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Irmãs Beneditinas da Divina Providência Província da Divina Providência Julho/Agosto e Setembro- Ano 2013

Irmãs Beneditinas da Divina Providência Província da ... · O Padre Amadeo Cencini em seu livro intitulado: A vida ao ritmo da Palavra nos exorta: a

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Irmãs Beneditinas da Divina Providência Província da Divina Providência

Julho/Agosto e Setembro- Ano 2013

Informando – Julho, Agosto e Setembro 2

Província da Divina Providência

www.beneditinasdp.org.br

Editorial .................................................................................................................................3

Palavras de Esperança

“A Palavra está perto de ti, em tua boca e em teu coração”.................................................4

Especial

Instituto “São Pio X”- 50 anos................................................................................................5

Momento de Espiritualidade

Seguir o Único motivo de nossa caminhada..........................................................................6

Maria e a Eucaristia...............................................................................................................7

Aconteceu, virou notícia!

Essa é a juventude do Papa...................................................................................................8

Viviendo la JMJ de la mano de la Divina Providencia...........................................................12

Uma experiência do Amor Providente de Deus...................................................................13

Chamadas por Deus que nos santifica.................................................................................14

Serviço de Animação Vocacional

Chamei-te pelo nome...........................................................................................................15

As vocações: dom do amor de Deus!...................................................................................17

Formação em foco

Intimidade com o Senhor ....................................................................................................19

Experiência Partilhada

Formação Permanente em Vinhedo - SP.............................................................................20

Carisma em ação

“O tempo dirá que fomos fieis”...........................................................................................21

Homenagem

50 anos da Prelazia de Borba -AM.......................................................................................24

Agradecimentos

Um caso inesperado............................................................................................................24

Gratidão...............................................................................................................................25

Mês da Bíblia

As parábolas de Lucas..........................................................................................................25

Família Espiritual

Encontro Regional dos Oblatos do Espírito Santo...............................................................28

Encontro Regional de Oblatos e Vocacionados – MG.........................................................30

Fique por dentro

Comunicados ......................................................................................................................31

Nota de Falecimento...........................................................................................................32

Informando – Julho, Agosto e Setembro 3

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Iniciamos a primavera, a estação das flores, da alegria que se irradia por todos os lados, por toda parte.

Para nós que acabamos de celebrar o mês da Bíblia, da Palavra de Deus, semeada diariamente em nosso

coração, nos lembra nossa missão de espalhar o perfume de Cristo onde quer que estejamos, através do

nosso testemunho de pessoas consagradas livremente, para viver a radicalidade do nosso Batismo. Isso

só é possível quando nos conscientizamos da importância de nossa vocação, de cultivarmos a nós

mesmos, a valorizarmos nossa formação pessoal e permanente.

Nenhum exemplo de vida poderia ser melhor do que o da mais bela flor do jardim de Deus: Maria, nossa

mãe e modelo, que celebramos neste mês de outubro sob o título de Nossa Senhora Aparecida,

Padroeira do Brasil.

Esse tempo também nos lembra a esperança tão falada pelo nosso Papa Francisco, e tão desejada por

cada um de nós. Esperança de dias melhores, esperança de paz quando testemunhamos tanta violência,

tanto desamor, tanta guerra.

Como São Paulo, apóstolo, afirmemos: “Sei em quem coloquei minha confiança”. Nosso Pai Providente

nunca abandona os seus. Rezemos juntos para que os corações se abram ao amor de Deus e por esse

amor sejam transformados.

São tantas vítimas inocentes que são ofertadas diariamente vivendo o martírio: crianças, adultos,

idosos, que somos convidados a refletir, a nos questionar, compreender nossa ação e missão no mundo,

em nossas comunidades. Se estamos correspondendo à Vontade de Deus para nós, correspondendo ao

que Ele nos confiou quando nos escolheu. A única coisa que não podemos fazer é ficar indiferentes ao

que acontece.

Nesse informativo poderemos conferir os artigos escritos sobre vários temas que mais do que textos são

frutos das experiências vividas e partilhadas. Aproveitamos para agradecer a contribuição de todos e

convidar a participação, pois só com a nossa colaboração nosso informativo pode melhorar.

Um abraço a todos,

Equipe do Informando

Informando – Julho, Agosto e Setembro 4

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“A Palavra está perto de ti, em tua boca e em teu coração”. Queridas Irmãs, Formandas e Oblatos,

O Senhor está sempre ao nosso alcance, em torno de nós e em busca da pessoa humana, respeitado sua

liberdade, porque a criou para ser feliz e a ama com amor infinito. De diferentes meios e formas, Ele se

manifesta a nós seus filhos e de maneira privilegiada o faz através de sua PALAVRA viva e eficaz.

A Palavra de Deus tem força e cumpre sua missão. Não volta para o Senhor, sem que tenha cumprido o

seu desígnio. O Papa Francisco em sua Encíclica Lumen Fidei, escrita neste Ano da FÉ, nos exorta a

refletirmos sobre a fé transmitida também como palavra e como luz, fundamentando-se no trecho de II

Cor 4,13 que nos diz: “animados do mesmo espírito de fé, conforme o que está escrito: acreditei e por

isso falei, também nós acreditamos e por isso falamos”.

A fé, sendo transmitida como palavra, tem sua força e sua eficácia em todos aqueles que a ouvem com

humildade. É preciso falar. Mas como ouvir o que o Senhor nos quer transmitir se não fizermos silêncio?

Como fazer silêncio, se há em nós e dentro de nós rumores que desconhecemos? Como acolher ao

Senhor em sua Palavra, se não O conhecemos? Uma pergunta urge: se de fato acredito e falo, do que

falo? O que acredito?

O humano carece de humanizar-se. O Senhor, O HUMANO por excelência, nos convida a intensificar o

estudo, a leitura e a meditação de Sua Palavra. Pois como lemos em Dt 30, 14: “A Palavra está muito

perto de ti: está em tua boca e no teu coração, para que a ponhas em prática”.

O Padre Amadeo Cencini em seu livro intitulado: A vida ao ritmo da Palavra nos exorta: “a

redescobrirmos a centralidade da Palavra de Deus em nossa vida e missão. Ele afirma que a vida é

marcada por ritmos entendido como cadência constante e regular que permite ordenar e organizar o

tempo próprio (um dia, uma semana, um mês) em vista do objetivo que se quer alcançar na vida, para

que seja de fato realizável. Para quem crer, significa admitir que não é o homem ou só ele que imprime

um ritmo para a própria existência, mas reconhecer que ela já está marcada por um ritmo fixado por

Deus, aquele Deus imutável e eterno, como diz a liturgia, que marca ‘os ritmos do mundo: os dias, os

séculos, o tempo’.

Palavras de Esperança

Informando – Julho, Agosto e Setembro 5

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Mas concretamente, este ritmo é marcado por Deus através da Palavra que nos dá cada dia exatamente

aquela Palavra, sempre nova, estabelecida pela Igreja e não escolhida pelo indivíduo, que dá o tempo a

cada dia nosso, mas de maneiras diferentes. A Palavra de Deus é também o que marca o ritmo da

semana, e depois do mês, do ano, das estações da vida e da morte.”

A Palavra de Deus nos acompanha em todos os momentos de nossa vida, nos apontando caminhos, nos

exortando à mudanças, à conversão, a passos novos necessários. Através dela nos humanizamos e

percorremos um caminho de crescimento humano, afetivo e espiritual. Como Samuel, queremos

proclamar: “Fala meu Senhor, que teu servo escuta!”

Que a Providência de Deus nos abençoe e fecunde todas as nossas boas ações.

Com carinho e preces,

Irmã Bárbara Cristina Ferreira Britto

Superiora provincial

No dia 24 de agosto o Instituto “São Pio X” celebrou a missa em ação de graças pelos seus 50 anos de

história, agradecendo a Providência Divina que nos conduziu durante todos esses anos para sermos um

prolongamento do Carisma e da obra iniciada pelas servas de Deus Maria e Giustina Schiapparoli. A

missa foi presidida pelo Bispo da diocese de Osasco, Dom Ercílio Turco juntamente com os padres Júlio,

Mauro e José Cássio, ex-alunos do Instituto São Pio X e do Padre Leonildo, vigário de nossa paróquia.

Irmãs das diversas comunidades vieram para celebrar conosco esta data tão importante para a nossa

Congregação. Esteve presente também nossa Madre Geral Maria Lina Girotto e a Vigária Geral Irmã

Maura Moreira, benfeitores, autoridades, funcionários e alunos, onde unidos elevamos a Deus os nossos

louvores. Após a Missa nos reunimos para um alegre almoço de confraternização.

Agradecemos a todos pela presença, pelos presentes e homenagens.

Celebrar o jubileu de ouro do Instituto São Pio X é “Lembrar o início da escola, o bosque, o pomar, o

córrego, a horta, as pessoas que por aqui passaram, e nos trazem saudades. E depois de um tempo, a

saudade nos traz a esperança que é a mensageira do amor.

E o amor... assim como a caridade...esses certamente permanecem para a vida inteira e não passarão

jamais. “A caridade não acabará nunca”(ICor 13,8).

Especial

Informando – Julho, Agosto e Setembro 6

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Assim, ao completar 50 anos, podemos celebrar esta obra educativa que foi iniciada por algumas irmãs,

entre elas, Irmã Maurícia Laboranti.

‘ISPX, ÉS TU, IRMÃ BENEDITINA DA DIVINA PROVIDÊNCIA, QUE POR AQUI PASSASTES, DEIXANDO A

MARCA DA TUA PRESENÇA, CONCRETIZADA NA TUA DOAÇÃO PARA ESTE BEM COMUM.’

E nessa comemoração de reconhecimento, desejamos que o Instituto São Pio X, resguarde sua

juventude, sua receptividade, sua beleza e sua grandeza.

Parabéns, Instituto São Pio X!

‘Continuas acolhendo e educando as crianças, jovens e adolescentes, entendendo que eles são o rosto

jovem da Providência de Deus e a esperança fecunda da sociedade’”.(Trecho do texto elaborado pela

Professora Maria Aparecida de Oliveira Venseguerra)

Irmã Beatriz Dias da Silva

Vida Religiosa Consagrada! Certamente boa parte de nós não sabia com clareza o que isto queria dizer

em sua mais profunda essência e tão pouco sabíamos de todos os estudos, teorias e teologia que a

abrangia quando demos nosso primeiríssimo passo. No entanto a busca da vontade de Deus, de realizar-

se no caminho do seguimento é algo comum a todas nós: olhar atento ao novo, o coração aberto a

mudanças, os braços prontos para ajudar, os pés em prontidão para pôr-se a caminho sempre que

necessário.

O tempo vai passando e aos poucos a curiosidade se torna encantamento, vamos aprendendo e

mergulhando no mistério da entrega, do seguimento, do amor serviço. E nesse momento de descoberta

e experiência não há barreiras, dificuldades, medos, saudades, insegurança e tropeços que nos façam

parar.

Olhando a pessoa de Jesus, fica claro para nós quão difícil, porém bela, é a vida daquele que decide

doar-se pelo Reino.

Quantas vezes vimos nossas convicções serem fortalecidas em pequenos acontecimentos: gestos da

ternura de Deus, Pai Providente! Pensava na experiência da samaritana, de Zaqueu, da mulher adúltera,

de Mateus e de tantos outros que nos provam como um verdadeiro e profundo encontro com Cristo é

capaz de transformar uma vida em essência e totalidade. Pessoas que deixaram tudo, sabendo

exatamente o que esse tudo representava, para seguir o Único necessário, também conscientes de que

faziam a melhor escolha mesmo não sabendo a que ponto teriam de chegar. Deixar tudo para seguir o

Tudo! Compreendendo com a vida que o Encontrado deseja nada menos que o nosso tudo. Como dizia

Momento de Espiritualidade

Informando – Julho, Agosto e Setembro 7

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nosso saudoso Frei Mauro Velozo: “Deus quer o seu tudo. Ele não quer muito nem pouco, mas tudo.

Nem que o seu tudo seja pouco!” Pois o Senhor quer que façamos uma experiência de totalidade. Não

nos quer pela metade.

Em uma realidade onde o homem passa por um contínuo processo de fragmentação, somos convocadas

a viver com inteireza. Sendo o nosso Deus o Deus da plenitude temos como missão não deixar que a

cultura da fragmentação tome espaço em nosso meio. Sabemos bem que essa realidade já vem

sutilmente ganhando espaços consideráveis em todos os cantos. Basta olhar de um modo geral o rosto

jovem da Vida Religiosa consagrada como está envelhecendo precocemente. Fenômeno igual acontece

também com a maturidade da Vida religiosa. Há que se perguntar: em que ponto do caminho começou-

se a perder o vigor? Acredito que às vezes deixamos enfraquecer essa vivacidade, vencidas pelo

cansaço, algumas vezes pela exaustão, talvez porque pensemos muito em fazer coisas extraordinárias,

no entanto temos um exemplo tão próximo de nós, aliás temos dois : nossas diletas Fundadoras Maria e

Giustina Schiapparoli que se focaram no essencial somente. Não fizeram coisas extraordinárias, basta

olhar para o início de tudo. Mas foram mulheres extraordinárias e esses 164 anos de história nos mostra

isso. Fazendo de forma extraordinária as coisas ordinárias fizeram a diferença em sua época e marcaram

a história. Elas foram profetas nas pequenas coisas. “O Reino de Deus é como o grão de mostarda”...

Foram extraordinárias em amar. Quantas lutas e dificuldades passaram certamente, mas amando tanto

quanto podiam foram capazes de grandes mudanças não perdendo nunca o foco do Amor Primeiro.

“Nos abandonaremos em Deus, e d’Ele esperaremos tudo”. Que a Divina Providência nos conceda a

graça da alegre fidelidade. Que sejamos mulheres de esperança e nossa serenidade seja reflexo de

nossa confiança na Divina Providência. Que Maia e Giustina Schiapparoli continuem a interceder por nós

e animar-nos a viver constantemente nosso primeiro amor, nosso sorriso primeiro, nosso entusiasmo

inicial fortalecendo-nos para enfrentar as constantes e inevitáveis adversidades da vida com os olhos

sempre fixos em Jesus.

Irmã Kelle Pereira de Souza

Maria e a Eucaristia guarda e proteção. Dom Bosco, o santo dos jovens, fundador da Família Salesiana,

recebia, com frequência revelações de Deus por meio de sonhos. Eram verdadeiros sonhos proféticos!

Certa noite sonhou com um mar tremendamente tempestuoso, no qual um barco era agitado pelas

ondas e cercado de inimigos que o atacavam por todos os lados. Aproximando-se da visão, ele pode ver

que, naquele barco, além dos tripulantes que lutavam para mantê-lo no meio da borrasca, havia bispos

e cardeais, e bem na proa do barco estava o Papa de pé e braços abertos.

Informando – Julho, Agosto e Setembro 8

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Em seguida, Dom Bosco percebeu que, de repente, surgiu um vento soprando sobre as velas, que a

tripulação procura manter estendidas, e conduzindo aquele grande barco numa determinada direção.

Dom Bosco não teve mais duvidas: Aquele barco era a Igreja. Daí ele entendeu também o porquê

daquela tempestade e dos inimigos que o atacavam.

Pouco tempo depois, percebeu que o barco, conduzido por aquele vento (que ele logo entendeu ser o

Espirito Santo), aportou no meio de duas grandes e fortes colunas. Em cima de uma está uma linda

imagem de Nossa Senhora, a auxiliadora dos cristãos, e sobre a outra um enorme ostensório com Jesus

presente na Eucaristia.

“Maria e a Eucaristia são portos seguros para onde o Espírito Santo conduz a Igreja”, ensina Monsenhor

Jonas.

No momento em que o barco se posiciona entre Maria e a Eucaristia, a tempestade, num instante, se

dissipa e os inimigos, que atacavam ferozmente o barco da Igreja, fogem espavoridos e faz-se uma

grande calmaria.

Maria e a Eucaristia são portos seguro para onde o Espírito Santo conduz a sua Igreja. Aí, e somente aí,

ela terá vitória, segurança e paz. É para este porto que o Espírito conduz a Igreja do Brasil.

É para aí que o Espírito de Deus também quer conduzir a igreja doméstica, sua casa e sua família. É aí, e

somente aí, que, nestes tempos tumultuosos de ataque cerrado sobre a família, nós teremos a vitória, a

segurança e a paz de que tanto necessitamos.

São duas colunas de guarda e proteção para a Igreja domestica, na qual você é responsável e porto de

salvação para onde estamos sendo conduzidos. Aí, e somente aí, teremos a vitória, a segurança e a paz.

Paz para nossas casas, vitória certa para as nossas famílias.

Irmã Tânia Lúcia Ferreira

Esse foi o grito, o clamor de todos os jovens que participaram da Jornada Mundial da Juventude.

Certamente um grito que expressava o amor, a esperança e, sobretudo a confiança em um homem que

com simplicidade, ternura e humildade encantava a toda multidão dos quatro cantos do mundo,

trazendo como bagagem a própria história, anseios e principalmente a fé.

Foram momentos indescritíveis, profundos... Cada encontro com Sua Santidade, Chico, Chiquinho assim

era carinhosamente chamado pela juventude. Sentíamos o nosso coração ardendo pelo caminho e

Aconteceu, virou notícia!

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dizíamos numa só voz: A juventude vê, a juventude sente que o Papa Francisco já está presente. Sim,

sua presença é forte, orante, homem da paz, humano, que em todos os momentos revelava-nos o rosto

Divino de Deus.

Magnífico era acompanhar ora de longe, ora de perto o movimento de descer e subir do papa móvel,

dois verbos que fizeram parte das andanças de Francisco. Subir para olhar a multidão, vislumbrar o rosto

do povo de Deus e, ao mesmo tempo contemplar a paisagem de 3,5 milhões de ovelhas querendo ser

vista e tocada pelo Bom Pastor. Como a missão do pastor é cuidar do seu rebanho, Francisco descia,

tocava, sentia e abraçava com ternura de Pai e delicadeza materna as crianças, jovens, idosos,

deficientes e todos aqueles que, mesmo a quilômetros de distância, sentiam o amor e os cuidados do

Papa de perto, porque a todo tempo ele, com suas mãos elevadas aos céus, abençoava toda multidão

com a força que recebia do Alto.

Sorrisos, lágrimas, alegria, vibração, silêncio, escuta e muita, muita atenção quando nos dirigiam suas

palavras. Palavras sábias vindas do coração de quem se sente amado e por isso só sabe comunicar o

amor e a verdade. Palavras inspiradas por Deus que tocava profundamente os nossos corações e ao

mesmo tempo nos impulsionavam a uma mudança de vida, a assumirmos a nossa identidade cristã e

nos decidirmos ao seguimento de Jesus de Nazaré e fazer do seu projeto o nosso.

Ide, sem medo de servir! Bote fé na esperança, na caridade e no amor era o que nos pedia o Papa.

Sejam discípulos, missionários, fortaleçam a amizade com Jesus de Nazaré insistia Francisco. Oxalá, que

as palavras de Francisco permaneçam vivas em nossas vidas.

A experiência de dormir na praia de Copacabana, participar da Vigília, foi um momento memorável. No

frio, na chuva, no desconforto também encontramos sentido, pois, nos remetia a tantos irmãos que

vivem em condições desumanas, que dormem no relento e passam frio, fome e dor não somente por

uma noite, mas noites e noites que tem como cobertor o Céu, como luz apenas o brilho das estrelas e

como alimento a esperança em dias melhores.

Francisco de Assis, Tereza de Calcutá, Irmã Dulce, Maria e Giustina Schiapparoli, Papa Francisco e tantos

outros nos deixaram o convite de estarmos sempre a favor dos pobres, dos pequenos do Reino,

daqueles que sofrem.

A JMJ, não foi um simples momento de euforia ou tão somente um encontro com o Papa Francisco, mas

principalmente uma Jornada que entrou para nossa história e que já está eternizada em nossos

corações.

Aproveito o ensejo para agradecer a todos que nos acompanharam com suas preces e orações e que

nos motivaram com gestos e palavras.

Rezamos por vocês. Agora no cotidiano da vida, nos encontros de comunidade, Deus nos dará a graça de

responder: Eis nos aqui sem medo de servir!

Irmã Daiana de Oliveira Silva

Testemunho dos Jovens - JMJ

“A Jornada Mundial da Juventude foi uma experiência única e emocionante, poder conviver tantos dias

com jovens tão diferentes, buscando o mesmo objetivo, com o mesmo clamor a Jesus foi muito

gratificante. A Igreja precisa de jovens como nós e lá tive a confirmação que Jesus confia nos jovens e

nos deu uma missão, levar Sua cruz aos quatro cantos do mundo. Com a Jornada eu senti um chamado

Informando – Julho, Agosto e Setembro 10

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pessoal de Cristo, fortalecendo minha fé, minha confiança plena no amor de Deus. “Cristo ‘bota fé’ nos

jovens e confia-lhes o futuro de sua própria causa: ‘Ide, fazei discípulos. ’ – Papa Francisco”

Natalia Fonseca

“Poder ter participado da Jornada Mundial da Juventude 2013 foi uma honra, um momento único,

abençoado, maravilhoso que jamais irei esquecer. Foram dias abençoados na minha vida, um verdadeiro

fortalecimento da minha fé e um crescimento pessoal. Poder conviver com jovens de inúmeros lugares

reunidos por um mesmo objetivo foi uma sensação única. Que Deus nos dê forças, coragem, esperança,

perseverança, alegria e Fé, para que continuemos seguindo em frente na nossa vida e caminhada,

atendendo ao pedido de Deus – “Ide e fazei discípulos entre todas as nações.” – (Mt.28,19)

Marília Fonseca

“A juventude é o amanhã da vida! Chegamos... A tão esperada Jornada Mundial da Juventude. Imagens

e testemunhos da multidão de jovens chegando ao Rio de Janeiro. Começamos a sentir

verdadeiramente o que é a Jornada. A alegria da juventude de todas as partes do mundo invadindo o

Rio de Janeiro contagiava a todos nós.

Vivemos um momento histórico e não podemos deixar de fazer parte, somos os protagonistas da JMJ

2013. Ainda ecoa em meus ouvidos e coração o grito da juventude: “Essa é a juventude Papa”! Que

possamos responder com a nossa vida o convite de Jesus: Venham meus amigos, sejam missionários!”.

Aparecida Bergamo

“O convite da escola veio desde 2012, e houve um grande interesse meu em participar da jornada,

porque sabia que ia ser divertido estar com os amigos e ao mesmo tempo buscando Deus”.

Renata Nascimento

“Eu sempre soube que iria ocorrer esse evento, neste ano aqui no Brasil, e tinha deixado claro pra

minha mãe que queria muito vir... Fui a primeira a fechar tudo... estava decidida que eu viria, não me

importando se meus amigos viriam e sim que seria uma experiência incrível. Eu tinha certeza de que

jamais iria esquecer. Vir para a Jornada, foi uma experiência inesquecível, uma semana cheia de coisas

novas, pessoas de todos os países juntas, unidas na presença do Senhor.

Ser jovem e ligado a Cristo é uma coisa surpreendente onde você brinca , dança ,reza, aprende, se

diverte, faz novas amizades e ainda por cima está na presença de Deus.”

Beatriz da Silva Pugas

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“A Jornada Mundial da Juventude proporcionou para todos nós sentimentos e sensações únicas.

Durante o evento participamos de atividades religiosas, tivemos a oportunidade de conhecer pessoas de

diversos países com idiomas e culturas diferentes e também conhecemos os pontos turísticos da Cidade

Maravilhosa. Ao anoitecer quando chegávamos no Pio XI, apesar do cansaço físico, fazíamos uma

reflexão sobre todo o aprendizado do dia.”

Patrick Dionizio

“A Jornada Mundial da Juventude foi uma das melhores experiências que eu já vivi, pois, além de ter

um preenchimento de Deus também tivemos que sair do nosso mundo de mimos, viver uma semana de

peregrinação em união com o próximo.”

Marina Alencar

“Participar da Jornada Mundial da Juventude foi uma experiência inesquecível. O carisma do Papa

Francisco era tão visível que juntou pessoas do mundo todo em um só lugar, sem causar confusões.”

Milton Maçal Dessio dos Santos

“A Jornada Mundial da Juventude não foi só um encontro de várias nações, países ou culturas com o

santo Padre, mas um apelo à paz, a vida e a união do povo de Deus”.

Pois quando estamos juntos, podemos sentir a força desta união, que vai além de fronteiras e países e

nos confirma numa mesma fé cristã.

“Isso nos faz ver que ninguém é rigorosamente estranhos uns aos outros, somos filhos de um mesmo

Pai, portanto membros de uma mesma família.”

Monica Ferreira da Silva – Postulante

“Para mim, estar presente nesta jornada foi mais do que apenas uma experiência única e aventuresca se

assim pudermos dizer, foi um grande aprendizado, um momento de provações, com alegrias, tristezas e

dificuldades, mas foi maravilhoso. Pude presenciar um respeito e uma união indescritível, muito amor

nos corações, carinho um pelos outros, pude ver pessoas de todos os lugares do mundo professando

uma mesma fé, a qual acredito que todos, pudemos renovar e agraciar com maravilhosos momentos.

Nasceram novas amizades, pude renovar a minha paciência, a perseverança, teve muita superação, tudo

realmente único. O fato de eu ter conseguido ver o Papa muito de perto duas vezes, ver a chegada da

cruz e do ícone, que foram momentos abençoados, poder ter estado lá, foi tudo realmente

providenciado por Deus, desde o momento que a Ir. Kelle me chamou para ir com elas até o momento

da chegada em casa, ao contar para os pais e os amigos todas as experiências, os testemunhos

emocionantes, os passeios lindos, as alegrias e sufocos compartilhados, momentos que guardarei para

Informando – Julho, Agosto e Setembro 12

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sempre no coração. Acho que não foi tudo como eu esperava, no começo não achei que isto fosse algo

bom, mas percebi que foi melhor assim, porque se tivesse saído tudo de acordo com meu roteiro, não

teria sido tão único e tão emocionante.”

Thainá Pugliesi

“Antes de tudo, antes da Pré-Jornada, nós, alunos do instituto Pio XI, já estávamos nos preparando para

receber os peregrinos. Passamos dias ensaiando, horas de ansiedade e minutos de nervosismo, mas

tudo valeu apena. Cada segundo.

Tivemos a oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas e até de nos aproximar de quem já

conhecíamos. Trocamos cultura, palavras, expressões e sentimentos. Até pessoas que ainda não tinham

contato com Deus entraram na festa e puderam vivenciar experiências maravilhosas de louvor e de

aceitação.

Cantamos, dançamos , rezamos, e, principalmente, amamos. Amamos não só as pessoas, as

experiências e as oportunidades, como também amamos o acolhimento, o desafio e o choro. Tanto o

choro de alegria, como o de tristeza. Tristeza por tudo isso chegar ao fim.

Durante a Jornada, eu agradecia, a todo momento, a oportunidade, o carinho, os amigos... tudo. Foi

uma pena que tudo tenha acabado. Vou sentir muita saudade. Saudade das melhores férias da minha

vida e de todos os meus amigos.

Rio 2013, o mundo se encontrou aqui!!! O Papa é da juventude.”

Nathália l. Madeira de Lei Correia

Un grupo de jóvenes enamorados de Cristo escuchamos hablar de las Jornadas Mundiales de la

Juventud, con el corazón lleno de FE, empezamos a anhelar este sueño del Corazón de Dios y lo

abrazamos con amor. La Parroquia de San Felipe Apóstol fue el campo donde fue depositada la semilla

de la JMJ 2013, al principio nos veían incrédulos y algo lejano, pero el deseo de ir al Encuentro de

Dios con jóvenes de todo el mundo y vivir esta Gran Fiesta de la FE era enorme. Colocamos este sueño

en las manos de Dios y de su Divina Providencia. Entre nosotros nos alentábamos y nos decíamos:¡Dios

proveerá! Y así fue, Él empezó a obrar maravillas desde nuestra preparación para ir a la JMJ, las

Hermanas Benedictinas de la Divina Providencia fueron el medio por el que Dios nos condujo a este

gran encuentro.

Es por eso que creemos en la Divina Providencia a través, de la caridad el amor y la alegría que

tuvieron con nosotros las Hermanas Benedictinas para darnos una acogida calurosa, llena de amor

y de atenciones, que se convirtieron en bendiciones que no esperábamos. Agradecemos

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infinitamente a cada una de ellas, desde las Hermanas de San Felipe (Hna. Zaira Luiza Campos y Hna.

Antonia Krolikoski) que nos brindaron su tiempo para que conociéramos un poco de Brasil: su idioma,

comida, cultura en general y ser el contacto con las Hermanas que ya se preparaban para recibirnos

con los brazos abiertos y el corazón. A las Hermanas de Osasco (Irma Tereza de Souza Reis, Irma Luzia

Romagna e Irma Regina Bolsanello) que nos hicieron sentir en familia, nos contagiaron de su alegría y

amor; y las Hermanas que nos hospedaron en Río de Janeiro, especialmente a la Hermana Odir

Teresinha Brito que nos brindó todo su apoyo a pesar de la cantidad de actividades que tenía y, a la

Hermana Provincial que permitió que se abrieran las puertas de su casa. No encontramos las

palabras precisas para describir nuestro sentir por tan hermosa bendición. Los jóvenes de la

Parroquia de San Felipe Apóstol, no solo vivimos la JMJ sino que fuimos tocados por su Carisma, lo

llevamos con nosotros y lo compartimos dando testimonio de todo lo que de ustedes recibimos y

tratando de imitar lo que en ustedes vimos: alegría, servicio, caridad, entrega, amor.

Que Dios las bendiga y les otorgue muchas más vocaciones para la vida religiosa, que la Divina

Providencia las asista en cada momento de su vida y les siga bendiciendo con ese carisma de ver a

todo mundo como hermano.

Agosto del 2013

Jóvenes de la Parroquia de San Felipe Apóstol - San Felipe Guanajuato, México.

“Lembrando-me que a caridade cobre uma multidão de pecados, abasteço-me nessa mina fecunda que

Jesus abriu diante de mim”. Prov 10,12 (Santa Terezinha)

Quão grande foi a experiência que fiz acerca do Amor de Deus que nem saberia eu dizer quantas foram

as inúmeras graças que Ele operou em mim por ocasião do meu acidente. A mim algo ficou muito

claro: a maneira como Deus se utiliza dos atos mais inesperados para renovar o dom da VIDA e como

incansavelmente Ele AMA suas frágeis criaturas. E o que diria eu sobre a VIDA? Estive e estou realmente

fazendo a experiência do amor Providente de Deus, senti-me como uma gota desse AMOR, que a todo

instante cercou-me e cerca-me de intenso carinho e afeição, que não me faz ser capaz de encontrar

palavras que poderiam traduzir ou verbo algum saberia expressar a profundidade daquilo que senti e

sinto no coração todos esses dias. Sei apenas que somos frágeis criaturas, totalmente dependentes

desse Amor.

E eu que me julgava tão crescida e amadurecida na Fé, vi esta mesma Fé ganhar profunda renovação e

intensificar seu real e mais nobre sentido em minha vida, passando a experimentá-la de uma maneira

tão viva e tão lúcida. Nessa experiência não poderia deixar de lembrar a nossa Mãe Maria, a quem pedi

sua proteção materna, São José seu fiel esposo e de nossas queridas Fundadoras Maria e Giustina

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Schiapparoli, de quem sinto grande orgulho em ser uma Beneditina e continuadora do carisma que um

dia a elas foi confiado por graça do Espírito Santo e em comunhão com a Igreja.

Sou grata do fundo do coração a minha Família Religiosa, na pessoa de Irmã Bárbara Cristina Ferreira

Britto que não mediu esforços para o meu bem estar e o restabelecimento de minha saúde, à Irmã

Natalina Baggio minha companheira de comunidade por sua atenção e cuidado, a Irmã Joceli Ferreira

Mendes, Irmã Joelza Ignez Scalfoni e Irmã Joseane Gava por sua presença e dedicação, as Irmãs da

Comunidade Santíssima Trindade por sua incansável dedicação e todos os cuidados e afetos a mim

dispensados. Sou grata a cada comunidade que a mim se uniu através das orações e seus telefonemas

solidários. Creio que somente Deus saberia como melhor recompensar a cada uma.

Que Maria Mãe da Providência, a quem peço uma maternal bênção, derrame sabre cada uma, em

particular, sua maternal proteção e a Jesus que continue a nos ensinar sua maneira simples e

espontânea de perceber a presença vivificante e o Amor de Deus em nossas vidas. Como disse o nosso

querido Papa Francisco por ocasião de sua viagem ao Brasil para a JMJ Rio 2013: “Não tenho ouro nem

prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo!”, que sejamos de fato portadoras

desse Cristo vivo e presente em nosso meio, que renova a vida e faz gerar sobre ela um alegre

entusiasmo.

O meu fraterno abraço

Irmã Vilma Padilha

No dia 2 de Agosto, deixamos tudo e fomos fazer Retiro na Nhoma. Esta foi a primeira vez que nos

reunimos, as duas comunidades de Catió e de Bissau para fazer Retiro. Foi na comunidade dos Freis

Franciscanos (na casa do Postulado). As Irmãs de Catió foram as primeiras a chegar ao local, e era

também a primeira vez que os Freis recebiam Irmãs retirantes, na casa dos postulantes . Chegando lá,

começamos a fazer limpeza na casa onde íamos ficar. As nossas Irmãs de Bissau chegaram junto com o

pregador padre Keylandio Abdulai Jaquite, que se converteu ao Cristianismo depois de ser muçulmano

por muito tempo e entrou no seminário. Fomos para Missa às 20h da noite; jantamos e fomos para a

sala, organizar o programa do Retiro.

O dia começou bem, todo mundo estava disposto para receber o que Espírito Santo iria, nos falar,

porque nós estávamos necessitando mesmo do Retiro. O padre começou falando sobre nossa vocação

batismal e religiosa: fomos chamados para sermos santos. “Sede santos porque sou santo”. Pedro 1, 13-

16 ; João 15, 16.” Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constitui para que vades

e produzais fruto e o vosso fruto permaneça.”

Podemos alcançar isso tudo através da oração. A intimidade profunda com Deus nos torna, todos os

dias, prontos para não fazer a nossa vontade, mas fazer a Vontade daquele que nos chamou.

Informando – Julho, Agosto e Setembro 15

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Somos convidados para vivermos juntos, unidos. Nós precisamos renovar sempre nossos Votos,

diariamente, permanecendo sempre no Senhor. João 15,4. “Permanecei em mim e eu em vós”, fazendo

o que Deus quer e não o que queremos fazer. No segundo dia o padre nos falou da questão do perdão,

reconciliação e vida fraterna. A nossa santificação depende do nosso compromisso assumido na Vida

Religiosa, aonde nós nos encontramos; passa pelas pessoas a quem nós servimos, pelo amor ao

próximo. Fomos convidados a viver; isto não foi nossa escolha. O padre falou sobre a questão da falta

de bondade, de partilha e tolerância, sobre o orgulho. Se uma parte sofre, todos os outros membros

sofrem; a humildade é a porta do céu. Pelas coisas pequenas, a gente se santifica. Se nós olharmos para

trás, para o lado, estaremos sós, mas temos as pessoas que estão conosco. A fé nos ajuda, mas

precisamos fazer esforço. Assistimos ao filme: “Prova de fogo”, onde o homem salva as pessoas, mas

não vive bem com a sua esposa e a mãe, em casa. Quando não há espaço para Deus, tudo o que faço

como doação para os outros, é nada. Dando espaço para Deus tudo muda. É preciso ter flexibilidade,

fazer as colocações no momento quando todos estão prontos. Ter consciência de que, eu não sou nada,

mas Deus é tudo. Cultivemos a humildade, mansidão e paciência, sempre sabendo que somos

instrumentos de Deus.

Quando não há diálogo, uma comunidade se torna um inferno. O diálogo ajuda-nos a fazer o caminho e

deve ser renovado diariamente. Falou também da importância da oração na nossa vida.

Neste Retiro celebramos o aniversário da Irmã Jacinta Nyachwo. A consciência de que somos frágeis

leva-nos a nos apoiar no Senhor. E temos que animar e reanimar a nossa responsabilidade criadora em

favor de cada ser humano seja criança, jovem, adulto, idoso. O amor relacional é a única maneira que

permite ao homem e à mulher se reconhecerem. Sabemos que o Senhor mesmo marcha diante de nós e

não nos deixará nem nos abandonará. Foi um momento rico e proveitoso para cada uma de nós.

Rezemos para que Deus nos ajude a viver o nosso sim até o fim, amando e servindo nossos irmãos

especialmente àqueles com quem vivemos e com quem convivemos.

Irmã Alice Namenge Kanuty

Hoje com a oração da manhã, nós já começamos a recordar, a reviver o caminho da nossa vida cristã.

Mas, é propriamente agora que vamos voltar o nosso olhar para a nossa vida; se nós estamos aqui, é

porque existimos, e se existimos alguém nos chamou à vida! E este alguém é Deus. Somos conscientes

de que não estamos no mundo por acaso, por coincidência? Mas fazemos parte do projeto criador de

Deus. Ele pensou em nós antes que nós existíssemos como diz o padre Zezinho: “sou resultado do seu

infinito amor”!

Serviço de Animação Vocacional

Informando – Julho, Agosto e Setembro 16

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Deus, movido por tão grande amor, desde o seio materno pronunciou o teu nome: “antes mesmo de te

modelar no ventre de tua mãe, eu te conheci, antes que saísses do seio materno, eu te consagrei e te

constitui profeta das nações” (Jr 1,5). “Eu te chamei pelo nome, tu és meu!” (Is 43,1).

Como resposta ao chamado de Deus da vida, iremos escrever o nosso nome em uma folha. Enquanto

escrevemos, pensemos no dom da vida, neste grande presente que recebemos de Deus. Peçamos a Ele

a graça de compreender lá dentro de nós que nascemos do seu amor.

Com esta motivação iniciamos o encontro dos catequizandos do Crisma e contamos com a presença das

simpatizantes à vocação Religiosa, no primeiro momento uma breve reflexão sobre a mensagem “meu

querido bambu” que deixou para todos a seguinte frase: Você é um instrumento de graça e do amor de

Deus, é como um canal; deixe fluir as Águas cristalinas da fonte de água viva que é Jesus. Logo após

surgiu a pergunta: O que é Vocação?

Vocação, em sentido mais preciso, é um chamamento, uma convocação vinda diretamente sobre mim, a

partir da pessoa de Jesus Cristo, convocando-me a uma ligação toda própria e única com Ele, a segui-lo.

Vocação, portanto, significa que anterior a nós há um chamado, uma escolha pessoal que vem de Jesus

Cristo, a quem seguimos com total empenho, como afirma São Paulo na Carta aos Romanos: "Eu, Paulo,

servo de Jesus Cristo, apóstolo por vocação, escolhido para o Evangelho de Deus." (Rom 1, 1)

Vocação é chamado e resposta. É uma semente divina ligada a um sim humano. Nem a percepção do

chamado, nem a resposta a ele são tão fáceis e tão "naturais". Exigem afinação ao divino e elaboração

de si mesmo, sem as quais não há vocação verdadeira e real. Essa escolha pessoal, de amor, é

concretizada de uma forma bem objetiva no Sacramento do Batismo, que por isso se torna fundamento

e fonte de todas as vocações. É neste chão fértil, carregado de húmus divino, regado pelo sangue de

Jesus, que brotam as vocações específicas, aquelas que cabem diferentemente a cada um. Algumas

delas são mais usuais e comuns, como a de um casal cristão, de leigo cristão, de catequista, de animador

na comunidade. Outras são definidas pela Igreja como vocações de "singular consagração a Deus", mais

exigentes e mais radicais no processo de seguimento de Jesus: são as vocações do sacerdote, de

diácono, do religioso, da religiosa.

O mês vocacional quer nos chamar à reflexão para a importância da nossa vocação, descobrindo nosso

papel e nosso compromisso com a Igreja e a sociedade. Reflexão que deve nos levar à ação, vivenciando

no dia-a-dia o chamado que o Pai nos faz. Que a celebração do mês vocacional nos traga as bênçãos do

Pai para vivermos a nossa vocação sacerdotal, diaconal, religiosa ou leiga. Todas elas são importantes e

indispensáveis. Todas elas levam à perfeição da caridade, que é a essência da vocação universal à

santidade. Em seguida fizemos um relato sobre cada vocação existente na Igreja e porque se comemora

em cada domingo de Agosto.

Primeiro domingo: é o dia das vocações sacerdotais. Atualmente também se comemora o dia das

vocações diaconais, ou ainda, o dia das vocações aos ministérios ordenados. Essa comemoração se deve

ao seguinte fato. No dia 4 de agosto celebrarmos o dia de São João Maria Vianney, o Cura D’Ars,

patrono dos padres; no dia 10 de agosto, o dia de São Lourenço, patrono dos diáconos.

Informando – Julho, Agosto e Setembro 17

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Segundo domingo: Por imitação do segundo domingo de maio – em que se comemora o Dia das Mães -

temos o Dia dos Pais. Sabemos que no Brasil esse dia é comemorado porque, antigamente, no dia 16 de

agosto, celebrava-se o dia de São Joaquim, pai de Nossa Senhora. Por isso, adotou-se esse dia, e depois

o domingo, para essa comemoração. Nessa data é comemorada a vocação matrimonial

Terceiro domingo: recorda-se a vocação à Vida consagrada: religiosos, religiosas, Consagradas e

consagrados nos vários institutos e comunidades de vida apostólica e também nas novas comunidades.

Essa recordação é feita porque no dia 15 de agosto celebramos o Dia da Assunção de Maria aos céus,

solenidade que aqui no Brasil é transferida para o domingo seguinte.

Quarto domingo: é nesta data que se comemora o Dia do Catequista, daí a comemoração do dia da

vocação do cristão leigo na Igreja, pela sua presença na Igreja, pelo seu testemunho nos vários

ambientes de trabalho e vida. O dia do cristão leigo voltará a ser comemorado no último domingo do

ano litúrgico, dia de Cristo Rei.

A graça da vocação é uma iniciativa amorosa de Deus: “Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos

escolhi” (João 15,16). Seja para constituir família, viver exclusivamente para Deus ou para doar a vida

por uma missão, todos os cristãos possuem uma vocação. Ela é o chamado do Pai, cuja finalidade é a

realização plena da pessoa humana. É dom, graça, eleição cuidadosa, visando à construção do Reino dos

Céus. Mas, qual é mesmo o significado da palavra “vocação”? Sua origem está no verbo latino “vocare”,

que quer dizer “chamar”. A vocação é, portanto, um chamado. No âmbito religioso, a vocação é sempre

um chamado de Deus para alguma coisa.

A pessoa chamada se sente impelida, atraída para aquilo a que justamente é chamada. É comum ouvir

alguém que fez essa experiência da vocação dizer que o chamado é como se fosse uma voz que ressoa

suave e insistentemente aos nossos ouvidos. É como uma ideia que insiste em permanecer, mesmo

quando queremos descartá-la. A pessoa do vocacionado sente-se atraída para aquilo que considera

belo, grandioso, importante e necessário que se faça. A vocação é sempre vista como algo que se pode

fazer de útil para os outros.

Finalizamos nosso encontro agradecendo e invocando a Maria a primeira vocacionada, que ela interceda

por cada adolescente, jovem que ouve a voz do Senhor a ressoar em seus ouvidos.

Irmã Ângela Maria.

“Aquele que permanece no amor, permanece em Deus e Deus permanece nele”.

A história de amor entre Deus e a humanidade, que a sagrada Escritura narra, precede à própria criação.

São Paulo, na carta de efésios, escreve que Deus dispôs ao longo dos séculos a atuar com o desejo

universal de salvação, que é um desejo amoroso. O apostolo afirma que no Filho Jesus, Deus “nos

Informando – Julho, Agosto e Setembro 18

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escolheu antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele no amor” (Ef

1,4). Portanto, somos amados por Deus “antes” de existirmos! Ele nos criou para nos conduzir à plena

comunhão com Ele.

Diante da maravilha da obra da criação de Deus o salmista exclama: “Senhor, o que é o homem, para

dele assim lembrardes e o tratardes com tanto carinho?” (Sl. 5,8). A verdade profunda de nossa

existência está presente neste mistério: cada criatura, em especial, cada pessoa humana, é fruto de um

pensamento e de um ato de amor de Deus, imenso amor, fiel, eterno (cf. Jr 31,3). “Santo Agostinho

exprime esta descoberta de Deus: “Tarde te amei, Beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei. E eis que

estavas dentro de mim e eu fora, e aí te procurava”.

Trata-se de amor sem reservas, que nos precede, sustenta-nos e nos chama ao longo do caminho da

vida. Tem sua raiz na total gratuidade de Deus. Toda vocação especial seja sacerdotal, conjugal ou outra,

nasce, de fato, da iniciativa de Deus, é dom da Caridade de Deus! É Ele quem dá o primeiro passo, e não

por causa de uma particular bondade encontrada em nós, mas em virtude da presença do seu próprio

amor “derramado em nossos corações pelo Espírito Santo” (Rm 5,5).

O chamado divino está na iniciativa do amor infinito de Deus, que se manifesta plenamente em Jesus

Cristo. Na história de amor que a Bíblia nos narra, Deus vem ao nosso encontro e procura nos

conquistar. Precisamos, portanto, voltar a anunciar, especialmente às novas gerações, a beleza

convidativa deste amor divino que é a motivação que não falha, inclusive nas circunstâncias mais

difíceis.

Caras irmãs, é a este amor que devemos abrir a nossa vida, e é à perfeição do amor do Pai (cf. Mt 5,48)

que nos chama Jesus Cristo todo dia! A medida perfeita da vida cristã consiste, de fato, no amar “como”

Deus; trata-se de um amor que se manifesta no dom total de si, fiel e fecundo. São João da Cruz, o

grande místico, convida- nos a agir segundo a vontade de Deus: “Não pense em nada a não ser que tudo

é disposto por Deus; e onde há amor, coloque amor e recolherá amor” (epistolário,26). Na

abertura ao amor divino e como fruto deste amor à Palavra de Deus, cultivando uma familiaridade

crescente com a Sagrada Escritura e uma oração pessoal e comunitária atenta e constante, para sermos

capazes de sentir o chamado divino em meio a tantas vozes que preenchem a vida cotidiana. Palavra,

Oração e Eucaristia é o tesouro precioso para compreender a beleza de uma vida totalmente dedicada

ao Reino.

Nas famílias, “comunidade de vida e amor” (GS, 48), as novas gerações podem fazer uma maravilhosa

experiência oblativa. As famílias podem representar “o primeiro e o melhor seminário da vocação à vida

consagrada como também da vida conjugal e familiar.

Como cristãos equipistas e fiéis a Cristo, rezemos pelos jovens e pelas jovens, para que com o coração

dócil coloquem-se na escuta de Deus, prontos a acolher seu chamado com adesão fiel e generosa.

Irmã Tânia Lúcia Ferreira

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Com esse tema iniciamos nosso encontro na oficina de Consagração Definitiva no Junínter de agosto.

Nossa assessora Irmã Sônia Lunardelli iniciou dizendo que nós somos convocados a ouvir aquilo que não

se vê o que pressupõe, além de sensibilidade, um grau de intimidade. Essa intimidade deve ser

primeiramente com Aquele que nos chamou a quem prometemos a vivência fiel dos nossos Votos: O

Cristo. Sem intimidade com Jesus não é possível criar uma identidade e, provavelmente, perderemos de

vista o rosto da Vida Religiosa; este rosto que devemos mostrar que devemos ter.

O rosto da doação que se torna pão, que se parte e se dá por inteiro a um povo faminto. Olhando para

Deus, precisamos olhar sempre para o povo, pois o sentido de nossa consagração está na nossa missão,

a missão de acariciar rostos e lavar pés e espalhar esperança.

Ficou-nos a pergunta: Estamos saindo para lavar pés? Ao menos somos capazes de lavar os pés de

nossas irmãs de comunidade? Eis um expressivo sinal de amor. O essencial do seguimento é ser

discípulo, mas também ser missionário, pois a Vida Religiosa é para pessoas apaixonadas por Jesus.

Somos chamados a ter um coração indiviso, a zelar pela nossa intuição evangélica. A opção pelos

pobres, a solidariedade e o compromisso com a justiça não se deve perder.

A vivência dos Votos está em uma espiritualidade específica com olhos no Senhor e pés no chão.

Diante da realidade atual, nossa assessora nos lançou a seguinte pergunta: O que Deus quer de nós

hoje? Como viveria e atuaria Jesus no aqui e agora? E mais uma vez exortou-nos à vivência da

intimidade com Jesus, a vivência do amor. A nos incomodarmos mesmo, pois quando nos incomodamos

é porque amamos. Vivamos o amor fraterno, na vida comunitária, umas com as outras, pois a

indiferença tem o poder de matar. Cuidemos para não reproduzirmos os erros antigos que a nova

geração tanto critica das gerações anteriores. Zelar umas pelas outras cria ambiente de intimidade, e

isso será sempre reflexo da nossa intimidade com o Deus da alegria. Vimos um pouco da história da

Vida Religiosa desde os primórdios até os dias atuais com suas características e mudanças. E em um

espaço de grande liberdade, partilha, falamos de nossa vivência dos Votos até que fomos inseridos pela

Irmã Sônia em uma reflexão sobre a Pobreza.

Fomos convidados a considerar nossas tendências. Em quais bases adquirimos nossos bens, pois nossos

critérios devem passar pelo Evangelho e a nos perguntarmos: “Posso dar mais do que estou dando para

Formação em Foco

Informando – Julho, Agosto e Setembro 20

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dar leveza À comunidade?” Não o máximo permitido mas o mínimo necessário. Diante de tantas

partilhas foi inevitável pensar nas nossas Fundadoras Maria e Giustina que com tão pouco fizeram tanto,

tudo porque o evangelho era sua prioridade.

Vimos a grande facilidade de acúmulo que temos de uma maneira geral. Acumulamos coisas, trabalhos,

cargos e pessoas.

Concluímos que a santidade não difere muito do bom senso.

Que o Senhor nos conceda, portanto, discernimento e foco na vivência da Pobreza verdadeiramente

evangélica, a fim de que em tudo tenhamos fortemente a busca de viver a intimidade com o Cristo.

Irmã Kelle Pereira de Souza

Nos dias 10 e 11 de agosto p.p., estivemos em Vinhedo – SP, para participarmos do Encontro de

Formação Permanente. Éramos 26 Irmãs participantes, inclusive a Madre Geral, Ir. Lina Maria Girotto,

que nos alegrou e enriqueceu com sua presença.

No primeiro dia, tivemos como assessora, Ir. Marilene Brandão, que iniciou o encontro pedindo que

falássemos sobre um objeto, um símbolo que nos representasse naquele momento.

Depois de nossa partilha nos falou sobre a VRA – Vida Religiosa Apostólica, enfatizando que a Vida

Religiosa é formada por pessoas apaixonadas por Deus e pelo próximo, e que somos chamadas a

demonstrar essa paixão por Jesus, através do testemunho.

Lembrou-nos de que a conversão é critério essencial para nos formarmos como pessoas maduras e que

a maturidade é fundamental na vivência do seguimento, vivendo de forma livre o amor e o serviço na

gratuidade. Se eu não quero, se não faço a minha parte, impeço o milagre de Deus acontecer, pois faço

a opção pelo acidental ao invés de fazer pelo essencial.

Está em nossas mãos a reconstituição da identidade da VRA e a possibilidade de traduzi-la em um

“modelo novo”. Se quisermos uma VR melhor, devemos fazer a nossa parte, estarmos dispostas a

começar sempre com novo entusiasmo e paixão; livres para reconstruir a mística que nos impulsiona,

tendo como exemplos tantas Irmãs que nos antecederam e de modo especial nossas Fundadoras e

Servas de Deus, Maria e Giustina Schiapparoli. É preciso decisão para fazer este caminho. Decisão

pessoal e comunitária.

A comunidade é o lugar privilegiado para verificar se vamos conformando as nossas ideias com as de

Jesus. Precisamos cultivar a fraternidade. “O mundo fica impactado com a nossa fraternidade”.

Experiência Partilhada

Informando – Julho, Agosto e Setembro 21

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Também assistimos um filme que falava sobre as motivações que temos e sobre a importância de não

perder de vista o ideal. Que é muito importante se dispor a caminhada de crescimento e não ficar

paradas na passividade e comodismo. “não é tempo de pendurar as chuteiras”, mas de continuar a

caminhada.

Encerramos com o texto “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância, lido e

refletido juntas.

Para gradecer Irmã Marilene, Irmã Maria José Baldessar usou suas palavras sábias e profundas e,

sintetizou que a melhor maneira de agradecermos nossa assessora era vivenciarmos tudo o que

escutamos, conversamos, durante o dia. É preciso nos empenharmos bem para viver a nossa VRA.

No segundo dia Ir. Ana Maria Gomes deu continuidade ao encontro nos pedindo para nos reunirmos em

grupos e falarmos sobre o que mais nos tocou no dia anterior. Retornamos para a partilha e depois

fomos nos preparar para a Celebração Eucarística que aconteceu às 11hs.

Depois do almoço nos reunimos novamente e, dessa vez refletimos juntas o texto do livro da Tese da

nossa Província, das páginas 76 a 82, cujo tema eram os elementos de uma comunidade integrada.

Retornamos para partilhar e depois encerramos nossos trabalhos.

Foram dois dias muito ricos em que pudemos aproveitar a graça, a nós concedida de rever nossa

caminhada como consagradas e nos motivar para vivermos melhor. Para encerrar, a Madre nos deu sua

Palavra de incentivo e nos deu alguns comunicados.

Agradecemos a nossa Madre Geral por sua presença entre nós, à nossa Provincial Ir. Bárbara Cristina

Ferreira Britto, a assessoras e, de modo especial a Ir. Ana Maria Gomes da Costa pela dedicação na

equipe de Formação Permanente, a comunidade de Vinhedo que nos receberam muito bem, as nossas

comunidades e a cada participante que nos enriqueceu com o exemplo e partilha.

Pelo grupo: Irmã Sandra Regina Ribeiro Lustoza

20 ANOS DE EXISTÊNCIA DA NOSSA ESCOLA CENTRO EDUCACIONAL SÃO BENTO.

No dia 19/4/2013 fizemos o nosso dia de leitura, neste dia também celebramos nosso dia de escola. São

20 anos que as Irmãs Beneditinas da Divina Providência começaram a nossa escola. Organizamos os

diferentes projetos para cada turma onde fizeram as atividades na sala de aula e neste dia esses

atividades foram apresentadas pelos pais e encarregado de educação.

Carisma em Ação

Informando – Julho, Agosto e Setembro 22

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A ideia de fazer o dia de escola, que é o dia de São Bento, foi dos professores. Numa reunião surgiu que

sempre o dia 11 de julho cai quando estamos no momento de férias de escola, então para não deixar

passar sem ser reconhecido, pensamos de colocar o dia 21 de Março, o dia em que São Bento morreu,

mas neste dia ia encontrar-nos no momento das provas, então decidimos colocar no dia 19 junto, com

dia de leitura, mas explicamos para as crianças e os pais de encarregados de educação a data certa,

onde também contamos a nossa história como Irmãs Beneditinas da Divina Providência, e a razão que

fez nossas Irmãs que estavam naquele momento vivendo naquela comunidade no começo da nossa

escola aqui na Guine Bissau Catió, decidiram colocar o nome Centro Educacional São Bento. São Bento

sendo guia e protetor da nossa escola.

Essa aqui foi uma das mensagens que falaram para os pais. “Uma escola das Irmãs Beneditinas da Divina

Providência na Guiné Bissau”. Assim decorreram os muitos contatos de D Settimio A. Ferrazzetta, Bispo

da Guine Bissau com Irmã Clara Venturini, superiora Geral das Irmãs Beneditinas na época. O assunto

era o mesmo: a escola. Como começar? Finalmente com a confiança na Divina Providência que não

decepciona, a doação das casas favoreceu a iniciação da escola.

A escola Centro Educacional São Bento surgiu com a finalidade de acolher, assistir e educar os que por

ali passarem, proporcionando a formação integral das nossas crianças consubstanciada nos mais altos

valores cristão católico. Como nos princípios de liberdade e nas ideias de solidariedade humana a fim de

preparar cidadãos livres que possam se integrar na sociedade mediante uma formação intelectual,

moral, cívica e religiosa compatíveis com a sociedade moderna em que vivemos.

São Bento é especial protetor e pai das Irmãs Beneditinas da Divina Providencia. A Congregação segue a

espiritualidade Beneditina, cujo lema é ORA ET LABORA. “Oração e trabalho”. A escola recebeu o nome

de São Bento, que é o Guia, o Pai e protetor da Congregação, fundada por Maria e Giustina Schiapparoli.

As duas irmãs chamadas por Deus fizeram-se mães amorosas de tantas crianças, entregues à

mendicância e condenadas a um futuro cheio de perigos materiais e morais. Decidem, então, abrir a sua

casa para meninas em condições perigosas, e ai a casa foi ficando pequena e abriram outras casas. A

missão ainda se desenvolve, em outros lugares, acolhendo assistindo e educando.

OS PROJETOS APRESENTADOS PARA AS TURMAS.

JARDIM E PRÉ ESCOLA

Fizemos o projeto saúde e alimentação onde falamos para as crianças a importância de ter boa

alimentação e saúde. Fizemos atividade práticas onde as crianças trouxeram as frutas e fizemos salada

de fruta com eles que foi muito bom. Nesta também fizemos livrinhos infantis sobre frutas e diferentes

alimentos que quando comemos nos ajudam a ter boa saúde.

Esses livrinhos que foram feitos foram entregues para os pais depois de apresentação de teatro, poesias

e músicas que foram feitos e apresentados pelas próprias crianças.

Informando – Julho, Agosto e Setembro 23

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1ª E 2ª CLASSE: PROJETO HIGIENE E MEIO AMBIENTE

Os professores dessas salas trabalharam o tema com os alunos na sala de aula, fizeram algumas

atividades e no dia fizeram a dramatização da higiene. Como devem cuidar do lugar onde eles vivem, do

meio onde se encontram com as outras pessoas, cuidar da limpeza da casa, escola rua etc. Na parte do

meio ambiente mostraram também que devem proteger as matas, não só derrubar e cortar as árvores,

mas também plantar.

3ª A 4ª CLASSE: PROJETO CORPO HUMANO.

Os trabalhos foram divididos em grupos onde os alunos montaram bonecas de corpo humano e fizeram

teatro para os pais, de como eles devem cuidar da família e cuidar do corpo que precisa muito

dedicação e higiene pessoal e coletiva.

5ª PROJETO: MUSICA.

A música tem sido através dos séculos um das formas de comunicação entre os indivíduos, pretende-se

refletir de que forma os afetos, os sentimentos e as sensações do aluno interagem com a aprendizagem

das práticas da cultura musical. Os alunos de 5ª classe representaram esse projeto cantando musicas

tradicionais de algumas etnias que foram escolhidos para cada grupo para representar.

Identificara vários instrumentos usados nessas etnias típicas de Guine Bissau.

6ª PROJETO: GUINÉ BISSAU.

A Guiné-Bissau, sendo um país livre e independente, demonstra exemplarmente que não há império

capaz de submeter um povo quando este se organiza para alcançar e construir o próprio

desenvolvimento. Os alunos de 6ª classe juntos com seus professores queriam colocar isto em prática

dando o valor da riqueza geográfica e econômica que o país tem. Tendo na mente que o homem precisa

de tudo: de alimentação, vestidos, medicamentos, sobretudo de amor, esperança, amigos, carinho,

solidariedade, atividades físicas, viver em sociedade com plena segurança, de assistência sanitária, paz e

harmonia os alunos dividiram em grupos para pesquisar o que acontece nas tabancas (pequenas

aldeias); depois, para finalizar os projetos ,vieram com os dados estatísticas para apresentar e fizeram

comida típica de várias etnias aqui na Guiné; trouxeram pronto para as pessoas provarem .

Foi uma experiência nova e rica que nós tentamos desenvolver na nossa escola, este ano. Valeu a pena

porque os próprios alunos fizeram os trabalhos que foram uma coisa positiva, os pais apoiaram seus

filhos nos trabalhos realizados.

Irmã Alice Namenge Kanuty

Informando – Julho, Agosto e Setembro 24

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Foram 50 anos de história, de vida e, sobretudo de missão! A missão não tem fronteiras, não tem

impedimentos, ainda mais quando se coloca o desejo de servir a Deus por meio dos irmãos.

No dia 13 de julho, vivenciamos um dos momentos mais sublimes da Prelazia. Contar as maravilhas

deste grande acontecimento que são os 50 anos de instalação da Prelazia de Borba.

Bodas de ouro, reflexo de uma caminhada feita com muito carinho e doação. Uma grande celebração de

Ação de Graças, com a presença de todas as paróquias, presidida pelo nosso Bispo Dom Eloi Roggia.

Nós, Irmãs Beneditinas da Divina Providência, estamos presentes desde 1996, evangelizando e

evangelizadoras no coração da Amazônia, precisamente em Borba.

Obrigada Irmã que doou seu tempo e trabalho nesta Prelazia.

Parabéns Prelazia de Borba!

Irmã Natalina Baggio

Há um mês, sendo hoje, dia 02 de agosto de 2013, uma bala perdida atingiu a Irmã Vilma Padilha, no

momento em que chegava ao Banco Bradesco.

Foi imediatamente levada ao Hospital e de lá encaminhada para o Hospital “28 de Agosto” de Manaus.

Após exames, foi feita uma cirurgia abdominal. Vários dias de internação foram necessários, pois foi

necessário colocar um dreno no pulmão, por vários dias devido à secreção.

Hoje está em recuperação na casa das Irmãs em Manaus. Obrigada Irmãs pelo acolhimento,

acompanhamento, dedicação às suas necessidades.

Obrigada Irmãs que vieram de outras comunidades para nos auxiliar, de modo especial, Irmã Bárbara

que, veio no mesmo dia. (Manaus e em Borba). Muita gente rezou, está rezando e implorando a saúde

de Irmã Vilma especialmente o povo de Borba e Manaus. Vários telefonemas nos chegaram, dizem que

estão rezando. Obrigada por tudo. Deus sabe tudo e também porque permitiu que isso acontecesse. O

Pai Providente providenciou a recuperação da Irmã Vilma e contamos com a graça de Deus sempre e

neste período de recuperação ainda mais.

Irmã Natalina Baggio

Agradecimentos

Homenagem

Informando – Julho, Agosto e Setembro 25

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Palavras nem sempre conseguem expressar devidamente os sentimentos, mas vou tentar...

Sou imensamente grata a todas (os), a cada pessoa e Irmãs que se fizeram presentes, através de

orações, palavras e gestos de carinho.

À Provincial Irmã Bárbara Cristina Ferreira Britto, à minha comunidade: Irmã Maria Madalena Firmino e

Irmã Renata Maria da Conceição Pereira, à comunidade da Casa de Repouso Divina Providência que não

mediram o quanto fizeram e manifestaram por mim e por quantos precisam do bálsamo de

compreensão nesses momentos.

Percebi a ação de Deus, Pai Providente para com seus filhos. É preciso colocar-se em Suas mãos. Ele

sabe o que é melhor!

A nós cabe colocar-se à disposição, que nem sempre é fácil de entender. Ele conduz nossa história.

Após idas e vindas, exames... No dia 16 de junho p.p foi realizada a cirurgia. Senti de perto a presença de

Deus que guiou os acontecimentos!

Na sala de cirurgia havia além do médico, muita gente, cada um com sua função e todos contribuem

para o êxito do acontecimento. Ao terminarem agradeci a todos e ficaram contentes.

Após dois dias retornei à Casa de Repouso e tudo estava preparado, graças à bondade e carinho das

Irmãs, funcionários: gente boa! A todos minha gratidão!

Tive também a oportunidade de conviver com a Irmã Diamar Broca (Missionária no Kenya- África). Ela

também passou por cirurgia, então uma e outra acompanhávamos pela TV programas religiosos: missa,

palestras importantes para nossa fé. Foi muito proveitoso e valioso o tempo de recuperação.

A todas(os) muito obrigada! Deus as bençoe por todo o bem que realizam por cada pessoa necessitada.

Sou imensamente grata.

Irmã Fátima Brina

Contos, causos e parábolas são narrativas envolventes e sempre abertas a diferentes releituras. São

ensinamentos extraídos da vida cotidiana. Cada pessoa, de acordo com a sua realidade, ouve a história e

a aplica para a sua vida. As histórias sempre trazem uma lição de vida. No tempo de Jesus e das

Mês da Bíblia

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comunidades cristãs, era muito comum o ensinamento em parábolas. Ouçamos, com o coração, um

antigo conto judaico:

Uma vez um judeu rico e religioso, mas avarento, foi visitado por um rabi. O visitante, com todas as

atenções, levou-o à janela. “Olhe lá para fora”, disse ele. O rico olhou para a rua. “Que vê?”, perguntou

o rabi. “Vejo homens, mulheres e crianças”, respondeu o rico. De novo e muito atenciosamente, o rabi

levou-o até junto dum espelho. “Amigo, o que vê agora?” “Agora vejo-me a mim mesmo”, respondeu o

rico. “Tome nota”, disse o rabi, “na janela há vidro e no espelho vidro há também, mas o vidro do

espelho é prateado”. Uma lição se aprende: logo que o homem junta prata, ele deixa de ver os outros

para só ver a si mesmo.

Uma história judaica muito antiga, mas que pode traduzir a realidade de muitas pessoas cristãs, que se

fecham diante das necessidades de seus semelhantes. Esse problema vem de longe; desde o século I,

ouvimos a seguinte advertência: “Se alguém possui riquezas neste mundo e vê o irmão passando

necessidade, mas fecha o coração diante dele, como pode estar nele o amor de Deus?” (1Jo 3,17). Uma

camada de prata pode nos levar ao fechamento, tornando-nos individualistas, distante de Deus, das

pessoas e de nós mesmos. O conto judaico é antigo, mas muito atual!

Os evangelhos sinóticos – Mateus, Marcos e Lucas – apresentam um total de quarenta parábolas, das

quais vinte e nove estão no evangelho de Lucas e dezesseis só aparecem nesse evangelho. São

ensinamentos preciosos, sempre abertos a novas reflexões.

O sentido literal da palavra parábolas é “lançar ao lado”. É uma história que conta outra história. As

parábolas nascem da realidade cotidiana, de situações corriqueiras, mas sempre trazem um elemento

que foge dos padrões normais. A mensagem é indireta e tem como objetivo causar impacto e quem a

ouve é convidado a tomar uma posição.

Neste artigo, apresentaremos uma das mais conhecidas parábolas, procurando compreendê-la a partir

do contexto das comunidades às quais foram dirigidas.

1. “Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu” (Lc 15,8-10; 11-32)

No capítulo 15, há três parábolas: a ovelha reencontrada (Lc 15,4-7), a moeda reencontrada (Lc 15,8-10)

e o filho reencontrado (Lc 15,11-32). A primeira encontra-se também no evangelho de Mateus (Mt

18,12-14). As três parábolas precisam ser lidas como uma resposta aos v. 1-2: “Todos os publicanos e

pecadores aproximavam-se para ouvi-lo. Os fariseus e escribas, porém, murmuravam: ‘Esse homem

recebe os pecadores e come com eles!’”.

A mulher procura por sua moeda perdida. Ela possui apenas dez moedas, portanto uma representa

parte considerável de suas economias. É uma mulher pobre, por isso a sua busca é minuciosa. Ao

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encontrar a moeda, a mulher se alegra profundamente e partilha dessa alegria com suas amigas e

vizinhas. O enfoque é colocado na alegria de reencontrar o objeto perdido. A alegria da mulher é

comparada à alegria de Deus pela conversão de um só pecador.

A parábola do pai misericordioso é uma história que sempre nos inquieta e nos convida a refletir sobre

as nossas atitudes.

Vejamos as atitudes das principais personagens:

a) O filho mais novo (Lc 15,11-20a): gasta seus bens levando uma vida devassa (Lc 15,13). Longe de

casa e sem condições de sobreviver, o filho mais novo passa fome, procura emprego e começa a

cuidar de porcos, animais considerados impuros (Lv 11,7). Para os judeus, cuidar de porcos é

uma situação considerada humilhante e degradante! No fundo do poço, ele faz memória da casa

do pai: “Quantos empregados de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome!”

(Lc 15,17). O filho mais novo “partiu e foi ao encontro de seu pai” (Lc 15,20). Ao pedir a herança

e o direito de usá-la, o filho mais jovem rompe com o pai, com o irmão mais velho e com as

pessoas do povoado. É uma atitude imperdoável.

b) O pai (Lc 15, 15b-24): ao ver o filho mais novo voltar, o pai “encheu-se de compaixão, correu e

lançou-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos” (Lc 15,20b). O amor do pai o faz abrir mão de sua

dignidade pessoal: ele levanta a sua túnica e sai correndo ao encontro de seu filho mais novo. O pai não

quer que seu filho seja rejeitado ou hostilizado pelas pessoas do povoado; com seus gestos de acolhida,

mostra a todos que o filho está sob a sua proteção.

Quando o filho mais novo consegue falar e pedir perdão, o pai nem sequer o escuta direito, mas logo

pede aos servos para que tragam a melhor túnica para o filho mais novo. A melhor vestimenta

normalmente era destinada ao pai. O mais novo é acolhido como filho: “ponde-lhe um anel no dedo e

sandálias nos pés” (Lc 15,22). O pai vai além, manda preparar um banquete com o novilho cevado,

animal reservado para as grandes festas. O pai não cabe em si de contente e quer festejar, “pois este

meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi reencontrado!” (Lc 15,24).

O pai também toma iniciativa e vai ao encontro do filho mais velho. Este reclama contra o pai por nunca

lhe ter dado uma festa e ainda despreza seu irmão, referindo-se a ele com desprezo: “este teu filho” (Lc

15,30). O pai mantém sua relação paternal com o mais velho chamando-o de “filho” e ainda reafirma a

irmandade com o mais novo: “esse teu irmão” (Lc 15,32).

c) O filho mais velho (Lc 15,25-28a): como sempre, o filho mais velho estava trabalhando no campo. Um

filho fiel, responsável, cumpridor de seus deveres. Era um dia normal de trabalho, por isso, ao voltar do

campo, ele não entende o que está acontecendo e ouve a seguinte explicação: “É teu irmão que voltou

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e teu pai matou o novilho cevado, porque o recuperou com saúde” (Lc 15,27). Ele “ficou com muita

raiva e não queria entrar” (Lc 15,28a).

Recusando-se a entrar na festa, o filho mais velho, que até agora tinha sido exemplar, ofende e

desrespeita seu pai diante de todas as pessoas presentes e menospreza seu irmão. O filho mais velho

não entendeu a lógica da casa: ele não se sente filho. Ele não é como o pai, que está sempre de braços

abertos para acolher e perdoar. O convite para entrar e participar da festa continua… Nem todos

entraram para participar da festa, alguns se converteram e entraram. Será que nós participaríamos da

festa?

O autor do evangelho de Lucas é mestre na arte de contar parábolas. A parábola tem o fascinante poder

de atrair os ouvintes, levando-os a refletir a partir da vida. A identificação é quase sempre imediata. As

parábolas que aparecem exclusivamente no evangelho de Lucas são apelos para as comunidades

retomarem a prática de Jesus. Essas parábolas foram contadas para as comunidades lucanas, mas

também para nós: “Senhor, é para nós que estás contando essa parábola, ou para todos?” (Lc 12,41).

As parábolas recordam valores que devem ser prioritários na vida cristã: o amor ao próximo, o cuidado

com os pobres e a oração. É preciso “entrar pela porta estreita”, sermos fiéis às exigências do Evangelho

e abertos para acolher a graça de Deus em nossas vidas. É preciso reconhecer o Deus da gratuidade e se

tornar semelhante a ele: “Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36). Que a

leitura e a reflexão das parábolas possam produzir frutos de vida em nossas vidas!

Maria Antônia Marques

Revista Vida Pastoral

Nos dias sete e oito de setembro de 2013, nos reunimos para o encontro regional que foi realizado na

localidade de Guriri –ES, na casa de praia da família Tozato. Estiveram presentes os seguintes oblatos:

da cidade de Linhares: Fábio Zancanella com sua esposa Marlei Boldrini Zancanella e suas filhas; Wilson

Ribeiro dos Santos com sua esposa Marinete Luzia Badiani dos Santos e suas filhas; Ormi Lucas e sua

esposa Luzia Tessaro Lucas; Maria Emilia Ladislau Tozato, o simpatizante Edivanse ; como também a

Família Espiritual

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senhora Joana irmã da Oblata Luzia e o jovem Johnny; da localidade de Guaraná - ES as Oblatas Anita

Frigini Scarpati e Maria da Penha Giacomin. O encontro foi conduzido pela Irmã Daiana e Irmã Cleidinei.

Este dias foram marcados por uma viagem na história das nossas Fundadoras Maria e Giustina

Schiapparoli, que através de vídeos, pudemos ver os lugares onde surgiu o humilde caminho de fé e

fidelidade destas duas irmãs de sangue, que apesar das dificuldade, nunca desistiram, mas sempre em

prontidão para servir a Deus no acolhimento das meninas em alto risco de vida, dando para estas uma

nova e educada vida. E como foram enriquecedoras as explicações de Irmã Daiana, que com seu jeito

meigo nos conduziu nesta viajem, sempre ajudada por irmã Cleidinei que prontamente recordava os

lugares por onde esteve presente e nos explicava cada passo. Com é bom ter mais conhecimento , pois

quanto mais conhecemos mais amamos, admiramos e também nos colocamos neste mesmo caminhar.

Nossos corações se abrem mais para deixar o amor a Deus penetrar e nos impulsionar a dar

continuidade nesta obra.

Refletimos também os traços proféticos de nossas fundadoras, como o “sentimento amoroso com os

pobres”, “o comportamento bom e laborioso” que chamava a atenção dos Sacerdotes, “o

comportamento modesto e generoso” e o “modo de rezar”, exemplo de vida que era percebido e

admirado por todos. Depois refletimos quais traços proféticos desejamos vivenciar como oblatos.

Tínhamos uma presença em nosso meio muito especial: O SANTÍSSIMO SACRAMENTO. Como foi lindo o

momento de adoração com a celebração “Duas vidas, um mesmo amor”, muito gratificante, envolvente

e de muita PAZ.

No sábado a noite aconteceu o momento de descontração que foi muito alegre.

No domingo rezamos as Laudes, tomamos café e fomos participar da Santa Missa, presidida pelo Bispo

Emérito Dom Aldo, na comunidade de Nossa Senhora de Fátima, uma bonita Igreja e estavam bem

cheia, graças a Deus!

Retornando assistimos mais um vídeo agora com continuação desta história caminhando em nosso país.

E é de tirar o chapéu para estas primeiras irmãs, pela garra, responsabilidade e fidelidade ao carisma do

Instituto das Irmãs Beneditinas da Divina Providência, e por todas que passaram e estão atuantes neste

mesmo propósito.

Que Deus Pai Providente abençoe sempre esta obra e que Maria Santíssima esteja sempre à frente

abrindo os caminhos.

Nossa avaliação foi que o encontro nos deu mais firmeza e certeza que temos que continuar esta

caminhada, através de nossos atos no meio onde vivemos.

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Agradecemos o carinho e a providência que a Congregação tem para conosco, nosso muito e muito

obrigado por tudo. E a vocês Irmãs Cleidinei e Daiana, voltem sempre, agradecemos com os corações

cheios de saudades. Muito obrigado pela sabedoria, carinho e calma para com nosso grupo.

Em nome de todos Oblatos do Estado do Espírito Santo.

Oblata Maria Emilia Ladislau Tozato.

O Encontro Regional de Oblatos e Vocacionados, da Congregação das Irmãs Beneditinas da Divina

Providência, tendo como assessora a Ir. Amélia Gava, foi realizado nos dias 07 e 08 de setembro,

contendo participantes das cidades de Três Pontas, Varginha, Contagem e Campos Gerais. O encontro

aconteceu, Lar São José, em Campos Gerais. Teve como finalidade, o conhecimento da vida das

fundadoras Maria e Giustina Schiapparoli, desde sua infância até os nossos dias.

No dia 06 de setembro, véspera do encontro, tudo foi aos poucos se organizando. Os oblatos e

vocacionados foram acomodados para dormir, de acordo com a idade, em diferentes locais do Centro

Educacional. As irmãs da casa e Irmã Amélia Gava foram acolhendo um a um, que chegava. Sempre

carinhosamente e com refeições e lanches já preparados e prontos, a nosso dispor e que com amor as

cozinheiras fizeram.

No primeiro e segundo dia, inicialmente fomos para a Capela de São José, fazer nossa oração e a liturgia

das horas. Após missa, café, e dinâmicas. Em seguida, tratou-se do tema escolhido “História das

fundadoras Maria e Giustina Schiapparoli”, muito bem narrado, explicado e esclarecido pela Ir. Wally

Cúnico, que foi uma valiosa colaboradora. No sábado, à noite houve confraternização, com danças e

brincadeiras festivas. Foi realizada avaliação final, pela Ir. Amélia Gava e todos ficaram muito contentes

e vários pediram que as irmãs continuassem a dirigir os encontros. O encontro foi encerrado às 13

horas, do domingo, com o almoço.

Enfim, como vocacionadas (o) achamos importante conhecer sobre a infância, adolescência, qualidades

e virtudes das fundadoras, bem como a árvore genealógica da família. Mais ainda como e onde tudo

começou, desde 1701, em Pavia, Itália. Acreditamos que tudo isso, serviu para dar continuidade a obra,

temos um contexto histórico. Com certeza, surtiu efeito nas reflexões que ficaram. Como oblata (o),

toda formação que tivemos confirma a nossa fidelidade à vocação batismal. As exigências são

necessárias para um empenho constante, para um processo pessoal de amadurecimento na fé e

confiante abandono na Divina Providência, cujo carisma apoia a obra da Congregação. O testemunhado

da vida das Fundadoras, revela a simplicidade, amor e humildade, que são vontade do Pai Providente.

Juliane Martins Pereira e Berenice Aparecida Augusto Vieira

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Abertura de missão em Tanzânia:

A missão de Tanzânia será aberta no dia 22/11/2013, com Irmãs da Delegação “Holly Spirit”. As Irmãs

prestarão serviço à Comunidade Eclesial local no trabalho de promoção humana das jovens e mulheres,

na Pastoral, na limpeza das alfaias da Igreja e no cuidado da sacristia, na educação de crianças,

ministrando aulas numa pequena Escola Infantil da localidade. Pedimos a todos, orações pelo bom êxito

desta nova abertura, no Ano da Fé.

Endereço da nova comunidade:

Benedictine Sisters of Divine Providence

Community Madre Maria e Giustina Schiapparoli

St. Michael the Archangel Catholic Church Parish – Sirari

P.O. Box: 13 – Tarime Mara – Tanzania

Anote: Mudança de endereço:

Comunidade Nossa Senhora de Fátima – Guiné Bissau

Irmãs Beneditinas da Divina Providência

Bairro Luanda

Cx. Postal: 385

1031 – Bissau – Guiné Bissau – África Ocidental

Casa Santíssima Trindade – Manaus/AM

Irmãs Beneditinas da Divina Providência

Quadra X – Casa 4

Conjunto Habitacional Flores II

Bairro Alvorada I

69043-480 – Manaus/AM

OBS: Os telefones destas comunidades e e-mails continuam os mesmos.

Fique por dentro

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Faleceu em 16/07/2013 Moisés Costa, tio da Irmã Aldinéia de Sá Linhares Bessa.

Faleceu em 22/07/2013 Solange Florentina de Sousa, cunhada da Irmã Selma Florentina da Silva.

Faleceu em 29/08/2013 Paulo Sérgio Monteiro de Oliveira, tio da Irmã Francinete Oliveira da Silva.

Faleceu em 16/09/2013 Joaquim Antônio de Carvalho, pai de Irmã Maria Augusta de Carvalho.

Faleceu em 17/09/2013 Amado Teodoro Pereira, tio de Irmã Maria Aparecida Rita.