

aquela pessoa, eu acho que você tá

ajudando bastante,

você vê que a

mudança de hábitos dela é m

uito m

ais

fácil,

porque ela passa a entender o

porquê ela tem

que fazer aquilo, não é só

aquela coisa de entregar um

a listinha e

olha só pra isso, e você que se vire, se

não m

elhorar, o problema é seu, porque

você que tá com

a doença. Então pelo

menos

você consegue atender

e...e

ajudar m

ais a pessoa e fazer com que

ela fique mais esclarecida.

UC

23 E

ntão.. dem

orou... o fato de não

ter o nutricionista na.. na U

nidade m

eio

que, digam

os assim, não que atrasou,

mas que uma coisa que a gente poderia

E5

– U

C22

– U

R39

Nas consultas para

aquela pessoa, você vê que há m

udança

de hábitos, ela passa

a entender

o porquê ela tem

que fazer aquilo.

E5

– U

C22

UR

40 pelo menos você

consegue atender, ajudar a pessoa

e fazer com que ela fique mais esclarecida.

E5

– U

C23

– U

R41

não ter o nutricionista

na unidade a gente teve que fazer com

nossos próprios passos.

E5

– U

C22

UR

39

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E5

– U

C22

UR

40

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E5

– U

C23

UR

41

Com

preensão pouca clara

da

atuação

do

nutricionista.

E5

– U

C23

UR

41

Ausência do profissional

no PSF.

Page 115: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

114

já pegar andando, a gente teve que

começar fazer com os nossos próprios

passos

digam

os

assim, então isso foi

dificultadores mesm

o.

UC

24 Deixa eu ver de dificultador.... não,

porque você... a receptividade pra esse

profissional foi tão boa que eu acho todo

mundo queria ajudar

pra que desse

certo, então, queria m

uito que ficassem

essas

coisas, então acho que tudo

acabou em outros sentidos foi... foi na

verdade um facilitador, a boa recepção

da unidade tudo e tal, mas eu acho que

era mais isso mesm

o a falta de... de

contato com

esse profissional, então ao

mesmo

tempo que

todo mundo queria

passar em

consulta é..... você ficava

muito presa a isso, a m

ais só consulta,

não vou ter

que

partir pras

outras

atividades

também

, mas

por

não ter

ninguém

que guiasse você, tem que ir...

ir fazendo seu cam

inho sozinho m

esm

o,

então

acho

tendo

um

profissional

ajudaria bastante, eu acho que foi o

maior dificultador que teve no caso.

E5

– U

C24

– U

R42

eu acho que era a

falta de contato com esse profissional,

todo m

undo queria passar em

consulta,

ficava muito presa a isso.

E5

– U

C24

UR

42

Com

preensão pouca clara

da

atuação

do

nutricionista.

E5

– U

C24

UR

42

Ausência do profissional

no PSF.

E6

U

C25

É... a atuação do nutricionista é

importante pra começar. Eu acho que

hoje em dia eles não estão .. não estão

inseridos

em alguns

Estados, aqui no

Paraná eles estão inseridos por exem

plo,

ai não, mas é... eu acho que ele tem

um

papel fundam

ental principalmente na é ...

pra com

eçar dá pra ver pelas prioridades

E6

– U

C25

UR

43

atuação do

nutricionista é importante pra começar,

dá pra ver pelas prioridades que o PSF

estabelece que é Diabetes, Hipertensão,

obesidade, essas coisas que tem

tudo a

ver com o trabalho do nutricionista.

E6

– U

C25

UR

43

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

Page 116: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

115

que o próprio PSF estabelece que é

Diabetes,

Hipertensão,

essas...é

obesidade essas coisas que tem

tudo a

ver com o trabalho do nutricionista

UC

26 e eu acho que a nutricionista é

importante tam

bém

porque é... pra ajudar

a população desde o começo da

alim

entação,

a

gente

muita

obesidade, eu trabalhei bastante com

a

obesidade na infância e na adolescência,

então a gente vê que os pais não sabem

é...introduzir a alim

entação, não sabe

é.... lidar com a criança quando precisa

estabelecer lim

ites pra... pra essa criança

se alim

entar, então ai começa haver um

... um

a distorção alim

entar desde da... da

infância que fica bastante difícil

de

reverter antes, e... é depois quer dizer

UC

27 e acho que m

esm

o pra auxiliar os

enferm

eiros, os

médicos

em muitas

outras

doenças

que

não

são

tão

abrangentes, m

as a gente viu diversos

casos particulares é... é m

uito im

portante

a inserção do nutricionista principalmente

em atuação com

equipe m

ultidisciplinar

que se pudesse contar com um psicólogo

também

seria

bastante importante pra

essa troca do nutricionista com o

psicólogo com

o fonoaudiólogo.

UC

28 Bom

, eu falei desse grupo de

crianças e adolescentes obesos é... foi

muito importante esse contato com

eles,

E6

– U

C26

UR

44 nutricionista é

importante

também

pra

ajudar

a população

desde

o

começo

da

alim

entação.

E6

– U

C27

– U

R45

(NUTRICIONISTA)

pra auxiliar os enfermeiros, os médicos

em m

uitas outras doenças que não são

tão abrangentes.

E

6 –

UC

27 –

UR

46 im

portante a inserção

do nutricionista em atuação com

equipe

multidisciplinar.

E

6 –

UC

28 –

UR

47 grupo de crianças e

adolescentes

obesos,

eu

acabei

percebendo as

falhas

nessas

relações

E6

– U

C26

UR

44

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E6

– U

C27

UR

45

Atuação na perspectiva

multiprofissional.

E6

– U

C27

UR

46

Atuação na perspectiva

multiprofissional.

E6

– U

C28

UR

47

Evidências de atuação na

perspectiva

Page 117: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

116

eu acabei percebendo que é... as falhas

que

existiam

ali

nessas

relações

familiares e com

o é que o nutricionista

podia ajudar é..... eu acho que é claro

que nessa atuação eu acabei superando

o papel de nutricionista até pra m

e tornar

é ...um

... ter um pouco até de psicologia

com essas crianças, mas de qualquer

form

a é... eu notei a importância dessa

interação com

a... com essas crianças.

UC

29 Tam

bém

é outro... outro grupo que

eu acabei fazendo com a enfermeira

Maressa é.. a gente fez

um trabalho

com...é...

com

crianças

que

ainda

estavam am

amentando

e crianças que

....m

ães

que estavam introduzindo a

alim

entação e...e foi legal que em alguns

casos eu tive retorno disso, de m

ãe que

agradeciam

porque os filhos tavam é...

passando a com

er melhor, simplesm

ente

por ter esse apoio do nutricionista é...

direcionando e auxiliando essa m

ãe a ...

a melhorar a relação alim

entar

da

criança.

UC

30 B

om eu acho que facilitador é...

uma coisa que eu encontrei, vou falar

uma coisa que dificultou que eu acho que

facilitaria se houvesse, é eu acho que

facilitaria se houvesse nutricionistas nas

Unidades

pra am

parar na hora do

trabalho que não é m

ulti que é o trabalho

individual dos...das nutricionistas, é isso

seria

essencial

porque

em

muitos

familiares e como

o nutricionista podia

ajudar.

E

6 –

UC

28 –

UR

48 eu acabei superando

o papel de nutricionista até pra ter um

pouco de psicologia com

essas crianças.

E6

– U

C29

– U

R49

em alguns casos as

mães

agradeciam porque os

filhos

estavam passando a comer m

elhor, por

esse apoio do nutricionista auxiliando a

melhorar a relação alim

entar da criança.

E6

– U

C30

– U

R50

os dois (enferm

agem

e odontologia) estavam

inseridos

e a

Nutrição não, então nesses mom

entos

que eu tinha que fazer o trabalho sozinha

eu ficava perdida.

interdisciplinar.

E6

– U

C28

UR

48

Evidências de atuação na

perspectiva

interdisciplinar.

E6

– U

C29

UR

49

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E6

– U

C30

UR

50

Com

preensão pouca clara

da

atuação

do

nutricionista.

E6

– U

C30

– U

R50

Falta

de direcionamento para

atuação no PSF.

Page 118: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

117

mom

entos é...o pessoal que tá... com

o na m

inha equipe eu só tinha, eu tinha

poucas

outras

profissionais e

eram

dentista

e

enferm

eira,

acabou

acontecendo que os

dois estavam

inseridos e a Nutrição não, então nesses

mom

entos

que

eu tinha que fazer o

trabalho sozinha eu ficava perdida então

o que

facil... um

facilitador seria ter

alguém

da área que pudesse auxiliar é...

outro facilitador eu acho que exatamente

a presença da equipe m

ulti que foi muito

importante desenvolver o trabalho, a

gente viu a equipe crescer junta é..., a

gente viu as diferenças pessoais serem

reduzidas

e o trabalho ir melhorando

gradativam

ente, mas eu acho que outro

facilitador também

é a própria equipe que

recebe, a própria unidade ser receptiva,

o que a gente não teve m

uito bem

lá na

unidade que a gente estava é....eu acho

que isso é um

facilitador, você levar

equipes pra unidades

que

estejam

realmente dispostas

e pra...

e pra

equipes lá da Unidade que também

estejam dispostas

a receber

esses

residentes.

UC

31 então facilitou a presença da

equipe multi, eu tinha m

uita integração

com a M

aressa e isso foi um

ponto de

apoio fundam

ental é...

eu acho que

outras coisas que facilitaram

foi a relação

que eu desenvolvi com

alguns pacientes,

que eu consegui estabelecer lá dentro

E6

– U

C31

– U

R51

um ponto de apoio

fundam

ental

foi

a relação que eu

desenvolvi com alguns

pacientes, até

com alguns

profissionais da própria

unidade.

E6

– U

C31

UR

52

Elas

(ACS)

requisitavam bastante, traziam

muitos

E6

– U

C31

UR

51

Atuação favorecida pela

dinâm

ica do processo de

trabalho do PSF.

E6

– U

C31

UR

52

Atuação na Promoção

e

Page 119: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

118

é..., até com alguns

profissionais da

própria unidade,

fiz am

igos

e .. e

consegui ter um

trabalho m

ais produtivo,

eu senti que tam

bém

da segunda equipe

que eu trabalhei as

próprias

agentes

comunitárias elas ... elas tinham... elas

davam uma importância pro trabalho da

nutricionista então isso foi um

ponto que

facilitou

bastante,

elas

requisitavam

bastante, elas levavam essa m

ensagem

de que tinha nutricionista disposta...

disponível na U

nidade pra população e

elas

traziam

muitos

casos

e queriam

é...que a gente agendasse consultas.

Então essa segunda...

as

agentes

comunitárias da segunda equipe tam

bém

foi..foi um facilitador.

UC

32 eu vi que outras equipes em

outras

unidades cresceram

muita mais que

a gente, porque tinham

é... porque era uma

equipe

mais distribuída, um

a unidade

mais receptiva, que abriu m

ais espaço, a

gente teve toda dificuldade com a

gerente da

nossa

equipe que também

teve um problema de saúde, então ela

era muito ausente ela não... nunca se

posicionou é... pra tentar abrir um

espaço

melhor pra gente na unidade.

UC

33 Eu acho que tam

bém é... precisa...

o que... o que eu daria de sugestão eu

acho que precisa também

, o papel...

assim difundir

melhor

o papel

do

nutricionista dentro é

...

dentro dos

casos e queriam

que a gente agendasse

consultas.

E

6 –

UC

32 –

UR

53 a gente teve toda

dificuldade com a gerente da nossa

equipe, que nunca se posicionou pra

tentar abrir um espaço m

elhor pra gente

na unidade.

E6

– U

C33

– U

R54

os profissionais não

conheciam

o m

eu trabalho lá dentro e

não aproveitavam de mim o que eles

poderiam

aproveitar.

Prevenção.

E6

– U

C32

UR

53

Com

preensão pouca clara

da

atuação

do

Nutricionista.

E6

– U

C33

UR

54

Com

preensão pouca clara

da

atuação

do

nutricionista.

E6

– U

C32

- U

R53

Falta

de direcionamento para

atuação no PSF.

E6

– U

C33

UR

54

Ausência do profissional

no PSF.

Page 120: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

119

próprios...

da própria unidade, com os

próprios profissionais da unidade, porque

taí, era mais um

a dificuldade que eu

sentia,

que

os

profissionais

não

conheciam

o m

eu trabalho lá dentro e

não aproveitavam de mim o que eles

poderiam

aproveitar, porque eu é... eu

acabava, sabe

eu... chegou um

pouco

que

aconteceu

um

dia

de

uma

enferm

eira ir perguntar um

a coisa de

alim

entação para filha dela pro outro

médico, ao invés de perguntar pra m

im.

Então sabe, qual é o

problema? Será

que é a credibilidade? A falta de

conhecimento? Eu eu acho que poderia

haver essa é... conscientização m

elhor,

talvez tentar de algum

a form

a é.. m

ostrar

melhor o trabalho do nutricionista, eu

acho que isso não

depende só do

residente, depende de quem

tá guiando,

depende das próprias é... dos próprios

tutores

é... das

outras

categorias

até

como é que eles estão vendo o trabalho

dos outros profissionais que não o dele,

pra ele poder dentro da unidade dele

também

é colocar a importância dos

outros.

E7

UC

34 Bom

..é, eu vejo assim que o... a

minha

concepção

até

mesm

o

por

trabalhar na residência, aquela questão

da integração de toda a... de todas as

áreas

né... no caso da nossa, teve

dentista, enferm

eira e a nutricionista.

Então vamos

dizer

assim,

antes

da

E7

– U

C34

– U

R55

Então eu vejo que

todos

têm um

trabalho complem

entar

voltado pra saúde.

E7

– U

C34

– U

R56

a área de atuação é

a m

esm

a da nossa, atuação na forma de

preferência preventiva.

E7

– U

C34

UR

55

Evidências da atuação na

perspectiva

interdisciplinar.

E7

– U

C34

UR

56

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

Page 121: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

120

residência eu tinha uma

visão, mas

depois até m

esmo por trabalhar com ela,

a visão é.. m

udou né, até m

esmo com...

até mesm

o em

relação

a minha

área.

Então eu vejo que todos

têm um

trabalho,

vamos

dizer

assim,

é complem

entar, claro que voltado pra

saúde né. Então a.... área de atuação é,

até m

esmo por essa visão eu acho que é

a m

esma da nossa, atuação no que ...na

form

a de é... de preferência preventiva,

né, de fazer as..as orientações com o

grupo, com a com

unidade e tudo isso...

a...e acho que tudo que abrange o... o

que abrange no

PSF, as...as

visitas

dom

iciliares, as consultas individuais, o

trabalho com ... com cada indivíduo e

com a fam

ília com

o um todo né, porque

só o trabalho com

o indivíduo sozinho a

gente... bom

...pelo m

enos o que eu vi...

não dava um resultado se não tiver todo

o apoio familiar, né, então a área de

atuação eu vejo que é essa, vam

os dizer

assim, a m

esm

a que seria de todos os

outros...

outros

profissionais,

tanto

médico, enferm

eiro, dentista e

como

o nutricionista e com

o outras as áreas que

trabalhou junto.

UC

35 É...

bom

...

o que que eu

presenciei... é como eu respondi na

prim

eira pergunta...

a gente estava

sempre bem

envolvida né, então sempre

que nós

fizem

os

o..os

grupos

de

orientações,

o

que

acabava

E7

– U

C34

UR

57 orientações

com

grupo, comunidade e tudo que abrange

no PSF, as visitas dom

iciliares, consultas

individuais, o trabalho com

indivíduo e a

família como um

todo.

E7

– U

C34

– U

R58

área de atuação eu

vejo que é a m

esm

a que seria de todos

os outros profissionais.

E7

– U

C35

UR

59 a gente estava

sempre bem

envolvida,

sempre que

fizem

os

os

grupos

de

orientações, a

gente acabou integrando todas as áreas

juntos.

E7

– U

C35

– U

R60

acabava até que de

E7

– U

C34

– U

R57

Visão

ampliada

de cenários de

atuação.

E7

– U

C34

UR

58

Evidências da atuação na

perspectiva

interdisciplinar.

E7

– U

C35

– U

R59

Atuação na perspectiva

multiprofissional.

E7

– U

C35

UR

60

Page 122: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

121

acontecendo, até mesmo pelo form

ato da

residência,

mas

a gente

acabou

integrando todas as

áreas juntos

né,

então o... ah... eu via a dem

onstração...

como a gente estava m

ais junto... eu não

tive

não

tive

a

oportunidade

de

acompanhar ela em consultas individuais

e tudo né....m

as

sempre que a gente

fazia as atividades coletivas ou as visitas

dom

iciliares

eu presenciava a atuação

dela no... no sentido da orientação

mesmo, do... de correr as inform

ação e

ter orientação tanto pra fam

ília né... nas

visitas dom

iciliares quanto nos grupos de

orientações

que nós

fazíam

os tudo

juntos

acabava...acabava até que...é....

de tanta integração que tinha que ela

falava da nossa área e a gente sabia

falar dela... até m

esm

o quando...quando

não estávamos juntos. Então isso é uma

coisa

importante,

porque

nós,

profissionais da saúde, também

através

da...das conversas que nós tínham

os em

reuniões

acabam

os...

acabam

os...

incorporando

dentro

das

nossas

orientações

ou orientações

que ela

passava pra gente ... então eu acho... eu

vejo

assim

que...

vamos

dizer

assim....é...

a atuação

dela que

eu

vivenciei

tanto com a comunidade,

quanto pra nós, profissionais da saúde,

nesse sentido, vam

os dizer... eu uso até

hoje.

UC

36 Eu não sei se é exatamente isso,

tanta integração, ela falava da nossa

área e a gente sabia falar dela até

mesmo quando não estávam

os juntos.

E7

– U

C35

– U

R61

nós, profissionais da

saúde, também

através das conversas

que

nós

tínham

os

em

reuniões,

acabam

os

incorporando

dentro

das

nossas orientações, orientações que ela

passava pra gente.

E7

– U

C36

UR

62 grupo com as

Evidências da atuação na

perspectiva

interdisciplinar.

E7

– U

C35

UR

61

Evidências da atuação na

perspectiva

interdisciplinar.

E7

– U

C36

UR

62

E7

– U

C36

UR

62

Page 123: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

122

mas o .. o assim... um

a coisa que eu

lembro assim... que..é... foi legal que a

gente fez... foi... a ...é...quando a gente

fez a...o grupo com

as crianças que.. que

levamos os

alimentos

e tudo

né... e

vamos dizer assim, dávamos pra criança

pra ela pegar, vam

os dizer assim é..., é

entre aspas conhecer melhor o alim

ento

né, ou as frutas, no caso eram as frutas,

porque geralmente que ..o que a gente

mais vê... é assim... crianças comendo

é.... doces

ou outras

coisas

que não

tem...

não

são

tão

aceitáveis

nutricionalmente. Mas aí a gente acabou

apresentando...

apresentando

né...

dessa form

a as

frutas

pra elas

então

pegando, tendo esse contato né.. vamos

lá é levar

banana.. tudo, lavava as

frutas... e aí depois vam

os todo m

undo

comer

junto,

descascar

laranja,

descascar mexerica, tudo esses coisas,

então comer...

todo mundo...até nós

também

tava... estávamos junto com

as

crianças

também

... tudo ... né, pra

criança

sentir,

pegar,

sentir...nas

escolas...ah.... nas escolas nós fizerm

os

isso também

de pegar no... um

dia

depois do.. que elas comeram, vamos

pegar o que tinha.... tinha laranja, aí nós

fomos todo mundo junto lá... pegar ...

abrir a m

exerica tudo.. comer.. abrir pras

as crianças... então foi uma atividade que

eu achei que foi m

uito legal que envolveu

todo m

undo e que ... e que deu pra ver

também

que as

crianças

também

...

crianças que levamos os alim

entos foi

uma atividade que foi muito legal, que

envolveu todo o m

undo e que deu pra

ver também

que

as crianças gostaram

também

bastante.

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

Diversidade de estratégias

de educação.

Page 124: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

123

assim não sei...

até

mesm

o pelo

incentivo que tava de... tá todo m

undo

fazendo aquela....a mesma coisa ali..

deu pra ver que elas gostaram tam

bém

bastante.

E8

UC

37 Acho que nutricionista pode

complem

entar né, uma abordagem

mais

ampla do... das pessoas que procuram a

unidade de saúde, já que a proposta da

unidade de saúde é focar na atenção

básica né, de que ele tem, tem como

somar isso.

UC

38 Uma abordagem

mais ampla para

as pessoas, porque hoje na U

nidade de

Saúde da Fam

ília é m

édico, enferm

eiro,

auxiliar e o agente com

unitário né, é uma

abordagem

já ampla, mas ninguém

ainda

tem a form

ação que o nutricionista tem

pra conseguir tam

bém

né, pegar essa...

essa área dele, saber abordar. Eles

sabem

... é orientações básicas né, mas

tem coisas que... por exem

plo, como eu

já... já... já atuei junto

a Cris, que é

nutricionista também

, eu vi,

aprendi

bastante coisa além, eu já vi abordagem

só dos

profissionais da saúde da

Unidade de Saúde da Fam

ília e já vi uma

abordagem

com a Cris

participando

também

, com a nutricionista participando

e é diferente né. Eu acho que isso é uma

coisa que ainda tem

que...a gente ainda

tem que estudar m

elhor e ainda tem

que

certificar

melhor, ver

que tipo

de

E8

– U

C37

UR

63 nutricionista pode

complementar, um

a abordagem mais

ampla.

E8

– U

C38

UR

64 Uma

abordagem

mais ampla pras pessoas, porque hoje

na unidade de saúde da fam

ília é uma

abordagem

já ampla, mas ninguém

ainda

tem a form

ação que o nutricionista tem

pra conseguir pegar essa área dele,

saber abordar.

E8

– U

C38

– U

R65

eu já vi abordagem

só dos

profissionais da saúde da

Unidade de Saúde da Fam

ília e vi um

a abordagem

com

a

nutricionista

participando e é diferente. Eu acho que

de certa form

a melhora o atendimento.

E8

– U

C37

– U

R63

Visão

ampliada

de cenários de

atuação.

E8

– U

C38

UR

64

Valorização da atuação

específica.

E

8 –

UC

38

– U

R65

Valorização da atuação

específica.

Page 125: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

124

abordagem

pode fazer, m

as acho que de

certa form

a melhora o atendimento.

UC

39

Uma

situação?......Hã

teve

várias.... um

a? Acho que assim até….

coisas

mais práticas

né, por exem

plo,

uma palestra ou

orientação nutricional

seja pra hipertenso e diabético que é o

que eles

pegam

pra chavão né, tem

outras coisas gestante, criança tam

bém

que eu participei, mas de hipertenso e

diabético geralmente era assim,

era

falado lá na ... na hora né... é não com

a sal, pode é... ingerir tanto... o alim

ento ou

alim

ento tal.... m

as com a presença da

nutricionista, isso se torna m

ais prático

né, a gente pode desenvolver outras

estratégias que a pessoa entende m

elhor

eu acho né, de.... de coisas ilustradas, de

desenhos, de esquem

as, de exemplos

práticos, de coisas... por

exemplo,

enlatados

não

pode?

Né...

num

a orientação norm

al, não é dado isso, só é

falado do sal. Quando a pessoa pensa,

vou com

prar aquela latinha né, de ervilha

ou algum

a coisa assim, ela não sabe que

ali tem sal né, por exemplo é linguiça,

é...presunto, queijo, tudo isso não é

falado né ... só é falado do sal uma coisa

que a pessoa coloca e já com

a presença

da nutri,

como

ela já conhece mais

específico de alim

entos ela já né ... e

também

até

pra...

pra

complem

entar...na...

no tempero....ela

fala não, aí vai ficar tudo sem gosto? Não

E8

– U

C39

– U

R66

com

a presença da

nutricionista, a gente pode desenvolver

outras estratégias que a pessoa entende

melhor,

coisas

ilustradas, desenhos,

esquem

as, exemplos práticos.

E

8 –

UC

39 –

UR

67 com

a presença da

nutri,

como

ela

conhece

mais

específico

de

alim

entos,

a

pessoa

começa a entender m

elhor, capta m

elhor

tudo isso,

e é

mais completa a

abordagem

.

E8

– U

C39

UR

66

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E8

– U

C39

UR

67

Valorização da atuação

específica.

E8

– U

C39

UR

66

Diversidade de estratégias

de educação.

Page 126: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

125

precisa né, usa m

ais coisa natural, não

sei o que... acho que isso é .. a pessoa

começa a entender melhor né... ela capta

melhor tudo isso, e é m

ais com

pleta a

abordagem

, do que ficando

falando

sempre a mesma

coisa... no caso de

hipertenso e diabético, teve outros

de

crianças, específico pra obesidade né,

então tem

várias vivências.

UC

40 É difícil responder né... acho que o

nutricionista sabe responder melhor que

eu... mas eu acho que é ...é esse contato

com os outros profissionais tam

bém

né,

eu tomo... me tomo como exem

plo,

assim como eu, em

contato com o

nutricionista

tive

outras...

aprendi

bastante coisa... hoje eu não sei tanto...

dar tanto... não tão capacitado quanto o

nutricionista mas algumas coisas

eu

aprendi para abordar isso né, algum

as

coisas eu sei falar e acho que pro... pro

nutricionista tam

bém

, esse contato com

outros profissionais e até a possibilidade

de ele ver onde pode atuar junto com

esses outros profissionais, por exem

plo

eu sou fisioterapeuta, tinha caso por

exemplo de artrose né, que vinha pra...

pra mim, eu preciso do nutri também

porque se eu ficar cuidando da artrose e

a pessoa não reduzir um

pouco o peso,

essa artrose vai continuar, então é uma

coisa em conjunto.

E8

– U

C40

– U

R68 esse contato com

outros profissionais e até a possibilidade

de ele ver onde pode atuar junto com

esses outros profissionais, então é uma

coisa em conjunto.

E8

– U

C40

UR

68

Atuação na perspectiva

multiprofissional.

E9

UC

41 Bom

eu acho né, pelo que eu vi,

E9

– U

C41

UR

69 pelo que eu vi,

E9

– U

C41

UR

69

Page 127: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

126

que eu acho que tem

que ser é consulta

né, com as nutricionistas especificas né,

pras

nutricionistas

avaliarem

as

condições dos pacientes, porque m

uitos

médicos fazem errado né, por isso eu

acho importante o papel do nutricionista

nesse sentido.

UC

42 os grupos, daí já não..... eu acho

que daí

tem os

dois tipos

né, os

específicos

com a nutricionista pra

melhorar a alim

entação, a qualidade da

alim

entação né, a form

a como... pra

ensinar a forma m

elhor de se alim

entar e

grupo junto com

outros profissionais né,

pra ter uma visão todo o papel não só da

alim

entação, mas do medicam

ento, do...

do... da enferm

agem

em qualquer tipo de

grupo.

UC

43 As visitas né, dom

iciliares também

, por exemplo, para aqueles pacientes que

não podem

vir até o posto pra estar

fazendo a consulta com a nutricionista

né, e que dá pra ser feito na casa da

pessoa sem

problema nenhum

né, a não

ser quando você faz com pesagem

fica m

ais difícil de pesar, porque não tem

né, mas eu acho que dá pra fazer, e...

acho que é isso... consulta, grupo, visita.

UC

44 Ó

... eu trabalhei com a Alexandra

nutricionista,

nós

fazíam

os

consultas

juntas

muitas

vezes, pra tá puxando

mesmo, parte de terapia m

edicam

entosa

consulta

com

as

nutricionistas

pra

avaliarem as condições dos pacientes,

porque muitos médicos fazem errado.

E9

– U

C42

– U

R70 grupos específicos

com a nutricionista pra ensinar a forma

melhor de se alim

entar.

E9

– U

C42

UR

71 grupo junto com

outros

profissionais pra

ter um

a visão

não só da alim

entação, mas em qualquer

tipo de grupo.

E9

– U

C43

UR

72 consulta, grupo,

visita.

E9

– U

C

44

– U

R7

3 nós fazíam

os

consultas

juntas

muitas

vezes, pra tá

puxando parte de terapia m

edicam

entosa

com a parte nutricional.

Valorização da atuação

específica.

E

9 –

UC

42

– U

R70

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E9

– U

C42

UR

71

Atuação na perspectiva

multiprofissional.

E9

– U

C43

– U

R72

Visão

ampliada

de cenários de

atuação.

E9

– U

C44

UR

73

Atuação na perspectiva

multiprofissional.

E9

– U

C42

UR

70

Diversidade de estratégias

de educação.

Page 128: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

127

com a parte nutricional, porque a gente

tem

interações

com

alimento,

medicam

ento,

tem

muito

disso.

E

também

pra tá melhorando as

duas

coisas

né,

não adianta o paciente

melhorar a alim

entação e não tomar

remédio direito ou vice-versa. Então

trabalhei em consulta em conjunto com

a

Alexandra, grupos bastante né, não só

com

a

nutricionista,

mas

com

a assistente social,

enferm

eira, terapeuta

ocupacional,

né,

era um

grupo em

conjunto que

a gente abordava vários

assuntos, inclusive entrava também

a

parte nutricional é... grupos específicos,

só eu e ela chegam

os a fazer também

, só eu e a Alexandra né, pra pegar essas

duas partes e visita domiciliar também

mas é... cheguei também

só com ela...

eu e a Alexandra só né, vê a parte

nutricional e m

edicam

entosa e junto com

as outras categorias também que tinha

essas duas coisas assim.

UC

45 Ó... o que eu conheci mesm

o como que é feito foi na consulta né. Que

eu fazia junto com

ela e via com

o era

feita

a

abordagem

, a

entrevista,

montagem

da dieta... depois né... eu

cheguei a ver também

e aí que eu fui

conhecer melhor como que é feito é, as

porções, como é

especifico pra cada

pessoa, não tem um

...um

...um modelo

padrão tal,

isso eu achei bacana que

eu... que eu não conhecia né. Porque, no

E9

– U

C 4

4 –

UR

74 era um grupo em

conjunto que a gente abordava vários

assuntos, inclusive entrava também

a

parte nutricional.

E9

– U

C45

– U

R75 eu conheci m

esmo

como que é feito foi na consulta, como é

específico pra cada pessoa, não tem

modelo padrão.

E9

– U

C45

– U

R76 tem

que ter form

ação

específica pra fazer a consulta e o pós-

consulta, o trabalho que é feito pra tá

desenvolvendo um

a dieta adequada

específica para aquela pessoa.

E9

– U

C44

UR

74

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E9

– U

C45

UR

75

Valorização da atuação

específica.

E9

– U

C45

UR

76

Valorização da atuação

específica.

E9

– U

C44

UR

74

Diversidade de estratégias

de educação.

Page 129: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

128

PSF,

é

modelo

padrão

né,

pa...pa...pa...pa..pa. E na verdade é

bem

... bem

elaborado, por isso que eu

acho que tem

de ter nutricionista m

esm

o pra fazer essas coisas né, porque tem

de

ter form

ação específica pra isso, a gente

até pegava algum

as

coisas, até pra

passar, m

as não é a m

esma coisa né,

porque tem que ter o profissional de

verdade na consulta, vendo ela fazer a

consulta e o pós-consulta né o trabalho

que é feito pra ta desenvolvendo um

a dieta adequada pra... específica para

aquela pessoa né.

UC

46 Vendo o Programa Saúde de

Fam

ília, eu acho que é novo né, não

tinha e um

a coisa que foi criada pela

residência, excetuando-se médico né,

enferm

eiro, fisioterapeuta e dentista e TO

também

, as

outras

categorias

não

existiam né, no Programa Saúde da

Fam

ília então foi um

a coisa que a gente

criou nova... nova m

esmo, apesar de ter

muitos conhecimentos pré estabelecidos

que foram apenas

colocados, muitas

coisas

foram adaptadas

pra ...

pras

exigências

que o program

a exigia da

gente, então tinha que

adaptar muitas

coisas, eu acho que isso que isso que

acrescentou né, o papel do nutricionista

em saúde

da família né, o papel das

visitas que não.. não tinha né, o papel

dos grupos que também

num

tinha pros

outros profissionais. Eu acho que esses

E9

– U

C46

U

R77

as consultas

em

saúde da fam

ília é diferente, porque a

gente já conhece a pessoa, tem um

papel diferenciado.

E9

– U

C46

UR

77

Atuação favorecida pela

dinâm

ica do processo de

trabalho do PSF.

Page 130: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

129

pontos são os pontos que acrescentaram

na form

ação do nutricionista em saúde

da fam

ília. Até m

esmo as consultas que

são coisas

de praxe que fazem em

qualquer lugar, mas

as consultas

em

saúde da fam

ília é diferente, porque a

gente tem

uma população específica, já

conhece a pessoa, então acaba sendo

diferente, tem um

papel diferenciado,

acho que...

que acrescenta né... no

programa.

UC

47 às

vezes

assim,

pra.....

pros

profissionais que já estavam

nos postos

de saúde, nos hospitais, é entenderem o

papel dos

residentes

né, porque

ficou

estranho

também

né, porque

nunca

tinha visto essas

categorias, pra você

colocar seu trabalho ali acabou ficando

mais difícil né, então

essa coisa da

inserção

dos

profissionais

como

residente, em

um

ponto foi mais difícil

também

né,

porque

não

tinha

conhecimentos

desses profissionais, a

própria

população,

tipo

nutricionista

agora? O

que é isso né? Então acabou

sendo legal tudo... porque você está

mostrando uma coisa que você m

ostra

que dá certo m

ais, mas negativo porque

as

pessoas

ficam

naquela, que não

sabem

com

o fazer, com

o lidar e acaba

dificultando às vezes o trabalho, né, do

profissional.

E9

– U

C47

– U

R78

as pessoas ficam

naquela, que não sabem como fazer,

como lidar e acaba dificultando às vezes

o trabalho do profissional.

E9

– U

C47

UR

78

Com

preensão pouco clara

da

atuação

do

nutricionista.

E9

– U

C47

– U

R78

Falta

de direcionamento para

atuação no PSF.

E10

U

C48 É.... em quase todas as áreas eu

E10

– U

C48

– U

R79

em quase todas as

E10

UC

48

UR

79

Page 131: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

130

vejo a atuação do nutricionista, então na

saúde da criança, no acom

panham

ento

nos dois prim

eiros anos de vida, é... no

... com as prioridades a hipertensão, a

diabetes, é fundam

ental o trabalho do

nutricionista..é.. na promoção da saúde...

então na questão da... da qualidade de

vida, então.. da

alim

entação tanto pra

perda de peso, como pra aproveitamento

de alim

entos, então com

o trabalhar isso

eu acho que é um

a especificidade da

Nutrição.

UC

49 m

esm

o na parte de educação em

saúde, nessa questão não sei se chama

educação alim

entar, mas de como

consumir

os

alim

entos,

melhor

consumir... eu acho m

uito específico da

Nutrição, eu acho que

por mais que

outros profissionais possam

trazer um

a contrib..., assim... do seu conhecimento

acadêm

ico,

algum

a coisa,

existem

coisas que são específicas da Nutrição.

UC

50 Deixa eu ver.. assim pra não ficar

assim m

uito vago né, então... na hipert...

assim

no

tratam

ento

de

doenças

decorrentes da má alim

entação, que aí

quando já aconteceu a doença, o agravo

né,

na hipertensão. Agora,

como o

Programa de Saúde da Fam

ília é um

programa de atenção

prim

ária e o

enfoque tem

de ser na promoção e na

prevenção,

eu acho

assim que o

nutricionista podia acrescentar muito, e a

áreas, eu vejo a atuação do nutricionista,

na

saúde

da

criança,

no

acompanham

ento nos

dois prim

eiros

anos

de vida, com as prioridades

a hipertensão, a diabetes

E10

UC

48

– U

R80

fundam

ental o

trabalho do nutricionista na promoção da

saúde, na questão da qualidade de vida,

da alim

entação.

E10

UC

49

– U

R8

1 na parte de

educação em saúde, nessa questão de

educação alim

entar de

como

consumir

os alim

entos, melhor consum

ir.

E10

UC

50

– U

R82

o Programa de

Saúde da Fam

ília é um

programa de

atenção prim

ária e o enfoque tem

de ser

na

promoção

e na

prevenção,

o Nutricionista podia acrescentar muito.

E10

– U

C50

– U

R83

com

o se alim

entar

melhor, ter um

bom

hábito alim

entar, isso

faz parte da promoção da saúde de uma

maneira m

uito importante é interessante

esse aspecto do trabalho do nutricionista.

Visão

ampliada

de

cenários de atuação.

E10

UC

48

UR

80

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E10

UC

49

UR

81

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E10

UC

50

UR

82

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E10

UC

50

UR

83

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

Page 132: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

131

gente fica pensando

aí, pensa em

Nutrição, pensa só em obeso né, e eu

fico pensando não, que ... que não é só

em obeso, eu acho é ... é com

o... como

se alim

entar melhor, com

o se alim

entar

bem

, como ter um

bom

hábito alim

entar,

isso faz parte da promoção da saúde de

uma m

aneira m

uito im

portante, então é...

é interessante esse aspecto do trabalho

do nutricionista.

UC

51 O

lha, tem inúm

eras assim, desde

paciente acamado que fazia uso de

sonda e que ficou ao encargo da equipe

de saúde da fam

ília, então a sonda para

alim

entação em casa, um

a questão que

já seria até de uma com

plexidade além

do PSF, mas que acontece... que é parte

da realidade com

qual a gente deparou

e... e assim até nessa parte de promoção

de saúde mesm

o.

UC

52 Lem

bro é... claram

ente assim,

alguns mitos, então o.. um

a coisa bem

que eu lem

bro... um

a orientação que a

Paula dava do consumo de ferro junto

com cálcio né, então

eu lembro ela

orientando

mãe,

puérperas

assim,

como... como tomar o

aditil é que o

aditivo de ferro, pra não dar junto com

...

com o leite, que é uma coisa... é coisa

simples mas que faz toda diferença na

absorção de ferro. Até no atendimento de

diabéticos que a

gente atendeu muito,

então o trabalho da

Nutrição nesse

E10

– U

C51

– U

R84

paciente acamado

que fazia uso de sonda, ficou ao encargo

da equipe de saúde da fam

ília, que já

seria de um

a complexidade além do

PSF, mas que é parte da realidade com

a qual a gente se deparou.

E10

– U

C51

– U

R85

promoção de saúde

mesmo.

E

10 –

UC

52 –

UR

86 uma coisa bem

que

eu

lembro,

ela

orientando

mãe,

puérperas como tomar o aditil, pra não

dar junto com

o leite, é coisa simples,

mas que faz toda diferença na absorção

de ferro.

E10

UC

51

UR

84

Com

preensão pouco clara

da atuação nutricionista.

E10

UC

51

–UR

85

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E10

UC

52

UR

86

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E10

UC

52

– U

R86

Diversidade de estratégias

de educação.

Page 133: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

132

sentido foi...

ele foi

um diferencial,

porque ele fazia grupo de culinária então,

ensinando com

o... com

o fazer bolo com

adoçante, e um

a coisa simples, mas

assim que fazia m

uito a diferença.

UC

53 e então... na prevenção eu

vi

muito, a gente fazia muitos grupos de

prevenção em que a Nutrição tinha papel

importante,

tanto de

prevenção de

agravos

quanto promoção de saúde,

como se alim

entar melhor e tal... até da

mais alta com

plexidade que a gente se

deparou, que foi um

... um

a pessoa que

usava sonda em

casa e que recebeu

orientação do nutricionista. Quer dizer

tem várias situações.

E10

– U

C53

– U

R87

a gente fazia m

uitos

grupos de prevenção em que a Nutrição

tinha

papel

importante,

tanto

de

prevenção de agravos quanto promoção

de saúde.

E10

UC

53

UR

87

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E10

UC

53

– U

R87

Diversidade de estratégias

de educação.

E11

U

C54

Bom

... bom eu acho que assim

como

os

dem

ais

profissionais,

na

atenção prim

ária, no PSF, ele vai poder

ajudar tanto na parte de promoção,

educação e assistência em várias áreas,

incluindo a saúde alim

entar, saúde é... a

saúde das faixas etárias que o PSF cuida

em relação à alim

entação e Nutrição.

UC

55 É... eu acho que o nutricionista, eu

acho que ele consegue trazer um

olhar

diferenciado, mas

dentro do PSF do

trabalho que já é feito tanto com as

prioridades, que tem

do programa então

os hipertensos, diabéticos, m

enor de é...

um ano, gestante, quanto conseguirem

am

pliar um

pouquinho esse olhar para as

E11

– U

C54

– U

R88

com

o os dem

ais

profissionais, na

atenção prim

ária, no

PSF, ele vai poder ajudar tanto na parte

de promoção, educação e assistência em

várias áreas.

E11

UC

55

– U

R89

eu acho que o

nutricionista consegue trazer um

olhar

diferenciado, am

pliar um

pouquinho esse

olhar, às vezes não é um

a prioridade,

mas

você

consegue

abranger

um

pouquinho m

ais.

E11

UC

54

UR

88

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E11

UC

55

UR

89

Visão

ampliada

de

cenários de atuação.

Page 134: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

133

outras

... é população que a gente

assiste né, então às vezes não é uma

prioridade, m

as você consegue abranger

um pouquinho mais disso.

UC

56 Nutricionista... Ah eu acho que

uma coisa que foi bem

legal que tem

até

a ver com nosso trabalho de conclusão

de curso, que

foi um

trabalho

que a

gente

fez

com

a população

pré-

escolar...é desnutrida, com sobrepeso e

eutrófica. P

or que eu acho que foi um

trabalho diferencial? Porque segundo

dados oficiais do S

IAB dos serviços de

saúde, a gente tinha nenhum

ou um ou

dois desnutridos, então a intervenção e o

olhar que... com ela na equipe, que ela

teve junto com a

equipe, nunca um

trabalho isolado né, pôde perm

itir que a

gente fizesse esse diagnóstico...

é...

fizesse esse diagnóstico e fizesse a

intervenção direcionada. Então eu acho

que isso foi totalmente diferenciado,

então acaba

como

o outro profissional

médico, enfermeiro, tem uma visão m

uito

específica, acaba tendo um olhar pras....

pras

especificidades

dele

e

pras

prioridades do programa, isso só foi

possível

com

a

presença

desse

profissional, e até a questão de form

ação

técnica né, algum

as

coisas

de nível

técnico, ah! às vezes um classifica, ah

isso é desnutrido, não é desnutrido,

cham

a de desnutrição leve ou isso é um

risco de desnutrição. Então até um

a

E11

– U

C56

– U

R90

segundo S

IAB, a

gente tinha nenhum

ou um

ou

dois

desnutridos, então a

intervenção

e o

olhar com ela na equipe pôde perm

itir

que a gente fizesse esse diagnóstico e

intervenção direcionada.

Efo

no

11 –

UC

56 –

UR

91 Então até uma

questão de form

ação técnica m

esm

o, por

ter um

olhar diferente, às vezes a gente

deixa passar

algum

as

coisas

que o

profissional consegue ver.

E11

UC

56

UR

90

Valorização da atuação

específica.

E11

UC

56

UR

91

Valorização da atuação

específica.

Page 135: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

134

questão de form

ação técnica m

esm

o, por

ter um

olhar diferente, às vezes ah eu

uso tal classificação ou uso tal formação,

às vezes a gente deixa passar algum

as

coisas que o profissional consegue ver.

UC

57 E

u acho que possibilitou ampliar

mesmo a atuação no sentido de ter mais

práticas coletivas, de conseguir trabalhar

efetivam

ente em

equipe,

porque às

vezes o nutri... nutricionista é um...é um

profissional

que

está

isolado,

não

consegue efetividade do trabalho

dele,

porque não conseguem

ter o suporte

dos... dos dem

ais profissionais e .... eu

acho que assim a.. a residência a

proposta do PSF aproxima muito m

ais da

população e a N

utrição vem

falando da

mudança de hábitos né... então eu acho

isso

é

uma

abordagem

muito

interessante, porque às vezes você pode

falar lá receita de bolo, o profissional tá

trabalhando, orientando, mas

ele não

tem a percepção real da realidade

daquela pessoa, então

por

isso não

consegue promover uma m

udança. E eu

acho que muitos

também distúrbios

alim

entares, algum

as coisas que tem

a

ver, tem

um pano de fundo que envolve

outras

áreas, então eu acho isso, o

trabalho da psicologia, do serviço social,

ajudou m

uito com

outras questões e até

mesmo nos pro... próprios procedimentos

clínicos, então medicam

entos

se tá

tomando,

se

não

tomando,

E11

– U

C57

– U

R92

possibilitou ampliar

mesmo a atuação no sentido de ter mais

práticas coletivas, de conseguir trabalhar

efetivam

ente em equipe.

E11

– U

C57

– U

R93

o nutricionista é um

profissional que tá isolado, não consegue

efetividade do trabalho dele, porque não

conseguem

ter o

suporte dos

dem

ais

profissionais.

E11

– U

C57

– U

R94

muitos distúrbios

alim

entares têm um pano de fundo que

envolve outras áreas, essa proximidade

com tudo isso ajuda ele a ter um

a atuação mais ampliada, mas efetiva.

E11

UC

57

UR

92

Atuação na perspectiva

multiprofissional.

E11

UC

57

UR

93

Com

preensão pouco clara

da

atuação

do

Nutricionista.

E11

UC

57

UR

94

Evidências da atuação na

perspectiva

interdisciplinar.

E11

UC

57

– U

R93

Ausência do profissional

no PSF.

Page 136: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

135

adequado ou não, então esse paciente

tem tal perfil clínico, tá fazendo... tal o

tipo de tratamento,então

isso ajuda

também

essa proximidade com

tudo isso,

ajuda

ele a ter um

a atuação mais

ampliada é, m

ais... m

ais efetiva.

UC

58 Do nutricionista pra ele.... eu acho

que o trabalho com

partilhado, essa visão

ampliada.

Eu acho... eu acho que

principal eu acho que é a prática coletiva,

que eu acho que isso, acho que ajudou

muito

a

ampliar

o trabalho

do

nutricionista. E eu

acho até mesm

o a

form

ação pra realidade brasileira, porque

às

vezes

a gente tem um

a form

ação

teórica que

você estuda alguns casos,

mas que é ensinada, e a gente tem

uma

popul.... é uma parcela da população que

pertence a outro grupo social, então eu

acho que esse olhar pra todos

os

dem

ais

grupos

sociais

e

também

diferentes

faixas

etárias né, diferentes

grupos populacionais. Eu acho que é a

ampliação m

esm

o desse olhar, atividade

intersetorial

também

, então isso eu

também

acho que tam

bém é uma coisa

legal, dentro da prática então como eu

posso m

udar meu olhar, com

o eu posso

mudar? Mas

assim e quais os

outros

recursos que eu também

posso contar,

então a gente está m

uito m

ais próximo

de políticas sociais é... das políticas e

dos

programas

sociais, então vai pra

uma área assim que vai envolver gestão,

E11

– U

C58

– U

R95

Do nutricionista eu

acho que o trabalho compartilhado, essa

visão ampliada, a prática coletiva, acho

que ajudou muito a ampliar o trabalho do

nutricionista.

E11

– U

C58

– U

R96

Eu acho que é a

ampliação m

esmo desse olhar, quais os

outros recursos que eu também

posso

contar, a

gente está

mais próximo de

políticas sociais dos programas sociais,

gestão, supervisões, vigilância, cuidado

de higiene, infraestrutura.

E11

UC

58

UR

95

Atuação na perspectiva

multiprofissional.

E11

UC

58

UR

96

Evidências da atuação na

perspectiva

interdisciplinar.

Page 137: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

136

que vai envolver as

supervisões, vai

envolver vigilância, vai ter cuidado de

higiene, infra-estrutura, vai trabalhar um

pouco m

ais isso.

UR

59 talvez

a estrutura de trabalho

dem

orou um pouco pra entrar nos eixos,

assim então, por exemplo o nutricionista,

qual é a carga horária que eu deveria ter

para a supervisão de caso e às vezes

nisso, como era m

uito genérico né, as

vezes não era adequado pra prática dele,

ou m

esm

o assim na prática tradicional,

por exemplo, a gente fala ah a gente faz..

fazer um

a consulta de N

utrição é m

uito

importante você saber o hábito é.... você

ter

tudo aquele levant... recordatório

alim

entar,

então

era

uma...

uma

entrevista, era um m

omento que tinha de

ser mais prolongado e às

vezes

as

rotinas

da

prática

eram

muito

instantâneas queixa e

conduta e na

Nutrição

não é queixa e conduta, a

queixa é m

uito longa , então achei então

uma coisa... algo que

dificulta porque

você

dividir

a

estrutura

de

trabalho/tem

po de m

aneira m

uito igual e

o nutricionista tinha esse m

omento que

era diferencial... diferenciado.

UC

60 Eu acho que com

o nutricionista de

modo geral, ele tem

que lidar muito com

o senso... senso com

um, então é m

uito

difícil ele quebrar os paradigmas, então

assim ah eu ... a .... eu a...a... e isso na

E11

– U

C59

– U

R97 algo que dificulta

você dividir a estrutura de trabalho/tem

po

de m

aneira m

uito igual e o nutricionista

tinha esse mom

ento que era diferencial.

E11

– U

C60

– U

R98

o nutricionista, de

modo geral, tem que lidar muito com

o

senso com

um, então é m

uito difícil ele

quebrar

os

paradigmas

que

ficam

rondando a atuação do profissional.

E11

UC

59

UR

97

Com

preensão pouco clara

da

atuação

do

nutricionista.

E11

UC

60

UR

98

Com

preensão pouco clara

da

atuação

do

nutricionista.

E11

UC

60

– U

R98

Ausência do profissional

no PSF.

Page 138: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

137

form

ação acho que foi uma coisa dentro

da equipe de tudo ... eu fico pensando na

prática e na form

ação, não sei se é essa

a intenção,

mas o

senso comum

prevalece então, às vezes a orientação

de uma dieta qualquer um

pode fazer,

então isso é uma coisa que é m

uito difícil

de quebrar , quebrar esse paradigma que

existe de senso comum

que ficam

rondando a atuação do profissional,

então a orientação da dieta de um

bebê

todo m

undo pode fazer, a isso qualquer

um sabe, então quebrar

isso,

ter

estrutura, ter massa critica mesm

o, ter

pessoas

em núm

ero

e no mesmo

discurso pra quebrar um

pouco disso eu

acho que é uma coisa que eles tiveram

que enfrentar que foi uma dificuldade.

E12

U

C61

A atuação que eu acho é

de

prevenção

né,

das

doenças

degenerativas

que são

causadas

pela

má Nutrição, pelo excesso de peso né,

por

exemplo

hipertensão,

diabetes,

complicações de hipertensão de diabetes

né... então ele faz lá um

trabalho de

prevenção, de orientação e promoção de

saúde tam

bém

né, na parte curativa tipo

da obesidade, da orientação errada né...

que

a

maioria

da

população

principalmente é que necessita mais.

UC

62 Então eu presenciei é.... eu assisti

as consultas dela, os pacientes. Prim

eiro

a ligação que ela teve com

os pacientes,

ela teve um

a... como

se diz... um

a

E12

UC

61

– U

R99

atuação é de

prevenção das doenças

degenerativas

que são causadas pela m

á nutrição, pelo

excesso de peso

E

12 –

UC

61 –

UR

100 ele faz um trabalho

de prevenção, orientação e promoção de

saúde,

na

parte

curativa

tipo

da

obesidade.

E

12 –

UC

62 –

UR

101 a ligação que ela

teve com os

pacientes, ela teve um

a relação m

uito boa.

E12

UC

61

UR

99

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E12

UC

61–

UR

100

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E12

UC

62

– U

R10

1 Atuação favorecida pela

dinâm

ica do processo de

trabalho do PSF.

Page 139: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

138

relação m

uito boa, com os pacientes é...

ela orientou, cuidou do peso, tanto que

os pacientes se sentiram

motivados e a

maioria deles

começou

a perder peso

mesmo, com

eçou a pensar em

term

os de

uma Nutrição m

elhor entendeu... até em

term

os de... econôm

icos que ela... que

dá pra ver que com

menos dinheiro você

pode fazer até uma alim

entação m

elhor,

através da orientação que ela dava pros

pacientes eu achei assim... excelente; o

trabalho dela foi muito gratificante, foi

importante aqui pra população, porque

quando acabou o

.. a residência, o

pessoal sentiu falta,

vinha perguntar

cadê a...a Paula, cadê a Paula e agora

como ... quer dizer... com

o vai ser minha

vida daqui pra frente, sem a orientação

dela... nossa, foi assim... foi m

uito bom

.

UC

63 Deu m

uito valor pra ... pra equipe

e ela som

ou entendeu... nas reuniões de

equipe aqui, ela passava as coisas dos

pacientes para gente entendeu, a gente

tinha uma noção m

elhor dos pacientes,

eles começavam até m

elhorar em

termos

de pressão alta, diabetes ... ter um

a noção m

elhor de Nutrição e até ajudar os

próprios

colegas

de...de vizinhos e

tudo

mais.

A

Paula

era

mesm

o requisitada, pelo m

enos na m

inha equipe

assim... né.... nutricionista é importante

mesmo.

UC

64 O

que aconteceu... ela veio trouxe

E12

UC

62

– U

R10

2 ela orientou,

cuidou do peso, tanto que os pacientes

se sentiram

motivados e

a maioria

começou a perder peso m

esmo.

E12

– U

C62

– U

R10

3 dá pra ver que

com m

enos dinheiro você pode fazer até

uma alim

entação

melhor

através

da

orientação que ela dava pros pacientes

E12

– U

C62

– U

R10

4 o trabalho dela foi

importante aqui pra população, porque

quando

acabou,o

pessoal

vinha

perguntar e agora com

o vai ser minha

vida daqui pra frente sem

a orientação

dela?

E12

– U

C63

– U

R10

5 Deu m

uito valor

pra equipe e ela som

ou.

E12

– U

C63

– U

R10

6 eles começavam

até a melhorar em

term

os de pressão

alta, diabetes, ter um

a noção m

elhor de

Nutrição e

até ajudar

os

próprios

colegas, vizinhos e tudo m

ais.

E12

– U

C64

– U

R10

7 tinha os pacientes,

E12

UC

62

– U

R10

2 Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E12

UC

62

– U

R10

3 Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E12

UC

62

– U

R10

4 Atuação favorecida pela

dinâm

ica

da

Estratégia

Saúde da Fam

ília.

E12

UC

63

– U

R10

5

Atuação na perspectiva

multiprofissional.

E12

– U

R63

– U

R10

5 Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E12

UC

64–

UR

107

E12

UC

62

– U

R10

3 Diversidade de estratégias

de educação

Page 140: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

139

aquela coisa assim que parece que deu

uma turbinada na

nossa equipe né, e

na... no com

eço tinha os pacientes né...

eles

ficavam

assim... tem nutricionista

que bacana, tamos aprendendo, tamos

fazendo... receitas etc e tal.. porque não

tinha né.. e o ponto foi isso... que o

negocio veio e de repente “puff” cabou

né... e o tem

po que .. que a gente queria

não só pra nossa equipe, mas pra toda

unidade né.... queria um

tempo maior

dela aqui

né...

e que depois ela

continuasse esse trabalho, no entanto

cabou foi embora, entendeu...

eles ficavam assim... tem nutricionista,

que bacana! Estam

os aprendendo!

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E13

U

C65

A... eu acho que ele com

põe né, a

equipe, porque o enferm

eiro até faz o

papel do nutricionista é, sendo que não

tem toda a capacidade né e a... e a...

como que eu posso dizer, e a form

ação

por aquilo, e eu acho que ele acaba

entrando um pouquinho e eu acho que

se tivesse o papel do nutricionista dentro

do.. do program

a é... ia ajudar m

uito a

cada um fazer o seu papel.

UC

66 Eu acho que ele faria... ele dava o

suporte

mesm

o nutricional

da...

da

famílias, porque a

gente tem muitos

pacientes ou com desnutrição ou

com

obesidade m

órbida, e ai ele taria inserido

pra ta ajudando a... a esses pacientes...

não seria assim, um

nutricionista pra

cada equipe, mas um

nutricionista dentro

da unidade onde a gente pudesse

E13

UC

65

– U

R10

8 ele compõe a

equipe.

E13

UC

65

– U

R10

9 porque o

enferm

eiro

até

faz

o

papel

do

nutricionista, sendo que não tem

toda a

capacidade.

E13

– U

C66

– U

R11

0 ele dava o suporte

mesmo

nutricional da

família, a gente

tem m

uitos pacientes com desnutrição,

com obesidade m

órbida, e aí ele estaria

inserido pra tá ajudando.

E13

UC

65

– U

R10

8 Atuação na perspectiva

multiprofissional.

E13

UC

65

– U

C10

9 Com

preensão pouco clara

da

atuação

do

nutricionista.

E13

UC

66

– U

R11

0 Atuação na Promoção

e

Prevenção.

Page 141: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

140

encaminhar casos pra eles.

UC

67 A gente tinha um.. um grupo de...

no outro posto que a gente... eu estava,

a gente tinha um grupo de...onde a gente

cham

ava as

pessoas

pra fazer

a reeducação alim

entar...

e a gente viu

mesmo

essa

...

essa

reeducação

alim

entar

dos pacientes, onde eles

perdiam peso gradualmente, e foi muito

bom

... e eu acho que é isso mesm

o que

a população precisa:

da reeducação

alim

entar.

UC

68 E eu acho tam

bém

essa vivência

com a população mesm

o,

com a...

porque nós temos na... na rede então

essa vivência m

esm

o, essa abertura, a

busca desses pacientes, que eles ficam

todos é..... meio que escondidos dentro

da área e aí com a... com o nutricionista,

eu acho que aflora isso e eles começam

a aparecer e ai vê m

esm

o a necessidade

dele dentro do programa.

E13

– U

C67

– U

R11

1 a gente cham

ava

as

pessoas

pra fazer

a reeducação

alim

entar e

a gente viu mesm

o essa

reeducação alim

entar, eles perdiam peso

gradualmente.

E

13 –

UC

68 –

UR

112 essa vivência com

a população mesm

o, essa abertura, a

busca desses pacientes, que eles ficam

todos

meio que escondidos

dentro da

área.

E13

UC

67

– U

R11

1

Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E13

UC

68

– U

R11

2 Atuação na Promoção

e

Prevenção.

E13

UC

67

– U

R11

1 Diversidade de estratégias

de educação

E13

UC

68

– U

R11

2 Diversidade de estratégias

de educação

Page 142: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

141

Ap

ên

dic

e C

– Eixo temático 2: Form

ação do nutricionista na Residência Multiprofissional em Saúde da Família .

UN

IDA

DE

DE

CO

NT

EX

TO

U

NID

AD

E D

E R

EG

IST

RO

C

AT

EG

OR

IAS

E

ntr

evis

tad

o 1

(E

1)

UC

1 Hã... eu acho que a principal atuação

que o nutricionista poderia ter é na promoção

da saúde. Eu acho que seria o foco principal,

mas acaba surgindo uma

dem

anda maior,

hã... que não compete... eu acho que não

competiria ao nutricionista no P

SF, mas eu

acho que por falta de

não ter pra onde

referenciar. Então eu acho que m

uitas vezes

a gente fica num

a situação que o nutricionista

tem que dar conta de tudo, mas ele não tem

o preparo pra isso.

UC

2 Foi experiência de trabalhar com oficina

culinária, com crianças bem

no sentido da

promoção da saúde, que eram crianças que

não

necessariam

ente

tinham

algum

a...

algum

a deficiência nutricional, algum

risco

nutricional ... e eram crianças que iam

lá pra

gente

cozinhar,

pra

gente

trabalhar

alim

entação,

trabalhar

diversos

temas

envolvendo saúde infantil. Q

ue talvez se eu

tiver... no m

omento eu não conseguia ter..

por causa de horário, apoio... é... a presença

de outros profissionais,

por exemplo o

psicólogo, o TO, um

assistente social que

reforçaria

esse

trabalho

multi,

porque

diversos temas surgiam que extrapolavam a

alim

entação,

como

violência,

como

alcoolismo, como

evasão escolar, que o

nutricionista não tem

esse preparo pra lidar

E1

- U

C1

- U

R1 a gente fica num

a situação

em que o nutricionista tem

que dar conta de

tudo, m

as ele não tem o preparo pra isso.

E1

– U

C2

– U

R2 diversos temas surgiam que

extrapolavam a alim

entação,

tais como

violência, como alcoolismo, como evasão

escolar que o nutricionista não tem

preparo

pra lidar com isso.

E1

- U

C1

- U

R1

Form

ação voltada à

especificidade, dificultando o olhar ampliado

para o PSF.

E1

– U

C2

UR

2 Form

ação voltada à

especificidade, dificultando o olhar ampliado

para o PSF.

Page 143: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

142

com isso.

UC

3 Mas o que ajudou na form

ação, m

as eu

acho que m

ais pro profissional de saúde e

não específico com

o nutricionista é o trabalho

multiprofissional.

Então

você tem outras

categorias pra tá trabalhando ali direto... e

isso enriqueceu o trabalho do nutricionista,

que eu tinha o clássico, então assim, muito

bem

o biológico,

saber

muito bem

de

alim

entos, mas

sempre

falta da form

ação

como trabalhar isso. E a... e o trabalho com

outras categorias, no m

eu caso, seria fono,

hã... assistente social, psicólogo, psicologia e

enferm

agem

, essas três categorias... essas

quatro categorias que eu tinha m

ais contato

ajudaram

muito, principalmente psicologia e o

serviço social, que eu não... nunca... nunca

tive contato assim pra trabalhar e que tem

um

a visão m

uito m

aior de trabalho de saúde

do que o que o serviço está acostum

ado,

então eu acho que isso acrescentou dem

ais

na form

ação... eu me considero hoje... todas

acho que também

fizeram residência, um

profissional com um

a visão diferenciada de

trabalho de saúde, que isso não se restringe

àquela coisa mais lim

itada da Nutrição, a

gente conseguiu extrapolar isso.

UC

4 Eu acho que tem que ter o profissional

na rede pra dar um

suporte. E eu acho que

agora como a gente já tem profissionais

form

ados... eu acho que cabe agora tam

bém

, por

exemplo,

tentar

absorver

esses

profissionais pra tentar começar a form

ular

E1

– U

C3

– U

R3 o que ajudou na formação,

mas pro profissional

de saúde e

não

específico como nutricionista é o trabalho

multiprofissional.

E1

– U

C3

– U

R4

outras

categorias

trabalhando

ali

direto

enriqueceram

o trabalho do nutricionista, que eu tinha o

clássico, muito bom

, o biológico, saber muito

bem

de alim

ento, mas sempre falta da

form

ação com

o trabalhar com isso.

E1

– U

C3

– U

R5

me

considero hoje um

profissional com

uma visão diferenciada de

trabalho de saúde que não

se restringe

àquela coisa mais lim

itada da Nutrição, a

gente conseguiu extrapolar.

E

1 -

UC

4 –

UR

6 Eu acho que tem

que ter o

profissional na rede pra dar um

suporte...

profissionais form

ados (PELA RESIDÊNCIA).

E1-

U

C3

– U

R3

Vivência multiprofissional

como facilitadora na form

ação.

E1-

U

C3

– U

R4

Vivência multiprofissional

como facilitadora na form

ação.

E1

– U

C3

– U

R5 Vivência m

ultiprofissional

como facilitadora na form

ação.

E1

– U

C4

– U

R6

Inserir nutricionista no

campo de ensino, buscando potencializar o

aprendizado.

Page 144: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

143

isso, algum

as diretrizes, algum

.... algum

... a

questão do processo de trabalho, a partir da

form

ação

desses

profissionais,

não

necessariamente da nossa residência, mas a

gente sabe que tem

residência no país todo,

tem pessoas ...ou pessoas

trabalhando

nesses

PSF...

então

pra gente tentar

incorporar

essas

pessoas

...

ou

num

a organização ou próprio inserido no trabalho,

pra gente com

eçar a formar essa estrutura de

como deve ser o trabalho do nutricionista no

PSF. Eu acho que isso ajudaria dem

ais a

form

ação do...do residente.

UC

5 Então eu acho assim tam

bém... a parte

teórica da Nutrição no PSF,

a gente

precisaria de um

profissional que ... que

trabalhasse bem essa questão do tem

a na

saúde pública, que tivesse... que tivesse esse

dom

ínio. Não sei... Eu ainda tenho dúvida se

é necessário m

esm

o ter essa parte teórica ...

porque a residência coloca que essa parte

teórica ela...deve ser no geral ... pra... como

saúde da família e

não específica por

categoria, mas eu acho que em

alguns

mom

entos,

também

ajudaria

...

eu

sinceramente, eu.. eu ainda não sei qual é a

melhor forma. Se é falar não é assim... tem

de ter um

professor bom em

saúde... em

Nutrição

em saúde pública,

pra gente

trabalhar políticas

de saúde pública... mas

também

quanto tem

po isso não tom

aria do ..

quanto isso não ficaria específico de Nutrição

em

saúde

pública

e

fugiria

do

multiprofissional saúde da fam

ília. Então acho

E1

- U

C5

– U

R7 a parte teórica da N

utrição

no PSF, a gente precisaria de um

profissional

que trabalhasse bem

essa questão do tem

a na saúde pública, que tivesse esse dom

ínio.

E1

- U

C5

– U

R8 tem que ter um

professor

bom

em

saúde ... em

Nutrição em

saúde

pública.

E1

– U

C5

UR

9 em

algum

mom

ento, a

gente sente falta dessa parte teórica mais

forte, de educação nutricional, específica, é

claro que ajuda m

uito a visão de educação

em saúde, m

as as coisas m

ais específicas às

vezes falta.

E1

- U

C5

UR

7 Buscar nutricionista com

conhecimento em

PSF para aprim

orar

a abordagem

teórica específica.

E

1 -

UC

5 –

U

R8 Buscar nutricionista com

conhecimento em

PSF para aprim

orar

a abordagem

teórica específica.

E

1 –

UC

5 –

UR

9 Buscar nutricionista com

conhecimento em

PSF para aprim

orar

a abordagem

teórica específica.

Page 145: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

144

que tem esses dois lados, mas em

algum

mom

ento, a gente sente falta dessa parte

teórica m

ais forte, por exem

plo de educação

nutricional... específica. Porque às vezes, no

geral .. é claro que ajuda m

uita a visão da

educação de saúde, mas às vezes as coisas

mais específicas às vezes falta. Não sei com

o deveria ser trabalhado... aulas mesm

o toda

semana, ou alguns

mom

entos

específicos

com pessoas

convidadas.. não sei.... mas

acho que falta um pouco, porque a gente não

tem essa form

ação teórica.

E2

UC

6 O ponto facilitador é que a equipe

trocava m

uito... a equipe de Nutrição trocava

assim muita inform

ação, tentava fazer os

protocolos certinhos, tentar padronizar e com

isso a gente ia aprendendo, ia aprim

orando,

ia discutindo, isso foi muito bom

pro nosso

crescimento profissional. E... relacionam

ento

com a equipe multiprofissional também

foi

muito bom

... foi um

ponto facilitador, porque

norm

almente

quando

a

gente

sai

da

faculdade, a gente só fica pensando na parte

da Nutrição, a gente não pensa no indivíduo

como

um todo ..é então isso foi bom

também

... porque

a gente pode ver outros

tipos de visão de... de outros profissionais.

UC

7 Um outro ponto que a gente tam

bém

tinha liberdade de ...de m

ontar nossas ideias,

fazer os projetos e fazer acontecer .. algum

a coisa que as pessoas achavam que era m

uito

difícil, muito teórica, isso foi legal, porque isso

motivava a gente, a gente queria fazer o que

E2

– U

C6

– U

R10 a equipe de Nutrição

trocava inform

ação, tentava fazer protocolos,

padronizar

e com isso ia aprendendo,

aprim

orando,

discutindo,

bom

pro

crescimento profissional.

E2

– U

C6

– U

R11

o relacionam

ento com

a

equipe m

ultiprofissional foi m

uito bom

, porque

quando a gente sai da faculdade só fica

pensando na parte da Nutrição, então foi bom

porque a gente pode ver outros tipos de visão

de outros profissionais.

E2

– U

C7

UR

12 liberdade de montar

nossas

ideias, fazer os

projetos

e fazer

acontecer.

E2

– U

C7

– U

R13

isso m

otivava, a gente

queria fazer o que todo m

undo achava difícil,

queria criar estratégias, podia usar muita

E2

– U

C6

– U

R10

Discussão

entre pares

como facilitador no processo de form

ação.

E2

– U

C5

– U

R11 Vivência multiprofissional

como facilitadora na form

ação.

E2

– U

C7

– U

R12

RMSF proporcionando

espaço

para

novas

estratégias

de

aprendizagem

. E

2 –

UC

7 –

UR

13 RMSF proporcionando

espaço

para

novas

estratégias

de

aprendizagem

.

Page 146: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

145

todo mundo achava difícil,

a gente queria

criar estratégias, a gente tinha... podia usar

muita criatividade, colocar aquilo em prática.

Isso é m

uito bom

. Não fica aquelas pessoas

falando Ah! não ...é difícil. A gente não ficava

só focado m

uito no serviço, a gente tinha um

tempo a mais pra ter... fazer o que

as

pessoas não faziam

, então era o diferencial

que foi m

uito bom

. U

C8

Hã...

a discussão

de

casos

multiprofissionais com

a equipe m

ulti foi m

uito

boa, porque... ah!... e outra coisa importante

é que tam

bém

a gente sai da Faculdade e

quer dar palestrinha e a gente viu que isso

não é a m

elhor estratégia para gente usar

com o público é... com a TO, a gente

conseguiu aprender

bastante coisa,

em

relação a grupo, dinâm

ica, tipo de abordagem

é... isso foi assim muito bom

. U

C9 Bom

, facilitadores, uma coisa m

uito bom

é porque assim a gente tinha empolgação,

tinha motivação pra ir

em congresso, pra

escrever artigo, publicar em

revista, a gente

escreveu livro, então foi muito muito bom

. Então, ajudou bastante a gente, a gente

cresceu bastante com

o profissional, isso seria

os facilitadores.

UC

10 Ah! e outra coisa que dificultou foi

nossa preceptora de área que era um

pouquinho nervosa e brigava com

o grupo e

daí o pessoal ficou desm

otivado tam

bém

é...

por esse motivo. Então ela não ouvia m

uito,

criatividade, colocar em

prática.

E2

– U

C7

– U

R14

a gente não ficava só

focado m

uito no serviço, a gente tinha um

tempo a m

ais, fazer o que as pessoas não

faziam

, era o diferencial.

E2

– U

C8

UR

15 a discussão de casos

multiprofissionais com

a equipe m

ulti foi m

uito

boa.

E2

– U

C8

– U

R16 a gente sai da faculdade e

quer

dar

palestrinha, a gente conseguiu

aprender bastante com

a TO em relação a

grupo, dinâm

ica, tipo de abordagem

. E

2 –

UC

9 –

UR

17 a gente tinha empolgação,

motivação para ir em

congresso, escrever

artigo, publicar em

revista, a gente escreveu

livro,

a gente cresceu bastante como

profissional.

E2

– U

C10

– U

R18 outra coisa que dificultou

foi nossa preceptora de área que era um

pouquinho nervosa, não ouvia muito, não

aceitava critica, o grupo ficou um

pouco

largado por parte da preceptora de território.

E2

– U

C7

– U

R14

RMSF proporcionando

espaço

para

novas

estratégias

de

aprendizagem

. E

2 –

UC

8 –

UR

15 Vivência multiprofissional

como facilitadora na form

ação.

E2

– U

C8

– U

R16 Vivência multiprofissional

como facilitadora na form

ação.

E2

– U

C9

– U

R17 RMSF proporcionando

espaço

para

novas

estratégias

de

aprendizagem

. E

2 –

UC

10 –

UR

18 Preceptores/tutores como

como dificultador na form

ação

Page 147: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

146

não aceitava crítica, isso... ela achava que só

ela estava certa... então não era aberta a

críticas, então a gente ficou com um pouco

de receio, ela abandonou depois a ....o grupo,

o grupo ficou um

pouco largado por parte

é...parte da preceptora de território, então

isso foi ruim.

UC

11 Eu acho que atividades tem de

ser

mais

organizadas,

tem

de

estar

pré-

estabelecidas

antes, é...

tem que ser

construídas

juntam

ente

com...

com

o residente, não entregar um

a coisa pronta já

vai fazer isso... acho que tem

que construir

junto. Hum

m... deixe eu ver.... o que mais.....

do jeito que a gente... na parte de N

utrição,

achei

assim que foi

muito bom

, num

mudaria...

UC

12 Não iria para o

hospital ... porque

assim quem

vai para atenção básica, quem

escolhe essa área normalmente não gosta

muito da parte clínica, e pra gente é... na

residência foi assim uma tortura ter que ir pro

hospital,

a gente contava os

dias

pra

term

inar, a gente chegava em casa acabada.

Então assim pra gente é... a gente foi, porque

teve que ir, mas se tivesse que ir de novo, se

tivesse que escolher entre ir ou não ir, o ideal

seria não ir, acho que se focasse m

ais é...

poderia ir até pros am

bulatórios, ambulatórios

foi um

a parte m

uito legal, mas agora ficar no

hospital mesm

o, foi um

a parte muito ruim,

assim... foi traum

ático. Ir para o CREN, ir

para outros lugares assim, foi muito bom

é...

E2

- U

C11

– U

R19

Eu acho que atividades

tem que ser mais organizadas, estar pré-

estabelecidas.

E2

– U

C11

UR

20 (ATIVIDADES)

ser

construídas juntam

ente com

o residente.

E2

– U

C12

– U

R21

Não iria para o hospital,

porque assim quem

vai para atenção básica,

norm

almente não

gosta muito da

parte

clínica, e pra gente na residência, foi assim

uma tortura ter que ir pro hospital.

E2

– U

C12

UR

22 poderia ir até pros

ambulatórios, ir para o C

REN, ir para outros

lugares assim, foi muito bom

é... então faria

esse

convênio

com

algum

as

outras

instituições.

E2

– U

C11

– U

R19

Pouca oportunidade de

aprendizagem

. E

2 –

UC

11 –

UR

20 C

onstruir estratégias de

ensino com

participação discente.

E2

– U

C12

–U

R21

Repensar e diversificar

cenários que sirvam

com

o cam

po de ensino.

E2

– U

C12

– U

R22

Repensar e diversificar

cenários que sirvam

com

o cam

po de ensino.

Page 148: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

147

então faria esse convênio com algum

as

outras

instituições... foi assim muito bom

mesmo e eu tiraria essa parte do hospital.

UC

13

As

aulas,

deixaria

mesm

o.

As

específicas

deixaria.

As

multiprofissionais

também

foram importantes... discussão de

casos. M

as as específicas são boas porque

pra gente fazer os protocolos, pra gente ver

se tá ... se uma está dando orientação do

jeito que a outra tá dando... para gente trocar

experiência de grupo, da sugestões

pras

outras... isso é muito bom

. U

C14

Acho que assim... um

a leitura mais

intensa de artigos científicos, um

a cobrança,

assim, você vai apresentar tal dia... acho que

isso era bom

....m

as de resto da parte da

Nutrição

foi tranquilo. Maior cobrança por

parte do preceptor de território de discussão

de caso tá... , porque não teve m

uito. Então a

gente tinha os casos ali, mas ficava entre

nós, então algum

as coisas, não ia m

ais num

a coisa m

ais profunda, porque o preceptor às

vezes não cobrava não..., então acho que

deveria ter isso m

ais.... Ah... um caso por

semana,

o que

vocês

acham

, mas

no

contexto

multiprofissional mesmo, cada um

poderia ta contribuindo... cobrar.. falar olha...

dar prazo...cobrar... acho que isso seria bom

, porque às vezes a gente tem

um caso, por

conta do trabalho ninguém

cobra ninguém

né.. não dá aquela importância que deveria

dar... então às vezes fica esquecido, então

ter

um segm

ento,

acho

que isso pode

E2

– U

C13

U

R23

as

aulas

multiprofissionais tam

bém

foram im

portantes

E2

– U

C13

– U

R24

as aulas específicas são

boas pra fazer os protocolos, vê se uma está

dando orientação do

jeito que a outra tá

dando,

trocar

experiência de grupo,

dar

sugestões.

E2

– U

C14

– U

R25 A

cho que assim... um

a leitura mais intensa de artigos

científicos,

uma cobrança.

E2

– U

C14

– U

R26

Maior cobrança por parte

do preceptor de território de discussão de

caso, porque não teve m

uito, tinha os casos,

mas ficava entre nós, não ia m

ais num

a coisa

mais profunda.

E2

– U

C14

– U

R27 um caso por semana no

contexto multiprofissional, cada um

poderia

estar contribuindo, porque às vezes a gente

tem um caso, por conta do trabalho ninguém

dá aquela importância, fica esquecido, então

ter um

segm

ento.

E2

– U

C13

– U

R23

Vivência m

ultiprofissional

como facilitadora na form

ação.

E2

– U

C13

– U

R24 D

iscussão entre pares

como facilitadores no processo de form

ação.

E2

– U

C14

– U

R25

Intensificar o enfoque em

pesquisa e mom

entos de discussão.

E2

– U

C14

– U

R26 Intensificar o enfoque em

pesquisa e mom

entos de discussão.

E2

– U

C14

– U

R27 Intensificar o enfoque em

pesquisa e mom

entos de discussão.

Page 149: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

148

melhorar.

E

3 U

C15

Eu acho que o principal, o que facilita

muito pra um profissional que vai trabalhar na

saúde da família,

que tenha

feito um

a residência é toda experiência e a vivência da

prática .... então é... o convívio dentro de uma

Unidade de Saúde da Fam

ília, as atividades

que se desenvolvem

enquanto residente que

isso depois.. tudo isso ele vai...vai utilizar da

mesma form

a na sua atuação fora da

residência, m

as também

em saúde da fam

ília.

Eu acho que...que isso a prática e tam

bém

a

questão da... do

trabalho multiprofissional,

interdisciplinar que na

residência a gente

trabalhou ... trabalhava bastante na ... no ...

do multiprofisional.

Meu grupo era ... eu

acho... que era a gente conseguiu trabalhar

isso m

uito bem

, não ficava cada um só na

sua área e

que às vezes

você vai entrar

direto pra trabalhar em

Saúde da Fam

ília,

não passa por um

a residência, pode ficar

aquela coisa mais.... é... individualizada

mesmo ... cada um cuida do seu e não tem

mesmo o m

ultiprofissional. Eu acho que são

os

dois ... os

dois pontos que facilitariam

muito e eu acho ... que além de facilitar

fariam

com

que.. com que a... o Programa

Saúde da Fam

ília fosse executado da

maneira com

o ele foi pensado.

UC

16 E

u acho... eu acho que assim... né...

pensando exatamente na residência que eu

fiz .. eu acho que o m

ais dificultador talvez

tenha sido m

ais parte teórica, algum

as coisas

eram de mais difícil compreensão, a não ser

E3

– U

C15

– U

R28 o que facilita m

uito para

um profissional que vai trabalhar na saúde da

família que tenha feito uma residência é toda

experiência e a vivência da prática.... então

é... o convívio dentro de um

a Unidade de

Saúde da Fam

ília, as

atividades

que se

desenvolvem

enquanto residente.

E3

– U

C15

UR

29 a questão da... do

trabalho m

ultiprofissional, interdisciplinar que

na residência a gente trabalhou ... trabalhava

bastante na ... no ... do multiprofisional.

E3

– U

C15

– U

R30

Meu grupo não ficava

cada um só na sua área e que às vezes você

vai entrar direto pra trabalhar em

Saúde da

Fam

ília, não passa por um

a residência, pode

ficar

aquela

coisa

mais

individualizada

mesmo ... cada um cuida do seu e não tem

mesmo o multiprofissional.

E3

– U

C16

– U

R31

mais dificultador talvez

tenha sido m

ais parte teórica, algum

as coisas

eram

de

mais

difícil

compreensão,

o nutricionista na graduação não tem esse

enfoque mais antropológico.

E3

– U

C15

– U

R28

RMSF proporcionando

espaço

para

novas

estratégias

de

aprendizagem

. E

3 –

UC

15 –

UR

29 Vivência m

ultiprofissional

como facilitadora no processo de form

ação.

E

3 –

UC

15 –

UR

30 Vivência m

ultiprofissional

como facilitadora no processo de form

ação.

E

3 –

UC

16

– U

R31

Form

ação voltada à

especificidade, dificultando o olhar ampliado

para o PSF.

Page 150: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

149

a formação que eu já tivesse tido, algum

as ...

alguns temas que eram abordados... coisas

mais viajantes assim... que o nutricionista na

graduação não

tem esse enfoque

mais

antropológico, coisas assim e... acho que ....

como... com

o...eu ... eu ponho com

o crítica

pra residência é ... a form

a como foi feito...

como

foram feitos

esses módulos

....como

foram feitos

esses

módulos

teóricos. Às

vezes a gente é... não tinha é... profissionais

tão capacitados

pra dar

certos

módulos,

certos temas... então acabava que não...não

clareava m

uita coisa, acabava frequentando

e a gente não conseguia nem

absorver m

uito

e nem

aplicar muito aquilo que tinha sido

abordado.

UC

17 Não... do multi (CONTEÚDO DAS

AULAS), acho que...do específico não porque

já era uma vivência né... já eram tem

as que

por mais que não... não tivesse atuado m

uito,

alguns

temas

já é

de nossa form

ação,

então... no mínimo, um

a base a

gente já

tinha...

então ia algum profissional lá e

complem

entava,

era tudo de mais fácil

compreensão. Eu falo m

esmo mais do multi

das

questões

de processo saúde doença,

que a gente tinha um

a form

ação, na

graduação a gente num

... o nutricionista não

tem esse tipo de ... de... de teoria m

esmo...

de ... de em

basamento. Aqueles

temas...

módulos que eram m

ais abrangentes e que a

gente tinha aula todo mundo junto.

UC

18 E

u acho que ... pegando gancho no

E3

– U

C16

– U

R32

Às vezes a gente não

tinha profissionais tão capacitados

pra dar

certos

temas, então

acabava que não

clareava m

uita coisa, a gente não conseguia

nem

absorver m

uito (AULAS) e nem

aplicar

muito aquilo que tinha sido abordado.

E

3 –

UC

17

– U

R33 (CONTEÚDO DAS

AULAS) multi das

questões

de processo

saúde doença, que o nutricionista não tem

esse tipo de teoria mesm

o, de embasamento.

E3

– U

C18

UR

34 precisa que tenha

E3

– U

C16

– U

R32

Pouca oportunidade de

aprendizagem

. E

3 –

UC

17

– U

R33 Form

ação voltada à

especificidade, dificultando o olhar ampliado

para o PSF.

E3

– U

C18

UR

34 Buscar docentes que

Page 151: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

150

que eu

falei aí, como

dificultador essa

questão da parte teórica ... que eu acho que

precisa de um

...

precisa que tenha

profissionais que tenham

um embasamento

para

falar

pras

pessoas

de

diversas

form

ações

e que façam com que

todos,

independente de ...de que form

ação

tenha

tido,

compreendam

da mesm

a form

a e

consigam

colocar isso na prática, outra coisa

assim... que

agora eu

lembrei ... é... por

exemplo,

às

vezes

algum

as

coisas

na

residência eram propostas

meio que pra

inglês ver, assim sabe... Ah... tem

que fazer

isso...então como exemplo... tem que atender

100 famílias num

período curtíssimo. Acho

que ninguém

conseguiu atender... e tinha que

atender... e tinha que visitar

e acabou

deixando de fazer outras coisas. Então eu

acho que tem

que .... tem que ... que ... o

aprim

oramento acho tem

que ser no sentido

do... do que vai ser mais proveitoso pro

residente e não do que vai ser mais bonito

pra instituição, o que vai ser mais proveitoso,

o que vai realmente contribuir pra form

ação

do residente.

UC

19 E tem

tam

bém

a questão do... de tutor,

de é... preceptor... que na época ..é ... tinham

preceptores

que a gente via que

tinham

dedicações diferentes n a form

a de lidar com

o residente de

form

a diferente e a tutoria

também

... que tinha tutoria que era tam

bém

só no papel ... não existia tutoria. Então eu

também

acho que a escolha do local onde o

residente vai... vai passar

o período da

profissionais que tenham

um embasamento

pra falar pra pessoas de diversas form

ações

e que façam com

que todos independente de

que formação tenha tido, compreendam

. E

3 –

UC

18

– U

R35

algum

as

coisas

na

residência eram propostas

meio que pra

inglês ver, o aprim

oramento acho tem

que ser

no sentido do que vai ser m

ais proveitoso pro

residente e não do que vai ser mais bonito

pra instituição.

E3

– U

C19

– U

R36

tinham preceptores que a

gente via que tinham

dedicações diferentes, a

form

a de lidar com o residente, tinha tutoria

que era também

só no papel,

não existia

tutoria.

E3

– U

C19

– U

R37

acho que a escolha do

local onde o residente vai passar o período

da residência tem que

ser feita pensando

quem

trabalha nesse posto tem

condições de

contemplem a diversidade de form

ações.

E

3 –

UC

18 –

UR

35 P

ouca oportunidade de

aprendizagem

. E

3 –

UC

19 –

UR

36 Preceptores/tutores como

ponto dificultador na form

ação.

E3

– U

C19

– U

R37

Repensar e diversificar

cenários que sirvam

com

o cam

po de ensino.

Page 152: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

151

residência é...tem

... tem que ser

feita

pensando nisso... que.... quem

que trabalha

nesse posto tem condições

de receber o

residente, quem

trabalha aqui tem condições

de receber o residente, atua da maneira

correta... da form

a com

o se pensa o PSF, pro

residente também

não

se contaminar por

uma atuação que não é a ideal pra tá PSF.

É... o que eu me lembro assim, agora é isso.

receber o residente, atua da m

aneira correta,

da forma como se pensa o PSF

E4

UC

20

Eu

acho

que

falta

visão

dos

profissionais do PSF é... eu acho que os

profissionais do PSF não estão prontos para

um processo

educativo, em

form

ação

é..

de... especialistas em

saúde da fam

ília. Eu vi

muitos

profissionais

que

aceitaram

os

residentes por um

a questão de hierarquia,

não porque eles tivessem

preocupados em

form

ar

os

residentes. Os

tutores

das

unidades...é... os preceptores não. Eu já acho

que eles

... eles

abraçaram o projeto da

residência apesar das dificuldades de um

a falta às vezes de objetivos, às vezes a gente

mudava

nosso

caminho

educativo

de

matérias, de assuntos

a serem discutidos,

mas eu

acho que

a questão na

unidade,

então... faltou esse... essa formação, porque

hoje eu trabalho com

estagiário e a m

inha

postura é

de querer

ensinar, é

de ser

disponível. É... hoje eu recebo as residentes

pra

fazer

estágio

aqui,

as

residentes

nutricionistas, então assim... eu vivo isso com

muita ... é.... eu valorizo m

uita a atenção a

esse aluno, porque eu já fui aluna, então eu

acho que a residência faltou isso mesm

o,

E4

– U

C20

– U

R38 Eu vi m

uitos profissionais

(TUTORES) que aceitaram os residentes por

uma questão de hierarquia, não porque eles

tivessem

preocupados

em

form

ar

os

residentes

E4

– U

C20

– U

R39 às vezes a gente m

udava

nosso caminho educativo de matérias, de

assuntos a serem discutidos.

E

4 –

UC

20 –

UR

40 eu acho que a residência

faltou isso m

esm

o, consciência do pessoal da

UBS m

esm

o.

E4

– U

C20

– U

R38

Preceptores/tutores como

dificultador na form

ação.

E4

– U

C20

– U

R39 P

ouca oportunidade de

aprendizagem

. E

2 –

UC

20 –

UR

40 R

epensar e diversificar

cenários que sirvam

com

o cam

po de ensino.

Page 153: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

152

consciência da.. do pessoal da UBS m

esmo.

UC

21 Pra aprim

orar... aí são tantas coisas..

mas eu acho

que é...

ter... ter

um

cronograma,

mas

estabelecido...é...

Eu

acho... depois que eu amadureci um pouco

...eu acho que eu senti... eu senti... eu pensei

né...é. Eu acho que não

pode

dar muita

margem

pro residente..é... é... com

o é que eu

vou dizer... não, é que ele se introm

ete m

uito,

mas eu acho que foi dada m

uita abertura pro

residente, de certa parte tem

que ser um

a residência participativa, mas isso não quer

dizer que é... a instituição não determ

ine o

cronograma, os objetivos, o que eles querem

para queles alunos, então ficou um

a coisa

muito aberta eu achei na minha form

ação,

todo m

undo falava, todo mundo dava palpite,

todo m

undo acatava... e eu acho que falta

mais assim...uma direção...

Quando eu

começo o curso da residência é... eu quero

saber

porque eu

estou aqui,

o que

a instituição quer de m

im ....e o que eu vou

aprender. E aí eu decido se eu vou continuar

naquele curso, mas não é uma coisa que foi

construída,

mas eu acho que para as

próximas residências, isso já pode ser m

ais

estabelecido. Olha, nós form

amos pessoas

com esse

perfil, nós

queremos

que você

participe dessa form

ação, a gente tem

esses

objetivos para você, m

as não que... ficou uma

coisa um pouco solta, eu acho ... tem

que ser

mais uma linha m

esmo. Igual quando você

faz

uma pós-graduação,

você sabe as

matérias que você tem

durante o ano, você

E4

– U

C21

– U

R41

ter um

cronograma, mas

estabelecido (AULAS)

E4

– U

C21

UR

42 tem que ser

uma

residência participativa, mas isso não quer

dizer que é... a instituição não determ

ine o

cronograma, os objetivos, o que eles querem

praqueles

alunos, então ficou um

a coisa

muito aberta eu achei na minha form

ação

E4

– U

C21

– U

R41 P

ouca oportunidade de

aprendizagem

no cam

po teórico.

E4

– U

C21

– U

R42

Construir estratégias de

ensino com

participação discente.

Page 154: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

153

sabe os objetivos, quais são as competências

que você tem

que ter. Eu acho que estava

construindo

na nossa época,

mas

eu

acho...eu espero que tudo, as referências que

a gente vivenciou estejam

sendo usadas nas

outras turm

as.

E5

UC

22 Acho que exatamente a parte prática ...

é aquela coisa você dá a cara a tapa, vai é....

vai aos trancos e barrancos, digam

os assim,

trocando

ideias

com as outras

residentes,

preceptor tudo e tal, mas é no dia a dia

mesmo que você aprende, então é fato de

você ter que fazer, independente de ter

alguém

pra te orientar ou não, você corre

atrás, pesquisa, faz o melhor possível pra

que dê tudo certo e faça um bom

trabalho é...

então eu acho que é m

ais essa questão de

pôr na prática m

esm

o, que você vinha vendo

na teoria pelos

quatro anos da faculdade,

digam

os assim, então é a prática mesm

o.

UC

23 Eu

acho que a

questão de

ter os

tutores

pra

orientar

também

ajuda

bastante, as

visitas

do

preceptor é.... pra

tentar acompanhar quais foram

as atividades,

até mesm

o hã.... um

a coisa que ajudou

bastante que também

foi tipo... alguns

trabalhos que a gente fez em

conjunto de

todas unidades, então era uma coisa.. um

a ideia que de repente você tinha que trabalhar

e já aproveitou pra ver com todos as nutris,

se a ideia é a m

esm

a, essas coisas então, e

essa supervisão ajudou bastante. Mas

eu

acho que é m

ais essa questão de você tá lá

E5

– U

C22

– U

R43

no dia a dia, mesm

o que

você aprende ter que fazer, então é o fato de

você ter que fazer, independente de ter

alguém

pra te orientar.

E5

– U

C22

– U

R44 eu acho que é m

ais essa

questão de pôr na prática o que você vinha

vendo na teoria pelos

quatro anos

da

faculdade.

E5

– U

C23

UR

45 ter os tutores lá pra

orientar também

ajuda bastante, as visitas do

preceptor pra tentar acompanhar quais foram

as atividades.

E5

– U

C23

– U

R46

alguns trabalhos que a

gente fez em

conjunto de todas as Unidades,

uma ideia que de repente você tinha que

trabalhar e já aproveitou pra ver com todos as

nutris, essa supervisão ajudou bastante.

E5

– U

C22

– U

R43

RMSF proporcionando

espaço

para

novas

estratégias

de

aprendizagem

. E

5 –

UC

22 –

UR

44 R

MSF proporcionando

espaço

para

novas

estratégias

de

aprendizagem

. E

5 –

UC

23

– U

R45

Preceptores/Tutores

como facilitadores no processo de form

ação.

E5

– U

C23

– U

R46

Discussão entre pares

como facilitadores no processo de form

ação.

Page 155: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

154

mesmo no dia a dia.

UC

24 Acho

que exatamente isso, a falta

desse ... a inserção desse profissional na...

no PSF. Então, se tivesse já nutricionistas lá

na unidade, acredito que... tendo em quem

se

espelhar, se teria um

a ideia melhor, não

chegaria tão

perdido

na...

na residência

então, é tive... pra a gente, pra mim pelo

menos na... no começo o... o que foi pior

assim, foi chegar num

a unidade que nunca

nem

teve contato com

o nutricionista, então

mesmo, por mais boa vontade que tivessem

os

tutores, o médico e o enferm

eiro não

sabem

o que você tem

que fazer, então... é

eles não sabem

te orientar, não sabem

se te

mandam

você atender... norm

almente eles

fazem isso abrem

uma agenda pra você e...e

colocam um

monte de

pacientes e atende

lá... mas

é... de repente tivesse algum

a nutricionista já com

as atividades dela você...

você veria... a... ela faz o atendimento, faz

grupo, a ela trabalha com ... com

focando tal

pessoas.

UC

25 Deixa eu ver de dificultador.... não,

porque você...

a receptividade pra esse

profissional foi tão boa que eu acho... todo

mundo queria ajudar pra que desse

certo,

então, ah! queria m

uito que ficassem

essas

coisas, então acho que tudo acabou em

outros

sentidos

foi... foi na verdade um

facilitador, a boa recepção da unidade tudo e

tal, mas eu acho que era m

ais isso m

esmo, a

falta de... de contato com

esse profissional,

E5

– U

C24

UR

47 a

inserção

desse

profissional (NUTRICIONISTA) no PSF, se

tivesse já nutricionistas lá na unidade, tendo

em quem

se espelhar, se teria um

a ideia

melhor, não chegaria tão perdido.

E5

– U

C24

– U

R48 por mais boa vontade que

tivessem

os tutores, não sabe o que você tem

que fazer, eles não sabem

te orientar.

E5

– U

C25

– U

R49

por não ter ninguém

que

guiasse você,

tem que ir fazendo

seu

caminho sozinho m

esm

o, então acho... tendo

um profissional (NUTRICIONISTA) ajudaria

bastante, foi o maior dificultador que teve.

E5

– U

C24

– U

R47

Inserir o nutricionista no

campo de ensino, buscando potencializar o

aprendizado.

E5

– U

C24

– U

R48

Preceptores/tutores como

dificultador na form

ação.

E5

– U

C25

– U

R49

Inserir o nutricionista no

campo de ensino, buscando potencializar o

aprendizado.

Page 156: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

155

então ao mesm

o tempo

que todo mundo

queria passar em

consulta é..... você ficava

muito presa a isso, a m

ais só consulta, não

vou ter que partir pras

outras atividades

também

, mas

por

não ter

ninguém

que

guiasse, você tem que

ir... ir fazendo seu

caminho sozinho mesm

o, então acho tendo

um profissional ajudaria bastante, eu acho

que foi o m

aior dificultador que teve no caso.

UC

26 de repente não sei se ter mais ... mais

supervisão,

digam

os

assim...

ter

mais

preceptores da área, pra que eles cobrissem

mais digam

os assim, dia sim dia não, um

a coisa assim e ... de repente fazer um

... já

pegar os tutores que vão... vão fazer parte da

residência m

esmo, que é certeza, de repente

fazer um

curso com

eles, explicando até que

... que eles

vão tá recebendo, que é

esperado dessa equipe, até m

esm

o pra eles

saberem tá orientando. Muitas

vezes

se...

pelo m

enos nos dois campos que eu peguei o

Guilherm

ina e o Barro Branco, os preceptores

(O C

ORRETO ERA TUTORES) num

sabiam

nem

... nem

que iriam

vir os residentes, então

caiu assim de paraquedas literalmente isso

pra eles. E

ntão acho que se eles tivessem

tido uma preparação de repente eles já... já

saberiam

assim o que orientar e até m

esmo o

que cobrar... as atitudes que eram esperadas

desses residentes, então assim, de repente

realmente

ter

mais

supervisão...

mais

supervisores

digam

os, da

área e

mais

preparo dos tutores e assim eu sei que é

difícil realmente é... existe um

a troca de

E5

– U

C26

– U

R50 m

ais supervisão, ter m

ais

preceptores da área, para que eles cobrissem

dia sim dia não

E5

– U

C26

– U

R51 pegar os tutores que vão

fazer parte da residência fazer um

curso com

eles, explicando que eles vão ta recebendo,

que é esperado dessa equipe

E5

– U

C26

– U

R52 m

ais preparo dos tutores

e ver aquelas pessoas que estão dispostas

mesmo ta recebendo os residentes

E5

– U

C26

– U

R53

tem tutores que gostam

de ter residentes, tem tutores que não, só

estão com

o residente porque coube a eles

esse cargo, m

as então se partisse assim da

própria vontade deles de se candidatarem...

eu gostaria de ter residente, fazer um

curso

pra m

e preparar pra receber esses residentes

seria ótim

o.

E5

– U

C26

– U

R50 Intensificar o enfoque de

pesquisa e mom

entos de discussão.

E5

– U

C26

– U

R51

Educação perm

anente

para preceptores/tutores, visando aprim

orar o

processo de ensino-aprendizagem.

E5

– U

C26

– U

R52

Educação perm

anente

para preceptores/tutores visando aprim

orar o

processo de ensino- aprendizagem

. E

5 –

UC

26 –

UR

53 Preceptores/tutores como

dificultador na form

ação.

Page 157: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

156

tutores muito grande, mas vê se daria de no

caso de... é ver aquelas pessoas que estão

dispostas mesm

o a estar

recebendo os

residentes, não tanto assim: ah! você foi o

escolhido, mas... mas partir por parte deles

mesmo, tem tutores

que gostam

de

ter

residentes, tem tutores que não, só estão

com o residente porque coube a eles esse

cargo, mas então se partisse assim da

própria vontade deles de se candidatarem...

eu gostaria de ter residente, fazer um

curso

pra m

e preparar pra receber esses residentes

seria ótim

o.

E6

UC

27 Bom

, eu acho que facilitador é... uma

coisa que eu encontrei, vou falar um

a coisa

que dificultou que eu acho que facilitaria, se

houvesse,

é eu acho que facilitaria se

houvesse nutricionistas

nas

unidades

pra

amparar na hora do trabalho que não é m

ulti

que

é

o

trabalho

individual

dos...das

nutricionistas, é isso seria essencial porque

em m

uitos mom

entos é...o pessoal que tá...

como na minha equipe eu só tinha, eu tinha

poucas outras profissionais e eram dentistas

e só enfermeiras, acabou acontecendo que

os dois estavam inseridos e a N

utrição não,

então nesses mom

entos que eu tinha que

fazer o trabalho sozinha eu ficava perdida,

então o que

facil... um

facilitador seria ter

alguém

da área que pudesse auxiliar.

UC

28 eu acho que outro facilitador também

é

a própria equipe que recebe, a própria

unidade ser receptiva, o que a gente não teve

E6

– U

C27

– U

R54

eu acho que facilitaria se

houvesse nutricionistas

nas unidades

pra

amparar na hora do trabalho que não é m

ulti,

que é o trabalho individual dos nutricionistas.

E

6 –

UC

28 –

UR

55 você levar equipes pra

unidades que estejam

realmente dispostas a

receber esses residentes.

E6

– U

C27

– U

R54

Inserir o nutricionista no

campo de ensino, buscando potencializar o

aprendizado.

E6

– U

C28

– U

R55

Repensar e diversificar

cenários que sirvam

com

o cam

po de ensino.

Page 158: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

157

muito bem

lá na unidade que a gente estava

é....eu acho que isso é um facilitador, você

levar

equipes

pra unidades

que estejam

realmente dispostas e pra... e pra equipes lá

da unidade que tam

bém

estejam dispostas a

receber esses residentes.

UC

29 eu acho que os encontros é... as aulas

com a equipe de Nutrição tam

bém

foi um

a coisa im

portante, é... porque eu acho que era

um

mom

ento

de

a

gente

dividir

conhecimento, eu acho isso importante, eu

acho que da form

a como aconteceu é claro

poderia ter... era um

a experiência nova,

poderia ter tido, acontecido de outras form

as,

mas eu acho que isso é importante, eu acho

importante tam

bém

é...., outro facilitador era

os mom

entos que todos os residentes é.. se

reuniam, mesm

o que

nas

aulas, apesar

dessa carga horária pesada, eu acho que

isso acabou atrapalhando, mas eu

achava

que era um m

omento im

portante até todos os

residentes juntos.

UC

30 Bom

, o

prim

eiro ponto dific... é a

prim

eira dificuldade eu acho que foi a falta de

experiência de todo m

undo, a prim

eira... foi a

prim

eira residência,

então é...

ninguém

estava m

uito preparado é.... eu acho que o

fato de você não ter tido tam

bém

experiência

em saúde da fam

ília é... foi um

a coisa que

dificultou pra todo mundo, pra você e pra

gente.

UC

31 eu acho que outra dificuldade que eu

E6

– U

C29

– U

R56

as aulas com a equipe de

Nutrição tam

bém

foi um

a coisa importante,

um

mom

ento

de

a

gente

dividir

conhecimento.

E6

– U

C29

– U

R57

outro facilitador era os

mom

entos

que

todos

os

residentes

se

reuniam, m

esmo que nas aulas.

E

6 –

UC

30

– U

R58

o fato de

você

(PRECEPTOR)

não

ter

tido

também

experiência em

saúde

da família foi um

a coisa que dificultou pra você e pra gente.

E6

– U

C31

– U

R59 a equipe que a gente

E6

– U

C29

– U

R56

Discussão entre pares

como facilitador no processo de form

ação.

E6

– U

C29

– U

R57

Vivência m

ultiprofissional

como facilitadora na form

ação.

E6

– U

C30

– U

R58 E

ducação perm

anente

para preceptores/tutores visando aprim

orar o

processo ensino/aprendizagem

. E

6 –

UC

31 –

UR

59 Preceptores/tutores como

Page 159: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

158

particularm

ente tive foi o m

eu relacionam

ento

com as outras residentes da Nutrição, em

especial é... outro dificultador eu acho que a

equipe que a gente pegou da prim

eira vez na

unidade não estava preparada pra receber a

gente e depois as duas (refere-se às tutoras)

saíram

inclusive da Unidade a gente teve que

mudar de equipe, eu

acho que a nossa

equipe multi ela estava é, ela foi um

a equipe

mal planejada, só três profissionais, isso foi

uma coisa que ... que a gente acabou não

aproveitando o potencial que a gente tinha

por não ter um

a equipe m

ais diversificada, eu

vi que outras equipes em

outras unidades

cresceram m

uito m

ais que a gente, porque

tinham

é... porque

era um

a equipe mais

distribuída, uma unidade m

ais receptiva, que

abriu mais espaço,

a gente teve toda

dificuldade com

a gerente da nossa equipe

que também

teve um

problema de saúde,

então ela era m

uito ausente ela não... nunca

se posicionou é... para tentar abrir um espaço

melhor para gente na unidade é... eu acho

que tudo isso foram...foram coisas

que

dificultaram.

UC

32 eu acho que é... tem que fazer um

trabalho prim

eiro com

as unidades, todas da

Zona Leste pra saber que esse trabalho vai

ser

uma

coisa contínua que talvez

elas

precisem receber não

uma, mas algum

as

vezes, pra já criar essa mentalidade.

UC

33 Bom

, eu acho

que é... tem mais

algum

a coisa eu

acho

que é em

relação..

pegou da prim

eira vez não estava preparada

para receber a gente, a gente teve que mudar

de equipe.

E6

– U

C31

– U

R60

a nossa equipe m

ulti foi

mal planejada, só três profissionais, a gente

acabou não aproveitando o potencial que a

gente tinha por não ter um

a equipe mais

diversificada.

E6

– U

C32

UR

61 fazer

um trabalho

prim

eiro com as unidades para saber que

esse

trabalho vai ser um

a coisa contínua,

para já criar a mentalidade.

E6

– U

C33

– U

R 6

2 eu acho que o tutor

também

pode

se preparar para buscar o

dificultador na form

ação.

E6

– U

C31

– U

R60 P

ouca oportunidade de

aprendizagem

. E

6 –

UC

32 –

UR

61 E

ducação perm

anente

para preceptores/tutores visando aprim

orar o

processo ensino aprendizagem

. E

6 –

UC

33 –

UR

62 Educação perm

anente

para Preceptores/Tutores visando aprim

orar o

Page 160: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

159

term

o de relação pessoal, eu acho que é....

eu acho que o tutor também

pode é... se

preparar para buscar o potencial de cada...

de cada residente, é mesm

o que aquilo não

seja próximo do que ele espera entendeu, dar

mais autonom

ia pra... pra cada residente é...

desenvolver suas

potencialidades

e assim,

não priorizar só o que ele acha importante,

porque às vezes coincide com

um ou dois

também

fazem melhor entendeu, eu acho

que outra coisa é que os tutores saibam

...

tenham

algum

tipo de treinam

ento de

liderança, algum

a coisa assim pra também

saber

aproveitar

o

potencial

de

cada

residente e não...não deixar se perder muita

coisa que é não tá de acordo com

o que ele

espera, mas pode... pode ser um

a coisa

muito legal, pode trazer um

resultado melhor.

potencial de cada residente, mesm

o que

aquilo não seja próximo do que ele espera

dar

mais autonomia para o residente

desenvolver suas potencialidades.

E6

– U

C33

UR

63 outra coisa é que os

tutores tenham algum

tipo de treinam

ento de

liderança para saber aproveitar o potencial de

cada residente.

processo ensino aprendizagem

E

6 –

UC

33 –

UR

63 Educação perm

anente

para Preceptores/Tutores visando aprim

orar o

processo ensino aprendizagem

.

E7

UC

34 Bom

..é, eu vejo assim que ... a m

inha

concepção até mesm

o por

trabalhar

na

residência aquela questão da integração de

toda a... de todas as áreas no caso da nossa,

teve dentista, enferm

eira e a nutricionista.

Então vam

os dizer assim, antes da residência

eu tinha um

a visão, mas depois até m

esm

o por trabalhar com ela, a visão é.. m

udou né,

até m

esm

o com... até m

esmo em

relação à

minha área. Então eu vejo que todos têm um

trabalho, vamos dizer assim, é complementar,

claro que voltado pra saúde.

UC

35 com

o a gente estava m

ais junto... eu

não tive a oportunidade de acompanhar ela

em

consultas

individuais

e

tudo....m

as

E7

– U

C34

– U

R64

antes da residência eu

tinha um

a visão, mas depois por trabalhar

com ela (NUTRICIONISTA), a visão m

udou,

até mesm

o em relação à minha área.

E7

– U

C35

– U

R65 de tanta integração que

tinha que ela falava da nossa área e a gente

sabia falar dela... até mesmo

quando não

E7

– U

C34

– U

R64

Vivência m

ultiprofissional

como facilitadora na form

ação.

E7

– U

C35

– U

R65

Vivência m

ultiprofissional

como facilitadora na form

ação.

Page 161: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

160

sempre que a gente

fazia as

atividades

coletivas

ou as

visitas

dom

iciliares

eu

presenciava a atuação dela no... no sentido

da orientação mesmo, do... de correr as

inform

ação e ter

orientação tanto pra

família... nas visitas dom

iciliares quanto nos

grupos de orientações que nós fazíam

os tudo

juntos

acabava...acabava até que...é.... de

tanta integração que tinha que ela falava da

nossa área e a gente sabia falar dela... até

mesmo

quando...quando não estávam

os

juntos.

UC

36 Então isso é uma

coisa importante,

porque, nós profissionais da saúde, tam

bém

através da...das conversas que nós tínham

os

em

reuniões

acabamos...

acabam

os...

incorporando dentro das nossas orientações

ou orientações que ela passava pra gente ...

então eu acho... eu vejo assim que... vamos

dizer assim....é... a atuação dela que eu

vivenciei tanto com

a comunidade, quanto pra

nós, profissionais da saúde, nesse sentido,

vamos dizer... eu uso até hoje na verdade as

questões

de..

do que eu aprendi

na

residência é, digo, nessas questões de... do

quê?... das orientações que ela passou lá

que a gente acabava é.. transm

itindo é...

passando tam

bém

pra com

unidade, não só

nos nossos grupos de orientação de odonto,

quanto agora que eu

estou trabalhando

também

na U

nidade de Saúde, eu tam

bém

acabo incorporando as

questões...de ...da

nutricionista dentro dos grupos que eu faço

hoje.

estávamos juntos.

E7

– U

C36

– U

R66

uma coisa importante,

nós profissionais da saúde, também

através

das

conversas que nós

tínham

os

em

reuniões, acabamos incorporando dentro das

nossas orientações o que ela passava pra

gente.

E7

– U

C36

UR

67 agora que eu estou

trabalhando tam

bém

na Unidade de Saúde

eu tam

bém acabo incorporando as questões

da nutricionista dentro dos grupos

que eu

faço hoje.

E7

– U

C36

– U

R66

Vivência m

ultiprofissional

como facilitadora na form

ação.

E7

– U

C36

– U

R67 Vivência m

ultiprofissional

como facilitadora na form

ação.

Page 162: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

161

UC

37 É... bom

... o... a Residência o que que

ela .... que eu acho que ela contribuiu... pra

form

ação eu acho

que... eu vejo assim...

vamos dizer assim... eu vejo acho que foi

como .. eu vejo isso com

o ...com

o um todo

pra... pra nossa equipe, o que facilitou pra

form

ação.. eu acho que eu não sei se eu

consigo é... separar assim cada profissão,

porque com

o a gente tentava... acho que a

proposta da residência tinha essa visão da

integração, acho que... o que facilitou pra

form

ação do nutricionista foi essa questão

desse envolvimento mesm

o com o ...com

todo... as outras .. com

essas outras áreas,

vamos dizer.. nós aprendíamos com ela e ela

aprendia com

a gente tam

bém

...então, tanto

com a enferm

eira, quanto com dentistas,

então...com

os tutores e tudo. E até m

esm

o dentro do... das aulas que nós tínhamos na

faculdade m

esm

o. Então os pontos que são...

que facilitam

acho que é isso, a integração e

a inserção da nutricionista na equipe m

esm

o dentro da...da equipe da residência m

esm

o....

acho que é isso.

UC

38 Bom

é... é... acho que a prim

eira...

acho que surgia era a questão de não ter a

inserção

na...no

PSF

do...desse

profissional.... acho que assim.... porque as

categorias

que

tinham

o

profissional

inserido...acho que...é....

de

você ter

o profissional... o tutor no campo

facilitava.

vamos dizer assim, pelo conhecimento da

rotina,

do..do serviço

e tudo....acho que

E7

– U

C37

UR

68 o que facilitou pra

form

ação do nutricionista foi essa questão

desse envolvimento com

essas outras áreas.

E7

– U

C37

– U

R69

nós aprendíamos com ela

e ela aprendia com a gente, com os tutores e

tudo.

E7

– U

C38

UR

70 um

ponto pra não

dificultar pra formação dele é a inserção do

nutricionista na equipe m

ínima de Saúde da

Fam

ília.

E7

– U

C37

– U

R68

Vivência m

ultiprofissional

como facilitadora na form

ação.

E7

– U

C37

– U

R69

Vivência m

ultiprofissional

como facilitadora na form

ação.

E7

– U

C38

– U

R70

Inserir o nutricionista no

campo de ensino buscando potencializar o

aprendizado.

Page 163: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

162

vamos dizer assim.... vam

os dizer assim....um

ponto pra não dificultar pra formação dele é

a..é a inserção do nutricionista na equipe ...

na equipe m

ínima de... na Saúde da Fam

ília.

UC

39 Então eu acho que ... acho que esses

eram os pontos principais, porque os outros

pontos é... porque a preceptora de área, no

caso nutricionista e ter os preceptores junto,

isso de uma certa form

a supria o que num

tinha bem

.. com

o eu disse é... pela inserção

do nutricionista na S

aúde da F

amília, acho

que esse... acho que esse era.. eu vejo com

o esse sendo o ponto assim principal que a

gente discutia aqui, os outros pontos... acho

que não ... acho que não teve um ponto que

fosse tão relevante quanto esse ... é isso que

eu acho.

E7

– U

C39

– U

R71

no caso, nutricionista e

ter os preceptores junto, isso de uma certa

form

a supria o que num

tinha inserção do

nutricionista na Saúde da Fam

ília.

E7

– U

C39

UR

71 Preceptores/Tutores

como facilitadores no processo de form

ação.

E8

U

C40

É difícil responder... acho que o

nutricionista sabe responder melhor que eu...

mas eu acho que é ...é esse contato com

os

outros profissionais tam

bém

, eu tom

o... me

tomo como

exemplo, assim como eu em

contato com o nutricionista tive outras...

aprendi bastante coisa... hoje eu não

sei

tanto... dar tanto... não tão capacitado quanto

o nutricionista mas

algum

as

coisas

eu

aprendi para abordar isso, algum

as coisa eu

sei falar e acho que pro... pro nutricionista

também

, esse

contato

com

outros

profissionais e até a possibilidade de ele ver

onde pode atuar junto com esses outros

profissionais,

por

exemplo

eu

sou

fisioterapeuta, tinha caso por exemplo de

E8

– U

C40

– U

R72

eu, em

contato com

o

nutricionista, aprendi bastante coisa, hoje eu

não sei tanto, mas algumas coisas eu aprendi

para abordar.

E

8 –

UC

40

– U

R73

contato com outros

profissionais e até a possibilidade de ele ver

onde pode atuar junto com esses outros

profissionais.

E8

– U

C40

– U

R72

Vivência m

ultiprofissional

como facilitadora na form

ação.

E8

– U

C40

– U

R73

Vivência m

ultiprofissional

como facilitadora na form

ação.

Page 164: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

163

artrose, que vinha pra... pra m

im, eu preciso

do nutri tam

bém

, porque se eu ficar cuidando

da artrose e a pessoa não reduzir um

pouco

o peso, essa artrose vai continuar, então é

uma coisa em

conjunto.

UC

41 Então assim, acho que ela tem

uma....

tipo o nutricionista, por exemplo, eu posso a...

uma pessoa que tem... que esteja obesa

também

saber que ela vai ter um

a artrose,

assim tá ligado, eu acho que é saber ligar

melhor as coisas, ver a pessoa m

elhor como

um

todo,

orientar

melhor...

ela

veio

encaminhado pra nutricionista, mas olha no

futuro você vê... vir a ter esse problema...

Então eu acho que é uma visão m

ais ampla,

acho que entender um pouco m

elhor a outra

área, saber um

pouco relacionar tudo isso,

não abordar como o outro profissional, mas

atender de um

a form

a mais integral, mais

plena m

ais ampla, ver onde pode atuar, às

vezes não... não percebe, e às vezes vendo

o que o outro faz, você sabe que você pode

ajudar o outro atuando ali também

, acho que

isso ajudou um pouquinho na formação do

nutricionista.... eu acho que é isso.

UC

42 Dificultador..... deixa eu

ver.... acho

que com é um

a coisa que ele está

descobrindo agora, onde ele pode atuar .... e

isso é uma descoberta um pouco individual.

Eu acho que na residência, cada nutricionista

ficou num

a realidade e... e foi se adaptando,

foi descobrindo o que pode fazer, o que pode,

onde pode atuar, suas competências

de

E8

– U

C41

– U

R74

vendo o que o outro faz,

você sabe que pode ajudar o outro atuando

ali

também

, acho que isso ajudou um

pouquinho na formação do nutricionista.

E8

– U

C42

– U

R75

cada nutricionista ficou

num

a realidade,

então acho

que isso

dificultou um pouco o aprendizado igual pra

todo m

undo. V

ocê viver um

a coisa e você

ouvir do outro que viveu não é a mesm

a coisa.

E8

– U

C41

– U

R74

Vivência m

ultiprofissional

como facilitadora na form

ação.

Efi

sio

8 –

UC

42 –

UR

75 Inserção em poucos

cenários

de atuação como dificultador da

form

ação.

Page 165: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

164

acordo com aquela realidade... então acho

que

assim,

isso

dificultou

um

pouco

o....aprendizado assim, como poderia dizer....

igual

pra todo mundo...

é lógico,

teve

um...deve ter tido mom

ento de troca entre

vocês e que isso foi....foi sanado, mas você

viver um

a coisa e você ouvir do outro que

viveu não é a mesm

a coisa.

UC

43

entrar

num

a

residência

multiprofissional, mas não saber direito ainda

o que vai fazer lá... ter que descobrir isso, ter

que perceber isso, isso acho que foi um

dificultador e o outro também

, acho que

uma... por exemplo, a

form

ação de um

a,

acho que.... a visão de um

a é um

pouco

diferente da visão da outra pela realidade. O

que uma fez... o trabalho que uma fez num

lugar não é o trabalho que a outra fez, até

pela dem

anda daquela região, então um

a tem uma vivência e outra tem

outra, talvez

tivesse tido um

a troca entre.... entre as....

assim práticas mesm

o entre os postos tal...

seria m

elhor.

UC

44 D

ificuldade é ... tam

bém

a gente não

sabe trabalhar mesm

o m

ulti, inter, trans, tudo

isso teve que ser aprendido e dois anos é

bastante, mas

aprender isso é...é difícil...

então eu

não sei até que ponto a gente

conseguiu absorver tudo isso daí, a

gente

tentou, m

as não sei se foi suficiente... vamos

ver.

UC

45 é

aquilo que eu falei de realidades

E8

– U

C43

– U

R76 entrar num

a residência

multiprofissional, mas não saber direito ainda

o que vai fazer, ter que descobrir, perceber

isso foi um dificultador.

E8

– U

C43

– U

R77 a form

ação de uma é um

pouco diferente da outra pela realidade o

trabalho que um

a fez num

lugar não

é o

trabalho que a outra fez, então um

a tem uma

vivência e a outra tem

outra.

E8

– U

C43

– U

R78 ter uma troca assim, entre

os postos, uma região trocar ir pra outra pra

viver aquela realidade, depois discutir o que

tá fazendo, que poderia fazer.

E8

– U

C44

UR

79 a gente não sabe

trabalhar mesmo multi, inter, trans, tudo isso

teve que ser aprendido.

E8

– U

C45

– U

R80 trocar mesm

o pra saber

E8

– U

C43

UR

76 Form

ação

volta à

especificidade, dificultando o olhar ampliado

para o PSF.

E8

– U

C43

UR

77 Inserção em

poucos

cenários

de atuação como dificultador da

form

ação.

E8

– U

C43

UR

78 Inserção em

poucos

cenários

de atuação como dificultador da

form

ação.

Efi

sio

8 –

UC

44 –

UR

79 Form

ação voltada à

especificidade, dificultando o olhar ampliado

para o PSF.

E8

– U

C45

– U

R80

Repensar e diversificar

Page 166: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

165

diferentes, então num

a tem m

ais criança, na

outra é... tem m

ais hipertenso, na outra tem

mais acamado, na outra tem mais, então

assim a gente acaba desenvolvendo projetos

diferentes, um

mais com crianças, outros

mais com idosos, outros mais com....então

acho que assim, trocar mesmo pra ter... pra

saber

se

viver

digam

os

em

qualquer

realidade,

entendeu...

trocar...

conhecer

todos

os

postos, não ficar num

lugar só,

conhecer todas as ... as realidades , e ter

uma troca maior

tanto entre categoria

profissional

na...na...

por

exemplo

nutricionista, quanto na equipe mesm

o ,

desenvolver coisas juntos na equipe, acho

que as

duas coisas

são importantes

sem

perder o foco , a integração entre a equipe e

a

integração

entre

o

nutricionista,

principalmente porque não está inserido na

categoria, não é uma competência assim que

está estabelecida igual a enferm

agem

, a

enferm

agem

tem

que trabalhar isso, isso, isso

e isso, a nutricionista não tem isso ainda,

está sendo feito né, então por isso eu acho

que tem

que ter um... uma discussão m

aior

na categoria mesmo.

UC

46 U

ma categoria vinha e falava aí, tem

que fazer grupo disso, outra a... grupo disso.

Não dava pra fazer tudo que... eu vejo às

vezes...

a

gente

teve

que

fazer

um

planejamento lembra, da... de categoria na

atuação, eu não fiz metade do que eu

coloquei que eu ia fazer, por quê? P

orque

não deu. Pra formação, por exemplo, a gente

se viver digam

os em

qualquer realidade,

conhecer todos

os

postos, não ficar num

lugar só, conhecer todas as realidades.

E8

– U

C45

– U

R81 ter uma troca m

aior tanto

entre categoria profissional, quanto na equipe

mesmo, desenvolver coisas juntos na equipe.

E8

– U

C46

– U

R82

trabalhar o m

ulti, mas

assim com questões

práticas

talvez no

começo,

com discussões, com eventos,

porque a gente soube

tudo muito pontual,

mas, juntar tudo eu tive dificuldade.

cenários que sirvam

com

o cam

po de ensino.

E8

– U

C45

– U

R81

Repensar e diversificar

cenários que sirvam

com

o cam

po de ensino.

E8

– U

C46

– U

R82

Intensificar o enfoque de

pesquisa e mom

ento de discussão.

Page 167: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

166

tinha que ter visto tudo aquilo eu acho, tem

coisa que se eu for ter que m

ontar hoje eu

não sei, porque eu não m

ontei, eu não fiz

aquilo que eu me propus

a fazer, mas

também

não precisava,.. então isso que eu

falo que é difícil, não.. é com

plicado .... então

é trabalhar o multi, mas assim com

questões

práticas talvez no com

eço, com discussões,

com eventos, porque a gente soube tudo

muito pontual mas, juntar

tudo eu tive

dificuldade... bastante. No final só que deu

certo, pelo m

enos algum

a coisa deu certo no

final. Foi gostoso, foi bom

... no final a gente

vai descobrindo, a gente vai juntando as

peças, uma coisa m

uito boa de fazer, tem

um

a.. um

a recompensa, a gente vê um

retorno a gente vê uma melhora.

E9

UC

47 Eu acho que assim é, não sei se cabe

aqui, mas assim no caso das aulas que são

importantes.

Aulas

mais...

melhores

estruturadas, que não... ... não foi,

todo

mundo sabe disso, mais estruturadas, com

profissionais realmente

que entendam

do

assunto, específico da área de N

utrição por

exemplo, não um

profissional generalista.

Lógico que é importante essa visão, mas eu

acho que é importante

enriquecer o papel

específico da pessoal também

, então.. aulas

de... principalmente em relação às aulas com

profissionais qualificados, aulas estruturadas,

sabendo o que vai falar como vai falar, de

maneira que seja bacana para todo m

undo,

aprendizagem

... acho que é isso. Agora para

a residência m

esm

o, acho que é a ...a parte

E9

– U

C47

– U

R83 Aulas mais estruturadas,

com profissionais realmente que entendam

do assunto específico.

E9

– U

C47

– U

R84

aulas com profissionais

qualificados, sabendo o que vai falar, com

o vai falar, de m

aneira que seja bacana para

todo mundo, aprendizagem

.

E9

– U

C47

– U

R83

Buscar nutricionista com

conhecimento em

PSF para aprim

orar

a abordagem

teórica específica.

E9

– U

C47

UR

84 Buscar docentes que

contemplem a diversidade de form

ações.

Page 168: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

167

teórica, tem que ser m

ais estruturada com

...

com profissionais é... mais capacitados pra

estar ministrando isso daí... eu acho que é

isso o que ficou faltando.

UC

48 ficou lesado de

aula teórica, ficou

mesmo, não tem com

o falar que não ficou,

todo m

undo reclam

ou acho que ficou faltando

isso na parte teórica das aulas, conhecimento

tanto na parte específica quanto na parte de

saúde pública. . Teve profissionais muito

bons

que vieram ministrar as

aulas

mas

poderia ter sido m

uito m

elhor com

certeza,

pena que foi ... pela estruturação dia, módulo,

tal assunto, ter um

a program

ação pra gente

saber o que vai acontecer,o que vai ser

falado, pra já tá vendo algum

a coisa dessas

pra gente acrescentar na aula. Isso não tinha

, era tudo

meio jogado, acho

que ficou

faltando isso pra aprimorar mais ainda o

papel .. a form

ação do residente.

UC

49 talvez fosse mais interessante ter o

nutricionista já lá no posto como profissional ,

seria muito melhor ficar lá acompanhando,

aprendendo e não tinha , era a residente era

a pessoa que tinha... não tinha a pessoa lá

no posto. A

cho que isso tam

bém

, que não

existe, mas poderia ser m

elhor se tivesse já

um profissional que já tivesse

inserido no

PSF,

seria

com

certeza

muito

mais

enriquecedor como residente, como é toda

residência m

édica, como é toda residência de

enferm

agem

, tem um profissional lá todo dia

sabendo fazer as

coisas, que é algo que

E9

– U

C48

UR

85 estruturação

do dia,

módulo, tal assunto, ter um

a programação

pra gente saber o que vai acontecer,o que vai

ser falado, pra já estar vendo algum

a coisa

dessas pra gente acrescentar na aula. Isso

não tinha, era tudo meio jogado.

E9

– U

C49

UR

86 talvez

fosse mais

interessante ter o nutricionista no posto com

o profissional,

seria

muito

melhor

ficar

acompanhando, aprendendo.

E9

– U

C49

– U

R87 poderia ser melhor se

tivesse já um

profissional que já tivesse

inserido no PSF, seria

com certeza muito

mais enriquecedor com

o é toda residência.

E9

– U

C48

– U

R85

Pouca oportunidade de

aprendizagem

. E

9 –

UC

49 –

UR

86 Inserir o nutricionista no

campo de ensino, buscando potencializar o

aprendizado.

E9

– U

C49

– U

R87 Inserir o nutricionista no

campo de ensino, buscando potencializar o

aprendizado.

Page 169: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

168

deveria ter na residência.

E10

U

C50

Eu acho que é a troca né, a questão de

ter vários profissionais então... até hoje eu

me pego dando orientação que eu aprendi

como o nutricionista, como eu acho que por

exemplo convivendo comigo, a nutricionista

aprendeu algum

as coisas que ela não tinha

form

ação na área dela,

como a gente

aprendeu com

o dentista e com

o m

édico.

Então essa questão da troca é uma questão

fundam

ental.

UC

51 O

utra questão é o olhar integral da

integralidade, então eu me lembro de um

a coisa assim... quando eu... eu sou terapeuta

ocupacional. então eu tenho uma form

ação

muito grande pra trabalhar com saúde m

ental

e eu falei: vamos trabalhar com saúde m

ental

e a nutricionista perguntou: Que que eu vou

fazer num

grupo de

saúde mental? E eu

sentei com ela e falei que uma das questões

é

que

todo

usuário

de

psicotrópico,

neuroléptico eles tendem a engordar muito ou

emagrecer muito ou

tem os distúrbios de..

distúrbios

alim

entares, da psiquia... que a

psiquiatria trata,

então

são

questões

de

saúde mental que ela não conseguia nem

enxergar dentro da form

ação dela, como eu

também

consegui aprender um

monte de

coisa, que lógico eu nunca vou substituir o

nutricionista, mas

minha form

ação é mais

integral, é m

ais com

pleta, eu consigo ver a

pessoa de m

aneira holista, não gosto dessa

palavra , m

as assim, essa visão integral que

E10

– U

C50

– U

R88 é a troca, a questão de

ter

vários

profissionais,

eu acho que,

convivendo com

igo, a nutricionista aprendeu

algum

as coisas que ela não tinha form

ação

na área dela.

E10

UC

51

– U

R89 questões

de saúde

mental que ela não conseguia nem

enxergar

dentro da form

ação dela.

E10

UC

51

– U

R90 visão integral que a

gente consegue a partir da troca. Eu acho

que isso foi importante para N, foi importante

pra m

im, foi muito interessante essa questão

da troca.

E10

UC

50

– U

R88

Vivência

multiprofissional

como

facilitadora

na

form

ação.

E10

UC

51

– U

R89 Form

ação

voltada

à especificidade, dificultando o olhar ampliado

para o PSF.

E10

UC

51

– U

R90

Vivência

multiprofissional

como

facilitadora

na

form

ação.

Page 170: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

169

a gente consegue a partir da troca. Então eu

não

sabia

que

diabetes

podia

ser

diagnosticado por um

problema de gengiva,

foi convivendo com

a dentista que a gente

descobriu isso.

Eu acho que isso foi

importante para nutricionista também

, foi

importante pra mim, foi muito interessante

essa questão da troca.

UC

52 E

ntão eu acho que além dessa troca

que tinha na coisa da residência, a questão

da prática profissional, você tá o tem

po inteiro

ali, dentro da unidade básica de saúde,

aprendendo a lidar com os problemas que os

profissionais de unidade de saúde lidam

, eu

acho m

uito interessante.

UC

53 Eu acho que a falta de um arcabouço

teórico,

porque até então foi

inédita a

presença do nutricionista, então eu acho que

é a falta de um arcabouço teórico que desse

conta

da

atuação

do

nutricionista

no

Programa de Saúde da Fam

ília. Com

o foi

uma... pelo m

enos a m

inha turm

a foi a turma

pioneira que com

eçou , não tinha... não tinha

é... onde fazer revisão da literatura, a gente

meio que juntava as coisas, isso pra todo

mundo eu acho... tirando o médico e o

enferm

eiro,

o

resto

da

equipe

multiprofissional teve que quase que construir

os seus textos teóricos ali, o que ... o papel

de cada um, num

a equipe m

ultiprofissional,

num

program

a de atenção prim

ária. Apesar

de todo m

undo ter uma inserção clara e tal,

eu acho que isso, por exemplo, pra T

O já

E10

UC

52

– U

R91

questão

da prática

profissional,

o tempo

inteiro

dentro da

unidade básica de saúde, aprendendo a lidar

com os problem

as que os profissionais de

unidade

de

saúde

lidam

, acho

muito

interessante.

E10

– U

C53

– U

R92 a falta de um arcabouço

teórico que

desse conta da atuação do

nutricionista no Programa de

Saúde da

Fam

ília.

E10

UC

53

– U

R93 o resto da

equipe

multiprofissional teve que construir os seus

textos teóricos, o papel de cada um

, num

a equipe multiprofissional,

num

programa de

atenção primária.

E10

– U

C52

– U

R91

RMSF proporcionando

espaço

para

novas

estratégias

de

aprendizagem

. E

10

– U

C53

UR

92 Escasso arcabouço

teórico específico referente ao processo de

trabalho no PSF.

E10

UC

53

– U

R93 Escasso arcabouço

teórico específico referente ao processo de

trabalho no PSF.

Page 171: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

170

tinha algum

a coisa construído, porque já tem

.... já tem

uma TO trabalhando lá, agora pra

Nutrição não tinha.... pra N

utrição não tinha.

Foi muito construído ao longo da residência,

juntando

assunto e aí, você estudava

diabetes, diabetes na atenção prim

ária, mas

não tinha o que que o nutricionista na

atenção prim

ária... isso talvez tenha sido a

maior.. a dificuldade assim.

UC

54 agora já tem

outra turm

a, eu acho que

já tem

uma produção aí de m

onografia, de

artigo,

então o prim

eiro que isso fosse

reunido... de livro foi feito livro. Então que

isso

fosse

organizado,

estudado

e investimento em pesquisa. Eu acredito assim

que apesar de ser um

a especialização em

serviço, ela é um

a experiência academ

ia

ainda... é uma pós-graduação, então que ...

que fosse realmente despendido um tem

po

da residência com

o estudar que papel é esse

do... do nutricionista na atenção prim

ária.

E10

– U

C54

– U

R94 já tem

uma produção de

monografia, de artigo, então que isso fosse

reunido, organizado, estudado e investimento

em pesquisa.

E10

– U

C54

– U

R94 Intensificar o enfoque de

pesquisa e mom

entos de discussão.

E11

U

C55

Bom

eu

acho,

a

residência

multiprofissional em saúde da fam

ília eu acho

que

amplia

um

pouco

a clínica

do

profissional,

porque eu

acho que

a nossa

form

ação de graduação é muito pro ... é

muito

assistida,

então

você

vai

fazer

intervenção pro grupo, pra uma pessoa que

está lá com problem

a de obesidade, um

a desnutrição, algum

assim que teve que fazer

uma intervenção cirúrgica.

UC

56 Bom

, eu acho que um

a das coisas que

E11

UC

55

– U

R95

a

residência

multiprofissional em

saúde da fam

ília amplia

um pouco a clínica do profissional, porque

nossa form

ação de graduação é

muito

assistida, intervenção para uma pessoa com

problema.

E11

– U

C56

– U

R96 a estrutura de trabalho

E11

– U

C55

– U

R95 R

MSF proporcionando

espaço

para

novas

estratégias

de

aprendizagem

. E

11 –

UC

56 –

UR

96 Pouca oportunidade de

Page 172: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

171

talvez

pra todos

os

profissionais e pro

nutricionista em particular, eu acho a questão

assim de

recursos materiais que às vezes

nós

éramos dez

categorias

profissionais,

então às vezes algum

as coisas específicas

deles ou de cada categoria ficou deficiente,

faltava, então por

ser

muito abrangente,

talvez a estrutura de trabalho dem

orou um

pouco pra entrar nos eixos. Assim,então por

exemplo, o nutricionista, qual é a carga

horária que eu deveria ter para a supervisão

de caso e às vezes nisso, como era m

uito

genérico, às vezes não era adequado pra

prática dele, ou mesmo assim, na

prática

tradicional por exem

plo, a gente fala ah a

gente faz.. fazer um

a consulta de Nutrição é

muito importante, você saber o

hábito é....

você ter tudo aquele levant... recordatório

alim

entar, então era um

a... um

a entrevista,

era um

mom

ento que tinha que ser mais

prolongado e às vezes as rotinas da prática

eram m

uito instantâneas, queixa e conduta e

na Nutrição não é queixa e conduta, a queixa

é muito longa , então achei então

uma

coisa... algo que dificulta, porque você dividir

a estrutura de trabalho/tem

po de maneira

muito igual e o nutricionista tinha esse

mom

ento que era diferencial... diferenciado.

UC

57 ter a inserção da

categoria também

teria facilitado muito, então às vezes seria

muito m

ais fácil, como o profissional não era

conhecido da rede, então eles começaram de

uma etapa anterior do que outras categorias,

então às vezes não ter a presença de um

dem

orou um pouco pra entrar nos eixos, por

exemplo, a carga horária que eu deveria ter

para a supervisão de caso, às vezes não era

adequada

pra

prática

dele

(NUTRICIONISTA).

E11

UC

57

– U

R97

ter a inserção da

categoria

(NUTRIÇÃO)

também

teria

facilitado m

uito.

aprendizagem

. E

11 –

UC

57 –

UR

97 Inserir o nutricionista no

campo de ensino buscando potencializar o

aprendizado.

Page 173: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

172

profissional,

talvez

não

pro médico e

enferm

eiro, que é nuclear lá, um

médico e

enferm

eiro pra cada tantas famílias, m

as ter

um profissional de referência então ainda é

artigo de luxo. Nutrição é artigo de luxo,

então às vezes ter alguém

que possa fazer

toda essa

referência,

contrrreferência de

fazer um

pouco m

ais de é... de divulgação da

atuação, eu acho que isso ajudaria m

esm

o,

de estar mais presente é... na unidade.

E12

U

C58

Facilitadores... a prática, achei que foi

um ponto facilitador pra ela... ela veio pra

população, ela veio pra equipe. Ao m

esm

o tempo que ela tinha pra fornecer de instrução

e tudo ela recebia da gente também

orientação

da

parte

médica,

tinha

fisioterapeuta tam

bém

que participava junto,

parte da odonto. E então, a parte prática que

ela teve aqui eu acho que é fundam

ental é

pra ela.. eu tenho m

edo que eu viajo m

uito

nas coisas, eu perco o fio da m

eada.... eu

acho que a parte pra... prática tem

a ver com

a gente, o que eu posso falar foi o que ela

viveu aqui com

a gente, foi m

uito importante

tanto pra ela quanto pra gente, a gente

ganhou muito com a

experiência que ela

tinha, com.. com a sabedoria que ela tinha

sobre a Nutrição. Que realmente no dia a dia

aqui é difícil, se pegar todo dia e se estar se

atualizando em term

os de Nutrição, ela tinha

aquilo tudo fresquinho na cabeça, ela trazia

pra gente,

ajudava muito e vice-versa

também

, a gente ajudava ela, em

termos de

diabetes, pressão alta, ela assistia tam

bém

E12

– U

C58

– U

R98

Ao m

esm

o tem

po que

ela tinha pra fornecer de instrução e tudo ela

recebia da gente também

, orientação da

parte médica, tinha fisioterapeuta, odonto.

E12

– U

C58

– U

R99

a gente ajudava ela, em

term

os de diabetes, pressão alta, ela assistia

também

nossos

grupos

de hipertensão,

doenças degenerativas, isso ajudava ela a

articular o que tinha de experiência da parte

técnica com

a parte prática.

E12

UC

58

– U

R98

Vivência

multiprofissional

como

facilitadora

na

form

ação.

E12

UC

58

– U

R99

Vivência

multiprofissional

como

facilitadora

na

form

ação.

Page 174: IRANI GOMES DOS SANTOS - unifesp.br · multidisciplinary and interdisciplinary work increased that performance and the ... anchor this strategy, expanding its training process making

173

nossos

grupos, de hipertensão, doenças

degenerativas então... isso aí ajudava ela a

articular a... o que ela tinha de experiência da

parte técnica com ... aqui... com a parte

prática mesm

o.

UC

59

Aprim

oram

ento...

mais

cursos,

congressos, é... ver

tipos

... é...

de...

populacionais diferentes, na prática ele vai ter

... aum

entar a diversidade dele na técnica

dele, no aprendizado. Mais palestras, e fazer

...

ensinar..

mostrar

pra

população

a importância de um

a nutri...boa nutrição, e da

participação m

esm

o dele com

outras.. outras

áreas técnicas também

, onde ele se encaixa,

saber onde ele vai se encaixar, com

o ele vai

se desenvolver....

UC

60

(PALESTRAS)

Uma

abordagem

multiprofissional

e um

a

abordagem

multitécnica tam

bém

, porque dependendo da

causa,

o tipo de Nutrição pode variar

também

... vai tratar ... por exemplo, eu estou

cuidando

de

um

paciente

que

tenha

determ

inado

tipo de

alim

entos

ou

com

vitaminas e proteínas, ela precisa saber como

ela vai educar esse paciente pra que a gente

conseguir chegar a um consenso com

um, a

Nutrição e a parte curativa.

E12

UC

59

– U

R10

0 mais cursos,

congressos.

E12

– U

C59

– U

R10

1 ver tipos populacionais

diferentes, aum

entar a diversidade na técnica

dele, no aprendizado.

E12

UC

60

– U

R10

2 (PALESTRAS) um

a abordagem

multiprofissional

e

uma

abordagem

multitécnica tam

bém

.

E12

– U

C59

– U

R10

0 Intensificar o enfoque

de pesquisa e m

omentos de discussão

E12

– U

C59

– U

R10

1 Repensar e diversificar

cenários que sirvam

com

o cam

po de ensino

E12

– U

C60

– U

R10

2 Intensificar o enfoque

de pesquisa e m

omentos de discussão.

E13

U

C61

Eu acho que o trabalho em

equipe

junto com outras

equipes

de...

outras

profissões, com

o é fisio, farm

aco, então essa

integração entre as outras profissões.

E13

– U

C61

– U

R10

3 Integração entre as

outras profissões.

E13

UC

61

– U

R10

3

Vivência

multiprofissional

como

facilitadora

na

form

ação.