Item 5 10 KM - Kalium Mineração S.A

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    PARECER ÚNICO DE COMPENSAÇÃO AMBIENTALGCA/DIAP Nº 204/2013 

    1  – DADOS DO EMPREENDIMENTO

    Empreendedor   KM-Kalium Mineração S.A

    CNPJ  11.734.333/0001-60

    EndereçoRua Romão Gomes, 58 Bairro Butantã - CEP:05502-030. São Paulo/SP

    Empreendimento  KM-Kalium Mineração S.A

    Localização  Serra da Saudade/MG.

    No do Processo COPAM  22950/2010/001/2011

    Atividades Objeto doLicenciamento 

    Lavra a céu aberto sem tratamento ou comtratamento a seco, minerais não metálicos excetoem áreas cársticas ou rochas ornamentais e derevestimento;

    Obras de infraestrutura;

    Pilha de rejeito/estéril.

    Código DN 74/04  A-02-07-0, A-045-02-9, A-05-04-5

    Classe 03

    Fase de licenciamento dacondicionante de compensação

    ambiental 

    LP + LI

    Nº da condicionante decompensação ambiental

    04

    Fase atual do licenciamento LP + LI

    Nº da Licença 001/2013

    Validade da Licença  21/02/2017

    Estudo Ambiental EIA / RIMA

    Valor de Referência doEmpreendimento - VR 

    R$ 2.800.000,00 (Dois milhões e oitocentos milreais) 

    Grau de Impacto - GI apurado  R$ 0,4450%

    Valor da Compensação Ambiental R$ 12.460,00 (Doze mil, quatrocentos e sessentareais) 

    2  – ANÁLISE TÉCNICA

    2.1- Introdução

    O empreendimento em análise, KM-Kalium Mineração S.A licenciado para exploração deglauconita (rocha potássica), fica localizado na zona rural do município de Serra daSaudade, na bacia federal do rio São Francisco.

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     A instalação da Lavra se dá a céu aberto e ocupa área de 17,20ha na zona rural da cidadede Serra da Saudade/MG. A área em questão refere-se ao Processo DNPM nº831.031/1980.

    O projeto prevê a extração de 60.000 toneladas/ano de Glauconita (rocha potássica) parabeneficiamento em Unidade Tratamento de Minerais-UTM a ser licenciada e construída emDores do Indaiá. A glauconita contém 11% de K2O, 16% de Al2O3, 7% de Fe2O3, 3% de MgOe 58% de SiO2  e o beneficiamento emprega tecnologia própria de abertura sulfúrica elixiviação aquosa para a produção de 8.100 toneladas de sulfato de potássio, 26.115toneladas de sulfato de alumínio, 8.780 toneladas de sulfato de ferro, 4.305 toneladas desulfato de magnésio e 51.430 toneladas de material residual, contendo mais 85% de SiO 2.

    Cabe ressaltar que a mineração, embora se localize em Serra da Saudade, o tratamento dominério será realizado no município de Dores do Indaiá, sendo que esta estrutura não será

    analisada neste processo.

    Conforme processo de licenciamento COPAM nº 22950/2010/001/2011, analisado pelaSUPRAM Alto São Francisco, em face do significativo impacto ambiental o empreendimentorecebeu condicionante de compensação ambiental prevista na Lei 9.985/00, na Licença001/2013, em Reunião da URC no dia 21 de fevereiro de 2013.

     A presente análise técnica tem o objetivo de subsidiar a CPB-COPAM na fixação do valor daCompensação Ambiental e forma de aplicação do recurso, nos termos da legislação vigente.

    Maiores especificações acerca deste empreendimento estão descritas no EIA / RIMA, noParecer Único SUPRAM Nº 065927/2013.

    2.2 Caracterização da área de Influência

     A área de influência do empreendimento é definida pelos estudos ambientais de acordo coma relação de causalidade (direta ou indireta) entre o empreendimento e os impactosprevistos, ou seja, se os impactos previstos para uma determinada área são diretos ouindiretos.

    Os estudos ambientais definem que a Área Diretamente Afetada da mineração está

    localizada na zona rural de Serra da Saudade e a área de tratamento do minério localiza-seno município de Dores do Indaiá. Assim o minério produzido na mina em Serra da Saudadeserá beneficiado na Unidade de Tratamento de Minerais-UTM em uma instalação a serimplantada em Dores do Indaiá.

    .2.3 Impactos ambientais

    Considerando que o objetivo primordial da Gerência de Compensação Ambiental do IEF é,através de Parecer Único, aferir o Grau de Impacto relacionado ao empreendimento,utilizando-se para tanto da tabela de GI, instituída pelo Decreto 45.175/2009, ressalta-seque os “Índices de Relevância” da referida tabela nortearão a presente análise. 

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    Esclarece-se, em consonância com o disposto no Decreto supracitado, que para fins deaferição do GI, apenas serão considerados os impactos gerados, ou que persistirem, emperíodo posterior a 19/07/2000, quando foi criado o instrumento da compensação ambiental.

    Ocorrênci a de espécies ameaçadas de ex ti nção, r aras , endêm ic as , nov as evu ln erávei s e/ou in ter ferênc ia em áreas de repr od ução, de pous io o u d is túrb io s derotas mig ratórias.

    No presente estudo foram inventariadas 56 espécies, perfazendo a média de uma espécie acada três ou quatro espécimes amostrados. Destas, foram identificadas as seguintesespécies ameaçadas de extinção, de acordo com a IN MMA 06/2008:

    Espécie Nome vulgar

    Melanoxylon brauna Schott Brauna Astronium fraxinifolium Schott  Aroeira

    Segundo o levantamento Faunístico, realizado nas áreas remanescentes das diversasfitofisionomias que ocorrem na área de influência do empreendimento, foram identificadasas seguintes espécies ameaçadas de extinção, de acordo com a DN 147/10:

    Grupo Faunístico Espécie Nome Vulgar Status deameaça

    Mamíferos (Mastofauna)Leopardus pardalis Jaguatirica Em perigoChrysocyon brachyurus Lobo Guará Em perigoMyrmecophaga tridactyla Tamanduá Bandeira Vulneravel

     Aves (Ornitofauna)Urubutinga coronata  Águia Cinzenta Em perigoTaoniscus nanus Inhambu carapé VulnerávelCulicivora caudacuta Papa mosca campo VulnerávelPoospiza cinerea Capacetinho oco do

    pauVulnerável

     Anfíbios e Répteis(herpetofauna)

    Eupemphix nattereri snc EndêmicaScinax curicica snc EndêmicaOdontophrynus cultripes snc Endêmica

    Scinax luizotavioni snc Endêmica

    In tr odução ou f ac ili tação de espécies alóc to nes (in vasoras)

     A cava de mineração e demais estruturas de exploração do minério que serão alvo dereabilitação será objeto de trabalhos de disciplinamento da drenagem ao longo de toda suavida útil, de modo que, ao encerrar as atividades, será imediatamente objeto de plantio naspartes ainda despovoadas de vegetação.

     A recuperação de áreas degradadas de mineração se dá com plantio do coquetel desementes de gramíneas que são espécies exóticas e invasoras. O Projeto de Recuperaçãode Áreas Degradadas (PRAD) definiu os métodos utilizados para reabilitação de áreas einclui espécies invasoras e exóticas tais como braquiária e capim gordura. Assim este

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    parecer considera que o empreendimento introduzirá espécies invasoras e este item seráconsiderado na apuração do grau de impacto.

    Interf erênc ia em cavern as, abrig os o u fenômenos cárs tic os e sítio s paleon tológicos .

    Conforme consulta no banco de dados do CECAV não há cavernas e a região é de médiapotencialidade de ocorrência. Assim este item não será considerado na apuração do grau deimpacto do empreendimento.

    Int erferênc ia em un idades d e co ns erv ação de pr ot eção i nt eg ral, s ua zo na d eamor tec im ento, obs ervada a leg is lação ap licável .

    Considerando um raio de 10 km o empreendimento não afeta nenhuma unidade deconservação.

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    In ter fe rênci a /sup ressão de vegetação, aca rr etan do fr agmen tação. 

    Sob influência indireta do Rio São Francisco, a maior bacia hidrográfica de Minas Geraiscom 40% de toda a rede de drenagem do Estado (Drummond et al., 2005; Scolforo eCarvalho, 2006); a vegetação da Região Centro-Oeste de Minas Gerais, no entorno daSerra da Saudade, apresenta-se como um mosaico de fisionomias campestres e florestaisdentro do Domínio Cerrado (Scolforo e Carvalho, 2006).

     A porção Cerrado desse mosaico ganha sua forma em direção ao Triângulo Mineiro e deste,para o Norte do Estado; perfazendo uma área de cobertura igual a 57% (Drummond et al.,2005).

     Ainda que os dados secundários apontem a área de implantação da mina como área decerrado os levantamentos de campo realizados durante as campanhas para o EIA/RIMA

    concluíram que à implantação da Lavra a céu aberto localiza-se na transição entre osbiomas do Cerrado e da Mata Atlântica. (EIA pag. 271). Assim este parecer considera que oempreendimento interfere tanto no Bioma Mata Atlântica especialmente protegido por leicomo no bioma do Cerrado. Desta forma será marcada na tabela de apuração do grau deimpacto a interferência nos dois biomas.

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    Interferência em áreas prioritárias para a conservação, conforme ‘Biodiversidade emMinas Gerais  – Um Atlas pa ra s ua Co ns erv ação.

    O empreendimento não se localiza em áreas consideradas prioritárias para conservação.

    Alt eração da qua li dade físi co -químic a da águ a, do so lo ou d o ar.

    Os efluentes atmosféricos gerados pelo empreendimento serão constituídos por poeiras,provenientes das operações de desmonte e transporte de minério. Também os gasesprovenientes dos veículos de transporte e máquinas utilizadas no desmonte sãoconsiderados fontes de alteração da qualidade do ar.

     A Supressão vegetacional e decapeamento, altera a qualidade do solo em termos físicos(compactação, erodibilidade etc.). Assim tal item será pontuado na tabela de apuração dograu de impacto.

    Rebaixamento ou soerg uim ento de aquíferos ou águas su perficiais

     As bancadas serão desenvolvidas longitudinalmente ás curvas de nível e avançadastransversalmente, visando exaurir os níveis superiores e ir, gradativamente promovendo orebaixamento do corpo mineralizado, caracterizando uma lavra em flanco, descendente.

    Desta forma ainda que em processo inicial a cava tenderá a provocar o rebaixamento de

    aquíferos, à medida que a mina for se aprofundando da cota atual. Este parecer consideraque a exploração em questão realizará o rebaixamento do lençol freático ainda que não o

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    faça no início das operações e pontuará este quesito na tabela de apuração do grau deimpacto do empreendimento.

    Tran sf o rm ação de amb ien te lóti co em lênt ic o

    No presente empreendimento não esta prevista nenhuma alteração na dinâmica hidrológicae na comunidade aquática, entende-se que o empreendimento não promove atransformação do ambiente lótico em lêntico.

    Emi ssão de gases que co ntr ibu em efeito estu fa

     A utilização de veículos de transporte e máquinas de carregamento e desmonte de minérioutilizam combustíveis fósseis e geram CO2 e CO, contribuindo assim para emissão de gasesde efeito estufa. Assim sendo, este parecer considera que o empreendimento em questãofavorece a emissão de gases que contribuem para o efeito estufa.

    Int erferênc ia em paisagen s no távei s

    Entende-se por paisagem notável  –  região, área ou porção natural da superfície terrestreprovida de limite, cujo conjunto forma um ambiente de elevada beleza cênica, de valorcientífico, histórico, cultural e de turismo e lazer. Aqui se deve considerar todo e qualquercomprometimento que interfere na beleza cênica, potencial científico, histórico, culturalturístico e de lazer daquele ambiente. O empreendimento embora cause alteração dapaisagem esta não é uma paisagem de exceção assim não será considerado este item paraapuração do grau de impacto.

    Aum ento da erodib i lidade do solo

     Além das movimentações necessárias ao desenvolvimento da jazida, serão necessáriasobras de terraplenagem adicionais, compreendendo a implantação de praça de expedição,área de escritório, refeitório e sanitários.

     Assim, tendo em vista que as atividades inerentes à implantação e operação doempreendimento tais como: Decapeamento e remoção de solo, terraplanagem, cortes eaterros, entende-se que o empreendimento contribui para o aumento da erodibilidade dosolo.

    Em issão de s on s e ruído s r esid uais

    Os problemas relacionados à elevação do nível de ruídos na região como consequência daoperação deste empreendimento minerário decorrerão: da utilização de maquinários dedesmonte de minério e da circulação de máquinas pesadas como pá carregadeira ecaminhões.

    Ressalta-se que são mais nocivos à saúde humana aqueles ruídos presentes durantepraticamente todo o período de operação, relacionados ao funcionamento da instalação debritagem e máquinas pesadas, pois no seu conjunto elevam os níveis a patamares próximos

    ao limiar permitido pela legislação, afetando os próprios operários e as vizinhanças. Acrescentam-se aos efeitos sobre o homem as consequências sobre a fauna, que se

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    traduzem sob a forma de afugentamento das espécies que não se adaptam a estascondições.

     Assim este item será considerado de forma positiva na tabela de apuração do grau de

    impacto uma vez que o empreendimento contribui com a emissão de sons e ruídosresiduais.

    2.5 Indicadores Ambientais

     A temporalidade de um empreendimento para fins de Grau de impacto é definida peloDecreto 45.175/2009, como o tempo de persistência dos impactos gerados pelo mesmoempreendimento no meio ambiente.

     Assim os impactos da KM Kalium SA se fazem permanentes, pois alteram a paisagem localtransformando morros em cavas de mineração que quando exauridas se transformarão embancadas e lagos artificiais, sendo este processo irreversível. Assim este Parecer consideraque o Índice de temporalidade do empreendimento longa.

    2.5.2 Índice de Abrangência

    O empreendimento em questão interfere diretamente no decapeamento do solo. Amineradora potencializa o carreamento de finos aos cursos de água existentes, ainda queconte com estruturas de minimização destes impactos. Assim neste aspecto há apossibilidade de influência da bacia doadora sobre a diversidade biológica do ambientereceptor e de mistura de poluentes dos corpos d’água existentes nas bacias receptoras com

    as águas transpostas.

    É pertinente considerar que uma vez que há riscos ambientais aos pequenos cursos deágua os mesmos são transportados em sequencia aos demais rios que compõem a baciatornando a abrangência deste empreendimento regional devido as possíveis consequênciasindiretas que possam ocorrer no conjunto do sistema ambiental.

    3- APLICAÇÃO DO RECURSO

    3.1 Valor da Compensação ambiental

    O valor da compensação ambiental foi apurado considerando o Valor de Referência doempreendimento informado pelo empreendedor e o Grau de Impacto  –  GI (tabela emanexo), nos termos do Decreto 45.175/09 alterado pelo Decreto 45.629/11:

      Valor de referência do empreendimento: R$ 2.800.000,00

      Valor do GI apurado: 0,4450% 

      Valor da Compensação Ambiental (GI x VR): R$ 12.460,00

    3.2 Unidades de Conservação Afetadas

    Considerados um raio de 10 km constatou-se que o empreendimento não afeta unidades deproteção integral e não esta localizado em unidades de conservação de uso sustentável.

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     Assim, tendo em vista que o empreendimento não afeta nenhuma unidade de conservaçãose recomenda destinar 80% dos recursos para regularização fundiária das unidadesestaduais. Conforme previsto no POA/2013.

    3.3 Recomendação de Aplicação do Recurso

    Desse modo, obedecendo à metodologia prevista, bem como as demais diretrizes doPOA/2013, este parecer faz a seguinte recomendação para a destinação dos recursos:

    Valores e distribuição do recurso

    80% dos recursos para regularização fundiária. R$ 9.968,0010% dos recursos para elaboração de Plano de manejo e aquisição de bens eserviços para as UCs de proteção integral do Estado de MG. R$ 1.246,00

    5% dos recursos para Bens e serviços destinados a implementação de açõesde prevenção e combate a incêndios florestais das UCs de proteção Integral doEstado. R$ 623,005% dos recursos para estudos para criação de UCs de proteção integral. R$ 623,00Valor total da compensação: R$ 12.460,00

    Os recursos deverão ser repassados ao IEF em até 04 parcelas, o que deve constar doTermo de Compromisso a ser assinado entre o empreendedor e o órgão. 

    4  – CONTROLE PROCESSUAL

    Trata-se o expediente de processo visando o cumprimento da condicionante decompensação ambiental nº 4, requerida pela empresa KM-Kalium Mineração S.A, fixada nafase de Licença Prévia concomitante com Licença de Instação, certificado nº 001/2013, paraas atividades de Lavra a céu aberto sem tratamento ou com tratamento a seco, minerais nãometálicos exceto em áreas cársticas ou rochas ornamentais e de revestimento; Obras deinfraestrutura; Pilha de rejeito/estéril, visando, assim, compensar ambientalmente osimpactos causados pelo empreendimento/atividade em questão.

    O processo encontra-se formalizado e instruído com a documentação exigida pela PortariaIEF 55/2012.

    O valor de referência do empreendimento foi apresentado sob a forma de planilha, vez queo empreendimento foi implantado após 19/07/2000 e está devidamente assinada porprofissional legalmente habilitado, competente, acompanhada da certidão de regularidadede seus elaboradores, em conformidade com o Art. 11, §1º do Decreto Estadual45.175/2009 alterado pelo Decreto 45.629/2011:

    §1º O valor de Referência do empreendimento deverá ser informado porprofissional legalmente habilitado e estará sujeito a revisão, por parte doórgão competente, impondo-se ao profissional responsável e aoempreendedor as sanções administrativas, civis e penais, nos termos daLei, pela falsidade da informação.

     Assim, por ser o valor de referência um ato declaratório, a responsabilidade pela veracidadedo valor informado é do empreendedor, sob pena de, em caso de falsidade, submeter-se àssanções civis, penais e administrativas, não apenas pela prática do crime de falsidade

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    ideológica, como também, pelo descumprimento da condicionante de natureza ambiental,submetendo-se às sanções da Lei 9.605/98, Lei dos Crimes Ambientais.

    Mister frisar que o empreendedor foi questionado pelo técnico quanto aos valoresapresentados, conforme Ofício N.: 277/2013/IEF/DIAP/GCA, sendo oportunizado ao mesmoa possibilidade de ratificação ou retificação da planilha.

    No processo, o empreendedor sugeriu que em face da inexistência de UC na região domunicípio de Serra da Saudade que a GCA apresentasse áreas críticas, carentes derecursos para que a empresa aplicasse os recursos advindos da compensação ambiental.Entretanto, afirmamos que a sugestão de aplicação dos recursos financeiros a serem pagospelo empreendedor a título de compensação ambiental neste Parecer estão emconformidade com a legislação vigente, bem com, com as diretrizes estabelecidas peloPlano Operativo Anual – POA/2013.

    Isto posto, a destinação dos recursos sugerida pelos técnicos neste Parecer atende as

    normas legais vigentes e as diretrizes do POA/2013, não restando óbices legais para que omesmo seja aprovado.

    5 - CONCLUSÃO

    Considerando a análise e descrição técnicas empreendidas,

    Considerando a inexistência de óbices jurídicos para a aplicação dos recursos provenientesda compensação ambiental a ser paga pelo empreendedor, nos moldes detalhados nesteParecer,

    Infere-se que o presente processo encontra-se apto à análise e deliberação da Câmara de

    Proteção à Biodiversidade e áreas protegidas do COPAM, nos termos do Art. 18, inc. IX doDecreto Estadual 44.667/2007.

    Ressalta-se, finalmente, que o cumprimento da compensação ambiental não exclui aobrigação do empreendedor de atender às demais condicionantes definidas no âmbito doprocesso de licenciamento ambiental.

    Este é o parecer. Smj.

    Belo Horizonte, 10 de julho de 2013.

    Paulo Sérgio Cardoso Vale Antônio Leonardo da SilvaMASP - 1021300-7 Assistente Ambiental

    CRC/MG 093710/0-2

    Carla Adriana Amado da SilvaOAB-MG 122.660

    De acordo:

    Samuel Andrade Neves CostaGerente da Compensação AmbientalOAB/MG 117.572 MASP: 1.267.444-6

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    Tabela de Grau de Impacto - GI

    Nome do Empreendimento Nº Pocesso COPAM

    KM KALIUM AS 22950/2010/001/2011

    Índices de Relevância

    ValoraçãoFixada

    ValoraçãoAplicada

    Índices de Relevância

    Ocorrência de espécies ameaçadas de extinção, raras,endêmicas, novas e vulneráveis e/ou interferência em áreasde reprodução, de pousio ou distúrbios de rotas migratórias 0,0750

    0,0750 x

    Introdução ou facilitação de espécies alóctones (invasoras) 0,0100 0,0100 X

    Interferência /supressão devegetação, acarretando

    fragmentação

    ecossistemas especialmenteprotegidos (Lei 14.309) 0,0500

    0,0500 X

    outros biomas 0,0450 0,0450 X

    Interferência em cavernas, abrigos ou fenômenos cársticos e

    sítios paleontológicos 0,0250Interferência em unidades de conservação de proteçãointegral, sua zona de amortecimento, observada a legislaçãoaplicável. 0,1000

    Interferência em áreasprioritárias para aconservação, conforme‘Biodiversidade em MinasGerais  –  Um Atlas para suaConservação

    Importância BiológicaEspecial 0,0500

    Importância Biológica Extrema 0,0450Importância Biológica Muito Alta 0,0400

    Importância Biológica Alta 0,0350 Alteração da qualidade físico-química da água, do solo ou doar 0,0250

    0,0250 x

    Rebaixamento ou soerguimento de aquíferos ou águas

    superficiais 0,0250

    0,0250 x

    Transformação ambiente lótico em lêntico 0,0450

    Interferência em paisagens notáveis 0,0300Emissão de gases que contribuem efeito estufa 0,0250 0,0250 x

     Aumento da erodibilidade do solo 0,0300 0,0300 x

    Emissão de sons e ruídos residuais 0,0100 0,0100 x

    Somatório Relevância 0,6650 0,2950

    Indicadores Ambientais

    Índice de temporalidade (vida útil do empreendimento)

    Duração Imediata – 0 a 5 anos 0,0500Duração Curta - > 5 a 10 anos 0,0650

    Duração Média - >10 a 20 anos 0,0850Duração Longa - >20 anos 0,1000 0,1000 x

    Total Índic e de Tempo ralidade 0,3000 0,1000

    Índice de Abrangência

     Área de Interferência Direta do empreendimento 0,0300

     Área de Interferência Indireta do empreendimento 0,0500 0,0500 x

    Tota l Índ ice de Ab rangênc ia 0,0800 0,0500

    Somatório FR+(FT+FA) 0,4450

    Valor do grau d o Impac to a ser uti l izado n o cálculo daco mpensação

    0,4450%

    Valor de Referencia do Empreendimento R$ 2.800.000,00

    Valor da Compensação Ambiental R$ 12.460,00