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Revista mensal sobre a atividade do Clube Naval da Horta
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Mensal
Newsletter do
Clube Naval da Horta Ir_ao_mar
Campeonato do Mundo das Clas-ses Olímpicas
Rui Silveira satisfeito com resultado
alcançado no Campeonato do Mun-
do das Classes Olímpicas, em
Santander: “Consegui os meus
objectivos que eram ficar no Grupo
de Ouro e apurar Portugal para os
Jogos Olímpicos de 2016”
praeseptatum.
EDP – X Campeo-nato Nacional de Infantis e Inicia-dos
“Resultado final dos velejadores do
CNH é aceitável, mas ficou por
mostrar um pouco mais das suas
capacidades”, afirma o Treinador
Duarte Araújo.
Regata Lorient Horta Solo
A ilha do Faial recebeu este mês
uma nova Regata Internacional de
Vela de Competição: a Lorient -
Horta Solo. Nesta 1ª edição partici-
pam 20 veleiros da Classe Figaro-
Bénéteau, prova que integra o
calendário do Campeonato de Elite
de Voile au Large da Federação
Francesa de Vela.
Clube Naval da Horta: estabilidade e crescimento desde os anos 80 – uma instituição fundamental para a Ilha do Faial Parabéns ao CNH, que comemora 67
anos de Vida, mas poderiam ser mais
de 100
A 26 de Setembro de 2014, o Clube Na-
val da Horta assinala o seu 67º Aniversá-
rio, tendo sido oficialmente criado a 26
de Setembro de 1947. Como natural su-
cessor do papel que a Junta Local da Li-
ga Naval Portuguesa vinha desempe-
nhando no Faial desde 1903, este Clube
deveria apagar mais de 100 velas. Mas,
mais importante do que repor essa data,
será dizer que se trata de uma instituição
fundamental para o Faial, que tem divul-
gado esta Ilha por todo o mundo, que
organiza e atrai diversas regatas interna-
cionais para a Horta, que tem a seu cargo
a formação náutica na ilha, que organiza
o maior Festival Náutico de Portugal,
que em 2011 ganhou o Prémio de Exce-
lência Desportiva e que, desde os anos
80 tem a sua actividade consolidada, mas
sempre numa linha de crescimento. Na-
turalmente que se já pudesse usufruir das
novas instalações – que tardam em sair
do papel – mais resultados poderia apre-
sentar. Por outro lado, a sua missão fica
ainda mais valorizada se tivermos em
conta que, mesmo numa sede exígua e
desadequada às necessidades, o trabalho
tem vindo a ser intensificado e elogiado,
sobressaindo a sua dinâmica e capacida-
de organizativa.
neste número
67º aniversário do CNH
Camp. Mundo Classes Olímpicas
Camp. Infantis e Iniciados
Lorient Horta Solo
N ú m e r o
S E T E M B R O
2 0 1 4
06
“Clube Naval da Horta: 67 anos de vitórias e
divulgação do Faial e da Região no mundo”
Clube Naval da Hor-ta: estabilidade e crescimento desde os anos 80 – uma in-stituição fundamental para a Ilha do Faial
Em dia aniversário é dada a
conhecer a história do Clube
Naval da Horta (CNH), o que
inclui a sua origem, criação,
sedes, actividade e presiden-
tes. Esta viagem ao passado
contou com a colaboração do
actual Presidente da Direcção
do CNH, José Decq Mota, que
se encontra em fim de manda-
to e que está ligado ao Clube
desde a adolescência.
O Clube Naval da Horta, na
sua formação actual, foi cons-
tituído a 26 de Setembro de
1947. “Contudo, durante toda
a primeira metade do século
XX havia desportos náuticos
no Faial, com alguma intensi-
dade, desenvolvidos por bas-
tantes nacionais e também
por estrangeiros que viviam
cá, nomeadamente pessoas
que trabalhavam nas Compa-
nhias de Cabos Submarinos,
instaladas na cidade da Hor-
ta”, explica José Decq Mota.
No tempo do reinado de D.
Maria II, na Monarquia Consti-
tucional, foi criada uma insti-
tuição chamada Liga Naval
Portuguesa (LNP). “Sendo algo
de natureza oficiosa, contava
com sócios e, tal como se usa-
va nessa época, era protegida
pelo poder, neste caso pelo
poder soberano”.
Clube Naval da Horta: 67 anos
de vitórias e divulgação do Faial
e da Região no mundo
67º Aniversário do CNH
A 26 de Setembro de 2014, o
Clube Naval da Horta assi-
nala o seu 67º Aniversário,
tendo sido oficialmente cri-
ado a 26 de Setembro de
1947. Como natural sucessor
do papel que a Junta Local
da Liga Naval Portuguesa
vinha desempenhando no
Faial desde 1903, este Clube
deveria apagar mais de 100
velas. Mas, mais importante
do que repor essa data, será
dizer que se trata de uma
instituição fundamental para
o Faial, que tem divulgado
esta Ilha por todo o mundo,
que organiza e atrai diversas
regatas internacionais para a
Horta, que tem a seu cargo a
formação náutica na ilha, que
organiza o maior Festival
Náutico de Portugal, que em
2011 ganhou o Prémio de
Excelência Desportiva e que,
desde os anos 80 tem a sua
actividade consolidada, mas
sempre numa linha de cresci-
mento. Naturalmente que se
já pudesse usufruir das no-
vas instalações – que tardam
em sair do papel – mais
resultados poderia apresen-
tar. Por outro lado, a sua
missão fica ainda mais valor-
izada se tivermos em conta
que, mesmo numa sede
exígua e desadequada às
necessidades, o trabalho tem
vindo a ser intensificado e
elogiado, sobressaindo a sua
dinâmica e capacidade or-
ganizativa.
Na sua estrutura, a Liga tinha
uma Junta Central, Juntas Dis-
tritais e Locais. Em 1903 foi
criada na Horta a Junta Local
da Liga Naval Portuguesa, cujo
Presidente foi, durante vários
anos, o escritor, publicista,
professor e político, Florêncio
Terra.
Para além de serem estruturas
que organizavam desportos
locais, também detinham pa-
trimónio e agora afigurava-se
necessário dar um destino a
esse património.
“No caso concreto da ilha do
Faial – refere José Decq Mota
– foi pensado criar um Clube
que ficasse com esse espólio.
O património da Liga Naval
Portuguesa no Faial tinha im-
Este dirigente refere
que “a Liga era um órgão que,
em conjunto com outros clu-
bes, como por exemplo o
Fayal Sport, a partir da sua
fundação, organizava festivais
náuticos, provas e enquadrava
o que existia; e o que existia
era muito à volta de embarca-
ções tradicionais de boca
aberta que andavam à Vela”.
E acrescenta: “A decisão do
Estado Novo em extinguir a
Liga num plano geral, levan-
tou alguns problemas, porque
certas Juntas Distritais e Lo-
cais detinham património”.
portância, por-
que incluía uma
embarcação
cabinada, de
vela, construída
em Santo Ama-
ro do Pico, em
1938, conheci-
da como a Chalupa
da Liga, de nome “Ilha Azul”, e
que era a peça principal; havia
também outras pequenas
embarcações e meios e ainda
uma biblioteca não muito
grande”. Uma vez que o “Ilha
Azul” tinha sido construído
para a prática de desportos
náuticos, a lógica era que con-
tinuasse a sua missão.
Por esta ordem de ideias e
algumas vontades, nasce o
Clube Naval da Horta, oficial-
mente criado a 26 de Setem-
bro de 1947, a quem é entre-
Parabéns ao CNH,
que comemora 67
anos de Vida, mas
poderiam ser mais
de 100
Presidentes CNH desde 1947 1947/49 – Cmdt. Manuel Melo Car-valho
1949/50 – Sr. José Augusto Carreiro
1950/52 – Eng.º Manuel Ribeiro da Silva
1952/53 – Dr. José Estevão da Silva Azevedo
1953/55 – Sr. Eduíno Labescat da Silva
1955/58 – Eng.º Manuel Ribeiro da Silva
1958/60 – Eng.º José da Silva Duarte
1960/61 – Dr. Manuel Alexandre Madruga
1961/63 – Dr. José Pereira de Freitas
1963/65 – Dr. Ângelo Leal da Costa
1965/67 – Sr. Eurico Garcia de Castro e Silva
1967/69 – Eng.º Olavo Cardoso Pei-xoto de Simas
1969/73 – Dr. António Francisco Lopes da Silva
1973/76 – Sr. Luís Fernando Gonçal-ves da Rosa
1976/78 – Eng.º Mário Belchior Ávila Gomes
1978/80 – Sr. Luís Fernando Gonçal-ves da Rosa
1980/82 – Sr. Vítor José de Freitas Azevedo
1982/84 – Sr. João Resendes Neves Corvelo
1984/89 – Dr. Luís Carlos Bicudo Decq Mota
1989/90 – Sr. Renato Soares de La-cerda Azevedo
1990/92 – Sr. Aurélio de Freitas Melo
1992/96 – Dr. Manuel Fernando Ramos Vargas
1996/01 – Sr. José Eduardo Bicudo Decq Mota
2001/03 – Sr. Carlos Manuel Castro Goulart
2003/05 – Sr. Genuíno Alexandre Goulart Madruga
2005/07 – Sr. João Pedro Terra Gar-cia
2008/10 – Eng.º Hugo Miguel Ferrei-ra Teixeira Pacheco
2010/12 – Dr. Fernando Manuel Machado Menezes
2012/actualidade – Sr. José Eduardo Bicudo Decq Mota
gue o espólio acima referido.
“No entanto, nem todos co-
mungavam desta decisão, pois
segundo me contaram alguns
mais antigos, que já não se
encontram entre nós, nessa
altura nem todos os desportis-
tas náuticos faialenses activos
concordaram com esta solu-
ção, a qual teve algo de oficio-
so. A Comissão Instaladora foi
presidida pelo Capitão do Por-
to, o Comandante Melo de
Carvalho, e a maioria dos des-
portistas activos aderiu a esta
solução”, sublinha o actual
Presidente da Direcção do
CNH. E o Clube Naval da Horta
começa a funcionar, primeira-
mente seguindo o papel que
era desempenhado pela Liga
Naval em anos anteriores.
“Em 1947 e anos seguintes, a
actividade não era muito in-
tensa, porque em 1941/1942
tinha havido um ciclone e
muitas embarcações de re-
creio tinham-se perdido e,
também, porque a economia
vivia ainda muito subjugada às
condicionantes da Guerra”,
recorda José Decq Mota. Em
Dezembro de 1947, uma parte
das instalações do Castelo de
Santa Cruz – não havia ainda a
Estalagem – foi cedida ao
CNH.
Este dirigente recorda-se de o
Castelo ter um piquete militar
porque tinha uma bateria de
salvas. Os armazéns da zona
Norte e um escritório que
havia em cima foram cedidos
ao Clube, e durante toda a
década de 50, até ao início da
construção da Estalagem de
Santa Cruz, na década seguin-
te, o CNH esteve ali sedeado.
Dispunha de armazéns para os
seus equipamentos, de uma
secretaria, uma sala de reuni-
ões e um espaço, que era a
parada do Castelo, que no
Verão funcionava como espla-
nada de cinema, sendo con-
cessionada a quem projectava
filmes no Faial, e havia algu-
mas empresas locais nesse
ramo. Essa actividade cinema-
tográfica rendia uma receita
regular ao Clube, o qual entra
numa crise “prolongada e
séria” quando o Estado lhe
retira o Castelo de Santa Cruz
sem ter encontrado verdadei-
ras alternativas. “Lembro-me
de que nos anos 60 foi cedida
ao CNH uma barraca, que ti-
nha sido posto da Guarda Fis-
cal, e um outro barracão de
madeira, onde funcionou a
sua sede, mas em situações
muito precárias, sem vida as-
sociativa propriamente dita. A
actividade era apenas dos que
tinham embarcações e anda-
vam à Vela e os snipes que o
Clube tinha, o que era sinóni-
mo de uma vida reduzida”,
sublinha José Decq Mota. Nes-
sa altura foi recuperado, por-
que entretanto se tinha degra-
dado, o “Ilha Azul”.
José Decq Mota é o actual
Presidente da Direcção do
CNH, uma casa que conhe-
ce bem
Fotografias de: Cristina Sil-
veira
Nos anos 70, quando foram
cedidas ao Clube as instala-
ções onde hoje funciona o
Centro de Formação de Des-
portistas Náuticos, e que era o
Quartel dos Remadores da
Alfândega, o pulsar desta ins-
tituição melhorou substancial-
mente. Esta cedência primeiro
foi feita a título precário e
depois a título mais definitivo.
Para esta melhoria também
contribuiu o facto de algumas
pessoas terem adquirido bar-
cos e de o Clube possuir al-
gum equipamento próprio.
No tempo do Estado Novo, a
formação nos desportos náuti-
cos estava completamente
controlada pelo Governo, ten-
do sido entregue à Mocidade
Portuguesa, detentora dos
Centros de Vela. Após o 25 de
Abril, essa instituição e res-
pectivo património foi entre-
gue à Direcção Geral dos Des-
portos, e com a consagração
da Autonomia nos Açores pas-
sou a ser responsabilidade da
Direcção Regional dos Despor-
tos.
O Governo Regional cedo de-
cidiu transferir essa formação
e respectivo património para
os Clubes, mas a execução
dessa deliberação só aconte-
ceu nos fins dos anos 80. O
primeiro Clube a receber a
formação nos Açores foi o de
Ponta Delgada, em
1987/1988, e logo a seguir o
da Horta. Actualmente, toda a
formação a nível regional e
nacional é feita pelos clubes,
“o que lhes conferiu outra
estrutura e dimensão”.
As actuais instalações apare-
cem no fim dos anos 80, início
dos 90. “A partir de meados
dos anos 80 pode dizer-se que
o Clube Naval da Horta vai
numa linha de estabilidade, mas com cresci-
mento, e esse crescimento é medível atra-
vés de indicadores como o aumento do nú-
mero de sócios, da receita, de funcionários,
etc”, realça o actual Presidente. Refira-se
que nos anos 80, o CNH tinha um único fun-
cionário: o encarregado de armazém. A par-
tir de 1992/1993 passa a ter um funcionário
administrativo e um encarregado de arma-
zém, o que se manteve durante bastantes
anos, e hoje tem vários, como se sabe.
O Clube Naval da Horta diferencia-se pela
sua estabilidade, mas com uma notória li-
nha de crescimento. Para este dirigente,
“transformou-se numa instituição que é, no
plano desportivo, social e cultural, de funda-
mental importância para esta Terra e para
este Porto”.
José Decq Mota frisa que “as ligações ao
iatismo internacional são muito aprofunda-
das e consolidadas nos anos 70, quando
passavam pelo Faial muito menos barcos do
que hoje, mas com a particularidade de já
passarem muitos estrangeiros e o Clube
Naval da Horta era, em paralelo ao Peter,
um pouco o embaixador deles na ilha”.
Nos anos 80 assiste-se a um outro fenóme-
no: “os faialenses, e outras pessoas cá resi-
dentes, começaram a adquirir, em segunda
mão e em mercado de ocasião, barcos de
cruzeiro, o que foi gerando convívio entre
os de cá e os estrangeiros”. Na base desse
estreitar de laços com os “aventureiros”
esteve a formação da Semana do Mar, des-
de há vários anos o maior Festival Náutico
do país.
O Clube Naval da Horta foi declarado pessoa
colectiva de Utilidade Pública, por resolução
nº 151/89, publicado no Jornal Oficial da
Região Autónoma dos Açores, I Série Nº 49,
a 5 de Dezembro de 1989.
Entidade de Utilidade Pública (EUP), é uma organização (associação ou fundação) orien-tada para fins de interesse geral e que pres-ta serviços, de maneira desinteressada, à sociedade.
COMO TUDO COMEÇOU
CNH: o sucessor da Junta Local da Liga Na-
val Portuguesa
No princípio do século XX existiu em Portu-
gal uma instituição eminentemente patrióti-
ca, cujo ideário era promover as actividades
marítimas em todas as suas vertentes e cha-
mar a atenção da Nação Portuguesa para o
facto de o poder marítimo conseguir influ-
enciar as nações e proclamar que no mar
está o futuro de todas as pátrias: a Liga Na-
val Portuguesa (LNP). Não é descabido, nu-
ma altura em que as actividades relaciona-
das com o mar foram quase proscritas em
Portugal, relembrar o que um grupo de por-
tugueses se propuseram realizar a bem do
País e da Marinha, embora por um período
de tempo muito curto, já que a mudança de
governo e de pensar político pôs fim aos
seus intentos.
O movimento das ligas navais no mundo
tinha como base a obra do Capitão Mahan,
“The influence of sea power upon his-
tory” (“A Influência do Poder Naval na Histó-
ria”), que foi traduzida para diversas línguas.
Nos Açores, a primeira Junta Local da Liga
Naval foi criada em Ponta Delgada e depois
na Horta. Com a extinção da LNP, o Clube
Naval da Horta aparece e passa a desempe-
nhar a papel da Liga, tendo mesmo recebido
o espólio desta. Assim sendo, é defensável
que esta instituição estivesse agora a assina-
lar mais de um século de vida, como regista
o congénere de Ponta Delgada.
O extinto jornal “O Telégrafo” publicou,
desde Julho a Dezembro de 1903, diversa
informação relacionada com a Liga Naval
Portuguesa e a sua implantação na cidade
da Horta, incluindo os Estatutos, que foram
sendo divulgados, gradualmente, ao longo
destes meses.
A Liga Naval e a Monarquia
No princípio do século passado havia várias
ligas navais no mundo e o número de sócios
das mais importantes eram os seguintes:
Alemanha: 1. 018. 500
Brasil: 40. 000
Inglaterra: 30. 000
Espanha: 16. 000
Portugal: 6. 500
Rússia: 3. 000
Bélgica: 1. 000
Se compararmos a população absoluta da-
queles países, à época, com a de Portugal,
verificamos que só a Liga Naval Alemã su-
plantava Portugal. Pelos vistos, os portugue-
ses do princípio do século XX, talvez seguin-
do o exemplo dos monarcas da época, que
eram grandes entusiastas e praticantes dos
misteres do mar, interessavam-se pelas coi-
sas do mar, a avaliar pelo número de sócios
da Liga Naval Portuguesa.
Embora formada no começo do século XX, a
LNP só viu os seus estatutos aprovados co-
mo uma Instituição de Utilidade Pública
pelos decretos de 31/01/1906 e
17/03/1914. A sua sede funcionava no nú-
mero 29 do Largo do Calhariz, no Palácio
Palmela, e era constituída por 10 conselhos
regionais, 62 juntas locais e 525 comissões
defensoras da pesca fluvial. Era uma institui-
ção poderosíssima, com uma máquina de
propaganda bem orquestrada, que se esten-
dia a todo o território português, desde Por-
tugal a Timor, veiculada pelos altos funcio-
nários e todos os portugueses que cumpri-
am comissões de serviço nos então territó-
rios portugueses. A Monarquia protegia a
Liga, fazendo dela uma instituição do impé-
rio e concedendo-lhe um subsídio anual de
5 contos de réis, que lhe foi retirado pelo
Governo da 1ª República. Não é de admirar,
porque as repúblicas nunca fizeram muito
pelas actividades marítimas, com excepção
da 2ª. República, com o Despacho do Minis-
tério da Marinha, de 10/08/1945, conhecido
pelo Despacho nº 100.
O financiamento da LNP
A Liga Naval Portuguesa sobrevivia com um
subsídio, atribuído pela Monarquia, de 5
contos de réis, a que se somavam as quotas
dos seus sócios, sendo que cada sócio con-
tribuinte pagava 500 réis mensalmente. Este
rendimento dava para custear:
- Despesas de criação e conservação do 1º
Museu Nacional de Marinha (que funcionou
provisoriamente na sede da Liga, embora
tivesse em vista a sua instalação em edifício
próprio), onde se conservavam, entre outras
coisas, as colecções oceanográficas do Se-
nhor D. Carlos de Bragança, rei artista, oce-
anógrafo e grande protector das actividades
marítimas. Na carta de lei de 9 de Setembro
de 1908 destinaram-se verbas para o início
da construção e manutenção de um edifício
próprio para o Museu Nacional de Marinha,
que foram confirmadas por decreto de 16 de
Dezembro de 1909, mas as verbas que foram
depositadas na Caixa Geral de Depósitos
(CGD) para aquele efeito, nunca foram en-
tregues à Liga.
- Despesas da Escola de Pilotagem e Arma-
mentos Marítimos de Lisboa que, na primei-
ra década do século XX, abriu os seus cursos
com 80 alunos, de onde saíram muitos Ofici-
ais para a Marinha Mercante Portuguesa.
- Subsídio anual concedido à Société des
Oeuvres de Mer, como sócia fundadora, para
prestar serviços de apoio aos nossos pesca-
dores dos bancos da Terra Nova, através do
seu navio hospital.
- Subsídio, por indicação do Comité Portu-
guês de Direito Marítimo, instalado na sede
da Liga, ao Comité Internacional de Antuér-
pia, que se ocupava da unificação do Direito
Comercial Marítimo, tendo Portugal obtido
através desta iniciativa grande destaque no
Comité Internacional de Antuérpia.
- Publicação de importantes obras de propa-
ganda marítima.
- Publicações da Biblioteca da Liga Naval,
única biblioteca de instrução técnica maríti-
ma para formação dos alunos da Escola de
Pilotagem.
- Publicação do Boletim Marítimo da Liga.
- Serviços de expediente relativos à sua mis-
são de propaganda, juntas locais e comissões
defensoras das pescarias.
Os sócios, além da quota mensal, sem jóia
ou outros encargos, tinham direito a desfru-
tar das instalações da Liga, onde podiam
consultar obras, revistas e diversas publica-
ções relacionadas com o mar e de carácter
geral, usar as salas de convívio, jogo de vaza,
ginásio, (onde se praticava a ginástica respi-
ratória, pedagógica e médica), esgrima e
bilhar.
Havia sedes dos conselhos regionais e juntas
locais no continente, ilhas e colónias, cujas
instalações estavam vocacionadas para in-
crementar as actividades marítimas.
Na senda do Movimento Sea Power
A Liga Naval Portuguesa tinha em vista a
realização de uma série de conferências su-
bordinadas ao estudo dos grandes proble-
mas nacionais, estudo da questão social rela-
cionado com os trabalhadores do mar.
Em 1903, a Liga Naval realizou o 1º Congres-
so Marítimo Nacional, que foi um sucesso,
tendo germinado um plano de acção “para
seguimento da evolução futura do progresso
marítimo nacional”.
Após o congresso, uma das primeiras acções
foi na área da pesca do bacalhau: acabar
com o monopólio que só permitia a 12 navi-
os portugueses pescarem nos bancos da
Terra Nova. Foi levantado um inquérito so-
bre as condições em que aquela pesca se
estava a processar e em 1913 já pescavam
nos bancos da Terra Nova 44 navios, que
empregavam 1. 400 tripulantes e geravam
uma receita de 650 contos.
Toda a dinâmica da Liga apontava para o
ressurgimento “de um Portugal Marítimo,
forte e glorioso”.
Do 1º. Congresso da LNP saiu uma directiva
no sentido de conglomerar a melhor elite
intelectual do país e todos os que estivessem
ligados às actividades marítimas, de modo a
formar uma sinergia impulsionadora do
“Movimento Sea-Power”. Os desportos náu-
ticos não foram esquecidos, assim como a
educação física, o remo a vela e a natação.
Ainda neste congresso foi ponderada a regu-
lamentação das regatas de remo mas não se
chegou a qualquer conclusão. Também foi
proposto no 1º. Congresso associar os vários
clubes de vela numa Federação sem resulta-
dos concludentes, antes pelo contrário, a
maior parte dos clubes não se interessou e
houve outros que se opuseram.
A Federação Portuguesa de Vela viria a cons-
tituir-se em 1927.
Em 1904, a Liga promoveu o Congresso Naci-
onal de Pescarias, em Viana do Castelo, ten-
do excedido todas as expectativas, e tendo
dele saído o fomento da piscicultura com o
repovoamento dos rios do Norte do País e a
dinamização da indústria da pesca.
Foi criada a estação aquícola do Ave, e a Liga
importou dezenas de milhar de ovos de pei-
xe para repovoamento dos rios do Norte do
país. O povo foi educado, com a colaboração
dos municípios, a respeitar as épocas de de-
feso e a riqueza piscícola dos rios.
Foram criadas 525 comissões defensoras do
meio aquático e estabelecido um corpo de
1.700 guarda-rios, para controlo dos vânda-
los.
A Liga promoveu uma exposição de oceano-
grafia, na Sociedade de Geografia, a exposi-
ção de aprestos marítimos, em Viana do Cas-
telo, e a exposição de peixe seco, em Cabo
Verde.
A importância da LNP
Ao nível internacional, a Liga filiou-se na As-
sociation Internationale de la Marine (AILM)
com o fim de acompanhar o movimento ma-
rítimo internacional.
Além de estar representada em congressos
realizados em Copenhaga e Nantes, manteve
protocolos de intercâmbio com várias ligas
navais de outros países.
A Liga, com a sua influência e como resulta-
do da sua filiação na AILM, realizou na capi-
tal portuguesa o Congresso Marítimo Inter-
nacional de Lisboa, organizado pela Associa-
tion Internationale de la Marine, com o
apoio do governo português, e nele foi no-
meado Secretário-Geral Adjunto daquela
associação, o Secretário Perpétuo da Liga
Naval Portuguesa, António Pereira de
Mattos. A Liga incentivou o aperfeiçoamento
da instrução profissional da Armada e insti-
tuiu prémios anuais para os vencedores de
torneios de luta de tracção, regatas de esca-
leres de dez remos e lançamento de torpe-
dos por torpedeiros.
Para incitar os portugueses, indiferentes
pelas coisas do Mar, promoveu um festival
marítimo de grande envergadura com a pre-
sença de várias embarcações e navios de
ambas as marinhas, ao largo de Cascais, no
dia 13 de Outubro de 1907, que constou de
desfile das embarcações e navios em presen-
ça, evolução de torpedeiros, lançamento de
minas e experimentação de um novo torpe-
do auto-propulsionado, pela canhoneira-
torpedeira “TEJO”, tendo como alvo o
“Pedro Nunes”, que não era nem mais nem
menos do que o famoso clipper inglês
“Thermopylae”.
O “Thermopylae” era o célebre navio da
carreira do chá, detentor de vários recordes
e que só uma única vez foi batido por outro
famoso clipper, o “Cutty Sark”, numa viagem
de regresso da China, demorando este 108
dias e o “Thermopylae” 127 dias. O
“Thermopylae” foi depois comprado pela
Armada Portuguesa e nomeado “Pedro Nu-
nes”. Após ter servido como navio-escola de
treino de vela, foi abatido ao serviço e utili-
zado como pontão de carvão. Infelizmente,
no dia 21/05/2007, pelas 04:46, os serviços
de emergência britânicos recebiam uma
chamada de um cidadão britânico comuni-
cando que a “Cutty Shark” estava a arder,
parecendo um braseiro. Quase ficou destru-
ída, após 138 anos de glória.
O que restou do orgulho marítimo
Ainda voltando às actividades da Liga, esta
concedia subsídios aos marítimos pela per-
da de embarcações e aprestos marítimos,
durante as crises de miséria, devido à im-
praticabilidade dos seus misteres durante os
meses de Inverno.
Criou a Caixa de Socorros a Marítimos Inváli-
dos, com o regulamento aprovado em 16 de
Dezembro de1904.
Após a queda da Monarquia, sem o subsídio
anual atribuído pelo governo, os êxitos e as
iniciativas da Liga foram-se desvanecendo. A
25 de Maio de 1914, da reunião do seu cor-
po directivo saiu um manifesto dirigido ao
povo português, solicitando auxílio financei-
ro e apelando a que não deixasse extinguir a
Liga, pois que o grande projecto em que a
Liga seria o intermediário entre o governo e
a classe marítima, ficaria por realizar.
O grande projecto contemplaria:
- Educação da população sea-working;
- Instituição do crédito marítimo, que deve-
ria libertar os pescadores da garra dos agio-
tas;
- Instituição do seguro mútuo para embar-
cações e engenhos de pesca;
- Criação de albergues marítimos;
- Instituição oficial da Caixa de Pensões a
Marítimos Inválidos;
- Criação de um fundo de propaganda e
socorros a marítimos;
- Instalação de um Museu Nacional de Mari-
nha em edifício próprio, adaptado às exi-
gências da representação nacional, no porto
de Lisboa.
Todo este empenhamento e trabalho insano
acabaram por soçobrar, por falta de apoio
do governo português da época.
Num país com 850 km de costa continental
e com uma Zona Económica Exclusiva (ZEE)
de 1.6×106 km2, a maior da Europa e uma
das maiores do Mundo, com bacias fluviais
vastíssimas, com aptidão para se desenvol-
verem as mais variadas actividades nas di-
versas valências marítimas, não se compre-
ende por que não se tenham aproveitado
estas sinergias num país em crise, com difi-
culdade de gerir uma economia sustentada.
Nesta sequência de raciocínio convém refe-
rir que no âmbito da Convenção das Nações
Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM),
estão em curso estudos e levantamentos
oceanográficos de modo a provar o direito
de Portugal a reclamar o alargamento da
sua plataforma continental, contigua à ZEE,
e que segundo estimativas da Estrutura de
Missão para a Extensão da Plataforma Con-
tinental (EMEPC) poderá andar à volta de
1×106 km2, tornando-se Portugal no país
com a maior jurisdição marítima do Mundo.
O desprezo pelas coisas do Mar, em Portu-
gal, parece endémico. Quem sabe um con-
junto de patriotas consiga congregar todos
os representantes das actividades marítimas
num grupo de pressão, para levar o Gover-
no Português a repensar a Política de Mar,
colaborando e encontrando soluções que
permitam uma Economia Marítima Portu-
guesa sustentável. É urgente despertar a
consciência dos portugueses para as coisas
do mar e desenvolver o potencial que este
recurso pode proporcionar à Nação Portu-
guesa.
Portugal é uma Nação Marítima pela sua
história e pela sua situação geográfica.
Na época dos descobrimentos fomos os
primeiros e, tão poucos, conseguiram fazer
tanto.
(Esta informação relativa à Liga foi reti-
rada da Revista do Clube dos Oficiais
da Marinha Mercante, Nº 84, referente
a Janeiro/Fevereiro de 2008, cujo arti-
go é assinado por Joaquim Bertão Sal-
tão).
26 setembro de 1947
O Clube Naval da Horta, na sua
formação actual, foi constituído a
26 de Setembro de 1947.
“Contudo, durante toda a primeira
metade do século XX havia des-
portos náuticos no Faial, com algu-
ma intensidade, desenvolvidos por
bastantes nacionais e também por
estrangeiros que viviam cá,
nomeadamente pessoas que tra-
balhavam nas Companhias de
Cabos Submarinos, instaladas na
cidade da Horta”, explica José
Decq Mota.
No tempo do Estado Novo, a
formação nos desportos náuticos
estava completamente controlada
pelo Governo, tendo sido entregue
à Mocidade Portuguesa, detentora
dos Centros de Vela. Após o 25 de
Abril, essa instituição e respectivo
património foi entregue à Direcção
Geral dos Desportos, e com a
consagração da Autonomia nos
Açores passou a ser responsabi-
lidade da Direcção Regional dos
Desportos.
A notícia de que o Castelo de Santa Cruz ia ser utilizado como sede do CNH veio no jornal “O Telégrafo”, de 17 de Dezembro de 1947, conforme se pode ler
A notícia de que o Castelo de Santa Cruz ia ser utilizado como sede do CNH veio no jornal “O Telégrafo”, de 17 de Dezembro de 1947, conforme se pode ler
A 26 de Agosto de 1947 “O Telégrafo” noticiava “A cerimónia de baptismo das embarcações do Centro da Mocidade Portuguesa”. A notícia foi publicada em 2 páginas
A 26 de Agosto de 1947 “O Telégrafo” noticiava “A cerimónia de baptismo das embarcações do Centro da Mocidade Portuguesa”. A notícia foi publicada em 2 páginas
Na edição de 4 de Julho de 1903, “O Telégrafo” informava que neste dia começava a publicar alguns extractos dos Estatutos da Liga Naval Portuguesa, como se pode constatar pela leitura do jornal
Na edição de 4 de Julho de 1903, “O Telégrafo” informava que neste dia começava a publicar alguns extractos dos Estatutos da Liga Naval Portuguesa, como se pode constatar pela leitura do jornal
No jornal do dia 8 de Julho de 1903, são descritos, com pormenor, os Corpos Gerentes da Liga e o
seu funcionamento no reino e nas ilhas
A 9 de Julho de 1903, o jornal local “O Telégrafo” dava conta da existência da Junta Local da Liga
Naval Portuguesa na Horta
Campeonato do Mundo das Classes Olímpicas,
O EVENTO
Rui Silveira satisfeito
com resultado alcan-
çado no Campeonato
do Mundo das Clas-
ses Olímpicas, em
Santander: “Consegui
os meus objectivos
que eram ficar no
Grupo de Ouro e apu-
rar Portugal para os
Jogos Olímpicos de
2016”
Caso haja dinheiro, o
passo seguinte é ir à
China, daqui a 2
semanas, a fim de
participar na World
Cup, regata que per-
mitiria subir no Rank-
ing Mundial e sonhar
com a Finalíssima, no
Dubai, este mês de
Dezembro.
Os resultados alcan-
çados no Campeona-
to do Mundo das
Classes Olímpicas
2014, que decorreu
em Santander, são
sinal de que o inves-
timento em Rui Silvei-
ra é garantido e deve
ser reforçado
O atleta da Classe Laser Standard
do Clube Naval da Horta (CNH),
Rui Silveira, alcançou excelentes
resultados no Campeonato do
Mundo das Classes Olímpicas,
que decorreu de 12 a 17 do cor-
rente, em Santander, no Norte
de Espanha, tendo mesmo sido o
português mais bem classificado.
Além de ter ficado no Grupo de
Ouro, o velejador faialense con-
seguiu ainda
apurar Portugal
para os Jogos
Olímpicos
2016, do Rio de
Janeiro, no
Brasil.
Rui Silveira
ficou em 39º
lugar na geral
e, apesar de estar “satisfeito”
com a sua prestação, considera
que as finais lhe podiam ter cor-
rido ainda melhor. “Tinha sido
bom não ter passado tantas difi-
culdades nas finais, que foram
provocadas pelo vento incons-
tante, que fez com que tenha
passado muitas horas de espera
dentro da água. Além disso, o dia
de descanso (16) contribuiu para
que eu tenha perdido um pouco
o ritmo com que vinha dos dias
anteriores”, afirma o atleta do
CNH.
Neste projecto de notório suces-
so, há ainda a realçar o contri-
buto dado pelo treinador Gon-
çalo Carvalho, a quem Rui
Silveira dirige palavras de re-
conhecimento, salientando
que o seu apoio foi
“fundamental”.
Este faialense agradece ainda
o apoio da casa que represen-
ta, o Clube Naval da Horta,
bem como do Governo Regio-
nal dos Açores e da Câmara
Municipal da Horta. E frisa:
“Os resultados alcançados
demonstram bem que o inves-
timento que tem vindo a ser
feito em mim e no projecto
que pretendo levar até ao fim,
está a ter retorno, sendo me-
recedor da continuidade des-
se apoio, cada vez mais neces-
sário, por forma a que possa
alcançar os desígnios a que
me propus, onde está sempre
presente a divulgação da mi-
nha Terra”.
O esforço é do atleta, dentro e fora
da água, mas as boas energias e o
calor humano são uma parte igual-
mente muito importante. Por isso,
Rui Silveira endereça também pala-
vras de agradecimento a todos
aqueles que, de diversas formas,
manifestaram o seu apreço e rego-
zijo pelo feito alcançado, o qual é
partilhado com todos os que o aca-
rinham.
O velejador ainda se
encontra em terras
espanholas, mas
dentro de alguns
dias regressa a Por-
tugal. Neste mo-
mento encontra-se
em cima da mesa a
possibilidade de Rui
Silveira ir à China, a
fim de participar na World Cup,
uma regata que acontece daqui a 2
semanas e que permitiria a este
velejador subir o máximo possível
de lugares no Ranking Mundial. A
concretizar-se este grande objecti-
vo, o atleta do Clube Naval da Hor-
ta poderia sonhar com a Finalíssi-
ma, prova que irá realizar-se em
Dezembro próximo, no Dubai, onde
apenas estarão os 25 melhores,
além de velejadores convidados.
No entanto, tal poderá não passar
de um grande desejo, uma vez que
se colocam entraves de natureza
financeira.
EDP – X Campeonato Nacional de Infantis e Iniciados
O EVENTO
“Resultado final dos
velejadores do CNH é
aceitável, mas ficou
por mostrar um pouco
mais das suas capac-
idades”, afirma o
Treinador Duarte
Araújo
A participação neste
Campeonato permitiu
aos velejadores do
CNH ganhar ex-
periência e contacto
com frotas grandes
Durante 3 dias esti-
veram em Prova 103
barcos
Decorreu de 5 a 7 do corrente,
em Tróia, entre a Praia da Galé e
a Praia do Bico das Lulas, o EDP -
X Campeonato de Portugal de
Infantis e Iniciados, cujos repre-
sentantes dos Açores foram os
velejadores do Clube Naval da
Horta (CNH)
Lucas Silva,
Bernardo
Melo e Ri-
cardo Henri-
ques.
Os atletas fizeram-se acompanhar pelo Treinador de Vela Ligeira do CNH, Duarte Araújo.
Este Campeonato foi uma inicia-
tiva da Federação Portuguesa de
Vela em conjunto com a Associa-
ção Regional de Vela do Centro e
em co-organização com o Clube
de Vela do Barreiro, que contou
com o patrocínio da EDP e o
apoio da Fidelidade Mundial e da
Marina de Tróia.
A comitiva faialense regressou à
Horta esta semana. Aqui fica o
balanço final da participação
desportiva da equipa do Clube
Naval da Horta neste Nacional de
Optimist, feito pelo Treinador
Duarte Araújo:
“Os velejadores partiram do Faial
para participar no Campeonato
Nacional depois de se terem sa-
grado Campeões Regionais numa
prova realizada nas Lajes do
Pico. Encontraram uma frota
de 103 barcos divididos em
duas, sendo que a deles tinha
72 velejadores. Depois de te-
rem começado o Campeonato
com 3 largadas adiantadas, o
Bernardo vol-
tou atrás e
largou legal-
mente, mas em
último, tendo
terminado essa
regata na 40ª
posição. Os restantes foram
apanhados fora e não foi o
melhor começo para esta
competição nacional. A pri-
meira regata era logo para
descartar. Na segunda regata,
os velejadores largaram me-
lhor, mas os resultados não
foram os desejáveis.
No segundo dia, após várias
horas no mar, entre voltar a
terra e ficar no-
vamente à espe-
ra de vento, aca-
bou por não se
conseguir realizar
mais nenhuma
regata. Como tal,
foi um dia extre-
mamente cansa-
tivo para todos e sem nenhu-
ma regata realizada. No últi-
mo dia, o vento apareceu, mas
apenas no limite da realização
de regatas, com muita corrente,
pouco vento e uma frota enorme. O
Lucas não conseguiu largar bem e
ficou preso na linha de largada; já o
Bernardo conseguiu sair bem da
linha e fazer uma bela regata. O
Ricardo foi sempre a melhorar a
cada regata, conseguindo surpreen-
der pela sua concentração e vonta-
de.
O resultado final dos velejadores do
Clube Naval da Horta é aceitável.
No entanto, ficou por mostrar um
pouco mais das suas capacidades e
espera-se que, com mais alguma
experiência e treino, consigam me-
lhorar bastante as classificações”.
Fotografias cedidas por: Duarte
Araújo
Regata Lorient Horta Solo LARGA DA HORTA
A ilha do Faial recebeu este mês uma nova Regata Internacional de Vela de Competição: a Lorient - Horta Solo.
Nesta 1ª edição participam 20 veleiros da Classe Figaro-Bénéteau, prova que integra o calendário do Campeonato de
Elite de Voile au Large da Federação Francesa de Vela.
Esta competição encerra o Campeonato de Elite de França de provas ao largo, em Solitário, aspecto que reforça
ainda mais a importância da Horta no contexto da Vela mundial e a sua natural apetência (bem como das suas gen-
tes) para o iatismo.
Esta nova Regata Internacional de Vela de Competição, que passará a disputar-se de 2 em 2 anos, está ligada ao
jornal Le Figaro, o que é sinónimo de uma elevada mediatização, facto que será muito vantajoso para a promoção do
Faial fora de portas.
De salientar que Lorient é a cidade responsável pela organização, em 2015, da etapa francesa de maior com-
petição de Vela à volta do mundo: a Volvo Ocean Race.
Em termos portugueses, a Organização está a cargo do Clube Naval da Horta e da Portos dos Açores, S.A., con-
tando esta Regata com o apoio da Câmara Municipal da Horta e da Direcção Regional de Turismo.
O EVENTO
Esta competição encerra o
Campeonato de Elite de
França de provas ao largo,
em Solitário, aspecto que
reforça ainda mais a im-
portância da Horta no con-
texto da Vela mundial
Regata no Canal Faial –Pico a bordo dos Figaros
Lorient Horta Solo
Clube Naval da Horta ofereceu passeio e almoço aos Tripulantes e Organização da Regata “Lorient Horta Solo”
O Clube Naval da Horta (CNH) pre-
parou uma recepção destinada aos
Tripulantes e Organização da Rega-
ta “Lorient Horta Solo”, que saiu de
França no dia 6 deste mês com des-
tino ao Faial. Como tal, esta terça-
feira, dia 16, ofereceu um passeio
pela ilha e o almoço no Varadouro a
todos aqueles que estão envolvidos
nesta Regata e que se encontram
actualmente na Horta.
De acordo com o Presidente da Di-
recção do Clube Naval da Horta,
José Decq Mota – também partici-
pante neste programa – cerca de 38
pessoas visitaram vários pontos da
ilha do Faial, incluindo o Centro de
Interpretação do Vulcão dos Capeli-
nhos, e conviveram durante o almo-
ço.
Fotografias cedidas por: José Decq
Mota
Tripulantes e Organização da Regata “Lorienta Horta Solo” apreciaram a beleza da ilha do Faial e a sim-
patia dos seus anfitriões
O Varadouro foi escolhido para almoçar e conviver
Na Cerimónia de Entrega de Prémios: Organização francesa da Re-gata “Lorient – Horta Solo” elogia o trabalho do Clube Naval da Horta como um importante parceiro
Chegada ao pontão do 1º iate – etapa:
Horta/Lorient
Chegada ao pontão do 2º iate – etapa:
Horta/Lorient
Parte da frota na manhã seguinte à che-
gada, a França
Chegou de França no fim de Setembro, o Pre-
sidente da Direcção do Clube Naval da Horta
(CNH), José Decq Mota, na sequência do con-
vite formulado pelas entidades francesas or-
ganizadoras da Regata da Classe Figaro-
Bénéteau “Lorient - Horta Solo”, para estar
presente na chegada da etapa Horta/Lorient
e participar na Cerimónia de Entrega de Pré-
mios desta competição, que decorreu no dia
28 do último mês.
José Decq Mota sublinha, a propósito, que
“esta Regata foi um sucesso desportivo”, ape-
sar do percalço meteorológico, que obrigou à
neutralização da 1ª etapa: Lorient/Horta. De
salientar que esta competição encerrou o
Campeonato de Elite de França de provas ao
largo, em Solitário, tendo, portanto, definido
o campeão da Federação Francesa de Vela da
Classe Fígaro.
Para o Presidente da Direcção do CNH, “este
evento constituiu igualmente um sucesso
para o Clube Naval da Horta”. E frisa:
“Tratando-se de uma regata em fim de época,
trouxe grande animação e movimento à Mari-
na da Horta, consolidando o papel da ilha do
Faial, da sua cidade e marina, nos circuitos da
Alta Competição à Vela”.
Da comitiva faialense fazia também parte
representantes da Câmara Municipal da Hor-
ta (CMH) e da Portos dos Açores, SA – que
integram a Comissão Náutica Municipal –
instituições que foram elogiadas no âmbito
da Organização faialense desta Regata.
“Deu para perceber o alto conceito que têm
do nosso trabalho, enaltecendo os aspectos
Técnicos, os Serviços de Secretariado e a Or-
ganização Técnica da partida”, realça José
Decq Mota, acrescentando que isso mesmo
foi afirmado pelo Maire de Lorient, o Presi-
dente da Associação Lorient Grand Large,
bem como o Presidente do Clube Náutico de
Lorient. “Todos eles deram grande relevo ao
trabalho desenvolvido pelo Clube Naval da
Horta, Câmara Municipal da Horta e Portos
dos Açores, S.A., notando-se a predisposição
para que esta Regata seja realizada neste
calendário, de 2 em 2 anos”, sublinha este
Dirigente, que a esse respeito não tem quais-
quer dúvidas em afirmar: “Vim com a convic-
ção de que em 2016 esta Regata voltará à
Marina da Horta”.
Em termos portugueses, a Organização da
Regata “Lorient - Horta Solo” esteve a cargo
do Clube Naval da Horta e da Portos dos Aço-
res, S.A., contando com o apoio da Câmara
Municipal da Horta e da Direcção Regional de
Turismo.
O Presidente do Clube Naval da Horta destaca
a forma “calorosa” como foi recebido e trata-
do, sustentando que “este Clube é encarado
pelos franceses como um parceiro importante
na Organização desta prova”.
O mais alto responsável pelo CNH apercebeu-
se do “grande esforço, em termos de orienta-
ção e investimento, de muitas entidades no
sentido de canalizar para esta cidade náutica
(Lorient, que tem 5 marinas) a Vela de Alta
Competição”.
José Decq Mota foi testemunha do
“magnífico trabalho” que permitiu reconver-
ter uma antiga base naval de submarinos,
desactivada em 1997, “num espaço enorme e
muito bom para acolher e dar apoio às gran-
des classes de competição, de que são exem-
plos as regatas de 6,50 metros, 40 pés, Fígaro
e outras”.
Neste mesmo espaço foi criada a Cité de la
Voile Éric Tabarly, que constitui uma homena-
gem ao grande navegador francês, mestre da
evolução da Vela nos últimos tempos e o pa-
pel dele nesta modalidade.
Na Grand Large também estão presentes as
principais marcas de acessórios, relacionadas
com o mar. “Ver isto, motiva-nos para conti-
nuar a trabalhar nesta área, ainda mais se
tivermos em conta que a Horta já faz parte
dos circuitos da Vela de Competição”, salienta
o Presidente da Direcção do CNH, que prosse-
gue, dizendo: “Todas estas infraestruturas
revelam um investimento notável e Lorient
tem muito a ver com esta visibilidade enor-
me. Basta dizer, que a Volvo Ocean Race, a
maior competição de Vela à volta do mundo,
tem uma escala nesta cidade de França, a
qual em 2015 é responsável pela organização
da etapa francesa. A Grand Large está a tra-
balhar muito nesta escala, sendo uma grande
aposta”, remata José Decq Mota.
Fotografias de: José Decq Mota
José Silva, Moisés Sousa, José
Armando da Silva e Carlos
Medeiros: a comitiva faialen-
se
Organizado pelo Clube Açoriano
de Pesca Desportiva de Ponta
Delgada, decorreu este fim-de-
semana (dias 20 e 21 – sábado e
domingo) na ilha de São Miguel, o
Torneio Açoriano de Pesca Des-
portiva.
Participaram nas 2 provas (uma
realizada no sábado e a outra no
domingo) 49 pescadores das ilhas
do Faial, São Miguel e Santa Ma-
ria. O vencedor foi Dino Viveiros,
do Clube Açoriano de Pesca Des-
portiva, da ilha de São Miguel.
A Secção de Pesca do Clube Naval
da Horta (CNH) fez-se representar
por 4 pescadores; José Silva, que
ficou em 3º lugar; José Armando
Silva, classificado na 7ª posição;
Carlos Medeiros, em 8º lugar e
Moisés Sousa, na 32ª posição.
A Entrega de Prémios decorreu na
noite do último domingo (dia 21),
tendo a comitiva faialense regres-
sado a casa na tarde desta segun-
da-feira, dia 22. Os pescadores
faialenses gostaram muito de ter
José Silva, José Armando Silva, Carlos Medeiros e Moisés Sousa, da Secção de Pesca do CNH, participaram no Torneio Açoriano de Pes-ca Desportiva, em São Miguel
Pesca
Desportiva
O vencedor foi Dino Viveiros,
do Clube Açoriano de Pesca
Desportiva de Ponta Delga-
da, tendo José Silva, do
CNH, ficado no 3º lugar do
pódio
participado neste evento, tendo apreciado o convívio e a troca de experiências. De sali-
entar o facto de, como sempre, terem sido muito bem recebidos pelo clube anfitrião:
Clube Açoriano de Pesca Desportiva de Ponta Delgada.
Um dos pontos altos destas iniciativas é o convívio
Fotografias cedidas por: Fernando Medeiros
O vencedor foi Dino Viveiros, do Clube Açoriano de Pesca Desportiva de Ponta
Delgada, tendo José Silva, do CNH, ficado no 3º lugar do pódio
A 10 de Maio de 2013, com 36
anos de idade, perdia a vida
de forma trágica, Andrew
“Bart” Simpson, um velejador
que conquistou o Ouro Olím-
pico e a Medalha de Prata.
“Bart”, como era conhecido
entre os velejadores, ficou
preso debaixo da água quan-
do o AC 72 capotou durante
os treinos para a 34ª Ameri-
ca's Cup, em São Francisco.
Andrew estava a poucos centí-
metros de distância de Iain
Percy na plataforma do cata-
marã e caiu à água, ficando
mais de 15 minutos submerso
sob a rede do trampolim e dos
cascos destruídos.
Desaparecia, assim, um ho-
mem abnegado que tocou a
vida de muitas pessoas, dedi-
cando muito do seu tempo a
ajudar e aconselhar qualquer
pessoa que solicitasse a sua
atenção. No entanto, a sua
obra e memória continuam
bem vivas, através da acção
da instituição criada para o
perpetuar: a Fundação de Vela
Andrew Simpson (Andrew
Simpson Sailing Foundation).
Para lidar com a
perda do amigo e
companheiro de
equipa olímpica,
os velejadores
ingleses Ben Ains-
lie e Iain Percy,
juntamente com a
esposa de Bart,
Leah, criaram esta
Fundação, em
Junho de 2013.
Trata-se de uma
instituição de caridade, com
base no Reino Unido, que pre-
tende inspirar a próxima gera-
ção de jovens através da Vela
neste país e em todo o mun-
do. O objectivo é fazer com
que a Vela ajude os jovens a
desenvolver as capacidades e
habilidades pessoais com vista
a uma vida de sucesso, melho-
rando o acesso a empregos e
carreiras no sector marítimo.
Andrew “Bart” Simpson era
um velejador de talento ex-
cepcional e um homem que
conhecia bem a importância
da Vela no desenvolvimento
pessoal e na realização dos
jovens.
De acordo com os fundadores
desta instituição, a Fundação
trabalha para honrar a vida e
o legado de Andrew, promo-
vendo a Vela entre os jovens
que não têm possibilidade de
praticar este desporto. Um
dos grandes objectivos de
“Bart” era acabar com a ideia
generalizada de que a Vela é
um desporto elitista.
Homenageando este campeão
olímpico, que se preocupava
com os outros, em
especial com as
camadas mais jo-
vens, a Fundação
organizou uma
iniciativa para o
próximo dia 21,
intitulada Bart's
Bash. Trata-se de
uma série de regatas sincroni-
zadas no mundo todo, iniciati-
va que se repetirá todos os
anos para encorajar mais pes-
soas a velejar. Será um evento
para constar no livro de recor-
des (Guinness Book) com o
maior número de participan-
tes em regata e também uma
forma de manter viva a me-
mória de Andrew Simpson.
Este é o maior evento de an-
gariação de fundos para a
Fundação Andrew “Bart” Sim-
pson, pelo que todos aqueles
que se inscreverem são convi-
dados a doar, pelo menos, 5
libras, cuja receita reverterá a
favor das várias actividades de
caridade em curso.
O parceiro desta corrida é o
Justgiving.com, um site de
angariação de fundos de cari-
dade, encarregue de recolher
o dinheiro que vai sendo doa-
do em todo o mundo.
No início de Maio deste ano,
foi inaugurado o Centro de
Vela Andrew Simpson, na
Weymouth and Portland Nati-
onal Sailing Academy, como
resultado dos esforços e apoi-
os daqueles que criaram a
Andrew Simpson Sailing Foun-
dation, especialmente Percy e
Ainslie, velejadores olímpicos
internacionais. Este novo Cen-
tro, o último passo para man-
ter o programa de ajuda às
crianças carentes no Reino
Unido, também pretende le-
var aos jovens oportunidades
de trabalho na indústria náuti-
ca.
ORC A:
1º “Rift” – Carlos Moniz
2º “Mariazinha” – Manuel Gabriel
Nunes
3º “Air Mail” – Luís Decq Mota
4º “Pagode” – Bartolomeu Ribeiro
“Azul” – Hedi Costa (DNC)
Nota: DNC (não competiu)
ORC B:
1º “No Stress” – António Oliveira
2º “Tuba V” – Fernando Rosa
3º “Rajada” – António Luís
Classe OPEN:
“Soraya” – Frederico Rodrigues
“Slowfox” – Conrad
“Solaris” – John Hardy
“Grisu” – Harry Schank
O Centro de Vela Andrew
Simpson, além de constituir
uma homenagem ao marido,
pai, velejador, amigo e com-
panheiro, é sem dúvida um
mecanismo de defesa para
todos aqueles que sentem
intensamente a falta de An-
drew Simpson.
Mais do que tudo, a principal
preocupação de Ainslie e
Percy é apoiar Leah e os seus
filhos (Freddie, de 3 anos, e
Hamish, de 1 ano de idade).
O Clube Naval da Horta tam-
bém se associou a este pro-
jecto e desde o passado mês
de Junho que dispõe do site
correspondente a este even-
to (http://
www.bartsbash.co.uk/club/
clube-naval-da-horta).
Grupos de Treino:
Iniciação – Escolas
- David João
- Leonor Pó
- Ana Luísa Silva
- Daniel Moimeaux
- Sofia Duarte
- Maurício Branco
- Martim Cabral
- Filipe Ferreira
- Alexandra Cunha
- David Moimeaux
- Joana Duarte
- Rodrigo Terra
- Guilherme Vargas
- Ana Cebola
- Alexandra Cebola
- Leonor Porteiro
- Rodrigo Melo
Juvenis
Aperfeiçoamento
- Ricardo Henriques
- Lucas Silva
- Bernardo Melo
- Arthur Moimeaux
- Zakhar Starinskhyi
- Pedro Moniz
- Miguel Duarte
- Artur Silva
- Aurora Nunes
- João Pedro Costa
A Apresentação aos Pais
da Época 2014/2015 de Ve-
la Ligeira aconteceu na
tarde desta quinta-feira,
dia 18, e ficou marcada pe-
la garantia dada pelo Clu-
be Naval da Horta de que
está a trabalhar afincada e
realisticamente no sentido
de encontrar, rapidamente,
soluções para as necessida-
des mais prementes desta
modalidade: o reforço do
quadro técnico e a aquisi-
ção de mais barcos Laser e
420, numa altura em que,
os apoios oficiais para o
apetrechamento das Sec-
ções estão, há anos, suspen-
sos.
João Duarte, Vice presidente
da Direcção do CNH e Treina-
dor de Vela Ligeira; José Decq
Mota, Presidente da Direcção
do CNH; Duarte Araújo, Trei-
nador de Vela Ligeira e Adjun-
to da Directora Técnica e Ana
Sousa, Directora Técnica do
Clube, deram a conhecer aos
pais, na tarde desta quinta-
feira, a dia 18, a nova época
desta Secção do CNH
A Secção de Vela Ligeira do Clube
Naval da Horta (CNH) debate-se
com duas situações que têm de
ser resolvidas no mais curto espa-
ço de tempo para que a modalida-
de possa prosseguir a linha evolu-
tiva até agora registada: o quadro
técnico existente é insuficiente
para as necessidades e o equipa-
mento em uso está notoriamente
cansado, carecendo de renova-
ção.
Na Apresentação aos Pais da Épo-
ca 2014/2015 da Vela Ligeira do
CNH, que decorreu na tarde desta
quinta-feira, dia 18, no Centro de
Formação de Desportistas Náuti-
cos do Clube, o Presidente da Di-
recção desta instituição, José
Decq Mota, garantiu que o Clube
Naval da Horta está à procura de
pessoas credenciadas que possam
vir a complementar e reforçar o
trabalho do Treinador de Vela
Ligeira de Grau II, Duarte Araújo.
Essas pessoas, trabalhando como
monitores algumas horas em cada
fim-de-semana, sob a orientação
do Treinador, possibilitarão uma
adequada diferenciação do treino.
O grosso do trabalho está a cargo
de Duarte Araújo que, após um
período experimental, ficará ao
serviço do Clube Naval da Horta
durante os próximos 3 anos.
José Decq Mota vincou o empe-
nho desta casa no sentido de pro-
porcionar aos seus atletas as me-
lhores condições de treino, refe-
rindo que são cerca de 70 os vele-
jadores, em todas as Classes. “A
aposta do CNH passa pelo grau de
diferenciação de treino para que
possa haver evolução”, sustentou
este dirigente.
A actividade intensa tem provoca-
do um desgaste grande no equi-
pamento, com a agravante de a
frota não ser nova. Entre estagnar
a actividade desta Secção e traba-
lhar com o que havia, o actual
elenco directivo – que se encontra
no fim de um mandato de 2 anos
– optou por recuperar muito do
material que já não apresentava
condições para ser utilizado. Se tal
não tivesse acontecido, provavel-
mente hoje o Clube não poderia
ter o número de velejadores que
tem.
No entanto, a ruptura está emi-
nente e o Presidente desta presti-
giada instituição sabe que não é
possível adiar mais. Por isso, ga-
rante que em 2015 terão de ser
feitas algumas aquisições,
“embora o apetrechamento não
possa ser muito volumoso”.
Cauteloso em adiantar números,
até porque as contas do actual
exercício ainda não estão fecha-
das, José Decq Mota ainda assim
levanta a ponta do véu, revelando
que “talvez possam ser feitas
aquisições até aos 5 mil eu-
ros” (embarcações para as Classes
Laser e 420).
A propósito, este dirigente fez
questão de salientar que desde
2012 que os programas oficiais de
apetrechamento se encontram
suspensos, “o que veio em muito
penalizar a normal actividade des-
te e de outros Clubes”.
Alguns pais presentes nesta apre-
sentação queixaram-se de que
estão a investir numa modalidade
que não está a dar a melhor aten-
ção aos seus filhos e, compreensí-
veis ao quadro explanado pelo
Presidente, propuseram que se
façam acções de angariação de
fundos, à semelhança do que
acontece com outras Secções.
Indo de encontro a estas naturais
reclamações, José Decq Mota
afirmou que o Clube Naval da
Horta tem receitas próprias, as
que resultam dos contratos-
programa e ainda as dos subsí-
dios. E prosseguiu: “A gestão é
saber aplicar o dinheiro nas várias
áreas. O CNH não tem tido proble-
mas de ordem financeira, porque
tem regulado a sua actividade de
acordo com as verbas de que dis-
põe. Mas no que diz respeito à
actividade e equipamento, depen-
dem muito de apoios. Quando de
repente se passa de um quadro
de apoios para reapetrechamento
para zero, a situação muda bas-
tante”.
O Presidente da Direcção desta
instituição defendeu a implemen-
tação de uma taxa modesta nesta
Secção, a qual só poderá vir a ser
uma realidade quando o quadro
técnico e o equipamento forem
capazes de cobrir as necessidades.
José Decq Mota frisou que “a pre-
sença dos atletas é muito bem-
vinda, porque essa é a missão
desta casa e quantos mais atletas
o Clube tiver, melhores serão os
contratos-programa”. Contudo,
realça que “há muito que os apoi-
os destes contratos-programa não
cobrem as despesas das modali-
dades a que se destinam”. E a
título de exemplo, o Treinador
João Duarte disse mesmo que
“desde 2012 que esses montantes
sofreram uma redução na ordem
dos 40%.”
O facto de o Treinador Duarte
Araújo estar a tempo inteiro no
Clube pode deixar transparecer
que isso é sinónimo de muito
tempo e pouco trabalho. E nesse
sentido, o Presidente da Direcção
explicou que “este técnico está
sempre aproveitado”. Além de
Treinador de Vela, Duarte Araújo
é também Adjunto da Directora
Técnica, tendo ainda a seu cargo
as aulas de Iniciação de Adultos
em Raquero. E como se tudo isso
ainda fosse pouco, há as candida-
turas aos contratos-programa que
“exigem o acompanhamento de
um quadro técnico competente”.
Quem paga quer ver resultados e
esta é um pouco a posição de
alguns pais que gostavam que os
filhos se tornassem velejadores
exímios. Quem está por dentro da
modalidade com muitos anos de
tarimba como é o caso do Treina-
dor João Duarte, está à vontade
para afirmar que “a prática da
Vela não é uma ciência previsível”
e que “o desenvolvimento da prá-
tica está muito condicionado ao
tempo que vai fazendo”. Para este
técnico, “o sucesso é o número
crescente de participação na Ve-
la” e no que diz respeito aos mais
pequenos, “os Estágios servem
precisamente para incutir o gosto
pela modalidade e não para saí-
rem dali a saber velejar”. Ainda a
propósito desta questão, João
Duarte disse que “não importam
só os resultados, mas que haja
velejadores e que a Vela contribua
para a formação dos atletas, cri-
ando neles hábitos saudáveis”.
As deficitárias condições dos bal-
neários também foram alvitradas
neste encontro, o que sendo uma
realidade mais do que evidente,
não poderá ter uma solução de
fundo se tivermos em conta que
em Janeiro deste ano foi dito ao
Presidente do CNH que esta insti-
tuição procurasse uma sede provi-
sória, tendo em conta que a actu-
al ia entrar em obras. Perante a
certeza de novas instalações e o
impasse no seu arranque, os actu-
ais dirigentes desta instituição
vêem-se na difícil dualidade de
terem de dar condições dignas
aos seus atletas e, ao mesmo tem-
po, revelarem o bom senso de
não investir num edifício que vai
ser completamente intervencio-
nado.
Os pais (acompanhados de
alguns atletas) mostraram-se
interessados em saber quais
as soluções que o Clube tem
para a Secção de Vela Ligeira,
pois querem que o seu investi-
mento tenha retorno
Coube à Directora do Clube, Ana
Sousa, a apresentação do Plano
de Actividades, Horário de Trei-
nos, Objectivos, Grupos de Trei-
no, Participação em Provas Regi-
onais e Utilização do Material.
Relativamente ao Plano de Activi-
dades, que o mesmo é dizer, ca-
lendarização, as acções começam
em Setembro deste ano e termi-
nam em Setembro de 2015. Ao
longo deste período, haverá 8
provas locais, 4 regionais e 3 naci-
onais.
SETEMBRO: No dia 27 deste mês
realizar-se-á uma Prova Local,
que é a Prova de Aniversário de
Vela Ligeira do CNH, destinada a
todos atletas da Secção, desde a
Iniciação até aos Juniores.
OUTUBRO: A 1ª Prova do Campe-
onato Regional (1ª PCR) da Época
2014/2015 ocorre já nos dias 4 e 5
de Outubro, organizada pelo Clu-
be Naval de São Roque do Pico.
NOVEMBRO: Em relação ao mês
de Novembro, no dia 8 haverá
uma Prova Local, que é a Prova
de Aniversário da Associação Pais
e Amigos dos Deficientes da Ilha
do Faial (APADIF), com quem o
CNH tem um Protocolo de Coope-
ração, desenvolvendo acções em
Um quadro técnico insuficiente e a necessidade urgente de apetrechamento, constituem as necessidades mais prementes da Vela Ligeira do CNH
A Apresentação aos Pais
da Época 2014/2015 de Ve-
la Ligeira aconteceu na
tarde desta quinta-feira,
dia 18, e ficou marcada pe-
la garantia dada pelo Clu-
be Naval da Horta de que
está a trabalhar afincada e
realisticamente no sentido
de encontrar, rapidamente,
soluções para as necessida-
des mais prementes desta
modalidade: o reforço do
quadro técnico e a aquisi-
ção de mais barcos Laser e
420, numa altura em que,
os apoios oficiais para o
apetrechamento das Sec-
ções estão, há anos, suspen-
sos.
João Duarte, Vice presidente
da Direcção do CNH e Treina-
dor de Vela Ligeira; José Decq
Mota, Presidente da Direcção
do CNH; Duarte Araújo, Trei-
nador de Vela Ligeira e Adjun-
to da Directora Técnica e Ana
Sousa, Directora Técnica do
Clube, deram a conhecer aos
pais, na tarde desta quinta-
feira, a dia 18, a nova época
desta Secção do CNH
A Secção de Vela Ligeira do Clube
Naval da Horta (CNH) debate-se
com duas situações que têm de
ser resolvidas no mais curto espa-
ço de tempo para que a modalida-
de possa prosseguir a linha evolu-
tiva até agora registada: o quadro
técnico existente é insuficiente
para as necessidades e o equipa-
mento em uso está notoriamente
cansado, carecendo de renova-
ção.
Na Apresentação aos Pais da Épo-
ca 2014/2015 da Vela Ligeira do
CNH, que decorreu na tarde desta
quinta-feira, dia 18, no Centro de
Formação de Desportistas Náuti-
cos do Clube, o Presidente da Di-
recção desta instituição, José
Decq Mota, garantiu que o Clube
Naval da Horta está à procura de
pessoas credenciadas que possam
vir a complementar e reforçar o
trabalho do Treinador de Vela
Ligeira de Grau II, Duarte Araújo.
Essas pessoas, trabalhando como
monitores algumas horas em cada
fim-de-semana, sob a orientação
do Treinador, possibilitarão uma
adequada diferenciação do treino.
O grosso do trabalho está a cargo
de Duarte Araújo que, após um
período experimental, ficará ao
serviço do Clube Naval da Horta
durante os próximos 3 anos.
José Decq Mota vincou o empe-
nho desta casa no sentido de pro-
porcionar aos seus atletas as me-
lhores condições de treino, refe-
rindo que são cerca de 70 os vele-
jadores, em todas as Classes. “A
aposta do CNH passa pelo grau de
diferenciação de treino para que
possa haver evolução”, sustentou
este dirigente.
A actividade intensa tem provoca-
do um desgaste grande no equi-
pamento, com a agravante de a
frota não ser nova. Entre estagnar
a actividade desta Secção e traba-
lhar com o que havia, o actual
elenco directivo – que se encontra
no fim de um mandato de 2 anos
– optou por recuperar muito do
material que já não apresentava
condições para ser utilizado. Se tal
não tivesse acontecido, provavel-
mente hoje o Clube não poderia
ter o número de velejadores que
tem.
No entanto, a ruptura está emi-
nente e o Presidente desta presti-
giada instituição sabe que não é
possível adiar mais. Por isso, ga-
rante que em 2015 terão de ser
feitas algumas aquisições,
“embora o apetrechamento não
possa ser muito volumoso”.
Cauteloso em adiantar números,
até porque as contas do actual
exercício ainda não estão fecha-
das, José Decq Mota ainda assim
levanta a ponta do véu, revelando
que “talvez possam ser feitas
aquisições até aos 5 mil eu-
ros” (embarcações para as Classes
Laser e 420).
A propósito, este dirigente fez
questão de salientar que desde
2012 que os programas oficiais de
apetrechamento se encontram
suspensos, “o que veio em muito
penalizar a normal actividade des-
te e de outros Clubes”.
Alguns pais presentes nesta apre-
sentação queixaram-se de que
estão a investir numa modalidade
que não está a dar a melhor aten-
ção aos seus filhos e, compreensí-
veis ao quadro explanado pelo
Presidente, propuseram que se
façam acções de angariação de
fundos, à semelhança do que
acontece com outras Secções.
Indo de encontro a estas naturais
reclamações, José Decq Mota
afirmou que o Clube Naval da
Horta tem receitas próprias, as
que resultam dos contratos-
programa e ainda as dos subsí-
dios. E prosseguiu: “A gestão é
saber aplicar o dinheiro nas várias
áreas. O CNH não tem tido proble-
mas de ordem financeira, porque
tem regulado a sua actividade de
acordo com as verbas de que dis-
põe. Mas no que diz respeito à
actividade e equipamento, depen-
dem muito de apoios. Quando de
repente se passa de um quadro
de apoios para reapetrechamento
para zero, a situação muda bas-
tante”.
O Presidente da Direcção desta
instituição defendeu a implemen-
tação de uma taxa modesta nesta
Secção, a qual só poderá vir a ser
uma realidade quando o quadro
técnico e o equipamento forem
capazes de cobrir as necessidades.
José Decq Mota frisou que “a pre-
sença dos atletas é muito bem-
vinda, porque essa é a missão
desta casa e quantos mais atletas
o Clube tiver, melhores serão os
contratos-programa”. Contudo,
realça que “há muito que os apoi-
os destes contratos-programa não
cobrem as despesas das modali-
dades a que se destinam”. E a
título de exemplo, o Treinador
João Duarte disse mesmo que
“desde 2012 que esses montantes
sofreram uma redução na ordem
dos 40%.”
O facto de o Treinador Duarte
Araújo estar a tempo inteiro no
Clube pode deixar transparecer
que isso é sinónimo de muito
tempo e pouco trabalho. E nesse
sentido, o Presidente da Direcção
explicou que “este técnico está
sempre aproveitado”. Além de
Treinador de Vela, Duarte Araújo
é também Adjunto da Directora
Técnica, tendo ainda a seu cargo
as aulas de Iniciação de Adultos
em Raquero. E como se tudo isso
ainda fosse pouco, há as candida-
turas aos contratos-programa que
“exigem o acompanhamento de
um quadro técnico competente”.
Quem paga quer ver resultados e
esta é um pouco a posição de
alguns pais que gostavam que os
filhos se tornassem velejadores
exímios. Quem está por dentro da
modalidade com muitos anos de
tarimba como é o caso do Treina-
dor João Duarte, está à vontade
para afirmar que “a prática da
Vela não é uma ciência previsível”
e que “o desenvolvimento da prá-
tica está muito condicionado ao
tempo que vai fazendo”. Para este
técnico, “o sucesso é o número
crescente de participação na Ve-
la” e no que diz respeito aos mais
pequenos, “os Estágios servem
precisamente para incutir o gosto
pela modalidade e não para saí-
rem dali a saber velejar”. Ainda a
propósito desta questão, João
Duarte disse que “não importam
só os resultados, mas que haja
velejadores e que a Vela contribua
para a formação dos atletas, cri-
ando neles hábitos saudáveis”.
As deficitárias condições dos bal-
neários também foram alvitradas
neste encontro, o que sendo uma
realidade mais do que evidente,
não poderá ter uma solução de
fundo se tivermos em conta que
em Janeiro deste ano foi dito ao
Presidente do CNH que esta insti-
tuição procurasse uma sede provi-
sória, tendo em conta que a actu-
al ia entrar em obras. Perante a
certeza de novas instalações e o
impasse no seu arranque, os actu-
ais dirigentes desta instituição
vêem-se na difícil dualidade de
terem de dar condições dignas
aos seus atletas e, ao mesmo tem-
po, revelarem o bom senso de
não investir num edifício que vai
ser completamente intervencio-
nado.
Os pais (acompanhados de
alguns atletas) mostraram-se
interessados em saber quais
as soluções que o Clube tem
para a Secção de Vela Ligeira,
pois querem que o seu investi-
mento tenha retorno
Coube à Directora do Clube, Ana
Sousa, a apresentação do Plano
de Actividades, Horário de Trei-
nos, Objectivos, Grupos de Trei-
no, Participação em Provas Regi-
onais e Utilização do Material.
Relativamente ao Plano de Activi-
dades, que o mesmo é dizer, ca-
lendarização, as acções começam
em Setembro deste ano e termi-
nam em Setembro de 2015. Ao
longo deste período, haverá 8
provas locais, 4 regionais e 3 naci-
onais.
SETEMBRO: No dia 27 deste mês
realizar-se-á uma Prova Local,
que é a Prova de Aniversário de
Vela Ligeira do CNH, destinada a
todos atletas da Secção, desde a
Iniciação até aos Juniores.
OUTUBRO: A 1ª Prova do Campe-
onato Regional (1ª PCR) da Época
2014/2015 ocorre já nos dias 4 e 5
de Outubro, organizada pelo Clu-
be Naval de São Roque do Pico.
NOVEMBRO: Em relação ao mês
de Novembro, no dia 8 haverá
uma Prova Local, que é a Prova
de Aniversário da Associação Pais
e Amigos dos Deficientes da Ilha
do Faial (APADIF), com quem o
CNH tem um Protocolo de Coope-
ração, desenvolvendo acções em
Grupos de Treino:
Juvenis
Competição
- Mariana Luís
- Rita Branco
- Jorge Pires
- Tomás Oliveira
- Tomás Pó
- Cristóvão Ribeiro
Competição – Juniores
Laser
- Pedro Costa
- Jorge Medeiros
- Inês Duarte
- André Costa
- Emília Branco
- Vasco Escobar
420
- Ricardo Silveira
- Tiago Serpa
- Jorge Silva
- Bartolomeu Ribeiro
- Júlia Branco
- Petra Ferreira
parceria.
Nos dias 29 e 30 de Novembro terá lugar a
2ª Prova do Campeonato Regional (2ª
PCR), em São Miguel, organizada pelo Clu-
be Naval de Vila Franca do Campo.
Ana Sousa chama a atenção para o facto
de antes de cada prova regional haver
sempre uma prova local.
DEZEMBRO: Para o mês de Dezembro, dia
20, está calendarizada a Regata de Natal.
A Directora Técnica do Clube Naval da Hor-
ta explica que no período de férias natalí-
cias os treinos só se realizarão durante a
primeira semana caso o Clube ainda dispo-
nha apenas de um técnico credenciado. Se,
entretanto, já estiver ao serviço o colabo-
rador que vem reforçar o horário dos trei-
nos, o cenário será diferente, para melhor.
Refira-se ainda a propósito, que o Treina-
dor Duarte Araújo também irá ausentar-se
neste período, durante alguns dias, deslo-
cando-se a casa (Porto).
Já em 2015, em JANEIRO, haverá, no dia
24, uma Prova Local: a Regata de Reis.
FEVEREIRO: Para o dia 21 de Fevereiro
está programada uma Prova Local, que é a
Regata de Carnaval.
No decorrer desta curta interrupção lecti-
va, também haverá treinos fora dos fins-de
-semana.
MARÇO: Nos dias 14 e 15 de Março do
próximo ano decorrerá a 3ª Prova do Cam-
peonato Regional (3ª PCR) para Juvenis e
Juniores, em São Miguel, organizada pelo
Clube Naval de Ponta Delgada.
De 24 a 29 haverá o Campeonato de Por-
tugal de Juvenis e nos dias 30 e 31 o Cam-
peonato de Portugal de Juniores, ambos
no Continente português.
ABRIL: Para o mês de Abril, de 1 a 4 reali-
zar-se-á o Campeonato de Portugal de
Juniores, no Continente português e para
o dia 11 está marcada uma Prova Local:
Regata da Páscoa.
Durante as interrupções lectivas de Março
e Abril os treinos serão intensificados caso
estejam reunidas as condições para tal.
MAIO: Para o dia 16 de Maio está calenda-
rizada uma Prova Local, que é a Regata do
Triângulo.
JUNHO: No mês de Junho também haverá
uma Prova Local, no dia 27. Trata-se da
Regata de Verão.
JULHO: Nos dias 11 e 12 de Julho decorre-
rá uma Prova Regional: o Encontro Regio-
nal de Escolas de Vela, que em 2015 será
organizado pelo Clube Naval da Horta.
Tendo em conta que se trata de um tempo
de férias, as chamadas férias grandes, os
treinos serão diários, como vem sendo
habitual em anos anteriores.
AGOSTO: Durante o mês de Agosto, nos
dias 3, 4, 5 e 6, realizar-se-á no CNH o En-
contro Internacional de Vela Ligeira.
No dia 6 terá lugar uma Prova Local: o
Troféu Cidade da Horta em Infantis, tam-
bém no CNH, no âmbito do Festival Náuti-
co da Semana do Mar 2015.
SETEMBRO: Dando a volta ao ano, chega-
mos novamente a Setembro, mês em que
nos dias 4, 5 e 6 terá lugar uma Prova Na-
cional: o Campeonato de Portugal de In-
fantis, no Continente português.
De realçar que, sempre que houver provas
no Continente português, o Treinador Du-
arte Araújo terá de acompanhar os veleja-
dores do CNH.
No que concerne ao Horário de Treinos,
foi estipulado o seguinte:
- Iniciação Escolas (= Infantis ou os que
fazem Vela pela primeira vez): aos sába-
dos, das 09h00 às 13h00.
- Juvenis Aperfeiçoamento e Competição:
aos sábados, das 14h00 às 18h00.
- Juniores Competição: aos domingos, das
14h00 às 18h00.
- Classe Access Competição (Vela para
pessoas com mobilidade reduzida): às se-
gundas, terças e sextas-feiras, das 09h00
às 12h30.
- Laser Seniores: aos domingos, das 09h00
às 12h30.
É pretensão do CNH que as aulas da Escola
de Vela funcionem todos os sábados e do-
mingos e sempre que possível noutros dias
da semana.
As aulas serão interrompidas no mês de
Agosto, após a Semana do Mar.
Os treinos decorrerão sempre ao fim-de-
semana: sábados e domingos. Fora desses
dias, será algo que terá de ser acordado
entre pais, atletas e disponibilidade de
treinadores.
Objectivos da Escola de Vela do CNH:
Gerais:
- A formação humana de jovens e adultos
através da prática desportiva da Vela
- Incentivar e apoiar a prática desportiva
da Vela
- A formação técnica na modalidade como
garantia de continuidade e desempenho
competitivo
- Assegurar a continuidade no Clube atra-
vés da prática da Vela.
Específicos:
- Nos Infantis Optimist, manter o 1º lugar a
nível regional para garantir a participação
no Campeonato de Portugal de Infantis.
- Na Classe Juvenis Optimist, garantir 4
velejadores nos 8 primeiros lugares do
Campeonato Regional e participar no Cam-
peonato de Portugal.
- Nos Juniores Laser, ter 2 velejadores nos
4 primeiros lugares do Campeonato Regio-
nal.
- Nos Juniores 420, ter 1 equipa nos 2 pri-
meiros lugares a nível regional para garan-
tir a presença no Campeonato de Portugal.
Participação em Provas Regionais:
As Provas Regionais são da responsabilida-
de da Associação Regional de Vela dos
Açores (ARVA), assim como o número de
participantes que cada Clube pode levar
por Classe.
Para a Época 2014/2015, o CNH tem as
seguintes quotas (a aguardar confirmação
da ARVA):
- Infantis Optimist: 3 embarcações
- Juvenis Optimist – 12 embarcações
- Juniores Laser 4.7 – 5 embarcações
- Juniores 420 – 2 embarcações
Infantis Optimist:
Neste momento, o grupo está com 19 atle-
tas de onde serão escolhidas equipas de 3
para participarem no Encontro Regional de
Escolas de Vela sem limite do número de
equipas, uma vez que o CNH é o clube or-
ganizador.
Juvenis Optimis:
Neste momento, o CNH tem 16 atletas
nestas condições, de onde 12 serão apura-
dos.
Juniores Laser 4.7:
Os velejadores deste grupo são 6, podendo
participar 5.
Juniores 420:
O CNH tem 6 velejadores em condições de
participar, dos quais 4 serão seleccionados
para as provas.
Selecção dos Velejadores
Serão tidos em conta os seguintes critérios
de selecção:
- Assiduidade
- Desempenho técnico e táctico
- Conhecimentos teóricos
- Número de embarcações disponíveis
Neste momento o Clube está a trabalhar
para ter o número de embarcações que
preencha a quota nas diferentes Classes,
nomeadamente em Laser.
Numa primeira fase terão de ser escolhi-
dos 5 velejadores de Laser e 4 de 420, uma
vez que não há embarcações disponíveis
para todos.
1ª Prova do Campeonato Regional:
A 1ª Prova do Campeonato Regional (1ª
PCR) irá realizar-se nos dias 4 e 5 de Outu-
bro próximo, participando os velejadores
Juvenis e Juniores que neste momento
estão na Escola de Vela do CNH e de acor-
do com as quotas de cada Classe, tendo
em conta os critérios apresentados para
participação em Provas Regionais.
Utilização do Material:
Este ano foi introduzido este novo item,
uma vez que se afigura cada vez mais ne-
cessário o cuidado a ter com o equipamen-
to utilizado, que se não for estimado, vai
faltar para as necessidades. É de realçar o
enorme encargo que esta questão repre-
senta para o Clube e o facto de estarem
em falta 1 Laser e 1 420.
Os barcos e palamenta serão atribuídos de
acordo com a classificação no Campeonato
Regional.
Cada velejador deve cuidar do seu material
por forma a mantê-lo nas melhores condi-
ções, factor imprescindível para atribuição
do material.
Ana Sousa chamou a atenção para a regu-
larização da inscrição de todos os atletas
na época que agora se inicia, frisando que
os treinos começam já este sábado, dia
20.
A terminar, José Decq Mota convidou os
pais, sócios e desportistas para que abri-
lhantem a festa de aniversário do CNH
com a sua presença, que terá lugar no dia
4 de Outubro, no Pavilhão da Igreja das
Angústias.
Fotografias de: Cristina Silveira
parceria.
Nos dias 29 e 30 de Novembro terá lugar a
2ª Prova do Campeonato Regional (2ª
PCR), em São Miguel, organizada pelo Clu-
be Naval de Vila Franca do Campo.
Ana Sousa chama a atenção para o facto
de antes de cada prova regional haver
sempre uma prova local.
DEZEMBRO: Para o mês de Dezembro, dia
20, está calendarizada a Regata de Natal.
A Directora Técnica do Clube Naval da Hor-
ta explica que no período de férias natalí-
cias os treinos só se realizarão durante a
primeira semana caso o Clube ainda dispo-
nha apenas de um técnico credenciado. Se,
entretanto, já estiver ao serviço o colabo-
rador que vem reforçar o horário dos trei-
nos, o cenário será diferente, para melhor.
Refira-se ainda a propósito, que o Treina-
dor Duarte Araújo também irá ausentar-se
neste período, durante alguns dias, deslo-
cando-se a casa (Porto).
Já em 2015, em JANEIRO, haverá, no dia
24, uma Prova Local: a Regata de Reis.
FEVEREIRO: Para o dia 21 de Fevereiro
está programada uma Prova Local, que é a
Regata de Carnaval.
No decorrer desta curta interrupção lecti-
va, também haverá treinos fora dos fins-de
-semana.
MARÇO: Nos dias 14 e 15 de Março do
próximo ano decorrerá a 3ª Prova do Cam-
peonato Regional (3ª PCR) para Juvenis e
Juniores, em São Miguel, organizada pelo
Clube Naval de Ponta Delgada.
De 24 a 29 haverá o Campeonato de Por-
tugal de Juvenis e nos dias 30 e 31 o Cam-
peonato de Portugal de Juniores, ambos
no Continente português.
ABRIL: Para o mês de Abril, de 1 a 4 reali-
zar-se-á o Campeonato de Portugal de
Juniores, no Continente português e para
o dia 11 está marcada uma Prova Local:
Regata da Páscoa.
Durante as interrupções lectivas de Março
e Abril os treinos serão intensificados caso
estejam reunidas as condições para tal.
MAIO: Para o dia 16 de Maio está calenda-
rizada uma Prova Local, que é a Regata do
Triângulo.
JUNHO: No mês de Junho também haverá
uma Prova Local, no dia 27. Trata-se da
Regata de Verão.
JULHO: Nos dias 11 e 12 de Julho decorre-
rá uma Prova Regional: o Encontro Regio-
nal de Escolas de Vela, que em 2015 será
organizado pelo Clube Naval da Horta.
Tendo em conta que se trata de um tempo
de férias, as chamadas férias grandes, os
treinos serão diários, como vem sendo
habitual em anos anteriores.
AGOSTO: Durante o mês de Agosto, nos
dias 3, 4, 5 e 6, realizar-se-á no CNH o En-
contro Internacional de Vela Ligeira.
No dia 6 terá lugar uma Prova Local: o
Troféu Cidade da Horta em Infantis, tam-
bém no CNH, no âmbito do Festival Náuti-
co da Semana do Mar 2015.
SETEMBRO: Dando a volta ao ano, chega-
mos novamente a Setembro, mês em que
nos dias 4, 5 e 6 terá lugar uma Prova Na-
cional: o Campeonato de Portugal de In-
fantis, no Continente português.
De realçar que, sempre que houver provas
no Continente português, o Treinador Du-
arte Araújo terá de acompanhar os veleja-
dores do CNH.
No que concerne ao Horário de Treinos,
foi estipulado o seguinte:
- Iniciação Escolas (= Infantis ou os que
fazem Vela pela primeira vez): aos sába-
dos, das 09h00 às 13h00.
- Juvenis Aperfeiçoamento e Competição:
aos sábados, das 14h00 às 18h00.
- Juniores Competição: aos domingos, das
14h00 às 18h00.
- Classe Access Competição (Vela para
pessoas com mobilidade reduzida): às se-
gundas, terças e sextas-feiras, das 09h00
às 12h30.
- Laser Seniores: aos domingos, das 09h00
às 12h30.
É pretensão do CNH que as aulas da Escola
de Vela funcionem todos os sábados e do-
mingos e sempre que possível noutros dias
da semana.
As aulas serão interrompidas no mês de
Agosto, após a Semana do Mar.
Os treinos decorrerão sempre ao fim-de-
semana: sábados e domingos. Fora desses
dias, será algo que terá de ser acordado
entre pais, atletas e disponibilidade de
treinadores.
Objectivos da Escola de Vela do CNH:
Gerais:
- A formação humana de jovens e adultos
através da prática desportiva da Vela
- Incentivar e apoiar a prática desportiva
da Vela
- A formação técnica na modalidade como
garantia de continuidade e desempenho
competitivo
- Assegurar a continuidade no Clube atra-
vés da prática da Vela.
Específicos:
- Nos Infantis Optimist, manter o 1º lugar a
nível regional para garantir a participação
no Campeonato de Portugal de Infantis.
- Na Classe Juvenis Optimist, garantir 4
velejadores nos 8 primeiros lugares do
Campeonato Regional e participar no Cam-
peonato de Portugal.
- Nos Juniores Laser, ter 2 velejadores nos
4 primeiros lugares do Campeonato Regio-
nal.
- Nos Juniores 420, ter 1 equipa nos 2 pri-
meiros lugares a nível regional para garan-
tir a presença no Campeonato de Portugal.
Participação em Provas Regionais:
As Provas Regionais são da responsabilida-
de da Associação Regional de Vela dos
Açores (ARVA), assim como o número de
participantes que cada Clube pode levar
por Classe.
Para a Época 2014/2015, o CNH tem as
seguintes quotas (a aguardar confirmação
da ARVA):
- Infantis Optimist: 3 embarcações
- Juvenis Optimist – 12 embarcações
- Juniores Laser 4.7 – 5 embarcações
- Juniores 420 – 2 embarcações
Infantis Optimist:
Neste momento, o grupo está com 19 atle-
tas de onde serão escolhidas equipas de 3
para participarem no Encontro Regional de
Escolas de Vela sem limite do número de
equipas, uma vez que o CNH é o clube or-
ganizador.
Juvenis Optimis:
Neste momento, o CNH tem 16 atletas
nestas condições, de onde 12 serão apura-
dos.
Juniores Laser 4.7:
Os velejadores deste grupo são 6, podendo
participar 5.
Juniores 420:
O CNH tem 6 velejadores em condições de
participar, dos quais 4 serão seleccionados
para as provas.
Selecção dos Velejadores
Serão tidos em conta os seguintes critérios
de selecção:
- Assiduidade
- Desempenho técnico e táctico
- Conhecimentos teóricos
- Número de embarcações disponíveis
Neste momento o Clube está a trabalhar
para ter o número de embarcações que
preencha a quota nas diferentes Classes,
nomeadamente em Laser.
Numa primeira fase terão de ser escolhi-
dos 5 velejadores de Laser e 4 de 420, uma
vez que não há embarcações disponíveis
para todos.
1ª Prova do Campeonato Regional:
A 1ª Prova do Campeonato Regional (1ª
PCR) irá realizar-se nos dias 4 e 5 de Outu-
bro próximo, participando os velejadores
Juvenis e Juniores que neste momento
estão na Escola de Vela do CNH e de acor-
do com as quotas de cada Classe, tendo
em conta os critérios apresentados para
participação em Provas Regionais.
Utilização do Material:
Este ano foi introduzido este novo item,
uma vez que se afigura cada vez mais ne-
cessário o cuidado a ter com o equipamen-
to utilizado, que se não for estimado, vai
faltar para as necessidades. É de realçar o
enorme encargo que esta questão repre-
senta para o Clube e o facto de estarem
em falta 1 Laser e 1 420.
Os barcos e palamenta serão atribuídos de
acordo com a classificação no Campeonato
Regional.
Cada velejador deve cuidar do seu material
por forma a mantê-lo nas melhores condi-
ções, factor imprescindível para atribuição
do material.
Ana Sousa chamou a atenção para a regu-
larização da inscrição de todos os atletas
na época que agora se inicia, frisando que
os treinos começam já este sábado, dia
20.
A terminar, José Decq Mota convidou os
pais, sócios e desportistas para que abri-
lhantem a festa de aniversário do CNH
com a sua presença, que terá lugar no dia
4 de Outubro, no Pavilhão da Igreja das
Angústias.
Fotografias de: Cristina Silveira
- Regata “Senhora do
Socorro”, do Salão, teve
como vencedor o Bote
“Senhora das Angús-
tias”
- Bote “Senhora do Socorro”
venceu a “Regata do 67º Ani-
versário do CNH”
Tal como tinha sido
referido, as 2 últimas
Regatas de Botes Ba-
leeiros realizadas este
sábado, dia 20,
(“Senhora do Socor-
ro” e do “67º Aniver-
sário do Clube Naval
da Horta”) foram de-
terminantes para
apurar o vencedor do
Campeonato da Sec-
ção de Botes Baleeiros
da Ilha do Faial 2014.
O Bote de Castelo
Branco, que se encon-
trava em 1º lugar, fi-
cou na 4ª posição; o
“Capelinhos” (do Capelo)
manteve o 2º lugar do pódio e o
do Salão, que estava em 3º lu-
gar, acabou por ser o campeão.
Neste sábado, o “Senhora do
Socorro” (do Salão) foi dupla-
mente vencedor, pois além de
ter ganho o Campeonato de
Ilha, também ganhou a 8ª e úl-
tima Regata desta competição:
a do “67º Aniversário do
CNH”. Um dia repleto de sur-
presas, vitórias e taças, sobre-
tudo para a Freguesia do Sa-
lão.
O Bote “Senhora do Socorro”, da
Junta de Freguesia do Salão, é o
vencedor do Campeonato da Sec-
ção de Botes Baleeiros da Ilha do
Faial 2014
Até ao lavar dos cestos é vindima. Tam-
bém no que diz respeito ao Campeona-
to da Secção de Botes Baleeiros da Ilha
do Faial 2014 foi preciso chegar mesmo
ao fim da competição para se conhecer
o vencedor. As 2 últimas Regatas deste
Campeonato – a 7ª e a 8ª – que se dis-
putaram este sábado, dia 20, na Baía
da Horta, foram decisivas para se saber
quem iria ocupar o pódio e em que
posições.
Da parte da manhã realizou-se a “VIII
Regata Senhora do Socorro”, do Salão,
que estava prevista para o dia 13, mas
teve de ser adiada devido às condições
atmosféricas. Nesta prova, em 1º lugar
ficou o Bote das Angústias, seguindo-se
o “Capelinhos” (do Capelo) e o do Sa-
lão.
À tarde, decorreu a “Regata do 67º
Aniversário do Clube Naval da Horta”,
que teve como vencedores o Bote do
Salão, o “Capelinhos” e o das Angús-
tias.
Com estes resultados, as contas que
vinham sendo feitas sofreram uma
grande alteração, sobretudo no que diz
respeito ao campeão.
O Campeonato da Secção de Botes
Baleeiros da Ilha do Faial 2014 che-
gou ao fim após 8 provas e com um
vencedor inesperado, que passou da
3ª posição da geral para número 1 da
tabela, e que foi o Bote da Freguesia
do Salão (“Senhora do Socorro”).
O “Capelinhos” manteve o 2º lugar da
geral (com a particularidade de ter fica-
do sempre nesta posição nas 2 regatas
deste sábado), ao passo
que o 3º lugar foi ocupado
pelo Bote das Angústias. A
maior surpresa foi, sem
dúvida, o que aconteceu
com o Bote de Castelo
Branco que, depois de ter
liderado o Campeonato,
dando provas de favoritis-
mo ao título, acabou por
ser desqualificado nestas 2
últimas Regatas do Campe-
onato, situação que o rele-
gou para o 4º lugar da ge-
ral.
Um dia marcado por várias
surpresas e 3 vitórias para
o Bote Baleeiro da Junta de
Freguesia do Salão que se
classificou em 3º lugar na sua própria
Regata; alcançou a 1ª posição na Rega-
ta de Anos do Clube e se sagrou cam-
peão do Campeonato de Ilha.
A Cerimónia da Entrega de Prémios da
“VIII Regata de Botes Baleeiros Senhora
do Socorro”, da responsabilidade da
Junta de Freguesia do Salão, terá lugar
no decorrer da Festa de Angariação de
Fundos para a actividade desta Secção,
marcada para o dia 26 do corrente, no
CNH.
Disputadas 8 Regatas: Salão ga-
nhou o Campeonato da Secção de
Botes Baleeiros da Ilha do Faial
2014
CLASSIFICAÇÕES
Classificação da “VIII Regata Senhora do Socorro”, do Salão – 7ª do Campeona-
to de Ilha do Faial 2014:
1º “Senhora das Angústias”: Junta de Freguesia das Angústias – Oficial: José Gon-
çalves
2º “Capelinhos”: Junta de Freguesia do Capelo – Oficial: Luís Decq Mota
3º “Senhora do Socorro”: Junta de Freguesia do Salão – Oficial: Pedro Garcia
4º “Senhora da Guia”: Junta de Freguesia da Feteira – Oficial: Rute Matos
5º “Claudina”: Clube Naval da Horta – Oficial: Susana Salema
6º “Maria da Conceição”: Clube Nava da Horta – Oficial: Luís Alves
7º “São José”: Junta de Freguesia do Capelo – Oficial: Vítor Mota
“Senhora de Fátima”: Junta de Freguesia de Castelo Branco – Oficial: António Luís
(DSQ)
Classificação da “Regata do 67º Aniversário do CNH” – 8ª e última do Campeo-
nato de Ilha do Faial 2014:
1º“Senhora do Socorro”: Junta de Freguesia do Salão – Oficial: Pedro Garcia
2º “Capelinhos”: Junta de Freguesia do Capelo – Oficial: Luís Decq Mota
3º “Senhora das Angústias”: Junta de Freguesia das Angústias – Oficial: José Gon-
çalves
4º “Senhora da Guia”: Junta de Freguesia da Feteira – Oficial: Rute Matos
5º “Maria da Conceição”: Clube Nava da Horta – Oficial: Luís Alves
6º “Claudina”: Clube Nava da Horta – Oficial: Susana Salema
7º “São José”: Junta de Freguesia do Capelo – Oficial: Vítor Mota
“Senhora de Fátima”: Junta de Freguesia de Castelo Branco – Oficial: António Luís
(DSQ)
Nota: DSQ (Desqualificado)
Classificação do Campeonato da Secção de Botes Baleeiros da Ilha do Faial
2014:
1º“Senhora do Socorro”: Junta de Freguesia do Salão – Oficial: Pedro Garcia/José
Alberto Norte
2º “Capelinhos”: Junta de Freguesia do Capelo – Oficial: Luís Decq Mota/César
Matos
3º “Senhora das Angústias”: Junta de Freguesia das Angústias – Oficial: Nuno
Silva/José Gonçalves
4º “Senhora de Fátima”: Junta de Freguesia de Castelo Branco – Oficial: António
Luís/César Pereira
5º “Senhora da Guia”: Junta de Freguesia da Feteira – Oficial: Rute Matos/Ilídio
Pereira
6º “São José”: Junta de Freguesia do Capelo – Oficial: João Alves/Vítor Mota
7º “Claudina”: Clube Nava da Horta – Oficial: Susana Salema
8º “Maria da Conceição”: Clube Nava da Horta – Oficial: Luís Alves/Mário Carlos
67 Anos de Vida do CNH: Mais de 200 pessoas no Convívio de An-gariação de Fundos para a Secção de Botes Baleeiros da Ilha do Faial
Por iniciativa do Clube Naval da Horta (CNH) e da Secção de Botes Baleeiros da Ilha do Faial, realizou-
se na noite desta sexta-feira, dia 26, um Convívio destinado a Angariar Fundos para fazer face às avulta-
das despesas desta Secção, cuja ementa constou de porco no espeto. Esta actividade congregou mais de 2
centenas de pessoas e inseriu-se no Programa Comemorativo do 67º Aniversário do Clube Naval da Hor-
ta, cuja data oficial de criação foi precisamente a 26 de Setembro de 1947.
Foram muitos os que deram vida a este convívio, correspondendo ao apelo lançado
O Forte de Santa Cruz visto
da Marina da Horta
O Forte de Santa Cruz com
a magnífica vista sobre a
Baía da Horta e a monta-
nha do Pico
Baía da Horta
Direitos Reservados
A 27 de Setembro de 1814,
travou-se na Baía da Horta,
ilha do Faial, uma das mais
belas batalhas navais protago-
nizada pelo brigue corsário
americano “General Arms-
trong” e por uma esquadra
britânica comandada pelo
Comodoro Robert Lloy. A ba-
talha ocorreu durante a guer-
ra entre os EUA e a Inglaterra,
quando uma frota de navios
britânicos, que estava a atra-
vessar o Atlântico, foi surpre-
endida pela presença do cor-
sário “General Armstrong”,
fundeado na Baía da Horta.
Esta batalha, que decorreu em
porto neutral, desencadeou
um longo processo diplomáti-
co entre Portugal, Inglaterra e
os EUA e só estaria concluído,
com a arbitragem de Luís Na-
poleão a favorecer os EUA, em
1851.
No ano em que se comemora
o bicentenário deste combate
naval, o Observatório do Mar
dos Açores (OMA) e a Câmara
Municipal da Horta (CMH)
promoveram, na cidade da
Horta, um Colóquio que con-
tou com a participação de
historiadores açorianos e
americanos, que abordaram
uma variedade de temas cen-
trados na batalha e nos acon-
tecimentos que lhe sucede-
ram, o qual se enquadra na
Guerra de 1812.
O Colóquio Internacional foi
intitulado “A bela batalha do
HÁ 200 ANOS
A Ilha do Faial lembrou este
sábado (dia 27 de Setembro)
a batalha que há 200 anos
influenciou a independência
dos EUA. O programa evoc-
ativo decorreu na Pousada
de Santa Cruz, na cidade da
Horta.
A 27 de Setembro de 1814,
travou-se na Baía da Horta,
ilha do Faial, uma das mais
belas batalhas navais pro-
tagonizada pelo brigue
corsário americano “General
Armstrong”
brigue General Armstrong”,
em homenagem ao navio
norte-americano, de dois
mastros, que acabou por se
afundar após o combate.
O evento decorreu este sába-
do, dia 27, na Pousada de
Santa Cruz, uma unidade que
funciona no interior de uma
antiga fortificação, junto ao
mar, perto da qual terá ocor-
rido “a bela batalha do bri-
gue General Armstrong”.
Esta iniciativa contou com o alto patrocínio da Secretaria do Turismo e Transportes e com o apoio da Assembleia Legislativa da Região Autóno-ma dos Açores (ALRAA), Câ-mara do Comércio e Indús-tria da Horta (CCIH) e Pousa-das de Portugal.
O Clube Naval da Horta foi
convidado para estar presen-
CMH e OMA organizaram Colóquio Internacional: Clube Naval da Horta convidado a estar presente nas Comemorações do Bicentenário da Ba-talha do “General Armstrong”, na Baía da Horta
te no Colóquio Internacional,
tendo o Director António João
representado esta instituição
em nome do Presidente da
Direcção do CNH, José Decq
Mota, que se encontra em
França, na Cerimónia de En-
trega de Prémios da Regata
“Lorient - Horta Solo”.
Segundo os historiadores, os
norte-americanos, capitanea-
dos por Samuel Read, não se
mostraram preocupados com
a chegada dos ingleses, aten-
dendo à posição neutral que
Portugal tinha na guerra entre
os dois países.
Os ingleses, comandados pelo
almirante Robert Lloyd, enten-
deram a indiferença dos norte
-americanos como uma provo-
cação e durante a noite terão
tentado tomar de assalto o
“General Armstrong”.
Existem diferentes versões
sobre a batalha naval que se
seguiu, durante a qual os nor-
te-americanos mataram mais
de uma centena de ingleses,
perdendo apenas dois ho-
mens e valendo-se do maior
poder ofensivo dos seus ca-
nhões.
Apesar da enorme diferença
no número de baixas, o navio
americano estava em clara
desvantagem em relação à
frota inglesa, acabando mes-
mo por perder a batalha, vin-
do a afundar-se no interior da
Baía da Horta.
O “General Armstrong” ficou,
ainda assim, para a história
como o navio que conseguiu
travar a armada inglesa, que
viria a chegar tarde e fragiliza-
da ao outro lado do Atlântico,
na luta contra a independên-
cia dos Estados Unidos.
Carla Dâmaso, do Observató-
rio do Mar dos Açores, explica
que foram todos estes contor-
nos da batalha que justifica-
ram a realização do Colóquio
Internacional, que contou com
a participação de especialistas
portugueses e norte-
americanos.
“Este não é, no entanto, um
evento isolado”, adiantou,
acrescentando que o OMA e a
autarquia faialense estão,
também, a ponderar construir
um memorial à batalha do
“General Armstrong”.
João Bettencourt, Director
Regional do Turismo, entende
que a criação de um memorial
à batalha de há 200 anos po-
derá constituir mais um moti-
vo para atrair a presença de
turistas norte-americanos aos
Açores.
Para o Presidente da Câmara
Municipal da Horta, José Leo-
nardo Silva, este combate
naval revela também a impor-
tância estratégica que a ilha
do Faial já teve no passado e
que pretende continuar a
manter no futuro, não como
um campo de batalha, mas
como um porto de abrigo para
milhares de embarcações de
recreio que atravessam o
Atlântico.
Intervenção da Presidente da
Assembleia, Ana Luísa Luís,
na Sessão de Abertura do
Colóquio Internacional no
Bicentenário do Combate
Naval do Brigue Armstrong na
Baía da Horta:
“Exmo. Senhor Presidente da
Câmara Municipal da Horta
Exmo. Senhor Diretor Regional
do Turismo, em representação
do Secretário de Transportes e
Turismo
Exmo. Senhor Cônsul dos Esta-
dos Unidos nos Açores
Exmo. Senhor Cônsul de Portu-
gal em New Bedford
Exmo. Senhor Presidente da
Direção do OMA
Exmos. Oradores
Minhas senhoras e meus se-
nhores
Muito bom dia a todos!
Permitam que inicie esta mi-
nha breve intervenção dando
as boas vindas, em inglês, aos
nossos visitantes dos Estados
Unidos da América.
Welcome to Faial!
Have a wonderful stay among
us and feel at home. It is a
great pleasure to have you
here.
This is the most overwhelming
way of bringing Portugal and
USA, Azores and Massachu-
setts, Horta and New Bedford
together: celebrating what
has crossed our
history in the past.
We aim to create in this spe-
cial celebration a step for the
future so that we can build a
closer approach between our
institutions and a stronger
relationship of the people who
live in your country and in our
country.
Our emigration has contribut-
ed during centuries to rein-
force the ties that our history
designed. In the last century,
particularly in the sixties, our
people left Azores to follow
a dream and to make a new
and more comfortable life.
They did it. And they also
helped America with their ta-
xes and their work. That’s
what
happens in the world. Power-
ful countries need the small
countries to grow up. We are,
indeed, a small country, a
small region, a small island,
but we have certainly a
strong
history because we are peo-
ple of strong will.
So, America is for us almost a
second land, the land in
which significant parts of our
people live and have their
children and grandchildren.
America is the country where
we have cousins, godfathers
and godmothers, brothers
and sisters. America is also
part of our literally imagi-
nary. Several poets refer
America as an extension of
our identity, maybe a wing of
our fantasy and a ground
toward our goals.
That’s why this Armstrong
meeting is so important. Be-
cause it is an opportunity to
celebrate history, institu-
tions, peace and friendship
between people.
Thank you for coming.
Caras e Caros amigos, agora
em português, as minhas
primeiras palavras também
não podiam deixar de ser de
boas-vindas a todos os parti-
cipantes neste evento e de
reconhecimento à Câmara
Municipal da Horta e ao
OMA, assim como a todas as
entidades que apoiaram este
colóquio.
Esta iniciativa junta, ao abri-
go da história, Portugal e os
Estados Unidos, os Açores e
Massachusetts, Horta e New
Bedford. Mais: esta comemo-
ração leva-nos a rever os
laços consolidados entre as
nossas terras e as nossas
gentes e a projetar essa liga-
ção no futuro. Esta relação
vem de longe, dos primeiros
açorianos que chegaram à América no século XVIII, e passou pela chegada da família Dabney aos Açores e a esta ilha, nos remo-
tos anos de 1800.
Passou pela batalha que este colóquio evoca, pelas primeiras amaragens dos aviões da Pan América, pelos muitos faialenses e
açorianos que fizeram dos Estados Unidos um dos mais importantes países recetores da nossa emigração – e aqui não posso
deixar de recordar o “Azorean Refugee Act” que o ex-presidente norte-americano John F. Kennedy levou ao Congresso dos EUA,
em 1958, permitindo a milhares de faialenses recomeçarem as suas vidas naquele país, após a erupção do vulcão dos Capeli-
nhos.
Esta relação passa também por um património material e imaterial tecido nas duas margens do Atlântico, com afetos, família,
emoções, raízes identitárias, mas também com baleeiras, marcas museográficas, edificações da família Dabney, registos histori-
ográficos ainda por aprofundar.
Assim, importa que a ação das nossas instituições, açorianas e americanas se foque na intensificação desta ligação secular pre-
servando esse património evocativo de açorianos e americanos, que perpetuará na memória futura os feitos do passado.
Caros amigos, esta comemoração é, na verdade, uma oportunidade para celebrarmos esta herança mas também para pormos
os olhos no futuro e revitalizarmos o que pode e deve ser protegido, acarinhado e defendido, na medida em que é um espólio
para os naturais, uma atração para os visitantes e porque representa o respeito pela história de um povo.
Obrigada pelo vosso convite. É um prazer estar convosco”.
Ilha do Faial foi a escolhida nos Açores para apresentação do Projecto Portugal Náutico e Oceano XXI
Numa iniciativa conjunta da Associação Empresarial de Portu-
gal (AEP) e do Oceano XXI - Cluster do Conhecimento e da Eco-
nomia do Mar em Portugal, foi apresentado na tarde de sexta-
feira passada, dia 19, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, o
Projecto Portugal Náutico.
O evento contou com o apoio da Direcção Regional dos Assun-
tos do Mar e da Direcção Regional do Turismo, do Governo
dos Açores, da Portos dos Açores, S.A. e da Câmara Municipal
da Horta.
O Oceano XXI - Cluster do Conhecimento e da Economia do
Mar em Portugal, promoveu também uma sessão de apresen-
tação desta organização, no sábado, dia 20, no Auditório da
Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça, tam-
bém na cidade da Horta.
O potencial da náutica em Portugal
O Projecto Portugal Náutico pretende chamar a atenção dos
agentes económicos e institucionais para o potencial da náuti-
ca em Portugal, através da criação de uma rede que consolide
as competências do país no sector da náutica de recreio e que
dê corpo a uma estratégia colectiva que conduza à organiza-
ção e desenvolvimento do mesmo.
A AEP tem como missão a promoção da dinâmica empresarial
e a sua internacionalização, ao passo que a Oceano XXI é uma
associação privada sem fins lucrativos, responsável pela dina-
mização do “Cluster do Conhecimento e da Economia do
Mar”, Estratégia de Eficiência Colectiva reconhecida em 2009
pelo Programa COMPETE. No âmbito da sua actividade, a Oce-
ano XXI tem realizado um conjunto de iniciativas dirigidas às
principais fileiras da economia do mar, de forma a que, con-
juntamente com os diversos actores, sejam encontradas for-
mas de promover o enriquecimento das respectivas cadeias de
valor.
Tendo em conta os mesmos interesses e a necessidade de
uma acção conjunta nesta matéria, a AEP e a Oceano XXI deci-
diram avançar com este Projecto, seguindo uma metodologia
de envolvimento e abertura à participação dos diferentes ac-
tores implicados no tema, especialmente aqueles que se en-
contram ligados aos desportos náuticos, desde a vela, o remo,
a canoagem, o mergulho, a pesca desportiva e as actividades
marítimo-turísticas, incluindo as escolas, os clubes, as empre-
sas, organismos públicos, praticantes e todos aqueles que pos-
sam contribuir para o desenvolvimento da náutica no país.
Segundo os parceiros, o trabalho a desenvolver procura valori-
zar e capitalizar o conjunto de estudos e de projectos já reali-
zados sobre o tema e identificar propostas de acção que pos-
sam ter concretização, nomeadamente no quadro dos instru-
mentos financeiros do próximo período de programação de
Fundos Comunitários.
Este é um tema relevante para a Horta e para Região dos Aço-
res, onde as actividades náuticas se têm afirmado como um
pilar de fundamental de desenvolvimento, exponenciando a
vocação natural dos Açores para os assuntos do mar.
Clube Naval da Horta: experiência e know-how nos des-
portos náuticos
Horta na centralidade dos Assuntos do Mar, nos Açores
O repto foi lançado pela Associação Empresarial de Portugal e
pela associação Oceano XXI, tendo o Presidente da Câmara
Municipal da Horta, José Leonardo Silva, se associado ao aco-
lher esta sessão nos Paços do Município. Na ocasião, o autar-
ca, que é também presidente da Comissão Náutica Municipal,
defendeu que “a Horta reúne todas as condições para se afir-
mar como a centralidade dos Açores no que toca aos Assuntos
do Mar”.
No entender de José Leonardo Silva, este Projecto cruza-se
com os objectivos do Faial e do Município, através do pelouro
do Mar, Inovação e Empreendedorismo, no sentido de desen-
volver uma cultura empresarial “que congregue todos os inte-
resses e conhecimento no que às questões do mar diz respei-
to, nomeadamente a náutica de recreio”, que tem, segundo o
Presidente da Câmara Municipal da Horta “registado uma
grande expansão nos últimos anos”.
“A criação de um Cluster do Mar, aliado a uma oferta integra-
da e competitiva ao nível dos vários serviços de apoio ao iatis-
ta, têm no Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP), na
Secretaria Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, na Portos
dos Açores e no Clube Naval da Horta, parceiros imprescindí-
veis que contribuem para a consolidação da aposta no destino
Açores, com o Faial a assumir-se desde logo, como destino de
referência na náutica de recreio”, realçou este responsável.
José Leonardo Silva acredita que uma oferta orientada no sen-
tido de quem visita o Faial permitirá desenvolver ainda mais a
economia do Mar, salientando que “estão assim reunidas to-
das as condições para o surgimento de profissões ligadas ao
mar e criadas as bases para a aposta em novas áreas de negó-
cio”.
O governante faialense lembrou que a cidade da Horta é mui-
to procurada para “hibernagem” de embarcações de recreio
“pelas excelentes condições que a Marina oferece”. Por isso,
alerta para a necessidade de se explorarem novas oportunida-
des, apontando o arranque da segunda fase do Porto da Horta
como fundamental para essa estratégia de desenvolvimento.
Também o Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia,
Fausto Brito e Abreu, destacou o facto de os Açores participa-
rem em todas a iniciativas que às questões do Mar dizem res-
peito. “Temos, em regra, participado em todos os desenvolvi-
mentos de estratégias nacionais para o Mar e em todas as
iniciativas que desenvolvem a chamada economia azul”.
Galardões podem ajudar a atrair turismo certo
Fausto Brito e Abreu frisou ainda que “o Governo dos Açores
tem um interesse especial” por este Projecto, adiantando que,
“da mesma forma que Portugal, como país, cresce na sua ple-
nitude quando se contempla o Mar, dentro de Portugal, os
Açores, sendo pequenos em população e em hectares terres-
tres, crescem quando se contempla a nossa zona marítima”.
Este governante lembrou que “a Região Autónoma dos Açores
tem sabido usufruir plenamente dos poderes que a Constitui-
ção dá para a administração do nosso Mar” garantindo que “o
Governo continuará a criar investimentos no desenvolvimento
de uma rede de infraestruturas que apoiem actividades náuti-
cas em portos, distribuídos por várias ilhas, aspecto funda-
mental para promover a oferta de turismo náutico”.
Nesse contexto, salientou o facto de os Açores manterem
“uma tradição de notoriedade na vela desportiva e nas com-
petições desportivas internacionais”, o que constitui mais uma
razão para que o Executivo promova, sempre que pode, o co-
nhecimento da Região Autónoma como um destino turístico
de excelência.
O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia fez ques-
tão de lembrar os vários galardões que os Açores têm recebi-
do, nomeadamente o galardão Platina da Quality Coast, que
demonstra o reconhecimento internacional do trabalho que
tem sido feito na promoção e turismo sustentado na Região.
“Tenho esperança de que estes galardões sirvam para atrair o
tipo de turismo certo que nos permitirá desenvolver a oferta
turística plena, que na área do turismo náutico traz várias mais
-valias para sectores de actividade muito específicos”, subli-
nhou.
Segundo os seus promotores, este Projecto terá impactos di-
rectos em todos os sectores envolvidos na cadeia de valor da
náutica de recreio, nomeadamente os que estão ligadas ao
desporto, às marinas, às actividades industriais e serviços rela-
cionados, e contribuirá para reduzir as importações que se
cifram actualmente nos 75%, através da disponibilização de
produtos nacionais.
Por seu turno, o Director Regional dos Assuntos do Mar do
Governo Regional dos Açores, Filipe Porteiro, apresentou a
evolução da actividade náutica no Faial, nos últimos anos.
Desenvolver negócios e fomentar a economia
Maria da Saúde Inácio, do Gabinete de Projectos Especiais da
AEP, explicou que esta Associação reúne empresários e procu-
ra desenvolver os negócios e fomentar a economia. É neste
sentido que pretende actuar na náutica de recreio como uma
possibilidade de desenvolvimento de negócios e da economia
do país, nas zonas em que se podem desenvolver estas práti-
cas náuticas, explicou.
Segundo ela, esta iniciativa “tem como propósito trabalhar a
internacionalização da náutica de receio e fazer com que pos-
sa ser um negócio”.
A apresentação do Projecto esteve a cargo de Rui Azevedo,
Director Executivo do Oceano XXI - Cluster do Conhecimento e
da Economia do Mar em Portugal e de Sérgio Ribeiro, da Exer-
tus Consulting.
O Projecto está em execução
até meados do próximo ano
e foi desenhado numa lógica
agregadora, para promover a
adesão e a participação de
todas as entidades relaciona-
das com um universo de in-
teresses identificado pela
sigla MAR: Mar, Albufeiras e
Rios. É co-financiado pelo
COMPETE no âmbito do SI-
AC, com um investimento
elegível de 383 mil euros,
envolvendo um incentivo
FEDER de 306.mil euros.
Nos Açores, a Náutica de Recreio tem vindo a crescer
de forma significativa
Fotografias de: José Macedo
67 Anos de Vida do CNH: Náutica no Bar sobre “A Marinha em Operações Fora de Área” – Capitania do Porto da Horta associou-se ao Clube
- “As Missões Cooperativas em África” e “As
Missões de Combate a Pirataria na Somália”
foram abordadas na noite deste sábado, 27, no
Salão Bar do CNH, pelo Comandante e Imedia-
to da Corveta “João Roby”.
No âmbito das relações cordiais e de parceria há muito exis-
tentes entre a Marinha Portuguesa e o Clube Naval da Horta
(CNH), a Capitania do Porto da Horta associou-se às Come-
morações evocativas do 67º Aniversário deste Clube – ofici-
almente criado a 26 de Setembro de 1947 – cujas activida-
des tiveram início no dia 14 do corrente e terminam a 4 de
Outubro próximo com um Jantar festivo, no decorrer do
qual serão entregues Prémios a atletas de várias Secções do
CNH, no seguimento da realização de diversas Provas.
Um dos pontos altos deste programa foi a Náutica no Bar,
que decorreu na noite deste sábado, dia 27, e que teve co-
mo foco “A Marinha em Operações Fora de Área”. Neste
contexto, foram abordadas duas temáticas: “As Missões
Cooperativas em África”, pelo Capitão Tenente António
Mourinha, Comandante do NRP “João Roby” e “As Missões
de Combate a Pirataria na Somália”, pelo 1º Tenente Luís
Guerra, Oficial Imediato do NRP “João Roby”.
João Duarte, Vice-Presidente do Clube Naval da Horta (CNH)
começou por dar as boas-vindas à assistência e disse que,
apesar das diversas origens, havia ali um denominador co-
mum, que era o facto de todos estarem associados ao mar.
Por seu turno, o Capitão do Porto da Horta, Comandante
Diogo Vieira Branco,
também agradeceu a
presença daqueles que
tinham aceitado o con-
vite para estarem pre-
sentes neste evento,
tendo feito uma apre-
sentação sucinta dos
oradores. Entre outros
aspectos, o Capitão
Tenente António Mou-
rinha já andou embar-
cado em diversos navi-
os, desde 1990, tendo participado em 3 missões de coopera-
ção técnico-militar. Relativamente ao 1º Tenente Luís Guer-
ra, também já esteve embarcado em diversos navios, desta-
cando-se a sua participação em 2 missões de combate à pi-
rataria. Ambos partilharam as suas experiências pessoais e
profissionais no âmbito das temáticas apresentadas.
O Capitão Tenente António Mourinha foi o primeiro a falar,
tendo afirmado que era um prazer fazer parte desta iniciati-
va. Começou por explicar que missões fora de área são
aquelas que se desenvolvem fora da Zona Económica Exclu-
siva (ZEE) e da área que está confinada à Marinha.
O que é a APS?
Este orador dissertou sobre a missão Africa Partnership Sta-
tion (APS – Estação de Parceria África).
A APS é uma iniciativa internacional desenvolvida pelos EUA com o apoio de parceiros internacionais, visando melhorar a segurança marítima em África como parte de um programa de Cooperação em Segurança.
Trata-se de um programa estratégico, projectado para de-senvolver as habilidades, experiência e profissionalismo dos africanos militares, guardas costeiras e marinhei-ros. Esta missão é inspirada pela crença de que a segurança marítima eficaz contribui para a prosperidade económica e de segurança em terra. Para lidar com cada uma dessas questões com sucesso, os parceiros devem trabalhar em conjunto com um propósito comum.
A segurança dos mares é essencial para a segurança glo-
bal. Existe uma relação entre a segurança do mar e a capaci-
dade dos países para governar as suas águas, fazendo com
que haja prosperidade, estabilidade e paz. Os oceanos são
um elo comum entre as economias e os países de todo o
mundo. É preciso ter em atenção que 70% do globo é água,
80% da população mundial vive em zonas de costa ou perto
desta e que 90% do comércio mundial é transportado no
oceano. Nações individuais não podem combater sozinhas,
problemas e crimes marítimos. Nesse contexto, a APS é uma
resposta directa ao crescente interesse internacional no de-
senvolvimento de parcerias marítimas.
A APS não está limitada a um navio ou plataforma, nem as suas actividades são apresentadas apenas em determinados momentos. O programa desenrola-se de muitas formas, in-cluindo visitas a navios, equipas de treino e projectos de construção, entre outras. A Africa Partnership Station faz parte de um compromisso de longo prazo por parte de todos os países participantes e organizações da África, Estados Uni-dos, Europa e América do Sul .
O objectivo é melhorar a capacidade dos países envolvidos para estender o império da lei dentro de suas águas territori-ais e zonas económicas exclusivas e melhor combater a pes-ca ilegal, tráfico de seres humanos, tráfico de drogas, roubo de petróleo e pirataria .
A primeira implantação APS foi de Novembro de 2007 a Abril
de 2008. Entre os países visitados encontravam-se Senegal,
Togo, Gana, São Tomé e Príncipe, Camarões, Libéria, Gabão e
Guiné Equatorial.
A missão APS tem continuado no terreno, ano após ano, e
em 2009 revestiu-se de uma imagem internacional, com mili-
tares da Nigéria, Camarões, Senegal, Gana, Gabão, Itália,
Portugal, Cabo Verde, Serra Leoa, Togo, Guiné Equatorial,
Quénia, Reino Unido, França, Alemanha, Espanha, Dinamar-
ca, Malta e Brasil. Neste ano, a APS expandiu a sua missão
para Sul e Leste da África, ao visitar países como Moçambi-
que, Tanzânia e Quénia.
Segundo o Capitão Tenente António Mourinha, a APS nasceu
depois da estratégia americana criada em 2007 e trouxe con-
ceitos inovadores. Até ali, vigorava a visão do Capitão
Mahan, que defendia que os países para assegurarem o co-
mércio, tinham de possuir uma marinha forte para controlar
o mar. Essa visão foi mudada em 2007 por duas razões: em
primeiro lugar, por causa da Guerra Fria, pois sem guerra
não fazia sentido haver uma estratégia militar; e em segun-
do, devido ao 11 de Setembro de 2001, em que foi operada
uma mudança radical do mundo para os americanos, que
passaram a combater um inimigo sem rosto.
Em 2003, surge uma nova estratégia: trazer os países excluí-
dos para o desenvolvimento comercial, mudança que o Pen-
tágono e a Marinha Americana reconheceram não estarem
preparados para encarar.
A APS foi uma das primeiras missões que procurou dar corpo
à nova estratégia marítima: criar desenvolvimento num es-
paço de exclusão, tendo em conta que grande parte dos pro-
blemas que aconteciam na Europa, como pirataria, tráfico de
droga e humano, terrorismo e problemas para o comércio,
vinham das zonas limítrofes desses mundos. “Os problemas
do espaço de exclusão acabam por afectar o núcleo de funci-
onamento dos outros. E se não exportarmos segurança para
eles, eles exportam os seus problemas para os outros”, subli-
nhou o orador.
“Os americanos começaram por realizar diversas conferên-
cias em África, mas a sua entrada em Angola sempre se reve-
lou difícil devido à desconfiança que este povo tem em rela-
ção aos americanos, o que se explica por causa da Guerra
Fria”, referiu o Comandante do NRP “João Roby”, acrescen-
tando que “o objectivo dessas conferências foi implantar a
estratégia de segurança americana, passando a mensagem
aos parceiros africanos, euroatlânticos e brasileiros”.
Pela primeira vez, os 3 serviços marítimos dos EUA – Mari-
nes, Guarda Costeira e Marinha – subscreveram a estratégia
americana, concordando em enviar mais navios para países
africanos a fim de potenciar formação, incidindo em quatro
pilares:
- Formação e treino
- Construção de infra-estruturas (como por exemplo, o Cen-
tro que foi montado pelos americanos em São Tomé e Prínci-
pe)
- Conhecimento do domínio marítimo
- Actividades de relacionamento com as populações (tais
como construção de pontes, orfanatos, etc).
No decorrer da missão APS era dado treino a militares, polí-
cias e civis, em áreas como hidrografia, oceanografia ou fis-
calização da pesca, esta última aquela em que António Mou-
rinha é um expert.
A APS constituiu uma oportunidade única para várias agên-
cias e organizações não-governamentais da África, Estados
Unidos e Europa trabalharem em conjunto.
Decorrendo esta missão tipicamente em navios, o que não
requer uma base permanente em África, pode ser vista como
uma universidade móvel, deslocando-se de porto em porto.
Nesse sentido, “houve estagiários de vários países que vie-
ram treinar connosco em terra e no mar”, lembrou António
Mourinha.
O Comandante da Corveta “João Roby” afirma que “em 2007
os americanos ainda estavam a apalpar terreno” no que diz
respeito a esta estratégia.
“O objectivo de Portugal ao participar nesta missão foi reco-
lher informação e know-how”, salienta o orador.
Paz e segurança, estabilidade regional, prosperidade econó-
mica e emprego e oportunidades, são algumas das recom-
pensas da missão APS.
Como pontos fortes, são apontados vários, entre eles:
Náutica no Bar (cont)
- Conhecimento crescente dos países visitados em termos de
necessidades de treino e equipamento
- Actividades de apoio comunitário e doações
- Actividades de apoio médico
- Actividades de treino dos Marines
- Actividades de âmbito académico
- Projecto de “trainees” embarcados (militares embarcados)
- Relações Públicas
- Grande disponibilidade financeira (os americanos davam
um subsídio diário aos africanos para incentivá-los a aderir
às iniciativas, o que lhes agradava e que fazia com que parti-
cipassem).
No que concerne a fragilidades, a APS deparou-se com:
- Actividade de formação e treino de componente marítimo
- Formação e treino dos “trainees” embarcados
- Necessidade de tradução para os formandos anglófonos
- Concentração de formação e treino num período curto
- Tamanho do staff embarcado
- Aparente falta de confiança nos parceiros internacionais
- Dificuldade cultural dos americanos no relacionamento
com os africanos
- Plataforma utilizada (navio com 40 anos, antigo que não
estava bem equipado, não tinha helicóptero nem mergulha-
dores a bordo)
- Medidas de segurança portuária (o navio tinha muitos con-
tentores a bordo o que afastava o contacto com a população
local)
- Falta de acompanhamento permanente dos países apoia-
dos.
Entre as várias vantagens da APS para a América, está a
aproximação político-diplomática a Países Africanos e a pre-
sença e influência crescente numa zona estratégica de Áfri-
ca.
Relativamente às vantagens para Portugal, são exemplos:
- Fortalecimento das nossas relações com a Marinha Ameri-
cana, uma vez que temos presença frequente nos Países
Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) para ajudar a
desenvolver a capacidade militar destes países
- Possibilidade de coordenação com a Cooperação Portugue-
sa na aplicação dos recursos da APS
- Conhecimento dos problemas e das
actividades nesta área do Globo (os fran-
ceses são os que melhor os conhecem e
permanecem lá)
- Possibilidade de estreitar laços com
algumas Marinhas Africanas/Países Afri-
canos
- Conhecimento operacional e estratégi-
co da região
- Divulgação da Marinha Portuguesa e
de Portugal
- Presença numa área de interesse estra-
tégico para Portugal.
No entender deste conselheiro da missão APS “este é um
espaço estratégico onde Portugal deve estar presente”.
O último ponto da abordagem do Capitão Tenente António
Mourinha prendeu-se com impressões pessoais desta mis-
são.
Sendo a caça submarina uma actividade lúdica para este
português, o mesmo teve oportunidade de revelar os seus
dotes culinários, tendo feito peixe assado. Embora o cozi-
nheiro de serviço inicialmente não tenha apreciado esta
intrusão, uma vez que os americanos só comem peixe como
filetes, a verdade é que no fim todos exibiram, orgulhosos, o
prato, que foi muito apreciado.
António Mourinha também deu o seu apoio na Direcção
Regional da Fiscalização da Pesca e visitou uma aldeia de
pescadores no Gana, que “era muito pobre”.
Viveu experiências nos Camarões (que têm esta designação
precisamente pela abundância deste marisco), fez amigos no
Gana, Senegal, nos Camarões e com brasileiros. Embrenhou-
se na floresta tropical, constatou “in loco” a normalidade
que é os homens andarem de mão dada (contrariamente ao
que é aceite em relação às mulheres), apercebeu-se de que
as tribos na Nigéria fazem pirataria, conviveu com forman-
dos de Cabo Verde que se encontravam embarcados e ficou
a observar o contentamento das crianças, para quem as latas
de sardinhas constituíam um brinquedo, contrariamente às
nossas que só querem tecnologias, e mesmo assim, demons-
tram-se muitas vezes insatisfeitas com estas modernices.
Somália: país sem lei
O 1º Tenente Luís Guerra, Oficial Imediato do NRP “João
Roby”, que participou em missões nos anos de 2009 e 2010,
abordou o tema “As Missões de Combate à Pirataria na So-
mália”, um país com uma população composta por várias
etnias, que há décadas lida com a ausência de um governo
central forte e enfrenta conflitos internos severos entre se-
nhores da guerra e outros grupos armados. Entre 1991 e
2012, o país ficou sem um Parlamento e um governo central
articulado, o que contribuiu para que regiões inteiras fossem
ao caos da insegurança e falta de estrutura.
A pirataria teve a sua era de ouro nos mares internacionais
entre os séculos XVI e XVII. Era uma actividade extremamen-
te lucrativa e, em grande parte, ilegal, já que apenas os cor-
sários tinham autorização dos seus governos para atacar e
saquear navios de nações inimigas. Quatro séculos depois, os
piratas voltaram ao activo e muitos, piratas e mandantes,
ganharam grandes quantias de dinheiro.
Após a segunda fase da Guerra Civil na
Somália, em 2005, os actos de pirataria
nas costas deste país recrudesceram e
transformaram-se lentamente num ne-
gócio lucrativo, dominado por “Senhores
da Guerra” locais sem nenhuma base
jurídica, moral, ou ética. Na sequência
da transformação da Somália num Esta-
do falhado, sem lei, ou ordem, onde
impera o caos absoluto, fruto da luta
fratricida de uma sociedade dividida em
clãs rivais, algumas frotas pesqueiras
internacionais, sem escrúpulos, depre-
daram o mar territorial e a Zona Econó-
mica Exclusiva (ZEE) da Somália, reduzin-
do o stock de peixes na zona e colocando em causa a eventu-
al subsistência de elevadas camadas da população local. No
mesmo período, outro tipo de navios aproveitando-se do
vazio de poder criado, despejaram lixo tóxico nas águas da
Somália. Existem relatos que evidenciam actos praticados
por petroleiros que, aproveitando a ausência de fiscalização,
lavaram os seus tanques ao largo desse país, em flagrante
violação do Direito Internacional, poluindo de forma grave a
área, o que pode ser considerado um autêntico crime ambi-
ental contra a população somali e contra o mundo inteiro.
Os primeiros actos de pirataria foram cometidos por forças
irregulares de pescadores somalis a navios de pesca em
águas territoriais e seguiram uma agenda nacionalista e de
defesa dos seus recursos e espaço natural que, embora não
justificadas pelo Direito Internacional, podiam colher a com-
preensão e até alguma simpatia da maior parte das pessoas.
No entanto, essa reacção inicial quase que legítima, rapida-
mente se transformou num negócio lucrativo, por via das
avultadas somas de dinheiro, pagas pelos resgates de navios
e tripulações, sem nenhum objectivo político, ou defensivo,
tendo-se estendido os ataques a toda a navegação mercante
na zona, inclusive a áreas muito afastadas, dentro do Oceâni-
co Índico e Golfo de Adem.
Convém lembrar que a pirataria não é um fenómeno exclusi-
vo da Somália, mas que infelizmente se generalizou nas cos-
tas de Estados falhados, cuja definição não é clara, mas en-
volve a total ou parcial incapacidade de um estado em man-
ter princípios básicos de sua soberania, tais como garantir a
segurança da população, manter as suas fronteiras protegi-
das, oferecer serviços básicos e garantir a aplicação interna
das leis e da ordem. Sem esses requisitos, a Somália transfor-
mou-se num dos paraísos da pirataria.
Relativamente às origens da pirataria na Somália, o 1º Te-
nente Luís Guerra disse que nos anos 70 e 80 era uma activi-
dade apenas à escala de criminosos locais, que nunca actua-
vam a mais de 22 kms da costa. Nos anos 90, actuavam como
“guarda costeira”, e em 2004, assiste-se a uma reviravolta,
passando a sequestrar navios mercantes de todo o mundo.
“Trata-se de um território que funciona como depósito de
resíduos perigosos, onde se encontra urânio radioactivo e
uma população assustada com doenças. É visível pobreza,
falta de emprego, problemas ambientais, redução de recur-
sos e instabilidade”, sustenta este militar.
É importante reflectir também na população da Somália e
nas suas motivações para os actos de pirataria. Um país de-
vastado por uma guerra civil interminável, em que se deu
por completo a falência do Estado, constitui uma fonte ines-
gotável de recrutamento de jovens quer para actividades
paramilitares de clãs, quer para a pirataria.
Um acto singular de pirataria pagará aos participantes o sufi-
Náutica no Bar (cont)
ciente para poderem sustentar o resto da vida a sua família
e, como tal, são vistos localmente como heróis, colhendo o
apoio da maioria da população que, no seu desespero, consi-
dera legítima essa actividade. Convém também recordar que
os piratas na Somália atacam os próprios navios do progra-
ma da ONU, para a ajuda alimentar à Somália, pondo em
risco esse programa que tem salvo milhares de vidas do po-
vo somali. Por causa destes ataques, essas embarcações de
ajuda humanitária têm de ser escoltados permanentemente
por navios de guerra a fim de conseguirem descarregar na
costa da Somália esses produtos alimentares da ajuda inter-
nacional.
Esses ataques, actos inaceitáveis de pirataria à luz do Direito
Internacional, contra todo o tipo de navegação mercante,
corroem o princípio basilar da liberdade dos mares e da livre
circulação de bens e mercadorias por via marítima. Como
consequência destes actos, muitos inocentes são feitos re-
féns por largos períodos de tempo, chegando mesmo alguns
a perder a vida.
Face à posição geo-estratégica da Somália, os actos de pira-
taria a partir deste país têm afectado profundamente um
dos corredores mais importantes e vitais para a economia
global, que é a rota Índico-Atlântico através do estreito de
Adem – Canal do Suez. E esse facto tem grande impacto glo-
bal, pois representa um risco para a segurança internacional
e, principalmente, porque ameaça as actividades comerciais
numa rota marítima valiosa. De acordo com um relatório da
ONU sobre drogas e crime, que analisou a situação do
Djibouti, Etiópia, Quénia, Seychelles e Somália, a pira-
taria custa à economia global cerca de 18 mil milhões de
dólares por ano no que diz respeito ao aumento dos custos
do comércio. O surto de pirataria também reduziu a activi-
dade marítima no Chifre da África, prejudicando o turismo e
a pesca nos países do leste africano, desde 2006.
União no combate aos piratas
Os ataques não só têm colocado em perigo o normal abaste-
cimento de combustíveis dos Países Ocidentais, assim como
as trocas comerciais entre o Ocidente e a Ásia. Em resultado
do perigo real que esta ameaça representa para a economia
global, pela primeira vez, uma coligação de países muito
alargada e historicamente antagonistas, enviou para a zona
da Somália navios de guerra para controlarem e conterem
este fenómeno preocupante, de forma totalmente coope-
rante.
A Rússia, a China, os países da NATO (Portugal incluído), a
Índia e a Austrália entre outros, contribuem activamente
com navios de guerra no combate à pirataria marítima, no
que é percebido por todos como uma elevada ameaça glo-
bal.
Para se perceber a importância desta ameaça, é necessário
ter em mente que 90% de todos os produtos transacciona-
dos o são por via marítima. Os custos, quando comparados
com os do transporte terrestre, ou aéreo, são quase negli-
gentes, tendo um impacto insignificante no preço final do
produto, de cerca de 1%. É precisamente a liberdade dos
mares à livre circulação de mercadorias e produtos, o seu
baixo custo de transporte e o acesso global, que veio permi-
tir o desenvolvimento de uma economia à escala mundial e
que constitui o pilar do desenvolvimento actual. São os laços
que se estabeleceram nos últimos 20 anos, em resultado
dessa economia global, fortalecidos através de uma elevada
interdependência entre todos os actores e agentes económi-
cos desse processo, que tornarão quase impossível um con-
flito de larga escala no futuro, contribuindo assim para um
mundo mais pacífico e partilhado.
Caracterização dos piratas e da sua actuação
Em termos de caracterização, os piratas da Somália tinham
entre 16-46 anos de idade, sendo ex-pescadores e ex-
polícias, que se dedicavam a esta actividade pelo dinheiro,
sem razões ideológicas.
Os clãs, sob as ordens de senhores da guerra locais, viram
neste fenómeno uma nova forma de se financiarem e pros-
seguirem as suas agendas de poder que tanta disrupção,
fome, miséria e sofrimento trouxeram ao povo somali. Rapi-
damente transformaram os pescadores em verdadeiros pira-
tas, sem escrúpulos, enviando-os mar adentro, em acções
ofensivas e ousadas sob a égide do lucro rápido e fácil.
Luís Guerra referiu que, “primeiro, o reconhecimento dos
piratas a longa distância tornava-se difícil. Mas, depois, os
barcos passaram a ser reconhecidos pelo uso de escadas de
abordagem, grandes quantidades de combustível a bordo,
exibindo motores fora da borda de água para alcançarem
maior velocidade. Como a Marinha actuava mais na costa,
passaram a afastar-se para fora, até às 200 milhas”.
No que se refere ao Modus Operandi, apresentavam-se em
grupos de 3 pequenas embarcações com motor de bordo e 3
a 5 atacantes por embarcação. Faziam muitos disparos cau-
sando grande número de estragos não tanto com o intuito
de matar mas, sim, de assustar, e usavam embarcações se-
questradas como navios-mãe a fim de reabastecerem em
alto mar, a 170 kms de costa. Eram persistentes no ataque e
uma vez a bordo continuavam a disparar, estando sob o efei-
to de khat (erva estimulante, que causa euforia e excitação).
“O facto de usarem navios mercantes como navios-mãe – o
que lhes permitia levarem mais combustível e mantimentos
– e a distância a que operavam da costa, inicialmente não
levantava suspeitas sobre o facto de se tratar de navios pira-
ta”, sublinha o Oficial Imediato da Corveta “João Roby”,
acrescentando que “mais tarde descobriu-se que havia orga-
nizações internas a auxiliá-los neste tipo de pirataria”.
De acordo com o relatório da ONU já referido, os mais ricos
financiavam as actividades criminosas em troca de lucros
entre 30% e 75% dos valores dos resgates, enquanto os pira-
tas que abordam os navios ficavam com menos de 0.1% do
total. Os poderosos costumavam receber entre 30 mil a 75
mil dólares por navio invadido.
“Sempre que viam militares, os piratas atiravam as armas ao
mar. A arma preferida era a Kalashnikov, que mesmo enfer-
rujada e mal-tratada, continuava a disparar”, constatou Luís
Guerra.
Durante a missão, este português reparou que “num campo
típico de piratas, o que mais se via eram skiffs (barcos) e ar-
mas”. E frisa: “Os Toyota Land Cruiser que utilizavam, con-
trastavam com a pobreza daquela área”.
Alguns moradores apreciaram o efeito “rejuvenescedor” que
a presença dos piratas estava a gerar, os quais gastavam di-
nheiro e abasteciam-se na costa local, o que estava a ser
naquelas cidades tão empobrecidas, sinónimo de empregos
e oportunidades onde antes não existia nada. Vilarejos intei-
ros foram transformados em cidades que experimentaram
um crescimento demográfico exponencial, com possibilidade
de acesso a artigos até ali inacessíveis e considerados como
luxo.
Ironicamente, “os piratas davam melhores condições à popu-
lação do que o governo, com a construção de edifícios e a
possibilidade de formação”, realça o 1º Tenente Luís Guerra,
garantindo que “em cerca de 2 anos, estas missões consegui-
ram acabar com a pirataria na Somália”.
Antes de 2009, a postura em relação aos piratas capturados
consistia em identificá-los, tirar fotografias e retirar-lhes to-
do o material. Posteriormente, também foram registados os
números de série das embarcações e assinaladas com tinta
vermelha, o que facilitava a sua identificação posteriormen-
te.
Depois de 30 de Outubro de 2009, a República das Seychelles
começou a ficar com os piratas. Com a destruição das embar-
cações usadas por eles, houve uma redução do número de
skiffs.
A dimensão da área de intervenção versus o número de mili-
tares, bem como a falta de informação, foram limitações
desta missão.
No combate à Pirataria na Somália foram implementadas
várias medidas, entre elas o facto de os atuneiros terem pas-
sado a usar armamento de guerra.
No que refere às Operações Anti-Pirataria, em Janeiro de
2009 passou a haver controlo do tráfego de armas, pessoas,
drogas e combate à pirataria.
Em Dezembro desse ano, a União Europeia pôs em marcha a
Operação Atalanta com navios mercantes, o que foi sinóni-
mo de uso da força, mas com poucas baixas.
A Operação Atalanta, desenvolvida em coordenação com
várias forças e países, era de natureza militar e tinha como
objectivos dar protecção aos navios do Programa Alimentar
Mundial (PAM), que entregam ajuda alimentar às pessoas
deslocadas na Somália; proteger navios vulneráveis que na-
vegavam ao largo da costa somali, bem como a dissuasão,
prevenção e repressão dos actos de pirataria e assaltos à
mão armada ao largo da costa da Somália (que, para termos
uma ideia, ocupa uma área do tamanho do Mediterrâneo).
...mais Resultados Desportivos de setembro
1º José Armando Silva
2º José Escobar
3º Teles Neves
4º Moisés Sousa
5º Juliana Nóbrega
6º Fernando Medeiros
6º Samuel Raposo
CLASSIFICAÇÃO DA 6ª PROVA:
Classes ORC
ORC A – 1ª Regata:
“Azul” – Luís Quintino – DNC
“Mariazinha” – Manuel Gabriel Nunes –
DNC
“Dance Away” – Barrie Mckinnell – DNC
“Rift” – Carlos Moniz – DNC
ORC B – 1ª Regata:
1.”No Stress” – António Oliveira
2.”Tuba V” – Fernando Rosa
3.”Rajada” – António Luís
“Além Mar” – António João – DNC
ORC A – 2ª Regata:
“Azul” – Luís Quintino – DNC
“Mariazinha” – Manuel Gabriel Nunes –
DNC
“Dance Away” – Barrie Mckinnell – DNC
“Rift” – Carlos Moniz – DNC
ORC B – 2ª Regata:
1.”No Stress” – António Oliveira
2.”Tuba V” – Fernando Rosa
3.”Rajada” – António Luís
“Além Mar” – António João – DNC
Nota: DNC (não competiu)
CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO
Classe ORC A:
1.“Azul” – Luís Quintino
2.”Rift” – Carlos Moniz
3.“Mariazinha” – Manuel Gabriel Nunes
4.”Dance Away” – Barrie Mckinnell
Classe ORC B:
1.”No Stress” – António Oliveira
2. “Além Mar” – António João
3.”Tuba V” – Fernando Rosa
4.”Rajada” – António Luís
1º “Senhora da Guia”
2º “Rosana”
3º “Zeus”
4º “Gustavo”
5º “Star”
Menor:
1° - Ricardo Raimundo: 13'54''
Iniciado Feminino:
1° - Mariana Rosa: 14'11''
Infantil Masculino:
1°- Clésio Pereira: 12'05''
2° - Lea Nero Curvelo: 12'55''
3° - João Ponte: 13'03''
Cadete Feminino:
1° - Patrícia Piedade: 13'25''
Cadete Masculino:
1° - Octávio Moreira: 11'14''
2°- Guilherme Nunes: 12'11''
Veterano C:
1° - Frederico Benjamim: 13'10''
Prova de Aniversário de Pesca Desport iva de Costa
Campeonato Local de Vela de Cruzeiro
Prova de Apuramento do Campeonato Regional de Pesca Desport iva de Corrico
Prova de Aniversário de Canoagem
1º “Rosana”
2º “100 Peixes”
3º Gustavo”
4º Star”
Escolinhas
1º Leonor Pó
2º Ana Luísa
3º Maurício
Optimist A
1º Jorge Pires
2º Tomás Pó
3º Tomás Oliveira
4º Bernardo Melo
5º Mariana Luís
6º Rita Branco
7º Ricardo Henriques
8º Pedro Moniz
9º Zakhar
10º Artur Moimiaux
11º Artur Silva
Laser 4.7
1º Pedro Costa
2º Jorge Medeiros
3º André Costa
4º Vasco Escobar
420
1º Ricardo Silveira-Tiago Serpa
2º Jorge Silva-Bartolomeu Ribeiro
Access 2.3
1º Libério Santos
2º Rui Dowling
Prova de Remo Feminino – Dois Botes Ba-
leeiros concorrentes:
1º “Senhora da Guia” – Junta de Freguesia
da Feteira – Oficial: Ana Sousa
2º “Santo Cristo” – Junta de Freguesia de
São João do Pico – Oficial: Guida Neves
Prova de Remo Masculino – Quatro Botes
Baleeiros concorrentes:
1º “São José” – Junta de Freguesia do Cape-
lo – Oficial: Paulo Correia
2º “Maria da Boa Viagem” – Clube Náutico
de Santa Cruz das Ribeiras do Pico – Oficial:
Luís Machado
3º “Santo Cristo” – Junta de Freguesia de
São João do Pico – Oficial: Lídio Rosa
Prova de Vela – Onze Botes Baleeiros con-
correntes:
1º “Capelinhos” – Junta de Freguesia do
Capelo – Oficial: Luís Decq Mota
2º “Senhora do Socorro” – Junta de Fregue-
sia do Salão – Oficial: Pedro Garcia
3º “São José” – Junta de Freguesia do Cape-
lo – Oficial: Vítor Mota
1º Nuno Costa
2º António Pereira
3º Mário Carlos
4º José Gonçalves
Classe ORC:
1º “Azul” – Luís Quintino
2º “Air Mail” – António Freitas
3º “Mariazinha” – Manuel Gabriel Nunes
4º “Tuba V” – Fernando Rosa
5º “Pagode” – Francisco Ribeiro
6º “No Stress” – António Oliveira
Classe OPEN:
“Soraya” – Frederico Rodrigues
“Romejafu” – John Durling
“Solaris” – John Hardy
“Ilhéu Deitado” – Nuno Santos (DNF)
Prova de Aniversário de Pesca Desport iva de Barco
Prova de Aniversário de Vela Ligeira
Troféu do Varadouro 2014 em Mini -Veleiros
Regata de Botes Baleeiros do Varadouro
Regata de Vela de Cru-zeiro do Varadouro 2014
Textos: Cristina Silveira
Montagem: Luis Moniz