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Mensal Newsletter do Clube Naval da Horta Ir_ao_mar Campeonato do Mundo das Clas- ses Olímpicas Rui Silveira satisfeito com resultado alcançado no Campeonato do Mun- do das Classes Olímpicas, em Santander: “Consegui os meus objectivos que eram ficar no Grupo de Ouro e apurar Portugal para os Jogos Olímpicos de 2016” praeseptatum. EDP – X Campeo- nato Nacional de Infantis e Inicia- dos “Resultado final dos velejadores do CNH é aceitável, mas ficou por mostrar um pouco mais das suas capacidades”, afirma o Treinador Duarte Araújo. Regata Lorient Horta Solo A ilha do Faial recebeu este mês uma nova Regata Internacional de Vela de Competição: a Lorient - Horta Solo. Nesta 1ª edição partici- pam 20 veleiros da Classe Figaro- Bénéteau, prova que integra o calendário do Campeonato de Elite de Voile au Large da Federação Francesa de Vela. Clube Naval da Horta: estabilidade e crescimento desde os anos 80 – uma instituição fundamental para a Ilha do Faial Parabéns ao CNH, que comemora 67 anos de Vida, mas poderiam ser mais de 100 A 26 de Setembro de 2014, o Clube Na- val da Horta assinala o seu 67º Aniversá- rio, tendo sido oficialmente criado a 26 de Setembro de 1947. Como natural su- cessor do papel que a Junta Local da Li- ga Naval Portuguesa vinha desempe- nhando no Faial desde 1903, este Clube deveria apagar mais de 100 velas. Mas, mais importante do que repor essa data, será dizer que se trata de uma instituição fundamental para o Faial, que tem divul- gado esta Ilha por todo o mundo, que organiza e atrai diversas regatas interna- cionais para a Horta, que tem a seu cargo a formação náutica na ilha, que organiza o maior Festival Náutico de Portugal, que em 2011 ganhou o Prémio de Exce- lência Desportiva e que, desde os anos 80 tem a sua actividade consolidada, mas sempre numa linha de crescimento. Na- turalmente que se já pudesse usufruir das novas instalações – que tardam em sair do papel – mais resultados poderia apre- sentar. Por outro lado, a sua missão fica ainda mais valorizada se tivermos em conta que, mesmo numa sede exígua e desadequada às necessidades, o trabalho tem vindo a ser intensificado e elogiado, sobressaindo a sua dinâmica e capacida- de organizativa. neste número 67º aniversário do CNH Camp. Mundo Classes Olímpicas Camp. Infantis e Iniciados Lorient Horta Solo Número SETEMBRO 2014 06 Clube Naval da Horta: 67 anos de vitórias e divulgação do Faial e da Região no mundo

Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

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Revista mensal sobre a atividade do Clube Naval da Horta

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Page 1: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

Mensal

Newsletter do

Clube Naval da Horta Ir_ao_mar

Campeonato do Mundo das Clas-ses Olímpicas

Rui Silveira satisfeito com resultado

alcançado no Campeonato do Mun-

do das Classes Olímpicas, em

Santander: “Consegui os meus

objectivos que eram ficar no Grupo

de Ouro e apurar Portugal para os

Jogos Olímpicos de 2016”

praeseptatum.

EDP – X Campeo-nato Nacional de Infantis e Inicia-dos

“Resultado final dos velejadores do

CNH é aceitável, mas ficou por

mostrar um pouco mais das suas

capacidades”, afirma o Treinador

Duarte Araújo.

Regata Lorient Horta Solo

A ilha do Faial recebeu este mês

uma nova Regata Internacional de

Vela de Competição: a Lorient -

Horta Solo. Nesta 1ª edição partici-

pam 20 veleiros da Classe Figaro-

Bénéteau, prova que integra o

calendário do Campeonato de Elite

de Voile au Large da Federação

Francesa de Vela.

Clube Naval da Horta: estabilidade e crescimento desde os anos 80 – uma instituição fundamental para a Ilha do Faial Parabéns ao CNH, que comemora 67

anos de Vida, mas poderiam ser mais

de 100

A 26 de Setembro de 2014, o Clube Na-

val da Horta assinala o seu 67º Aniversá-

rio, tendo sido oficialmente criado a 26

de Setembro de 1947. Como natural su-

cessor do papel que a Junta Local da Li-

ga Naval Portuguesa vinha desempe-

nhando no Faial desde 1903, este Clube

deveria apagar mais de 100 velas. Mas,

mais importante do que repor essa data,

será dizer que se trata de uma instituição

fundamental para o Faial, que tem divul-

gado esta Ilha por todo o mundo, que

organiza e atrai diversas regatas interna-

cionais para a Horta, que tem a seu cargo

a formação náutica na ilha, que organiza

o maior Festival Náutico de Portugal,

que em 2011 ganhou o Prémio de Exce-

lência Desportiva e que, desde os anos

80 tem a sua actividade consolidada, mas

sempre numa linha de crescimento. Na-

turalmente que se já pudesse usufruir das

novas instalações – que tardam em sair

do papel – mais resultados poderia apre-

sentar. Por outro lado, a sua missão fica

ainda mais valorizada se tivermos em

conta que, mesmo numa sede exígua e

desadequada às necessidades, o trabalho

tem vindo a ser intensificado e elogiado,

sobressaindo a sua dinâmica e capacida-

de organizativa.

neste número

67º aniversário do CNH

Camp. Mundo Classes Olímpicas

Camp. Infantis e Iniciados

Lorient Horta Solo

N ú m e r o

S E T E M B R O

2 0 1 4

06

“Clube Naval da Horta: 67 anos de vitórias e

divulgação do Faial e da Região no mundo”

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Clube Naval da Hor-ta: estabilidade e crescimento desde os anos 80 – uma in-stituição fundamental para a Ilha do Faial

Em dia aniversário é dada a

conhecer a história do Clube

Naval da Horta (CNH), o que

inclui a sua origem, criação,

sedes, actividade e presiden-

tes. Esta viagem ao passado

contou com a colaboração do

actual Presidente da Direcção

do CNH, José Decq Mota, que

se encontra em fim de manda-

to e que está ligado ao Clube

desde a adolescência.

O Clube Naval da Horta, na

sua formação actual, foi cons-

tituído a 26 de Setembro de

1947. “Contudo, durante toda

a primeira metade do século

XX havia desportos náuticos

no Faial, com alguma intensi-

dade, desenvolvidos por bas-

tantes nacionais e também

por estrangeiros que viviam

cá, nomeadamente pessoas

que trabalhavam nas Compa-

nhias de Cabos Submarinos,

instaladas na cidade da Hor-

ta”, explica José Decq Mota.

No tempo do reinado de D.

Maria II, na Monarquia Consti-

tucional, foi criada uma insti-

tuição chamada Liga Naval

Portuguesa (LNP). “Sendo algo

de natureza oficiosa, contava

com sócios e, tal como se usa-

va nessa época, era protegida

pelo poder, neste caso pelo

poder soberano”.

Clube Naval da Horta: 67 anos

de vitórias e divulgação do Faial

e da Região no mundo

67º Aniversário do CNH

A 26 de Setembro de 2014, o

Clube Naval da Horta assi-

nala o seu 67º Aniversário,

tendo sido oficialmente cri-

ado a 26 de Setembro de

1947. Como natural sucessor

do papel que a Junta Local

da Liga Naval Portuguesa

vinha desempenhando no

Faial desde 1903, este Clube

deveria apagar mais de 100

velas. Mas, mais importante

do que repor essa data, será

dizer que se trata de uma

instituição fundamental para

o Faial, que tem divulgado

esta Ilha por todo o mundo,

que organiza e atrai diversas

regatas internacionais para a

Horta, que tem a seu cargo a

formação náutica na ilha, que

organiza o maior Festival

Náutico de Portugal, que em

2011 ganhou o Prémio de

Excelência Desportiva e que,

desde os anos 80 tem a sua

actividade consolidada, mas

sempre numa linha de cresci-

mento. Naturalmente que se

já pudesse usufruir das no-

vas instalações – que tardam

em sair do papel – mais

resultados poderia apresen-

tar. Por outro lado, a sua

missão fica ainda mais valor-

izada se tivermos em conta

que, mesmo numa sede

exígua e desadequada às

necessidades, o trabalho tem

vindo a ser intensificado e

elogiado, sobressaindo a sua

dinâmica e capacidade or-

ganizativa.

Na sua estrutura, a Liga tinha

uma Junta Central, Juntas Dis-

tritais e Locais. Em 1903 foi

criada na Horta a Junta Local

da Liga Naval Portuguesa, cujo

Presidente foi, durante vários

anos, o escritor, publicista,

professor e político, Florêncio

Terra.

Para além de serem estruturas

que organizavam desportos

locais, também detinham pa-

trimónio e agora afigurava-se

necessário dar um destino a

esse património.

“No caso concreto da ilha do

Faial – refere José Decq Mota

– foi pensado criar um Clube

que ficasse com esse espólio.

O património da Liga Naval

Portuguesa no Faial tinha im-

Este dirigente refere

que “a Liga era um órgão que,

em conjunto com outros clu-

bes, como por exemplo o

Fayal Sport, a partir da sua

fundação, organizava festivais

náuticos, provas e enquadrava

o que existia; e o que existia

era muito à volta de embarca-

ções tradicionais de boca

aberta que andavam à Vela”.

E acrescenta: “A decisão do

Estado Novo em extinguir a

Liga num plano geral, levan-

tou alguns problemas, porque

certas Juntas Distritais e Lo-

cais detinham património”.

portância, por-

que incluía uma

embarcação

cabinada, de

vela, construída

em Santo Ama-

ro do Pico, em

1938, conheci-

da como a Chalupa

da Liga, de nome “Ilha Azul”, e

que era a peça principal; havia

também outras pequenas

embarcações e meios e ainda

uma biblioteca não muito

grande”. Uma vez que o “Ilha

Azul” tinha sido construído

para a prática de desportos

náuticos, a lógica era que con-

tinuasse a sua missão.

Por esta ordem de ideias e

algumas vontades, nasce o

Clube Naval da Horta, oficial-

mente criado a 26 de Setem-

bro de 1947, a quem é entre-

Parabéns ao CNH,

que comemora 67

anos de Vida, mas

poderiam ser mais

de 100

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Presidentes CNH desde 1947 1947/49 – Cmdt. Manuel Melo Car-valho

1949/50 – Sr. José Augusto Carreiro

1950/52 – Eng.º Manuel Ribeiro da Silva

1952/53 – Dr. José Estevão da Silva Azevedo

1953/55 – Sr. Eduíno Labescat da Silva

1955/58 – Eng.º Manuel Ribeiro da Silva

1958/60 – Eng.º José da Silva Duarte

1960/61 – Dr. Manuel Alexandre Madruga

1961/63 – Dr. José Pereira de Freitas

1963/65 – Dr. Ângelo Leal da Costa

1965/67 – Sr. Eurico Garcia de Castro e Silva

1967/69 – Eng.º Olavo Cardoso Pei-xoto de Simas

1969/73 – Dr. António Francisco Lopes da Silva

1973/76 – Sr. Luís Fernando Gonçal-ves da Rosa

1976/78 – Eng.º Mário Belchior Ávila Gomes

1978/80 – Sr. Luís Fernando Gonçal-ves da Rosa

1980/82 – Sr. Vítor José de Freitas Azevedo

1982/84 – Sr. João Resendes Neves Corvelo

1984/89 – Dr. Luís Carlos Bicudo Decq Mota

1989/90 – Sr. Renato Soares de La-cerda Azevedo

1990/92 – Sr. Aurélio de Freitas Melo

1992/96 – Dr. Manuel Fernando Ramos Vargas

1996/01 – Sr. José Eduardo Bicudo Decq Mota

2001/03 – Sr. Carlos Manuel Castro Goulart

2003/05 – Sr. Genuíno Alexandre Goulart Madruga

2005/07 – Sr. João Pedro Terra Gar-cia

2008/10 – Eng.º Hugo Miguel Ferrei-ra Teixeira Pacheco

2010/12 – Dr. Fernando Manuel Machado Menezes

2012/actualidade – Sr. José Eduardo Bicudo Decq Mota

gue o espólio acima referido.

“No entanto, nem todos co-

mungavam desta decisão, pois

segundo me contaram alguns

mais antigos, que já não se

encontram entre nós, nessa

altura nem todos os desportis-

tas náuticos faialenses activos

concordaram com esta solu-

ção, a qual teve algo de oficio-

so. A Comissão Instaladora foi

presidida pelo Capitão do Por-

to, o Comandante Melo de

Carvalho, e a maioria dos des-

portistas activos aderiu a esta

solução”, sublinha o actual

Presidente da Direcção do

CNH. E o Clube Naval da Horta

começa a funcionar, primeira-

mente seguindo o papel que

era desempenhado pela Liga

Naval em anos anteriores.

“Em 1947 e anos seguintes, a

actividade não era muito in-

tensa, porque em 1941/1942

tinha havido um ciclone e

muitas embarcações de re-

creio tinham-se perdido e,

também, porque a economia

vivia ainda muito subjugada às

condicionantes da Guerra”,

recorda José Decq Mota. Em

Dezembro de 1947, uma parte

das instalações do Castelo de

Santa Cruz – não havia ainda a

Estalagem – foi cedida ao

CNH.

Este dirigente recorda-se de o

Castelo ter um piquete militar

porque tinha uma bateria de

salvas. Os armazéns da zona

Norte e um escritório que

havia em cima foram cedidos

ao Clube, e durante toda a

década de 50, até ao início da

construção da Estalagem de

Santa Cruz, na década seguin-

te, o CNH esteve ali sedeado.

Dispunha de armazéns para os

seus equipamentos, de uma

secretaria, uma sala de reuni-

ões e um espaço, que era a

parada do Castelo, que no

Verão funcionava como espla-

nada de cinema, sendo con-

cessionada a quem projectava

filmes no Faial, e havia algu-

mas empresas locais nesse

ramo. Essa actividade cinema-

tográfica rendia uma receita

regular ao Clube, o qual entra

numa crise “prolongada e

séria” quando o Estado lhe

retira o Castelo de Santa Cruz

sem ter encontrado verdadei-

ras alternativas. “Lembro-me

de que nos anos 60 foi cedida

ao CNH uma barraca, que ti-

nha sido posto da Guarda Fis-

cal, e um outro barracão de

madeira, onde funcionou a

sua sede, mas em situações

muito precárias, sem vida as-

sociativa propriamente dita. A

actividade era apenas dos que

tinham embarcações e anda-

vam à Vela e os snipes que o

Clube tinha, o que era sinóni-

mo de uma vida reduzida”,

sublinha José Decq Mota. Nes-

sa altura foi recuperado, por-

que entretanto se tinha degra-

dado, o “Ilha Azul”.

José Decq Mota é o actual

Presidente da Direcção do

CNH, uma casa que conhe-

ce bem

Fotografias de: Cristina Sil-

veira

Nos anos 70, quando foram

cedidas ao Clube as instala-

ções onde hoje funciona o

Centro de Formação de Des-

portistas Náuticos, e que era o

Quartel dos Remadores da

Alfândega, o pulsar desta ins-

tituição melhorou substancial-

mente. Esta cedência primeiro

foi feita a título precário e

depois a título mais definitivo.

Para esta melhoria também

contribuiu o facto de algumas

pessoas terem adquirido bar-

cos e de o Clube possuir al-

gum equipamento próprio.

No tempo do Estado Novo, a

formação nos desportos náuti-

cos estava completamente

controlada pelo Governo, ten-

do sido entregue à Mocidade

Portuguesa, detentora dos

Centros de Vela. Após o 25 de

Abril, essa instituição e res-

pectivo património foi entre-

gue à Direcção Geral dos Des-

portos, e com a consagração

da Autonomia nos Açores pas-

sou a ser responsabilidade da

Direcção Regional dos Despor-

tos.

O Governo Regional cedo de-

cidiu transferir essa formação

e respectivo património para

os Clubes, mas a execução

dessa deliberação só aconte-

ceu nos fins dos anos 80. O

primeiro Clube a receber a

formação nos Açores foi o de

Ponta Delgada, em

1987/1988, e logo a seguir o

da Horta. Actualmente, toda a

formação a nível regional e

nacional é feita pelos clubes,

“o que lhes conferiu outra

estrutura e dimensão”.

As actuais instalações apare-

cem no fim dos anos 80, início

dos 90. “A partir de meados

dos anos 80 pode dizer-se que

o Clube Naval da Horta vai

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numa linha de estabilidade, mas com cresci-

mento, e esse crescimento é medível atra-

vés de indicadores como o aumento do nú-

mero de sócios, da receita, de funcionários,

etc”, realça o actual Presidente. Refira-se

que nos anos 80, o CNH tinha um único fun-

cionário: o encarregado de armazém. A par-

tir de 1992/1993 passa a ter um funcionário

administrativo e um encarregado de arma-

zém, o que se manteve durante bastantes

anos, e hoje tem vários, como se sabe.

O Clube Naval da Horta diferencia-se pela

sua estabilidade, mas com uma notória li-

nha de crescimento. Para este dirigente,

“transformou-se numa instituição que é, no

plano desportivo, social e cultural, de funda-

mental importância para esta Terra e para

este Porto”.

José Decq Mota frisa que “as ligações ao

iatismo internacional são muito aprofunda-

das e consolidadas nos anos 70, quando

passavam pelo Faial muito menos barcos do

que hoje, mas com a particularidade de já

passarem muitos estrangeiros e o Clube

Naval da Horta era, em paralelo ao Peter,

um pouco o embaixador deles na ilha”.

Nos anos 80 assiste-se a um outro fenóme-

no: “os faialenses, e outras pessoas cá resi-

dentes, começaram a adquirir, em segunda

mão e em mercado de ocasião, barcos de

cruzeiro, o que foi gerando convívio entre

os de cá e os estrangeiros”. Na base desse

estreitar de laços com os “aventureiros”

esteve a formação da Semana do Mar, des-

de há vários anos o maior Festival Náutico

do país.

O Clube Naval da Horta foi declarado pessoa

colectiva de Utilidade Pública, por resolução

nº 151/89, publicado no Jornal Oficial da

Região Autónoma dos Açores, I Série Nº 49,

a 5 de Dezembro de 1989.

Entidade de Utilidade Pública (EUP), é uma organização (associação ou fundação) orien-tada para fins de interesse geral e que pres-ta serviços, de maneira desinteressada, à sociedade.

COMO TUDO COMEÇOU

CNH: o sucessor da Junta Local da Liga Na-

val Portuguesa

No princípio do século XX existiu em Portu-

gal uma instituição eminentemente patrióti-

ca, cujo ideário era promover as actividades

marítimas em todas as suas vertentes e cha-

mar a atenção da Nação Portuguesa para o

facto de o poder marítimo conseguir influ-

enciar as nações e proclamar que no mar

está o futuro de todas as pátrias: a Liga Na-

val Portuguesa (LNP). Não é descabido, nu-

ma altura em que as actividades relaciona-

das com o mar foram quase proscritas em

Portugal, relembrar o que um grupo de por-

tugueses se propuseram realizar a bem do

País e da Marinha, embora por um período

de tempo muito curto, já que a mudança de

governo e de pensar político pôs fim aos

seus intentos.

O movimento das ligas navais no mundo

tinha como base a obra do Capitão Mahan,

“The influence of sea power upon his-

tory” (“A Influência do Poder Naval na Histó-

ria”), que foi traduzida para diversas línguas.

Nos Açores, a primeira Junta Local da Liga

Naval foi criada em Ponta Delgada e depois

na Horta. Com a extinção da LNP, o Clube

Naval da Horta aparece e passa a desempe-

nhar a papel da Liga, tendo mesmo recebido

o espólio desta. Assim sendo, é defensável

que esta instituição estivesse agora a assina-

lar mais de um século de vida, como regista

o congénere de Ponta Delgada.

O extinto jornal “O Telégrafo” publicou,

desde Julho a Dezembro de 1903, diversa

informação relacionada com a Liga Naval

Portuguesa e a sua implantação na cidade

da Horta, incluindo os Estatutos, que foram

sendo divulgados, gradualmente, ao longo

destes meses.

A Liga Naval e a Monarquia

No princípio do século passado havia várias

ligas navais no mundo e o número de sócios

das mais importantes eram os seguintes:

Alemanha: 1. 018. 500

Brasil: 40. 000

Inglaterra: 30. 000

Espanha: 16. 000

Portugal: 6. 500

Rússia: 3. 000

Bélgica: 1. 000

Se compararmos a população absoluta da-

queles países, à época, com a de Portugal,

verificamos que só a Liga Naval Alemã su-

plantava Portugal. Pelos vistos, os portugue-

ses do princípio do século XX, talvez seguin-

do o exemplo dos monarcas da época, que

eram grandes entusiastas e praticantes dos

misteres do mar, interessavam-se pelas coi-

sas do mar, a avaliar pelo número de sócios

da Liga Naval Portuguesa.

Embora formada no começo do século XX, a

LNP só viu os seus estatutos aprovados co-

mo uma Instituição de Utilidade Pública

pelos decretos de 31/01/1906 e

17/03/1914. A sua sede funcionava no nú-

mero 29 do Largo do Calhariz, no Palácio

Palmela, e era constituída por 10 conselhos

regionais, 62 juntas locais e 525 comissões

defensoras da pesca fluvial. Era uma institui-

ção poderosíssima, com uma máquina de

propaganda bem orquestrada, que se esten-

dia a todo o território português, desde Por-

tugal a Timor, veiculada pelos altos funcio-

nários e todos os portugueses que cumpri-

am comissões de serviço nos então territó-

rios portugueses. A Monarquia protegia a

Liga, fazendo dela uma instituição do impé-

rio e concedendo-lhe um subsídio anual de

5 contos de réis, que lhe foi retirado pelo

Governo da 1ª República. Não é de admirar,

porque as repúblicas nunca fizeram muito

pelas actividades marítimas, com excepção

da 2ª. República, com o Despacho do Minis-

tério da Marinha, de 10/08/1945, conhecido

pelo Despacho nº 100.

O financiamento da LNP

A Liga Naval Portuguesa sobrevivia com um

subsídio, atribuído pela Monarquia, de 5

contos de réis, a que se somavam as quotas

dos seus sócios, sendo que cada sócio con-

tribuinte pagava 500 réis mensalmente. Este

rendimento dava para custear:

- Despesas de criação e conservação do 1º

Museu Nacional de Marinha (que funcionou

provisoriamente na sede da Liga, embora

tivesse em vista a sua instalação em edifício

próprio), onde se conservavam, entre outras

coisas, as colecções oceanográficas do Se-

nhor D. Carlos de Bragança, rei artista, oce-

Page 5: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

anógrafo e grande protector das actividades

marítimas. Na carta de lei de 9 de Setembro

de 1908 destinaram-se verbas para o início

da construção e manutenção de um edifício

próprio para o Museu Nacional de Marinha,

que foram confirmadas por decreto de 16 de

Dezembro de 1909, mas as verbas que foram

depositadas na Caixa Geral de Depósitos

(CGD) para aquele efeito, nunca foram en-

tregues à Liga.

- Despesas da Escola de Pilotagem e Arma-

mentos Marítimos de Lisboa que, na primei-

ra década do século XX, abriu os seus cursos

com 80 alunos, de onde saíram muitos Ofici-

ais para a Marinha Mercante Portuguesa.

- Subsídio anual concedido à Société des

Oeuvres de Mer, como sócia fundadora, para

prestar serviços de apoio aos nossos pesca-

dores dos bancos da Terra Nova, através do

seu navio hospital.

- Subsídio, por indicação do Comité Portu-

guês de Direito Marítimo, instalado na sede

da Liga, ao Comité Internacional de Antuér-

pia, que se ocupava da unificação do Direito

Comercial Marítimo, tendo Portugal obtido

através desta iniciativa grande destaque no

Comité Internacional de Antuérpia.

- Publicação de importantes obras de propa-

ganda marítima.

- Publicações da Biblioteca da Liga Naval,

única biblioteca de instrução técnica maríti-

ma para formação dos alunos da Escola de

Pilotagem.

- Publicação do Boletim Marítimo da Liga.

- Serviços de expediente relativos à sua mis-

são de propaganda, juntas locais e comissões

defensoras das pescarias.

Os sócios, além da quota mensal, sem jóia

ou outros encargos, tinham direito a desfru-

tar das instalações da Liga, onde podiam

consultar obras, revistas e diversas publica-

ções relacionadas com o mar e de carácter

geral, usar as salas de convívio, jogo de vaza,

ginásio, (onde se praticava a ginástica respi-

ratória, pedagógica e médica), esgrima e

bilhar.

Havia sedes dos conselhos regionais e juntas

locais no continente, ilhas e colónias, cujas

instalações estavam vocacionadas para in-

crementar as actividades marítimas.

Na senda do Movimento Sea Power

A Liga Naval Portuguesa tinha em vista a

realização de uma série de conferências su-

bordinadas ao estudo dos grandes proble-

mas nacionais, estudo da questão social rela-

cionado com os trabalhadores do mar.

Em 1903, a Liga Naval realizou o 1º Congres-

so Marítimo Nacional, que foi um sucesso,

tendo germinado um plano de acção “para

seguimento da evolução futura do progresso

marítimo nacional”.

Após o congresso, uma das primeiras acções

foi na área da pesca do bacalhau: acabar

com o monopólio que só permitia a 12 navi-

os portugueses pescarem nos bancos da

Terra Nova. Foi levantado um inquérito so-

bre as condições em que aquela pesca se

estava a processar e em 1913 já pescavam

nos bancos da Terra Nova 44 navios, que

empregavam 1. 400 tripulantes e geravam

uma receita de 650 contos.

Toda a dinâmica da Liga apontava para o

ressurgimento “de um Portugal Marítimo,

forte e glorioso”.

Do 1º. Congresso da LNP saiu uma directiva

no sentido de conglomerar a melhor elite

intelectual do país e todos os que estivessem

ligados às actividades marítimas, de modo a

formar uma sinergia impulsionadora do

“Movimento Sea-Power”. Os desportos náu-

ticos não foram esquecidos, assim como a

educação física, o remo a vela e a natação.

Ainda neste congresso foi ponderada a regu-

lamentação das regatas de remo mas não se

chegou a qualquer conclusão. Também foi

proposto no 1º. Congresso associar os vários

clubes de vela numa Federação sem resulta-

dos concludentes, antes pelo contrário, a

maior parte dos clubes não se interessou e

houve outros que se opuseram.

A Federação Portuguesa de Vela viria a cons-

tituir-se em 1927.

Em 1904, a Liga promoveu o Congresso Naci-

onal de Pescarias, em Viana do Castelo, ten-

do excedido todas as expectativas, e tendo

dele saído o fomento da piscicultura com o

repovoamento dos rios do Norte do País e a

dinamização da indústria da pesca.

Foi criada a estação aquícola do Ave, e a Liga

importou dezenas de milhar de ovos de pei-

xe para repovoamento dos rios do Norte do

país. O povo foi educado, com a colaboração

dos municípios, a respeitar as épocas de de-

feso e a riqueza piscícola dos rios.

Foram criadas 525 comissões defensoras do

meio aquático e estabelecido um corpo de

1.700 guarda-rios, para controlo dos vânda-

los.

A Liga promoveu uma exposição de oceano-

grafia, na Sociedade de Geografia, a exposi-

ção de aprestos marítimos, em Viana do Cas-

telo, e a exposição de peixe seco, em Cabo

Verde.

A importância da LNP

Ao nível internacional, a Liga filiou-se na As-

sociation Internationale de la Marine (AILM)

com o fim de acompanhar o movimento ma-

rítimo internacional.

Além de estar representada em congressos

realizados em Copenhaga e Nantes, manteve

protocolos de intercâmbio com várias ligas

navais de outros países.

A Liga, com a sua influência e como resulta-

do da sua filiação na AILM, realizou na capi-

tal portuguesa o Congresso Marítimo Inter-

nacional de Lisboa, organizado pela Associa-

tion Internationale de la Marine, com o

apoio do governo português, e nele foi no-

meado Secretário-Geral Adjunto daquela

associação, o Secretário Perpétuo da Liga

Naval Portuguesa, António Pereira de

Mattos. A Liga incentivou o aperfeiçoamento

da instrução profissional da Armada e insti-

tuiu prémios anuais para os vencedores de

torneios de luta de tracção, regatas de esca-

leres de dez remos e lançamento de torpe-

dos por torpedeiros.

Para incitar os portugueses, indiferentes

pelas coisas do Mar, promoveu um festival

marítimo de grande envergadura com a pre-

sença de várias embarcações e navios de

ambas as marinhas, ao largo de Cascais, no

dia 13 de Outubro de 1907, que constou de

desfile das embarcações e navios em presen-

ça, evolução de torpedeiros, lançamento de

minas e experimentação de um novo torpe-

do auto-propulsionado, pela canhoneira-

torpedeira “TEJO”, tendo como alvo o

“Pedro Nunes”, que não era nem mais nem

Page 6: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

menos do que o famoso clipper inglês

“Thermopylae”.

O “Thermopylae” era o célebre navio da

carreira do chá, detentor de vários recordes

e que só uma única vez foi batido por outro

famoso clipper, o “Cutty Sark”, numa viagem

de regresso da China, demorando este 108

dias e o “Thermopylae” 127 dias. O

“Thermopylae” foi depois comprado pela

Armada Portuguesa e nomeado “Pedro Nu-

nes”. Após ter servido como navio-escola de

treino de vela, foi abatido ao serviço e utili-

zado como pontão de carvão. Infelizmente,

no dia 21/05/2007, pelas 04:46, os serviços

de emergência britânicos recebiam uma

chamada de um cidadão britânico comuni-

cando que a “Cutty Shark” estava a arder,

parecendo um braseiro. Quase ficou destru-

ída, após 138 anos de glória.

O que restou do orgulho marítimo

Ainda voltando às actividades da Liga, esta

concedia subsídios aos marítimos pela per-

da de embarcações e aprestos marítimos,

durante as crises de miséria, devido à im-

praticabilidade dos seus misteres durante os

meses de Inverno.

Criou a Caixa de Socorros a Marítimos Inváli-

dos, com o regulamento aprovado em 16 de

Dezembro de1904.

Após a queda da Monarquia, sem o subsídio

anual atribuído pelo governo, os êxitos e as

iniciativas da Liga foram-se desvanecendo. A

25 de Maio de 1914, da reunião do seu cor-

po directivo saiu um manifesto dirigido ao

povo português, solicitando auxílio financei-

ro e apelando a que não deixasse extinguir a

Liga, pois que o grande projecto em que a

Liga seria o intermediário entre o governo e

a classe marítima, ficaria por realizar.

O grande projecto contemplaria:

- Educação da população sea-working;

- Instituição do crédito marítimo, que deve-

ria libertar os pescadores da garra dos agio-

tas;

- Instituição do seguro mútuo para embar-

cações e engenhos de pesca;

- Criação de albergues marítimos;

- Instituição oficial da Caixa de Pensões a

Marítimos Inválidos;

- Criação de um fundo de propaganda e

socorros a marítimos;

- Instalação de um Museu Nacional de Mari-

nha em edifício próprio, adaptado às exi-

gências da representação nacional, no porto

de Lisboa.

Todo este empenhamento e trabalho insano

acabaram por soçobrar, por falta de apoio

do governo português da época.

Num país com 850 km de costa continental

e com uma Zona Económica Exclusiva (ZEE)

de 1.6×106 km2, a maior da Europa e uma

das maiores do Mundo, com bacias fluviais

vastíssimas, com aptidão para se desenvol-

verem as mais variadas actividades nas di-

versas valências marítimas, não se compre-

ende por que não se tenham aproveitado

estas sinergias num país em crise, com difi-

culdade de gerir uma economia sustentada.

Nesta sequência de raciocínio convém refe-

rir que no âmbito da Convenção das Nações

Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM),

estão em curso estudos e levantamentos

oceanográficos de modo a provar o direito

de Portugal a reclamar o alargamento da

sua plataforma continental, contigua à ZEE,

e que segundo estimativas da Estrutura de

Missão para a Extensão da Plataforma Con-

tinental (EMEPC) poderá andar à volta de

1×106 km2, tornando-se Portugal no país

com a maior jurisdição marítima do Mundo.

O desprezo pelas coisas do Mar, em Portu-

gal, parece endémico. Quem sabe um con-

junto de patriotas consiga congregar todos

os representantes das actividades marítimas

num grupo de pressão, para levar o Gover-

no Português a repensar a Política de Mar,

colaborando e encontrando soluções que

permitam uma Economia Marítima Portu-

guesa sustentável. É urgente despertar a

consciência dos portugueses para as coisas

do mar e desenvolver o potencial que este

recurso pode proporcionar à Nação Portu-

guesa.

Portugal é uma Nação Marítima pela sua

história e pela sua situação geográfica.

Na época dos descobrimentos fomos os

primeiros e, tão poucos, conseguiram fazer

tanto.

(Esta informação relativa à Liga foi reti-

rada da Revista do Clube dos Oficiais

da Marinha Mercante, Nº 84, referente

a Janeiro/Fevereiro de 2008, cujo arti-

go é assinado por Joaquim Bertão Sal-

tão).

26 setembro de 1947

O Clube Naval da Horta, na sua

formação actual, foi constituído a

26 de Setembro de 1947.

“Contudo, durante toda a primeira

metade do século XX havia des-

portos náuticos no Faial, com algu-

ma intensidade, desenvolvidos por

bastantes nacionais e também por

estrangeiros que viviam cá,

nomeadamente pessoas que tra-

balhavam nas Companhias de

Cabos Submarinos, instaladas na

cidade da Horta”, explica José

Decq Mota.

No tempo do Estado Novo, a

formação nos desportos náuticos

estava completamente controlada

pelo Governo, tendo sido entregue

à Mocidade Portuguesa, detentora

dos Centros de Vela. Após o 25 de

Abril, essa instituição e respectivo

património foi entregue à Direcção

Geral dos Desportos, e com a

consagração da Autonomia nos

Açores passou a ser responsabi-

lidade da Direcção Regional dos

Desportos.

Page 7: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014
Page 8: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

A notícia de que o Castelo de Santa Cruz ia ser utilizado como sede do CNH veio no jornal “O Telégrafo”, de 17 de Dezembro de 1947, conforme se pode ler

Page 9: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

A notícia de que o Castelo de Santa Cruz ia ser utilizado como sede do CNH veio no jornal “O Telégrafo”, de 17 de Dezembro de 1947, conforme se pode ler

Page 10: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

A 26 de Agosto de 1947 “O Telégrafo” noticiava “A cerimónia de baptismo das embarcações do Centro da Mocidade Portuguesa”. A notícia foi publicada em 2 páginas

Page 11: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

A 26 de Agosto de 1947 “O Telégrafo” noticiava “A cerimónia de baptismo das embarcações do Centro da Mocidade Portuguesa”. A notícia foi publicada em 2 páginas

Page 12: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

Na edição de 4 de Julho de 1903, “O Telégrafo” informava que neste dia começava a publicar alguns extractos dos Estatutos da Liga Naval Portuguesa, como se pode constatar pela leitura do jornal

Page 13: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

Na edição de 4 de Julho de 1903, “O Telégrafo” informava que neste dia começava a publicar alguns extractos dos Estatutos da Liga Naval Portuguesa, como se pode constatar pela leitura do jornal

Page 14: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

No jornal do dia 8 de Julho de 1903, são descritos, com pormenor, os Corpos Gerentes da Liga e o

seu funcionamento no reino e nas ilhas

Page 15: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

A 9 de Julho de 1903, o jornal local “O Telégrafo” dava conta da existência da Junta Local da Liga

Naval Portuguesa na Horta

Page 16: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

Campeonato do Mundo das Classes Olímpicas,

O EVENTO

Rui Silveira satisfeito

com resultado alcan-

çado no Campeonato

do Mundo das Clas-

ses Olímpicas, em

Santander: “Consegui

os meus objectivos

que eram ficar no

Grupo de Ouro e apu-

rar Portugal para os

Jogos Olímpicos de

2016”

Caso haja dinheiro, o

passo seguinte é ir à

China, daqui a 2

semanas, a fim de

participar na World

Cup, regata que per-

mitiria subir no Rank-

ing Mundial e sonhar

com a Finalíssima, no

Dubai, este mês de

Dezembro.

Os resultados alcan-

çados no Campeona-

to do Mundo das

Classes Olímpicas

2014, que decorreu

em Santander, são

sinal de que o inves-

timento em Rui Silvei-

ra é garantido e deve

ser reforçado

O atleta da Classe Laser Standard

do Clube Naval da Horta (CNH),

Rui Silveira, alcançou excelentes

resultados no Campeonato do

Mundo das Classes Olímpicas,

que decorreu de 12 a 17 do cor-

rente, em Santander, no Norte

de Espanha, tendo mesmo sido o

português mais bem classificado.

Além de ter ficado no Grupo de

Ouro, o velejador faialense con-

seguiu ainda

apurar Portugal

para os Jogos

Olímpicos

2016, do Rio de

Janeiro, no

Brasil.

Rui Silveira

ficou em 39º

lugar na geral

e, apesar de estar “satisfeito”

com a sua prestação, considera

que as finais lhe podiam ter cor-

rido ainda melhor. “Tinha sido

bom não ter passado tantas difi-

culdades nas finais, que foram

provocadas pelo vento incons-

tante, que fez com que tenha

passado muitas horas de espera

dentro da água. Além disso, o dia

de descanso (16) contribuiu para

que eu tenha perdido um pouco

o ritmo com que vinha dos dias

anteriores”, afirma o atleta do

CNH.

Neste projecto de notório suces-

so, há ainda a realçar o contri-

buto dado pelo treinador Gon-

çalo Carvalho, a quem Rui

Silveira dirige palavras de re-

conhecimento, salientando

que o seu apoio foi

“fundamental”.

Este faialense agradece ainda

o apoio da casa que represen-

ta, o Clube Naval da Horta,

bem como do Governo Regio-

nal dos Açores e da Câmara

Municipal da Horta. E frisa:

“Os resultados alcançados

demonstram bem que o inves-

timento que tem vindo a ser

feito em mim e no projecto

que pretendo levar até ao fim,

está a ter retorno, sendo me-

recedor da continuidade des-

se apoio, cada vez mais neces-

sário, por forma a que possa

alcançar os desígnios a que

me propus, onde está sempre

presente a divulgação da mi-

nha Terra”.

O esforço é do atleta, dentro e fora

da água, mas as boas energias e o

calor humano são uma parte igual-

mente muito importante. Por isso,

Rui Silveira endereça também pala-

vras de agradecimento a todos

aqueles que, de diversas formas,

manifestaram o seu apreço e rego-

zijo pelo feito alcançado, o qual é

partilhado com todos os que o aca-

rinham.

O velejador ainda se

encontra em terras

espanholas, mas

dentro de alguns

dias regressa a Por-

tugal. Neste mo-

mento encontra-se

em cima da mesa a

possibilidade de Rui

Silveira ir à China, a

fim de participar na World Cup,

uma regata que acontece daqui a 2

semanas e que permitiria a este

velejador subir o máximo possível

de lugares no Ranking Mundial. A

concretizar-se este grande objecti-

vo, o atleta do Clube Naval da Hor-

ta poderia sonhar com a Finalíssi-

ma, prova que irá realizar-se em

Dezembro próximo, no Dubai, onde

apenas estarão os 25 melhores,

além de velejadores convidados.

No entanto, tal poderá não passar

de um grande desejo, uma vez que

se colocam entraves de natureza

financeira.

Page 17: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

EDP – X Campeonato Nacional de Infantis e Iniciados

O EVENTO

“Resultado final dos

velejadores do CNH é

aceitável, mas ficou

por mostrar um pouco

mais das suas capac-

idades”, afirma o

Treinador Duarte

Araújo

A participação neste

Campeonato permitiu

aos velejadores do

CNH ganhar ex-

periência e contacto

com frotas grandes

Durante 3 dias esti-

veram em Prova 103

barcos

Decorreu de 5 a 7 do corrente,

em Tróia, entre a Praia da Galé e

a Praia do Bico das Lulas, o EDP -

X Campeonato de Portugal de

Infantis e Iniciados, cujos repre-

sentantes dos Açores foram os

velejadores do Clube Naval da

Horta (CNH)

Lucas Silva,

Bernardo

Melo e Ri-

cardo Henri-

ques.

Os atletas fizeram-se acompanhar pelo Treinador de Vela Ligeira do CNH, Duarte Araújo.

Este Campeonato foi uma inicia-

tiva da Federação Portuguesa de

Vela em conjunto com a Associa-

ção Regional de Vela do Centro e

em co-organização com o Clube

de Vela do Barreiro, que contou

com o patrocínio da EDP e o

apoio da Fidelidade Mundial e da

Marina de Tróia.

A comitiva faialense regressou à

Horta esta semana. Aqui fica o

balanço final da participação

desportiva da equipa do Clube

Naval da Horta neste Nacional de

Optimist, feito pelo Treinador

Duarte Araújo:

“Os velejadores partiram do Faial

para participar no Campeonato

Nacional depois de se terem sa-

grado Campeões Regionais numa

prova realizada nas Lajes do

Pico. Encontraram uma frota

de 103 barcos divididos em

duas, sendo que a deles tinha

72 velejadores. Depois de te-

rem começado o Campeonato

com 3 largadas adiantadas, o

Bernardo vol-

tou atrás e

largou legal-

mente, mas em

último, tendo

terminado essa

regata na 40ª

posição. Os restantes foram

apanhados fora e não foi o

melhor começo para esta

competição nacional. A pri-

meira regata era logo para

descartar. Na segunda regata,

os velejadores largaram me-

lhor, mas os resultados não

foram os desejáveis.

No segundo dia, após várias

horas no mar, entre voltar a

terra e ficar no-

vamente à espe-

ra de vento, aca-

bou por não se

conseguir realizar

mais nenhuma

regata. Como tal,

foi um dia extre-

mamente cansa-

tivo para todos e sem nenhu-

ma regata realizada. No últi-

mo dia, o vento apareceu, mas

apenas no limite da realização

de regatas, com muita corrente,

pouco vento e uma frota enorme. O

Lucas não conseguiu largar bem e

ficou preso na linha de largada; já o

Bernardo conseguiu sair bem da

linha e fazer uma bela regata. O

Ricardo foi sempre a melhorar a

cada regata, conseguindo surpreen-

der pela sua concentração e vonta-

de.

O resultado final dos velejadores do

Clube Naval da Horta é aceitável.

No entanto, ficou por mostrar um

pouco mais das suas capacidades e

espera-se que, com mais alguma

experiência e treino, consigam me-

lhorar bastante as classificações”.

Fotografias cedidas por: Duarte

Araújo

Page 18: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

Regata Lorient Horta Solo LARGA DA HORTA

A ilha do Faial recebeu este mês uma nova Regata Internacional de Vela de Competição: a Lorient - Horta Solo.

Nesta 1ª edição participam 20 veleiros da Classe Figaro-Bénéteau, prova que integra o calendário do Campeonato de

Elite de Voile au Large da Federação Francesa de Vela.

Esta competição encerra o Campeonato de Elite de França de provas ao largo, em Solitário, aspecto que reforça

ainda mais a importância da Horta no contexto da Vela mundial e a sua natural apetência (bem como das suas gen-

tes) para o iatismo.

Esta nova Regata Internacional de Vela de Competição, que passará a disputar-se de 2 em 2 anos, está ligada ao

jornal Le Figaro, o que é sinónimo de uma elevada mediatização, facto que será muito vantajoso para a promoção do

Faial fora de portas.

De salientar que Lorient é a cidade responsável pela organização, em 2015, da etapa francesa de maior com-

petição de Vela à volta do mundo: a Volvo Ocean Race.

Em termos portugueses, a Organização está a cargo do Clube Naval da Horta e da Portos dos Açores, S.A., con-

tando esta Regata com o apoio da Câmara Municipal da Horta e da Direcção Regional de Turismo.

O EVENTO

Esta competição encerra o

Campeonato de Elite de

França de provas ao largo,

em Solitário, aspecto que

reforça ainda mais a im-

portância da Horta no con-

texto da Vela mundial

Page 19: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

Regata no Canal Faial –Pico a bordo dos Figaros

Lorient Horta Solo

Page 20: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

Clube Naval da Horta ofereceu passeio e almoço aos Tripulantes e Organização da Regata “Lorient Horta Solo”

O Clube Naval da Horta (CNH) pre-

parou uma recepção destinada aos

Tripulantes e Organização da Rega-

ta “Lorient Horta Solo”, que saiu de

França no dia 6 deste mês com des-

tino ao Faial. Como tal, esta terça-

feira, dia 16, ofereceu um passeio

pela ilha e o almoço no Varadouro a

todos aqueles que estão envolvidos

nesta Regata e que se encontram

actualmente na Horta.

De acordo com o Presidente da Di-

recção do Clube Naval da Horta,

José Decq Mota – também partici-

pante neste programa – cerca de 38

pessoas visitaram vários pontos da

ilha do Faial, incluindo o Centro de

Interpretação do Vulcão dos Capeli-

nhos, e conviveram durante o almo-

ço.

Fotografias cedidas por: José Decq

Mota

Tripulantes e Organização da Regata “Lorienta Horta Solo” apreciaram a beleza da ilha do Faial e a sim-

patia dos seus anfitriões

O Varadouro foi escolhido para almoçar e conviver

Page 21: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

Na Cerimónia de Entrega de Prémios: Organização francesa da Re-gata “Lorient – Horta Solo” elogia o trabalho do Clube Naval da Horta como um importante parceiro

Chegada ao pontão do 1º iate – etapa:

Horta/Lorient

Chegada ao pontão do 2º iate – etapa:

Horta/Lorient

Parte da frota na manhã seguinte à che-

gada, a França

Chegou de França no fim de Setembro, o Pre-

sidente da Direcção do Clube Naval da Horta

(CNH), José Decq Mota, na sequência do con-

vite formulado pelas entidades francesas or-

ganizadoras da Regata da Classe Figaro-

Bénéteau “Lorient - Horta Solo”, para estar

presente na chegada da etapa Horta/Lorient

e participar na Cerimónia de Entrega de Pré-

mios desta competição, que decorreu no dia

28 do último mês.

José Decq Mota sublinha, a propósito, que

“esta Regata foi um sucesso desportivo”, ape-

sar do percalço meteorológico, que obrigou à

neutralização da 1ª etapa: Lorient/Horta. De

salientar que esta competição encerrou o

Campeonato de Elite de França de provas ao

largo, em Solitário, tendo, portanto, definido

o campeão da Federação Francesa de Vela da

Classe Fígaro.

Para o Presidente da Direcção do CNH, “este

evento constituiu igualmente um sucesso

para o Clube Naval da Horta”. E frisa:

“Tratando-se de uma regata em fim de época,

trouxe grande animação e movimento à Mari-

na da Horta, consolidando o papel da ilha do

Faial, da sua cidade e marina, nos circuitos da

Alta Competição à Vela”.

Da comitiva faialense fazia também parte

representantes da Câmara Municipal da Hor-

ta (CMH) e da Portos dos Açores, SA – que

integram a Comissão Náutica Municipal –

instituições que foram elogiadas no âmbito

da Organização faialense desta Regata.

“Deu para perceber o alto conceito que têm

do nosso trabalho, enaltecendo os aspectos

Técnicos, os Serviços de Secretariado e a Or-

ganização Técnica da partida”, realça José

Decq Mota, acrescentando que isso mesmo

foi afirmado pelo Maire de Lorient, o Presi-

dente da Associação Lorient Grand Large,

bem como o Presidente do Clube Náutico de

Lorient. “Todos eles deram grande relevo ao

trabalho desenvolvido pelo Clube Naval da

Horta, Câmara Municipal da Horta e Portos

dos Açores, S.A., notando-se a predisposição

para que esta Regata seja realizada neste

calendário, de 2 em 2 anos”, sublinha este

Dirigente, que a esse respeito não tem quais-

quer dúvidas em afirmar: “Vim com a convic-

ção de que em 2016 esta Regata voltará à

Marina da Horta”.

Em termos portugueses, a Organização da

Regata “Lorient - Horta Solo” esteve a cargo

do Clube Naval da Horta e da Portos dos Aço-

res, S.A., contando com o apoio da Câmara

Municipal da Horta e da Direcção Regional de

Turismo.

O Presidente do Clube Naval da Horta destaca

a forma “calorosa” como foi recebido e trata-

do, sustentando que “este Clube é encarado

pelos franceses como um parceiro importante

na Organização desta prova”.

O mais alto responsável pelo CNH apercebeu-

se do “grande esforço, em termos de orienta-

ção e investimento, de muitas entidades no

sentido de canalizar para esta cidade náutica

(Lorient, que tem 5 marinas) a Vela de Alta

Competição”.

José Decq Mota foi testemunha do

“magnífico trabalho” que permitiu reconver-

ter uma antiga base naval de submarinos,

desactivada em 1997, “num espaço enorme e

muito bom para acolher e dar apoio às gran-

des classes de competição, de que são exem-

plos as regatas de 6,50 metros, 40 pés, Fígaro

e outras”.

Neste mesmo espaço foi criada a Cité de la

Voile Éric Tabarly, que constitui uma homena-

gem ao grande navegador francês, mestre da

evolução da Vela nos últimos tempos e o pa-

pel dele nesta modalidade.

Na Grand Large também estão presentes as

principais marcas de acessórios, relacionadas

com o mar. “Ver isto, motiva-nos para conti-

nuar a trabalhar nesta área, ainda mais se

tivermos em conta que a Horta já faz parte

dos circuitos da Vela de Competição”, salienta

o Presidente da Direcção do CNH, que prosse-

gue, dizendo: “Todas estas infraestruturas

revelam um investimento notável e Lorient

tem muito a ver com esta visibilidade enor-

me. Basta dizer, que a Volvo Ocean Race, a

maior competição de Vela à volta do mundo,

tem uma escala nesta cidade de França, a

qual em 2015 é responsável pela organização

da etapa francesa. A Grand Large está a tra-

balhar muito nesta escala, sendo uma grande

aposta”, remata José Decq Mota.

Fotografias de: José Decq Mota

Page 22: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

José Silva, Moisés Sousa, José

Armando da Silva e Carlos

Medeiros: a comitiva faialen-

se

Organizado pelo Clube Açoriano

de Pesca Desportiva de Ponta

Delgada, decorreu este fim-de-

semana (dias 20 e 21 – sábado e

domingo) na ilha de São Miguel, o

Torneio Açoriano de Pesca Des-

portiva.

Participaram nas 2 provas (uma

realizada no sábado e a outra no

domingo) 49 pescadores das ilhas

do Faial, São Miguel e Santa Ma-

ria. O vencedor foi Dino Viveiros,

do Clube Açoriano de Pesca Des-

portiva, da ilha de São Miguel.

A Secção de Pesca do Clube Naval

da Horta (CNH) fez-se representar

por 4 pescadores; José Silva, que

ficou em 3º lugar; José Armando

Silva, classificado na 7ª posição;

Carlos Medeiros, em 8º lugar e

Moisés Sousa, na 32ª posição.

A Entrega de Prémios decorreu na

noite do último domingo (dia 21),

tendo a comitiva faialense regres-

sado a casa na tarde desta segun-

da-feira, dia 22. Os pescadores

faialenses gostaram muito de ter

José Silva, José Armando Silva, Carlos Medeiros e Moisés Sousa, da Secção de Pesca do CNH, participaram no Torneio Açoriano de Pes-ca Desportiva, em São Miguel

Pesca

Desportiva

O vencedor foi Dino Viveiros,

do Clube Açoriano de Pesca

Desportiva de Ponta Delga-

da, tendo José Silva, do

CNH, ficado no 3º lugar do

pódio

participado neste evento, tendo apreciado o convívio e a troca de experiências. De sali-

entar o facto de, como sempre, terem sido muito bem recebidos pelo clube anfitrião:

Clube Açoriano de Pesca Desportiva de Ponta Delgada.

Um dos pontos altos destas iniciativas é o convívio

Fotografias cedidas por: Fernando Medeiros

O vencedor foi Dino Viveiros, do Clube Açoriano de Pesca Desportiva de Ponta

Delgada, tendo José Silva, do CNH, ficado no 3º lugar do pódio

Page 23: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

A 10 de Maio de 2013, com 36

anos de idade, perdia a vida

de forma trágica, Andrew

“Bart” Simpson, um velejador

que conquistou o Ouro Olím-

pico e a Medalha de Prata.

“Bart”, como era conhecido

entre os velejadores, ficou

preso debaixo da água quan-

do o AC 72 capotou durante

os treinos para a 34ª Ameri-

ca's Cup, em São Francisco.

Andrew estava a poucos centí-

metros de distância de Iain

Percy na plataforma do cata-

marã e caiu à água, ficando

mais de 15 minutos submerso

sob a rede do trampolim e dos

cascos destruídos.

Desaparecia, assim, um ho-

mem abnegado que tocou a

vida de muitas pessoas, dedi-

cando muito do seu tempo a

ajudar e aconselhar qualquer

pessoa que solicitasse a sua

atenção. No entanto, a sua

obra e memória continuam

bem vivas, através da acção

da instituição criada para o

perpetuar: a Fundação de Vela

Andrew Simpson (Andrew

Simpson Sailing Foundation).

Para lidar com a

perda do amigo e

companheiro de

equipa olímpica,

os velejadores

ingleses Ben Ains-

lie e Iain Percy,

juntamente com a

esposa de Bart,

Leah, criaram esta

Fundação, em

Junho de 2013.

Trata-se de uma

instituição de caridade, com

base no Reino Unido, que pre-

tende inspirar a próxima gera-

ção de jovens através da Vela

neste país e em todo o mun-

do. O objectivo é fazer com

que a Vela ajude os jovens a

desenvolver as capacidades e

habilidades pessoais com vista

a uma vida de sucesso, melho-

rando o acesso a empregos e

carreiras no sector marítimo.

Andrew “Bart” Simpson era

um velejador de talento ex-

cepcional e um homem que

conhecia bem a importância

da Vela no desenvolvimento

pessoal e na realização dos

jovens.

De acordo com os fundadores

desta instituição, a Fundação

trabalha para honrar a vida e

o legado de Andrew, promo-

vendo a Vela entre os jovens

que não têm possibilidade de

praticar este desporto. Um

dos grandes objectivos de

“Bart” era acabar com a ideia

generalizada de que a Vela é

um desporto elitista.

Homenageando este campeão

olímpico, que se preocupava

com os outros, em

especial com as

camadas mais jo-

vens, a Fundação

organizou uma

iniciativa para o

próximo dia 21,

intitulada Bart's

Bash. Trata-se de

uma série de regatas sincroni-

zadas no mundo todo, iniciati-

va que se repetirá todos os

anos para encorajar mais pes-

soas a velejar. Será um evento

para constar no livro de recor-

des (Guinness Book) com o

maior número de participan-

tes em regata e também uma

forma de manter viva a me-

mória de Andrew Simpson.

Este é o maior evento de an-

gariação de fundos para a

Fundação Andrew “Bart” Sim-

pson, pelo que todos aqueles

que se inscreverem são convi-

dados a doar, pelo menos, 5

libras, cuja receita reverterá a

favor das várias actividades de

caridade em curso.

O parceiro desta corrida é o

Justgiving.com, um site de

angariação de fundos de cari-

dade, encarregue de recolher

o dinheiro que vai sendo doa-

do em todo o mundo.

No início de Maio deste ano,

foi inaugurado o Centro de

Vela Andrew Simpson, na

Weymouth and Portland Nati-

onal Sailing Academy, como

resultado dos esforços e apoi-

os daqueles que criaram a

Andrew Simpson Sailing Foun-

dation, especialmente Percy e

Ainslie, velejadores olímpicos

internacionais. Este novo Cen-

tro, o último passo para man-

ter o programa de ajuda às

crianças carentes no Reino

Unido, também pretende le-

var aos jovens oportunidades

de trabalho na indústria náuti-

ca.

ORC A:

1º “Rift” – Carlos Moniz

2º “Mariazinha” – Manuel Gabriel

Nunes

3º “Air Mail” – Luís Decq Mota

4º “Pagode” – Bartolomeu Ribeiro

“Azul” – Hedi Costa (DNC)

Nota: DNC (não competiu)

ORC B:

1º “No Stress” – António Oliveira

2º “Tuba V” – Fernando Rosa

3º “Rajada” – António Luís

Classe OPEN:

“Soraya” – Frederico Rodrigues

“Slowfox” – Conrad

“Solaris” – John Hardy

“Grisu” – Harry Schank

O Centro de Vela Andrew

Simpson, além de constituir

uma homenagem ao marido,

pai, velejador, amigo e com-

panheiro, é sem dúvida um

mecanismo de defesa para

todos aqueles que sentem

intensamente a falta de An-

drew Simpson.

Mais do que tudo, a principal

preocupação de Ainslie e

Percy é apoiar Leah e os seus

filhos (Freddie, de 3 anos, e

Hamish, de 1 ano de idade).

O Clube Naval da Horta tam-

bém se associou a este pro-

jecto e desde o passado mês

de Junho que dispõe do site

correspondente a este even-

to (http://

www.bartsbash.co.uk/club/

clube-naval-da-horta).

Page 24: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

Grupos de Treino:

Iniciação – Escolas

- David João

- Leonor Pó

- Ana Luísa Silva

- Daniel Moimeaux

- Sofia Duarte

- Maurício Branco

- Martim Cabral

- Filipe Ferreira

- Alexandra Cunha

- David Moimeaux

- Joana Duarte

- Rodrigo Terra

- Guilherme Vargas

- Ana Cebola

- Alexandra Cebola

- Leonor Porteiro

- Rodrigo Melo

Juvenis

Aperfeiçoamento

- Ricardo Henriques

- Lucas Silva

- Bernardo Melo

- Arthur Moimeaux

- Zakhar Starinskhyi

- Pedro Moniz

- Miguel Duarte

- Artur Silva

- Aurora Nunes

- João Pedro Costa

A Apresentação aos Pais

da Época 2014/2015 de Ve-

la Ligeira aconteceu na

tarde desta quinta-feira,

dia 18, e ficou marcada pe-

la garantia dada pelo Clu-

be Naval da Horta de que

está a trabalhar afincada e

realisticamente no sentido

de encontrar, rapidamente,

soluções para as necessida-

des mais prementes desta

modalidade: o reforço do

quadro técnico e a aquisi-

ção de mais barcos Laser e

420, numa altura em que,

os apoios oficiais para o

apetrechamento das Sec-

ções estão, há anos, suspen-

sos.

João Duarte, Vice presidente

da Direcção do CNH e Treina-

dor de Vela Ligeira; José Decq

Mota, Presidente da Direcção

do CNH; Duarte Araújo, Trei-

nador de Vela Ligeira e Adjun-

to da Directora Técnica e Ana

Sousa, Directora Técnica do

Clube, deram a conhecer aos

pais, na tarde desta quinta-

feira, a dia 18, a nova época

desta Secção do CNH

A Secção de Vela Ligeira do Clube

Naval da Horta (CNH) debate-se

com duas situações que têm de

ser resolvidas no mais curto espa-

ço de tempo para que a modalida-

de possa prosseguir a linha evolu-

tiva até agora registada: o quadro

técnico existente é insuficiente

para as necessidades e o equipa-

mento em uso está notoriamente

cansado, carecendo de renova-

ção.

Na Apresentação aos Pais da Épo-

ca 2014/2015 da Vela Ligeira do

CNH, que decorreu na tarde desta

quinta-feira, dia 18, no Centro de

Formação de Desportistas Náuti-

cos do Clube, o Presidente da Di-

recção desta instituição, José

Decq Mota, garantiu que o Clube

Naval da Horta está à procura de

pessoas credenciadas que possam

vir a complementar e reforçar o

trabalho do Treinador de Vela

Ligeira de Grau II, Duarte Araújo.

Essas pessoas, trabalhando como

monitores algumas horas em cada

fim-de-semana, sob a orientação

do Treinador, possibilitarão uma

adequada diferenciação do treino.

O grosso do trabalho está a cargo

de Duarte Araújo que, após um

período experimental, ficará ao

serviço do Clube Naval da Horta

durante os próximos 3 anos.

José Decq Mota vincou o empe-

nho desta casa no sentido de pro-

porcionar aos seus atletas as me-

lhores condições de treino, refe-

rindo que são cerca de 70 os vele-

jadores, em todas as Classes. “A

aposta do CNH passa pelo grau de

diferenciação de treino para que

possa haver evolução”, sustentou

este dirigente.

A actividade intensa tem provoca-

do um desgaste grande no equi-

pamento, com a agravante de a

frota não ser nova. Entre estagnar

a actividade desta Secção e traba-

lhar com o que havia, o actual

elenco directivo – que se encontra

no fim de um mandato de 2 anos

– optou por recuperar muito do

material que já não apresentava

condições para ser utilizado. Se tal

não tivesse acontecido, provavel-

mente hoje o Clube não poderia

ter o número de velejadores que

tem.

No entanto, a ruptura está emi-

nente e o Presidente desta presti-

giada instituição sabe que não é

possível adiar mais. Por isso, ga-

rante que em 2015 terão de ser

feitas algumas aquisições,

“embora o apetrechamento não

possa ser muito volumoso”.

Cauteloso em adiantar números,

até porque as contas do actual

exercício ainda não estão fecha-

das, José Decq Mota ainda assim

levanta a ponta do véu, revelando

que “talvez possam ser feitas

aquisições até aos 5 mil eu-

ros” (embarcações para as Classes

Laser e 420).

A propósito, este dirigente fez

questão de salientar que desde

2012 que os programas oficiais de

apetrechamento se encontram

suspensos, “o que veio em muito

penalizar a normal actividade des-

te e de outros Clubes”.

Alguns pais presentes nesta apre-

sentação queixaram-se de que

estão a investir numa modalidade

que não está a dar a melhor aten-

ção aos seus filhos e, compreensí-

veis ao quadro explanado pelo

Presidente, propuseram que se

façam acções de angariação de

fundos, à semelhança do que

acontece com outras Secções.

Indo de encontro a estas naturais

reclamações, José Decq Mota

afirmou que o Clube Naval da

Horta tem receitas próprias, as

que resultam dos contratos-

programa e ainda as dos subsí-

dios. E prosseguiu: “A gestão é

saber aplicar o dinheiro nas várias

áreas. O CNH não tem tido proble-

mas de ordem financeira, porque

tem regulado a sua actividade de

acordo com as verbas de que dis-

põe. Mas no que diz respeito à

actividade e equipamento, depen-

dem muito de apoios. Quando de

repente se passa de um quadro

de apoios para reapetrechamento

para zero, a situação muda bas-

tante”.

O Presidente da Direcção desta

instituição defendeu a implemen-

tação de uma taxa modesta nesta

Secção, a qual só poderá vir a ser

uma realidade quando o quadro

técnico e o equipamento forem

capazes de cobrir as necessidades.

José Decq Mota frisou que “a pre-

sença dos atletas é muito bem-

vinda, porque essa é a missão

desta casa e quantos mais atletas

o Clube tiver, melhores serão os

contratos-programa”. Contudo,

realça que “há muito que os apoi-

os destes contratos-programa não

cobrem as despesas das modali-

dades a que se destinam”. E a

título de exemplo, o Treinador

João Duarte disse mesmo que

“desde 2012 que esses montantes

sofreram uma redução na ordem

dos 40%.”

O facto de o Treinador Duarte

Araújo estar a tempo inteiro no

Clube pode deixar transparecer

que isso é sinónimo de muito

tempo e pouco trabalho. E nesse

sentido, o Presidente da Direcção

explicou que “este técnico está

sempre aproveitado”. Além de

Treinador de Vela, Duarte Araújo

é também Adjunto da Directora

Técnica, tendo ainda a seu cargo

as aulas de Iniciação de Adultos

em Raquero. E como se tudo isso

ainda fosse pouco, há as candida-

turas aos contratos-programa que

“exigem o acompanhamento de

um quadro técnico competente”.

Quem paga quer ver resultados e

esta é um pouco a posição de

alguns pais que gostavam que os

filhos se tornassem velejadores

exímios. Quem está por dentro da

modalidade com muitos anos de

tarimba como é o caso do Treina-

dor João Duarte, está à vontade

para afirmar que “a prática da

Vela não é uma ciência previsível”

e que “o desenvolvimento da prá-

tica está muito condicionado ao

tempo que vai fazendo”. Para este

técnico, “o sucesso é o número

crescente de participação na Ve-

la” e no que diz respeito aos mais

pequenos, “os Estágios servem

precisamente para incutir o gosto

pela modalidade e não para saí-

rem dali a saber velejar”. Ainda a

propósito desta questão, João

Duarte disse que “não importam

só os resultados, mas que haja

velejadores e que a Vela contribua

para a formação dos atletas, cri-

ando neles hábitos saudáveis”.

As deficitárias condições dos bal-

neários também foram alvitradas

neste encontro, o que sendo uma

realidade mais do que evidente,

não poderá ter uma solução de

fundo se tivermos em conta que

em Janeiro deste ano foi dito ao

Presidente do CNH que esta insti-

tuição procurasse uma sede provi-

sória, tendo em conta que a actu-

al ia entrar em obras. Perante a

certeza de novas instalações e o

impasse no seu arranque, os actu-

ais dirigentes desta instituição

vêem-se na difícil dualidade de

terem de dar condições dignas

aos seus atletas e, ao mesmo tem-

po, revelarem o bom senso de

não investir num edifício que vai

ser completamente intervencio-

nado.

Os pais (acompanhados de

alguns atletas) mostraram-se

interessados em saber quais

as soluções que o Clube tem

para a Secção de Vela Ligeira,

pois querem que o seu investi-

mento tenha retorno

Coube à Directora do Clube, Ana

Sousa, a apresentação do Plano

de Actividades, Horário de Trei-

nos, Objectivos, Grupos de Trei-

no, Participação em Provas Regi-

onais e Utilização do Material.

Relativamente ao Plano de Activi-

dades, que o mesmo é dizer, ca-

lendarização, as acções começam

em Setembro deste ano e termi-

nam em Setembro de 2015. Ao

longo deste período, haverá 8

provas locais, 4 regionais e 3 naci-

onais.

SETEMBRO: No dia 27 deste mês

realizar-se-á uma Prova Local,

que é a Prova de Aniversário de

Vela Ligeira do CNH, destinada a

todos atletas da Secção, desde a

Iniciação até aos Juniores.

OUTUBRO: A 1ª Prova do Campe-

onato Regional (1ª PCR) da Época

2014/2015 ocorre já nos dias 4 e 5

de Outubro, organizada pelo Clu-

be Naval de São Roque do Pico.

NOVEMBRO: Em relação ao mês

de Novembro, no dia 8 haverá

uma Prova Local, que é a Prova

de Aniversário da Associação Pais

e Amigos dos Deficientes da Ilha

do Faial (APADIF), com quem o

CNH tem um Protocolo de Coope-

ração, desenvolvendo acções em

Um quadro técnico insuficiente e a necessidade urgente de apetrechamento, constituem as necessidades mais prementes da Vela Ligeira do CNH

Page 25: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

A Apresentação aos Pais

da Época 2014/2015 de Ve-

la Ligeira aconteceu na

tarde desta quinta-feira,

dia 18, e ficou marcada pe-

la garantia dada pelo Clu-

be Naval da Horta de que

está a trabalhar afincada e

realisticamente no sentido

de encontrar, rapidamente,

soluções para as necessida-

des mais prementes desta

modalidade: o reforço do

quadro técnico e a aquisi-

ção de mais barcos Laser e

420, numa altura em que,

os apoios oficiais para o

apetrechamento das Sec-

ções estão, há anos, suspen-

sos.

João Duarte, Vice presidente

da Direcção do CNH e Treina-

dor de Vela Ligeira; José Decq

Mota, Presidente da Direcção

do CNH; Duarte Araújo, Trei-

nador de Vela Ligeira e Adjun-

to da Directora Técnica e Ana

Sousa, Directora Técnica do

Clube, deram a conhecer aos

pais, na tarde desta quinta-

feira, a dia 18, a nova época

desta Secção do CNH

A Secção de Vela Ligeira do Clube

Naval da Horta (CNH) debate-se

com duas situações que têm de

ser resolvidas no mais curto espa-

ço de tempo para que a modalida-

de possa prosseguir a linha evolu-

tiva até agora registada: o quadro

técnico existente é insuficiente

para as necessidades e o equipa-

mento em uso está notoriamente

cansado, carecendo de renova-

ção.

Na Apresentação aos Pais da Épo-

ca 2014/2015 da Vela Ligeira do

CNH, que decorreu na tarde desta

quinta-feira, dia 18, no Centro de

Formação de Desportistas Náuti-

cos do Clube, o Presidente da Di-

recção desta instituição, José

Decq Mota, garantiu que o Clube

Naval da Horta está à procura de

pessoas credenciadas que possam

vir a complementar e reforçar o

trabalho do Treinador de Vela

Ligeira de Grau II, Duarte Araújo.

Essas pessoas, trabalhando como

monitores algumas horas em cada

fim-de-semana, sob a orientação

do Treinador, possibilitarão uma

adequada diferenciação do treino.

O grosso do trabalho está a cargo

de Duarte Araújo que, após um

período experimental, ficará ao

serviço do Clube Naval da Horta

durante os próximos 3 anos.

José Decq Mota vincou o empe-

nho desta casa no sentido de pro-

porcionar aos seus atletas as me-

lhores condições de treino, refe-

rindo que são cerca de 70 os vele-

jadores, em todas as Classes. “A

aposta do CNH passa pelo grau de

diferenciação de treino para que

possa haver evolução”, sustentou

este dirigente.

A actividade intensa tem provoca-

do um desgaste grande no equi-

pamento, com a agravante de a

frota não ser nova. Entre estagnar

a actividade desta Secção e traba-

lhar com o que havia, o actual

elenco directivo – que se encontra

no fim de um mandato de 2 anos

– optou por recuperar muito do

material que já não apresentava

condições para ser utilizado. Se tal

não tivesse acontecido, provavel-

mente hoje o Clube não poderia

ter o número de velejadores que

tem.

No entanto, a ruptura está emi-

nente e o Presidente desta presti-

giada instituição sabe que não é

possível adiar mais. Por isso, ga-

rante que em 2015 terão de ser

feitas algumas aquisições,

“embora o apetrechamento não

possa ser muito volumoso”.

Cauteloso em adiantar números,

até porque as contas do actual

exercício ainda não estão fecha-

das, José Decq Mota ainda assim

levanta a ponta do véu, revelando

que “talvez possam ser feitas

aquisições até aos 5 mil eu-

ros” (embarcações para as Classes

Laser e 420).

A propósito, este dirigente fez

questão de salientar que desde

2012 que os programas oficiais de

apetrechamento se encontram

suspensos, “o que veio em muito

penalizar a normal actividade des-

te e de outros Clubes”.

Alguns pais presentes nesta apre-

sentação queixaram-se de que

estão a investir numa modalidade

que não está a dar a melhor aten-

ção aos seus filhos e, compreensí-

veis ao quadro explanado pelo

Presidente, propuseram que se

façam acções de angariação de

fundos, à semelhança do que

acontece com outras Secções.

Indo de encontro a estas naturais

reclamações, José Decq Mota

afirmou que o Clube Naval da

Horta tem receitas próprias, as

que resultam dos contratos-

programa e ainda as dos subsí-

dios. E prosseguiu: “A gestão é

saber aplicar o dinheiro nas várias

áreas. O CNH não tem tido proble-

mas de ordem financeira, porque

tem regulado a sua actividade de

acordo com as verbas de que dis-

põe. Mas no que diz respeito à

actividade e equipamento, depen-

dem muito de apoios. Quando de

repente se passa de um quadro

de apoios para reapetrechamento

para zero, a situação muda bas-

tante”.

O Presidente da Direcção desta

instituição defendeu a implemen-

tação de uma taxa modesta nesta

Secção, a qual só poderá vir a ser

uma realidade quando o quadro

técnico e o equipamento forem

capazes de cobrir as necessidades.

José Decq Mota frisou que “a pre-

sença dos atletas é muito bem-

vinda, porque essa é a missão

desta casa e quantos mais atletas

o Clube tiver, melhores serão os

contratos-programa”. Contudo,

realça que “há muito que os apoi-

os destes contratos-programa não

cobrem as despesas das modali-

dades a que se destinam”. E a

título de exemplo, o Treinador

João Duarte disse mesmo que

“desde 2012 que esses montantes

sofreram uma redução na ordem

dos 40%.”

O facto de o Treinador Duarte

Araújo estar a tempo inteiro no

Clube pode deixar transparecer

que isso é sinónimo de muito

tempo e pouco trabalho. E nesse

sentido, o Presidente da Direcção

explicou que “este técnico está

sempre aproveitado”. Além de

Treinador de Vela, Duarte Araújo

é também Adjunto da Directora

Técnica, tendo ainda a seu cargo

as aulas de Iniciação de Adultos

em Raquero. E como se tudo isso

ainda fosse pouco, há as candida-

turas aos contratos-programa que

“exigem o acompanhamento de

um quadro técnico competente”.

Quem paga quer ver resultados e

esta é um pouco a posição de

alguns pais que gostavam que os

filhos se tornassem velejadores

exímios. Quem está por dentro da

modalidade com muitos anos de

tarimba como é o caso do Treina-

dor João Duarte, está à vontade

para afirmar que “a prática da

Vela não é uma ciência previsível”

e que “o desenvolvimento da prá-

tica está muito condicionado ao

tempo que vai fazendo”. Para este

técnico, “o sucesso é o número

crescente de participação na Ve-

la” e no que diz respeito aos mais

pequenos, “os Estágios servem

precisamente para incutir o gosto

pela modalidade e não para saí-

rem dali a saber velejar”. Ainda a

propósito desta questão, João

Duarte disse que “não importam

só os resultados, mas que haja

velejadores e que a Vela contribua

para a formação dos atletas, cri-

ando neles hábitos saudáveis”.

As deficitárias condições dos bal-

neários também foram alvitradas

neste encontro, o que sendo uma

realidade mais do que evidente,

não poderá ter uma solução de

fundo se tivermos em conta que

em Janeiro deste ano foi dito ao

Presidente do CNH que esta insti-

tuição procurasse uma sede provi-

sória, tendo em conta que a actu-

al ia entrar em obras. Perante a

certeza de novas instalações e o

impasse no seu arranque, os actu-

ais dirigentes desta instituição

vêem-se na difícil dualidade de

terem de dar condições dignas

aos seus atletas e, ao mesmo tem-

po, revelarem o bom senso de

não investir num edifício que vai

ser completamente intervencio-

nado.

Os pais (acompanhados de

alguns atletas) mostraram-se

interessados em saber quais

as soluções que o Clube tem

para a Secção de Vela Ligeira,

pois querem que o seu investi-

mento tenha retorno

Coube à Directora do Clube, Ana

Sousa, a apresentação do Plano

de Actividades, Horário de Trei-

nos, Objectivos, Grupos de Trei-

no, Participação em Provas Regi-

onais e Utilização do Material.

Relativamente ao Plano de Activi-

dades, que o mesmo é dizer, ca-

lendarização, as acções começam

em Setembro deste ano e termi-

nam em Setembro de 2015. Ao

longo deste período, haverá 8

provas locais, 4 regionais e 3 naci-

onais.

SETEMBRO: No dia 27 deste mês

realizar-se-á uma Prova Local,

que é a Prova de Aniversário de

Vela Ligeira do CNH, destinada a

todos atletas da Secção, desde a

Iniciação até aos Juniores.

OUTUBRO: A 1ª Prova do Campe-

onato Regional (1ª PCR) da Época

2014/2015 ocorre já nos dias 4 e 5

de Outubro, organizada pelo Clu-

be Naval de São Roque do Pico.

NOVEMBRO: Em relação ao mês

de Novembro, no dia 8 haverá

uma Prova Local, que é a Prova

de Aniversário da Associação Pais

e Amigos dos Deficientes da Ilha

do Faial (APADIF), com quem o

CNH tem um Protocolo de Coope-

ração, desenvolvendo acções em

Grupos de Treino:

Juvenis

Competição

- Mariana Luís

- Rita Branco

- Jorge Pires

- Tomás Oliveira

- Tomás Pó

- Cristóvão Ribeiro

Competição – Juniores

Laser

- Pedro Costa

- Jorge Medeiros

- Inês Duarte

- André Costa

- Emília Branco

- Vasco Escobar

420

- Ricardo Silveira

- Tiago Serpa

- Jorge Silva

- Bartolomeu Ribeiro

- Júlia Branco

- Petra Ferreira

Page 26: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

parceria.

Nos dias 29 e 30 de Novembro terá lugar a

2ª Prova do Campeonato Regional (2ª

PCR), em São Miguel, organizada pelo Clu-

be Naval de Vila Franca do Campo.

Ana Sousa chama a atenção para o facto

de antes de cada prova regional haver

sempre uma prova local.

DEZEMBRO: Para o mês de Dezembro, dia

20, está calendarizada a Regata de Natal.

A Directora Técnica do Clube Naval da Hor-

ta explica que no período de férias natalí-

cias os treinos só se realizarão durante a

primeira semana caso o Clube ainda dispo-

nha apenas de um técnico credenciado. Se,

entretanto, já estiver ao serviço o colabo-

rador que vem reforçar o horário dos trei-

nos, o cenário será diferente, para melhor.

Refira-se ainda a propósito, que o Treina-

dor Duarte Araújo também irá ausentar-se

neste período, durante alguns dias, deslo-

cando-se a casa (Porto).

Já em 2015, em JANEIRO, haverá, no dia

24, uma Prova Local: a Regata de Reis.

FEVEREIRO: Para o dia 21 de Fevereiro

está programada uma Prova Local, que é a

Regata de Carnaval.

No decorrer desta curta interrupção lecti-

va, também haverá treinos fora dos fins-de

-semana.

MARÇO: Nos dias 14 e 15 de Março do

próximo ano decorrerá a 3ª Prova do Cam-

peonato Regional (3ª PCR) para Juvenis e

Juniores, em São Miguel, organizada pelo

Clube Naval de Ponta Delgada.

De 24 a 29 haverá o Campeonato de Por-

tugal de Juvenis e nos dias 30 e 31 o Cam-

peonato de Portugal de Juniores, ambos

no Continente português.

ABRIL: Para o mês de Abril, de 1 a 4 reali-

zar-se-á o Campeonato de Portugal de

Juniores, no Continente português e para

o dia 11 está marcada uma Prova Local:

Regata da Páscoa.

Durante as interrupções lectivas de Março

e Abril os treinos serão intensificados caso

estejam reunidas as condições para tal.

MAIO: Para o dia 16 de Maio está calenda-

rizada uma Prova Local, que é a Regata do

Triângulo.

JUNHO: No mês de Junho também haverá

uma Prova Local, no dia 27. Trata-se da

Regata de Verão.

JULHO: Nos dias 11 e 12 de Julho decorre-

rá uma Prova Regional: o Encontro Regio-

nal de Escolas de Vela, que em 2015 será

organizado pelo Clube Naval da Horta.

Tendo em conta que se trata de um tempo

de férias, as chamadas férias grandes, os

treinos serão diários, como vem sendo

habitual em anos anteriores.

AGOSTO: Durante o mês de Agosto, nos

dias 3, 4, 5 e 6, realizar-se-á no CNH o En-

contro Internacional de Vela Ligeira.

No dia 6 terá lugar uma Prova Local: o

Troféu Cidade da Horta em Infantis, tam-

bém no CNH, no âmbito do Festival Náuti-

co da Semana do Mar 2015.

SETEMBRO: Dando a volta ao ano, chega-

mos novamente a Setembro, mês em que

nos dias 4, 5 e 6 terá lugar uma Prova Na-

cional: o Campeonato de Portugal de In-

fantis, no Continente português.

De realçar que, sempre que houver provas

no Continente português, o Treinador Du-

arte Araújo terá de acompanhar os veleja-

dores do CNH.

No que concerne ao Horário de Treinos,

foi estipulado o seguinte:

- Iniciação Escolas (= Infantis ou os que

fazem Vela pela primeira vez): aos sába-

dos, das 09h00 às 13h00.

- Juvenis Aperfeiçoamento e Competição:

aos sábados, das 14h00 às 18h00.

- Juniores Competição: aos domingos, das

14h00 às 18h00.

- Classe Access Competição (Vela para

pessoas com mobilidade reduzida): às se-

gundas, terças e sextas-feiras, das 09h00

às 12h30.

- Laser Seniores: aos domingos, das 09h00

às 12h30.

É pretensão do CNH que as aulas da Escola

de Vela funcionem todos os sábados e do-

mingos e sempre que possível noutros dias

da semana.

As aulas serão interrompidas no mês de

Agosto, após a Semana do Mar.

Os treinos decorrerão sempre ao fim-de-

semana: sábados e domingos. Fora desses

dias, será algo que terá de ser acordado

entre pais, atletas e disponibilidade de

treinadores.

Objectivos da Escola de Vela do CNH:

Gerais:

- A formação humana de jovens e adultos

através da prática desportiva da Vela

- Incentivar e apoiar a prática desportiva

da Vela

- A formação técnica na modalidade como

garantia de continuidade e desempenho

competitivo

- Assegurar a continuidade no Clube atra-

vés da prática da Vela.

Específicos:

- Nos Infantis Optimist, manter o 1º lugar a

nível regional para garantir a participação

no Campeonato de Portugal de Infantis.

- Na Classe Juvenis Optimist, garantir 4

velejadores nos 8 primeiros lugares do

Campeonato Regional e participar no Cam-

peonato de Portugal.

- Nos Juniores Laser, ter 2 velejadores nos

4 primeiros lugares do Campeonato Regio-

nal.

- Nos Juniores 420, ter 1 equipa nos 2 pri-

meiros lugares a nível regional para garan-

tir a presença no Campeonato de Portugal.

Participação em Provas Regionais:

As Provas Regionais são da responsabilida-

de da Associação Regional de Vela dos

Açores (ARVA), assim como o número de

participantes que cada Clube pode levar

por Classe.

Para a Época 2014/2015, o CNH tem as

seguintes quotas (a aguardar confirmação

da ARVA):

- Infantis Optimist: 3 embarcações

- Juvenis Optimist – 12 embarcações

- Juniores Laser 4.7 – 5 embarcações

- Juniores 420 – 2 embarcações

Infantis Optimist:

Neste momento, o grupo está com 19 atle-

tas de onde serão escolhidas equipas de 3

para participarem no Encontro Regional de

Escolas de Vela sem limite do número de

equipas, uma vez que o CNH é o clube or-

ganizador.

Juvenis Optimis:

Neste momento, o CNH tem 16 atletas

nestas condições, de onde 12 serão apura-

dos.

Juniores Laser 4.7:

Os velejadores deste grupo são 6, podendo

participar 5.

Juniores 420:

O CNH tem 6 velejadores em condições de

participar, dos quais 4 serão seleccionados

para as provas.

Selecção dos Velejadores

Serão tidos em conta os seguintes critérios

de selecção:

- Assiduidade

- Desempenho técnico e táctico

- Conhecimentos teóricos

- Número de embarcações disponíveis

Neste momento o Clube está a trabalhar

para ter o número de embarcações que

preencha a quota nas diferentes Classes,

nomeadamente em Laser.

Numa primeira fase terão de ser escolhi-

dos 5 velejadores de Laser e 4 de 420, uma

vez que não há embarcações disponíveis

para todos.

1ª Prova do Campeonato Regional:

A 1ª Prova do Campeonato Regional (1ª

PCR) irá realizar-se nos dias 4 e 5 de Outu-

bro próximo, participando os velejadores

Juvenis e Juniores que neste momento

estão na Escola de Vela do CNH e de acor-

do com as quotas de cada Classe, tendo

em conta os critérios apresentados para

participação em Provas Regionais.

Utilização do Material:

Este ano foi introduzido este novo item,

uma vez que se afigura cada vez mais ne-

cessário o cuidado a ter com o equipamen-

to utilizado, que se não for estimado, vai

faltar para as necessidades. É de realçar o

enorme encargo que esta questão repre-

senta para o Clube e o facto de estarem

em falta 1 Laser e 1 420.

Os barcos e palamenta serão atribuídos de

acordo com a classificação no Campeonato

Regional.

Cada velejador deve cuidar do seu material

por forma a mantê-lo nas melhores condi-

ções, factor imprescindível para atribuição

do material.

Ana Sousa chamou a atenção para a regu-

larização da inscrição de todos os atletas

na época que agora se inicia, frisando que

os treinos começam já este sábado, dia

20.

A terminar, José Decq Mota convidou os

pais, sócios e desportistas para que abri-

lhantem a festa de aniversário do CNH

com a sua presença, que terá lugar no dia

4 de Outubro, no Pavilhão da Igreja das

Angústias.

Fotografias de: Cristina Silveira

Page 27: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

parceria.

Nos dias 29 e 30 de Novembro terá lugar a

2ª Prova do Campeonato Regional (2ª

PCR), em São Miguel, organizada pelo Clu-

be Naval de Vila Franca do Campo.

Ana Sousa chama a atenção para o facto

de antes de cada prova regional haver

sempre uma prova local.

DEZEMBRO: Para o mês de Dezembro, dia

20, está calendarizada a Regata de Natal.

A Directora Técnica do Clube Naval da Hor-

ta explica que no período de férias natalí-

cias os treinos só se realizarão durante a

primeira semana caso o Clube ainda dispo-

nha apenas de um técnico credenciado. Se,

entretanto, já estiver ao serviço o colabo-

rador que vem reforçar o horário dos trei-

nos, o cenário será diferente, para melhor.

Refira-se ainda a propósito, que o Treina-

dor Duarte Araújo também irá ausentar-se

neste período, durante alguns dias, deslo-

cando-se a casa (Porto).

Já em 2015, em JANEIRO, haverá, no dia

24, uma Prova Local: a Regata de Reis.

FEVEREIRO: Para o dia 21 de Fevereiro

está programada uma Prova Local, que é a

Regata de Carnaval.

No decorrer desta curta interrupção lecti-

va, também haverá treinos fora dos fins-de

-semana.

MARÇO: Nos dias 14 e 15 de Março do

próximo ano decorrerá a 3ª Prova do Cam-

peonato Regional (3ª PCR) para Juvenis e

Juniores, em São Miguel, organizada pelo

Clube Naval de Ponta Delgada.

De 24 a 29 haverá o Campeonato de Por-

tugal de Juvenis e nos dias 30 e 31 o Cam-

peonato de Portugal de Juniores, ambos

no Continente português.

ABRIL: Para o mês de Abril, de 1 a 4 reali-

zar-se-á o Campeonato de Portugal de

Juniores, no Continente português e para

o dia 11 está marcada uma Prova Local:

Regata da Páscoa.

Durante as interrupções lectivas de Março

e Abril os treinos serão intensificados caso

estejam reunidas as condições para tal.

MAIO: Para o dia 16 de Maio está calenda-

rizada uma Prova Local, que é a Regata do

Triângulo.

JUNHO: No mês de Junho também haverá

uma Prova Local, no dia 27. Trata-se da

Regata de Verão.

JULHO: Nos dias 11 e 12 de Julho decorre-

rá uma Prova Regional: o Encontro Regio-

nal de Escolas de Vela, que em 2015 será

organizado pelo Clube Naval da Horta.

Tendo em conta que se trata de um tempo

de férias, as chamadas férias grandes, os

treinos serão diários, como vem sendo

habitual em anos anteriores.

AGOSTO: Durante o mês de Agosto, nos

dias 3, 4, 5 e 6, realizar-se-á no CNH o En-

contro Internacional de Vela Ligeira.

No dia 6 terá lugar uma Prova Local: o

Troféu Cidade da Horta em Infantis, tam-

bém no CNH, no âmbito do Festival Náuti-

co da Semana do Mar 2015.

SETEMBRO: Dando a volta ao ano, chega-

mos novamente a Setembro, mês em que

nos dias 4, 5 e 6 terá lugar uma Prova Na-

cional: o Campeonato de Portugal de In-

fantis, no Continente português.

De realçar que, sempre que houver provas

no Continente português, o Treinador Du-

arte Araújo terá de acompanhar os veleja-

dores do CNH.

No que concerne ao Horário de Treinos,

foi estipulado o seguinte:

- Iniciação Escolas (= Infantis ou os que

fazem Vela pela primeira vez): aos sába-

dos, das 09h00 às 13h00.

- Juvenis Aperfeiçoamento e Competição:

aos sábados, das 14h00 às 18h00.

- Juniores Competição: aos domingos, das

14h00 às 18h00.

- Classe Access Competição (Vela para

pessoas com mobilidade reduzida): às se-

gundas, terças e sextas-feiras, das 09h00

às 12h30.

- Laser Seniores: aos domingos, das 09h00

às 12h30.

É pretensão do CNH que as aulas da Escola

de Vela funcionem todos os sábados e do-

mingos e sempre que possível noutros dias

da semana.

As aulas serão interrompidas no mês de

Agosto, após a Semana do Mar.

Os treinos decorrerão sempre ao fim-de-

semana: sábados e domingos. Fora desses

dias, será algo que terá de ser acordado

entre pais, atletas e disponibilidade de

treinadores.

Objectivos da Escola de Vela do CNH:

Gerais:

- A formação humana de jovens e adultos

através da prática desportiva da Vela

- Incentivar e apoiar a prática desportiva

da Vela

- A formação técnica na modalidade como

garantia de continuidade e desempenho

competitivo

- Assegurar a continuidade no Clube atra-

vés da prática da Vela.

Específicos:

- Nos Infantis Optimist, manter o 1º lugar a

nível regional para garantir a participação

no Campeonato de Portugal de Infantis.

- Na Classe Juvenis Optimist, garantir 4

velejadores nos 8 primeiros lugares do

Campeonato Regional e participar no Cam-

peonato de Portugal.

- Nos Juniores Laser, ter 2 velejadores nos

4 primeiros lugares do Campeonato Regio-

nal.

- Nos Juniores 420, ter 1 equipa nos 2 pri-

meiros lugares a nível regional para garan-

tir a presença no Campeonato de Portugal.

Participação em Provas Regionais:

As Provas Regionais são da responsabilida-

de da Associação Regional de Vela dos

Açores (ARVA), assim como o número de

participantes que cada Clube pode levar

por Classe.

Para a Época 2014/2015, o CNH tem as

seguintes quotas (a aguardar confirmação

da ARVA):

- Infantis Optimist: 3 embarcações

- Juvenis Optimist – 12 embarcações

- Juniores Laser 4.7 – 5 embarcações

- Juniores 420 – 2 embarcações

Infantis Optimist:

Neste momento, o grupo está com 19 atle-

tas de onde serão escolhidas equipas de 3

para participarem no Encontro Regional de

Escolas de Vela sem limite do número de

equipas, uma vez que o CNH é o clube or-

ganizador.

Juvenis Optimis:

Neste momento, o CNH tem 16 atletas

nestas condições, de onde 12 serão apura-

dos.

Juniores Laser 4.7:

Os velejadores deste grupo são 6, podendo

participar 5.

Juniores 420:

O CNH tem 6 velejadores em condições de

participar, dos quais 4 serão seleccionados

para as provas.

Selecção dos Velejadores

Serão tidos em conta os seguintes critérios

de selecção:

- Assiduidade

- Desempenho técnico e táctico

- Conhecimentos teóricos

- Número de embarcações disponíveis

Neste momento o Clube está a trabalhar

para ter o número de embarcações que

preencha a quota nas diferentes Classes,

nomeadamente em Laser.

Numa primeira fase terão de ser escolhi-

dos 5 velejadores de Laser e 4 de 420, uma

vez que não há embarcações disponíveis

para todos.

1ª Prova do Campeonato Regional:

A 1ª Prova do Campeonato Regional (1ª

PCR) irá realizar-se nos dias 4 e 5 de Outu-

bro próximo, participando os velejadores

Juvenis e Juniores que neste momento

estão na Escola de Vela do CNH e de acor-

do com as quotas de cada Classe, tendo

em conta os critérios apresentados para

participação em Provas Regionais.

Utilização do Material:

Este ano foi introduzido este novo item,

uma vez que se afigura cada vez mais ne-

cessário o cuidado a ter com o equipamen-

to utilizado, que se não for estimado, vai

faltar para as necessidades. É de realçar o

enorme encargo que esta questão repre-

senta para o Clube e o facto de estarem

em falta 1 Laser e 1 420.

Os barcos e palamenta serão atribuídos de

acordo com a classificação no Campeonato

Regional.

Cada velejador deve cuidar do seu material

por forma a mantê-lo nas melhores condi-

ções, factor imprescindível para atribuição

do material.

Ana Sousa chamou a atenção para a regu-

larização da inscrição de todos os atletas

na época que agora se inicia, frisando que

os treinos começam já este sábado, dia

20.

A terminar, José Decq Mota convidou os

pais, sócios e desportistas para que abri-

lhantem a festa de aniversário do CNH

com a sua presença, que terá lugar no dia

4 de Outubro, no Pavilhão da Igreja das

Angústias.

Fotografias de: Cristina Silveira

Page 28: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

- Regata “Senhora do

Socorro”, do Salão, teve

como vencedor o Bote

“Senhora das Angús-

tias”

- Bote “Senhora do Socorro”

venceu a “Regata do 67º Ani-

versário do CNH”

Tal como tinha sido

referido, as 2 últimas

Regatas de Botes Ba-

leeiros realizadas este

sábado, dia 20,

(“Senhora do Socor-

ro” e do “67º Aniver-

sário do Clube Naval

da Horta”) foram de-

terminantes para

apurar o vencedor do

Campeonato da Sec-

ção de Botes Baleeiros

da Ilha do Faial 2014.

O Bote de Castelo

Branco, que se encon-

trava em 1º lugar, fi-

cou na 4ª posição; o

“Capelinhos” (do Capelo)

manteve o 2º lugar do pódio e o

do Salão, que estava em 3º lu-

gar, acabou por ser o campeão.

Neste sábado, o “Senhora do

Socorro” (do Salão) foi dupla-

mente vencedor, pois além de

ter ganho o Campeonato de

Ilha, também ganhou a 8ª e úl-

tima Regata desta competição:

a do “67º Aniversário do

CNH”. Um dia repleto de sur-

presas, vitórias e taças, sobre-

tudo para a Freguesia do Sa-

lão.

O Bote “Senhora do Socorro”, da

Junta de Freguesia do Salão, é o

vencedor do Campeonato da Sec-

ção de Botes Baleeiros da Ilha do

Faial 2014

Até ao lavar dos cestos é vindima. Tam-

bém no que diz respeito ao Campeona-

to da Secção de Botes Baleeiros da Ilha

do Faial 2014 foi preciso chegar mesmo

ao fim da competição para se conhecer

o vencedor. As 2 últimas Regatas deste

Campeonato – a 7ª e a 8ª – que se dis-

putaram este sábado, dia 20, na Baía

da Horta, foram decisivas para se saber

quem iria ocupar o pódio e em que

posições.

Da parte da manhã realizou-se a “VIII

Regata Senhora do Socorro”, do Salão,

que estava prevista para o dia 13, mas

teve de ser adiada devido às condições

atmosféricas. Nesta prova, em 1º lugar

ficou o Bote das Angústias, seguindo-se

o “Capelinhos” (do Capelo) e o do Sa-

lão.

À tarde, decorreu a “Regata do 67º

Aniversário do Clube Naval da Horta”,

que teve como vencedores o Bote do

Salão, o “Capelinhos” e o das Angús-

tias.

Com estes resultados, as contas que

vinham sendo feitas sofreram uma

grande alteração, sobretudo no que diz

respeito ao campeão.

O Campeonato da Secção de Botes

Baleeiros da Ilha do Faial 2014 che-

gou ao fim após 8 provas e com um

vencedor inesperado, que passou da

3ª posição da geral para número 1 da

tabela, e que foi o Bote da Freguesia

do Salão (“Senhora do Socorro”).

O “Capelinhos” manteve o 2º lugar da

geral (com a particularidade de ter fica-

do sempre nesta posição nas 2 regatas

deste sábado), ao passo

que o 3º lugar foi ocupado

pelo Bote das Angústias. A

maior surpresa foi, sem

dúvida, o que aconteceu

com o Bote de Castelo

Branco que, depois de ter

liderado o Campeonato,

dando provas de favoritis-

mo ao título, acabou por

ser desqualificado nestas 2

últimas Regatas do Campe-

onato, situação que o rele-

gou para o 4º lugar da ge-

ral.

Um dia marcado por várias

surpresas e 3 vitórias para

o Bote Baleeiro da Junta de

Freguesia do Salão que se

classificou em 3º lugar na sua própria

Regata; alcançou a 1ª posição na Rega-

ta de Anos do Clube e se sagrou cam-

peão do Campeonato de Ilha.

A Cerimónia da Entrega de Prémios da

“VIII Regata de Botes Baleeiros Senhora

do Socorro”, da responsabilidade da

Junta de Freguesia do Salão, terá lugar

no decorrer da Festa de Angariação de

Fundos para a actividade desta Secção,

marcada para o dia 26 do corrente, no

CNH.

Disputadas 8 Regatas: Salão ga-

nhou o Campeonato da Secção de

Botes Baleeiros da Ilha do Faial

2014

Page 29: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

CLASSIFICAÇÕES

Classificação da “VIII Regata Senhora do Socorro”, do Salão – 7ª do Campeona-

to de Ilha do Faial 2014:

1º “Senhora das Angústias”: Junta de Freguesia das Angústias – Oficial: José Gon-

çalves

2º “Capelinhos”: Junta de Freguesia do Capelo – Oficial: Luís Decq Mota

3º “Senhora do Socorro”: Junta de Freguesia do Salão – Oficial: Pedro Garcia

4º “Senhora da Guia”: Junta de Freguesia da Feteira – Oficial: Rute Matos

5º “Claudina”: Clube Naval da Horta – Oficial: Susana Salema

6º “Maria da Conceição”: Clube Nava da Horta – Oficial: Luís Alves

7º “São José”: Junta de Freguesia do Capelo – Oficial: Vítor Mota

“Senhora de Fátima”: Junta de Freguesia de Castelo Branco – Oficial: António Luís

(DSQ)

Classificação da “Regata do 67º Aniversário do CNH” – 8ª e última do Campeo-

nato de Ilha do Faial 2014:

1º“Senhora do Socorro”: Junta de Freguesia do Salão – Oficial: Pedro Garcia

2º “Capelinhos”: Junta de Freguesia do Capelo – Oficial: Luís Decq Mota

3º “Senhora das Angústias”: Junta de Freguesia das Angústias – Oficial: José Gon-

çalves

4º “Senhora da Guia”: Junta de Freguesia da Feteira – Oficial: Rute Matos

5º “Maria da Conceição”: Clube Nava da Horta – Oficial: Luís Alves

6º “Claudina”: Clube Nava da Horta – Oficial: Susana Salema

7º “São José”: Junta de Freguesia do Capelo – Oficial: Vítor Mota

“Senhora de Fátima”: Junta de Freguesia de Castelo Branco – Oficial: António Luís

(DSQ)

Nota: DSQ (Desqualificado)

Classificação do Campeonato da Secção de Botes Baleeiros da Ilha do Faial

2014:

1º“Senhora do Socorro”: Junta de Freguesia do Salão – Oficial: Pedro Garcia/José

Alberto Norte

2º “Capelinhos”: Junta de Freguesia do Capelo – Oficial: Luís Decq Mota/César

Matos

3º “Senhora das Angústias”: Junta de Freguesia das Angústias – Oficial: Nuno

Silva/José Gonçalves

4º “Senhora de Fátima”: Junta de Freguesia de Castelo Branco – Oficial: António

Luís/César Pereira

5º “Senhora da Guia”: Junta de Freguesia da Feteira – Oficial: Rute Matos/Ilídio

Pereira

6º “São José”: Junta de Freguesia do Capelo – Oficial: João Alves/Vítor Mota

7º “Claudina”: Clube Nava da Horta – Oficial: Susana Salema

8º “Maria da Conceição”: Clube Nava da Horta – Oficial: Luís Alves/Mário Carlos

Page 30: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

67 Anos de Vida do CNH: Mais de 200 pessoas no Convívio de An-gariação de Fundos para a Secção de Botes Baleeiros da Ilha do Faial

Por iniciativa do Clube Naval da Horta (CNH) e da Secção de Botes Baleeiros da Ilha do Faial, realizou-

se na noite desta sexta-feira, dia 26, um Convívio destinado a Angariar Fundos para fazer face às avulta-

das despesas desta Secção, cuja ementa constou de porco no espeto. Esta actividade congregou mais de 2

centenas de pessoas e inseriu-se no Programa Comemorativo do 67º Aniversário do Clube Naval da Hor-

ta, cuja data oficial de criação foi precisamente a 26 de Setembro de 1947.

Foram muitos os que deram vida a este convívio, correspondendo ao apelo lançado

Page 31: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

O Forte de Santa Cruz visto

da Marina da Horta

O Forte de Santa Cruz com

a magnífica vista sobre a

Baía da Horta e a monta-

nha do Pico

Baía da Horta

Direitos Reservados

A 27 de Setembro de 1814,

travou-se na Baía da Horta,

ilha do Faial, uma das mais

belas batalhas navais protago-

nizada pelo brigue corsário

americano “General Arms-

trong” e por uma esquadra

britânica comandada pelo

Comodoro Robert Lloy. A ba-

talha ocorreu durante a guer-

ra entre os EUA e a Inglaterra,

quando uma frota de navios

britânicos, que estava a atra-

vessar o Atlântico, foi surpre-

endida pela presença do cor-

sário “General Armstrong”,

fundeado na Baía da Horta.

Esta batalha, que decorreu em

porto neutral, desencadeou

um longo processo diplomáti-

co entre Portugal, Inglaterra e

os EUA e só estaria concluído,

com a arbitragem de Luís Na-

poleão a favorecer os EUA, em

1851.

No ano em que se comemora

o bicentenário deste combate

naval, o Observatório do Mar

dos Açores (OMA) e a Câmara

Municipal da Horta (CMH)

promoveram, na cidade da

Horta, um Colóquio que con-

tou com a participação de

historiadores açorianos e

americanos, que abordaram

uma variedade de temas cen-

trados na batalha e nos acon-

tecimentos que lhe sucede-

ram, o qual se enquadra na

Guerra de 1812.

O Colóquio Internacional foi

intitulado “A bela batalha do

HÁ 200 ANOS

A Ilha do Faial lembrou este

sábado (dia 27 de Setembro)

a batalha que há 200 anos

influenciou a independência

dos EUA. O programa evoc-

ativo decorreu na Pousada

de Santa Cruz, na cidade da

Horta.

A 27 de Setembro de 1814,

travou-se na Baía da Horta,

ilha do Faial, uma das mais

belas batalhas navais pro-

tagonizada pelo brigue

corsário americano “General

Armstrong”

brigue General Armstrong”,

em homenagem ao navio

norte-americano, de dois

mastros, que acabou por se

afundar após o combate.

O evento decorreu este sába-

do, dia 27, na Pousada de

Santa Cruz, uma unidade que

funciona no interior de uma

antiga fortificação, junto ao

mar, perto da qual terá ocor-

rido “a bela batalha do bri-

gue General Armstrong”.

Esta iniciativa contou com o alto patrocínio da Secretaria do Turismo e Transportes e com o apoio da Assembleia Legislativa da Região Autóno-ma dos Açores (ALRAA), Câ-mara do Comércio e Indús-tria da Horta (CCIH) e Pousa-das de Portugal.

O Clube Naval da Horta foi

convidado para estar presen-

CMH e OMA organizaram Colóquio Internacional: Clube Naval da Horta convidado a estar presente nas Comemorações do Bicentenário da Ba-talha do “General Armstrong”, na Baía da Horta

Page 32: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

te no Colóquio Internacional,

tendo o Director António João

representado esta instituição

em nome do Presidente da

Direcção do CNH, José Decq

Mota, que se encontra em

França, na Cerimónia de En-

trega de Prémios da Regata

“Lorient - Horta Solo”.

Segundo os historiadores, os

norte-americanos, capitanea-

dos por Samuel Read, não se

mostraram preocupados com

a chegada dos ingleses, aten-

dendo à posição neutral que

Portugal tinha na guerra entre

os dois países.

Os ingleses, comandados pelo

almirante Robert Lloyd, enten-

deram a indiferença dos norte

-americanos como uma provo-

cação e durante a noite terão

tentado tomar de assalto o

“General Armstrong”.

Existem diferentes versões

sobre a batalha naval que se

seguiu, durante a qual os nor-

te-americanos mataram mais

de uma centena de ingleses,

perdendo apenas dois ho-

mens e valendo-se do maior

poder ofensivo dos seus ca-

nhões.

Apesar da enorme diferença

no número de baixas, o navio

americano estava em clara

desvantagem em relação à

frota inglesa, acabando mes-

mo por perder a batalha, vin-

do a afundar-se no interior da

Baía da Horta.

O “General Armstrong” ficou,

ainda assim, para a história

como o navio que conseguiu

travar a armada inglesa, que

viria a chegar tarde e fragiliza-

da ao outro lado do Atlântico,

na luta contra a independên-

cia dos Estados Unidos.

Carla Dâmaso, do Observató-

rio do Mar dos Açores, explica

que foram todos estes contor-

nos da batalha que justifica-

ram a realização do Colóquio

Internacional, que contou com

a participação de especialistas

portugueses e norte-

americanos.

“Este não é, no entanto, um

evento isolado”, adiantou,

acrescentando que o OMA e a

autarquia faialense estão,

também, a ponderar construir

um memorial à batalha do

“General Armstrong”.

João Bettencourt, Director

Regional do Turismo, entende

que a criação de um memorial

à batalha de há 200 anos po-

derá constituir mais um moti-

vo para atrair a presença de

turistas norte-americanos aos

Açores.

Para o Presidente da Câmara

Municipal da Horta, José Leo-

nardo Silva, este combate

naval revela também a impor-

tância estratégica que a ilha

do Faial já teve no passado e

que pretende continuar a

manter no futuro, não como

um campo de batalha, mas

como um porto de abrigo para

milhares de embarcações de

recreio que atravessam o

Atlântico.

Intervenção da Presidente da

Assembleia, Ana Luísa Luís,

na Sessão de Abertura do

Colóquio Internacional no

Bicentenário do Combate

Naval do Brigue Armstrong na

Baía da Horta:

“Exmo. Senhor Presidente da

Câmara Municipal da Horta

Exmo. Senhor Diretor Regional

do Turismo, em representação

do Secretário de Transportes e

Turismo

Exmo. Senhor Cônsul dos Esta-

dos Unidos nos Açores

Exmo. Senhor Cônsul de Portu-

gal em New Bedford

Exmo. Senhor Presidente da

Direção do OMA

Exmos. Oradores

Minhas senhoras e meus se-

nhores

Muito bom dia a todos!

Permitam que inicie esta mi-

nha breve intervenção dando

as boas vindas, em inglês, aos

nossos visitantes dos Estados

Unidos da América.

Welcome to Faial!

Have a wonderful stay among

us and feel at home. It is a

great pleasure to have you

here.

This is the most overwhelming

way of bringing Portugal and

USA, Azores and Massachu-

setts, Horta and New Bedford

together: celebrating what

has crossed our

history in the past.

We aim to create in this spe-

cial celebration a step for the

future so that we can build a

closer approach between our

institutions and a stronger

relationship of the people who

live in your country and in our

country.

Our emigration has contribut-

ed during centuries to rein-

force the ties that our history

designed. In the last century,

particularly in the sixties, our

people left Azores to follow

a dream and to make a new

and more comfortable life.

They did it. And they also

helped America with their ta-

xes and their work. That’s

what

happens in the world. Power-

ful countries need the small

countries to grow up. We are,

indeed, a small country, a

small region, a small island,

but we have certainly a

strong

history because we are peo-

ple of strong will.

So, America is for us almost a

second land, the land in

which significant parts of our

people live and have their

children and grandchildren.

America is the country where

we have cousins, godfathers

and godmothers, brothers

and sisters. America is also

part of our literally imagi-

nary. Several poets refer

America as an extension of

our identity, maybe a wing of

our fantasy and a ground

toward our goals.

That’s why this Armstrong

meeting is so important. Be-

cause it is an opportunity to

celebrate history, institu-

tions, peace and friendship

between people.

Thank you for coming.

Caras e Caros amigos, agora

em português, as minhas

primeiras palavras também

não podiam deixar de ser de

boas-vindas a todos os parti-

cipantes neste evento e de

reconhecimento à Câmara

Municipal da Horta e ao

OMA, assim como a todas as

entidades que apoiaram este

colóquio.

Esta iniciativa junta, ao abri-

go da história, Portugal e os

Estados Unidos, os Açores e

Massachusetts, Horta e New

Bedford. Mais: esta comemo-

ração leva-nos a rever os

laços consolidados entre as

nossas terras e as nossas

gentes e a projetar essa liga-

ção no futuro. Esta relação

vem de longe, dos primeiros

Page 33: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

açorianos que chegaram à América no século XVIII, e passou pela chegada da família Dabney aos Açores e a esta ilha, nos remo-

tos anos de 1800.

Passou pela batalha que este colóquio evoca, pelas primeiras amaragens dos aviões da Pan América, pelos muitos faialenses e

açorianos que fizeram dos Estados Unidos um dos mais importantes países recetores da nossa emigração – e aqui não posso

deixar de recordar o “Azorean Refugee Act” que o ex-presidente norte-americano John F. Kennedy levou ao Congresso dos EUA,

em 1958, permitindo a milhares de faialenses recomeçarem as suas vidas naquele país, após a erupção do vulcão dos Capeli-

nhos.

Esta relação passa também por um património material e imaterial tecido nas duas margens do Atlântico, com afetos, família,

emoções, raízes identitárias, mas também com baleeiras, marcas museográficas, edificações da família Dabney, registos histori-

ográficos ainda por aprofundar.

Assim, importa que a ação das nossas instituições, açorianas e americanas se foque na intensificação desta ligação secular pre-

servando esse património evocativo de açorianos e americanos, que perpetuará na memória futura os feitos do passado.

Caros amigos, esta comemoração é, na verdade, uma oportunidade para celebrarmos esta herança mas também para pormos

os olhos no futuro e revitalizarmos o que pode e deve ser protegido, acarinhado e defendido, na medida em que é um espólio

para os naturais, uma atração para os visitantes e porque representa o respeito pela história de um povo.

Obrigada pelo vosso convite. É um prazer estar convosco”.

Ilha do Faial foi a escolhida nos Açores para apresentação do Projecto Portugal Náutico e Oceano XXI

Numa iniciativa conjunta da Associação Empresarial de Portu-

gal (AEP) e do Oceano XXI - Cluster do Conhecimento e da Eco-

nomia do Mar em Portugal, foi apresentado na tarde de sexta-

feira passada, dia 19, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, o

Projecto Portugal Náutico.

O evento contou com o apoio da Direcção Regional dos Assun-

tos do Mar e da Direcção Regional do Turismo, do Governo

dos Açores, da Portos dos Açores, S.A. e da Câmara Municipal

da Horta.

O Oceano XXI - Cluster do Conhecimento e da Economia do

Mar em Portugal, promoveu também uma sessão de apresen-

tação desta organização, no sábado, dia 20, no Auditório da

Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça, tam-

bém na cidade da Horta.

O potencial da náutica em Portugal

O Projecto Portugal Náutico pretende chamar a atenção dos

agentes económicos e institucionais para o potencial da náuti-

ca em Portugal, através da criação de uma rede que consolide

as competências do país no sector da náutica de recreio e que

dê corpo a uma estratégia colectiva que conduza à organiza-

ção e desenvolvimento do mesmo.

A AEP tem como missão a promoção da dinâmica empresarial

e a sua internacionalização, ao passo que a Oceano XXI é uma

associação privada sem fins lucrativos, responsável pela dina-

mização do “Cluster do Conhecimento e da Economia do

Mar”, Estratégia de Eficiência Colectiva reconhecida em 2009

pelo Programa COMPETE. No âmbito da sua actividade, a Oce-

ano XXI tem realizado um conjunto de iniciativas dirigidas às

principais fileiras da economia do mar, de forma a que, con-

juntamente com os diversos actores, sejam encontradas for-

mas de promover o enriquecimento das respectivas cadeias de

valor.

Tendo em conta os mesmos interesses e a necessidade de

uma acção conjunta nesta matéria, a AEP e a Oceano XXI deci-

diram avançar com este Projecto, seguindo uma metodologia

de envolvimento e abertura à participação dos diferentes ac-

tores implicados no tema, especialmente aqueles que se en-

contram ligados aos desportos náuticos, desde a vela, o remo,

a canoagem, o mergulho, a pesca desportiva e as actividades

marítimo-turísticas, incluindo as escolas, os clubes, as empre-

sas, organismos públicos, praticantes e todos aqueles que pos-

Page 34: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

sam contribuir para o desenvolvimento da náutica no país.

Segundo os parceiros, o trabalho a desenvolver procura valori-

zar e capitalizar o conjunto de estudos e de projectos já reali-

zados sobre o tema e identificar propostas de acção que pos-

sam ter concretização, nomeadamente no quadro dos instru-

mentos financeiros do próximo período de programação de

Fundos Comunitários.

Este é um tema relevante para a Horta e para Região dos Aço-

res, onde as actividades náuticas se têm afirmado como um

pilar de fundamental de desenvolvimento, exponenciando a

vocação natural dos Açores para os assuntos do mar.

Clube Naval da Horta: experiência e know-how nos des-

portos náuticos

Horta na centralidade dos Assuntos do Mar, nos Açores

O repto foi lançado pela Associação Empresarial de Portugal e

pela associação Oceano XXI, tendo o Presidente da Câmara

Municipal da Horta, José Leonardo Silva, se associado ao aco-

lher esta sessão nos Paços do Município. Na ocasião, o autar-

ca, que é também presidente da Comissão Náutica Municipal,

defendeu que “a Horta reúne todas as condições para se afir-

mar como a centralidade dos Açores no que toca aos Assuntos

do Mar”.

No entender de José Leonardo Silva, este Projecto cruza-se

com os objectivos do Faial e do Município, através do pelouro

do Mar, Inovação e Empreendedorismo, no sentido de desen-

volver uma cultura empresarial “que congregue todos os inte-

resses e conhecimento no que às questões do mar diz respei-

to, nomeadamente a náutica de recreio”, que tem, segundo o

Presidente da Câmara Municipal da Horta “registado uma

grande expansão nos últimos anos”.

“A criação de um Cluster do Mar, aliado a uma oferta integra-

da e competitiva ao nível dos vários serviços de apoio ao iatis-

ta, têm no Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP), na

Secretaria Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, na Portos

dos Açores e no Clube Naval da Horta, parceiros imprescindí-

veis que contribuem para a consolidação da aposta no destino

Açores, com o Faial a assumir-se desde logo, como destino de

referência na náutica de recreio”, realçou este responsável.

José Leonardo Silva acredita que uma oferta orientada no sen-

tido de quem visita o Faial permitirá desenvolver ainda mais a

economia do Mar, salientando que “estão assim reunidas to-

das as condições para o surgimento de profissões ligadas ao

mar e criadas as bases para a aposta em novas áreas de negó-

cio”.

O governante faialense lembrou que a cidade da Horta é mui-

to procurada para “hibernagem” de embarcações de recreio

“pelas excelentes condições que a Marina oferece”. Por isso,

alerta para a necessidade de se explorarem novas oportunida-

des, apontando o arranque da segunda fase do Porto da Horta

como fundamental para essa estratégia de desenvolvimento.

Também o Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia,

Fausto Brito e Abreu, destacou o facto de os Açores participa-

rem em todas a iniciativas que às questões do Mar dizem res-

peito. “Temos, em regra, participado em todos os desenvolvi-

mentos de estratégias nacionais para o Mar e em todas as

iniciativas que desenvolvem a chamada economia azul”.

Galardões podem ajudar a atrair turismo certo

Fausto Brito e Abreu frisou ainda que “o Governo dos Açores

tem um interesse especial” por este Projecto, adiantando que,

“da mesma forma que Portugal, como país, cresce na sua ple-

nitude quando se contempla o Mar, dentro de Portugal, os

Açores, sendo pequenos em população e em hectares terres-

tres, crescem quando se contempla a nossa zona marítima”.

Este governante lembrou que “a Região Autónoma dos Açores

tem sabido usufruir plenamente dos poderes que a Constitui-

ção dá para a administração do nosso Mar” garantindo que “o

Governo continuará a criar investimentos no desenvolvimento

de uma rede de infraestruturas que apoiem actividades náuti-

cas em portos, distribuídos por várias ilhas, aspecto funda-

Page 35: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

mental para promover a oferta de turismo náutico”.

Nesse contexto, salientou o facto de os Açores manterem

“uma tradição de notoriedade na vela desportiva e nas com-

petições desportivas internacionais”, o que constitui mais uma

razão para que o Executivo promova, sempre que pode, o co-

nhecimento da Região Autónoma como um destino turístico

de excelência.

O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia fez ques-

tão de lembrar os vários galardões que os Açores têm recebi-

do, nomeadamente o galardão Platina da Quality Coast, que

demonstra o reconhecimento internacional do trabalho que

tem sido feito na promoção e turismo sustentado na Região.

“Tenho esperança de que estes galardões sirvam para atrair o

tipo de turismo certo que nos permitirá desenvolver a oferta

turística plena, que na área do turismo náutico traz várias mais

-valias para sectores de actividade muito específicos”, subli-

nhou.

Segundo os seus promotores, este Projecto terá impactos di-

rectos em todos os sectores envolvidos na cadeia de valor da

náutica de recreio, nomeadamente os que estão ligadas ao

desporto, às marinas, às actividades industriais e serviços rela-

cionados, e contribuirá para reduzir as importações que se

cifram actualmente nos 75%, através da disponibilização de

produtos nacionais.

Por seu turno, o Director Regional dos Assuntos do Mar do

Governo Regional dos Açores, Filipe Porteiro, apresentou a

evolução da actividade náutica no Faial, nos últimos anos.

Desenvolver negócios e fomentar a economia

Maria da Saúde Inácio, do Gabinete de Projectos Especiais da

AEP, explicou que esta Associação reúne empresários e procu-

ra desenvolver os negócios e fomentar a economia. É neste

sentido que pretende actuar na náutica de recreio como uma

possibilidade de desenvolvimento de negócios e da economia

do país, nas zonas em que se podem desenvolver estas práti-

cas náuticas, explicou.

Segundo ela, esta iniciativa “tem como propósito trabalhar a

internacionalização da náutica de receio e fazer com que pos-

sa ser um negócio”.

A apresentação do Projecto esteve a cargo de Rui Azevedo,

Director Executivo do Oceano XXI - Cluster do Conhecimento e

da Economia do Mar em Portugal e de Sérgio Ribeiro, da Exer-

tus Consulting.

O Projecto está em execução

até meados do próximo ano

e foi desenhado numa lógica

agregadora, para promover a

adesão e a participação de

todas as entidades relaciona-

das com um universo de in-

teresses identificado pela

sigla MAR: Mar, Albufeiras e

Rios. É co-financiado pelo

COMPETE no âmbito do SI-

AC, com um investimento

elegível de 383 mil euros,

envolvendo um incentivo

FEDER de 306.mil euros.

Nos Açores, a Náutica de Recreio tem vindo a crescer

de forma significativa

Fotografias de: José Macedo

Page 36: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

67 Anos de Vida do CNH: Náutica no Bar sobre “A Marinha em Operações Fora de Área” – Capitania do Porto da Horta associou-se ao Clube

- “As Missões Cooperativas em África” e “As

Missões de Combate a Pirataria na Somália”

foram abordadas na noite deste sábado, 27, no

Salão Bar do CNH, pelo Comandante e Imedia-

to da Corveta “João Roby”.

No âmbito das relações cordiais e de parceria há muito exis-

tentes entre a Marinha Portuguesa e o Clube Naval da Horta

(CNH), a Capitania do Porto da Horta associou-se às Come-

morações evocativas do 67º Aniversário deste Clube – ofici-

almente criado a 26 de Setembro de 1947 – cujas activida-

des tiveram início no dia 14 do corrente e terminam a 4 de

Outubro próximo com um Jantar festivo, no decorrer do

qual serão entregues Prémios a atletas de várias Secções do

CNH, no seguimento da realização de diversas Provas.

Um dos pontos altos deste programa foi a Náutica no Bar,

que decorreu na noite deste sábado, dia 27, e que teve co-

mo foco “A Marinha em Operações Fora de Área”. Neste

contexto, foram abordadas duas temáticas: “As Missões

Cooperativas em África”, pelo Capitão Tenente António

Mourinha, Comandante do NRP “João Roby” e “As Missões

de Combate a Pirataria na Somália”, pelo 1º Tenente Luís

Guerra, Oficial Imediato do NRP “João Roby”.

João Duarte, Vice-Presidente do Clube Naval da Horta (CNH)

começou por dar as boas-vindas à assistência e disse que,

apesar das diversas origens, havia ali um denominador co-

mum, que era o facto de todos estarem associados ao mar.

Por seu turno, o Capitão do Porto da Horta, Comandante

Diogo Vieira Branco,

também agradeceu a

presença daqueles que

tinham aceitado o con-

vite para estarem pre-

sentes neste evento,

tendo feito uma apre-

sentação sucinta dos

oradores. Entre outros

aspectos, o Capitão

Tenente António Mou-

rinha já andou embar-

cado em diversos navi-

os, desde 1990, tendo participado em 3 missões de coopera-

ção técnico-militar. Relativamente ao 1º Tenente Luís Guer-

ra, também já esteve embarcado em diversos navios, desta-

cando-se a sua participação em 2 missões de combate à pi-

rataria. Ambos partilharam as suas experiências pessoais e

profissionais no âmbito das temáticas apresentadas.

O Capitão Tenente António Mourinha foi o primeiro a falar,

tendo afirmado que era um prazer fazer parte desta iniciati-

va. Começou por explicar que missões fora de área são

aquelas que se desenvolvem fora da Zona Económica Exclu-

siva (ZEE) e da área que está confinada à Marinha.

O que é a APS?

Este orador dissertou sobre a missão Africa Partnership Sta-

tion (APS – Estação de Parceria África).

A APS é uma iniciativa internacional desenvolvida pelos EUA com o apoio de parceiros internacionais, visando melhorar a segurança marítima em África como parte de um programa de Cooperação em Segurança.

Trata-se de um programa estratégico, projectado para de-senvolver as habilidades, experiência e profissionalismo dos africanos militares, guardas costeiras e marinhei-ros. Esta missão é inspirada pela crença de que a segurança marítima eficaz contribui para a prosperidade económica e de segurança em terra. Para lidar com cada uma dessas questões com sucesso, os parceiros devem trabalhar em conjunto com um propósito comum.

A segurança dos mares é essencial para a segurança glo-

bal. Existe uma relação entre a segurança do mar e a capaci-

dade dos países para governar as suas águas, fazendo com

que haja prosperidade, estabilidade e paz. Os oceanos são

Page 37: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

um elo comum entre as economias e os países de todo o

mundo. É preciso ter em atenção que 70% do globo é água,

80% da população mundial vive em zonas de costa ou perto

desta e que 90% do comércio mundial é transportado no

oceano. Nações individuais não podem combater sozinhas,

problemas e crimes marítimos. Nesse contexto, a APS é uma

resposta directa ao crescente interesse internacional no de-

senvolvimento de parcerias marítimas.

A APS não está limitada a um navio ou plataforma, nem as suas actividades são apresentadas apenas em determinados momentos. O programa desenrola-se de muitas formas, in-cluindo visitas a navios, equipas de treino e projectos de construção, entre outras. A Africa Partnership Station faz parte de um compromisso de longo prazo por parte de todos os países participantes e organizações da África, Estados Uni-dos, Europa e América do Sul .

O objectivo é melhorar a capacidade dos países envolvidos para estender o império da lei dentro de suas águas territori-ais e zonas económicas exclusivas e melhor combater a pes-ca ilegal, tráfico de seres humanos, tráfico de drogas, roubo de petróleo e pirataria .

A primeira implantação APS foi de Novembro de 2007 a Abril

de 2008. Entre os países visitados encontravam-se Senegal,

Togo, Gana, São Tomé e Príncipe, Camarões, Libéria, Gabão e

Guiné Equatorial.

A missão APS tem continuado no terreno, ano após ano, e

em 2009 revestiu-se de uma imagem internacional, com mili-

tares da Nigéria, Camarões, Senegal, Gana, Gabão, Itália,

Portugal, Cabo Verde, Serra Leoa, Togo, Guiné Equatorial,

Quénia, Reino Unido, França, Alemanha, Espanha, Dinamar-

ca, Malta e Brasil. Neste ano, a APS expandiu a sua missão

para Sul e Leste da África, ao visitar países como Moçambi-

que, Tanzânia e Quénia.

Segundo o Capitão Tenente António Mourinha, a APS nasceu

depois da estratégia americana criada em 2007 e trouxe con-

ceitos inovadores. Até ali, vigorava a visão do Capitão

Mahan, que defendia que os países para assegurarem o co-

mércio, tinham de possuir uma marinha forte para controlar

o mar. Essa visão foi mudada em 2007 por duas razões: em

primeiro lugar, por causa da Guerra Fria, pois sem guerra

não fazia sentido haver uma estratégia militar; e em segun-

do, devido ao 11 de Setembro de 2001, em que foi operada

uma mudança radical do mundo para os americanos, que

passaram a combater um inimigo sem rosto.

Em 2003, surge uma nova estratégia: trazer os países excluí-

dos para o desenvolvimento comercial, mudança que o Pen-

tágono e a Marinha Americana reconheceram não estarem

preparados para encarar.

A APS foi uma das primeiras missões que procurou dar corpo

à nova estratégia marítima: criar desenvolvimento num es-

paço de exclusão, tendo em conta que grande parte dos pro-

blemas que aconteciam na Europa, como pirataria, tráfico de

droga e humano, terrorismo e problemas para o comércio,

vinham das zonas limítrofes desses mundos. “Os problemas

do espaço de exclusão acabam por afectar o núcleo de funci-

onamento dos outros. E se não exportarmos segurança para

eles, eles exportam os seus problemas para os outros”, subli-

nhou o orador.

“Os americanos começaram por realizar diversas conferên-

cias em África, mas a sua entrada em Angola sempre se reve-

lou difícil devido à desconfiança que este povo tem em rela-

ção aos americanos, o que se explica por causa da Guerra

Fria”, referiu o Comandante do NRP “João Roby”, acrescen-

tando que “o objectivo dessas conferências foi implantar a

estratégia de segurança americana, passando a mensagem

aos parceiros africanos, euroatlânticos e brasileiros”.

Pela primeira vez, os 3 serviços marítimos dos EUA – Mari-

nes, Guarda Costeira e Marinha – subscreveram a estratégia

americana, concordando em enviar mais navios para países

africanos a fim de potenciar formação, incidindo em quatro

pilares:

- Formação e treino

- Construção de infra-estruturas (como por exemplo, o Cen-

tro que foi montado pelos americanos em São Tomé e Prínci-

pe)

- Conhecimento do domínio marítimo

- Actividades de relacionamento com as populações (tais

como construção de pontes, orfanatos, etc).

No decorrer da missão APS era dado treino a militares, polí-

cias e civis, em áreas como hidrografia, oceanografia ou fis-

calização da pesca, esta última aquela em que António Mou-

rinha é um expert.

A APS constituiu uma oportunidade única para várias agên-

cias e organizações não-governamentais da África, Estados

Unidos e Europa trabalharem em conjunto.

Decorrendo esta missão tipicamente em navios, o que não

requer uma base permanente em África, pode ser vista como

uma universidade móvel, deslocando-se de porto em porto.

Nesse sentido, “houve estagiários de vários países que vie-

ram treinar connosco em terra e no mar”, lembrou António

Mourinha.

O Comandante da Corveta “João Roby” afirma que “em 2007

os americanos ainda estavam a apalpar terreno” no que diz

respeito a esta estratégia.

“O objectivo de Portugal ao participar nesta missão foi reco-

lher informação e know-how”, salienta o orador.

Paz e segurança, estabilidade regional, prosperidade econó-

mica e emprego e oportunidades, são algumas das recom-

pensas da missão APS.

Como pontos fortes, são apontados vários, entre eles:

Page 38: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

Náutica no Bar (cont)

- Conhecimento crescente dos países visitados em termos de

necessidades de treino e equipamento

- Actividades de apoio comunitário e doações

- Actividades de apoio médico

- Actividades de treino dos Marines

- Actividades de âmbito académico

- Projecto de “trainees” embarcados (militares embarcados)

- Relações Públicas

- Grande disponibilidade financeira (os americanos davam

um subsídio diário aos africanos para incentivá-los a aderir

às iniciativas, o que lhes agradava e que fazia com que parti-

cipassem).

No que concerne a fragilidades, a APS deparou-se com:

- Actividade de formação e treino de componente marítimo

- Formação e treino dos “trainees” embarcados

- Necessidade de tradução para os formandos anglófonos

- Concentração de formação e treino num período curto

- Tamanho do staff embarcado

- Aparente falta de confiança nos parceiros internacionais

- Dificuldade cultural dos americanos no relacionamento

com os africanos

- Plataforma utilizada (navio com 40 anos, antigo que não

estava bem equipado, não tinha helicóptero nem mergulha-

dores a bordo)

- Medidas de segurança portuária (o navio tinha muitos con-

tentores a bordo o que afastava o contacto com a população

local)

- Falta de acompanhamento permanente dos países apoia-

dos.

Entre as várias vantagens da APS para a América, está a

aproximação político-diplomática a Países Africanos e a pre-

sença e influência crescente numa zona estratégica de Áfri-

ca.

Relativamente às vantagens para Portugal, são exemplos:

- Fortalecimento das nossas relações com a Marinha Ameri-

cana, uma vez que temos presença frequente nos Países

Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) para ajudar a

desenvolver a capacidade militar destes países

- Possibilidade de coordenação com a Cooperação Portugue-

sa na aplicação dos recursos da APS

- Conhecimento dos problemas e das

actividades nesta área do Globo (os fran-

ceses são os que melhor os conhecem e

permanecem lá)

- Possibilidade de estreitar laços com

algumas Marinhas Africanas/Países Afri-

canos

- Conhecimento operacional e estratégi-

co da região

- Divulgação da Marinha Portuguesa e

de Portugal

- Presença numa área de interesse estra-

tégico para Portugal.

No entender deste conselheiro da missão APS “este é um

espaço estratégico onde Portugal deve estar presente”.

O último ponto da abordagem do Capitão Tenente António

Mourinha prendeu-se com impressões pessoais desta mis-

são.

Sendo a caça submarina uma actividade lúdica para este

português, o mesmo teve oportunidade de revelar os seus

dotes culinários, tendo feito peixe assado. Embora o cozi-

nheiro de serviço inicialmente não tenha apreciado esta

intrusão, uma vez que os americanos só comem peixe como

filetes, a verdade é que no fim todos exibiram, orgulhosos, o

prato, que foi muito apreciado.

António Mourinha também deu o seu apoio na Direcção

Regional da Fiscalização da Pesca e visitou uma aldeia de

pescadores no Gana, que “era muito pobre”.

Viveu experiências nos Camarões (que têm esta designação

precisamente pela abundância deste marisco), fez amigos no

Gana, Senegal, nos Camarões e com brasileiros. Embrenhou-

se na floresta tropical, constatou “in loco” a normalidade

que é os homens andarem de mão dada (contrariamente ao

que é aceite em relação às mulheres), apercebeu-se de que

as tribos na Nigéria fazem pirataria, conviveu com forman-

Page 39: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

dos de Cabo Verde que se encontravam embarcados e ficou

a observar o contentamento das crianças, para quem as latas

de sardinhas constituíam um brinquedo, contrariamente às

nossas que só querem tecnologias, e mesmo assim, demons-

tram-se muitas vezes insatisfeitas com estas modernices.

Somália: país sem lei

O 1º Tenente Luís Guerra, Oficial Imediato do NRP “João

Roby”, que participou em missões nos anos de 2009 e 2010,

abordou o tema “As Missões de Combate à Pirataria na So-

mália”, um país com uma população composta por várias

etnias, que há décadas lida com a ausência de um governo

central forte e enfrenta conflitos internos severos entre se-

nhores da guerra e outros grupos armados. Entre 1991 e

2012, o país ficou sem um Parlamento e um governo central

articulado, o que contribuiu para que regiões inteiras fossem

ao caos da insegurança e falta de estrutura.

A pirataria teve a sua era de ouro nos mares internacionais

entre os séculos XVI e XVII. Era uma actividade extremamen-

te lucrativa e, em grande parte, ilegal, já que apenas os cor-

sários tinham autorização dos seus governos para atacar e

saquear navios de nações inimigas. Quatro séculos depois, os

piratas voltaram ao activo e muitos, piratas e mandantes,

ganharam grandes quantias de dinheiro.

Após a segunda fase da Guerra Civil na

Somália, em 2005, os actos de pirataria

nas costas deste país recrudesceram e

transformaram-se lentamente num ne-

gócio lucrativo, dominado por “Senhores

da Guerra” locais sem nenhuma base

jurídica, moral, ou ética. Na sequência

da transformação da Somália num Esta-

do falhado, sem lei, ou ordem, onde

impera o caos absoluto, fruto da luta

fratricida de uma sociedade dividida em

clãs rivais, algumas frotas pesqueiras

internacionais, sem escrúpulos, depre-

daram o mar territorial e a Zona Econó-

mica Exclusiva (ZEE) da Somália, reduzin-

do o stock de peixes na zona e colocando em causa a eventu-

al subsistência de elevadas camadas da população local. No

mesmo período, outro tipo de navios aproveitando-se do

vazio de poder criado, despejaram lixo tóxico nas águas da

Somália. Existem relatos que evidenciam actos praticados

por petroleiros que, aproveitando a ausência de fiscalização,

lavaram os seus tanques ao largo desse país, em flagrante

violação do Direito Internacional, poluindo de forma grave a

área, o que pode ser considerado um autêntico crime ambi-

ental contra a população somali e contra o mundo inteiro.

Os primeiros actos de pirataria foram cometidos por forças

irregulares de pescadores somalis a navios de pesca em

águas territoriais e seguiram uma agenda nacionalista e de

defesa dos seus recursos e espaço natural que, embora não

justificadas pelo Direito Internacional, podiam colher a com-

preensão e até alguma simpatia da maior parte das pessoas.

No entanto, essa reacção inicial quase que legítima, rapida-

mente se transformou num negócio lucrativo, por via das

avultadas somas de dinheiro, pagas pelos resgates de navios

e tripulações, sem nenhum objectivo político, ou defensivo,

tendo-se estendido os ataques a toda a navegação mercante

na zona, inclusive a áreas muito afastadas, dentro do Oceâni-

co Índico e Golfo de Adem.

Convém lembrar que a pirataria não é um fenómeno exclusi-

vo da Somália, mas que infelizmente se generalizou nas cos-

tas de Estados falhados, cuja definição não é clara, mas en-

volve a total ou parcial incapacidade de um estado em man-

ter princípios básicos de sua soberania, tais como garantir a

segurança da população, manter as suas fronteiras protegi-

das, oferecer serviços básicos e garantir a aplicação interna

das leis e da ordem. Sem esses requisitos, a Somália transfor-

mou-se num dos paraísos da pirataria.

Relativamente às origens da pirataria na Somália, o 1º Te-

nente Luís Guerra disse que nos anos 70 e 80 era uma activi-

dade apenas à escala de criminosos locais, que nunca actua-

vam a mais de 22 kms da costa. Nos anos 90, actuavam como

“guarda costeira”, e em 2004, assiste-se a uma reviravolta,

passando a sequestrar navios mercantes de todo o mundo.

“Trata-se de um território que funciona como depósito de

resíduos perigosos, onde se encontra urânio radioactivo e

uma população assustada com doenças. É visível pobreza,

falta de emprego, problemas ambientais, redução de recur-

sos e instabilidade”, sustenta este militar.

É importante reflectir também na população da Somália e

nas suas motivações para os actos de pirataria. Um país de-

vastado por uma guerra civil interminável, em que se deu

por completo a falência do Estado, constitui uma fonte ines-

gotável de recrutamento de jovens quer para actividades

paramilitares de clãs, quer para a pirataria.

Um acto singular de pirataria pagará aos participantes o sufi-

Page 40: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

Náutica no Bar (cont)

ciente para poderem sustentar o resto da vida a sua família

e, como tal, são vistos localmente como heróis, colhendo o

apoio da maioria da população que, no seu desespero, consi-

dera legítima essa actividade. Convém também recordar que

os piratas na Somália atacam os próprios navios do progra-

ma da ONU, para a ajuda alimentar à Somália, pondo em

risco esse programa que tem salvo milhares de vidas do po-

vo somali. Por causa destes ataques, essas embarcações de

ajuda humanitária têm de ser escoltados permanentemente

por navios de guerra a fim de conseguirem descarregar na

costa da Somália esses produtos alimentares da ajuda inter-

nacional.

Esses ataques, actos inaceitáveis de pirataria à luz do Direito

Internacional, contra todo o tipo de navegação mercante,

corroem o princípio basilar da liberdade dos mares e da livre

circulação de bens e mercadorias por via marítima. Como

consequência destes actos, muitos inocentes são feitos re-

féns por largos períodos de tempo, chegando mesmo alguns

a perder a vida.

Face à posição geo-estratégica da Somália, os actos de pira-

taria a partir deste país têm afectado profundamente um

dos corredores mais importantes e vitais para a economia

global, que é a rota Índico-Atlântico através do estreito de

Adem – Canal do Suez. E esse facto tem grande impacto glo-

bal, pois representa um risco para a segurança internacional

e, principalmente, porque ameaça as actividades comerciais

numa rota marítima valiosa. De acordo com um relatório da

ONU sobre drogas e crime, que analisou a situação do

Djibouti, Etiópia, Quénia, Seychelles e Somália, a pira-

taria custa à economia global cerca de 18 mil milhões de

dólares por ano no que diz respeito ao aumento dos custos

do comércio. O surto de pirataria também reduziu a activi-

dade marítima no Chifre da África, prejudicando o turismo e

a pesca nos países do leste africano, desde 2006.

União no combate aos piratas

Os ataques não só têm colocado em perigo o normal abaste-

cimento de combustíveis dos Países Ocidentais, assim como

as trocas comerciais entre o Ocidente e a Ásia. Em resultado

do perigo real que esta ameaça representa para a economia

global, pela primeira vez, uma coligação de países muito

alargada e historicamente antagonistas, enviou para a zona

da Somália navios de guerra para controlarem e conterem

este fenómeno preocupante, de forma totalmente coope-

rante.

A Rússia, a China, os países da NATO (Portugal incluído), a

Índia e a Austrália entre outros, contribuem activamente

com navios de guerra no combate à pirataria marítima, no

que é percebido por todos como uma elevada ameaça glo-

bal.

Para se perceber a importância desta ameaça, é necessário

ter em mente que 90% de todos os produtos transacciona-

dos o são por via marítima. Os custos, quando comparados

com os do transporte terrestre, ou aéreo, são quase negli-

gentes, tendo um impacto insignificante no preço final do

produto, de cerca de 1%. É precisamente a liberdade dos

mares à livre circulação de mercadorias e produtos, o seu

baixo custo de transporte e o acesso global, que veio permi-

tir o desenvolvimento de uma economia à escala mundial e

que constitui o pilar do desenvolvimento actual. São os laços

que se estabeleceram nos últimos 20 anos, em resultado

dessa economia global, fortalecidos através de uma elevada

interdependência entre todos os actores e agentes económi-

cos desse processo, que tornarão quase impossível um con-

flito de larga escala no futuro, contribuindo assim para um

mundo mais pacífico e partilhado.

Caracterização dos piratas e da sua actuação

Em termos de caracterização, os piratas da Somália tinham

entre 16-46 anos de idade, sendo ex-pescadores e ex-

polícias, que se dedicavam a esta actividade pelo dinheiro,

sem razões ideológicas.

Os clãs, sob as ordens de senhores da guerra locais, viram

neste fenómeno uma nova forma de se financiarem e pros-

seguirem as suas agendas de poder que tanta disrupção,

fome, miséria e sofrimento trouxeram ao povo somali. Rapi-

damente transformaram os pescadores em verdadeiros pira-

tas, sem escrúpulos, enviando-os mar adentro, em acções

ofensivas e ousadas sob a égide do lucro rápido e fácil.

Luís Guerra referiu que, “primeiro, o reconhecimento dos

piratas a longa distância tornava-se difícil. Mas, depois, os

barcos passaram a ser reconhecidos pelo uso de escadas de

abordagem, grandes quantidades de combustível a bordo,

exibindo motores fora da borda de água para alcançarem

maior velocidade. Como a Marinha actuava mais na costa,

passaram a afastar-se para fora, até às 200 milhas”.

No que se refere ao Modus Operandi, apresentavam-se em

grupos de 3 pequenas embarcações com motor de bordo e 3

a 5 atacantes por embarcação. Faziam muitos disparos cau-

sando grande número de estragos não tanto com o intuito

de matar mas, sim, de assustar, e usavam embarcações se-

questradas como navios-mãe a fim de reabastecerem em

alto mar, a 170 kms de costa. Eram persistentes no ataque e

uma vez a bordo continuavam a disparar, estando sob o efei-

to de khat (erva estimulante, que causa euforia e excitação).

“O facto de usarem navios mercantes como navios-mãe – o

que lhes permitia levarem mais combustível e mantimentos

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– e a distância a que operavam da costa, inicialmente não

levantava suspeitas sobre o facto de se tratar de navios pira-

ta”, sublinha o Oficial Imediato da Corveta “João Roby”,

acrescentando que “mais tarde descobriu-se que havia orga-

nizações internas a auxiliá-los neste tipo de pirataria”.

De acordo com o relatório da ONU já referido, os mais ricos

financiavam as actividades criminosas em troca de lucros

entre 30% e 75% dos valores dos resgates, enquanto os pira-

tas que abordam os navios ficavam com menos de 0.1% do

total. Os poderosos costumavam receber entre 30 mil a 75

mil dólares por navio invadido.

“Sempre que viam militares, os piratas atiravam as armas ao

mar. A arma preferida era a Kalashnikov, que mesmo enfer-

rujada e mal-tratada, continuava a disparar”, constatou Luís

Guerra.

Durante a missão, este português reparou que “num campo

típico de piratas, o que mais se via eram skiffs (barcos) e ar-

mas”. E frisa: “Os Toyota Land Cruiser que utilizavam, con-

trastavam com a pobreza daquela área”.

Alguns moradores apreciaram o efeito “rejuvenescedor” que

a presença dos piratas estava a gerar, os quais gastavam di-

nheiro e abasteciam-se na costa local, o que estava a ser

naquelas cidades tão empobrecidas, sinónimo de empregos

e oportunidades onde antes não existia nada. Vilarejos intei-

ros foram transformados em cidades que experimentaram

um crescimento demográfico exponencial, com possibilidade

de acesso a artigos até ali inacessíveis e considerados como

luxo.

Ironicamente, “os piratas davam melhores condições à popu-

lação do que o governo, com a construção de edifícios e a

possibilidade de formação”, realça o 1º Tenente Luís Guerra,

garantindo que “em cerca de 2 anos, estas missões consegui-

ram acabar com a pirataria na Somália”.

Antes de 2009, a postura em relação aos piratas capturados

consistia em identificá-los, tirar fotografias e retirar-lhes to-

do o material. Posteriormente, também foram registados os

números de série das embarcações e assinaladas com tinta

vermelha, o que facilitava a sua identificação posteriormen-

te.

Depois de 30 de Outubro de 2009, a República das Seychelles

começou a ficar com os piratas. Com a destruição das embar-

cações usadas por eles, houve uma redução do número de

skiffs.

A dimensão da área de intervenção versus o número de mili-

tares, bem como a falta de informação, foram limitações

desta missão.

No combate à Pirataria na Somália foram implementadas

várias medidas, entre elas o facto de os atuneiros terem pas-

sado a usar armamento de guerra.

No que refere às Operações Anti-Pirataria, em Janeiro de

2009 passou a haver controlo do tráfego de armas, pessoas,

drogas e combate à pirataria.

Em Dezembro desse ano, a União Europeia pôs em marcha a

Operação Atalanta com navios mercantes, o que foi sinóni-

mo de uso da força, mas com poucas baixas.

A Operação Atalanta, desenvolvida em coordenação com

várias forças e países, era de natureza militar e tinha como

objectivos dar protecção aos navios do Programa Alimentar

Mundial (PAM), que entregam ajuda alimentar às pessoas

deslocadas na Somália; proteger navios vulneráveis que na-

vegavam ao largo da costa somali, bem como a dissuasão,

prevenção e repressão dos actos de pirataria e assaltos à

mão armada ao largo da costa da Somália (que, para termos

uma ideia, ocupa uma área do tamanho do Mediterrâneo).

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...mais Resultados Desportivos de setembro

1º José Armando Silva

2º José Escobar

3º Teles Neves

4º Moisés Sousa

5º Juliana Nóbrega

6º Fernando Medeiros

6º Samuel Raposo

CLASSIFICAÇÃO DA 6ª PROVA:

Classes ORC

ORC A – 1ª Regata:

“Azul” – Luís Quintino – DNC

“Mariazinha” – Manuel Gabriel Nunes –

DNC

“Dance Away” – Barrie Mckinnell – DNC

“Rift” – Carlos Moniz – DNC

ORC B – 1ª Regata:

1.”No Stress” – António Oliveira

2.”Tuba V” – Fernando Rosa

3.”Rajada” – António Luís

“Além Mar” – António João – DNC

ORC A – 2ª Regata:

“Azul” – Luís Quintino – DNC

“Mariazinha” – Manuel Gabriel Nunes –

DNC

“Dance Away” – Barrie Mckinnell – DNC

“Rift” – Carlos Moniz – DNC

ORC B – 2ª Regata:

1.”No Stress” – António Oliveira

2.”Tuba V” – Fernando Rosa

3.”Rajada” – António Luís

“Além Mar” – António João – DNC

Nota: DNC (não competiu)

CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO

Classe ORC A:

1.“Azul” – Luís Quintino

2.”Rift” – Carlos Moniz

3.“Mariazinha” – Manuel Gabriel Nunes

4.”Dance Away” – Barrie Mckinnell

Classe ORC B:

1.”No Stress” – António Oliveira

2. “Além Mar” – António João

3.”Tuba V” – Fernando Rosa

4.”Rajada” – António Luís

1º “Senhora da Guia”

2º “Rosana”

3º “Zeus”

4º “Gustavo”

5º “Star”

Menor:

1° - Ricardo Raimundo: 13'54''

Iniciado Feminino:

1° - Mariana Rosa: 14'11''

Infantil Masculino:

1°- Clésio Pereira: 12'05''

2° - Lea Nero Curvelo: 12'55''

3° - João Ponte: 13'03''

Cadete Feminino:

1° - Patrícia Piedade: 13'25''

Cadete Masculino:

1° - Octávio Moreira: 11'14''

2°- Guilherme Nunes: 12'11''

Veterano C:

1° - Frederico Benjamim: 13'10''

Prova de Aniversário de Pesca Desport iva de Costa

Campeonato Local de Vela de Cruzeiro

Prova de Apuramento do Campeonato Regional de Pesca Desport iva de Corrico

Prova de Aniversário de Canoagem

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1º “Rosana”

2º “100 Peixes”

3º Gustavo”

4º Star”

Escolinhas

1º Leonor Pó

2º Ana Luísa

3º Maurício

Optimist A

1º Jorge Pires

2º Tomás Pó

3º Tomás Oliveira

4º Bernardo Melo

5º Mariana Luís

6º Rita Branco

7º Ricardo Henriques

8º Pedro Moniz

9º Zakhar

10º Artur Moimiaux

11º Artur Silva

Laser 4.7

1º Pedro Costa

2º Jorge Medeiros

3º André Costa

4º Vasco Escobar

420

1º Ricardo Silveira-Tiago Serpa

2º Jorge Silva-Bartolomeu Ribeiro

Access 2.3

1º Libério Santos

2º Rui Dowling

Prova de Remo Feminino – Dois Botes Ba-

leeiros concorrentes:

1º “Senhora da Guia” – Junta de Freguesia

da Feteira – Oficial: Ana Sousa

2º “Santo Cristo” – Junta de Freguesia de

São João do Pico – Oficial: Guida Neves

Prova de Remo Masculino – Quatro Botes

Baleeiros concorrentes:

1º “São José” – Junta de Freguesia do Cape-

lo – Oficial: Paulo Correia

2º “Maria da Boa Viagem” – Clube Náutico

de Santa Cruz das Ribeiras do Pico – Oficial:

Luís Machado

3º “Santo Cristo” – Junta de Freguesia de

São João do Pico – Oficial: Lídio Rosa

Prova de Vela – Onze Botes Baleeiros con-

correntes:

1º “Capelinhos” – Junta de Freguesia do

Capelo – Oficial: Luís Decq Mota

2º “Senhora do Socorro” – Junta de Fregue-

sia do Salão – Oficial: Pedro Garcia

3º “São José” – Junta de Freguesia do Cape-

lo – Oficial: Vítor Mota

1º Nuno Costa

2º António Pereira

3º Mário Carlos

4º José Gonçalves

Classe ORC:

1º “Azul” – Luís Quintino

2º “Air Mail” – António Freitas

3º “Mariazinha” – Manuel Gabriel Nunes

4º “Tuba V” – Fernando Rosa

5º “Pagode” – Francisco Ribeiro

6º “No Stress” – António Oliveira

Classe OPEN:

“Soraya” – Frederico Rodrigues

“Romejafu” – John Durling

“Solaris” – John Hardy

“Ilhéu Deitado” – Nuno Santos (DNF)

Prova de Aniversário de Pesca Desport iva de Barco

Prova de Aniversário de Vela Ligeira

Troféu do Varadouro 2014 em Mini -Veleiros

Regata de Botes Baleeiros do Varadouro

Regata de Vela de Cru-zeiro do Varadouro 2014

Page 44: Ir_ao_mar nº6 - Setembro 2014

Textos: Cristina Silveira

Montagem: Luis Moniz