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Análise e Pesquisa de Defeitos em Circuitos Básicos. “Troubleshooting” - Aula 13 Parte-se para uma análise funcional de um circuito quando este não opera dentro dos parâmetros para os quais foi projetado. Um termo comum para se referir a este procedimento na aviação é “Troubleshooting”, havendo normalmente partes dedicadas a esta prática em muitos manuais de manutenção tanto de aeronaves como de motores e componentes.

ircuitos ásicos. “Troubleshooting” · •O primeiro dedo (indicador) da mão esquerda é apontado na direção das linhas de força magnética (norte ou sul), o polegar é apontado

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Análise e Pesquisa de Defeitos em Circuitos Básicos. “Troubleshooting”

- Aula 13 • Parte-se para uma análise funcional de um

circuito quando este não opera dentro dos parâmetros para os quais foi projetado.

• Um termo comum para se referir a este procedimento na aviação é “Troubleshooting”, havendo normalmente partes dedicadas a esta prática em muitos manuais de manutenção tanto de aeronaves como de motores e componentes.

Principais Defeitos em Circuitos Elétricos

• Diversos são os defeitos que podem surgir em um circuito elétrico, contudo a experiência mostra que nem sempre as panes não da grandeza de seus circuitos.

• O que quer dizer que por mais complexo que o circuito pareça ser, na esmagadora maioria dos casos, a pane sempre é algo trivial.

• Fato este que nos faz ignorar muitas vezes os sinais (pistas) deixadas pela falha nos desviando do caminho de solução.

São eles:

Curto-Circuito; Descontinuidade; Mal Contato;

• Muitas vezes uma falha pode levar a outra e a outra. Por isso é importante procurar a causa e não somente o efeito do problema.

• Tratemos de explorar caso a caso cada um dos mais prováveis defeitos e como podem ocorrer.

Principais Defeitos em Circuitos Elétricos

Curto-Circuito

• Refere-se ao caminho de menor resistência pela qual a corrente elétrica pode fluir.

• Várias são as causas que podem gerar um curto, em geral pode acontecer devido:

• Ligações errôneas entre dispositivos elétricos;

• Queda de objetos estranhos (metálicos) sobre partes vivas de circuitos;

• Falhas de isolação entre condutores previamente sobrecarregados e comprometidos;

• Soltura de fios ou cabos fechando contatos entre partes alimentadas do circuitos.

Curto-Circuito

• Um curto circuito pode se manifestar de forma destrutiva caso não haja um dispositivo de proteção próximo mas havendo, o curto provocará o desarme de disjuntores ou a queima de fusíveis.

• Procedimento:

• Em geral, seguir o manual é o primeiro passo para a solução, contudo vão algumas dicas:

Curto-Circuito

• Procure observar as ligações do equipamento, examine para ver se está tudo ok;

• Examine interior para verificar algo anormal quanto a peças soltas e fios desencapados e aterrados inapropriadamente.

• Havendo muitos componentes no circuito, procure isolar partes se possível, restringindo áreas afim de localizar o defeito.

Exemplos de Curto-Circuito

• Exemplo N.° 1 – Sobre o circuito abaixo o que é possível afirmar? Como identificar o causador da falha?

• Exemplo N.° 2 – Sobre o circuito abaixo o que é possível afirmar? Como identificar o causador da falha?

• Exemplo N.° 3 – Sobre o circuito abaixo o que é possível afirmar? Como identificar o causador da falha?

Descontinuidade

• Uma descontinuidade se caracteriza por uma interrupção no circuito elétrico.

• Pode ocorrer geralmente devido à:

• Queima de um componente;

• Quebra de soldas;

• Quebra de fios;

• Encaixe inadequado entre cabos e equipamentos;

• Pode se manifestar através de um falha parcial ou generalizada do circuito.

• Procedimento:

• Neste caso de defeito é necessário o emprego de um instrumento de medição.

Descontinuidade

• A escala que permitirá observar é a do Ohmímetro;

• A descontinuidade em se tratando de um componente deverá ser checada com o circuito devidamente desligado;

• Contudo ao se medir um determinado componente afim de determinar sua condição, nem sempre a leitura corresponderá a condição real sem uma boa interpretação, veja exemplos:

• Exemplo N.° 1: Sobre o circuito seguir, este funciona parcialmente? Onde se localiza a falha? Como é possível determiná-la?

Exemplos de Descontinuidade

• Qual a sua opinião sobre a leitura do ohmímetro? Reflete a situação real do componente?

• O que foi feito em relação ao circuito abaixo? Isto favorece a leitura?

• Exemplo N.° 2: Sobre o circuito seguir, este funciona parcialmente? Onde se localiza a falha? Como é possível determiná-la?

• Exemplo N.° 3: Sobre o circuito seguir, este funciona parcialmente? Onde se localiza a falha? Como é possível determiná-la?

Mal Contato

• Definição: É o tipo de contato inadequado que gera resistência parasita e/ou produz interrupções intermitentes no fluxo de corrente.

• Pode ocorrer geralmente devido à:

• Torque inadequado (baixo) em terminais elétricos; • Vibração mecânica (produzindo folgas); • Corrosão do cobre (azinhavre); • Desgaste entre contatos elétricos (erosão e carbonização); • Presença de contaminantes (óleo e graxa); • Entre outros...

• Se manifesta na forma de um aquecimento pontual que pode provocar um funcionamento parcial e intermitente do circuito.

• Procedimento

• É interessante checar conectores, terminais, borneiras em busca de folgas, pontos de aquecimento ou sinais de corrosão;

Mal Contato

• Remova, inspecione, limpe (com limpa contatos elétricos) e reconecte conectores elétricos;

• Havendo necessidade, substitua cabos e troque alguns componentes para interagir de diferentes formas com o defeito afim de compreende-lo.

Princípios de Máquinas Elétricas Gerador Elementar CA e Transformadores –

Aula 14

• Conceitos introdutórios:

a. Magnetismo e Eletromagnetismo

b. Indução Eletromagnética

c. Lei de Farady-Lenz

d. Regra da Mão Esquerda

e. Fluxo Magnético na Espira

a) Magnetismo e Eletromagnetismo

• Campos magnéticos são regiões de influência que possibilitam trocar forças de campo magnético com objetos como ferro, níquel e outros ímãs.

• O conjunto de linhas de campo que emergem do pólo norte recebe o nome de Fluxo Magnético ø [weber - SI].

Origem do Campo Magnético

• O Campo Magnético é produzido por partículas elementares denominadas ímãs elementares ou pela passagem de corrente elétrica em um condutor (Regra da Mão Direita).

b) Indução Eletromagnética

• Segundo a Lei de Faraday, quando linhas de força são interceptadas por um condutor elétrico ou sobre um condutor em repouso incide uma fluxo variável de campo, uma força eletromotriz (tensão) é induzida neste condutor.

c) Lei de Faraday-Lenz

• É a junção de duas leis que explicam a origem e o comportamento da força eletromotriz induzida em função dos deslocamentos relativos entre condutores e campos magnéticos.

• Segundo a lei de faraday-lenz:

ε = - ∆ф (f.e.m em volts)

∆t

• A Lei de Lenz estabelece que a corrente induzida causada pelo movimento relativo de um condutor e um campo magnético sempre flui de acordo com a direção em que seu campo magnético se opõe ao movimento.

• A conclusão da Lei de Lenz aparece na forma do sinal negativo à frente da equação de Faraday.

d) Regra da Mão Esquerda

• Relaciona Força (F), Campo Magnético (B) e Corrente Elétrica (I) na forma:

F = B x I - Produto Vetorial (Newtons)

F = B.I.senθ – Módulo (Newtons)

Regra da Mão Esquerda

• O primeiro dedo (indicador) da mão esquerda é apontado na direção das linhas de força magnética (norte ou sul), o polegar é apontado na direção de movimento do condutor através do campo e o segundo dedo aponta na direção da f.e.m. induzida.

e) Fluxo Magnético na Espira

• Seja uma espira retangular de área “A” posicionada em um campo magnético uniforme “B”.

• Seu fluxo magnético é dado por: ø = B.A.cosθ

• Onde θ é o ângulo definido pelos vetores B e n conforme representado pela figura abaixo:

B

n Exemplo em que o ângulo θ=0° e o fluxo é máximo

Gerador Elementar de Corrente Alternada

• Para entendimento do gerador elementar de corrente alternada considere inicialmente uma espira retangular capaz de rotacionar em um campo magnético uniforme provido por um ímã permanente.

Gerador Elementar de Corrente Alternada

• Atribua ao terminais da espira retangular um par de escovas coletoras conectadas a um galvanômetro.

Considere de agora em diante que a espira rotaciona com velocidade constante em um único sentido. A velocidade de rotação será

dada por ω = 2πf (rad/s).

Velocidade angular de rotação ω.

ω

Gerador Elementar de Corrente Alternada

• Considere que a área da espira é “A” e que o campo magnético total do ímã é “B”.

• O fluxo magnético máximo, ou seja, o total de linhas de campo que passam pela espira é dado por: ф = B.A.cosθ

• Obviamente devido a variável θ, diferentes valores de fluxo poderão ser verificados devido ao movimento da espira no campo.

Gerador Elementar de Corrente Alternada

• Como a força eletromotriz induzida é obtida pela lei de faraday que diz que:

ε = - N.∆ф (f.e.m em volts)

∆t

• É necessário portanto variar o fluxo para se obter a f.e.m. No caso do gerador elementar, a sua única espira (N = 1) a cada deslocamento varia uma quantidade deste fluxo. Em regime permanente de funcionamento observa-se variações cíclicas de intensidade e direção da f.e.m.

Análise Quadro a Quadro da f.e.m Induzida no Gerador Elementar

Observações

Com relação ao Fluxo - ø Ø = B.A.cosθ Se, θ = 0° Ø = B.A. cos0°, logo O Ø = B.A que é máximo pela espira; Com relação ao f.e.m induzida ε = - 1 . dø = - d(B.A.cosθ) dt dt ε = - (-B.Asen θ) = B.A.0 = 0 V

logo ε = 0V que é nulo.

X

Y

n

Análise Quadro a Quadro da f.e.m Induzida no Gerador Elementar

Observações

Com relação ao Fluxo - ø Ø = B.A.cosθ Se, θ = 90° Ø = B.A. cos90°, logo O Ø = 0 que é nulo pela espira; Com relação ao f.e.m induzida ε = - 1 . dø = - d(B.A.cosθ) dt dt ε = - (-B.Asen θ) = B.A.1 = B.A V

logo ε = B.A V que é máximo.

X

Y

n

Análise Quadro a Quadro da f.e.m Induzida no Gerador Elementar

Observações

Com relação ao Fluxo - ø Ø = B.A.cosθ Se, θ = 180° Ø = B.A. cos180°, logo O Ø = - B.A que é máximo negativo pela espira; Com relação ao f.e.m induzida ε = - 1 . dø = - d(B.A.cosθ) dt dt ε = - (-B.Asen θ) = B.A.0 = 0 V

logo ε = 0V que é nulo.

X

Y

n

Análise Quadro a Quadro da f.e.m Induzida no Gerador Elementar

Observações

Com relação ao Fluxo - ø Ø = B.A.cosθ Se, θ = 270° Ø = B.A. cos270°, logo O Ø = 0 que é nulo pela espira; Com relação ao f.e.m induzida ε = - 1 . dø = - d(B.A.cosθ) dt dt ε = - (-B.Asen θ) = - B.A.1 = - B.A V

logo ε = - B.A V que é máximo

negativo.

X

Y

n

Análise Quadro a Quadro da f.e.m Induzida no Gerador Elementar

X

Y

n

Observações

Com relação ao Fluxo - ø Ø = B.A.cosθ Se, θ = 360° Ø = B.A. cos360°, logo O Ø = B.A que é máximo pela espira; Com relação ao f.e.m induzida ε = - 1 . dø = - d(B.A.cosθ) dt dt ε = - (-B.Asen θ) = B.A.0 = 0 V

logo ε = 0V que é nulo.

Onda Senoidal • Perceba que a função responsável pelo valor da

f.e.m é na forma ε = B.A.senθ, se B.A equivalem a uma constante, logo a variação da função depende exclusivamente da função trigonométrica seno, função senoidal.

Características da função Senoidal

• Como pode ser observado a função é composta por repetições sucessivas da mesma figura, pois ciclicamente ocorre a repetição dos valores de tensão.

• Logo esta função é dita periódica que implica em possuir:

Frequência “f” e período “T” onde f = 1

T

Obs: T (período) corresponde ao tempo gasto para completar 1 ciclo.

Características da função Senoidal • A frequência “f” é dada pelo número ciclos (ou

figuras repetidas) observável no intervalo de 1 segundo. Quanto mais figuras neste intervalo, maior a frequência.

• No caso do gerador, o que afetará a frequência se seu sinal AC de saída será justamente e velocidade de rotação da espira no campo magnético.

• Ainda sobre as características desta função, dois ponto são de extrema importância para o nosso estudo, estes são os picos da função.

Características da função Senoidal

• Vp+ >> corresponde ao valor máximo positivo da tensão alcançado no semiciclo positivo;

• Vp- >> corresponde ao valor máximo negativo da tensão alcançado no semiciclo negativo;

• Vpp (tensão de pico a pico) = Vp+ - Vp- [V]

v

t

+ -

Vp positiva

Vp negativa

Vpp

Tensão Eficaz ou Valor RMS

• É a medida do valor que efetivamente produzirá trabalho, seja este térmico, mecânico ou sonoro.

• O valor eficaz (Root Mean Square) é dado por:

Vef = Vp [V]

√2

• O valor efetivo é menor do que o valor máximo, sendo igual a 0,707 vezes o valor máximo.

• Então, os 110 volts oferecidos para consumo doméstico (rede) é apenas 0,707 do valor máximo da fonte geradora.

• A voltagem máxima é aproximadamente 155 volts que equivale a 110 x 1,41 = 155 volts.

• No estudo da corrente alternada, quaisquer valores dados para corrente ou voltagem serão entendidos como sendo valores efetivos.

Tensão Eficaz ou Valor RMS