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Página 1 de 64 Isabel Cristina Sustentabilidade e gestão ambiental de instalações Gaspar Pestana hospitalares. da Lança Relatório nos termos do Despacho nº 7047, de 2011, de 9 de Maio, da Universidade de Aveiro, apresentado para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Engenharia do Ambiente, realizada sob a orientação científica do Doutor Carlos Borrego, Professor Catedrático do Departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro Universidade de Aveiro Departamento de Ambiente e Ordenamento 2012

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Isabel Cristina Sustentabilidade e gestão ambiental de instalações Gaspar Pestana hospitalares. da Lança

Relatório nos termos do Despacho nº 7047, de 2011, de 9 de Maio, da Universidade de Aveiro, apresentado para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Engenharia do Ambiente, realizada sob a orientação científica do Doutor Carlos Borrego, Professor Catedrático do Departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro

Universidade de Aveiro Departamento de Ambiente e Ordenamento 2012

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o júri presidente Professor Doutor Luís António da Cruz Tarelho

Professor Auxiliar do Departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro Professor Doutor Armando Baptista da Silva Afonso Professor Associado Convidado do Departamento de Civil da Universidade de Aveiro Professor Doutor Carlos Alberto Diogo Soares Borrego Professor Catedrático do Departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro

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agradecimentos A vida é uma viagem na qual vamos carregando a bagagem que escolhemos transportar, e dela depende parte da felicidade. Na minha viagem da profissão, todos aqueles com quem me cruzei fizeram o meu caminho, mas na mala principal seguem aqueles que, para além da amizade, foram e são importantes: O Professor Doutor Carlos Borrego pelo modelo a seguir desde o início… O professor Armando Silva Afonso pelo desafio constante e por acreditar… A Pilar e o Francisco por serem sempre o motivo da viagem… Obrigada

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palavras-chave: atividade profissional, experiência profissional, sustentabilidade, gestão sustentável

resumo

O presente Relatório destina-se a dar cumprimento ao Despacho nº7047/2011, de 9 de Maio da Universidade de Aveiro, relativo ao processo de obtenção do grau de Mestre por licenciados pré-Bolonha, e descreve de forma detalhada a atividade académica, profissional, as principais formações complementares, trabalhos publicados e conferências e seminários frequentados por Isabel Cristina Gaspar Pestana da Lança, ao longo da atividade profissional. Toda a experiência adquirida decorre da licenciatura em Engenharia do Ambiente na Universidade de Aveiro, tendo-se iniciado em Maio de 1987 com um estágio curricular na Portucel – Centro de Investigação da Quinta de S. Francisco em Eixo, subordinado ao tema “ Análise, caracterização e redução de cargas poluentes nos efluentes da celulose, processo Kraft”, complementado com um estudo de investigação sobre processos complementares de deslinhificação, até Fevereiro de 1988. De Março a Setembro de 1998 trabalhou na SOPORCEL - Costa de Lavos - Figueira da Foz, no desenvolvimento de um trabalho de investigação sobre redução de cargas poluentes dos efluentes da celulose - processo Kraft, através de deslinhificação com O2, para implementação de nova tecnologia na linha de produção. Seguiu-se o início da atividade na administração pública, em Setembro de 1988 na Direção Regional do Ambiente e Recursos Naturais do Centro, da Comissão de Coordenação da Região Centro. Em Agosto de 1991 ingressou no Quadro da Delegação Regional da Indústria e Energia do Centro, na Direção de Serviços da Indústria, onde permaneceu até Janeiro de 2001. Em Fevereiro de 2001 passou a desenvolver a sua atividade como Assessora do Delegado Regional de Saúde Pública do Centro no Centro Regional de Saúde Pública do Centro da Administração Regional de Saúde do Centro. Atualmente é a responsável pela área de Saúde Ambiental no Departamento de Saúde Pública e Planeamento da Administração Regional de Saúde do Centro. Dos trabalhos desenvolvidos enquadrados na atividade profissional salienta-se no âmbito do presente relatório o estudo referente ao desenvolvimento da adaptação um modelo de sustentabilidade das unidades de prestação de cuidados de saúde. Todo o percurso efetuado foi alicerçado nos conhecimentos, mas acima de tudo, na orientação para a abordagem integrada, multidisciplinar e proactiva, que foi sem dúvida adquirida pela formação recebida na licenciatura em engenharia do ambiente. Como parte da experiência profissional tem sido gratificante a participação na Ordem dos Engenheiros, como membro eleito desde 2001, e desde 2007 como Coordenadora do Colégio de Ambiente do Centro.

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Keywords: professional activity; professional experience, sustainability, sustainable management

Abstract

The present Report is in compliance with Despacho nº7047/2011 to it, of 9 of May of the University of Aveiro, regarding the process of attainment the degree of MSc for graduates from the pre-Bologne, and describes the academic and professional work, the main complementary formations, published works, conferences and seminars attended by Isabel Cristina Gaspar Pestana da Lança, throughout the twenty five years of professional activity. All the acquired experience elapses from the degree in Environmental Engineering taken at the University of Aveiro in 1987, and start the activity as environmental engineer in May of 1987 with a curricular internship in the Portucel – Paper Mill – Research Center of Quinta de S. Francisco - Eixo, regarding the “Pollutant analytical characterization and load reduction in the cellulose Kraft process effluents”, complemented with a research in oxygen delignification conditions for pulp bleaching, until February of 1988. From March till September of 1998 worked in SOPORCEL – Pulp Mill - Costa de Lavos – Figueira da Foz, in the development of process conditions for pollutant effluent load reduction of cellulose Kraft process effluent, through oxygen delignification, for implementation of new technology in the production line. The beginning of the activity in the public administration, occurred at September of 1998, at the Center Regional Directorate of Environment, (Regional Center Coordination Comission), and pursuit since August of 1991 at the Regional Delegation of the Industry and Energy of the Center, and remains until January of 2001. In February of 2001 started the activity as Advisor of the Regional Public Authority and Director of the Public Health Regional Center of the Regional Administration. Currently is the responsible for the functional area of Environmental Health in the Department of Public Health and Planning of the Regional Administration of Health of the Center. Among the realized studies and published papers, the development of a sustainable management model for Healthcare Units is one of the examples in the scope of the work as an environmental engineer, relating environmental knowledge and technical functional requirements of healthcare units. The core knowledge, the orientation for integrated, multidisciplinary and proactive approach, applied in whole professional route, was undoubtedly acquired in the graduation in Environmental Engineering. As part of professional experience has been rewarding participation in the Order of Engineers, as an elected member since 2001, and since 2007 as the Coordinator of the Environmental Engineering College of Center Region.

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ÍNDICE Página

1.Introdução e enquadramento na atividade desenvolvida 8 2. Tema selecionado para desenvolvimento – Sustentabilidade 11

e gestão ambiental de instalações de prestação de cuidados de saúde.

2.1 Introdução 11

2.2 A gestão ambiental como instrumento de sustentabilidade 13

2.3 Modelos de Gestão Ambiental 15

2.4 Parte Experimental 16

2.5 Resultados e discussão 20

2.6 Conclusão 21

3. Percurso Académico 23

3.1 Formação 23

3.2 Formação Complementar 23

4. Atividade Profissional 25

4.1 Atividade no Sector Privado 29

4.2 Atividade na Administração Pública 29

4.2.1 Na Direção Regional do Ambiente e Recursos Naturais 29

4.2.2 No Ministério da Economia – Direção Regional da 30

Economia do Centro

4.2.3 No Centro Regional de Saúde Pública do Centro da 30

Administração Regional de Saúde do Centro

4.2.4 Na área de Saúde Ambiental no Departamento de 33

Saúde Pública e Planeamento da Administração Regional de

Saúde do Centro

4.2.5 Atividade como Membro eleito da Ordem dos Engenheiros 38

4.3 Conclusões 39

5.Trabalhos Publicados 40

5.1 Livros

5.2 Livros (Capítulos) 41

5.3 Livros (traduções) 42

5.4. Revistas Internacionais 42

5.5 Revistas Nacionais 43

5.6 Relatórios Técnicos 44

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5.8 Comunicações apresentadas em Congressos Internacionais 44

5.9 Comunicações apresentadas em Congressos Nacionais 46

5.10 Poster 47

6. Participações em palestras e conferências 47

6.1 Na Direção Regional do Ambiente e Recursos Naturais 47

6.2 Na Direção Regional da Economia 48

6.3 Na Administração Regional de Saúde do Centro 48

7. Organização e Intervenções em congressos e outros eventos 52

8. Ações de formação 53

8.1 Ações realizadas como formadora 53

8.2 Ações frequentadas 54

7.2.1 Na Direção Regional da Economia 55

7.2.2 Na Administração Regional de Saúde do Centro 57

9. Glossário 61

Índice de Figuras

Figura 1. A evolução ao longo do percurso profissional – principais etapas 9

Figura 2. Apresentação no congresso CINCO’S 2008 11

Figura 3. As guidelines internacionais em sustentabilidade de unidades de 14

prestação de cuidados de saúde

Figura 4. Interação Unidades de Prestação de Cuidados de Saúde (UPCS) 15

e Ambiente: Causas e efeitos de danos ambientais, crescimento de

doenças e impactes.

Figura 5. Ciclo de inputs-outputs 16

Figura 6. O NHPC em fase de construção 17

Figura 7. O Novo Hospital Pediátrico de Coimbra – Hospital Henrique Carmona 23

da Mota, inaugurado em 5 de Fevereiro de 2011

Figura 8. A evolução da abordagem das questões ambientais 40

Figura 9. Trabalhos publicados ao longo da atividade profissional 42

Figura 10. Comunicações ao longo da atividade profissional 45

Figura 11. – Ações de formação frequentadas 53

Índice de Tabelas

Tabela 1 – Percentagem estimada de custos de minimização de impactes 22

Ambientais no valor total do projeto

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Tabela 2 -. Cronograma 1988-2012 28

Tabela 3 – Cronograma 1988-1991

ANEXOS

ANEXO 1 – Notícia de abertura do NHPC – Diário das Beiras 64

1. Introdução e enquadramento na atividade desenvolvida Ao longo de 25 anos de trabalho como profissional na área de ambiente, foram várias as atividades desenvolvidas tendo grande parte desse período correspondido à atividade na Administração Pública que sempre foi a área preferencial de trabalho. A sequência nas áreas de trabalho traduz um percurso paralelo à implementação dos princípios e conceitos de Ambiente e da Engenharia do Ambiente em Portugal. A procura de soluções técnicas ambientais reais, viáveis e adequadas à realidade de um país que tem vindo a crescer com limitações económicas que condicionam a majoração de soluções ambientais, tem sido uma preocupação ao longo dos vários anos. Tem sido igualmente uma preocupação a procura de novas áreas de intervenção que surgiram sempre de forma decorrente e em resultado do trabalho realizado, conforme se pretende esquematizar na Figura 1.

Figura 1. A evolução ao logo do percurso profissional – principais etapas

DRA Centro - participação na implementação dalegislação e monitorização de parâmetros ambientais.Transposição e adaptação de directivas comunitárias,avaliação de sectores críticos.

DRIEC - Participação na legislação aplicável aos sectoresindustriais, inicialmente tecnologias de fim de linha, paraminimização de impactes ambientais . Procedimento deAvaliação de Impactes Ambientais, da Licença Ambiental, daadaptação das MTD's, e da gestão ambiental e certificaçãoambiental.

ARSC - CRSPC/DSPP - Adaptação dos determinantes ambientaisà saúde humana, enquanto condicionantes da saúde daspopulações e do controlo dos agentes de risco e dos vectores depropagação de doenças.

Gestão ambiental e a sustentabilidade das unidades deprestação de cuidados de saúde, e planos de segurançaintegrados como modelo complementar de gestão dosdeterminantes ambientais

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Tendo terminado a licenciatura em Janeiro de 1987 na Universidade de Aveiro, o percurso profissional iniciou-se com um estágio no Centro de Investigação da Portucel, na Quinta de S. Francisco em Eixo – Aveiro, inicialmente de seis meses e que acabou por ser de nove. Seguiu-se um período de seis meses na Soporcel – Leirosa, Figueira da Foz, cuja vertente fabril acabou por se sobrepor à de investigação, o que não correspondia ao objetivo traçado em termos de intervenção ambiental. Em Setembro de 1988, findo o prazo do contrato, foi iniciada a atividade na Direção Regional do Ambiente (DRA), na altura pertencente à Comissão de Coordenação da Região Centro (CCRC). Este foi o começo da atividade na Administração Pública, sendo à data um verdadeiro desafio, uma vez que coincidiu com o início do enquadramento da Gestão Pública do Ambiente, do desenvolvimento da legislação da informação/formação da população e acima de tudo do estabelecimento das relações com os parceiros da Administração e os agentes económicos, por exemplo através do acompanhamento das candidaturas dos projetos comunitários ao Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola (FEOGA), na perspetiva ambiental. Foi fundamentalmente um privilégio, por ter participado no arranque do Ambiente enquanto área de intervenção socioeconómica e científica, por ter integrado inúmeros trabalhos a nível da Direção Geral da Qualidade do Ambiente (DGQA). Foi uma aprendizagem partilhada e acima de tudo uma experiência única. Em 1991 através de concurso seguiu-se o ingresso nos Quadros da Direção Regional da Indústria do Centro (DRIC), na Direção de Serviços da Indústria, do atual Ministério da Economia. Foi relevante a experiência associada à participação nos grupos de trabalho conjuntos, da Direção Geral do Ambiente (DGA) e da Direção Geral da Indústria (DGI), dos Contratos de Adaptação Ambiental dos Sectores Industriais, em especial os da Indústria da Celulose e Fabrico de Pasta de Papel, da Indústria de Cerâmica e Vidro, da Indústria dos Óleos Essenciais e Azeites. Estava a ser principiado o acompanhamento dos Quadros Comunitários de Apoio, em que a avaliação ambiental surgiu como condicionante nos critérios de aprovação das candidaturas. Simultaneamente, o arranque da transposição da legislação comunitária em matéria de ambiente, entendida pelos agentes económicos apenas como um fator de redução de competitividade e acréscimo de externalidades aos custos de produção, foi um desafio ímpar para uma abordagem mais profunda da intervenção em matéria de procedimentos e políticas comunitárias, concretizado na pós-graduação em Estudos Europeus na vertente de Economia, na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, no ano letivo de 1993-1994. Foi igualmente importante para a formação em Engenharia do Ambiente, a necessidade de acompanhamento dos ciclos produtivos e impactes de atividades industriais, do estudo dos processos e lay-out, para viabilização não só da intervenção legalmente prevista e da credibilidade e exigência técnica da Direção de Serviços da Indústria, mas sobretudo para a consolidação de conhecimentos relevantes para a discussão de Melhores Tecnologias Disponíveis, (MTD’s), ou intervenção nos procedimentos associados aos Estudos de Impacte Ambiental (EIA) ou às Licenças Ambientais (LA). A formação contínua complementou a aquisição de conhecimentos. Em 2001, por convite para integração do Centro Regional de Saúde Pública do Centro (CRSPC), acabado de ser criado no âmbito dos organismos pertencentes à Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), iniciou-se um novo desafio, na área pessoalmente considerada como de eleição: a saúde ambiental.

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Tal decisão implicou o desafio de novo trabalho, o estudo de novas matérias, a adequação de metodologias e fundamentalmente a necessidade de estabelecer ligações entre a área de ambiente e a de saúde pública. Foi a aplicação na prática de todo procedimento de definição de intervenção estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no que concerne à Saúde Ambiental e aos Indicadores de Saúde Ambiental. Foi igualmente o desafio da responsabilidade pela área funcional da Saúde Ambiental, que ao logo de mais de uma década tem alargado a área de intervenção, o âmbito dos projetos desenvolvidos, a interação em Saúde Pública incluindo a interface com as outras entidades, bem como da responsabilidade do Programa de Gestão Ambiental dos Planos de Ação da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), e da representação em matéria de ambiente em estudos e projetos de Ambiente e Ordenamento, incluindo a vertente da sustentabilidade. Tal vertente tem constituído uma área preferencial de intervenção considerando as preocupações e orientações no que é já a disciplina relevante de sustentabilidade e gestão sustentável de unidades de prestação de cuidados de saúde. Esse é aliás um dos temas que ao logo do percurso profissional tem vindo a desenvolver, quer na perspetiva da minimização de impactes resultantes da atividade de prestação de cuidados de saúde com relevância para os Centros de Saúde e Extensões da ARSC e restantes do Serviço Nacional de Saúde, em que se engloba a gestão de resíduos hospitalares, a gestão das emissões gasosas, a gestão de riscos e prevenção de infeções nosocomiais, mas sobretudo na vertente da gestão sustentável integrada. Esta, entra em consideração com a avaliação das carências de implementação e enquadramento social, territorial e ambiental das unidades de prestação de cuidados de saúde, bem como a gestão integrada da troca de um bem valorizado e majorado, a saúde, mediante a utilização de recursos materiais, sociais, humanos e ambientais, e o respetivo enquadramento nos ecossistemas de referência. A aplicação prática em gestão sustentável das unidades de prestação de cuidados de saúde, foi consignada na Avaliação Ambiental do projeto de instalação do Novo Hospital Pediátrico de Coimbra, integrada na candidatura ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). Para além de integrar a candidatura foi ainda o tema para o desenvolvimento de um modelo de gestão que consta do trabalho e comunicação “Sustentabilidade e gestão ambiental de instalações de prestação de cuidados de saúde”, Isabel Lança, enquadrada no tema 3: Impacto e desempenho energético e ambiental, no Congresso de Inovação na Construção Sustentável “CINCOS’2008”, Curia, 23,24 e 25 de Outubro de 2008, Figura 2.

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1

Isabel Lança

Departamento de Saúde Pública e Planeamento da ARS Centro

SUSTENTABILIDADE E GESTÃO AMBIENTAL DE INSTALAÇÕES DE PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE

Figura 2. A apresentação no congresso CINCO’s 2008

Este é igualmente o tema selecionado para desenvolvimento, uma vez que traduz por um lado a demonstração prática das valências adquiridas ao longo da carreira profissional, e por outro é o exemplo prático da aplicação da gestão sustentável a um modelo funcional de uma instalação que em matéria de saúde corresponde a um modelo superior de complexidade. 2. Tema selecionado para desenvolvimento

Sustentabilidade e gestão ambiental de instalações de prestação de cuidados de saúde.

RESUMO A atividade desenvolvida nas instalações hospitalares é garantia da saúde das populações, indissociável da qualidade de vida e desenvolvimento das comunidades, geradora de impactes ambientais, sendo necessária a adequação de metodologias para prevenção da poluição (alteração das condições de equilíbrio do seu meio de implantação e envolvente, das quais decorram efeitos nocivos).

A prevenção está consignada num sistema integrado de gestão, permitindo analisar, quantificar e minimizar os impactes negativos, otimizando os recursos, os ciclos de vida dos produtos e os meios de prevenção de contaminação. A gestão ambiental e obrigatória política ambiental, metas e objetivos, engloba a gestão de recursos, otimização de consumos, minimização de emissões para o meio hídrico, para o ar (exterior ou interior), produção de resíduos, minimização de riscos para a saúde (utentes, trabalhadores e comunidade) e especificidades dos cuidados de saúde prestados. A sustentabilidade de uma Unidade de Prestação de Cuidados de Saúde (UPCS) é uma intervenção bietápica: conceção/construção do projeto e gestão e qualificação de serviços prestados, conforme consignados no “Green Guide for Health Care” (GGHC),

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viabilizada em qualquer fase de vida instalação, por aplicação dos princípios da gestão ambiental. Palavras-chave: Ambiente, Gestão, Hospitais, Sustentabilidade

2.1 INTRODUÇÃO

No âmbito do CIB (Conseil International du Bâtiment), que conta com o apoio das Nações Unidas, e do LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), os princípios de sustentabilidade das unidades de prestação de cuidados de saúde estão consignados no “Green Guide for Health Care” (GGHC). Tendo por orientações as normas ASHE (American Society for Healthcare Engineering), o guia foi elaborado por um Comité pertencente à Organização “Hospitals for a Healthy Environment” (H2E), com a participação de entidades internacionais a que pertence a “Health Care Without Harm” de que é membro a Comissão Europeia. Assim, para além dos aspetos fundamentais de decisão e conceção do projeto, de minimização de impactes decorrentes da fase de construção e conclusão da obra, um projeto de uma unidade de prestação de cuidados de saúde, pela sua especificidade, é fundamentalmente um projeto bietápico sendo a primeira etapa a de concretização da instalação e a segunda a de gestão da instalação em todas as abrangências. A gestão ambiental, com o estabelecimento obrigatório de uma política ambiental e respetivas metas e objetivos, abrange não só a gestão de recursos, a otimização de consumos, a minimização de emissões quer para o meio hídrico quer para o ar (exterior ou interior), minimização de riscos para a saúde (dos utentes, trabalhadores e população na envolvente), como também alguns aspetos específicos decorrentes da atividade de prestação de cuidados de saúde, designadamente: - Produtos contendo mercúrio e alternativas de substituição; - Redução do uso de PVC (ftalatos), por exemplo a nível de luvas, sacos e tubos utilizados nos cuidados de saúde, com substituição progressiva; - Política de resíduos hospitalares com especial atenção para a prevenção de infeções nosocomiais (circuitos, armazenagens, proteções…) e redução de frações produzidas; - Processos de decisão com base em ecocritérios: o menos tóxico; menos poluente; de melhor eficiência energética; mais seguro e saudável para os utentes, trabalhadores e população; maior capacidade de reciclagem ou valorização; com menor embalagem; sem odores, e economicamente mais aceitável; - Escolha de alimentos com melhor qualidade alimentar e melhores características de produção numa perspetiva ambiental, com preferência para produtores locais e de produção biológica; - Gestão de stocks de produtos farmacêuticos e redução do grau de toxicidade ambiental, com a respetiva exigência em termos de segurança ao longo ciclo do produto; - Estabelecimento de políticas de gestão das fileiras de equipamentos, com especial atenção para os produtos eletrónicos, desde a fase de aquisição; - Rigorosa gestão dos produtos químicos, reforçando o controlo em termos de qualidade do ar interior e riscos de exposição; Assim, as unidades de prestação de cuidados de saúde são abrangidas por aspetos específicos, os quais se apresentam com particular detalhe no que respeita a aspetos de eficiência energética, emissões gasosas, gestão de resíduos, água, ruído, águas residuais e biodiversidade, nos termos das guidelines internacionais Figura 3.

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Complementarmente estão já estabelecidas as orientações estratégicas em termos de critérios para prevenção de riscos decorrentes da atividade, o que permite obter ganhos em saúde que serão tão mais expressivos quanto mais se traduzirem na inovação em matéria de políticas de Ambiente e Saúde em Domínios Prioritários: água, ar, solo e sedimentos, químicos, alimentos, ruído, espaços construídos, radiações e fenómenos meteorológicos, para que sejam atingidos os objetivos estabelecidos na política definida para cada unidade.

CINCOS 08 Isabel Lança 2

A segurança dos cuidados prestados nasunidades de prestação de cuidados de saúdedepende da qualidade e funcionalidade dasinstalações, bem como da capacidade de gestãode recursos e optimização de consumos, comminimização dos riscos para a saúde dos utentese das populações.

SUSTENTABILIDADECIB, LEED, ASHE;H2E; Comissão Europeia

Figura 3. As guidelines internacionais em sustentabilidade de unidades de prestação de

cuidados de saúde

2.2 A GESTÃO AMBIENTAL COMO INSTRUMENTO DE SUSTENTABILIDADE A Gestão Ambiental considerada como prevenção da poluição resultante da atividade desenvolvida nas instalações de prestação de cuidados de saúde, analisando e otimizando os impactes resultantes dos ciclos de vida dos produtos e serviços, engloba, no caso da atividade hospitalar, a prevenção de riscos de contaminação. Permite uma maior eficácia na aplicabilidade da regulamentação, melhores relações com a comunidade, garante melhores cuidados de saúde e consolida a competitividade enquanto atividade. Um sistema de gestão ambiental é uma via para a melhoria contínua, com o objetivo de:

• Estabelecer uma política ambiental; • Avaliar os impactes no ambiente resultantes da atividade efetiva; • Implementar padrões, programas e procedimentos; • Identificar perigos, avaliar riscos e mudar comportamentos; • Medir e auditar resultados; • Avaliar progressos e estabelecer um processo de revisão contínua para obtenção

de melhorias.

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Essencialmente o Sistema de Gestão Ambiental (SGA), pretende dotar a instalação de meios para a concretização efetiva dos objetivos estabelecidos, com o envolvimento e comprometimento de todos os trabalhadores. Todo o sistema se baseia na definição da Política Ambiental pelo responsável máximo, a quem compete igualmente o estabelecimento dos objetivos gerais e de metas a atingir. Na perspetiva da rentabilização, para além da melhoria dos serviços prestados e de uma relação satisfatória com a comunidade, permite a redução de custos nas áreas tradicionais geradoras de custos e de impactes, decorrentes da atividade hospitalar: gestão de resíduos, consumo de energia, consumo de água e produção de águas residuais e consumo de produtos químicos. O Sistema de Gestão Ambiental permite:

o Identificar e reduzir a poluição ambiental; o Reduzir consumos de energia, água e custos associados ao encaminhamento de

resíduos hospitalares; o Controlar a utilização de substâncias perigosas; o Reduzir as emissões gasosas; o Controlar a qualidade do ar interior; o Melhorar a qualidade de tratamento dos doentes controlando fontes de infecção

nosocomial; o Salientar a ética e responsabilidade de um serviço para a comunidade; o Viabilizar o cumprimento de leis e regulamentos; o Reduzir os custos de operação.

Tem de haver uma efetiva participação dos trabalhadores devendo existir a definição individual de objetivos em qualidade ambiental, decorrentes da política superiormente estabelecida, que viabilize os objetivos estabelecidos para serviço e as interações entre si, dado ser fundamental uma participação pró-ativa de todas as áreas. Atualmente a dimensão das unidades hospitalares decorre da preocupação/necessidade das populações disporem de serviços médicos adequados ao tratamento das várias doenças que condicionam o seu estado de saúde, traduzindo-se em instalações multifuncionais de diagnóstico e tratamento, das quais resultam enormes e diversificadas cargas poluentes, com impactes significativos no ambiente e consequentemente na saúde, gerando-se uma permanente interação, de que podem resultar efeitos cumulativos e/ou sinergéticos no ambiente. Em consequência as populações podem sofrer efeitos crónicos ou agudos, mediante as características de exposição, causando doenças, num ciclo de causalidade, Figura 4.

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Figura 4. Interação Unidades de Prestação de Cuidados de Saúde (UPCS) e Ambiente:

Causas e efeitos de danos ambientais, crescimento de doenças e impactes. Aplicando um modelo input-output, da atividade hospitalar, são identificáveis os aspetos geradores de custos e de poluentes Fig.5.

Utilização de recursos do ambiente:

Recursos humanos

Energia

Água

Ar

Materiais

Emissões para o Ambiente:

Resíduos equiparados a urbanos e hospitalares

Águas Residuais

Emissões Gasosas

Ruído

Unidade de prestação de

cuidados de saúde

DOENÇA

SAÙDE

Figura 5. Ciclo de inputs-outputs

Os fatores que condicionam os impactes ambientais são intrínsecos à própria unidade hospitalar e sua localização, sendo os mais característicos: - dimensão; - número de camas; - idade da instalação - atividades de investigação ou formação;

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- serviços médicos prestados (urgências, bloco operatório, infeciosas, etc…); - serviços contratualizados ( refeições lavandaria, esterilização de equipamento…); - clima; - nível de infraestruturas e desenvolvimento da comunidade local. Regra geral a dimensão do hospital é diretamente proporcional ao esgotamento de recursos e á carga das emissões para o exterior [2]. 2.3 MODELOS DE GESTÃO AMBIENTAL Os sistemas de gestão ambiental podem ser implementados de acordo com as normas internacionais atuais de certificação, o Eco-Management and Audit Scheme (EMAS), da União Europeia, ou a norma internacional ISO 14001. [3] Para as entidades responsáveis pela qualidade do funcionamento e sustentabilidade das unidades de prestação de cuidados de saúde, constituem uma ferramenta preferencial para a orientação de documentos técnicos de trabalho, sendo vários os modelos a nível internacional, sendo mais conhecidos os dos Estados Unidos, Canadá e Singapura, e também da Austrália, África do Sul e Polónia.[2] Contudo, na generalidade, a sua aplicabilidade tem vindo a ser imposta em resultado de exigências comunitárias decorrentes de candidaturas a financiamentos de projetos, onde tem de ser incluída a análise ambiental como garantia de sustentabilidade. Ultrapassando o simples aspeto teórico de considerações e intenções, implica a apresentação de medidas concretas de viabilização sustentável, em termos de conceção/construção e posterior gestão do funcionamento. Conciliando os modelos reconhecidos, mas tendo em vista a sua aplicabilidade a unidades de prestação de cuidados de saúde existentes, em que a realidade condiciona a intervenção, e onde não existem documentos técnicos das entidades responsáveis pela administração do sistema de saúde, foi estabelecida uma metodologia de intervenção. Quando se trata de garantir a sustentabilidade de uma instalação, a gestão deve anteceder o decorrer da atividade, devendo os seus princípios serem aplicados desde a decisão de intenção da sua construção. [1] 2.4 PARTE EXPERIMENTAL Esta metodologia surgiu em resultado da necessidade de aplicação de princípios abrangentes de gestão ambiental em unidades de prestação de cuidados de saúde (Centros de Saúde e Hospitais da ARS Centro), para cumprimento da legislação ambiental [4]. Tratavam-se de unidades existentes, sem informações técnicas disponíveis, de diferentes dimensões e serviços prestados. Posteriormente foi complementada por imposição de uma candidatura a fundos comunitários de um projeto de uma unidade hospitalar, já em fase final de construção, sem que tivesse sido elaborado um estudo de sustentabilidade, situação apresentada na Figura 6.

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Figura 6. O NHPC em fase de construção Considerando a característica bietápica, a primeira referente à fase de conceção/construção e a segunda à de exploração, após o estudo detalhado de todos os dados de projeto e de construção em curso, foi efetuada a recolha de dados e informações, a análise e avaliação de parâmetros, a avaliação de custos/benefícios e o estabelecimento de orientações, das quais constavam adaptações, definição de procedimentos, introdução de alterações em função da legislação ambiental aplicável (ar, água, ruído, resíduos), da prevenção de riscos (infeções nosocomiais) e dos aspetos a maximizar numa perspetiva de sustentabilidade (utilização de água, energia e recursos). Todo o trabalho desenvolvido, em colaboração com a equipa responsável pelo projeto até à fase de intervenção, conduziu à apresentação de um estudo adaptado, com propostas sustentáveis com diferentes prazos de implementação, em substituição de medidas previstas, para correção de deficiências, ou para melhorias de ecoeficiência. Essa experiência conduziu à sistematização de um procedimento de análise, posterior à definição inicial do projeto, com duas fases de atuação, a primeira quanto a Critérios de Conceção/Construção e a segunda quanto a Critérios de Operação, de acordo com a seguinte análise: I – FUNDAMENTAÇÃO

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A aplicação do modelo apresentado tem como obrigatório o estabelecimento prévio pelo responsável máximo UPCS, das metas pretendidas para a instalação:

� carências da população, infraestruturas e dados de saúde; � crescimento demográfico; � localização e área de intervenção; � acessibilidades; � recursos económicos e humanos; � legislação e normas aplicáveis nas várias vertentes;

II – CRITÉRIOS DE CONCEPÇÃO/CONSTRUÇÃO 1 – Localização - Compatibilidade com o ordenamento do território e figuras de ordenamento para a área

de implementação; - População a servir; - Riscos de instalação (prevenção e eventuais efeitos dominó); - Transportes e acessibilidades; - Áreas de estacionamento; - Eficácia de medidas de prevenção de contaminação da população ou do ambiente; - Prevenção de impactes decorrentes da construção. 2 – Consumos de Água e Eficiência - Previsão de consumos; - Previsão de consumos de água de qualidade; - Implementação de processos de reutilização para usos de água não potável; - Controlo da qualidade e de caudais; - Instalação de redes compatíveis com procedimentos de qualidade (desinfeção…); - Em novos projetos deve ser organizada a localização dos serviços viabilizando a

instalação de redes separativas para efluentes contaminados e efluentes equiparados a urbanos, otimizando os caudais a tratar e a reutilizar.

3 – Energia - Determinação de consumos; - Utilização de energias renováveis (iluminação, aquecimento…); - Escolha de equipamentos eficientes lâmpadas, sensores, fotocélulas…). 4 – Emissões Gasosas - Emissões previstas em função dos combustíveis e energias a utilizar; - Dimensionamento das fontes de emissão de acordo com a legislação (considerando

chaminés, exaustão de hottes e emissões difusas); - Instalação de tomas de amostra e definição de monitorização; - Divulgação de níveis de informação e alerta de qualidade do ar (considerando os

trabalhadores na fase de construção). 5 – Materiais e recursos - Materiais ecologicamente adequados (revestimentos, pavimentos, paredes…); - Estruturas a conceber para valorização de recursos e prevenção de riscos em especial

condições de armazenagem de substâncias perigosas, produtos químicos e combustíveis e resíduos:

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� triagem, armazenagem seletiva 3R’s e fileiras, ou de acordo com o risco dos grupos de resíduos, locais para pesagem de frações e respetivo equipamento;

� circuitos de sujos, limpos e alimentos para prevenção de contaminações; - Eliminação de materiais contaminantes (dioxinas, mercúrio, chumbo, cádmio, etc…). 6 – Qualidade Ambiental - Instalação de Sistemas de monitorização de Qualidade do Ar Interior e Conforto

Térmico, e controlo de eficiência do equipamento AVAC; - Controlo da toxicidade de materiais e critérios de acordo com a prevenção de riscos

(fichas de segurança); - Utilização de materiais acusticamente eficientes; - Armazenagem de produtos químicos; - Utilização de sensores e sondas de controlo para rentabilização de consumos de água e energia. III CRITÉRIOS DE OPERAÇÃO São basicamente os critérios práticos de implementação do Sistema de Gestão Ambiental, adequado a cada unidade, tendo por objetivo a garantia da qualidade ambiental para o interior e para o exterior da instalação, com a redução de custos de operação concretizando os conceitos de sustentabilidade. CRITÉRIOS PARA A GARANTIA DA QUALIDADE DA ATIVIDADE HOSPITALAR Tendo como fundamento a definição da política ambiental previamente estabelecida pelo órgão máximo da organização, bem como as metas e objetivos a atingir, de que decorrem as guidelines de intervenção e a intervenção e envolvimento da componente humana. A concretização das metas de qualidade tem por base instrumentos de intervenção, nomeadamente: 1- Transportes e Acessibilidades - Infraestruturas de acesso à população; - Acessibilidades para garantia de funcionamento; - Programas com vista à redução de emissões e utilização de veículos de baixo consumo energético. 2 – Controlo do consumo energético - Recurso a energias alternativas; - Controlo eficaz de consumos; - Equipamento energeticamente eficiente; - Programa de avaliação de eficiência energética, de acordo com a legislação. 3 – Consumos de Água - Descarga de efluentes de acordo com os parâmetros aplicáveis de descarga; - Reutilização de água dos circuitos não contaminados, sempre que possível; - Controlo do volume de descargas sanitárias; - Colocação de pias de despejo para descargas contaminadas; - Colocação e regulação adequado de temporizadores em torneiras; - Escolha de materiais que permitam o controlo de caudais e volumes de descarga;

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- Elaboração de manuais de manutenção /desinfeção de redes e equipamentos, para prevenção de contaminações, em especial Legionella pneumophila. 4 – Gestão do risco químico - Controlo das substâncias tóxicas e perigosas e do seu ciclo de vida na instalação com

definição e avaliação de tempos de armazenagem, circuitos , condições de manipulação, condições de segurança e informação de segurança;

- Colocação de sinalização de segurança e informação de risco; - Instalação de equipamentos de retenção de derrames, fugas e instalação de alarmes; - Elaboração de protocolos de segurança para a instalação e para a envolvente. 5 – Gestão de Resíduos - Definição de metodologias adequadas ao cumprimento da legislação de resíduos, em

especial de resíduos hospitalares, com atribuição de competências, definição de procedimentos, estabelecimento de circuitos, sinalização adequada e formação dos profissionais;

- Definição de metas de redução de produção de resíduos contaminados e seu estabelecimento por serviços; - Elaboração de procedimentos de monitorização e pesagem de frações, para redução de

custos de encaminhamento; 6 – Planos de segurança e de Emergência - Elaboração de Planos de Emergência Interna e Externa, estes em especial articulação

com a comunidade, para eficácia de intervenção em situações de emergência. 7 – Qualidade do Ar - Verificação do cumprimento da legislação quanto a emissões, no que concerne a

monitorização e condições de amostragem; - Verificação dos parâmetros de controlo de qualidade do ar interior e, em conformidade

com a legislação; - Elaboração de procedimentos de manutenção para salvaguarda da qualidade do ar

interior. 8 - Objetivos Ambientais e decisores - Redução de custos associados a má gestão de recursos resultantes de intervenções na

perspetiva da gestão ambiental; - Alimentação – aquisição de produtos de qualidade na perspetiva da produção biológica

ou sustentável; - Estabelecimento de política dos 3R’s e nela englobar os critérios de aquisição de

materiais e serviços; - Utilização de tintas e materiais ecológicos; - Eliminação/redução de utilização de mercúrio ou outros materiais tóxicos e perigosos - Substituição/eliminação de produtos de látex; - Avaliação de novos procedimentos ou operações na perspetiva da sustentabilidade. 9 – Implementação em unidades existentes - Verificação de inconformidades legais e sua imediata correção; - Verificação da existência de materiais contaminantes, análise de risco e plano de

remoção/eliminação, de acordo com as exigências legais (amianto, PCB’s, etc…).

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2.5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após aplicação dos critérios supracitados foi efetuada a avaliação de custos do projeto em áreas determinadas de intervenção, sendo avaliados os diversos impactes resultantes. Em cada área foi quantificado o valor percentual de todas as operações que impliquem minimizações de impactes, tendo genericamente sido obtidos os resultados que se apresentam na Tabela 1. O valor percentual obtido corresponde ao cálculo direto com base no custo de aquisição dos equipamentos que têm efeitos diretos ou indiretos na qualidade ambiental da unidade hospitalar. Foram ainda incluídos no valor dos custos:

• custos de aquisição e sua discriminação; • custos de manutenção tendo em conta a rentabilidade dos

equipamentos/instalações, considerados da ordem de 2% no ano de arranque, de 5% nos 10 a 15 anos de funcionamento, 10% após 15 anos de funcionamento;

• custos de monitorização necessários à viabilização da gestão ambiental. Este foi considerado um dos pontos mais redutores uma vez que havia algumas alterações propostas após a análise efetuada, a ser ponderadas.

Salienta-se o facto de apenas terem sido considerados os valores comprados e comprováveis, o que limitou efetivamente a atribuição de custos uma vez que algumas medidas estavam implicitamente contempladas. A opção foi tomada com base nos critérios de viabilização da candidatura. Tabela 1 – Percentagem estimada de custos de minimização de impactes ambientais, no

valor total do projeto

Área Percentagem

Energia/Construção 6,76% Resíduos 1,64% Águas Residuais 0,18% Águas 0,27% Prevenção de riscos de Incêndio 4,74% Armazenagem de gases medicinais 0,065% Climatização/Qualidade do ar interior 13,79% Revestimento vegetal e cobertura arbórea 0, 99% TOTAL 28,44%

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Considerando que o projeto desde a sua conceção até à fase terminal de construção não foi calculado com base em parâmetros de sustentabilidade, o valor obtido acabou por aceitável face à intervenção tardia no âmbito da análise e gestão ambiental. Foi possível ainda estabelecer algumas intervenções para viabilização de uma gestão ambiental eficaz, como por exemplo a nível de: estabelecimento de circuitos de limpos contaminantes e sujos, o que é fundamental para o controlo da infeção hospitalar; colocação de pontos de amostragem; dimensionamento das chaminés e equipamentos de exaustão e tomas de amostra; armazenagens específicas em função do risco; colocação de sensores e sondas para minimização de consumos, etc…. Ficou definida a prioridade de projetos complementares em especial de eficiência energética, estando a ser avaliada a instalação de equipamento para aquecimento de águas, a iluminação por energia solar da envolvente da instalação, entre outros. 2.6 CONCLUSÃO É fundamental e urgente a definição de orientações e normas de sustentabilidade para as UPCS, qualquer que seja a fase em que se encontra, de projeto, construção, funcionamento ou alteração. Para além dos ganhos diretos para a comunidade, a saúde dos utentes e dos trabalhadores e o ambiente, a redução de custos de exploração é uma realidade de acordo com os modelos internacionais [1-2]. Os ganhos indiretos vão sendo contabilizados ao longo da vida da instalação, salientando-se a redução de efeitos cumulativos e sinergéticos no ambiente. Por outro lado conforme demonstra o presente caso, é sempre viável a intervenção no âmbito da avaliação ambiental, dela decorrendo mais valias quer para a instalação, a envolvente e a comunidade, pelo que é fundamental a definição de normas e procedimentos que cumpram critérios de sustentabilidade. A criação de instrumentos práticos de avaliação consignam a base de uma rotina de procedimentos a estabelecer, em que se enquadra a metodologia proposta. È igualmente fundamental a criação de equipas multidisciplinares que possam intervir nas várias vertentes envolvidas, à semelhança da interação de intervenção dos sistemas de gestão ambiental. Fonte: Diário das Beiras

Figura 7. O Novo Hospital Pediátrico de Coimbra – Hospital Henrique Carmona da Mota, inaugurado em 5 de Fevereiro de 2011

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A proteção do ambiente e da saúde constitui um dos maiores desafios que se colocam à sociedade moderna, o que aliás é preconizado pela Organização Mundial de Saúde, sendo cada vez mais assumido o compromisso de salvaguarda da equidade entre gerações, assente num modelo de desenvolvimento sustentável, em que a administração tem de ter um papel dinamizador, participativo e fundamental, começando pelos serviços de prestação de cuidados de saúde. A continuidade da gestão sustentável da unidade é um desafio permanente que a equipa técnica tem de promover no dia a dia. Na área de intervenção da ARSC existem atualmente, após alteração em conformidade com o ordenamento territorial das NUTS II, existem BIBLIOGRAFIA

1. Green Guide For Heath Care Committee ( ASHE, LEED, CIB) - Green Guide For Heath Care – Best Practices for Creating High Performance Healing Environments (Version 2.2) Janeiro 2007 – GGHC Steering Committee– (2007) www.gghc.org

2. Environmental Science Center , Augsburg, Greener Hospital Improving Environmental Performance, Environmental Science Center , Augsburg, Alemanha e Bristol-Myers Squibb Company,( 2004)

3. Lança Isabel, Apontamentos de Terapêutica Ambiental – Escola Superior de Tecnologias da Saúde – Coimbra (1999).

4. Lança Isabel e Ramos Cândida, Relatório de Avaliação de Parâmetros para Implementação de Gestão Ambiental em Unidades de prestação de Cuidados De Saúde da ARS Centro, DSPP – ARS Centro, Coimbra (2007).

3. Percurso Académico

3.1 Formação

Licenciatura em Engenharia do Ambiente na Universidade de Aveiro, concluída em Fevereiro de 1987 com 11 valores. Pós-Graduação em Estudos Europeus - Ramo de Economia – Centro de Estudos Europeus da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, com 14 valores. Possui o Certificado de Aptidão Pedagógica de Formadora CAP nº 17674/2003 DC.

3.2 Formação Complementar

Da formação complementar constam vários cursos, e que foram realizados em resultado da necessidade de obtenção de novas competências e de atualização de conhecimentos para o desempenho das funções atribuídas, nomeadamente:

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3.2.1. De 1988 a 1991 realizou formação a nível de Tecnologia de membranas, no âmbito dos Cursos Avançados do Programa COMETT da CEE. Programa Europeu de Formação em Processos de Separação com membranas Instituto Superior Técnico. Instituto Tecnológico para a Europa Comunitária: 3.2.1.1. Curso de “Separações Industriais com Membranas” , no Instituto Superior Técnico, entre 27 a 28 de Junho de 1989, com a coordenação da Professora Maria Norberta de Pinho, num total de 11 horas. 3.2.1.2. Curso de “Processos de Separação com Membranas, Tecnologia de Membranas na Indústria de Pasta de Papel” , no Instituto Superior Técnico, entre 29 e 30 de Junho de 1989, com a coordenação da Professora Maria Norberta de Pinho, num total de 11 horas. 3.2.1.3. Curso sobre Tratamento e Gestão de Água para a Indústria no âmbito dos Cursos Avançados do Programa COMETT da CEE Instituto Superior Técnico – 1990. 3.2.2. Exploração de Estações de Tratamento de Àguas Residuais, no Instituto Superior Técnico, entre 14 e 17 de Maio de 1991, com a coordenação do Professor João de Quinhones Levy. 3.2.3. Curso de Auditorias Ambientais - Processos Químicos Industriais - Módulo “Dowville Ambiental, Workshop”. Impacte Ambiental dos processos químicos industriais, dias 1 e 2 de Fevereiro de 1994). 3.2.4. Cursos de Formação em Informática sobre o Word e Excel, que decorreu de 13 de Outubro a 7 de Novembro de 1997:

Introdução aos computadores pessoais Sistemas Operativos “Windows 95” e “Windows 3.XX Processamento de Texto “Microsoft Word 7” Folha de Cálculo “Microsoft Excel 7”

3.2.5. Curso de Formação em Informática sobre Power Point, com duração de 9 horas, e que teve lugar de 31 de Maio a 2 de Junho de 1999. 3.2.6. Curso de Investigação em Serviços de Saúde, na SRS Coimbra, de 17 a 28 de Março de 2003, com duração de 30 horas. 3.2.7. Curso “ Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9001)” – de 18 a 29 de Dezembro de 2006, com a duração total de 36 horas.

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3.2.8. Curso “ SIADAP – Sistema Integrado de Gestão e Avaliação de Desempenho na Administração Pública – Gestão por objetivos e Avaliação do Desempenho (Avaliadores)”, a 8 e 9 de Maio de 2007, com a duração de 12 horas. 3.2.9. Formação efetuada pela Agência para a Modernização da Administração (AMA) – Backoffice e Frontoffice - REAI 3.2.10. Curso “Suporte Básico de Vida com DAE”, INEM, de 23 a 25 de Junho de 2009. 3.2.11. “ Radiation Shielding in Medical Installations 2009, de 19 a 21 de Julho de 2009, organizado pelo Instituto Tecnológico e Nuclear, curso de formação sobre blindagem de instalações radiológicas médicas para protecção da saúde da população e trabalhadores (NCR Report nº 149 e nº 151). 3.2.12. Outros conhecimentos Curso da Alliance Française em Coimbra Bons conhecimentos de inglês falado e escrito Conhecimentos de espanhol falado e escrito Frequentou o curso de pós-graduação em Direito do Ambiente Ordenamento e Urbanismo – CEDOUA, da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.

4. Atividade Profissional Ao longo dos anos têm sido várias as atividades desenvolvidas, sempre no âmbito da engenharia do ambiente, embora em diferentes tipos de intervenção, que têm contribuído para a aquisição de diferentes experiências constituindo um permanente desafio para atualização de conhecimentos e para o estudo e formação em diferentes matérias e domínios do ambiente. Contudo, a interação ambiente e saúde e os determinantes ambientais da saúde, foi sempre uma área preferencial que nos últimos se consolidou principalmente por força da consolidação da Saúde Ambiental como preocupação e área de intervenção emergente da Organização Mundial de Saúde (OMS). De um modo geral cabe uma referência a algumas das atividades desenvolvidas, que se prendem com a formação em engenharia do ambiente, sendo seguidamente apresentada de forma detalhada as principais fases profissionais. Na vertente de formadora, ainda como estudante do curso de engenharia do ambiente, no ano letivo de 1984/85, deu aulas de Ciências da Natureza na Escola Secundária nº1 de Ovar. De 1992 até 2005 foi responsável pela cadeira de “Gestão da Qualidade do Ar” (Teórica e Teórico-Prática) do 2º ano do Curso de Higiene e Saúde Ambiental na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra.

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No ano letivo de 1999/2000 passou a ser responsável pela cadeira de Terapêutica Ambiental, do 4º ano da licenciatura em Saúde Ambiental, na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra, até 2005. Desde o ano letivo de 1993/1994, até à presente data, tem lecionado com o Professor Doutor Silva Afonso no Instituto de Higiene e Medicina Ocupacional, da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra as cadeiras de: “Engenharia do Ambiente “ - do Mestrado em Saúde Pública (responsável da cadeira) “Engenharia Sanitária” - ao Curso de Medicina do Trabalho e ao Mestrado em Saúde Ocupacional A matéria pela qual é responsável é a de determinantes e indicadores ambientais de saúde, qualidade do ar e poluição atmosférica, controle e qualidade do ar nos locais de trabalho, qualidade e segurança da água. No âmbito dos protocolos existentes com a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e a Escola Superior de Enfermagem tem dado aulas ao Sexto Ano Médico e ao Curso de especialização em Saúde pública nas matérias referentes a saúde ambiental e à sua área de trabalho. Em colaboração com o Curso de Pós-Licenciatura de Especialização em Enfermagem Comunitária, leciona o módulo de Saúde Ambiental, na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, desde 2005/2006, até ao presente ano letivo. Colaborou como formadora do Instituto de Promoção Ambiental, IPAMB, para os cursos de Auditores Ambientais. Formadora do Instituto Nacional de Administração, tendo em Outubro e Novembro de 2005 lecionado a formação “Técnicas de Saneamento Básico e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos, na Cidade da Praia, Cabo Verde, no âmbito de apoio à Administração da Cooperação CE/PALOP. Na vertente da atuação como engenheira do ambiente são ainda de mencionar algumas colaborações: - de 1988 a 1991 foi responsável pela instalação e funcionamento do Laboratório de Análises Físico-Químicas da Direção Regional do Ambiente e Recursos Naturais do Centro, da Comissão de Coordenação da Região Centro. - de 1992 a 1995 foi consultora do Centro da Biomassa para a Energia, em Miranda do Corvo, colaborando no arranque da unidade de Ambiente. - consultora Ambiental de empresas do Sector Cerâmico, tendo sido responsável pelo processo de emissão da Licença Ambiental da GRESIL – Mourisca do Vouga – Águeda, emitida em 19 de Abril de 2004. - colaboradora do Centro Regional de Saúde Pública do Norte, na área da Saúde Ambiental, desde Fevereiro de 2004. Ainda em termos de atividade extracurricular, é de mencionar a intervenção na Ordem dos Engenheiros, atualmente como Coordenadora do Conselho do Colégio do Ambiente na Região Centro, mas primeiro como membro da Comissão Instaladora do Colégio do Ambiente e depois como membro eleito, o que tem implicado uma análise do papel e da relevância da especialidade de ambiente na excelência da engenharia, e uma experiência enriquecedora a nível não só de conhecimento técnico mas também cultural e humano. Foi Vice-Presidente da Associação de Direito e Economia Europeia, com sede na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, de 1994 a 1999. Membro fundador da Associação Nacional para a Qualidade das Instalações Prediais ANQIP. Pese embora a importância de todas as ações realizadas profissionalmente, as que efetivamente podem ser consideradas como primordiais na consolidação da atividade

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como engenheira do ambiente, obrigando ao desenvolvimento de competências, definindo a trajetória de trabalho seguida, foram:

• as realizadas no setor da celulose (metodologia de trabalho, definição de projetos de investigação, tratamento, crítica e apresentação de resultados);

• o aceitar do desafio da atividade na administração pública numa altura em que as preocupações ambientais se consolidavam em termos dos diferentes setores industriais, económicos, técnicos e sociais.

A forma como se sucederam as propostas para os diferentes tipos de trabalho implicaram decisões quase sempre imediatas, tendo por detrás a necessidade de conciliar a vida familiar com a profissional. Passam a ser descritas as várias fases, primeiro as desenvolvidas no sector privado seguindo-se as desenvolvidas na administração pública, na sequência correspondente ao cronograma apresentado e que consta da Tabelas 1 e 2.

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CRONOGRAMA da ACTIVIDADE PROFISSIONAL

Tabela 1

ANO

ENTIDADE 19

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20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

Centro de

Investigação

PORTUCEL a)

SOPORCEL a)

Direcção

Regional do

Ambiente a)

Direcção

Regional da

Economia do

Centro

Administração

Regional de

Saúde do

Centro – ARSC

- CRSPC/DSPP

OE Colégio do

Ambiente

b)c)d)

a) – Detalhe na Tabela 2 em anexo

b) Coordenadora do Colégio de Ambiente da Região Centro da Ordem dos Engenheiros, desde 2006 até ao triénio 2010/2013.

c) Vogal do Colégio do Ambiente da Ordem dos Engenheiros da Região Centro de 2001 a 2005

d) Membro da Comissão Instaladora do Colégio do Ambiente na ordem dos Engenheiros.

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CRONOGRAMA da ACTIVIDADE PROFISSIONAL

Anos 1987 a 1988

Tabela 2

ANO 1987 1988

Entidade Jan

eir

o

Fe

ve

reir

o

Ma

rço

Ab

ril

Ma

io

Jun

ho

Julh

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Ag

ost

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Se

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Jan

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Fe

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Ma

io

Jun

ho

Julh

o

Ag

ost

o

Se

tem

bro

Ou

tub

ro

No

ve

mb

r

o

De

zem

br

o

PORTUCEL

Centro de

Investigação

SOPORCEL

Direção

Regional do

Ambiente

DRA

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4.1 Atividade no Sector Privado

De Maio a Novembro de 1987 realizou o estágio profissional no Centro de Investigação da Portucel, na Quinta de S. Francisco em Eixo, Direção de Investigação Tecnológica a cargo do Engº Valente, em Eixo, subordinado ao tema “ Análise, caracterização e redução de cargas poluentes nos efluentes da celulose, processo Kraft, e desenvolvimento e aplicação de métodos de análise química de BOD e TOCl’s, adaptados ao efluente industrial. De Novembro de 1987 a Fevereiro de 1988 realizou no mesmo Centro de Investigação um trabalho sobre Redução das cargas poluentes dos efluentes da celulose, processo Kraft por melhorias no processo de fabrico - Deslinhificação com O2, O3 e H2O2. De Março a Setembro de 1998 trabalhou na SOPORCEL - Costa de Lavos - Figueira da Foz, no desenvolvimento de um trabalho de investigação sobre redução de cargas poluentes dos efluentes da celulose - processo Kraft, através de deslinhificação com O2, para implementação de nova tecnologia na linha de produção. Realizou igualmente o desenvolvimento e aplicação de métodos de análise química de BOD e TOCl’s, adaptados ao efluente industrial, com conceção de instalação piloto - Reactor para experimentação de ensaios de processo. Todo o trabalho de investigação, preparação de equipamentos, e coordenação do programa de análises esteve a seu cargo, nos serviços supervisionados pelos Engº Alexandre Martins e Engº. Serafim Tavares.

4.2 Atividade na Administração Pública

4.2.1. Na Direção Regional do Ambiente e Recursos Naturais

Em Setembro de 1998 inicia o trabalho na Direção Regional do Ambiente e Recursos Naturais do Centro, da Comissão de Coordenação da Região Centro. O trabalho que realizou foi no âmbito de:

• estudos de caracterização e identificação de cargas poluentes de vários sectores de atividades industriais, agroindustriais, artesanais, etc...bem como poluentes domésticas;

• análise de reclamações ; • apreciação de projetos de licenciamento; • avaliação de impactes ambientais de candidaturas de projetos do Fundo

Europeu de Orientação e Garantia Agrícola (FEOGA); • realização de vistorias, fiscalizações e inspeções; • Acompanhamento dos contratos programa sectoriais, de que se salienta o do

sector das celuloses e pasta de papel; Foi ainda responsável pela instalação e funcionamento do laboratório de análise físico-químicas.

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4.2.2. No Ministério da Economia - Direção Regional da Economia do Centro

Em Agosto de 1991, ingressou no Quadro da Delegação Regional da Indústria e Energia do Centro, na Direção de Serviços da Indústria, onde desempenhou as seguintes funções:

Apreciação de Projetos e realização de vistorias no âmbito do REAI, em especial de Classes A; Apreciação de reclamações e realização de respetivas vistorias e ações de fiscalização, de estabelecimentos industriais de Classes A, B, C e D: • Análise de reclamações; fundamentação de decisão • Realização de vistorias e fiscalizações técnicas. Informações técnicas- Emissão de pareceres técnicos em matéria de ambiente: • Ruído; • águas residuais; • resíduos sólidos industriais; • poluição atmosférica, a nível de dimensionamento de chaminés, monitorização

de emissões e definição de parâmetros; • de sistemas de monitorização em contínuo; • Zonas de Proteção Especial (ZPE’s). Apreciação de Figuras de Ordenamento do Território a nível municipal (Planos Diretores Municipais (PDM), Planos de Pormenor (PP), Planos de Recuperação (PR) e Loteamentos):

• Participação em Comissões de acompanhamento de elaboração e revisão dos Planos Diretores Municipais, em especial das revisões dos Planos Diretores Municipais de Santa Comba Dão e de Carregal do Sal.

Acompanhamento de Contratos de Adaptação Ambiental; Participação em Comissões de Acompanhamento dos Contratos de Adaptação para os sectores de Cerâmica; Óleos Vegetais; Têxteis; Cosmética e derivados; Acompanhamento e participação dos trabalhos do Concelho de Bacia do Vouga. Elaboração de pareceres conjuntos sobre propostas de legislação, e apreciação de diplomas legais. Apresentação de comunicações, quer internas nesta Direção Regional, quer em Seminários e Conferências no exterior.

4.2.3 No Centro Regional de Saúde Pública do Centro da Administração Regional de Saúde do Centro

Por convite do Delegado Regional de Saúde Pública do Centro (CRSPC), da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), por inerência do cargo Coordenador do CRSPC, a partir de Fevereiro de 2001, iniciou em regime de requisição, a colaboração como a Assessora para a área do Ambiente e Saúde Ambiental, tendo sido diversas as funções atribuídas;

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Responsável pelos programas de: Qualidade do Ar; Programa Específico de Vigilância Ambiental de Explorações Mineiras; Resíduos Hospitalares; Legionella; e Radiações Eletromagnéticas; Coordenadora da implementação e desenvolvimento dos Programas a nível das seis Sub-Regiões de Saúde, correspondentes aos distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu; Responsável pela elaboração do Programa de Gestão Ambiental do Programa de Atividades da ARS Centro do qual constam Qualidade do Ar, Legionella e Resíduos Hospitalares, na perspetiva da implementação de medidas minimizadoras de impactes ambientais decorrentes da atividade desenvolvida, implementação de procedimentos de ecogestão, e programas de monitorização e controlo de parâmetros ambientais - Plano de Acção 2006-2008.

Dentro das atividades realizadas destacam-se em cada programa destacam-se os seguintes aspetos:

Qualidade do Ar

Conceção, implementação e coordenação de uma avaliação sobre a ocorrência de doenças respiratórias associáveis a poluentes gasosos atmosféricos, a nível de todos os seis distritos da Região de Saúde do Centro, “ Qualidade do Ar e Saúde Pública” – Relatório do estudo com base num inquérito à população da Região Centro – Questionários aplicados pelos clínicos gerais nos Centros de Saúde, de Outubro de 2001 a Março de 2002. Os dados tratados e as conclusões foram publicados em Relatório e feita a apresentação aos profissionais de Saúde, no Colóquio “Poluentes Atmosféricos e efeitos na saúde – Ocorrência de Doenças Respiratórias”, realizado em Viseu, em 27 de Maio de 2003 Na continuação desse trabalho, foi responsável pela apresentação de candidatura ao programa comunitário de financiamento do Fundo Social Europeu - Saúde XXI, para aquisição de equipamento de qualidade do ar Indoor/outdoor, destinado à realização de trabalhos de investigação e vigilância da saúde das populações. Tendo a mesmo sido aprovada, foi responsável pela conceção, implementação e coordenação do estudo de “Caracterização da Qualidade do Ar no Interior de Unidades de Prestação de Cuidados de Saúde da ARS Centro”, iniciado em Maio de 2006. Coordenou as intervenções no âmbito de avaliação de qualidade do ar interior em postos de trabalho pertencentes a serviços da ARS Centro, na sequência de reclamações relativas a incomodidade e sintomatologia relacionada com eventuais exposições. Elaboração de relatórios técnicos de avaliação e propostas de solução.

Programa Específico de Vigilância Ambiental de Explorações Mineiras

• Nomeada para a Sub-Comissão de Avaliação para a Recuperação Ambiental de Áreas Mineiras Degradadas, criada pelo DL 198-A/2001, de06 de Julho, Despacho Conjunto nº82/2002, de 13 de Dezembro, e Despacho Conjunto 83/2002, de 21 de Dezembro.

• Por despacho do de 21 de Junho de 2006 de Presidente do Conselho de Administração da ARS do Centro, nomeada como membro do grupo de trabalho para tratamento pormenorizado dos dados do Estudo Saúde Centro e elaboração do Relatório Final.

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Resíduos Hospitalares

• Elaboração da política de resíduos hospitalares na Região Centro • Realização da formação dos profissionais de saúde a nível de Unidades de Prestação de

Cuidados de Saúde • Nomeada para o Grupo de Trabalho de Revisão Nacional da Legislação de Resíduos,

cuja proposta foi já concluída Nomeada como representante da Administração Regional de Saúde como membro do Grupo de Trabalho da DGS para os resíduos Hospitalares, em que participaram representantes da Medicina Legal, da Direção Geral do Ambiente e da Direção Geral de Veterinária. Legionella

• Elaboração de procedimentos de prevenção e manutenção de equipamentos e sistemas de modo a evitar o desenvolvimento de Legionella sp

• Visitas a unidades hoteleiras para divulgação de metodologias e procedimentos • Elaboração de material de divulgação • Realização de inquéritos ambientais em casos de doença dos legionários. • Colaboração técnica com a DGS no âmbito da prevenção e controlo e Inquéritos

Ambientais na avaliação Epidemiológica da Doença dos Legionários. - Hotel Grão Vasco – Viseu - Investigação de casos na Av. Fernão de Magalhães – Coimbra - Piscinas de Cantanhede – Cantanhede

Radiações Eletromagnéticas

Nomeada pelo Diretor Geral da Saúde como membro efetivo dos 1º e 2º Grupos de Trabalhos sobre Campos Eletromagnéticos e Radiações não ionizantes, com atribuições referentes às elaboração de regulamentação e informação técnico e para o público sobre a matéria, englobando redes de comunicação móveis; interferências eletromagnéticas e equipamento médico; radiação UVA e UVB (utilização de solários); linhas de alta tensão e exposições.

Ainda do trabalho realizado constam as seguintes atribuições:

Colaboradora do Centro Regional de Saúde Pública (CRSPC) do Norte, a pedido daquela entidade, e por autorização do Coordenador do CRSPC do Centro, de 16 de Fevereiro de 2004. Responsável pela articulação da emissão de pareceres de Autorização Prévia de Operações de Gestão de Resíduos, de acordo com a Portaria nº 961/98, de 10 de Novembro. Responsável pela emissão e apreciação de reclamações e pareceres de ruído nos termos do DL 292/2000. Responsável por apoio técnico à Sub-Regiões de Saúde em matéria Ambiental. Colaboração noutros programas em curso na área de saúde ambiental. Pelo Despacho 7/2005 de 23 de Março de 2005 e Aditamento de 4 de Abril de 2005, do Coordenador da Sub-Região de Saúde de Coimbra, foi nomeada como Coordenadora dos programas de Saúde Ambiental em assessoria direta ao Coordenador Sub-Regional.

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Representante da ARS Centro no Grupo de Trabalho – Licenciamento Industrial, coordenado pelo Instituto Português de Acreditação, no âmbito de Acreditação do DL 152/2004, de 30 de Junho. Responsável no Departamento de Saúde Pública e Planeamento da ARS Centro, pela colaboração com o INSA – Instituto Dr. Ricardo Jorge, no trabalho de identificação e serotipagem nacional da Legionella pneumophila. No âmbito dos protocolos existentes com a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra tem dado aulas ao Sexto Ano Médico, em saúde pública, nas matérias referentes a saúde ambiental e à sua área de trabalho.

4.2.4. Na Área de Saúde Ambiental no Departamento de Saúde Pública e Planeamento da Administração Regional de Saúde do Centro

Por alteração da Lei Orgânica da Administração Regional de Saúde do Centro, publicada com a Deliberação nº 754/2010, de 26 de Abril de 2010, na 2ª Série do DR, o Centro Regional de Saúde Pública do Centro foi extinto passando o serviço a integrar o Departamento de Saúde Pública e Planeamento (DSPP), da ARSC.

Atualmente, no DSPP, exerce as funções de Responsável da área funcional de saúde ambiental que abrange: Água; Qualidade do Ar; Resíduos Hospitalares e Resíduos Equiparados a urbanos – implementação da gestão de resíduos hospitalares na Região Centro Responsável da organização ARSC no Sistema Integrado de Resíduos da Agência Portuguesa do Ambiente (SIRAPA) ; Prevenção da Legionella e da Legionellose; Radiações não ionizantes – Campos eletromagnéticos; Radiações ionizantes – Proteção de radiações em instalações e blindagem de acordo com o National Council on Radiation Protection NCRP). Representante da ARSC no projeto europeu de Avaliação da Exposição da População Portuguesa a Radiações Ionizantes devido a Exames Médicos de Radiodiagnóstico e Medicina Nuclear – Dose Datamed 2 Portugal - DDmed2; Vigilância Ambiental de Explorações Mineiras; Projetos de avaliação de determinantes ambientais em saúde; Projeto “Escolas sem Ruído”, para avaliação dos níveis sonoros nos estabelecimentos escolares da Região Centro, (Escolas EB 2,3) em função da tipologia; Projeto de identificação e levantamento de instalações/equipamentos com amianto; Pareceres no âmbito das Figuras de Ordenamento do Território - PDM; PP, PL- AAE); Pareceres de avaliação ambiental em projetos da ARSCentro em candidaturas ao QREN Representante da ARS Centro na plataforma de interoperabilidade do REAI – Regulamento do Exercício da Atividade Industrial. Responsável da Organização ARS Centro no SIRAPA (Sistema Integrado de Registo da Agência Portuguesa do Ambiente). Participação em grupos técnicos da Direção Geral da Saúde para revisão de legislação e transposição de diretivas comunitárias, elaboração de documentos técnicos (Circulares

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Normativas e Informativas), nas áreas de Radiações eletromagnéticas; Resíduos Hospitalares e Ondas de Calor. Apreciação de reclamações e pareceres no âmbito da legislação de ruído. Membro da Sub-Comissão de Avaliação da atividade de recuperação ambiental de áreas mineiras degradadas. Apoio técnico aos Agrupamentos de Centros de Saúde. Assessora para a área do Ambiente e Saúde Ambiental do Coordenador do CRSPC, responsável pelos programas de: Qualidade do Ar; Programa Específico de Vigilância Ambiental de Explorações Mineiras; Resíduos Hospitalares; Legionella; e Radiações Eletromagnéticas, de acordo com o Plano de Atividades do CRSPC, em especial o Plano em curso para o Triénio 2005-2007. Coordenadora da implementação e desenvolvimento dos Programas a nível das seis Sub-Regiões de Saúde, correspondentes aos distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu. Responsável pela elaboração do Programa de Gestão Ambiental do Programa de Atividades da ARS Centro do qual constam Qualidade do Ar, Legionella e Resíduos Hospitalares, na perspetiva da implementação de medidas minimizadoras de impactes ambientais decorrentes da atividade desenvolvida, implementação de procedimentos de ecogestão, e programas de monitorização e controlo de parâmetros ambientais - Plano de Ação desde 2006 até à presente data. Colaboração no Relatório de Atividades de 2006 até à presente data da ARS Centro, nomeadamente no Programa de Gestão Ambiental. Realizou a avaliação da situação existente nas unidades de Prestação de Cuidados de Saúde na Região Centro, Hospitais e Centros de Saúde, para obtenção de dados referentes a determinantes ambientais de acordo com o Programa de gestão Ambiental da ARS Centro, abrangendo 109 Centros de Saúde e 31 Hospitais (Relatório que consta do ANEXO 2). O trabalho “Relatório de Avaliação de Parâmetros para Implementação de Gestão Ambiental Em Unidades de Prestação de Cuidados de Saúde da ARS Centro” foi apresentado ao Presidente do Conselho Diretivo da ARSC em Outubro de 2007, e em 10 de Dezembro de 2007, ao Sub-Diretor Geral da Saúde, na reunião organizada pelo DSPP/ARSC, nessa data em Coimbra, na biblioteca do centro de Saúde de Celas, sobre Resíduos Hospitalares e o SIRER – Sistema Integrado de Registo Eletrónico de Resíduos. Responsável pela articulação e apoio técnico da intervenção do DSPP da ASRS Centro, nas Figuras de Ordenamento do Território, elaborando pareceres, documentos técnicos de apoio e prestando orientação técnica. Responsável pela apreciação dos Estudos de Impacte Ambiental (EIA) e emissão do parecer técnico em Saúde Ambiental, coordenando os pareceres emitidos pelas Autoridades de Saúde, em matéria de Saúde Pública para os EIA. Dentro das atividades realizadas em cada programa destacam-se os seguintes aspetos:

Programa de Qualidade da Água

Trata-se de uma área em que a intervenção da saúde pública se consolida na perspetiva da vigilância e da garantia da segurança, que envolve os seguintes subprogramas:

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– Água de consumo humano – definição de Planos de Segurança, vigilância dos sistemas, complementaridade da informação da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), derrogações e interdições; – Piscinas – vigilância da segurança para os utilizadores na perspetiva da qualidade da água, das condições de higiene a segurança, qualidade do ar interior em especial da concentração de cloraminas, humidade e temperatura. Formação/sensibilização dos responsáveis para a implementação de procedimentos de segurança, aplicação de livro de registo de controlo desenvolvido no âmbito do programa; – Águas Balneares – Efetivação da vigilância estabelecida nos termos legais e garantia dos procedimentos decorrentes da Bandeira Azul, – Águas Termais – Vigilância e cumprimento das atribuições no âmbito da legislação no que concerne ao licenciamento e funcionamento.

Como pontos críticos em desenvolvimento está o Levantamento e Diagnóstico dos Sistemas de distribuição em alta e em baixa, para estabelecimento Planos de Segurança em conformidade com as normas da OMS e a Carta de Bona.

Programa de Qualidade do Ar

Conceção, implementação e coordenação do estudo de “Caracterização da Qualidade do Ar no Interior de Unidades de Prestação de Cuidados de Saúde da ARS Centro”, iniciado em Maio de 2006. Intervenções no âmbito de avaliação de qualidade do ar interior em postos de trabalho pertencentes a serviços da ARS Centro, na sequência de reclamações relativas a incomodidade e sintomatologia relacionada com eventuais exposições. Foi dada continuidade à formação de profissionais de saúde na vertente do ar como determinante da saúde. Verificação da aplicabilidade do Decreto-Lei nº 78/2004, nas upcs, tendo sido efectuado o levantamento dos equipamentos e condições de emissão gasosa de poluentes, no âmbito dos Programas de Qualidade do Ar e do de Gestão Ambiental da ARS Centro. Organização de uma base de dados da informação referente ás monitorizações efetuadas e pareceres emitidos pela tutela – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro – CCDRC. Apoio técnico às propostas de aquisição de serviços de monitorização das emissões gasosas das unidades de prestação de cuidados de saúde, em cumprimento do Decreto-Lei nº 78/2004 e coordenação do programa

Programa Específico de Vigilância Ambiental de Explorações Mineiras

• Acompanhamento do trabalho desenvolvido pela Sub-Comissão de Avaliação para a Recuperação Ambiental de Áreas Mineiras Degradadas, criada pelo DL 198-A/2001, de06 de Julho, Despacho Conjunto nº82/2002, de 13 de Dezembro, e Despacho Conjunto 83/2002, de 21 de Dezembro.

• Por despacho do de 21 de Junho de 2006 de Presidente do Conselho de

Administração da ARS do Centro, foi nomeada como membro do grupo de

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trabalho para tratamento pormenorizado dos dados do Estudo Saúde Centro e elaboração do Relatório Final.

Programa de Resíduos Hospitalares

• Elaboração da política de resíduos hospitalares na Região Centro; • Realização da formação dos profissionais de saúde a nível de Unidades de

Prestação de Cuidados de Saúde (UPCS); Levantamento da situação no âmbito da gestão ambiental de resíduos nas Sub-Regiões, e verificação das condições de adequação às exigências do SIRER Sistema Integrado de Registo Eletrónico de Resíduos, e sua atualização.

Realização de inquérito às unidades de prestação de cuidados de saúde - upcs para verificação das condições de aplicabilidade do SIRER - Sistema Integrado de Registo Eletrónico de Resíduos. Elaboração de orientações técnicas sob a forma de documento apresentado ao Presidente do Conselho Diretivo (CD) da ARS Centro, que posteriormente divulgou junto das upcs.

Programa de Prevenção da Legionella

Continuação de trabalhos de investigação e publicação de artigos técnicos. Definição de orientações e apoio técnico formativo e informativo:

• Elaboração de procedimentos de prevenção e manutenção de equipamentos e sistemas de modo a evitar o desenvolvimento de Legionella sp

• Visitas a unidades hoteleiras para divulgação de metodologias e procedimentos • Elaboração de material de divulgação • Realização de inquéritos ambientais em casos de doença dos legionários. • Colaboração técnica com a DGS no âmbito da prevenção e controlo e Inquéritos

Ambientais na avaliação Epidemiológica da Doença dos Legionários. • Apoio às Autoridades de Saúde Concelhias na investigação ambiental e

intervenção técnica de desinfeção e manutenção de sistemas, de que são exemplos: - Termas das Caldas da Rainha – Caldas da Rainha - Investigação de casos em Coimbra – Celas – Coimbra - HUC – Torres de refrigeração – Coimbra

- Lar da Misericórdia – Vila Nova de Poiares

Programa de Radiações Eletromagnéticas

Na sequência do trabalho desenvolvido por nomeação pelo Diretor Geral da Saúde para o 2º Grupo de Trabalho sobre Campos Eletromagnéticos e Radiações não ionizantes, foram concluídos e publicados os trabalhos: - Solários, Riscos e Orientações; - Sistemas de Comunicações móveis – Efeitos na Saúde Humana.

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Destinando-se a profissionais de saúde a sua foi publicação efetuada pela DGS que conjuntamente com as ARS procedeu à divulgação.

Responsável pela articulação da emissão de pareceres de Autorização Prévia de Operações de Gestão de Resíduos, de acordo com a Portaria nº 961/98, de 10 de Novembro. Responsável pela emissão e apreciação de reclamações e pareceres de ruído nos termos do DL 292/2000. Responsável pela coordenação do processo referente ao Procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental de projetos abrangidos pelo DL 69/2000, de 3 de Maio, e pela emissão do parecer técnico em saúde ambiental, complementado com o parecer da autoridade de saúde da área em análise. Responsável por apoio técnico às Sub-Regiões de Saúde em matéria Ambiental. Colaboração noutros programas em curso na área de saúde ambiental. Foi ainda nomeada para:

- Representante da ARS Centro no Grupo de Trabalho sobre Licenciamento Industrial do Instituto Português de Acreditação – Coordenação Operacional Inspeção, por nomeação de 13/04/2007, coordenado pelo Instituto Português de Acreditação, no âmbito de Acreditação do DL 152/2004, de 30 de Junho. - Representar o DSPP na sessão sobre a nova legislação sobre Pedreiras – Decreto-Lei nº 340/2007, de 12/10, em 19/11/2007. - Responsável no DSPP pela coordenação e execução da colaboração regional com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), no âmbito do estudo sobre serotipagem de Legionella pneumophila, que decorreu em 2007. - Responsável no DSPP pela coordenação da intervenção técnica preventiva e em casos de contaminação de instalações/equipamentos com Legionella pneumophila, no que concerne a avaliação de risco e procedimentos de manutenção/desinfeção de equipamentos e ou instalações, e inquéritos ambientais; - Integrar o grupo de trabalho referente ao acompanhamento do processo de co-incineração em Souzelas, tendo elaborado o Plano de Monitorização em Saúde Ambiental que conjuntamente com o Plano de Monitorização em Saúde Pública elaborado pelo Dr. António Morais, integrou a Proposta de Intervenção da ARS. -Colaborar com Gabinete do Novo Hospital Pediátrico de Coimbra (NHPC), para efetuar o estudo referente a Análise de Impacte Ambiental da candidatura ao QREN do NHPC, pelo Conselho Diretivo da ARS Centro, em 6 de Maio de 2008. - Nomeada, pelo Conselho Diretivo da ARS Centro, para efetuar a apreciação de todos os projetos de Centros e Extensões de Saúde a candidatar ao PO mais Centro, nos termos da legislação aplicável, nomeadamente de viabilidade ambiental, por despacho de 12 de Setembro de 2008. - Membro do Núcleo Consultivo de Apoio Pontual ao GCR de Prevenção e Controle de Infeção da ARS Centro, por Despacho do Conselho Diretivo da ARS Centro, de 12 de Setembro de 2008.

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- Representante da ARSC no Grupo de Trabalho Sectorial “Saúde Humana”, integrado na Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas, da Direção Geral da Saúde; - Representante da ARSC no âmbito da coordenação da fiscalização em proteção radiológica, nos termos do DL 180/2002, de 8 de Agosto; - Representante da ARS Centro no Grupo de Trabalho da DGS para as radiações não ionizantes resultantes de muito baixas frequências – Linhas de Alta Tensão para cumprimento do Despacho da Assembleia da República - Gestora de Energia da ARSC, no âmbito do Plano Estratégico do Baixo Carbono PEBC e da Eco Eficiência na Administração Pública EcoAP, no âmbito do Plano coordenado pela ACSS. -Representante da Direção Geral da Saúde no Conselho de Região Hidrográfica do Centro da Administração da Região Hidrográfica do Centro (ARH Centro); - Representante da Administração Regional de Saúde do Centro na Comissão de Acompanhamento do Plano de Ordenamento da Orla Costeira – POOC Ovar - Marinha Grande; - Responsável pela avaliação ambiental dos projetos da ARSC apresentados ao QREN; -Nomeada responsável pelas compras ecológicas na ARSC, de acordo com a legislação aplicável à administração pública; - No âmbito dos protocolos existentes com a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e a Escola Superior de Enfermagem tem dado aulas ao Sexto Ano Médico e ao Curso de especialização em Saúde Pública nas matérias referentes a saúde ambiental e à sua área de trabalho. - Nomeada, com o Mestre António Morais, orientadora de Trabalho de Investigação e Mestrado em Saúde Pública, pelo Conselho Científico da Faculdade de Medicina de Coimbra, em 27 de Outubro de 2010. - No âmbito da colaboração no Curso de Pós-Licenciatura de Especialização em Enfermagem Comunitária, leciona o módulo de Saúde Ambiental, na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, desde 2005/2006, até ao presente ano letivo. - Representante da ANQIP na Comissão Técnica de apoio ao IRAR no Esquema de Aprovação em Portugal, em 3 de Outubro de 2009. - Atualmente é membro eleito do Conselho Fiscal da ANQIP. Membro de júris em concursos da ARS Centro.

4.2.5. Atividade como Membro eleito da Ordem dos Engenheiros

Membro da Comissão Instaladora do Colégio do Ambiente Regional Centro da Ordem dos Engenheiros. Vogal do Conselho Regional Centro do Colégio do Ambiente da Ordem dos Engenheiros (2001-2004/2004-2007), e Coordenadora do Conselho Regional Centro do Colégio de Engenharia do Ambiente da Ordem dos Engenheiros ( 2007-2010 e 2011-2013) . Responsável em representação da Ordem dos Engenheiros pela articulação/organização dos Seminários Iniciativa Construção Sustentável, em parceria com a Iniciativa Construção Sustentável, sendo igualmente responsável pela abordagem referente à Qualidade do Ar Interior, como palestrante.

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Foi nomeada representante da Ordem dos Engenheiros em júris de Provas de atribuição de Título de Especialista nos Institutos Politécnicos da Guarda e de Leiria, em 2011

4.3 Conclusões A atividade desenvolvida foi principalmente um permanente desafio, pois as áreas de intervenção e os interlocutores foram mudando. A abordagem foi igualmente evoluindo o que traduziu o acompanhamento das estratégias ambientais:

Figura nº 8 – A evolução da abordagem das questões ambientais

Foi essencial a formação adquirida em Engenharia do Ambiente, mas o aspeto mais relevante dessa formação foi todo o que ultrapassou a matéria lecionada: o desafio, a metodologia, a abordagem detalhada e sistemática de todas as questões, que nos eram transmitidos pelos professores. Está prestes a passar o testemunho a primeira geração em Portugal de engenheiros do ambiente, no entanto ainda existem áreas em que a intervenção é quase inexistente. A necessidade de mudança e a não acomodação têm sido duas das maiores motivações ao longo do trabalho desenvolvido, pelo que a continuação na área da saúde ambiental é a opção óbvia. Em saúde ambiental não existem ainda dados de referência em relação a indicadores associados aos determinantes ambientais da saúde, nem há uma caracterização nacional

Saúde ambiental e determinantes

ambientais

Avaliação de impactes e

minimização de riscos

Melhores tecnologias

Tecnologias de fim de linha

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de referência de muitas doenças associadas, incidências ou prevalências. Mesmo as Doenças de Declaração Obrigatória (DDO) não coincidem com os números efetivos de casos, sendo crítica a falta de informação/declaração, o que inviabiliza a eficaz intervenção nos determinantes ambientais associados. As guidelines da Organização Mundial de Saúde e da Comunidade Europeia impõem alterações a curto prazo e profundas mudanças no paradigma da saúde, pelo que continua a ser aliciante o trabalho a desenvolver. Existem contudo alguns pontos críticos e de intervenção urgente:

• A sustentabilidade das unidades de prestação de cuidados de saúde é uma das orientações;

• A economia verde na área e serviços de saúde (implicitamente associada ao conceito de saúde e bem-estar);

• A prevenção de riscos associados, decorrentes de procedimentos na área da saúde (diagnóstico, terapêutica e intervenções);

• A vigilância em saúde associada aos determinantes ambientais.

Em conclusão: Nem sempre o que fiz, foi bem feito, mas foi sempre, em cada momento, o melhor que consegui, tornando as limitações a motivação para superar cada novo desafio…evoluir, é o único sentido para o futuro!

5. Trabalhos Publicados

Ao longo de todo o percurso a realização de estudos e trabalhos tem sido uma motivação permanente, pelo que a publicação de artigos é consequentemente um dos resultados associados. Foi igualmente marcante a relação entre a temática dos trabalhos publicados, as competências e objetivos de trabalho e as áreas de intervenção das entidades de tutela, que sem dúvida passaram a ser relevantes após o ingresso na ARS Centro. Relativamente a cada uma das etapas relevantes da atividade profissional, apresentam-se os trabalhos publicados de acordo com a figura 9, seguindo-se a organização estrutural do tipo de trabalhos.

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Figura nº 9 – Trabalhos publicados ao longo da atividade profissional

5.1. Livros

LANÇA, I.; A doença dos legionários – medidas de prevenção e controlo”, publicação financiada pela Saúde XXI, “(32 pág.) . CRSPC - 2004

SILVA-AFONSO, A.; LANÇA, I.; Manual de “Técnicas de Tratamento de Saneamento Básico e Resíduos Sólidos Urbanos” –- Setembro de 2005 (290 pág.), -no âmbito da formação da Direção-Geral da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas (INA), e Separata Técnica de Exercícios e Questionários Técnicos de Avaliação

TAVARES A.; BARREIROS C.; LOURENÇO C.; AMARAL C.; LANÇA I. ; CAMACHO J.B.; NOGEIRA J.R.; PEDROSO M.J JORGE M. – “Sistemas de Comunicação Móveis – Efeitos na Saúde Humana”, Direção Geral da Saúde, 2007. 5.2. Livros (Capítulos)

LANÇA, I.; SILVA-AFONSO, A. - "A concepção de sistemas locais e prediais de água e possíveis efeitos na saúde pública" – In Actas do 5º Congresso Luso-Moçambicano de Engenharia, Capítulo XI, 2008, ISBN 978-972-8826-19-2, pp. 349-350.

Direcção Regional do Ambiente

•1988-1991

•Material para divulgação junto da população relativo a poluição atmosférica e Ruído – Folhetos – “A poluição Atmosférica e o Automóvel”, “O Ruído e o Automóvel”, (Direcção Regional do Ambiente - CCRC), Março de 1990.

Direcção Regional de Economia do Centro

•1991-2001

•Publicação de artigo técnico na revista da APICER

•“A Problemática Ambiental na Actividade Industrial no sector Cerâmico”

•Janeiro de 1999

Administração Regional de Saúde do Centro CRSPC/DSPP

•2001-2012

•27 trabalhos publicados sobre temática relacionada com aspectos de sáude ambiental em diversas vertentes técnicas.

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5.3 Livros (traduções) TAVARES A.; LOURENÇO C.; AMARAL C.; LANÇA I.; CAMACHO J.B.; NOGEIRA J.R.; PEDROSO M.J.- Sistemas de Comunicação Móveis – Efeitos na Saúde Humana “Solários Riscos e Orientações”, tradução para português do livro “ Artificial Tanning Sunbeds Risks and Guidance”,( WHO 2003), Direção Geral da Saúde, 2007.

5.4. Revistas Internacionais SILVA-AFONSO, A. e LANÇA. I. – “Safe Water. The importance of risk prevention. The situation in Portugal”, World Plumbing Revue, Notting Hill, Australia. Issue 3, (June 2008), pp. 78-80. 5.5 Revistas Nacionais LANÇA I. - “A Problemática Ambiental na Atividade Industrial no sector Cerâmico” Publicação de artigo técnico na revista da APICER. Janeiro de 1999 LANÇA I. - “ Portaria nº 1421/2004 de 23 de Novembro – Campos Eletromagnéticos” – (Artigo de informação técnica) - Boletim nº2 do Centro Regional de Saúde Pública do Centro – Janeiro - Março de 2005. LANÇA I. - “Qualidade do Ar Interior” – (Artigo de revisão)- Separata Científica – Boletim nº 3 do CRSPC – Abril – Junho de 2005 –

LANÇA I. - Artigo publicado no Boletim nº 5 do CRSPC – Outubro- Novembro de 2005.

SILVA AFONSO, A. e LANÇA, I. - "Controlo e prevenção da Legionella em sistemas prediais de águas: contramedidas e suas limitações". Revista Saúde Pública ao Centro. Coimbra. Outubro/Dezembro de 2005, n.º 5 (2006), pp. 22-30. LANÇA I. – “A qualidade do Ar” – Revista TECNOHOSPITAL 24 – 3º Quadrimestre, 2006 ( pág 22-29).

SILVA AFONSO, A. e LANÇA, I. - "A propagação da Legionelose através dos sistemas urbanos de abastecimento de água. Estudo de casos e recomendações técnicas". Revista Tecnologia da Água. Lisboa. Janeiro/Março de 2007, n.º 48 (2007), pp. 12-19.

LANÇA I. - “Segurança das Redes de Água e Equipamentos – Prevenção da Legionella Pneumophilla em Instalações Hospitalares” - Revista TecnoHospital, nº 34, 2º trimestre de 2009.

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5.6 Relatórios Técnicos RELVÃO A.M.; LANÇA I.T -”Estimativas das cargas poluentes devidas às principais indústrias na Bacia do Baixo Mondego - Levantamento de indústrias na zona Centro; Drenagens na Bacia; Estimativa de cargas poluentes; Processos de tratamento de águas residuais ( DRARN-CCRC) - 1989 LANÇA I. – “ Destilarias” - Relatório no âmbito do Protocolo entre a SEARN e o sector das destilarias - ( DRARN-CCRC) - 1989 LANÇA I. – “O sector das Celuloses - Principais processos produtivos e alternativas tecnológicas não poluentes; Efluentes e emissões”. Relatório no âmbito do Protocolo entre a SEARN e o sector das celuloses (DRARN-CCRC)1989 LANÇA I. – “Qualidade do Ar e Saúde Pública” – Relatório do estudo com base num inquérito à população da Região Centro – Questionários aplicados pelos clínicos gerais nos Centros de Saúde, de Outubro de 2001 a Março de 2002 –Centro Regional de Saúde Pública do Centro/ARS) (252 pág.)

LANÇA I.; RAMOS C. – “Avaliação de Parâmetros para Implementação de Gestão Ambiental em Unidades de Prestação de Cuidados de Saúde na ARS Centro”. – Outubro 2007.

LANÇA I.– “A Intervenção dos Serviços de Saúde nas Figuras de Ordenamento do Território” – ARSC - 1 de Julho de 2008. TELES P.; SOUSA M. C.; PAULO G.; SANTOS J.; PASCOAL A.; CARDOSO G.; L LANÇA I. e outros, “Relatório sobre os resultados do projecto Dose Datamed 2 Portugal” .- Instituto Tecnológico e Nuclear, Abril de 2012 5.7 Comunicações apresentadas em Congressos Internacionais

SILVA AFONSO, A. e LANÇA, I. – “Controlo e prevenção da Legionella em sistemas prediais de águas. Contramedidas e suas limitações”. In Anais do SILUBESA – Simpósio Luso-Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. Figueira da Foz, 2006. pp. 7-8. ISBN 972-99991-0-4. ... SILVA-AFONSO A.; LANÇA, I. – “A Propagação da Legionelose através dos Sistemas Urbanos de Abastecimento de Água. Estudo de Casos e Recomendações Técnicas”. In Anais do 5º Congresso Ibérico sobre Gestão e Planeamento da Água, Faro, Portugal, Dezembro de 2006. pp. 263-264. ISBN 989-20-0456-6.

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SILVA-AFONSO, A., LANÇA, I. – “Safe water supply in buildings.The importance of risk prevention”, In Anais do CIB W062 2007 – Water Supply and Drainage for Buildings. Brno, República Checa: 19 a 21 de Setembro de 2007, pp 113-122. ISBN 978-80-254-0172-9.

LANÇA I.; SILVA-AFONSO A. - “A Conceção de Sistemas Locais e Prediais de Água e Possíveis Efeitos na Saúde Pública”, no 5º Congresso Luso-Moçambicano de Engenharia, Maputo, 2 a 4 de Setembro de 2008.

LANÇA, I., SILVA-AFONSO, A. – “As alterações climáticas, as medidas de eficiência energética e a saúde pública. Uma análise ao nível das instalações prediais”, XIII SILUBESA – Simpósio Luso-Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, Belém do Pará, Brasil, 10 a 14 de Setembro de 2008. LANÇA, I., SILVA-AFONSO, A. – “Protecção sanitária de reservatórios”, 9º SILUSBA – Simpósio de Hidráulica e Recursos Hídricos dos Países de Língua Oficial Portuguesa, Benguela, Angola, 28 a 30 de Outubro de 2009. LANÇA I – Alterações Climáticas e Saúde – SISA – Congresso Internacional de Saúde Ambiental – Coimbra, 4 a 6 de Novembro de 2010. SILVA-AFONSO; A., PIMENTEL-RODRIGUES, C.; LANÇA, I. – “Reuse and recycling of grey water in buildings. The Portuguese approach”, In Anais do CIB W062 2011 – Water Supply and Drainage for Buildings. Aveiro, Portugal, 25 a 28 de Setembro de 2011. LANÇA, I.; SILVA-AFONSO, A. – “Rainwater storage and reuse. A safety case study in a groundwater storage installation”, In Anais do CIB W062 2011 – Water Supply and Drainage for Buildings. Aveiro, Portugal, 25 a 28 de Setembro de 2011. LANÇA I. - “O papel da Saúde na Gestão de Resíduos em Portugal” no Painel Saúde Pública e Resíduos - 7ªs Jornadas Técnicas Internacionais de Resíduos - APESB- de 25 e 26 de Outubro de 2011, no Porto. SILVA-AFONSO, A., PIMENTEL-RODRIGUES, C. LANÇA, I. – “Reuse of grey water in buildings. Technical, Environmental and health concerns”, XXXVIII IAHS – World Congress on Housing Science (Visions for the future of housing – Mega cities), Istanbul, Turkey, 16 a 19 de Abril de 2012, pp.170, ISBN 978-975-561-417-5.

LANÇA, I., SILVA-AFONSO, A. - “A Conceção de Sistemas Locais e Prediais de Água e possíveis Efeitos na Saúde Pública” - XI Seminário Ibero-Americano Sobre Sistemas de Abastecimento e Drenagem, Departamento de Engenharia Civil e Ambiente, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, de 2 a 4 de Julho de 2012.

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5.8 Comunicações apresentadas em Congressos Nacionais SILVA AFONSO, A. e LANÇA, Isabel - "Águas residuais. Estimativas dos custos de tratamento". Comunicação apresentada ao Seminário sobre O Médio Vouga - Recursos Naturais e Protecção do Ambiente. Oliveira de Frades: 1991. LANÇA I. - “Qualidade do ar na perspetiva da Saúde Pública e Ambiente” - I Jornadas de Saúde Pública e Ambiente, na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra, dias 18 e 19 de Maio de 2001.

LANÇA I. - “Sustentabilidade e gestão ambiental de instalações de prestação de cuidados de saúde”, no Congresso de Inovação na Construção Sustentável “CINCO’S 2008”, Cúria, 23,24 e 25 de Outubro de 2008.

LANÇA I. – “Prevenção de Legionella Pneumophila em instalações hospitalares” - Jornadas sobre segurança nas instalações hospitalares, organizada pela Ordem dos Engenheiros, Auditório dos HUC, Coimbra, 4 de Fevereiro de 2009,.

Comunicação subordinada ao tema “O papel da Saúde na Gestão de Resíduos em Portugal” no Painel Saúde Pública e Resíduos, nas 7ªs Jornadas Técnicas Internacionais de Resíduos, promovidas pela APESB, que decorreu nos dias 25 e 26 de Outubro de 2011, no Porto.

Comunicação no Workshop do Projeto DDMed2 – Dose Datamed 2 Portugal - “Avaliação da Exposição da População Portuguesa a Radiações Ionizantes devido a Exames Médicos de Radiodiagnóstico e Medicina Nuclear” subordinada ao tema “Programa de Rastreio do Cancro da Mama”, realizado no ITN – Sacavém, em 15 de Março de 2012.

5.9 Artigos em jornais e outros suportes de divulgação

Folhetos – “A poluição Atmosférica e o Automóvel”, “O Ruído e o Automóvel”, Material para divulgação junto da população relativo a poluição atmosférica e Ruído (Direção Regional do Ambiente - CCRC), Março de 1990. Folhetos destinados a sensibilização da população, publicação financiada pela Saúde XXI, subordinados aos temas : “Cuidados com a saúde numa onda de calor” “A concentração de poluentes e a saúde humana” “A saúde e a qualidade do ar – o ozono troposférico” CRSPC/ ARS – 2004.

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Autorização solicitada pela HANNA Instruments para utilização de artigos técnicos publicados sobre Legionella Pneumophila, para justificação de procedimentos de monitorização, concedida a 2 de Maio de 2007

5.10 Poster

“Gestão sustentável de unidades de prestação de cuidados de saúde” - I Encontro Nacional sobre Habitação e Saúde, realizado no Centro de Congressos do Laboratório Nacional de Engenharia Civil(LNEC), 11 e 12 de Novembro de 2009.

6. Participações em palestras e conferências

Seguindo a mesma a estrutura para a sequência temporal, e descrição das intervenções mais relevantes:

Figura nº 10 – Comunicações ao longo da atividade profissional

6.1 Na Direção Regional do Ambiente e Recursos Naturais

Palestra sobre o tema – “O sector das celuloses” - (em representação da DRARN-CCRC) - Junta de Freguesia da Guia – Pombal, 9 de Março de 1990

Direcção Regional do Ambiente

• 1988-1991

• 6 comunicações

Direcção Regional de Economia do Centro

• 1991-2001

• 6 comunicações

Administração Regional de Saúde do Centro

• 2001-2012

• 55 comunicações

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Colóquio integrado nas Comemorações do Dia Mundial da Saúde/1991, subordinado ao tema - “ As catástrofes não se fazem anunciar; preparemo-nos” “Poluição industrial - Os riscos para o Ambiente e medidas preventivas”, Coimbra, 6 e 7 de Abril de 1991 SILVA AFONSO, A. e LANÇA, Isabel - "Águas residuais. Estimativas dos custos de tratamento". Comunicação apresentada ao Seminário sobre O Médio Vouga - Recursos Naturais e Proteção do Ambiente. Oliveira de Frades, 8 de Junho de 1991.

6.2 Na Direção Regional da Economia

Comunicação sobre “Parâmetros Ambientais e a Atividade no Sector Cerâmico” - Jornadas Técnicas da SK - FIL LISBOA - A Cerâmica Industrial: dos Georecursos ao Ambiente, 2 de Abril de 1998. Comunicação sobre “a Problemática Ambiental na Atividade Industrial, apresentada no Seminário “Gestão Ambiental”, organizado pela ACIB - Associação Comercial e Industrial de Bairrada, em 8 de Outubro de 1998. Participação no “Seminário sobre Ordenamento do Território”, na abordagem relativa ao enquadramento da atividade industrial, realizado na Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, em 99/11/26. Apresentação de comunicação subordinada ao tema “O licenciamento industrial e a defesa do interesse coletivo”, no “Seminário sobre licenciamento e resíduos industriais”, realizado na AIDA, Aveiro, 2000.06.01. Apresentação de comunicação na DRCME, em conjunto com a Engª. Lídia Duvergé Rodrigues, sobre Avaliação de Impacte Ambiental, e o DL 69/2000, de 03/05. Realização de ações de formação em ambiente, atividade industrial e licenciamento industrial. 6.3 Na Administração Regional de Saúde do Centro

Comunicação nas I Jornadas de Saúde Pública e Ambiente, na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra, sob o tema “Qualidade do ar na perspetiva da Saúde Pública e Ambiente”, dias 18 e 19 de Maio de 2001. Comunicação no Congresso Ambiente e Nutrição em Saúde, realizado em Coimbra, de 4 a 8 de Julho de 2001, no âmbito da EXPOVITA 2001, subordinada ao tema Qualidade do Ar na perspectiva da Saúde Pública e Ambiente.

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Participação como prelectora na mesa redonda "Saúde e Ambiente", nas XVI Jornadas de Medicina Geral e Familiar de Coimbra, realizada de 17 a 19 de Outubro de 2001. Apresentação de comunicação no Workshop englobado no Ciclo de Colóquios Temáticos sobre Saúde Pública, subordinado ao tema " Resíduos Hospitalares, Tóxicos e Perigosos", sobre o "Enquadramento legal dos resíduos hospitalares", em 12 de Novembro de 2001, na Escola Superior de Tecnologia da Saúde, de Coimbra. Preparação de elementos entregues relativos a documentação e legislação.

Apresentação de comunicação sobre Mecanismos de Formação de Ozono Troposférico, na conferência de imprensa realizada pelo Grupo de Trabalho na DGS, em 19 de Setembro de 2001.

Realização e organização, de ações de formação englobadas no Ciclo de Colóquios Temáticos sobre Saúde Pública, nas quais apresentou comunicações:

" Qualidade do Ar", efetuada em 29 de Outubro de 2001, na Escola Superior de Tecnologia da Saúde, de Coimbra. Apresentação, na referida ação, de comunicações sobre o "Qualidade do Ar na Perspetiva da Saúde Pública e do Ambiente" e "Ozono Troposférico e efeitos na saúde". “Alterações Climáticas e Saúde” 2001 “Resíduos Hospitalares Tóxicos e Perigosos” 2002 Preparação de elementos entregues relativos a documentação e legislação.

Poluentes atmosféricos e efeitos na saúde – Ocorrência de doenças respiratórias” – 27 de Maio, SRS Viseu – apresentação do trabalho de investigação de que foi coordenadora e responsável, no CRSPC. Em representação do Centro Regional de Saúde Pública do Centro, participou no “Projeto de Promoção da Saúde da SRS de Coimbra” – na XXV Feira Comercial e Industrial de Coimbra – CIC 2003 – de 28 de Junho a 6 de Julho de 2003. Encontro para Jovens “Substâncias Perigosas – Corta o Risco”, comunicação sobre o Tema Substâncias Perigosas – Cuidados no Ambiente Interior e Exterior, realizado pelo IPJ em Viseu, no dia 16 de Janeiro de 2004. Palestrante no 2º Workshop subordinado ao tema “ Determinantes da Saúde – Metas e ações em curso”, integrado no 7º Simposium do Serviço de Enfermagem dos HUC, em 13 de Fevereiro de 2004.

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Colóquio “ Desafios à Saúde Pública”, comunicação subordinada ao tema – Desafios Ambientais, Coimbra, 20 de Abril de 2004. Palestra promovida pela Cooperativa de Ensino de Coimbra, em comemoração do Dia Mundial do Ambiente, sob o Tema “ Educação Ambiental – Interação Ciência – Tecnologia – Sociedade – Ambiente. Coimbra, 4 de Junho de 2004. Comunicação sobre Licenças Ambientais – apresentação do caso Gresil Cerâmica de Grés “ Desafios, Oportunidades e Experiência na Implementação do regime PCIP” – na Sessão de Trabalho sobre Prevenção e Controlo Integrados de Poluição (PCIP), promovida pelo Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro, em Coimbra, em 23 de Junho de 2004; Apresentação de comunicação O tabaco e a Saúde – Impacto no Ambiente” no 35º Encontro dos Grupos de Apoio da Liga Portuguesa Contra o Cancro, realizado na Batalha em 9 de Outubro de 2004. Sessão de Trabalho “Prevenção e Controlo Integrados da Poluição (PCIP) – apresentação de comunicação sobre “desafios, Oportunidades e Experiência na Implementação no Regime PCIP” – promovida pela Direcção-Geral de Empresas, realizada no CTCV, em 23 de Junho de 2004. Apresentação de comunicação “Tabaco no local de trabalho “ no IV Encontro Nacional de Promoção da Saúde no Local de Trabalho, realizado no dia 21 de Outubro de 2004, no Auditório dos HUC. Participação como palestrante na mesa redonda “Sistemas de Comunicações Móveis – Perspetiva Nacional”, no âmbito do Seminário “Gestão do Risco Associado aos Campos Eletromagnéticos”, realizado pela DGS no INFARMED, em 16 de Novembro de 2004. Apresentação de comunicação subordinada ao tema “Engenharia do Ambiente Desafios e Perspetivas”, no Encontro “Engenharia do Ambiente, Ensino, Ciência e Inovação”, - 10º Aniversário da licenciatura em Engenharia do Ambiente, (em representação da Ordem dos Engenheiros) – que decorreu em 24 e 25 de Março de 2006, no Instituto Politécnico de Viseu. Comunicação no âmbito das Sessões Técnicas da Ordem dos Engenheiros da Região Centro, em 20 de Novembro de 2006. - Sessão: Efeitos Ambientais da Exposição a Campos Eletromagnéticos, 2006 Apresentação de comunicação no Seminário “Cultura de segurança – uma aposta de Futuro”, realizado pelo Instituto de Emprego e Formação Seia, em 9 de Junho de em

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2006, subordinada ao tema “Qualidade do Ar Interior – Implicações na Saúde dos Trabalhadores”. Apresentação de comunicação “ “Resíduos Laboratoriais Hospitalares”, no Congresso Técnico de Análises Clínicas e Saúde Pública, realizado a 4 e 5 de Novembro de 2006, no Auditório dos HUC, Coimbra. Apresentação de comunicação “Regulamentos Municipais e Saúde Pública” no Workshop “ Instalações Prediais de Águas e Esgotos – Exigências e Tendências da Regulamentação Municipal” – 7 de Novembro de 2006, ISEC, Coimbra.

Seminário Sobre Higiene e Segurança – Nerga – Apresentação da comunicação “Silicose e Empoeiramento”, Guarda, 13 de Abril de 2007.

Apresentação de comunicação sobre “Efeitos Ambientais da Exposição a Campos Eletromagnéticos”, no Workshop em Radiação Eletromagnética, realizado no ISEC, em Coimbra, em 23 de Maio de 2007.

Entrevista para o jornal on-Line “ACABRA.NET” da Universidade de Coimbra, sobre os efeitos na saúde das populações resultantes da exposição às partículas e fumos dos incêndios. Coimbra, 18 de Julho de 2007.

Seminário” TS 08 - Teppfa Seminar 2008 – Comunicação “Regulamentos Municipais e Saúde Pública” – Alfândega do Porto, 24 a 26 de Janeiro, Porto.

Seminário da Geberit – “ Uso eficiente da Água. Higiene e Saúde Pública” – 16 de Maio, CCB, Lisboa.

Comunicação “Segurança e Qualidade da Água” , Sessão Técnica sobre “Uso Sustentável da Água”, 5 de Junho de 2008, ISEC.

Comunicação “Sustentabilidade e gestão ambiental de instalações de prestação de cuidados de saúde”, Isabel Lança, enquadrada no tema 3: Impacto e desempenho energético e ambiental, no Congresso de Inovação na Construção Sustentável “CINCO’S 2008”, Cúria, 23,24 e 25 de Outubro de 2008.

Comunicação “A Conceção de Sistemas Locais e Prediais de Água e Possíveis Efeitos na Saúde Pública”, Isabel Lança e Armando Silva Afonso, no 5º Congresso Luso-Moçambicano de Engenharia, Maputo, 2 a 4 de Setembro de 2008.

Comunicação “Sustentabilidade e gestão ambiental de instalações de prestação de cuidados de saúde”, Isabel Lança, enquadrada no tema 3: Impacto e desempenho energético e ambiental, no Congresso de Inovação na Construção Sustentável “CINCO’S 2008”, Cúria, 23,24 e 25 de Outubro de 2008.

Comunicação “Segurança das Redes de Água e Equipamentos – Prevenção da Legionella Pneumophilla em Instalações Hospitalares “, Isabel Lança, Jornadas sobre

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segurança nas instalações hospitalares, organizada pela Ordem dos Engenheiros, Coimbra, 4 de Fevereiro de 2009, Auditório dos HUC.

Participação na Mesa Redonda “Engenharia do Ambiente, uma carreira de futuro?”, nas comemorações dos 10 anos do curso Bi-Etápico em Engenharia do Ambiente, 7 a 11 de Outubro de 2008, ESA, Coimbra.

Comunicação “Ecotoxicidade do Medicamento”, III Jornadas de Farmácia, ESTSC, 27 e 28 de Março de 2009.

Comunicação “ Projeto de Prevenção da Legionella Pneumophilla”, no Seminário “Higiene e Segurança, Ambiente , HACCP e Saúde Ambiental – Unidos em Portugal”, no Painel de Saúde Ambiental, 9 de Junho, ESTSC, Coimbra.

Comunicação no Encontro “Promoção da Saúde” na Região Centro, sobre “Prevenção da exposição a radiações ionizantes devido a exames médicos de Radiodiagnóstico e Medicina Nuclear – o boletim individual de exposição”, realizado no Auditório dos CHUC, em Coimbra, no dia 17 de Maio de 2012.

Colaboração com a Universidade de Aveiro, no âmbito das sessões técnicas no Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Aveiro – Apresentação de comunicação sobre Legionella e riscos em redes de distribuição e redes prediais. Sessões efetuadas desde o ano letivo de 2006/07, até 2011/2012.

7. Organização e Intervenções em congressos e outros eventos Realização e organização, de um workshop englobado no Ciclo de Colóquios Temáticos sobre Saúde Pública, subordinado ao tema " Resíduos Hospitalares, Tóxicos e Perigosos", efectuada em 12 de Novembro de 2001, na Escola Superior de Tecnologia da Saúde, de Coimbra. Em parceria com a ARS, colaboração na organização do stand do CRSPC na EXPOVITA 2001 - "Ambiente e Nutrição". Membro da Comissão Científica das “IV Jornadas de Saúde Pública e Ambiente”, subordinadas ao tema “Água – O Risco de um Recurso – que decorreram no Auditório da ESTSC, Coimbra, 5 de Março de 2004. Relatora do Painel “Investigação em Saúde Ambiental” no “1º Colóquio de Saúde Ambiental” realizado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, no Auditório da ESTESL, Lisboa, 9 e 10 de Março de 2005.

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Preletora no Forum “Gestão de Resíduos Hospitalares – Presente e Futuro” – Gestão de Resíduos Hospitalares e perspetivas do CRSPC, realizado em Pombal em 15 de Abril de 2005. Colóquio “Alterações Climáticas e Saúde” – Promovido pelo CRSPC – Comissão Organizadora e Relatora do Painel “Alterações Climáticas e Protocolo de Quioto”. Coimbra, 19 de Maio de 2005. Membro da Comissão de Organização das Jornadas sobre Segurança Ambiental nas Instalações Industriais, promovido pela Ordem dos Engenheiros, que decorreram na Universidade de Aveiro nos dias 11 e 12 de Dezembro de 2008.

8 Ações de formação 8.1 Ações realizadas como formadora

Formadora para os cursos promovidos pelo INA – Inovação e Projectos em Ambiente, Ldª., desenvolvidos para o IPAMB: Curso de Auditores Ambientais – 1998- Coimbra (8 h) Curso de Auditores Ambientais – 1998- Porto (8 h) Curso de Auditores Ambientais – 1999- Porto (4 h) Curso de Gestores de Adaptação Ambiental – 1999- Coimbra (8 h) Curso de Gestores de Adaptação Ambiental – 1999- Porto (8 h) Acção de formação – Controlo das águas Residuais Hospitalares – Hospital de Santo André – Leiria – 6 de Maio de 2002. “Direito e Qualidade Ambiental” – Curso do FSE e POEFDS, promovido pela OPTDT – Pró-Ordem, em 22 e 23, 29 e 30 de Novembro de 2002, 6 e7, 13 e 14 de Dezembro de 2002, com horário das 17.00-20.00 h às sextas-feiras, e das 9.00 às 14,30h aos sábados. Curso “ Emergências em Saúde Pública” que decorreu de 21 a 23 de Abril de 2004, na SRS de Aveiro – tema apresentado “Poluentes Atmosféricos e impactes na saúde”, com duração de 6 horas. È responsável pela formação nos programas supracitados, com candidaturas aprovadas pela Saúde XXI, tendo efectuado cursos de formação nas seis Sub-Regiões de Saúde do Centro (Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu), destinados a profissionais de saúde (autoridades de saúde, clínicos gerais, enfermeiros e técnicos de saúde ambiental), subordinados aos temas:

- Curso - Resíduos Hospitalares – duração de 14 h - Curso – Qualidade do ar e saúde – 14 h - Curso – Campos electromagnéticos - 12 h - Curso – Doença dos Legionários, prevenção e controlo – 12 h

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As referidas acções têm decorrido desde Janeiro de 2004, tendo sido efectuado um total de 34 acções até Novembro de 2007. Formadora na acção promovida pela Direcção Geral da Saúde com o apoio do PO Saúde XXI, no Seminário sobre Radiações não Ionizantes “Gestão do Risco Associado aos CEM – Procedimentos sobre a Intervenção dos Serviços de Saúde Pública”, realizada nas instalações do INFARMED, em Lisboa, em 16 de Novembro de 2004. Formação e sensibilização na Escola Secundária C/3º Ciclo de Tábua, em 26 e 30 de Novembro de 2004, para todas as turmas dos alunos do 7º ano. Formação sobre Resíduos Hospitalares – Centros de Saúde de Norton de Matos – dias 8 e 15 de Novembro de 2007, num total de 6 horas. Colaboradora como formadora do Centro de Estudos e Formação Autárquica, dando a formação do módulo de Gestão Ambiental de POPH - Curso de Especialização em Gestão Urbanística, a quadros superiores e chefias. Enquadradas no plano de formação da ARSC com financiamento comunitário - POPH, foram realizadas as seguintes ações durante o ano de 2012: SIRAPA e Resíduos – 6 ações (42h) Legionella Pneumófila – 5 ações (35h) Amianto – Avaliação de risco – 5 ações (35h) 8.2 Ações de Formação frequentadas Seguindo a mesma a estrutura para a sequência temporal:

Figura nº 11 – Ações de formação frequentadas

Direcção Regional de Economia do Centro

• 2001-2012

• 31 acções

Administração Regional de Saúde do Centro

• 2001-201

• 40 acções

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8.2.1 Na Delegação Regional da Economia. V Encontro Nacional de Saneamento Básico, de 26 a 29 de Novembro de 1991 - Instituto Superior Técnico - Lisboa III Conferência Nacional sobre a Qualidade do Ambiente de 5 a 7 de Fevereiro de 1992 Universidade de Aveiro Tecnologia de Membranas - Curso sobre Tecnologias Limpas - Tipos e objectivos de tecnologias limpas aplicadas a tratamentos de superfície, de 7 a 9 de Julho de 1992 - CCRC Curso de Tecnologias do Biogás de 9 a 12 de Novembro de 1992 - Miranda do Corvo Seminário sobre Novas Tecnologias Industriais no Domínio do Ambiente, 5 e 6 de Abril de 1993 - LNETI Exponor - Nortec - 20 de Maio de 1993 Painel “Introdução à Qualidade Total” - Realizado pela Ordem dos Engenheiros - C. R. de Colégio de Engenharia Mecânica – Coimbra - Dia 27 de Maio de 1993 Sessão de Informação - Tratamento de Resíduos de Fundição – FUNFRAP - Aveiro - dia 6 de Julho de 1993 Seminário de Informação/Sensibilização sobre novos programas de Apoio às empresas – IAPMEI - Hotel D. Luís, 15 e 16 de Dezembro de 1993 - Coimbra Módulo “Dowville Ambiental, Workshop” - Impacte Ambiental dos processos químicos industriais dias 1 e 2 de Fevereiro de 1994 ( duração de 16 horas) Curso sobre Código do Procedimento Administrativo - Secretaria Geral, Lisboa de 11 a 15 de Abril de 1994 Formação sobre PEDIP II - 14 de Maio na DRIEC - Coimbra Simpósio sobre Tecnologias do Ambiente - EXPONor – Porto - de 23 e 24 de Julho de 1994

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Formação PEDIP II - LNETI, Lisboa de 14 a 16 de Setembro de 1994 Formação sobre PEDIP II – DRIEC - 2 de Novembro 1994 na DRIEC Curso de Segurança na Indústria Química - 1 de Março a 5 de Abril de 1995 Universidade de Aveiro Apresentação do Programa Energia - - Miranda do Corvo - 20 de Abril de 1995CBE Seminário sobre tratamento de efluentes - 26 de Outubro de 1995 – FIL Lisboa NORTEC - Exponor – Porto, 19 de Maio de 1995 V Congresso Nacional do Ambiente - Universidade de Aveiro, de 10 a 12 de Abril de 1996 3º Fórum “Indústria e Ambiente” - FIL – Lisboa - 24 e 25 de Outubro de 1996 Jornadas Técnicas Internacionais sobre Tecnologias e Legislação do Ambiente , EXPONOR – Porto, 27, 28 e 29 de Novembro Norma Portuguesa NP 1730 - 1996 – Ruído - Reunião de trabalho sobre a nova norma. Direcção Geral do Ambiente – Lisboa, 29 de Janeiro de 1996 Curso sobre Implementação de Segurança, Lisboa, 5, 6 e 7 de Maio de 1998 Jornadas Ambientais - Legislação de Ambiente e Auditoria e Certificação Ambiental Lisboa, 23 a 25 de Novembro de 1998 Seminário Regional - Planos Directores Municipais - Avaliação dos PDM’s em vigor Auditório de Faculdade de Economia, Coimbra, 23 de Março de 1999 1ª Conferência Internacional sobre Ergonomia, Segurança e Higiene Ocupacional Universidade do Minho, Braga , 26 a 28 de Maio de 1999 Seminário Nacional – “Território para o Século XXI - Ordenamento, Competitividade e Coesão” LNEC, Lisboa, 27 de Abril de 1999

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Workshop sobre Contrato de Adaptação Ambiental - Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro, Coimbra, 1 de Junho de 1999 VI Conferência Nacional sobre a Qualidade do Ambiente - Lisboa, 20 a 22 de Outubro de 1999 Curso Avançado sobre Avaliação do Impacte Ambiental , 23 a 25 de Outubro de 2000 Hotel Zurique LISBOA 7.2.3 Na Administração Regional de Saúde do Centro Encontro de Saúde Ambiental, promovido pelo Núcleo de Saúde Ambiental da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública e pela Rede Europeia Ambiente e Saúde, realizado em 16 de Março de 2001, em Castelo de Vide. XIII Encontro Nacional da Associação Portuguesa para a Promoção da Saúde Pública, subordinado ao Tema “Riscos Ambientais Emergentes”, realizado em 7 de Junho de 2001, no Monumento dos Descobrimentos- Lisboa. Seminário "Gestão da Qualidade do Ar em Portugal: Sistema Nacional e Acesso à Informação", organizado pela Direcção-Geral do Ambiente, que decorreu no dia 29 de Junho de 2001, no Hotel Dom Pedro, em Lisboa. “Acção de Formação e Sensibilização Ambiental em Águas Residuais Hospitalares, 17 de Outubro de 2001, no Auditório do Centro Hospitalar de Coimbra (Hospital dos Covões). III Encontro Nacional de Promoção da Saúde no Local de Trabalho, que teve lugar em 23 de Outubro de 2001, no Auditório dos Hospitais da Universidade de Coimbra. VII Jornadas “Novos Horizontes para a Saúde Pública”, Centro Multimeios de Espinho, de 20 a 21 de Novembro de 2001.

Colóquio “Vigilância da Qualidade Alimentar – HACCP”, realizado na Escola Superior de Enfermagem, promovido pelo CRSPC, em 28 de Janeiro de 2002. VIII Encontro Anual de Saúde Pública, “Ambiente, Acto de Cidadania”, na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, 6 de Fevereiro de 2003.

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Curso de Investigação em Serviços de Saúde, na SRS Coimbra, de 17.03.2003 a 28.03.2003, com duração de 30 horas. Colóquio “Epidemiologia de Campo”, realizado em Castelo Branco, promovido pelo CRSPC, em 25 de Junho de 2003. Fórum Nacional sobre Síndroma respiratório Aguda no contexto de uma nova estratégia para as Doenças Transmissíveis”, Auditório dos HUC, Coimbra, Setembro de 2003. Encontro “A Legionella e a Saúde Pública”, - Instituto Português da Qualidade – casa da Cultura de Coimbra, 7 de Novembro de 2003. Colóquio “Vacinação: novos problemas, novas soluções””, realizado na Escola Superior de Enfermagem, promovido pelo CRSPC, em 19 de Novembro de 2003. “Ondas de Calor e seus Efeitos na Saúde” – Conferência Ícaro 2004 – Promovida pelo INSA e IM, Lisboa, 7 de Maio de 2004. “Ambiente Electromagnético não Ionizante e Implicações para a Saúde” na Divisão de Investigação e Formação da DGS – (7 horas) – DGS – Lisboa, 12 de Outubro de 2004. Seminário “Resíduos Hospitalares e Saúde” – na Divisão de Investigação e Formação da DGS – (14 horas) – DGS – Lisboa, 3 e 4 de Novembro de 2004. Formação “Sistemas de Informação em Saúde Ambiental – Resíduos Hospitalares (SISA-RH) – na Divisão de Investigação e Formação da DGS – (14 horas) – DGS – Lisboa, 13 e 14 de Dezembro de 2004. Seminário “Ruído Ambiental”, realizado na Casa Municipal da Cultura, Coimbra, no dia 20 de Abril de 2005. WHO Workshop: Base Stations& wireless networks: Exposures & health consequences. 15-16 June 2005 – World Health Organization, Geneva, Switzerland. I Congresso Nacional de Virologia / V Encontro da Sociedade Portuguesa de Virologia, Auditório dos HUC , Coimbra, 14 e 15 de Novembro de 2005. “Fórum Regional sobre Gripe”, dias 21 e 22 de Setembro de 2006, Auditório da Faculdade de Direito – Universidade de Coimbra.

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XVI Congresso da Ordem dos Engenheiros “ A Engenharia ao Serviço do País” .- Ponta Delgada, 2, 3 e 4 de Outubro de 2006. Curso “Contributos para o Programa Nacional de Saúde Ambiental”, realizado pela DGS no INFARMED, Lisboa, em 13 de Novembro de 2006 (7h). Curso de Formação Profissional “Sistemas de Gestão da Qualidade (ISO 9001)” – de 18 a 29 de Dezembro de 2006, com a duração total de, 36 horas. Curso “ SIADAP – Gestão por objectivos e Avaliação do Desempenho (Avaliadores)”, a 8 e 9 de Maio de 2007, com a duração de 12 horas. “Alterações Climáticas” - Fundação Calouste Gulbenkian – Seminário, 28 de Maio de 2007, Lisboa. ( Sem certificado comprovativo emitido, apresentação do Boletim Itinerário). “I Colóquio sobre Tabagismo da Região centro – A Prevenção é a Solução”, no dia 19 de Junho de 2007 no Auditório da CHC, organizado pela ARS Centro. I Jornada do Amianto – Inspecção e Diagnóstico de Amianto em Edifícios e Instalações – ISEL, Lisboa, 7 de Maio de 2008. Conferência “ Como tomar melhores decisões – o papel da Avaliação Ambiental Estratégica – IDAD, Universidade de Aveiro, 23 de Setembro de 2008. XVII Congresso da Ordem dos Engenheiros “ A Internacionalização da Engenharia Portuguesa”, Braga, 1, 2 e 3 de Outubro de 2008. Seminário “Impacto dos Incêndios Florestais na Qualidade do Ar em Áreas Urbanas” – realizado na Universidade de Aveiro no dia 3 de Dezembro de 2008, pelo GEMAC. Jornadas sobre Segurança nas Instalações Hospitalares, Promovidas pela Ordem dos Engenheiros no Centro de Congressos dos HUC, no dia 4 de Fevereiro de 2009. I Congresso Nacional de Saúde Pública, organizado pela DGS, e pelo Instituto Ricardo Jorge, na Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa, nos dias 14 e 15 de Abril de 2009. Ação de Esclarecimento “Vínculos, Carreiras e Remunerações”, com a duração de 3 horas que decorreu no dia 18 de Abril de 2009, em Coimbra, promovido pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado - STE.

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Ação de Esclarecimento “SIADAP”, com a duração de 3 horas que decorreu no dia 29 de Abril de 2009, em Coimbra, promovido pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado - STE. I Encontro Nacional sobre Habitação e Saúde, realizado no Centro de Congressos do Laboratório Nacional de Engenharia Civil(LNEC), nos dias 11 e 12 de Novembro de 2009. Fórum Regional de Saúde do Centro, realizado no dia 29 de Junho de 2010 no Auditório da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Jornada “Tratamento em Instalações hidráulicas para o controlo e prevenção de Legionella”, que se efetuou no dia 29 de Setembro de 2010 no Hotel Tivoli Oriente, em Lisboa. XVIII Congresso da Ordem dos Engenheiros, subordinado ao tema “ A Engenharia no Século XXI, Qualificação, Inovação e Empreendedorismo”, que decorreu no Centro Cultural e de Congressos em Aveiro, de 4 a 6 de Novembro de 2010. 1º Encontro Regional “Doenças Transmitidas por Insetos – Um problema crescente”, realizado no Auditório dos Hospitais da Universidade de Coimbra, no dia 15 de Março de 2011. Workshop “Emergency response training – Crisis Management for Water Events” – por iniciativa da EPAL, e Wsmart, Lisboa, 7 e 8 de Julho de 2011. Workshop da ADENE “A importância do gestor Local de Energia e Carbono no ECO.AP” – Centro de Congressos de Lisboa, a 23 de Março de 2012.

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9. Glossário AAE – Avaliação Ambiental Estratégica ADENE – Agência para a Energia AIA – Avaliação de Impacte Ambiental AMA - Agência para a Modernização da Administração APA – Agência Portuguesa do Ambiente ARHC - Administração da Região Hidrográfica do Centro ARSC - Administração Regional de Saúde do Centro ARSN – - Administração Regional de Saúde do Norte CD – Conselho Diretivo CCRC – Comissão de Coordenação da Região Centro CCDRC – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro CRSPC – Centro Regional de Saúde Pública do Centro CRSPN - Centro Regional de Saúde Pública do Norte DDO - Doenças de Declaração Obrigatória DRA - Direção Regional do Ambiente DGA - Direção Geral do Ambiente DGI – Direção Geral da Indústria DGQA - Centro Direção Geral da Qualidade do Ambiente

EIA - Estudos de Impacte Ambiental EMAS - Eco-Management and Audit Scheme ERSAR - Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos FEOGA - Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola INSA - Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge LA - Licença Ambiental NHPC - Novo Hospital Pediátrico de Coimbra NCRP - National Council on Radiation Protection

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OMS - Organização Mundial de Saúde

PDM - Plano Diretor Municipal PP – Planos de Pormenor PR - Planos de Recuperação QREN - Quadro de Referência Estratégico Nacional REAI – Regulamento do Exercício da Atividade Industrial SIRAPA - Sistema Integrado de Resíduos da Agência Portuguesa do Ambiente SIRER - Sistema Integrado de Registo Eletrónico de Resíduos

ZPE - Zona de Proteção Especial

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Anexo 1

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Notícia de abertura do NHPC – Diário das Beiras