itan de oya

Embed Size (px)

Citation preview

YA IANSAN Assim como os raios, relmpagos e troves so atribudos a ng, os fortes ventos e as tempestades so considerados expresses do descontentamento de Oy. A origem mtica do rio Nger (Odo Oy) associada, tambm, a esta divindade. Um odu de If, apresentado por Salami (1990), faz a seguinte narrao dessa origem: Em tempos de guerra, o rei dos Nupe consultou o orculo para saber como prevenir-se contra uma invaso. If disse ao rei que, caso encurralado, desse uma pea de tecido negro para ser rasgado por uma virgem. Entre as virgens, o rei elegeu sua prpria filha. Diante do pai, dos orculos e generais, a jovem rasgou o tecido negro: O ya - Ela cortou. Atirou as duas partes no cho, sob o olhar esperanoso do povo nupe. O pano transformouse em negras guas que comearam a fluir, transformando o ncleo do reino numa ilha protegida. Alguns mitos a apresentam como originria da cidade de Ir. Outros, como nascida na ilha fluvial de Jebba, em terra nupe, tambm local de origem de Torosi, me de ng. Oy era esposa de Ogum e lutava lado a lado com o marido, usando espadas forjadas por ele. Um dia ng, elegante e atraente, chegou Forja de Ogum. Envolveu-se em amores com Oy e ao surgir uma oportunidade fugiram juntos enquanto Ogum estava muito compenetrado em seu trabalho. Mais tarde, ao dar-se conta do ocorrido, procurou a mulher por toda parte e terminou por encontr-la na floresta. Golpearam-se mutuamente com as espadas, sendo Ogum partido em sete e Oy em nove partes. Conforme Salami (1990), havia dezesseis rainhas rivais, competindo pelo privilgio de ter a preferncia de ng. Oy foi vitoriosa, graas a seu charme, personalidade e elegncia de movimentos. Alguns de seus oriki assim a evocam: Ela grande o bastante para carregar o chifre do bfalo Oy, que possui um marido poderoso Mulher guerreira, mulher caadora Oy, a charmosa, que dispe de coragem para morrer com seu marido Vendaval da Morte A mulher guerreira que carrega sua arma de fogo Quando anda, sua vitalidade como a do cavalo que trota Eepa, Oy, que tem nove filhos, eu te sado! O que ng disser, Oy vai interpretar Vocs no sabem que Oy vai entender o que ng nem acabou de dizer? O que ele quiser dizer, Oy quem dir Oy, Leopardo fmea que come pimenta crua Oy, o r que apia seu marido Mulher poderosa e forte, possui um corpo perfeito Oy, a charmosa e elegante, a mulher bela O Grande Vendaval, que tambm venta suavemente. H um mito que a descreve como tendo nascido em Iwo. Essa verso a apresenta como uma mulher que vivia triste por no conseguir casamento e que aps perambular pelas cidades a esmo, foi encontrada por sua famlia em Ir. No retorno para casa encontraram ng acompanhado de uma de suas esposas: sun. Assim que viu Oy, quis casar-se com ela e foi aceito imediatamente. Ela veio a ser sua esposa predileta: Entre os dezesseis r femininos nas mos de ng, Oy se destacou por sua beleza, elegncia e fora. Recebe culto em toda a terra ioruba, principalmente por parte das mulheres. Seu santurio guarda objetos simblicos - a espada, o chifre de bfalo e pedras originrias do rio Oy; um pote com agbo (gua para banhar os iniciados); gua pura, para ser bebida por mulheres que desejam tornarem-se frteis ou por pessoas doentes; o assentamento de ng ou uma estatueta que o represente. Os iniciados preferem beber desta gua em lugar de outra qualquer, pois ela contm o se do r. As contas dos colares dos devotos de Oy so de cor terra-cota. Continuando..

Mo jb awo ya! Iwo ni rs Obinrin Afefe. Iwo ni Iku Oluwa Awo. Iwo ni rs Obinrin Efufulele. Iwo ni Ologun Obinrin Julo Nase. Iwo ni Emi Ije. Eu respeito os mistrios de Oy! Voc a Mulher dos Ventos. Voc o proprietrio dos Mistrios da Morte. Voc a Mulher das Tempestades. Voc a maior guerreira feminina. Voc o Sopro da Vida. Ao contrrio de Yemonj e sun que comandam a nossa ateno pela sua graa, beleza e majestade. r Oy o r invisvel. Na verdade, Seu rosto dito ser to terrvel que ningum se atreve a contempl-la. A presena de Oy e sua ao se refletem no vo dos pssaros, o balanar das rvores, o assobio da atmosfera, a exploso de poeira, arremesso de terra, o movimento das ondas, o som da msica, da palavra falada, o grito de um beb, o rugido do leo, o movimento das nuvens, e a vida e o brilho do fogo. o r Oy, que nos d o nosso passaporte para a vida [ar] ao nascer e exige o seu retorno com a morte. Oy , portanto, o observador da porta entre a vida e a morte. Ela no a morte, mas a conscincia de sua existncia. No s somente o se essencial para o processo da vida dos "seguidores das divindades" e outras criaturas que habitam esta regio do se de Oy, mas ela tambm aquela que carrega o plen das plantas e rvores de lugar para lugar, diretamente em suas mos invisveis, ou no corpo dos pssaros que voam em seu abrao sempre presente. r Oy um smbolo das coisas que so sentidas, mais freqentemente do que se v. Neste sentido, ela associada ao 'segredo das atividades e 'segredo' das operaes. r Oy tambm representa a destruio da velha sociedade abrindo caminho para o novo e o poder de destruir completamente as cidades e campos, revertendo-os de volta ao seu estado original. Ela faz isso atravs do envio de ciclones, tornados e furaces que destroem tudo em seu caminho, forando a humanidade a reconstruir novas cidades e vilas. Fica acordado entre os estudiosos de If que Oy foi esposa favorita de ng e dito que, quando Sango quer lutar, ele envia Oy frente para lutar com o vento... Mais... Sem Oy ng nada pode realizar. Quando ng envia a sua voz de trovo frente e seu raio se aproxima, o A de Oy que d expresso sua voz como o trovo, que causada pela expanso sbita do ar no caminho de uma carga eltrica. Muitos sacerdotes acreditam que Oy quem deu poder ng tais como troves e relmpagos. Na realidade, Oy centro e essencialidade para o funcionamento coletivo das potencias. So do r Oy o domnio e responsabilidade em limpar a atmosfera ao redor do planeta e fornecer o equilbrio de gases para sustentar todas as formas de vida. r Oy no deve ser desrespeitada ou desconsiderada, pelo menos por todos os... " Sua ira to devastadora que deve ser absolutamente evitada. r Oy no s transportar plen e poeira com seus ventos, ela tambm carrega a doena e outros agentes da morte. Interessante, os cientistas hoje esto dizendo que "a inalao da fumaa do cigarro por quem no

fuma" pode ser to mortal quanto o tabagismo. A camada de oznio, partculas nucleares, gases de efeito estufa, e assim por diante, so todos os que operam dentro dos domnios do r Oy. Mistrios dos Ventos Sagrados. Iba si r Oy! Oy gbl Para um melhor entendimento e compreenso deste caminho de Oy, julgo necessrio obter o devido conhecimento da palavra gbl. A palavra gbl significa pequena mata, lugar sagrado; tem a conotao de A Floresta Sagrada dos Egungun ou O Bosque Sagrado dos Ancestrais. O mito relata que:

..Em pocas muito remotas, havia na cidade do Oy um fazendeiro chamado Alapini, que tinhatrs filhos chamados Ojwuni, Ojsamni e Ojrinlo. Um dia Alapini foi viajar e deixou recomendaes aos filhos para que colhessem os inhames e os armazenassem, mas que no comessem um tipo especial de inhame chamado ihobia, pois ele deixava as pessoas com uma terrvel sede. Seus filhos ignoraram o aviso e o comeram em demasia. Depois, beberam muita gua e, um a um, acabaram todos morrendo. Quando Alapini retornou, encontrou a desgraa em sua casa. Desesperado, correu ao Bblwo, que consultou o orculo de If. O sacerdote indicou que, aps o l7 dia fosse ao ribeiro do bosque e executasse o ritual que foi prescrito no jogo. Ele deveria escolher um galho da rvore sagrada atori e fazer um basto de invocao do qual deveria ser denominado de isan. Na margem do ribeiro, deveria bater com o basto na terra e chamar pelos nomes dos seus filhos, que na terceira vez eles apareceriam. Mas ele tambm no poderia esquecer de antes fazer certos sacrifcios e oferendas. Assim ele o fez; seus filhos apareceram. Mas eles tinham rostos e corpos estranhos; era ento preciso cobri-los para que as pessoas pudessem v-los sem se assustarem. Pediu que seus filhos ficassem na floresta e voltou cidade. Contou o fato ao povo, e as pessoas fizeram roupas para ele vestir seus filhos. Deste dia em diante ele poderia ver e mostrar seus filhos as outras pessoas; as belas roupas que eles ganharam escondiam perfeitamente suas condies de mortos. Alapini e seus filhos fizeram um pacto: em um buraco feito na terra pelo seu pai, deveriam ser acomodados os fundamentos do culto e denominado de ojbo Altar, no mesmo local do primeiro encontro, ou seja no Igb gbl, ali seriam feitas as oferendas e os sacrifcios e onde as roupas deveriam permanecer guardadas, para que eles as vestissem quando o pai os chamasse atravs do ritual do basto. Seguindo o pacto e as instrues do Bblwo, de que sempre que os filhos morressem fosse realizado o ritual aps o l7 dia, pais e filhos para sempre se encontraram. E para os filhos que ainda no tiverem roupas, s pedir s pessoas que elas as faro com imenso prazer. Assim sendo, poder-nos-ia interpretar Oy gbl como A Senhora da Floresta Sagrada dos Ancestrais. Se um dos atributos de Oy em sua pura essncia o Esprito do Vento, neste caminho ela denominada de O Vento da Morte, A Regente do Vento Invisvel dos Egngun Oy gbl a divindade que lodmar outorgou o direito de controlar os espritos dos seres humanos quando desencarnados. Ela tem que assegurar que nosso esprito, de uma forma ou de outra, no seja prejudicado nesta transio to delicada. H tradicionalistas modernos que dizem que o conhecido Dj Vu a esta divindade pertence. Oduleke foi o primeiro caador a receber os ritos do Asese, celebrado por Oy gbl. At ento

este rito era somente destinados aos caadores, para somente depois ser designado a todos os iniciados e consagrados ao Culto do ra e Egn. Uma de suas principais caractersticas, esta em sua lealdade para com seus seguidores. Quando Oy gbl acompanha seus seguidores em uma batalha, invoca seu poderoso exrcito de Egngun liderado por um dos mais temveis Ancestrais Baba Ajimuda. Os mitos relatam que nesta batalha Oy gbl cobre o rosto com uma mascara para ocultar a face da destruio. Na dispora, esta mascara foi substituda pela pintura de efun do qual cobre por completo o rosto de Oy gbl e que ningum deve dirigir o olhar diretamente a ela, mesmo que esta cerimnia seja realizada no escuro. No Novo Mundo Oy gbl passa a morar no Ile Awo A casa do Segredo, mas especificamente no Ile Sanyin ou popularmente conhecido com Lesanyin quando cultuada no Culto de Lese Egn e no Ile Ibo Aku quando cultuada em Lese r. Sua representao material e seus atributos diferem de um lugar para outro, porm seu maior segredo se mantm em igualdade em ambos os cultos. Oy evocada para Proteo contra ataques de perversos ou Iku / Egun, atrair amores, fertilidade na esterilidade, sade das trompas, vendas de todos os tipos, melhorias no comrcio, atrair clientes, tomar iniciativa, faxina espiritual e varrer os espritos perversos. OY MESAN RUN. O nmero 9, ligado a Oy, est na origem de seu nome Ians e encontramos esta referncia no exDaom, onde o culto de Oy feito em Porto Novo sob o nome de Avsan, no bairro Akron (Lokoro dos Iorubas) e sob o de Absan, mais ao norte em Baningbe. Esses nomes teriam por origem a expresso Aborimsan (com nove cabeas), aluso aos supostos nove braos do delta do Nger. O culto de Oy no se limita aos mortos, Oy antes de tudo um r das guas, como sun, Yemonj, Nn e etc., ela um r da vida. Oy tem seu culto relacionado ao rio Nger, mas ela pode e deve ser cultuada nas guas de um rio, independente de qualquer coisa. O que muda a representao das guas dos rios. Os rios dentro do culto de Oy representam caminhos seguros, caminhos que nos levam ao fim devido, so as guas que nos guiam. Por esta razo que Oy chamada de a Me que guia, ela quem guia os mortos para um das nove dimenses do universo. Foi essa a incumbncia que ela recebeu de lodmar, guiar os mortos de acordo com suas aes para um dos nove cus, para assumir tal cargo Oy recebeu do feiticeiro ssi uma espcie de erukere especial chamado de Erusin com o qual estaria protegida no trato com os Eguns. Or o! Or Oy, mo gbe de. Oy mesan, mesan, mesan. Oy oriri, o o o. Oy mesan, a ji l'oda r. Ori o, ori ol' Oy, mo gbe de. Or mi! Or Oy, mo gbe de. O Or do iniciado, O Or daquele que iniciado em Oy est aqui. Oy, que se desdobra em nove partes. Oy, a grande mulher, charmosa e elegante. Oy, que se desdobra em nove partes. r que usa a espada ao acordar. O Or do iniciado, o Or daquele que iniciado em Oy est aqui. Meu Or. O Or daquele que iniciado em Oy est aqui.

Transcrevemos acima orin (cantiga) de Oy, citado pelo Prof. Sikiru Salami em seu livro "A mitologia dos r africanos". Nesta cantiga est presente a associao entre Oy e Or. Esta associao ns encontramos, com grande frequncia, em muitos Ork (saudaes) e Adura (rezas) do ebora Oy. Ela chamada muitas vezes de: Oy, a tun ori eni ti ko sunwon se, Ou seja: Oy, aquela que melhora o mau Or. Diz-se tambm: Mo b' Oy wa. Mo m' ase Oy b'ori. Or mi gba 're, Significando: Estou com Oy. Estou com o A de Oy em meu Or. Meu Or recebeu sorte. Entre os ebora femininos, Oy a que mais prxima se encontra do homem, refletindo suas angstias, representando sua relao com a vida e a morte, traduzindo o encontro entre o homem e a mulher, a paixo e a fora vital neste encontro presentes. Tendo, fora de qualquer dvida, sua natureza divina assegurada, Oy divide com ng a natureza humana deste ebora, compartilhando seus projetos, associando-se a ele em suas batalhas e unindo-se de tal forma a sua figura que se pode dizer, Oro ti ng ba so, Oy lo ma tumoo re. Eyin o mo pe Oy lo maa gbo, Oro ti ng so ku. Oro ti ng fe so, Oy lo maa so. O que ng disser, Oy vai interpretar. Vocs no sabem que Oy vai entender o que ng nem acabou de dizer? O que ele quiser dizer, Oy quem dir. Enquanto Oy est associada ao relmpago, ng est associado ao trovo, formando, desta forma uma unio simblica entre os elementos masculinos e femininos, coparticipantes do processo de criao da vida e, na sua comunho, certeza da continuidade dessa vida. Pares que, ao mesmo tempo em que se associa se representam mutuamente, contendo cada um o elemento presente no outro. Esta representao to marcante que podemos mesmo dizer que Oy o aspecto feminino de ng, ou ainda, que ng o aspecto masculino de Oy, denotando, desta forma a ntima relao e funcionalidade entre os gneros, garantia da gerao da vida e de sua perpetuao na criao - run e ay, ntima e indissociavelmente ligados dentro do projeto de lodmar. De um lado a vida, de outro a morte - ciclo que se repete indefinidamente no "sempre aqui e agora" do universo. Segundo Juana Elbein dos Santos, em seu livro "Os Nag e a Morte", YA "... est associada a um aspecto do ar, ao vento e particularmente tempestade e ao relmpago (ar mais movimento = fogo); e est associada aos ancestrais masculinos que ela dirige e maneja..." Um Itan do d sa mj, relatando sobre os sacrifcios feitos por Oy para ter crianas, diz que: " eles pegaram a carne de ovelha e fizeram remdio para ela. E ela comeu. Quando ela deu luz, ela deu luz nove crianas. Ela "a me que teve nove". E isso como Oy tornou-se Ians, "a me dos nove". A carne de ovelha que ela comeu como prescrio para ter crianas nunca mais tocou seus lbios novamente. Isso porque Oy no come ovelhas e esse animal w (tabu) para os seus adoradores..."

Pela sua relao com Eegun e o mundo dos mortos nos possvel entender o papel de Oy nos rituais de passagem que marcam a integrao entre vida e morte. A Iyalrs Stella de Osoosi, em seu livro "Meu tempo agora", relata um mito de Oy que nos d a dimenso da relao do ebora com as cerimnias fnebres dentro da esin r e que resumimos a seguir.

Oduleke, chefe de uma linhagem ilustre de caadores e pai ancestral de todos os Odes, era casadocom Osun e tomou uma criana para criar. Esta criana, esperta e alegre, tornou-se a preferida de seu pai adotivo e recebeu o nome de Oy. A criana cresceu e tornou-se uma jovem que apreendeu com os pais as artes da caa e os segredos da magia. Um dia, velho e alquebrado, Oduleke levado pela morte. Oy, entristecida, resolve fazer uma homenagem ao pai. Para tanto, reuniu os pertences de caa de Oduleke enrolando-os em um pano por ela bordado. Preparou as comidas prediletas de Oduleke e convidou todos os chefes caadores para a cerimnia fnebre. Cantando e danando, durante sete dias carregou na cabea o "carrego" com pertences de caa do pai. Sua voz foi levada aos quatro cantos do mundo pelo vento, seu elemento mgico, e de todos os lugares se apresentaram multides de caadores. Ao fim da stima noite, Oy acompanhada por todos os Ode foi depositar o "carrego" ao p de uma rvore sagrada situada dentro da mata. O pssaro agbe, de penas azuis e brilhantes, deixou o galho da rvore voando para o firmamento.

Olrun, emocionado, concedeu Oy o poder de transportar os recm-nascidos em outra vida, ados espritos, do Aiy para o run, transformando Oduleke em r e Oy na me dos espaos sagrados. Desta forma estava criado o ajeje - viglia do caador (chamado no Brasil de asese), ritual fnebre dentro da religio do r. Oy est intimamente associada ao vento, ento, podemos entender que ela exerce papel essencial no processo de fertilizao do reino vegetal, atravs da polinizao, transporte do plen de uma planta para outra, permitindo sua fecundao e a sua multiplicao. Da mesma forma, transporta sementes, permitindo que o reino dos ebora Od tenha garantida sua existncia e continuidade. Essa hiptese, sem dvida, merece estudo e trabalho especfico, capaz de nos permitir ampliar a perspectiva com que cultuamos o ebora Oy e possivelmente, encontr-la em toda a sua grandeza e dimenso. Um Itan do d Ogb mj relata que , querendo castigar uma ave que no fizera os sacrifcios prescritos por If, lanou mo de Oy para ajud-lo... Ento adaba foi para o topo de outra rvore e colocou ovos l. Aqueles que ela colocou e os fazendeiros no podiam v-los; disse, 'Voc Oy, voc os viu? ' E Oy balanou a rvore e os ovos de abada caram no cho... p heyi! Oy saudada com a frase p heyi! Onde "p" representa uma recomendao de calma, expressando quase terror diante de um poder incontrolvel para o homem e "heyi" a reproduo do brado gutural emitido por Oy quando, incorporada em seus filhos, identifica-se aos presentes. Novamente num verso de If que podemos encontrar e origem deste brado. A descrio da origem do grito contida no orculo apresenta-o como reflexo da violenta ameaa da deusa, em decorrncia da negligncia dos homens, de destruir o mundo e no apenas torn-lo seco e estril como pretendeu sun. Flechas-de-caa-colocam-o-caador-em-dvida Chuva-torrencial-dispersa-o-mercado-do-rei-de-If

Estes so os nomes dos sacerdotes que Consultaram If para Olgbj, uma pessoa de bem quando o encontraram em meio rebelio. H um r, disseram os adivinhos, na sua famlia r Dona-do-fogo. Oh, disse Olgbj, essa Oy. Ela tem estado na famlia h muito, muito tempo. Ento voc deve oferecer a ela, disseram eles, Duzentas pores de inhame amassado, uma sopa de gbegiri, uma cabra branca, seis galos e 21 pedras. Oy aceitou a oferenda. Ela se preparou. As pessoas suplicaram: Oy dakun (Oy, ns lhe imploramos!) Mas Oy no atendeu porque estava decidida a destruir completamente os inimigos de Olgbj. E dizer Oy dakun! de nada adiantava. Eles no a demoveram. Se voc continuar com isso, Oy, disseram as pessoas, Voc destruir o mundo inteiro. Voc tem que aprender a aceitar um pedido. V comprar um escravo, Oy, eles disseram. Um escravo saber como respeit-la. Ele conhecer todas as suas proibies E ensinar as pessoas quando se arriscam a ofend-la. Ele far seu nome cada vez mais conhecido. O nome deste escravo era Ehin (dente) Que nome esquisito! Disse Oy. Deve ser Heyi, ela bradou. Depois disso, sempre que Oy se enfurece as pessoas chamam Heyi, Que o que a pessoa possuda por Oy chamada Heyi! Mas a pessoa possuda no chama, no sabe! a prpria Oy que est chamando."