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~ispÕe sobre a criação do Sistema Esta- dual de Desenvolvimento Ambienta1 de RondÕnia - SEDAR e seus instrumentos, estabelece medidas de proteção e melho- ria da qualidade de meio arr.biente, de- fine a política Estadual de Desenvolvi- mento Ambiental, cria Especial de Desenvolvimento Ambienta1 - FZDARO e o Fundo Especial de Reposicão Florestal - FEREF. A ASSEMBI&IA LEGISLATIVA DO ESTADO DE ROND~~ NIA, decreta: CAPfTUU) I DAS DISPOSI~~ES GERAIS Art. 19 - O Sistema Estadual de Desenvolvi- mento Ambienta1 de ~ondõnia - SEDAR, estabelece e rege niedi- das de proteção, recuperação, controle, fiscalização e me- lhoria da qualidade do Meio Arbiente no Estado de Rondõnia, define a política Estadual de Desenvolvimento Asribierital, cria o Fundo Especial de Desenvolvimento Ambienta1 - FEDARO e o Fundo Especial de Reposição Florestal - FERSF. Art. 2Q - A política Estadual d6 Meio Am- biente, para a consecução dos seus objetivos, tem os seguin- tes princípios. I - organização e utilização racional do solo, subsolo, da água e do ar, com vistas a compatibilizar esta utilização com as condições exigidas para a conservação e melhoria da qualidade ambientali I1 - planejamento e fiscalização do manejo dos recursos naturais; I11 - proteção 60s ecossisterr,as, com a preser- vacão de áreas representativas para a qualidade do meio an- biente, incluindo a conservação de espaços territoriais es- pecialmente protegidos; IV - controle e zoneamento das atividades po- - tencais ou efetivamente poluidoras; V - monitoramento da gualidade ambienta1 no M i t o do Estado de Rondõnia; VI - protecão e recupetaçâo de áreas degrada- das;

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~ispÕe sobre a criação do Sistema Esta- dual de Desenvolvimento Ambienta1 de RondÕnia - SEDAR e seus instrumentos, estabelece medidas de proteção e melho- ria da qualidade de meio arr.biente, de- fine a política Estadual de Desenvolvi- mento Ambiental, cria Especial de Desenvolvimento Ambienta1 - FZDARO e o Fundo Especial de Reposicão Florestal - FEREF.

A ASSEMBI&IA LEGISLATIVA DO ESTADO DE R O N D ~ ~ NIA, decreta:

CAPfTUU) I DAS DISPOSI~~ES GERAIS

Art. 19 - O Sistema Estadual de Desenvolvi- mento Ambienta1 d e ~ondõnia - SEDAR, estabelece e rege niedi- das de proteção, recuperação, controle, fiscalização e me- lhoria da qualidade do Meio Arbiente no Estado de Rondõnia, define a política Estadual de Desenvolvimento Asribierital, cria o Fundo Especial de Desenvolvimento Ambienta1 - FEDARO e o Fundo Especial de Reposição Florestal - FERSF.

Art. 2 Q - A política Estadual d6 Meio Am- biente, para a consecução dos seus objetivos, tem os seguin- tes princípios.

I - organização e utilização racional do solo, subsolo, da água e do ar, com vistas a compatibilizar esta utilização com as condições exigidas para a conservação e melhoria da qualidade ambientali

I1 - planejamento e fiscalização do manejo dos recursos naturais;

I11 - proteção 60s ecossisterr,as, com a preser- vacão de áreas representativas para a qualidade do meio an- biente, incluindo a conservação de espaços territoriais es- pecialmente protegidos;

IV - controle e zoneamento das atividades po- - tencais ou efetivamente poluidoras;

V - monitoramento da gualidade ambienta1 no M i t o do Estado de Rondõnia;

VI - protecão e recupetaçâo de áreas degrada- das;

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VI1 - incentivo ao estudo e à pesquisa de tec- nologia voltados para o uso racional dos recursos naturais;

V 1 1 1 - articulação e integração da ação pú- blica de todos os níveis de governo, bes como da iniciativa privada objetivando eficácia no controle e proteção ambien- tal;

IX - promoção da educação ambiental em todas as suas modalidades;

X - estabelecimento de critério e padrões de qualidade ambienta1 e normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais;

XI - orientação do desenvolvisento tecnolÓgico adequado 5 s características dos ecossistemas do Estado;

X I I - coordenação de atividades da administra- ção pública relacionada com o meio ambiente, a qual deve ser considerada em todos os níveis de decisão.

Art. 39 - Para os fins previstos nesta Lei en- tende-se como:

I - Meio Ambiente - o conjunto de condições, influências E integraçóes de ordem física, química e bioló- gica que permite, abriga e rege a vida em todas as suas for- mas;

I1 - Degradação Anbiental - alteração adversa de características do meio anbiente;

111 - Poluição - degradação da qualidade ani- biental resultante das atividades que direta ou indireta- mente :

a ) prejudiquem a saUde, a seguranca e o bem estar da população;

b) criem condições adversas às atividádes eco- nõmicas-sociais;

C) afetem desfavoravelmente a biota; d ) afetem as condicões estéticas ou sanitárias

do meio ambiente; e) lancem matérias ou energia em desacordo com

os pa2rÕes ambientais estabelecidos pelo poder público; IV - Poluidor - pessoas 6sica ou jurídica por

atividades de direito p6blico ou privado responsável, direta ou indiretamente. por atividade causadora de degradacão da qualidade ambiental;

V - Recursos Naturais - atmosfera, águas inte- riores, superficiais e subterrãneas, estu~rios, solo, sub- solo, elementos da biosfera, fauna e flora.

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Art. 40 - Fica instituído o Sistema Estadual de Desenvolvimento Ambiental-SEDAR, com finalidade de orga- nização, coordenação e integracão às ações da administração pública direta, autárquica e fundacional, estadual e munici- pal, observados os princípios e nornas gerais desta Lei e da legislacão federal vigente.

Art. 5 Q - Inteoran o Sistema Estadual de De- senvolvimento Ambiental-SSDAR:

I - o Conselho Estadual de política Ambiental- CONSEPA;

I - o Fundo Especial de ~roteção Ambiental- FEPMl;

I11 - o Fundo Especial de ~eposição Flores- tal-FEPSF;

IV - a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental- SEDAbl.

SEÇAO 11 DO CONSELEO ESTADUAL DE POL~TICA AKBIENTAL

Art. 60 - Integrar. o Conselho Estadual de Po- lítica Ambiental - CONSEPA, 01 (um) representante dos se- guintes Órgãos:

I - Secretaria de Estado do Desenvolvimento Wiental-SEDm;

I - Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento e Reforma ~grária - SEAGRI;

111 - Secretaria de Estado do Planejamento e coordenação Geral - SEPLAN;

IV - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais ~enováveis - 1BmiA;

V - Federacão das ~ndústrias do Estado de Ron- dõnia - FIERO;

VI - FÓrum das 0rganizacÕes não Governamen- tais;

VI1 - Companhia de polícia Florestal e Prote-, cão do Meio Ambiente da Polícia Militar de Rondõnia;

VI11 - Secretaria de Estado da Segurança PÚ- blica de ~ondõnia, através da Delegacia de Defesa Ambiental;

IX - Ninistério Público do Estado de ~ondõnia. parágrafo único - A presidência do Conselho

Estadual da política Ambiental - CONSEPA será exercida pelo titular da Secretaria de Estado do Desenlolvimeno Ambiental - SEDAM e, na ausência e impedinento, pelo secretário Ad-

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junto da Secretaria de Estado do Dcsenvolvirnento Ambienta1 - SEDWJ .

Art. 70 - Ao Conselho Estadual de Política Im- biental - CONSEPA compete:

I - formular a política estadual de protecão do meio ambiente, bem como acompanhar sua implementação;

I 1 - estabelecer diretrizes para a devida uti- lização, exploração e defesa dos recursos c ecossistemas na- turais do Estado; - I 1 1 - baixar normas e procedimentos ad~inis- trativos, decorrentes do exercício do poder de polícia, ob- jetivando dirimir as questões relativas ao aeio ambiente;

IV - articular com os municípios a criação e implantação dos Conselhos Nunicipais de Defesa do bleio Am- biente - CODEflAS;

V - propor a criação de Unidades de conserva- ção, no âmbito do Estado, visando a preservação e conserva- ção de ecossistemas representativos de relevante importância e significação, seja sob o aspecto ecológico, seja sob o as- pecto paisagístico, cultural e científico, cabendo a implan- tação e administração dessas áreas à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambienta1 - SEDM1;

VI - òeliberar em q r a u de instância aàminis- t r a t i v a final, sobre recursos referentes a assuntos ineren- tes ao meio ambiente não cabendo, o reexarr,e de processos re- lativos ao deferimento ou indeferimento das licenças arribien- tais;

VI1 - colaborar na fixação das diretrizes para a pesquisa científica nas áreas de conservação, preservação e recuperação do meio ambiente e dos recursos naturais;

VI11 - apreciar na forna da legislação perti- nente, estudos de impacto ambiental, quando assim entender conveniente e por solicitação formal do Órgão ambiental es- tadual competente;

IX - aprovar o Regimento Interno do Conselho Estadual de Política Ambiental - CONS'EPA e submetê-lo ao Executivo que decretará sua vigência,

S l Q - Na ausência ou impedimento dos seus ti- tulares, os órgãos de que trata este artigo serão represen- tados pelos respectivos substitutos legais.

S 2Q - O funcionarnento do Conselho Estadual (de Política Ambiental - CONSEPA será definido em Regimento In- terno, o qual deverá após aprovação pelo plenário do Consle- lho, ser submetido à sanção governamental e publicado (em Diário Oficial do Estado no prazo de 120 (cento e vintle) dias a contar da publicação desta L e l .

Art. 89 - h Secretaria de Estado do Desenvol- vimento Ambienta1 - SEDAM, além das atribuicões e competên- cias que lhe são conferidas por lei especifica, compete:

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I - i m p l a n t a r e administrar Unidades de C o n s c b r v a ç ã o , criadas no âmbito do Estado de ~ondõnia;

I 1 - licenciar todas as atividades utilizado- ras de recursos ambientais consideradas efetivas e poten- cialmente poluidoras, bem como capazes sob qualquer forma de causar degradação ambiental, dentro do Estado de Rondõnia;

I 1 1 - proteger os monumentos geológicos, os sítíos arqueológicos, espeleolóqicos e os restos paleomerí- dios;

IV - manter o controle e registro sobre a pro- dução, transformação e comercialização de produtos ou subs- tâncias que afete a saúde pública e o meio ambiente;

V - proteger e dar apoio, respeitando a compe- tência da união, ds comunidades indígenas do Estado de Ron- d õ n i a ;

VI - promover a educação ambiental em articu- lação com outros Órgãos afins, sejam estaduais ou munici- pais;

VI1 - organizar regulamentos e administrar o Fundo Especial de ~roteção Ambiental - F E P W 1 .

SEÇAO III DO FUNDO ESPECIAL DE DESENVOLVUZENTO

AHEIENTAL - PEDARO

Art. 90 - O Fundo Especial de Desenvolvimento Ambiental - FEDARO, será constituído por receitas provenien- tes de:

I - orçamento geral do Estado; I - 1000 (cem por cento) dos recolhimentos

oriundos de licencas ambientais, multas e taxas ou emolumen- tos previstos nesta Lei;

111 - empréstimos e outras formas de financia- mento tomados pelo Estado para execução das ações de prote- cão e gerenciamento ambiental;

IV - recursos alocados por convênios nacionais e internacionais para área ambiental.

5 l Q - 0s recursos de que trata este artigo serão depositados em conta específica do Fundo Especial de Desenvolvimento Ambiental - FEDARO, que será gerido pelo Conselho Estadual de política Ambiental - CONSEPA e, somente poderão ser utilizados em agões de fortalecimento dos Órgãos estaduais e municipais de meio ambiente, no monitoramento, fiscalização, estudos e pesquisas, ambientais, na criacão, implantação de unidades de conservação e preservação ambien- tal e em programas de educação ambiental, estudos sócio-eco- nõmicos e culturais.

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5 20 - Fica revogado o krt. 7 9 da Lei nQ 194, de 28 de dezembro de 1987.

S 3 Q - Os recursos de que trata o inciso i1 deste artigo são:

I - taxa para autorizacão de desmatos e quei- mada s ;

I1 - taxa de licenças prévias, instalação, operacão e a ~ítulo precário;

111 - t a x a florestal, criada pela Lei nQ 194, de 28 de dezembro de 1987.

IV - multas de infração à legislação ambienta1 viaente e ao Código Florestal;

V - outras taxas e multas emitidas pela Secre- taria de Estado de Desenvolvimento Ambienta1 - SEDAM e con- veniados .

SEGO TV DO rn ESPECIAL DE REPOSIÇAO

FLORESTAL - FEREF Art. 10 - Fica cria60 o Fundo Especial de Re-

posicZc Florestal - FEREF, destinado a custear a execução dos projetos de reflorestamento para garantir o abasteci- mento dos consumidores de produtos e sub-produtos flores- tais.

l Q - O Fundo Especial de Reposição Florestal - FEREF, será constituído das receitas provenientes de: I - dotação orçamentária do Estado; I1 - repasse de recursos do Governo Federal

para reflorestamento, oriundo do Fundo Especial a Aplicar - Optantes da Reposição Florestal - FUNDAO;

111 - recursos de taxas de reflorestamento es- tadual;

IV - doações ou recursos provenientes de pro- jetos com financiamento a fundo perdido, destinados ao de- senvolvimento de pesquisas científicas e tecnológicas na área florestal;

V - recursos alocados por convênios nacionais ou internacionais, com entidades ou não, destinados ao re- florestamento.

g 20 - os recursos de que trata o inciso ante- rior, serão depositados em conta específica do Fundo Espe- cial de Reposicão Florestal - FEREF que será gerido pelo Conselho Estadual de ~ ~ l í t i c a Ambiental-COBSEPA, somente po- derão ser utilizados em plane jamento, impãanta~áo, manuten- ção e acompanhamento de projetos de refluxestamento e peso

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q u i s a s e manejo florestal que v i s e o fornecimento de matéria prima para os consumidores de piodutos e sub-produtos flo- restais.

Art. 11 - são instrumentos da política de De- senvolvimento Ambiental:

I - os parhetros fixados pelos órgãos do meio ambiente, a serem adotados de acordo com a realidade só-io- econõrr:ica, cultural e a n i b i e n t a l do Estado de ~ondõnia, res- peitando-se os limltes impostos pela legislação federal ou as ~esoluções do Conselho Nacional do tileio Ambiente-CONAMA;

I1 - o zonearnento sócio-econõmico-ecológico de ~ondõn i a r

111 - o Estudo de Impacto Ambiental - EIA, o ~elatório de Impacto hmbiental - RIMA, o Plano de Controle Ambiental - PCA, o Plano de ~ecuperação de Areas Degradadas -PRAD e o relatório de Controle Ambiental - RCA;

IV - o licenciamento mtbiental, sob as dife- r en t e s formas;

V - o s e ~ s o r i a n ~ ~ n t o remoto e cartografia; VI - os espaços territoriais especialmente

protegidos incluindo as Unidades de Conservacão; VI1 - o controle, o monitoramento e a fiscali-

z a ~ ã o das atividades, processos e obras que causem ou possam causar impactos ambientais;

VI11 - o estabelecimento de padrões de quali- dade ambiental;

I X - o cadastro técnico estadual de atividades e instrumentos de defesa ambiental;

X - as sancões disciplinares ou compensatórias do não cumprimento das medidas necessárias e preservação do meio ambiente e a correcão da degradaeo ambiental;

X I - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criacão ou absorcão de tecnologia, voltadas para a melhoria da qualidade ambiental;

XII - a educação ambiental.

Art. 12 - Fica proibido o lançamento ou des- pejo de poluentes no ar, na água, no solo ou subsolo.

parágrafo único - O lançamento ou deqpejo de substâncias previstos no 'caputm deste artigo, deverá ser precedido de autorização do Órgão ambiental competlente, a

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qut-nl c a b e r á a atividade fiscalizadora e repressiva no que diz respeito 5 degradação ambiental, ber, como a poluição sonora, hídrjca, radioativa, visual, atmosférica, do solo e do subsolo no Estado de RondÕnia.

Art. 13 - O controle e a fiscalizacão de todo e qualquer despejo em corpo de água situado dentro dos limi- tes do Estado de ~ondõnia, ainda que não perten~am ao seu domínio e não estejam sob a sua jurisdição, serão exercidos pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambienta1 - SE- D M .

Art. 1 4 - Os projetos de instalação, constru- ção, ampliação e operacão de estabelecimentos e atividades utllizadoras de recursos ambientais considerados efetiva e potencialmente poluidoras, bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento junto 5 Secretaria de Estado do Desenvolvi- mento Ambiente1 - S E D M .

Parágrafo Único - Em casos específicos e a critério do Secretário de Estado do Desenvolvimento Ambien- tal, o licenciamento de que trata o "caput" deste artigo po- derá ser levado a exame e deliberação do Conselho, que em reunião plenária autorizará ou não a outorga do 11.cencia- rer,tc. da fo:ite poluidora.

Art. 15 - Nos projetos para instalacão e ex- ploração das atividades mencionadas no Art. 13, desta Lei, quando potencialmente causadores de significativa degradação do meio ambiente, o licenciamento ambiental será sempre pre- cedente do Estudo de Impacto Ambiental - EIA e o ~elatório de Impacto Ambiental - RIMA.

Art. 16 - O Estado, através da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Miental - SEDAM, no exercício de sua competência, expedirá, conforme o caso, a licenca am- biental caracterizada por fases de implantação dos empreen- dimentos ou atividades, assim discriminadas:

I - Licença prévia - (LP) - será outorgada na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou ativi- dade, contendo requisitos básicos a serem atendidos na fase de localização, instalacão e operação, observados os planos municipais, estaduais e federais de uso do solo, por prazo determinado, podendo, ainda, ser renovada a critério da au- toridade competente;

I1 - Licen~a de ~nbtalacão (LI) - autorizando o início da implantação, de acordo com as especificações constantes do Projeto Executivo e, quando for o caso, das prescrições çontidas no EIA/RIMA já aprovado. A concessão da Licenca de ~nstalação - LI, será por prazo determinado esta- belecido em razão das características, natureza e a critério da autoridade competente;

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111 - 1,jccnça de operação (LO) - autorizando, após as vistorias necessárias, o início das atividades li- cenciada e o funcionamento de seus equipamentos de controle de poluição, de acordo com o previsto nas Licencas prévia e de ~nstalafão. A L0 terá prazo determinado, sem prejuízo, no entanto, de eventual declaração de descontinuidade do empre- endimento ou atividade, sob o ponto de vista ambiental ocor- rido posteriormente, ensejando a adoção pelo empreendedor de medidas corretivas a serem implantadas em conformidade com programas fixados pela autoridade competente, sob pena de aplicacão das sancões cabíveis.

g lQ - Poderá ser fornecida Licenças de Opera- ção a ~ítulo Precário, com validade nunca superior a 06 (seis) meses, nos casos em que for necessário o funciona- mento ou operação da fonte para teste de eficácia do sistema de controle da poluição do meio ambiente,

S 2 0 - As licenças indicadas nos incisos deste artigo, poderão ser outorgadas de forma sucessiva, vincula- d a s ou isoladamente, conforme a natureza e características do empreendimento ou atividade ,

S 3 0 - Para outorga das licenças de que trata o "c~put" d e s t e artigo, será cobrada w , s t a x a calculada de acordo COR o tipo de empreendimento ou atividade e em con- formidade com as disposições do seu Regulamento.

Art. 17 - A flora e as d e m a i s fornas de v e g e - tação, bem como os animais que constituem a fauna silvestre, de qualquer espécie, seus ninhos abrigos e criadouros natu- rais, estão sob proteçáo do Estado, ficando proibida a sua utilização, destruição c-.I apanha.

parágrafo Único - O Conselho de Política Am- biental - CONSEPA, baixará normas regulaaentando o manejo da fauna e da flora do Estado de RondÔnia.

Art. 18 - A exploração de recursos minerais será objeto do licenciamento ambiental, nos termos do regu- lamento desta Lei e em consonância 5 legislação federal per- tinente, ficando o responsável obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de a c o r d o com a solução técnica deter- minada pelo Órgão ambiental estadual competente.

S lQ - As pesquisas e a exploração de recursos minerais, com guia de utilização e autorização, autorizadas pelo Departamento Nacional de Pródu~ão Mineral- DNPM deverão ser objeto de Licença de ~ p e r a ~ ã o , expedida de forma provi- sória, não isentando com isso a obrigatoridade do posterior licenciamento, caso venha ocorrer a expedicão de sutorização definitiva da lavra pela autoridade federal.

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Ç 2 9 - A extração mineral de qualquer natu- reza, sem permissão, concessão ou licença, sujeitari o res- ponsável à pena cabível, sem prejuízo de cominações adninis- trativas e da obrigação de recuperar o meio ambiente,

g 3 0 - A extracão e o beneficiamento de mine- rais em lagos, rios e quaisquer corpos d'água somente pode- rão ser realizados de acordo com a solução técnica aprovada pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental - SE- DAM .

Art. 19 - A lavra garimpeira a ser permitida pelo órgão federal competente, dependerá de prévio licencia- mento ambienta1 concedido pela Secretaria de Estado do De- sc-nvolvirriento Mlental - Ç E D m , de acordo com as disposi- ções contidas no regulamento desta Lei.

Parágrafo Único - Os trabalhos de mineração garimpeira serão objeto de disciplinamento específico, com- preendendo normas técnicas e regulamentares fixadas pelo Sistema Estadual de Desenvolvimento Ambiental - SEDAR, obje- tivando a adoção de mitigadoras ou impeditivas dos impactos ambientais decorrentes de tais atividades.

Art. 20 - Nas Unidades de Conserva~ão consti- tuídas em terras sob o àon.ínio do Estado, levando-se em con- slderação sua significativa importáncia ecológica, não serão permitidas atividades de pesquisa ou exploração minerária, ressalvando os casos de minerais estratégicos, após ouvido o Conselho E s t a d u a l de política Ambiental - CONSEPA e nos ter- mos das estritas condições fixadas no regulamento desta Lei.

Art. 21 - As fontes de poluição a serem indi- cadas no regulamento desta Lei, já instaladas-anteriormente a 1986, ficam sujeitas a registro no Conselho Estadual de política AmLiental - CONSEPA, que lhe verificará a conformi- dade com as normas editadas nesta Lei e, no seu regulamento assinará ao responsável, prazo para a adaptação que se fizer necessária.

Art. 22 - Os Órgãos da ~dministracão Pública Estadual, bem como as fundações vinculadas ao Estado, so- mente aprovarão projetos de financiamento para a instalafio, construção, ampliação ou operação de fonte de poluição, as- sim consideradas em confom.idade com as disposições do regu- lamento desta Lei, ã vista das licenças de que trata o art. 15, inciso I , I1 e 111 deste diploma legal, sob pena de nu- lidade.

Art. 23 - par6 garantir a execucão das medidas estabelecidas nesta Lei, seu regulamento e nas demais normas baixadas pelo Conselho Estadual de Política Ambiental- CON- SEPA, fica assegurado aos agentes fiscais credencfados da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Anbiental - SEDm a

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entrada cm cstabclecin~entos ou áreas de propriedade pública ou privada podendo alí pcxmanecer o tempo que for necessário.

Art. 24 - O Poder Executivo Estadual, para concessão de incentivos fiscais e financiamento a projetos de desenvolvimento económico, bem como para a sua implemen- tação, se obriga, sob pena de responsabilidade, a exigir do interessado, o comprovante de que está em dia com as obriga- ções previstas nr legislação ambiental,

parágrafo Único - ~ s t ã o sujeitas ao cumpri- mento dos dispositivos contidos no "caputa deste artigo, to- das as agências de fomento vinculadas ao Poder público Esta- dual,

wlm VI DAS INPRAÇOES E PENALIDADES.

Art. 25 - Constitui infração, para os efeitos desta Lei, qualquer ação ou omissão que importe na inobser- vãncia de seus preceitos, bem como nas normas regulamentares diretivas dela decorrentes.

Ç 1Q - Nas infrações que serão caracterizadas no recjulanento d e s t a Lei o Poder ~Úblico considerará para efeito de graduação e imposicão de penalidade:

a) as suas conseqnências; b) as circustãncias atenuantes; c) os antecedentes do infrator.

S 2Q - O regulamento desta Lei fixará o proce- dimento administrativo para aplicacão das penalidades e ela- boração das normas técnicas complementares, assim como os critérios que serão datados:

a) para classificacão das infrações; b) para imposi~ão de penas; c ) para cabimento de recursos, respectivos

efeitos e prazo para interposicão.

Art. 26 - Sem prejuízo das cominacõks civeis e penais cabíveis, as infrações de que trata o artigo ante- rior, serão punidas com as seguintes penalidades:

I - advertência; I1 - multa pecuniárira; 111 - suspensão de atividades; IV - embargo ou demolição; V - não concessão, restricão ou suspehsão de

incentivos fiscais, financeiros e de outros benifícias oon- cedidos pelo Estado ou por empresa sob seu controle di te to ou indireto, enquanto durar a infração.

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Ç lQ - A critério do Órgão ambiental compe- tente, poderá ser iniposta multa diária, que será devida pelo infrator até que seja corrigida a irregularidade.

S 2Q - As penas previstas nos incisos 111 e V ~oderão ser aplicadas sem prejuízo das indicadas nos incisos I e 11.

3 0 - No caso de reincidência, configurada pelo cometimento de nova infração da mesma natureza, pelo mesmo jnfrator, a multa será aplicada em dobro.

Art. 27 - ~ l é m da aplicação das penalidades previstas nesta Lei, o Poder público deverá obrigar o polui- dor, independentemente de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros afetados por suas atividades.

Art. 28 - Os recursos interpostos contra a pena imposta, não terão efeito suspensivo, salvo mediante assinatura de um Termo de Compromisso, no qual o infrator obriga-se à eliminação das condi~ões poluidoras, dentro de um prazo fixado pelo Órgão ambiental.

CAP~TULX) VI1 DAS DISPOSIÇbES FINAIS

Art. 29 - E obrigação das instituições do Po- der Executivo com atribuições diretas de proteção e controle ambiental, informar ao ~inistério Público sobre a ocorrSncia de conduta ou atividade considerada lesiva ao meio ambiente.

Art. 30 - O produto arrecadado com multas, ju- ros de mora, taxas e servi~os prestados previstos nesta Lei- ou em normas dela decorrentes, constituirá o Fundo Especial de ~roteção Ambiental-FEPRAM, e será destinado promoção da melhoria da qualidade ambiental urbana e rural,

Art. 31 - Todos os trabalhos de Monitoramento Ambienta1 serão coordenados pela Secretaria de Estado do De- senvolvimento Ambiental-SEDAM.

Art. 32 - A polícia Militar, através de Poli- ciamento Florestal, prestará apoio necessário Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental-SEDAM, para execução das atividades fiscalizadoras do meio ambiente,

Art. 33 - A ~olícia Civil através da Delegacia de Defesa Ambiental, dentro de suas atribuições constitucio- nais prestará apoio necessário & secretária de E~tado do De- senvolvimento Ambiental - SEDAM nas contravençües e crimes contra o meio ambiente de forma complementar.

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Art. 34 - O Poder Executivo baixará Decreto regulamentando esta Lei, dentro do prazo de 120 (cento e vinte) d i a s a contar da data de sua publicação.

A r t . 35 - E s t a Lei en t r a em vigor na data de sua publ i c a ç ã o .

Art. 36 - Revogam-se as d i s p o s i ~ õ e s em contrá- rio e, em especial a s Leis nos 88, de 07 de janeiro de 1986 e 195, de 2 0 de dezembro de 1987.