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DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 1 // N 52 // 0,70 [IVA INCLUÍDO] semanário regional // ÀS SEXTAS // 2007.03.30 pub. Sol de Serpa produz energia Investimento. Maior central solar do mundo já está a produzir electricidade A cerimónia de inauguração da Central Solar Fotovoltaica de Serpa, no local da unidade, situada perto da freguesia de Brinches, con- tou com a presença do ministro da Econo- mia, Manuel Pinho, e de administradores das empresas envolvidas no projecto. Piero dal Maso, da Catavento, empresa portuguesa de energias renováveis que de- senvolveu e gere o projecto, confirmou que a central entrou em pleno funcionamento na quarta-feira, 28, apesar de já estar a fun- cionar de forma experimental desde Janeiro. “Desde 21 de Janeiro que estamos a produzir energia para a rede eléctrica nacional, mas de forma experimental para testar e optimi- zar o desempenho dos equipamen- tos”, precisou, explicando que a electricidade está a ser injectada na linha de média tensão que abastece os concelhos de Beja, Moura e Serpa. “A inauguração da central representa o culminar de anos de esforços administra- tivos e regulamentares na nossa estratégia de implementar um grande projecto solar em Portugal” referiu Piero Dal Maso, esperando que a central “demonstre que a energia so- lar fotovoltaica é uma promissora fonte de energia alternativa, que deveria estar livre de bloqueios”. Esta é a primeira grande unidade na Mar- gem Esquerda, onde vai nascer uma outra central, bastante maior, no concelho de Moura. P. 03 | BAIXO ALENTEJO A maior central solar do mundo foi inaugurada quarta-feira no concelho de Serpa, num investimento de 61 milhões de euros que irá permitir produzir energia “limpa” para a rede eléctrica nacional nos próximos 15 anos. Alentejo é uma só região O ano de 2007 marca o arranque do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), o novo quadro comunitário de apoio (QCA). Nesse âm- bito, e até 2013, o Programa Operacional Regional do Alentejo (PORA) vai receber cerca de 1,5 mil milhões de euros para conseguir diminuir as de- sigualdades sociais e travar o fenómeno da desertificação na região. Em entrevista ao “Correio Alentejo”, a presidente da Comissão de Coorde- nação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, Maria Leal Monteiro, revela os caminhos a seguir pela região para melhor apro- veitar esta “última oportunidade”. P. 04 E 05 | GRANDE ENTREVISTA pub. 284 602 175 ALJUSTREL Baixo Alentejo Freguesias em risco de extição querem garantias Os presidentes das Juntas de Freguesia que estão em risco de ser extintas no distrito de Beja continuam preocupados com a falta de uma resposta do Governo que afaste esse cenário. Apesar de o governador civil de Beja, Manuel Monge, ter informado os autarcas que as referidas freguesias “não vão ser extintas”, o clima de inquietação permanece. Em causa está a extinção de 10 freguesias do distrito de Beja, tal como adiantou em primeira-mão o “CA” no passado mês de Dezembro: Mombeja, Quintos, S. Brissos e Trindade (todas do concelho de Beja); Conceição do Alentejo e Santa Luzia (ambas do concelho de Ou- rique); S. Pedro de Sólis e S. Sebastião dos Carros (as duas do concelho de Mértola); Pereiras-Gare (Odemira) e Casével (Castro Verde). P. 02 | BAIXO ALENTEJO ENTREVISTA COM A PRESIDENTE DA CCDR DO ALENTEJO

IVA INCLUÍDO] Sol de Serpa produz energiacorreioalentejo.com/jornal_em_pdf/N052_20070330.pdf · nua no “segredo dos deuses”, mas até ao início do Verão o Governo deverá apresentar

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DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 1 // N 52 // € 0,70 [IVA INCLUÍDO]semanário regional // ÀS SEXTAS // 2007.03.30

pub.

Sol de Serpa produz energia

Investimento. Maior central solar do mundo já está a produzir electricidade

A cerimónia de inauguração da Central Solar Fotovoltaica de Serpa, no local da unidade, situada perto da freguesia de Brinches, con-tou com a presença do ministro da Econo-mia, Manuel Pinho, e de administradores das empresas envolvidas no projecto.

Piero dal Maso, da Catavento, empresa portuguesa de energias renováveis que de-

senvolveu e gere o projecto, confi rmou que a central entrou em pleno funcionamento na quarta-feira, 28, apesar de já estar a fun-cionar de forma experimental desde Janeiro. “Desde 21 de Janeiro que estamos a produzir energia para a rede eléctrica nacional, mas de forma experimental para testar e optimi-zar o desempenho dos equipamen-

tos”, precisou, explicando que a electricidade está a ser injectada na linha de média tensão que abastece os concelhos de Beja, Moura e Serpa. “A inauguração da central representa o culminar de anos de esforços administra-tivos e regulamentares na nossa estratégia de implementar um grande projecto solar em Portugal” referiu Piero Dal Maso, esperando

que a central “demonstre que a energia so-lar fotovoltaica é uma promissora fonte de energia alternativa, que deveria estar livre de bloqueios”.

Esta é a primeira grande unidade na Mar-gem Esquerda, onde vai nascer uma outra central, bastante maior, no concelho de Moura. P. 03 | BAIXO ALENTEJO

A maior central solar do mundo foi inaugurada quarta-feira no concelho de Serpa, num investimento de 61 milhões de euros que irá permitir produzir energia “limpa” para a rede eléctrica nacional nos próximos 15 anos.

Alentejo é uma só regiãoO ano de 2007 marca o arranque do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), o novo quadro comunitário de apoio (QCA). Nesse âm-bito, e até 2013, o Programa Operacional Regional do Alentejo (PORA) vai receber cerca de 1,5 mil milhões de euros para conseguir diminuir as de-

sigualdades sociais e travar o fenómeno da desertifi cação na região. Em entrevista ao “Correio Alentejo”, a presidente da Comissão de Coorde-nação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, Maria Leal Monteiro, revela os caminhos a seguir pela região para melhor apro-

veitar esta “última oportunidade”.P. 04 E 05 | GRANDE ENTREVISTA

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Baixo Alentejo

Freguesias em risco de extição querem garantiasOs presidentes das Juntas de Freguesia que estão em risco de ser extintas no distrito de Beja continuam preocupados com a falta de uma resposta do Governo que afaste esse cenário. Apesar de o governador civil de Beja, Manuel Monge, ter informado os autarcas que as referidas freguesias “não vão ser extintas”, o clima de inquietação permanece. Em causa está a extinção de 10 freguesias do distrito de Beja, tal como adiantou em primeira-mão o “CA” no passado mês de Dezembro: Mombeja, Quintos, S. Brissos e Trindade (todas do concelho de Beja); Conceição do Alentejo e Santa Luzia (ambas do concelho de Ou-rique); S. Pedro de Sólis e S. Sebastião dos Carros (as duas do concelho de Mértola); Pereiras-Gare (Odemira) e Casével (Castro Verde). P. 02 | BAIXO ALENTEJO

ENTREVISTA COM A PRESIDENTE DA CCDR DO ALENTEJO

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02 REGIÃO BAIXO ALENTEJOsexta-feira2007.03.30

SEMANA ACADÉMICA TERMINOU A Semana Académica de Beja termi-

nou quinta-feira, com o tradicional desfi le de alunos pelas ruas da cidade e, à noite, com a música dos Balla, Terrakota e No DJ’s Antena 3.

As Juntas “não vão descansar enquanto não tiverem uma garantia do Governo a afastar o cenário de extinção das fregue-sias”.

Ângelo NobrePresidente da Junta de Freguesia de Conceição

ÁGUAS DO ALENTEJO SUL AVANÇA A Amalga reúne esta sexta-feira, 30,

para formalizar a constituição da empresa Águas do Alentejo Sul, que irá gerir o fornecimento de água aos mu-nicípios subscritores do capital social.

ALJUSTREL • ALMODÔVAR • ALVITO • BARRANCOS • BEJA • CASTRO VERDE • CUBA • FERREIRA DO ALENTEJO • MÉRTOLA • MOURA • ODEMIRA • OURIQUE • SERPA • VIDIGUEIRA

Reforma. Autarcas querem garantia escrita do Governo a atestar a continuidade das freguesias

Freguesias não queremser extintas

Dez freguesias correm o risco de ser extintas no distrito de Beja. Autarcas querem garantia do Governo de que essa medida não vai ser tomada e já organizaram abaixo-assinado.

O s presidentes das Juntas de Freguesia que estão em ris-co de ser extintas no distri-

to de Beja continuam preocupados com a falta de uma resposta do Go-verno que afaste esse cenário. Ape-sar de o governador civil de Beja, Manuel Monge, ter informado os autarcas que as referidas fregue-sias “não vão ser extintas”, o clima de inquietação permanece.

Em causa está a extinção de 10 freguesias do distrito de Beja, tal como adiantou em primeira-mão o “CA” no passado mês de Dezem-bro: Mombeja, Quintos, S. Brissos e Trindade (todas do concelho de Beja); Conceição do Alentejo e Santa Luzia (ambas do concelho de Ourique); S. Pedro de Sólis e S. Sebastião dos Carros (as duas do concelho de Mértola); Pereiras-Gare (Odemira) e Casével (Castro Verde).

A reforma das freguesias conti-

nua no “segredo dos deuses”, mas até ao início do Verão o Governo deverá apresentar os contornos da proposta. Inquietos com os cená-rios vindos a público, os autarcas já realizaram várias reuniões e prepa-ram-se para um novo encontro, a 4 de Maio, em Mombeja. Até agora já organizaram reuniões no Governo Civil de Beja e nas freguesias de Conceição do Alentejo, Trindade e Casével.

Ângelo Nobre, presidente da Junta de Freguesia da Conceição, adiantou em declarações ao “CA” que os presidentes desta juntas “não vão descansar enquanto não tiverem uma garantia do Governo a afastar o cenário de extinção das freguesias”.

“Apesar da garantia dada pelo governador civil, queremos que haja um documento escrito emi-tido pelo Governo a dizer-nos for-malmente que as freguesias não vão ser extintas”, afi rma.

Neste enquadramento, o grupo de freguesias em risco promoveu um abaixo-assinado entre a popu-lação das diversas localidades. Os documentos já foram endereçados para o Governo Civil de Beja e para os diferentes grupos parlamentares na Assembleia da República.

Empenhos diferentes. Ângelo Nobre lamenta que haja autarcas das freguesias em risco que não estão empenhadas na luta contra a extinção. A principal crítica do eleito socialista de Conceição do Alentejo vai para a “completa au-sência” dos presidentes das Juntas de Freguesia de S. Pedro de Sólis e S. Sebastião dos Carros, ambas no concelho de Mértola.

Outra freguesia ausente é Pe-reiras-Gare (Odemira), mas neste caso Ângelo Nobre alega que os seus eleitos “sempre fi zeram sentir a sua completa solidariedade com as posições das restantes fregue-sias”.

Sem se deter, o jovem autarca destaca também o apoio “incondi-cional” dos presidentes das Câma-ras Municipais de Castro Verde e Ourique, Fernando Caeiros e Pedro do Carmo. Mas lamenta o “silên-cio” do presidente da Câmara de Mértola, Jorge Pulido Valente.

Noémia Ramos é a nova coman-dante dos Bombeiros Voluntários de Vidigueira (BVV). A proposta partiu da direcção e foi aceite pelo Centro Distrital de Operações de Socorro de Beja. Em comunica-do, a direcção dos BVV sublinha a “peculiaridade” de uma mulher liderar num sector “tradicional-mente masculino”. Uma situa-ção, acrescentam, que se deve a uma “aposta na diferença” e que “constitui um contributo para a igualdade de género, em prol de uma maior cidadania e de reforço de uma democracia activa”. Noé-mia Ramos é licenciada na área das Ciências Sociais e Humanas e conta com uma larga experiência de liderança e coordenação de equipas, em diferentes sectores de actividade.

Vidigueira

Mulher comandabombeiros

As Festas de Abril no concelho de Odemira já são um marco nas comemo-rações da Revolução dos Cravos. Este ano, a tradição cumpre-se mais uma vez, celebrando-se a liberdade e a democracia através de iniciativas que se multiplicam um pouco por todo o concelho. Nas noites fortes das come-morações de Abril, Odemira será palco para espectáculos com Primitive Reason, Boss AC e A Naifa.

À semelhança de anos anteriores, o Município de Odemira voltou a con-vidar as diversas entidades do concelho para participarem nas comemo-rações, promovendo actividades nas respectivas localidades. O objectivo é levar a festa a todo o concelho. Estarão envolvidas cerca de 60 entidades, entre as quais Juntas de Freguesia, grupos desportivos e recreativos, asso-ciações de desenvolvimento e de solidariedade social e escolas. A noite de 24 começa com os Primitive Reason, uma banda com um estilo e espírito muito próprios, que sobe ao palco principal pelas 22h00. Depois do con-certo, será cumprida a tradição com o hastear da bandeira, à meia-noite, no edifício dos Paços do Concelho. Segue-se, o festival pirómusical. Boss AC sobe ao palco pelas 00h30.

O Festival de Folclore irá preencher a tarde de 25, com a participação do Grupo Folclórico S. Mamede de Canelas (Penafi el), Rancho Folclórico do Bairro de Santarém, o Rancho Folclórico de Vila Nova de Milfontes e o Gru-po Etnográfi co de Danças e Cantares do Minho. A noite de 25 será animada pelo “neo-fado” dos A Naifa.

Odemira

Primitive Reason e Boss ACnas comemorações do 25 de Abril

Comprar bilhete mais cedo para a Ovibeja sai mais barato. Até 15 de Abril o livre-trânsito para os nove dias da feira pode ser adquirido com um desconto que, segundo a organização, ronda os 35%. Com o livre-trânsito, que é pessoal e intransmissível, os visitantes po-dem entrar e sair da Ovibeja as ve-zes que quiserem, apenas por 20 euros. Depois do dia 15 de Abril, e durante a realização da feira, o livre-trânsito custam 30 euros. Durante a Ovibeja, o bilhete diário com acesso a todas as actividades, nomeadamente os espectáculos, será de quatro euros. E haverá um bilhete de grupo (quatro pessoas) no valor de 12 euros. A aquisição do livre-trânsito pode ser feita no secretariado da Ovibeja, a funcio-nar no Parque de Feiras.

Beja

Bilhetes à vendapara a Ovibeja

Os músicos Luís Represas e João Gil são os grandes cabeças-de- -cartaz da 17ª edição da Quinzena Cultural “Primavera no Campo Branco”, iniciativa promovida no concelho de Castro Verde pela autarquia local entre 20 de Abril e 6 de Maio. A dupla Luís Represas e João Gil vai actuar em Castro Verde a 6 de Maio, no espectácu-lo que assinala o encerramento da iniciativa. A 17ª “Primavera no Campo Branco” arranca a 20 de Abril com um concerto de evoca-ção dos 30 anos de Poder Local pela Orquestra do Algarve. Até 6 de Maio, o concelho de Castro Verde vai ser palco de inúmeras actividades culturais, que vão da música ao cinema, passando pelo teatro, pela literatura, pelas artes circenses ou pelo desporto.

Castro Verde

Represas e Gilna Primavera

As freguesias

São 10 as freguesias em risco no distrito de Beja: Mombeja, Quintos, S. Brissos, Trindade, Conceição do Alen-tejo, Santa Luzia, S. Pedro de Sólis, S. Sebastião dos Carros, Pereiras-Gare e Casével.

Autarca de Conceição do Alentejo dá voz ao descontentamento

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REGIÃO BAIXO ALENTEJO sexta-feira2007.03.3003

Investimento. Ministro da Economia inaugurou quarta-feira, 28 a maior central solar do mundo

Sol de Serpa produz energia

A maior central solar do mundo foi inaugura-da quarta-feira no concelho de Serpa, num inves-timento de 61 milhões de euros que irá permitir produzir energia “limpa” para a rede eléctrica nacional nos próximos 15 anos.

A cerimónia de inauguração da Central Solar Fotovoltaica de Ser-pa, no local da unidade, situada perto da freguesia de Brinches, contou com a presença do minis-tro da Economia, Manuel Pinho, e de administradores das empresas envolvidas no projecto.

Piero dal Maso, da Catavento, empresa portuguesa de energias renováveis que desenvolveu e gere o projecto, confi rmou que a cen-tral entrou em pleno funciona-mento na quarta-feira, 28, apesar de já estar a funcionar de forma experimental desde Janeiro.

“Desde 21 de Janeiro que esta-

mos a produzir energia para a rede eléctrica nacional, mas de forma experimental para testar e opti-mizar o desempenho dos equipa-mentos”, precisou, explicando que a electricidade está a ser injectada na linha de média tensão que abas-tece os concelhos de Beja, Moura e Serpa.

“A inauguração da central re-presenta o culminar de anos de esforços administrativos e regu-lamentares na nossa estratégia de implementar um grande projecto solar em Portugal” referiu Piero Dal Maso, esperando que a central “demonstre que a energia solar fo-

tovoltaica é uma promissora fonte de energia alternativa, que deveria estar livre de bloqueios”.

Localizada numa área de 60 hec-tares, dos quais 32 estão cobertos por 52 mil painéis fotovoltaicos, a Central Solar Fotovoltaica de Serpa é a maior do mundo, dispondo de uma capacidade instalada de 11 megawatts, quase o dobro do que a actual maior central situada na Alemanha.

Sem custos de combustíveis ou emissões, a central vai produzir 20 gigawats/hora de energia por ano que, segundo Piero dal Maso, será sufi ciente para alimentar oito mil habitações e poupar mais de 30 mil toneladas em emissões de gases de efeito de estufa em comparação com uma produção equivalente a partir de combustíveis fósseis.

Com base numa tarifa de 0,31 euros por kilowatt/hora, Piero dal Maso acrescentou que a central irá vender energia à rede eléctrica na-

A distrital de Beja do PSD acu-sou esta semana o Governo de “abandonar completamente” o interior do país e de não promo-ver a “discriminação positiva” dos projectos estruturantes da região, como o aeroporto de Beja. “Ba-sicamente, nestes dois anos de governação do PS, está tudo mal e o distrito de Beja não escapa in-cólume. A discriminação positiva para o interior do país não passa de uma miragem”, disse Amílcar Mourão, presidente da distrital social-democrata.

O dirigente social-democrata falava à margem de uma con-ferência de imprensa, realizada em Beja, na qual participou o se-cretário-geral do partido, Miguel Macedo.

Procupado quanto à “falta de medidas que combatam a deser-tifi cação e promovam o desen-volvimento sustentado” do país, Amílcar Mourão acusou mesmo o executivo socialista de estar a “abandonar” as zonas do inte-rior, como é o caso de Beja. “Para haver uma política de atracção de investimento para o interior, é preciso que, aí, existam infra- -estruturas e o que verifi cámos é que não há qualquer discrimina-ção positiva nessa área”, disse.

Mesmo o Quadro de Referên-cia Estratégico Nacional (QREN), que vigora a partir deste ano e até 2013, “não vai trazer nada de especial para apoiar o investi-mento no interior”, sublinhou. “O Governo só quer é fechar escolas, maternidades, urgências. Qual-quer dia, fecha o país”, sustentou o dirigente social-democrata.

Relativamente aos projectos estruturantes da região, como o aeroporto de Beja, cuja primeira pedra, em fi nal de Janeiro, foi lan-çada numa cerimónia presidida pelo primeiro-ministro, Amílcar Mourão também foi crítico, ao analisar a governação socialista.

“Sócrates lançou a primeira pedra, ao fi m de dois anos do projecto estar parado, mas, de-pois disso, não apareceram as se-gunda e terceira pedras. Está tudo na mesma e a próxima pedra será a lápide, para encerrar defi nitiva-mente o projecto”, argumentou.

Também o projecto do Itine-rário Principal 8 (IP-8), que vai servir para ligar Sines a Beja e à fronteira com Espanha, “está pa-rado”. “E o Governo ainda não es-clareceu se, afi nal, o percurso vai parar em Beja ou se vai mesmo até à fronteira”, afi rmou o presi-dente da distrital do PSD.

Mesmo no caso do Alqueva, acentuou, “a promessa de anteci-par em dez anos a conclusão do projecto [de 2025 para 2015] já ti-nha sido preparada pelo anterior Governo [do PSD]”.

“Este Governo só está a prosse-guir, no que respeita ao Alqueva, o que o PSD já tinha programado. É pena é que não faça o mesmo relativamente ao aeroporto e ao IP-8, que estavam já em condi-ções de arrancar a sério e, agora, estão parados”, disse.

Beja

PSD prevêfuturo negrono aeroporto

cional nos próximos 15 anos, con-tribuindo, desta forma, para “re-forçar o compromisso de Portugal em apostar em energias renováveis limpas e fi áveis, como a solar”.

Com um investimento total de 61 milhões de euros, a central en-volveu cerca de 200 trabalhadores durante a construção, que decor-reu entre Junho e o fi nal de 2006, e vai criar cinco postos de trabalho permanentes.

Além da Catavento, a central en-volve também a General Electrics (GE), fi nanciadora do projecto e proprietária da central, e a Powerli-ght, empresa fornecedora mundial de sistemas de energia solar que vai operar e manter a central.

A central solar de Serpa, a pri-meira grande instalação do género a entrar em produção em Portugal, será a maior do mundo até à efec-tiva entrada em funcionamento da central fotovoltaica projectada para o concelho vizinho de Moura.

O ministro da Economia, Manuel Pinho, apontou a central solar de Serpa como um “passo importante” para Portugal, que já está na “linha da frente” do renovável, atingir as metas traçadas nesse campo. “Es-tamos na linha da frente, na União Europeia e mesmo a nível mundial, no que diz respeito às energias re-nováveis”, afi rmou Manuel Pinho, salientando que o objectivo de Por-

“Um passo importante”, diz Pinhotugal nessa área é “um dos três mais ambiciosos” a nível comunitário.

Segundo disse o ministro na ceri-mónia de inauguração da central, as metas portuguesas implicam que, em 2020, “45% da energia nacional” tenha que ser produzida a partir de renováveis, como “a água, o ven-to, o sol e a biomassa”. Elogiando a infra-estrutura fotovoltaica que foi instalada na zona de Brinches, o go-

vernante considerou que o projecto resulta da “capacidade de execução dos empresários nacionais e inter-nacionais” que estão a “olhar, de forma muito positiva, para tudo o que está a ser feito” na área das re-nováveis em Portugal.

Manuel Pinho salientou que o “entusiasmo” pelas fontes de ener-gia limpa é “tão grande”, que o Go-verno “já aumentou” os objectivos

relativamente à produção de ener-gia solar (de 150 para 200 megawat-ts) e de biocombustíveis (de cinco para dez por cento). De acordo com Manuel Pinho, Portugal tem que “reduzir a sua dependência energé-tica”, mas, ao mesmo tempo, o país enfrenta o “grande desafi o das al-terações climáticas, causadas pelas emissões excessivas de dióxido de carbono (CO2)”.

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sexta-feira2007.03.30 04 GRANDE ENTREVISTA

MARIA LEAL MONTEIRO

O Alentejo vai receber 1,5 mil milhões de euros no âmbito do novo quadro de apoio comunitário. A presidente da CCDR do Alentejo espera que a região aproveite da melhor forma esta “última oportunidade”. E não admite divisões regionais.

NOME: Maria Leal Monteiro

FORMAÇÃO: Licenciada em Geografi a pela Universidade Clássica de Lisboa; pós-graduação

em Planeamento Regional e Urbano na Universidade Técnica de Lisboa

CARGO: Presidente da CCDR do Alentejo desde Setembro de 2005

O ano de 2007 marca o arranque do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), o novo quadro comunitário de apoio (QCA). Nesse âmbito, e até 2013, o Programa Ope-racional Regional do Alentejo (PORA) vai re-ceber cerca de 1,5 mil milhões de euros para conseguir diminuir as desigualdades sociais e travar o fenómeno da desertifi cação na re-gião. Em entrevista ao “Correio Alentejo”, a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alen-tejo, Maria Leal Monteiro, revela os caminhos a seguir pela região para melhor aproveitar esta “última oportunidade”.

É opinião corrente que o próximo QCA é a última grande oportunidade para o Alentejo se desenvolver. Partilha esta ideia?Nunca há últimas oportunidades. Temos sempre oportunidade de melhorar os nossos desempenhos, desde que o queiramos. Mas objectivamente, esta é a última oportunidade em termos de apoios fi nanceiros comunitá-rios, porque não se prevê que depois de 2013 haja mais quadros de apoio com a dimensão que estes têm tido. E esperamos com muita veemência atingir [em 2013] patamares de desenvolvimento que nos permitam ter um Produto Interno Bruto (PIB) que nos aproxi-me mais da média europeia. Vários relatórios indicam que a região não aproveitou totalmente os fundos dos anterio-res QCA. Que terá agora de ser diferente no aproveitamento do QREN?Disse bem: “totalmente”. Porque o Alentejo aproveitou [esses fundos] em domínios tam-bém muito importantes, como são os da co-esão social. Conseguimos atingir patamares de desenvolvimento social importantes e de fruição de equipamentos que não seria possí-vel sem o apoio deste quadro e sem o investi-mento maciço que houve durante este perío-do. Já não tivemos a mesma performance no que diz respeito ao desenvolvimento econó-mico e à competitividade. Aí nota-se que só o eixo do Alentejo Central é que conseguiu ter um desenvolvimento maior.

E porquê?Porque o Alentejo Central tem uma posição privilegiada no contexto das regiões mais de-senvolvidas. A zona de Lisboa e Vale do Tejo tem aqui um eixo privilegiado de contacto com a Europa. Automaticamente, aparecem empresas que têm interesse e vantagens em localizar-se neste eixo, criando emprego na sub-região. No próximo quadro vamos in-crementar outras linhas de contacto. A região necessita, por ter uma população de pequena dimensão, de se abrir ao exterior, não só para captar investimento como também para cap-tar residentes e pessoas que venham desen-volver a sua actividade na região. Com os pro-jectos nacionais que já estão elencados para a região, por um lado, e com as complementa-ridades que possamos fazer com o PORA, por

CARLOS PINTO JOSÉ TOMÉ MÁXIMO

“Alentejo é uma só região”

outro lado, abre-se-nos uma oportunidade para a qual a região já tem conhecimento e está expectante e apetente para isso, que são os grandes eixos como o TGV e as plataformas logísticas. Isto potencia, em termos territo-riais, esta grande vantagem que a região tem de ligação, por um lado, ao mar, e, por outro lado, a toda a Europa.

Fazer do Alentejo uma plataforma logística e de ligação entre Portugal e Espanha é exequí-vel?Temos de ter dimensão e conseguir desen-volver projectos e programas que integrem toda a região e que consigam cooperar para dar [à região] aquela dimensão que lhe per-mita competir a nível europeu. Este QCA pro-cura muito estimular os instrumentos e as

O que é o QREN?O Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) vai vigorar entre este ano e 2013, prevendo para a região, no âmbito do Programa Operacional Regional do Alentejo (PORA), um montante global de cerca de 1,5 mil milhões de euros. Destes, cerca de 869 milhões são verbas comunitárias e 591 milhões são fi nanciamento nacional. Neste en-quadramento, o PORA vai assentar a sua actuação em cinco eixos, com destaque para a competitividade, inovação e conhecimento, que vai captar cerca de um terço (553 mi-lhões de euros) das verbas disponíveis. Conectividade e articulação territorial (com 287 milhões), desenvolvimento urbano (248 milhões), qualifi cação ambiental e valorização do espaço rural (220 milhões) e governação e capacitação institucional (152 milhões) são os restantes eixos do PORA. A CCDR do Alentejo acredita que, com esta actuação, vai ser possível “fortalecer a base económica” da região, criando mais emprego e riqueza para que os distritos de Beja, Évora, Portalegre e Santarém – os 11 concelhos da Lezíria do Tejo integram agora esta NUTT – possam convergir com as médias nacional e comunitária.

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GRANDE ENTREVISTA sexta-feira2007.03.3005

Uma das apostas deste QREN é a afi rmação dos principais centros urbanos da região. Beja, Évora, Portalegre, Santarém e Sines vão ser os grandes centros do Alentejo?Espero bem que sim. E há mais centros com cerca de 10 mil habitantes que podem comple-tar a malha. Temos que ter uma malha territo-rialmente organizada, que permita a satisfa-ção das necessidades das populações. É muito importante termos uma rede de cidades mais competitivas no contexto nacional, peninsular e depois europeu. Temos efectivamente de au-mentar o nosso tecido urbano.

Na apresentação do PORA, a afi rmação de cada centro urbano corresponde ao desenvolvimento de um cluster. O de Beja será o aeronáutico?Aeronáutico, não só em termos de produção como de transporte. O aeroporto [de Beja] pode permitir economias de contexto para as próprias empresas localizadas perto da infraes-trutura. E para o próprio turismo. Se tivermos estes empreendimentos turísticos, pode ser muito mais fácil o acesso através do aeroporto de Beja e toda a região tem apetência não só para os grandes empreendimentos turísticos, como também para uma malha interessantís-sima de turismo em espaço rural e turismo de natureza. Alqueva é o “projecto-charneira” para o de-

Alqueva deve ter aproveitamento turístico

actividades, dar maiores possibilidades para que esta linha de desenvolvimento se possa instalar na região e se consiga dar o salto. A sustentabilidade dos projectos passa pela sustentabilidade ambiental e económica. Aquilo que temos de fazer são projectos que criem emprego e criem riqueza. Isto não é fácil, sobretudo na nossa região, em que te-mos uma população muito envelhecida. Mas também sabemos que os jovens que estudam nos estabelecimentos de ensino superior da região gostariam de fi car aqui a trabalhar e a desenvolver a sua actividade. Não se gerou foi a dinâmica económica que nos permita fazer isso. É aqui que temos de tentar actuar. É aqui que o QREN entra. Em 2013 espera-se que a região já tenha um nível populacional e de desenvolvimento das nossas cidades e tecido empresarial que pernita auferir dum PIB que nos permita ter o nível de vida que todos am-bicionamos.

Há autarcas no Baixo Alentejo que criticam o planeamento deste QREN, por não levar em linha de conta a especifi cidade desta sub-re-gião, o que poderá causar difi culdades até no aproveitamento dos fundos…Há uma norma na nossa casa que é da haver apenas um Alentejo. Não acredito que haja um bom desenvolvimento duma sub-região se não houver do conjunto. Nós temos uma região, não quatro ou cinco. O Alentejo é uma só região. Há casos extraordinários de como tem sido importante a marca “Alentejo”. Por-tanto, não partamos a nossa marca. Temos muito mais chances com uma “marca Alen-tejo”, que se consiga impor em todo o lado, do que se começarmos a partir [essa marca]. O QREN obriga a região a ter de dar um salto qualitativo. O Alentejo está preparado para essas exigências?Acho que sim. Temos de ter maior capaci-dade, maior produtividade, maior interesse pela inovação, pela competitividade no mun-do global. Hoje em dia já não podemos viver isoladamente. As economias não se desen-volvem assim. Exige esforço, mas acho que a região está preparada se souber aproveitar bem – e há condições para isso – todo o apoio ao desenvolvimento do potencial humano. Depois, temos de atrair pessoas, apesar da preocupação que isso levanta em muita gen-te. Não é por ter mais população e empreen-dimentos que vamos estragar o Alentejo. O Alentejo nunca se estragará se tudo aquilo que for implementado tiver preocupações de sustentabilidade ambiental. Isso é uma pre-ocupação dominante a nível regional e dos programas operacionais regionais. É uma preocupação que convêm desmistifi car: tudo aquilo que venha a ser aprovado e possa ser feito [na região] tem sempre essa preocupa-ção [ambiental]. E a nossa população preci-sa de muito mais população. Para isso temos de criar empregos e gerar riqueza. Para que as pessoas, nomeadamente as mais jovens e com capacidade empresarial, se sintam atraídas para viver no Alentejo.

Balanço positivoMaria Leal Monteiro mudou-se da vereação na Câmara de Alter do Chão para a presidência da CCDR do Alentejo em Setembro de 2005. Deste período de 19 meses, esta licenciada em Geografi a faz um balanço positivo, até por ter encontrado uma “casa” e uma “equipa” com “know how” e “interesse naquilo que faz”. “Procuramos que nesta casa a cooperação e a colaboração seja cada vez mais rica e mais forte”, sublinha.Ainda assim, a presidente da CCDR do Alentejo admite que nem sem-pre é possível à instituição ser mais efi cientes e rápida nas respostas às inúmeras solicitações com que se depara, o que acaba por motivar muitas críticas por parte de autarcas e investidores. Demoras que Maria Leal Monteiro justifi ca com a imensa “legislação territorial e ambien-tal” existente, que exige o “moroso” cumprimento de todos os enquadramentos legais e por vezes obriga a dizer que “não”.“Por um lado, temos de dizer ‘não’ se a legislação não o per-mitir. Por outro lado, temos de tentar articular todas as enti-dades intervenientes e procurar descobrir caminhos para as situações mais complicadas quando nos é apresentado um projecto interessante para a região”, remata.

senvolvimento da região?É um grande projecto da região. Dá rique-za através da geração de energia limpa. Dá riqueza através duma capacidade de água absolutamente extraordinária. E dá riqueza por ter na agricultura um impacto extraordi-nário, pois permite regar áreas de bons solos que neste momento não têm a rentabilida-de que poderiam ter. Também pode ter um impacto muito importante no desenvolvi-mento turístico. Há um plano que permite 11 localizações para grandes empreendi-mentos turísticos que foi desenhado com todas as preocupações ambientais. Temos um perímetro com mais de mil quilómetros e apenas 11 locais possíveis de desenvolver esses empreendimentos [turísticos]. Houve inclusive a preocupação de que de nenhuma dessas localizações fosse possível ver a ou-tra. Estou absolutamente convencida de que não vai haver qualquer impacto negativo. São projectos que, a virem a implementar-se nessas unidades turísticas, têm exigências ambientais extremamente apertadas.

Não fazem então sentido as críticas de muitos opinion makers, que contestam o aproveita-mento turístico de Alqueva, por alegadamente ir contra os seus desígnios iniciais?Os desígnios eram a agricultura, a energia limpa e a reserva

estratégica de água, além do abastecimen-to. Mantém-se os objectivos do projecto de Alqueva, que pode ter uma complementari-dade com os privados ao nível do desenvol-vimento turístico. Ter num perímetro de mil quilómetros uma dúzia de empreendimen-tos com preocupações e exigências ambien-tais de toda a ordem, não me parece que seja isso que vá ter qualquer impacto negativo na paisagem ou na reserva de água. Só me parece que pode ter impactos positivos, com a geração de riqueza e emprego. Porque não queremos que do Alentejo continuem a sair várias pessoas por dia.

Mas não existem ainda muitas resistências, do género “velhos do Restelo”, à ideia do Alente-jo como ponto de atracção turística?E esses “velhos do Restelo” de que querem que a região viva? De subsídios? Não pode ser… Não desejamos isso para os nossos fi -lhos e netos. Deixar tudo como está e fi car à espera do subsídio para ter qualidade de vida não é o objectivo nem o anseio de todos nós.

Que região espera que o Alentejo seja em 2013, no fi m do QREN?

Todas as regiões de convergência, como nós, ambicionam atin-

gir um desenvolvimento económico e social que

nos permita auferir rendimentos e in-

troduzir um valor acrescentado com as nossas activida-des, que permita auferir dum PIB mais próximo da

média europeia.

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RETRATO 7 DIASRESUMO DA SEMANA • AS ESCOLHAS DO CORREIO ALENTEJO • OPINIÕES • INQUÉRITOS • IMPRENSA • EFEMÉRIDES • HOJE É SEXTA

1373. Tratado de paz de Santarém en-tre D. Fernando e Henrique II de Castela que põe fi m à segunda guerra entre Portugal e Castela no reinado de D. Fernando.

1989. O governo concede 79 alvarás de rádio, começando o movi-mento de legalização das rádios locais.

1915. Primeiro número da revista “Orpheu”.

1928. O general Óscar de Fragoso Carmona é eleito presidente da República.

1957. Assinatura do Tratado de Roma, origem da União Euro-peia.

1788. As Fábricas e Manufacturas das três comarcas de Porta-legre, Fundão e Covilhã são entregues a particulares.

1830. Criação da primeira Escola Veterinária Portuguesa, por diploma de D. Miguel.

1911. Criação do ensino infantil para ambos os sexos.

1749. Morte de Manuel de Azevedo Fortes, engenheiro-mor do Reino e matemático.

1810. Nascimento de Alexandre Herculano de Carvalho Araú-jo, historiador, romancista e político.

1977. Portugal pede formalmente a sua integração na Comunida-de Económica Europeia (CEE).

1781. O Intendente-Geral da Polí-cia, Pina Manique, decreta a obrigatoriedade da inspecção sanitária das prostitutas.

1802. Assinatura da Paz de Amiens, que termina com as guerras da Revolução, começadas em 1792.

1808. Napoleão Bonaparte, é exco-mungado pelo papa Pio VII.

1211. Falecimento de D. Sancho I, subindo ao trono o seu fi lho D. Afonso II.

1714. Restabelecem-se as relações diplomáticas com a França, devido ao fi m da Guerra de Sucessão de Espanha.

1827. Morte do compositor alemão Ludwig van Beethoven, em Viena.

q_28 SERPA TEM MAIOR CENTRAL

SOLAR DO MUNDO. A maior central solar do mundo é inaugurada nesta quarta-

-feira no concelho alentejano de Serpa, num investimento de 61 milhões de euros que irá permitir produzir energia “limpa” para a rede eléctrica nacional nos próximos 15 anos.

Nós temos uma região, não quatro ou cinco. O Alentejo é uma só região.

Maria Leal Monteiro | Presidente da CCDR Alentejo“CORREIO AZUL

ANTÓNIO JOSÉ BRITO*

director do CORREIO ALENTEJO*

Fraca memória

Aquilo que poderia ser um programa interes-sante de entretenimento, com uma impor-tante carga educativa, tornou-se sintoma preocupante da falta de memória de alguns

(muitos) portugueses. Mas também num chorudo negócio para a RTP, que facturou fortemente com as chamadas de valor acrescentado, uma vez que o di-nheiro dos nossos impostos já não lhe chega.

Ficámos assim a saber que Salazar é que era bom. Não houve ditadura nem presos políticos. Não hou-ve Tarrafal nem Guerra Colonial. Não houve miséria nem fome. Não houve censura nem PIDE. Salazar foi um grande estadista. Um democrata exemplar que tornou Portugal numa nação próspera, educa-da, livre e criativa. Foi graças a este ímpar percurso que os portugueses lhe reconhecem a grandiosi-dade. E distinguem-no com mérito por tudo o que fez de bom à nação. Neste quadro deprimente, não podemos esquecer o excelente serviço público da RTP. Sem ter piedade da memória e do sofrimento de muitos. Neste espectáculo de desafi o, a RTP fez tudo ao contrário e mostrou que Portugal continua a ser um triste país, que está a perder a luta da me-mória contra o esquecimento.

“CORREIO ALENTEJO” FAZ UM ANO. O jornal “Correio Alenteja” assinala hoje o seu primeiro aniversário. Um ano depois, a direcção faz “balanço positivo” e aponta 2007 como um período de afi rmação e crescimento da edição on-line , apontando para uma conjugação cres-cente entre os dois supeor-tes: papel e Internet.

d_25 DOMINGO s_26 SEGUNDA

SEMANA ACADÉMICA AR-RANCA. Os portugueses The Vicious Five, Balla e Terrakota são os “cabeças de cartaz” da Semana Académica de Beja, que arranca hoje e oferece também um concerto de Quim Barreiros. A festa é organizada pelas associações de estu-dantes das quatro escolas do Instituto Politécnico de Beja.

QUIOSQUE DIA-A-DIA

“DIÁRIO DE NOTÍCIAS”

Na Força Aérea, o critério para o desempenho de funções vai passar a ser o da competên-cia técnica, em vez do

posto. Se um major estiver mais habilitado a desempe-nhar um cargo normalmen-te atribuído a um tenente-coronel, é o primeiro que avança em detrimento do segundo.

“PÚBLICO”

Foi uma noite perfeita em Alvalade. Os golos artísticos de Quaresma, Ronaldo & companhia derrubaram

uma Bélgica que nunca an-tes havia sido derrotada na história pelos portugueses. A selecção belga saiu de Lisboa vergada a uma goleada por 4-0 e Portugal deu um passo em frente para o Euro 2008.

“PÚBLICO”

O deputado socialista Ma-nuel Alegre considera “um erro lamentável e uma grande injustiça” que o Presidente

da República, Cavaco Silva, te-nha excluído Mário Soares do encontro com “os protagonis-tas executivos da adesão e da participação de Portugal nas instituições comunitárias”.

NO MESMO DIA...

s_24 SÁBADO t_27 TERÇA

“JORNAL DE NOTÍCIAS”

O acidente na Linha do Tua foi provocado pelo desabamento de pedras, segundo os resultados fi nais de dois inquéritos envia-dos ao Labora-

tório Nacional de Engenharia Civil, anunciou o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, que ordenou também um levantamento nacional de situações de risco.

“DIÁRIO DE NOTÍCIAS”

A ministra da Cultura con-sidera “não sustentável” a transforma-ção em mu-seu da casa onde nasceu António de

Oliveira Salazar, na aldeia do Vimieiro, concelho de Santa Comba Dão. “Aquela casa não dispõe de um espó-lio pessoal que seja atractivo para chamar visitantes”, assegura a ministra.

FRASE DA SEMANA

q_29 RALLY DE PORTUGAL NO

BAIXO ALENTEJO. O Rally de Portugal volta a receber os melhores pilotos, que en-tre hoje e domingo percor-rerão as estradas do Algarve e Baixo Alentejo, na quinta prova pontuável para o Mundial. Os concelhos de Almodôvar e Ourique estão na rota do rally.

QUARTA

“DIÁRIO ECONÓMICO”

O presi-dente da construtora portugue-sa OPCA, Filipe Soares Franco, con-siderou que “há pro-

jectos que são desígnios nacionais”, ao falar da construção do novo aeroporto internacional, considerando que os custos da indecisão são “muito prejudiciais”.

QUINTA

ARLINDO CUNHA DEFENDE AEROPORTO DE BEJA. O vice--presidente do PSD, Arlindo Cunha, defendeu hoje, em Vila Real, um “melhor apro-veitamento dos aeroportos” já existentes em Portugal nos próximos 10 a 15 anos em vez da construção do novo aeroporto da OTA. O antigo ministro da Agricultura apon-ta Beja como exemplo.

OUTRO SHOPPING EM BEJA. “GO! Shopping Beja” é o mais recente pedido de instalação comercial para a capital baixo-alentejana. A proposta da Guedol, SA visa transformar o Estádio Flávio dos Santos numa área comercial, adiantou esta terça-feira a Rádio Voz da Planície.

06sexta-feira2007.03.30

RECORTES FRASES FEITAS

“Para alguma esquerda, os actos atentatórios do exercício pleno da democracia só são me-recedores de reparos se forem tomados pelos outros (o bloco central e a direita).”

Constantino Piçarrain “Diário do Alentejo” 23.03.2007

“Mário Soares, António Guterres ou Durão Barroso, políticos que não fazem da autoridade a sua imagem de marca, nunca atingiram a maioria absoluta. A auto-ridade não será uma receita infalível, mas é um aspecto que o eleitorado aprecia.”

José Ramos Pinheiroin “Correio da Manhã” 27.03.2007

“O défi ce é de 3,9%, mas a economia está moribunda. O crescimento é ridículo, o inves-timento incipiente e o desem-prego não pára.”

Luís Filipe Menezesin “Correio da Manhã” 24.03.2007

“A direita está órfã das suas principais referências democrá-ticas, por este ou por aquele motivo. Instintivamente, volta-se para trás à procura de um ponto de apoio. O neo-salaza-rismo seria o pior que poderia encontrar.”

Medeiros Ferreirain “DN” 27.03.2007

“A direita cristã que o CDS/PP representa é um ninho de famílias-bem, de gente que mora na linha de Cascais, compra sapatos-vela, veste camisas às riscas e vai à missa ao Campo Grande.”

João Miguel Fernandesin “DN” 24.03.2007

“As minhas ilusões sobre esse espécime a que, por conveni-ência, chamamos ‘o político português’, nunca são muito duradouras. ”

Pedro Lombain “DN” 26.03.2007

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RETRATO 7 DIAS

NÚMEROAI AA FIGURAV

NEGATIVO TEMPO...

José Luís RamalhoPresidente do Instituto Politécnico de Beja (IPB)

A parceria estabelecida com a Universidade Lusíada, criando desde logo alternativa aos alunos do Instituto Su-perior de Serviço Social de Beja, é uma medida oportuna e atenta, que promete estender-se a outras áreas. Para mais, o presidente do IPB está pronto a acentuar a cooperação com outras entidades, como se deseja e recomenda.

52.000

Amílcar Mourão

Não se percebe porque é que o líder dis-trital do PSD critica duramente o trabalho da EDAB e passa a certidão de óbito ao aeroporto de Beja. Não terá memória do estado em que estava a empresa quando o PSD deixou o Governo? A falta de bom senso é inaceitável na vida pública.

Ângelo Nobre

O jovem presidente da Junta de Fregue-sia de Conceição do Alentejo (Ourique) tem sido a voz da luta contra a extinção de 10 freguesias no distrito de Beja. Com persistência, Ângelo Nobre tem mobilizado os restantes autarcas e dado a cara contra a prevísivel reforma.

painéis fotovoltaicos formam a Central Solar Fotovoltaica de Serpa, que é a maior do mundo, dispondo de uma capacida-de instalada de 11 megawatts, quase o dobro do que a actual maior central, situada na Alemanha. Mas a futura central de Moura vai superar esta dimensão.

FOTO DA SEMANA

É inaugurada hoje, sexta-feira, 30 de Março, uma exposição de fotografi as de João Espinho na aldeia de Mombeja, no concelho de Beja. A mostra, sob o título “Mombeja - Gentes e Património”, pode ser vista durante todo o mês de Abril e é uma iniciativa da Junta de Freguesia local. Além de fotógrafo, João Espinho é tradutor-corres-pondente na Força Aérea Portuguesa. Actualmen-te, desempenha funções de chefe de gabinete do comandante da Base Aérea nº 11, de Beja. Habitual cronista do “Correio Alente-jo”, João Espinho é editor e proprietário do popular blogue “Praça da Repúbli-ca” – um dos mais visitados no Sul do país.

POSITIVO

alentejanos da história

Pedro FerroO maltês da escrita

Em 2002, o antigo camarada de profi ssão João Paulo Velez apelidou-o de “maltês da escrita”. Relembrando o seu “bigode farfalhudo e desalinhado”, elogiava-o como alguém que detestava “hipocrisias e presunções”, que por ser “inteiriço” e abominar “falinhas mansas e conversa mole”, “quando pen-sava uma coisa, dizia” mesmo. No fundo, recordava-o como um dos nomes grandes do jornalismo alentejano e nacional, a quem a região fi cou devendo “algumas das páginas mais exaltantes e profundamente sentidas” que algu-ma vez lhe foram dadas a ler e que a morte tratou de ceifar bem cedo, com 40 anos apenas.Nascido em Lisboa em 1959, foi (n)o Alentejo que Pedro Ferro amou de for-ma intensa. Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universida-de Clássica de Lisboa, destacou-se como jornalista no “Diário do Alentejo” e “Público”, entre outras publicações. Ajudou ainda a fundar a Rádio Vidi-gueira (1991) e foi um dos criadores do projecto “Imenso Sul”, com outros 15 jornalistas alentejanos. Professor no ensino superior, Pedro Ferro foi ainda um “embaixador” da Ovibeja. Foi ele que ajudou a pôr a feira do Alentejo no mapa e os jornalistas dentro do seu espírito.Morreu subitamente em 1999.

CELEBRA-SEVAI A TEMPO...

HOJE SEXTA.MARÇO.2007

30 S. João Clímaco

89º dia do ano no calendário gregoriano. (90 em anos bissextos). Faltam 276 dias para acabar o ano

PROVÉRBIOS TEMPO...

AGRÍCOLA/TEMPO“Em Março, chove cada dia um pedaço.“

João Espinho apresenta “Gentes e Património” de Mombeja

07 sexta-feira2007.03.30

REIS DE PORTUGAL

D. SANCHO IO Povoador - 1154 - 1211

Nascido em 1154, o fi lho de D. Afonso Henriques herdou a coroa em 1185 e governou 24 anos. Começou a participar na governa-ção do reino após o desastre de seu pai, em Badajoz. Sancho I foi o conquistador de Silves (1189), mas dois anos depois perde grande parte das conquistas do pai. Infeliz na luta contra os mouros, teve avanços e recuos. Chamam-lhe “O Povoador” pelo esforço que fez para atrair pes-soas às regiões conquistadas, tendo atribuído inúmeros forais. O seu reinado foi marcado por catástrofes naturais, surtos de peste e de fome. Entre 1202 e 1207 esteve em confl ito com a Santa Sé. Fez bom trabalho na restauração das fi nanças da coroa e na promoção da cultura. Morreu em 1211 e está sepultado no Mosteiro de Santa Cruz (Coimbra).

PÁSSAROS DA PLANÍCIE

ABETARDAGreat Bustard A abetarda tem na zona do Campo Branco o seu maior núcleo repro-dutor do nosso país, com cerca de mil indivíduos num total nacional de cerca de 1.150 - a terceira maior população da Europa. É considera-da pela União Internacional para a Conservação da Natureza como uma espécie ameaçada a nível internacio-nal. É a ave mais pesada da Europa e uma das maiores aves voadoras do Mundo, podendo os machos pesar mais de 15 Kg e medir mais de um metro de altura. São observáveis nos pousios da ZPE entre Março e Abril.

JOÃO ESPINHO

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EDITORIAL • COMENTÁRIOS • DEBATES • BLOGS • RECORTES DA IMPRENSA

ANÁLISES & OPINIÃO

espetos de pau.O estado das coisas dava para questionar por que

é que a rotatividade democrática na cúpula de algu-mas estruturas pode ser um fenómeno apenas de momentânea conveniência.

O estado das coisas permitiria que se perguntasse por que é que há gente com responsabilidades pú-blicas assumidas que parece que já está a correr em outras corridas que ainda não começaram para ou-tros. E por que é que há quem faça o favor de tentar empurrar de qualquer maneira para abrir caminho.

O estado das coisas dava para perguntar por que é que a dra. Ferreira Leite foi tão má para com quem é mais pequenino do que ela.

O estado das coisas justifi caria muitas interro-gações sobre o futuro do comércio tradicional em Beja.

O estado das coisas dava para perguntar por que é que se persiste em demonstrar que, no trânsito na cidade, a união entre dois pontos próximos pode ser tudo menos uma recta.

O estado das coisas justifi caria perguntas sobre o porquê de, sempre que há novidades políticas signi-fi cativas, alguém se entreter a chafurdar em preten-sos pecados socráticos.

O estado das coisas permitiria perguntar ao Presi-dente da República se a sombra do dr. Mário Soares é mesmo assim tão grande.

O estado das coisas não dá é para perceber que, com uma semana linda de início da Primavera, a chuva tenha chegado no fi m-de-semana, tirando toda a vontade de fazer perguntas…

Jornal regional semanário editado em BejaDirector: António José BritoEditor: Carlos PintoRedacção: Luís Lourenço, Paulo Nobre, José Tomé Máximo (fotografi a)Paginação: Pedro MoreiraInfografi a: I+G - www.imaisg.com Secretariado: Ruben Figueira RamosColaboradores Permanentes: Cláudia Gonçalves e Napoleão MiraColunistas: António Revez, Carlos Monteverde, João Espinho, Jorge Serafi m, Miguel Rêgo, Paulo Barriga, Rodeia Machado, Rui Sousa Santos, Sandra Serra e Vítor EncarnaçãoProjecto Gráfi co: Sérgio Braga – Atelier I+GDepartamento Comercial: Fernando Cotovio [967 818 953]

Redacção, administração e publicidadeRua Dr. Diogo Castro e Brito, 6 – 7800-498 BejaTel. 284 329 400 | 284 329 401 Fax 284 329 402 | e-mail: [email protected]

Propriedade: JOTA CBS – Comunicação e Imagem Lda. - NIF 503 039 640Depósito Legal nº 240930/06Registo ICS: 124.893Tiragem semanal: 3.000 exemplaresImpressão: Gráfi ca Funchalense

OBloco de Esquerda e o PCP querem que os hi-permercados encerrem aos domingos. Alegam

que é preciso dar um contributo para a sobrevivência das empre-sas familiares e, ao mesmo tempo, proporcionar o merecido descanso dos trabalhadores. Por uma vez, Bloco e PCP estão na linha de pen-samento da Igreja. E parecem estar juntos numa causa que devia ser de todos. Hoje, hipermercados e centros comerciais são destinos quase turísticos. Ponto de encon-tro e local de romaria. Famílias inteiras passeiam em frente das lojas, de olhos a brilhar ou engor-dando o endividamento. Num país com tanto por descobrir e usufruir, as pessoas enfi am-se por ali, em correria pela modernidade e pelo consumo desenfreado.

Claro que os comerciantes pen-sam exactamente o contrário. E vão alegar que, durante a semana, as pessoas não têm tempo para as compras porque estão a trabalhar. Em parte têm razão, mas isso não justifi ca tudo. É preciso criar um equilíbrio e inverter este quadro. Pode ser que juntos, por uma vez, PCP, Bloco e Igreja, consigam obri-gar à criação de uma solução com bom senso.

Injustiça. O Presidente da República, Cavaco Silva, juntou na passada segunda-feira, 26, no Palácio de Belém, um grupo de 30 personalidades ligadas à adesão e participação de Portugal na Euro-pa, para assinalar os 50 anos do Tratado de Roma. Entre essas per-sonalidades não esteve Mário Soares, porque Cavaco não o convi-dou. Ora, como todos sabemos, foi Soares que em 1977 reuniu com a Comissão Europeia para formalizar a intenção de Portugal entrar na CEE. E foi Soares que, em 1986, assinou formalmente o tratado de adesão. O Presidente da República sabe disso muito bem, mas parece ter querido branquear a história. Fica mal a Cavaco tentar resolver questiúnculas pessoais e políticas com gestos deste estilo. Ou este será um sinal grave de que certas pessoas não têm estatura para chefi ar o Estado português? Aguardemos.

Magia. A segunda parte da Selecção portuguesa contra a Bélgica foi absolutamente mágica. Com aquela estrutura, organi-zação e jogadores, tenham paciência alguns cépticos, mas seremos candidatos demasiado sérios a ganhar o Euro 2008.

Famílias inteiras pas-seiam em frente das lojas, de olhos a bri-lhar ou engordando o endividamento.

ANTÓNIO JOSÉ BRITO

EDITORIAL

Bloco e PCP

sexta-feira2007.03.30 08

ponto cardealmédico*

Inventário sobre o estado das coisas

Oestado das coisas justifi cava que falasse da Ota, desse aeroporto que não aterra de vez na confusão dos estudos com que nos ten-tam lavar a cabeça por dentro.

O estado das coisas justifi cava que falasse do ae-roporto de Beja e das obras que, fi nalmente, come-çaram.

O estado das coisas justifi cava que falasse das con-fusões pós-modernas de um pólo universitário da nossa cidade e das insinuações que por aí correm e que parecem sobrenadar difi cilmente a linha de água da transparência.

O estado das coisas dava para falar do dr. Portas e do sr. Paulo (Stevenson que me perdoe), do dr. Cas-tro, das confusões com que o dr. Lopes tem andado por aí, dos arrufos do dr. Meneses e dos desgostos da Zézinha.

O estado das coisas dava para falar do bom que deve ser alguém sentir-se quase em férias numa ci-dade estagnada.

O estado das coisas dava para fazer perguntas so-bre o que é que poderia ser Beja-cidade no próximo decénio se houvesse esforços decididos e claros para o pensar. E quem o pensasse. E que isso interessasse.

O estado das coisas justifi cava que fi zesse algumas perguntas sobre qual o desenho do plano director municipal quando houver IP8 a iniciar a variante à cidade em S. Brissos.

O estado das coisas dava para perguntar porque é que a nossa cidade parece um deserto ao fi m-de-se-mana.

O estado das coisas dava para voltar a falar das manifestações sobre o encerramento das “urgências” e para fazer muitas perguntas sobre por que é que determinadas forças coincidem na venda de gato por lebre. Especialmente quando só vendem gato, por muito que gritem que é lebre.

O estado das coisas justifi cava que se voltasse a perguntar por que é que a teimosia intermunicipal ainda é um fenómeno multimunicipal.

O estado das coisas dava para perguntar quem é que ganha e o quê, com atrasos de anos que penali-zam as populações.

O estado das coisas dava para perguntar por que é que em casas de ferreiros hipercríticos abundam os

RUI SOUSA SANTOS*

O estado das coisas dava para perguntar por que é que em casas de ferreiros hipercríticos abundam os espetos de pau“

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ANÁLISES & OPINIÃO

Deixem-me começar por dar os meus parabéns ao “Correio Alente-jo” pelo seu primeiro aniversário e a minha satisfação por nele poder

exprimir algumas opiniões que apenas nos deixam satisfeitos quando elas vão de en-contro ao que pensam muitos dos leitores.

E em tempo de aniversário, muitos são os assuntos que gostaria de versar pela sua actualidade.

1 - O mais grave e importante tem a ver com a situação de escravatura forçada de vários trabalhadores portugueses em Espanha, explorados por outros portugueses de uma forma ignóbil. Os intermediários recebiam o salário dos trabalhadores, a quem davam 10 euros mensais, uns cigarros e umas me-ninas, fi cando alojados e aprisionados em condições sub-humanas. Isto passa-se no séc. XXI, em países de uma Europa que ago-ra festeja 50 anos de união, presidida pelo premiado dr. Barroso, depois do seu patro-cínio à Cimeira dos Açores. Num país que se deleita com as pedofi lias e os crimes de faca e alguidar, vamos esperar que a opinião pú-blica e a justiça não deixem passar em claro esta monstruosidade e os culpados sejam exemplarmente penalizados e condenados.

2 - Depois tivemos conhecimento das acu-mulações e vencimentos ilegais de vários munícipes em muitas empresas municipais. Aqui não poderemos dizer que se trata de uma novidade. De facto, algo vai mal num país em que continuam a ser muitos gesto-res, e não só, a defi nir as suas próprias rega-lias salariais, subsídios e acumulações imo-rais e tantas vezes contrárias à lei. Quando se pedem sacrifícios aos funcionários públicos, se congelam carreiras e salários, é intolerável que alguns passem ao lado desses sacrifícios e se auto-atribuam salários e regalias supe-riores ao Presidente da República e sabe-se lá que mais. Nestes casos, não chegam as denúncias do Tribunal de Contas. O Gover-no deveria remeter para a justiça quem faz batota e demitir sumariamente quem não mostra dignidade para os cargos públicos que ocupa. Aos poucos, vamos percebendo como é que num país pobre de recursos se vendem primeiro os apartamentos mais ca-ros e não faltam os iates nas marinas.

3 - Na televisão, o sr. José Eduardo Moniz continua alegremente a fomentar a estupi-difi cação do pessoal, conseguindo inventar sempre um programa mais imbecil que os anteriores, mas que naturalmente dão share! Agora arranjou umas “belas”, que não sabem quem foi Luís de Camões nem conhecem o Fidel Castro. Eu não sei este “senhor televi-são”, como engraçadamente lhe chamam, já foi agraciado com uma medalhita no 10 de Junho. Naturalmente que pelos serviços relevantes prestados ao país no campo da cultura…

4 - E ainda na televisão, que me dizem à entrevista do impagável sr. Major Valentim, na televisão pública, a propósito de ir a jul-gamento no Apito Dourado? Que critérios jornalísticos justifi cam tal convite? É só o share? Então porque não o levam a sério na sua pretensão de ser julgado publicamente na televisão? Eu acho que era bestial. Até porque já ninguém liga ao prof. Marcelo, o Herman está a ter o fi m triste que merecia, o dr. Santana Lopes anda por aí e antes que apareça eu punha lá o sr. Major. Pela ele-gância e oportunidade do seu pedido, e até porque na questão do aborto o Valentim foi pelo “sim” (!). E se fosse legal, que não é, eu

opinião

CARLOS MONTEVERDE*

médico*

Tanta coisa para dizer

sul suave

Há festa na minha terra. Até quando?

09 sexta-feira2007.03.30

SANDRA SERRA*

*jornalista

Já cheira a cal. Manhã cedo, homens de cana em pu-nho e mulheres fazendo “os baixinhos”, enfeitam as ruas. É um quadro vivo que se aprecia. Em o sol ba-tendo nas casas, o quadro branco, quente e o tran-quilo, enche-se de cores. Passear pelas ruas de Serpa por esta altura é como andar por entre feixes de luz.

Na vila branca, hoje cidade, isto do branco é le-vado muito a sério. Especialmente na Páscoa, que é também ocasião das festas do concelho em honra de Nossa Senhora de Guadalupe. O brio da casa caiada e a devoção a Guadalupe são duas coisas que os ser-penses levam a peito. Juntam-se as duas nos dias 6, 7, 8, 9 e 10 de Abril.

Por estas alturas, na minha terra, não há bura-co na estrada que se descure, nem passadeira mal marcada. Aprumam-se os canteiros das fl ores tanto quanto as senhoras aprumam os cabelos para segui-rem na procissão. Por estas alturas, na minha terra, o orgulho de ser de Serpa cresce como massa leve-dada.

E vêm os primos, os parentes, os amigos. E toda a gente se passeia pelas ruas, come-se borrego ao al-moço e ao jantar, enchem-se as esplanadas de copos vazios. Corre-se à Praça da República para assistir aos concertos, percorrem-se capelinhas nocturnas, bebe-se taças de vinho ao balcão enquanto de ou-vem as modas da minha terra: “Oh Serpa de Gua-dalupe/ das muralhas/ casas brancas/dos poetas e pastores/dos cantes até às tantas” – lá está, branco e Guadalupe, duas palavras sempre presentes.

E as ceifeiras saem à rua mostrando trajes de ou-trora e com elas fi dalgos, romanos e árabes contam a história e a etnografi a de uma terra. Guadalupe desce à vila, percorrendo ruas de calçada irregular cobertas de alecrim. Nas janelas penduram-se col-chas coloridas para receber condignamente a santa. Lágrimas misturam-se com pétalas de rosa. Em dia de feriado municipal, “terça-feira de Altinho”, o povo leva Guadalupe de volta ao seu altar, na Capela de S. Gens. Come-se o petisco à sombra da oliveira, sem-pre regado com cantoria e vinho tinto.

Devoção, reencontro e entretenimento, assim se poderia defi nir a festa da minha terra, organizada todos os anos pela Comissão de Festas em Honra de Nossa Senhora de Guadalupe, um conjunto de pes-soas que, abnegadamente, fazem com que a festa aconteça. Ora, acontece que na minha terra, passa-dos cinco dias de festa, por onde todos os anos pas-sam milhares de pessoas, parece que já ninguém se volta a lembrar das festas, a não ser no ano seguinte quando começa a aproximar-se a data. Questiono-me se isto é coisa de cidade nova, ou se é mesmo “mal” das gentes da minha terra, mas o certo é que, ano após ano, há cada vez menos gente interessa-da em fazer parte da dita comissão. E digo “cada vez menos gente”, para não dizer que não há gente de todo.

Dá trabalho? Dá, muito. As pessoas são recom-pensadas? Não, não são. Apanham-se muitas dores de cabeça? Fartura delas. Mas o mesmo não aconte-cerá em freguesias vizinhas como Pias ou Vila Verde de Ficalho, onde cerca de 40 elementos compõem anualmente a comissão que organiza as festas das terras deles? São questões que me apoquentam, es-tas em relação ao que motiva e move uma socieda-de. Ao que faz com que as algumas pessoas se en-treguem e trabalhem em prol das suas terras e dos outros e outras não. Em relação ao porque terras como Pias, Vila Verde de Ficalho ou Vila Nova de S. Bento conseguem unir tanta gente em torno de um objectivo comum e em Serpa...nada. É uma coisa estranha esta que acontece na minha terra. Toda a gente tem uma opinião sobre tudo, mas ninguém está para se chatear com nada.

Por estas alturas, na minha terra, o orgulho de ser de Serpa cresce como massa levedada. As ruas estão caiadas, as pessoas aprumadas, as gargantas afi na-das. Até quando será assim a festa na minha terra? Até quando será assim a minha terra?

A vitória de Salazar neste medíocre concurso que a reforma-da Maria Elisa trouxe para Portugal tem infelizmente várias lições a tirar. Sendo que a primeira esquece no tempo que todos saímos à rua espontaneamente no 25 de Abril, a rejeitar a falta de liberdade, a guerra colonial, as injustiças sociais, a polícia política e o despotismo dos senhores do regime.

deixava lá fi car um daqueles júris com a d. Clara Pinto Correia, o João Baião, o Toy e um daqueles senhores que falam estrangeiro e que são muito entendidos em tudo. Podem crer que estava o baile armado.

5 - E sobre a nossa selecção de futebol, de que falei aqui há pouco tempo. Adorei ouvir um daqueles fabulosos e barulhentos locu-tores desportivos, dizer antes do jogo com a Bélgica, que a grande ausência da selecção portuguesa ia ser o brasileiro Deco. Que como vimos fez uma falta enorme. Os tais miúdos que são suplentes do Deco, forma-dos nas escolas dos nossos clubes, fi zeram um jogão de encher o olho a quem gosta realmente de futebol e vestiram e honra-ram de direito próprio a camisola das qui-nas, aplaudidos pelos 50.000 portugueses que foram a Alvalade. Os jornalistas do sr. Deco foram todos ao aeroporto da Portela numa missão oportuna e de boa vontade a propósito de umas declarações que o guar-da-redes belga teria feito para atingir fi si-camente o nosso Cristiano Ronaldo. Claro que a nossa TV e os medíocres jornalistas que conseguem alimentar neste pobre país três jornais desportivos diários (é obra) não perderam o fi lão e no dia da chegada da se-lecção belga lá estavam eles, de microfone em punho, com aquelas perguntas ameni-zadoras, que lhes valeram uns sopapos dos gorilas belgas que protegiam os jogadores. Será que os srs. jornalistas, depois das suas perguntas provocatórias, estariam à espera de receber uns chupa-chupas? Não sei se re-pararam no abraço que o tal guarda-redes e o Ronaldo deram no fi m do jogo. Penso que só tinham a aprender com eles e não contri-buírem, como o sr. Eduardo Moniz, para a estupidifi cação dos portugueses.

6 - Também pensei em comentar as últimas aventuras do menino P.P. ( Paulo Portas), que o país rejeitou há bem pouco tempo. A ele e ao Santana. Parece que chegou à conclusão que lhe faz falta ser ministro. O pior é que o país concluiu muito mais cedo, e claramen-te, que não o quer para coisa nenhuma. Tal-vez por isso, nem as cenas de violência que os CDS e os PP’s ensaiaram no Conselho Na-cional despertaram qualquer entusiasmo na opinião pública. Porrada por porrada, a dos democratas cristãos não chega nem aos calcanhares da dos sunitas e xiitas. Por isso, estas religiões são diferentes e mostram a

violência que defi ne os seus actores. Aliás, o “Paulinho das feiras”, nos tempos da Mo-derna, pavoneava-se de Jaguar pelas ruas de Lisboa. Eu se fosse a ele não parava.

7 - Por último, o lamentável número dos 10 portugueses mais célebres, que Oliveira Sa-lazar ganhou. Na Inglaterra, fi cou em segun-do lugar um castiço professor duma Uni-versidade, que os alunos resolveram apoiar. Pegou da mesma maneira que em Portugal a Floribela tem sucesso. Mas a vitória de Sa-lazar neste medíocre concurso que a refor-mada Maria Elisa trouxe para Portugal tem infelizmente várias lições a tirar. Sendo que a primeira esquece no tempo que todos saí-mos à rua espontaneamente no 25 de Abril, a rejeitar a falta de liberdade, a guerra colo-nial, as injustiças sociais, a polícia política e o despotismo dos senhores do regime. Mas Salazar também deixou o rigor das Finanças Públicas, as reservas de ouro do Banco de Portugal e grandes investimentos como a Siderurgia Nacional, os cimentos, a indús-tria metalo-mecânica e a indústria naval. Como exemplo que poucos recordarão, an-tes do 25 de Abril, os deputados da Assem-bleia Nacional só ganhavam nos dias em que efectivamente iam à Assembleia. Era impensável nessa altura haver o regabofe das viagens e subsídios auto-atribuídos dos actuais deputados da República e da pouca vergonha de roubalheiras que todos os dias vemos nalguns políticos e gestores de em-presas públicas, como vimos agora nas em-presas municipais, nos ordenados imorais, nas regalias obscenas e nas acumulações escandalosas de muitos dos políticos que nos governam, enquanto se pedem os ha-bituais sacrifícios ao “Zé Povinho”. E o povo português que não é tão estúpido como os que julgam enganá-lo, rejeitou, apesar da tenebrosa pressão dos media de então, a eleição do candidato Soares Carneiro, como agora, em condições necessariamente dife-rentes e com outro signifi cado, votou num ditador como Salazar, rejeitando à sua ma-neira um país real de sacrifícios dum país imoral de regalias.

8 - Às vezes é bom parar para pensar e ver se conseguimos, de facto, oferecer mais e melhor em factos e menos em verborreia, que têm escondido tanta imoralidade tapa-da pela pseudo-democracia e agravamento das injustiças sociais.

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POSITIVO A inauguração formal da Cen-

tral Solar de Brinches é um momento importante para a região, apesar de não criar muito emprego.

NEGATIVO Um shopping em Beja já

incomodaria muito o comércio tradicional... Dois shoppings vão incomodar muito mais. Vêm aí dias complicados!

NÚMERO

4,81%. As taxas de juro no crédito à habitação subiram em Fevereiro para uma média de 4,81%, completando 15 meses consecutivos de aumentos.

sexta-feira2007.03.30 DINHEIRO & NEGÓCIOS10

ECONOMIA • BOLSAS • COTAÇÕES • EMPRESAS • SECTORES COMERCIAIS • DÚVIDAS FISCAIS • MARCAS • OPORTUNIDADES • AGENDA • OPINIÕES

GOVERNO CHUMBA PROJECTO DE SINES O Ministério do Ambiente chumbou esta

semana a localização da central de ciclo com-binado da Galp Power na zona portuária de Sines, uma decisão que mereceu o acordo da Câmara Municipal de Sines.

Mercado. Empresário bejense lamenta a crescente concorrência do mercado paralelo e ilegal

BJ Imobiliária prevê crescimento do mercado

Gerente da empresa estima uma maior dinâ-mica da cidade de Beja com a criação do aero-porto. Pelo meio, deixa críticas ao mercado ilegal e destaca a forte competitividade entre agências imobiliárias.

Com cerca de oito anos de actividade empresarial, a BJ Imobiliária é uma das

empresas mais pujantes do sector no distrito de Beja. Jorge Barão, gerente da empresa, acredita que o mercado da capital do distrito “está explorado em apenas 50%” e tem esperança na nova dinâmi-ca que pode ser criada pelo futuro aeroporto. Pelo meio, deixa críticas ao mercado paralelo e ilegal, reco-nhece difi culdades no mercado dos centros históricos e realça a forte competitividade entre agências imobiliárias.

A empresa de Jorge Barão nasceu em 1999 para trabalhar num sector crescente. Tem seis colaboradores e cerca de 125 imóveis em cartei-ra. Neste momento, a BJ pretende alcançar “um crescimento sólido, que não seja vulnerável e tenha ba-ses fi rmes”.

O homem-forte da BJ Imobili-ária diz ter “a felicidade de contar com uma equipa muito boa”, mos-trando-se disposto a reforçá-la com “solidez e sustentação”. Mas avisa que o mercado está “muito compe-titivo e com muita concorrência”.

Até agora, Jorge Barão admite ter sido possível “fazer um caminho sem grandes difi culdades”. Mas reconhece que “há sempre proble-mas novos por resolver”. “A gran-

deza das empresas também se vê na capacidade de resolução desses problemas”, assinala.

Obstinado em “ter a perfeita no-ção do que é estar à frente de uma empresa”, o jovem líder da BJ quer que a empresa esteja sempre “em primeiro lugar”. “Temos de detectar o que é importante para a empresa em termos de crescimento. É como se fosse um barco e nós temos de comandar esse barco. Às vezes sur-gem difi culdades, mas tentamos superá-las. Neste aspecto ser jovem é capaz de ser uma vantagem”, ex-plica.

Mas nem tudo são rosas no exi-gente e competitivo mercado imo-biliário. Para Jorge Barão, além da forte concorrência e de um número crescente de empresas competi-tivas, há que contar com o merca-do paralelo: “São pessoas com um escritório na parte de trás do carro que vendem casas de modo ilegal”.

O empresário não rodeia as pa-lavras e frisa que, “neste momento, há uma grande parte de casas a ser vendidas em Beja de forma ilegal, por pessoas que se fazem passar por mediadores ou representantes de empresas de mediação, sem o serem”.

O quadro não é exclusivo da capital baixo-alentejana, porque existe em todo o país. Nota-se,

portanto, uma evidente falta de efi cácia das autoridades para con-trolar o problema. O gerente da BJ aceita essa difi culdade e avisa que a fi scalização “tem de partir das pró-prias pessoas”.

“Tem que haver verdade. Hoje há mais pessoas a querer vender do que a querer comprar. E quem quer vender, sem respeitar as empresas de mediação, tenta fazer os negó-cios sem respeito por contratos que estão assinados”, reforça.

Mercado não está saturado. Apesar de haver quem defenda a saturação do mercado, Jorge Barão discorda. Na sua opinião, a região baixo-alen-tejana “está 50% aproveitada” e, no futuro, “poderá ser ímpar no país ao nível de urbanização e planeamen-to urbanístico”.

“Temos um clima que nos favo-rece mas estamos a ser mal explora-dos nesse sentido. Com o aeroporto [de Beja] poderá regis-tar-se um boom e temos essa ex-pectativa, que leva a pensar em investi-mentos no-vos”, afi rma.

Enquan-to isso não sucede, o mercado de apartamentos fl oresce em Beja em zonas

nobres da periferia, como as do ho-tel Melius, seminário diocesano e Nerbe. Quanto a moradias, a agulha está virada para a Quinta d’El Rei e Urbanização dos Moinhos.

Esta multiplicação da oferta leva as pessoas a fugirem do centro his-tórico da cidade, deixando muitas casas devolutas. Ainda assim, Jorge Barão revela que há neste momento alguma procura no centro histórico, sobretudo para reabilitações. “Ape-sar das grande condicionalismo compensa o preço mais baixo”, ex-plica o empresário, que diz não ter explicação para o facto de em Beja o valor da habitação ser dos mais altos do país, apesar da cidade ser uma das mais pobres.

O problema do fi nanciamento é também uma área delicada. A ban-ca está mais exigente e, segundo o gestor da BJ, “as pessoas têm difi -culdade em fazer um exame e ver se têm ou não condições de comprar”.

“Eu verifi co que as pessoas estão demasiadamente endi-

vidadas, com todo o tipo de crédito (automóvel, consu-

mo, cartão Visa, habita-ção). Muitas vezes, para poderem fazer frente à

divida, a habitação acaba por ser um escape. Por-que têm mais facilidade de obter crédito a 30 ou 40 anos. E juntam 10 ou 15 mil euros ao crédito

habitação para poderem fazer frente às despesas

todas”, explica.

A Câmara Municipal de Moura e a Escola Superior de Tecno-logia e Gestão de Beja (ESTIG) estabeleceram um protocolo de cooperação em domínios como o aproveitamento da energia, a criação do Tecnopólo, o turis-mo e a protecção.

Segundo explicou o presi-dente da Câmara de Moura, José Maria Prazeres Pós-de-Mina, este protocolo assenta no princípio de “colaboração com as mais diversas entidades” e do facto de as questões da Edu-cação e do Desenvolvimento “constituírem prioridades” para este mandato.

Fernanda Pereira, presi-dente do conselho directivo da Estig, após a assinatura do documento, realçou a tradição de colaboração com as Câma-ras Municipais e com todas as instituições às quais aquele es-tabelecimento de ensino possa ser útil.

Segundo uma fonte da au-tarquia, o protocolo visa, ob-jectivamente, a cooperação em projectos, consultadoria e pres-tação de serviços, a utilização de recursos humanos, instala-ções e equipamentos e a coope-ração no âmbito da leccionação de cursos, disciplinas ou mó-dulos em acções de formação profi ssional promovidos por qualquer das entidades. Outros dos objectivos é a organização de demonstrações práticas, se-minários, eventos e workshops conjuntos, o patrocínio e apoio a estudos, projectos e teses de licenciatura, mestrado e douto-ramento que alunos e professo-res da Estig ou funcionários da Câmara de Moura possam vir a desenvolver, bem como o aco-lhimento, acompanhamento e enquadramento em estágios de

alunos da Estig.

Protocolo

Câmara de Mouracooperacom a ESTIG

Competitividade forte e parcerias inevitáveisJorge Barão tem um pressuposto básico para o seu negócio: “Os nos-sos clientes são os clientes das restantes agências. É uma ilusão al-guém pensar que tem clientes. Quando as pessoas querem comprar uma casa vão às agências todas antes de tomar a decisão”.Guiado por esta regra elementar, o empresário explica que a vantagem entre imobiliárias se estabelece nas casas novas e em urbanizações onde é assegurada a comercialização em exclusivo. “Nesse caso, obrigatoria-mente, as pessoas terão de falar connosco”.Noutro enquadramento, Jorge Barão defende que as agências imobiliárias estabeleçam acordos para concretizar negócios em parceria. O empresário defende que “a união é uma forma de crescimento” e avisa que a divisão pode ser um risco para todos: “Exteriormente apercebem-se dessa situação e vêm implantar-se no nosso mercado”.Apesar desta análise, o “patrão” da BJ reconhece que Beja “não está pre-parada para as parcerias”. Mas reforça a ideia que no futuro “tem de haver trabalho em consórcio”. “Isso é inevitável”, prevê.

Jorge Barão gere desde 1999 a BJ Imobiliária – uma das empresas do sector com maior dinâmica em Beja

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DINHEIRO & NEGÓCIOS sexta-feira2007.03.3011

Investigação. Projecto inédito de estudante da Faculdade de Ciências de Lisboa

Um estudante da Faculdade de Ci-ências da Universidade de Lisboa utilizou medidas de satélite, num trabalho único em Portugal, para estudar a qualidade da água de Alqueva, em termos de cianobac-térias, clorofi la e sedimentos em suspensão.

O trabalho constituiu a tese de licenciatura de Miguel Potes, con-cluída em Dezembro do passado ano, no fi nal do curso de Meteoro-

O satélite permite imagens diárias para afe-rir a variação espacial e sazonal de parâmetros de qualidade da água.

Trabalho inédito constituiu uma tese de licenciatura concluída no fi nal do curso de Me-teorologia, Oceanografi a e Geofísica.

Parque chinê...

Vinho

Com a fi nalidade de constituir formalmente a Associação de Municípios Portugueses do Vi-nho (AMPV), o que deverá ocor-rer no próximo mês de Abril, rea-lizou-se na passada semana uma reunião preparatória, na Câmara da Vidigueira, que é uma das en-tidades associadas ao processo a par das autarquias de Borba, Lamego, Palmela, Arruda dos Vi-nhos, Mealhada, Cartaxo, Cada-val e Alpiarça.

A AMPV surgiu com o propó-sito de afi rmação da identidade histórico-cultural, patrimonial, económica e social dos municí-pios portugueses e dos territórios ligados à produção de vinhos. Nesse sentido, o objectivo da as-sociação é promover a viticultura e valorizar iniciativas inovadoras para o desenvolvimento econó-mico local. Isso deverá acontecer a partir de uma oferta turística integrada, fundada na qualidade do território, dos produtos e dos serviços. Por outro lado, os mu-nicípios envolvidos pretendem integrar esta associação na Rede Recevin – a Rede Europeia das Cidades do Vinho.

Os municípios envolvidos es-tão ainda a preparar a realização dos “Jogos do Vinho”, uma inicia-tiva que deverá arrancar este ano e que integra diversas activida-des desportivas.

Vidigueira integra redede municípios Água

de Alqueva estudada por satélite

logia, Oceanografi a e Geofísica da Faculdade de Ciências, e realizada em parceria com a Universidade de Évora (UE), em cujo Centro de Geofísica o autor estagiou.

A co-orientadora da investiga-ção, Maria João Costa, docente na UE, explicou que se trata da pri-meira vez que as medidas de sa-télite são utilizadas para estudar a qualidade da água em Portugal, mais precisamente na albufeira de Alqueva.

“O estudo não serviu para ver se a água de Alqueva é boa ou não, mas apenas analisou a superfície

dessa água, para ver se o método funcionava, o que foi comprova-do. É um método que ainda não está operacionalizado”, sublinhou, corroborada por Miguel Potes, que reafi rmou ser o seu trabalho, apli-cado a uma superfície de água em Portugal, “único”.

No caso de Alqueva, o que acon-tece actualmente, referiram ambos, é que a qualidade da água é moni-torizada através da recolha mensal de amostras no terreno e em locais específi cos, pelo Instituto da Água (INAG) e pelo Laboratório da Água da UE (para a Empresa de Desen-volvimento e Infra-estruturas de Alqueva), que são depois enviadas para análise.

O método a que Miguel Potes re-correu complementa esses dados, pois, o satélite permite imagens di-árias para aferir a variação espacial e sazonal de parâmetros como as cianobactérias, (organismos tóxi-cos que deterioram a qualidade da água) clorofi la (indicativa da acti-vidade biológica) e sedimentos em

suspensão (materiais orgânicos e minerais), ainda para mais na glo-balidade da albufeira.

“Este trabalho não substitui as amostras recolhidas in situ (no ter-reno), mas pode complementá-las. Com as análises, só temos infor-mação uma vez por mês, enquanto que, com as imagens diárias do sa-télite, podemos seguir a evolução ao longo do mês e do ano”, salien-tou Maria João Costa.

Assim, combinando os dois métodos de monitorização, disse, “qualquer pequena variação da qualidade da água” no período que medeia entre a recolha de amos-tras “pode ser detectada”.

“Por exemplo, se existir um bloom (maior concentração) de cianobactérias, que possa ser no-civo, é importante que as autorida-des estejam alertadas para, depois, poderem ir confi rmar essa situação no terreno”, sugeriu.

Contudo, aludiu Miguel Potes, tal como as análises a amostras pontuais e localizadas de água, também a detecção remota por sa-télite tem fragilidades.

“Não é viável em dias com nu-vens, porque a superfície a anali-sar pelo satélite não é visível, nem com grandes cargas de aerossóis porque, como temos que eliminar os valores da atmosfera para fi car apenas com os dados da água, nes-ses dias é difícil fazer uma boa cor-recção”, afi rmou.

O estudante também restringiu a análise às cianobactérias, à clo-rofi la e aos sedimentos em suspen-são porque estes “reagem às dife-rentes cores da luz”, uma vez que o espectrómetro (o MERIS) do saté-lite utilizado, o Envisat, da Agência Espacial Europeia (ESA), “só opera no visível”.

“Essas substâncias deixam uma espécie de impressão digital, com a cor a variar consoante a sua maior ou menor quantidade. Com as medidas do satélite, obtemos essa impressão digital e podemos dizer que há mais ou menos cianobacté-rias, clorofi la ou sedimentos”, ex-plicou Maria João Costa.

Ao nível de conclusões, o inves-tigador, baseado em dados de 2004 e 2005, conseguiu verifi car que, “em dias de grande precipitação, aumentavam muito os sedimentos em suspensão”, trazidos pela água que afl uía à albufeira, enquanto que “a clorofi la diminuía”, por estar mais dispersa.

“Em termos espaciais, o estudo revelou que a clorofi la está mais concentrada nas margens da albu-feira, junto aos afl uentes, enquan-to as cianobactérias, tal como os sedimentos, estão mais concentra-das nas águas do centro do lago”, acrescentou.

Sazonalmente, disse, os picos de clorofi la acontecem mais “no Ou-tono e na Primavera”, com o tempo quente, como foi constatado em Agosto e Outubro de 2005, duran-te o período de seca, a favorecer também, o desenvolvimento das cianobactérias, devido ao aumento da temperatura da água.

Agora, o trabalho de Miguel Potes deverá ser publicado numa revista científi ca, estando também previsto que seja apresentado, em Abril, numa conferência da ESA, a decorrer na Suíça, a par de outras investigações que utilizaram saté-lites da agência.

RITA RANHOLA – Agência Lusa JOSÉ TOMÉ MÁXIMO

ACOS

Duas dezenas de estudantes do curso de mestrado internacional em Desenvolvimento dos Recur-sos Naturais, da Universidade de Bangor (País de Gales), estão de visita ao Alentejo até esta sexta-feira, 30.

A visita dos estudantes galeses à região resulta dum convite da Associação de Criadores de Ovi-nos do Sul (ACOS), que em nota de imprensa explica que além do intercâmbio de experiências, a iniciativa tem por fi nalidade “dar a conhecer a realidade empresa-rial agrária do Baixo Alentejo”.

Nesse sentido, os estudantes galeses visitaram ao longo da semana as instalações da ACOS e da ExpoBeja, assim como a fá-brica de enchidos Montaraz (em Garvão), a barragem de Alqueva, a Sociedade Agrícola Encostas do Guadiana, a Cooperativa Agríco-la de Moura e Barrancos, o Cen-tro de Experimentação do Baixo Alentejo (na Herdade da Abóba-da) e a Escola Superior Agrária.

Estudantesdo País de Galesvisitam Beja

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Perto do Hipermercado PLUSSuite, sala com lareira e recuper-ador de calor e ar condicionado,Arrecadação. Aquecimento central.Ref.ª 2007035

T3 Usado - BEJA

Centro da Cidade Sala com lareira, suite e varanda. Ref. 2007036

T4 Semi-Novo - BEJA

Perto do Jardim PúblicoSala com lareira, alpendre, garagem.Área Total – 228 m2.Ref.ª 2007037

T2 Usado - BEJA

Perto do Centro de Saúde Sala com lareira, despensa, Arrecadação e parqueamento. Ref.ª 2007024

Empresa de obras públicas integrada em grupo internacional, com actividade na área de conservação e reparação de estradas, pre-tende admitir:

ALGARVE

TÉCNICO DE SEGURANÇA (M/F)

Perfil pretendido:• Licenciatura ou Bacharelato em Engenharia Civil;• Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho (Nível V) com CAP, ou de Coordenação de Segurança na Cons-trução;• Experiência mínima de 2 anos;• Dinamismo e espírito empreendedor;• Boa capacidade de relacionamento.

Oferece-se:• Remuneração compatível com a experiência e conhecimentos demonstrados;• Bom ambiente de trabalho;• Integração em grupo económico sólido e dinâmico.

As respostas deverão incluir carta de candidatura, curriculum vitae e indicação do salário pretendido, no prazo máximo de dez dias úteis ao n.º 0022007 deste jornal.

Correio Alentejo nº 52 de 30/03/2007 Única Publicação

MUNICÍPIO DE CUBACÂMARA MUNICIPAL DE CUBA

AVISO

Em cumprimento da Lei n.º 26/94, de 19 de Agosto se publica a listagem das transferências efectuadas por esta Câmara Munici-pal, durante o 2º semestre de 2006 a favor de pessoas singulares ou colectivas exteriores ao sector público administrativo, a título de subsídio, subvenção, ajuda, bonifi cação, incentivo ou donativo, cujos montantes excedem o valor referido no artigo 2º da lei atrás citada:

EntidadeTranferências

CorrentesTransferências

de CapitalObs.

Associação Hum.BombeirosVoluntários de Cuba

19.692,00 € 6.200,00 €

Sporting Clube de Cuba

10.000,00 € 5.000,00 €

Cuba, 26 de Março de 2007

O Presidente da Câmara,(assinatura ilegível)

(Francisco António Orelha)

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15 sexta-feira2007.03.30VIDA ACTUAL SOCIEDADE

POLÍTICA > Estado | parlamento | câmaras municipais | juntas de freguesia • SOCIEDADE • SAÚDE • URBANISMO • EMPREGO • TECNOLOGIA

CAMINHADA PEDESTRE EM BEJA A Caixa Social e Cultural do Pessoal da

Câmara Municipal de Beja realiza este sábado, 31, em Baleizão, a sua terceira caminhada pedestre, com o lema “Entre a Vinha e o Olival”.

PCP DE SERPA CRITICA PS O PCP de Serpa diz que a Comissão de

Utentes do IP8 foi desprezada pelo Gover-nador Civil de Beja e pelo grupo parlamen-tar do PS porque “ignoraram os pedidos de audiência” que lhe foram feitos.

Educação. Instituições de ensino superior assinaram em Beja um acordo de cooperação

IPB e Lusíada cooperamProtocolo permite

desde já que os alunos bejenses do Instituto Superior de Serviço So-cial passem a ter aulas na Escola Superior de Educação.

OInstituto Politécnico de Beja (IPB) e a Universidade Lu-síada (UL) assinaram um

protocolo de colaboração que se enquadra na “estratégia de alarga-mento de parcerias” levada a cabo pela instituição alentejana. Entre outros aspectos, o acordo aponta para um trabalho de cooperação ao nível de alguns cursos, nomea-damente nas áreas do Serviço So-cial e da Solicitadoria. E prevê que os alunos do Instituto Superior de Serviço Social de Beja, ligado à Lu-síada, passem a ter aulas na Escola Superior de Educação.

Segundo dados recolhidos pelo “CA”, será ainda desenvolvido tra-balho na realização de cursos de especialização, pós-graduação, mestrado e doutoramento. E vai ser criado um Centro de Investigação e Inovação em Serviços Social, cujo objectivo passa por realizar projec-tos de investigação e desenvolvi-mento de interesse comum às duas instituições.

As linhas com que se orienta este acordo foram subscritas numa ceri-mónia realizada no IPB, na passada sexta-feira, 23, tendo o documento

TESOUROS GALEGOS NO ALENTEJO O Director de Turismo da Galiza assinou

um protocolo com a Diocese de Beja para apoiar a vinda a Portugal das obras do tesouro da catedral de Compostela e para criar um Centro de Estudos Jacobeus.

Diamantino Durão e José Luís Ramalho rubricaram o protocolo no IPB

Um rastreio à audição realizado entre Outubro e Janeiro, a 605 crian-ças de 5 e 6 anos de idade, do concelho de Beja, revelou que 107 des-sas crianças (17,7%) apresentavam alterações nos dois ouvidos e 96 crianças (15,9%) apresentavam alterações em pelo menos num dos ouvidos.

As alterações apresentadas registam-se essencialmente ao nível do ouvido médio (por exemplo: otite média com derrame). Apesar do risco para a audição que estas alterações representam, 525 crianças (86,8%) apresentavam audição normal em todos os sons testados. E apenas cerca de 13% (68 crianças) apresentam perda de audição em pelo menos um desses sons. As crianças identifi cadas em risco audi-tivo foram encaminhadas para o seu médico de família e posterior-mente, se este assim o entendesse, para uma consulta de especialida-de de Otorrinolaringologia.

Os resultados foram apresentados no Núcleo de Saúde Pública de Beja, por Margarida Serrano, da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra. Segundo explicou a responsável, o rastreio visou participar na identifi cação dos problemas auditivos ainda numa fase assintomática, de alterações que num futuro próximo poderiam in-terferir no desenvolvimento da criança e na sua capacidade de apren-dizagem. E teve a fi nalidade de encaminhar para intervenção médica, atempadamente, as crianças identifi cadas.

Saúde

Rastreio realizado em Bejaavaliou audição de 605 crianças

Está a decorrer a segunda fase da acção de sensibilização, junto da comunidade educativa, em ma-téria de Segurança Rodoviária, Ci-dadania e Ambiente. A acção con-ta é dinamizada pela PSP e pela Protecção Civil distrital. Segundo informou o Governo Civil de Beja em comunicado, a iniciativa visa “criar uma cultura de segurança e auto-protecção em casa e na rua”. “Desenvolver e aprofundar con-ceitos de cidadania e promover hábitos ecológicos envolvendo pais e fi lhos” é outro objectivo da acção. No dia 13 de Abril está prevista a realização de um coló-quio no auditório da Biblioteca José Saramago, em Beja, sobre o “Comportamento Infantil”, com a presença do psicólogo José Mor-gado.

Protecção Civil

Sensibilizaçãonas escolas

O mês de Abril fi cará marcado no Baixo Alentejo pelos sabores do borrego. Entre 6 a 12 de Abril, a cruzar o período da Páscoa, realiza-se mais uma Semana Gastronómica do Borrego em 70 restaurantes de toda a região. De Odemira até Barrancos, em cidades e aldeias, estarão na mesa delícias como Borrego com Cilarcas, Pézinhos de Bor-rego com Feijão Branco ou os clássicos Ensopado de Borrego à moda de Beja e Cabeças de Bor-rego assadas no forno. Durante o período da Semana Gastronó-mica será sorteada uma estadia durante um fi m-de-semana na Casa de Campo Monte Góis, no concelho de Almodôvar, à me-lhor frase sobre esta iniciativa gastronómica.

Gastronomia

Borrego vaiser rei à mesa

A Câmara Municipal de Mértola inaugura esta sexta-feira, 30, o Canil Municipal, situado no pe-rímetro fl orestal de Mértola. A obra foi executada pela Junta de Freguesia de Mértola ao abrigo de um protocolo de delegação de competências assinado com o Município. O Canil Municipal tem como função a hospedagem de cães, sem fi ns lucrativos, num es-paço com 27 boxes. Serão ainda aloja-dos os animais encontrados na via públi-ca, que irão fi -car numa zona com quatro celas. A obra representou um in-vestimento de 130 mil euros.

Animais

Mértolainaugura canil

sido rubricado pelo presidente da instituição alentejana, José Luís Ra-malho, e por Diamantino Durão e António Martins da Cruz, respecti-vamente reitor e chanceler da Uni-versidade Lusíada.

Na ocasião, José Luís Ramalho explicou que no IPB existe “a cons-ciência das limitações e potenciali-dades” e, nesse contexto, este pro-tocolo traduz a vontade de “recorrer a quem pode prestar apoio”. O pre-sidente da instituição alentejana

revelou ainda que a actual equipa directiva do Politécnico “acredita muito no regime de parcerias”. E explicou que, “neste como noutros casos”, a cooperação representa “um contributo para o engrande-cimento das instituições e para o desenvolvimento das regiões”.

António Martins da Cruz, chan-celer da UL, vincou o facto deste acordo permitir que as duas ins-tituições “unidas possam fazer o que sozinhas seria mais difícil”. Por

seu lado, o reitor da Lusíada, Dia-mantino Durão, manifestou-se de “braços abertos para parcerias que visem a qualifi cação do ensino em Portugal”.

O antigo ministro da Educação, num Governo de Cavaco Silva, mostrou-se satisfeito por ver duas instituições de ensino superior da-rem as mãos, sobretudo por uma ser pública e outra privada. “O futu-ro passa por aqui”, defendeu o rei-tor da Lusíada, que anteriormente

rubricou acordos semelhantes com os Institutos Politécnicos de Porta-legre e da Guarda, além da Univer-sidade de Évora.

Serviço Social na ESEB. Sem perda de tempo e ao abrigo do protocolo agora assinado, a UL estabeleceu um acordo com a Escola Superior de Educação de Beja (ESEB) que visa o arrendamento de salas para acolher alunos do Instituto Superior de Ser-viço Social (ISSS). Nos últimos anos, este instituto tem ministrado em Beja cursos naquela área formativa. Recorde-se que a Lusíada, através da Fundação Minerva, é detentora do ISSS que, neste momento, por ter difi culdades na captação de novos alunos, já anunciou o encer-ramento da delegação bejense no fi nal do próximo ano.

Com o acordo estabelecido, os alunos de Serviço Social do ISSS de Beja poderão, já a partir deste mês, usufruir de duas salas de aula na ESEB e de uma outra para os ser-viços académicos. As duas institui-ções acordaram ainda a realização conjunta de um curso de mestrado em Serviço Social, que vai iniciar-se já no próximo mês de Maio. No fi -nal do Verão deverá arrancar outro curso semelhante.

Refi ra-se, ainda, que foi assina-do um outro protocolo, desta vez com a Escola Superior de Tecnolo-gia e Gestão (Estig) de Beja. Através deste acordo, a Universidade Lusí-ada disponibiliza um professor na área do Direito para leccionar no curso de Solicitadoria da escola alentejana.

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16sexta-feira2007.03.30

Passeio. Francisco Vasques recorda este sábado os tempos em que era contrabandista

A vida dura do contrabando

Os velhinhos trilhos da raia do Alen-tejo com Espanha que palmilhava, a coberto da noite, para vender café e burros ou comprar toucinho e ba-calhau, ainda estão bem “vivos” na memória de Francisco Vasques, an-tigo contrabandista da Amareleja.

Sempre de “boina basca” na ca-beça, sua “imagem de marca” desde rapaz, este habitante da Amareleja,

a pouco mais de dez quilómetros de Valência del Mombuey (pro-víncia de Badajoz), não esquece a “vida dura” de quando “andava ao contrabando”, nos anos 60.

“Tinha muito jeito. Passei uns bons bocados, mas era duro por-que andávamos ao frio e à chuva, sempre sobressaltados com medo que a guarda nos saísse ao cami-nho”, conta à Agência Lusa.

Tempos difíceis, hoje mais ama-ciados pelas recordações à distân-

A memória dos “velhos” contrabandistas da Amareleja, que a coberto da noite cruzavam a fronteiro para vender café e burros ou comprar touci-nho e bacalhau.

VIDA ACTUAL SOCIEDADE

cia das peripécias, que Francisco Vasques, de 70 anos, vai lembrar este sábado, 31, enquanto guia do passeio pedestre “Na Rota do Con-trabando”.

Integrado nos “Percursos de Roda Pé”, da associação de desen-volvimento local ADC Moura, o passeio conta com mais de 50 ins-critos que, a partir das 10h00, vão ligar as povoações portuguesa e espanhola e reviver memórias dos dias em que a passagem clandesti-

O “esquema” para Francisco Vas-ques se desfazer da mercadoria, de-pois de já a ter bem guardada num monte perto da Amareleja, também estava bem estudado e engendrado. “Éramos conhecidos dos guardas e, por isso, despachávamos as coisas na camioneta da carreira na Póvoa de S. Miguel, perto da Amareleja, e dávamos as senhas aos condutores dos carros de praça de Beja para, na rodoviária, levantarem o material”, confessa.

Só à sua conta, para ir buscar ou levar o contrabando, possuiu seis motorizadas, de marcas famosas da época, como uma “Zundapp de

na de produtos de um lado para o outro da fronteira era prática habi-tual.

Desde que deixou o contraban-do, após o 25 de Abril de 74, quan-do a subida do valor da peseta, em comparação com o escudo, tornou menos “apetitosos” tais negócios, Francisco Vasques já pouco percor-re os caminhos em que ludibriava a Guarda Fiscal portuguesa e a Guar-dia Civil espanhola.

“Mas ainda me lembro de tudo”, contrapõe, prometendo aos cami-nhantes um passeio até “valencita”, termo carinhoso para a povoação espanhola, “embalado” pelos seus episódios de contrabandista.

As “estórias” de contrabando abundam na Margem Esquerda do Guadiana, como em tantas zonas da raia portuguesa, em vários pe-ríodos históricos, quando as popu-lações procuravam meios alternati-vos para fugir à fome e à miséria.

Contrariar o desemprego. Foi as-sim que Francisco Vasques, para contornar a “falta de trabalho” e “remediar a vida”, começou a “levar mercadorias para Espanha”, cobiça-das do lado de lá, e a “trazer outras”, mais baratas na terra de “nuestros hermanos” e difíceis de aceder na zona de Beja.

“Comecei, com um colega, por levar café para os espanhóis até à fronteira, onde se vendia mais ba-rato. Para cá, trazíamos toucinho, baixinho e amarelo, que vendíamos aos comércios de Moura”, diz.

Pela “calada da noite” e evitando as estradas, para tentar escapar ao olhar dos guardas, o antigo con-trabandista tornou-se mais expe-riente e passou a aventurar-se mais para lá da fronteira e a diversifi car a mercadoria transaccionada.

“Também trazíamos grandes cargas de bacalhau. Íamos buscá-lo a Espanha ou, então, os espanhóis escondiam-no atrás de umas azi-nheiras, já em Portugal”, recorda.

Vários restaurantes da cidade de Beja foram, nesse tempo, clientes habituais dessa “iguaria”: “Só para um, todas as semanas, tinha que arranjar cem quilos de bacalhau”.

Nem as loiças, sobretudo as de pírex, ou os copos escaparam, abastecendo também a restaura-ção de Beja, como foi o caso do Luís da Rocha, o mais famoso café das redondezas. “Arranjávamos uns copos que não se partiam tão facil-mente e que eles utilizavam para servir a cerveja. Chegaram a ser três mil copos, de uma só vez”, alude.

A Zundapp rendeu o burrocinco velocidades” que, recorda, “era uma máquina”. “Uma vez, uma empinou-se num cabeço e ainda deu umas poucas de voltas. Não me caiu em cima, mas partiu-se a loiça toda”, conta.

Outras vezes, a carga era transpor-tada com o auxílio de burros, com os cascos forrados com sacas antes de atravessarem troços de alcatrão, para “andarem como se tivessem pantufas e não alertarem os guardas”.

Esses mesmos animais eram tam-bém uma fonte de rendimento para Francisco Vasques, que os vendia para Espanha, onde os talhos es-tavam autorizados a comercializar

carne de burro: “Ao todo, vendi uns 150”.

“Pagávamos aos ciganos até 300 escudos por cada burro e, depois de juntarmos uns 10 ou 12, vendíamo- -los para os talhos. A gente não comia essa carne aqui, mas os espanhóis sim”, explica, ironizando que, a dada altura, “até começaram a faltar os burros nesta zona”.

Já com bombazina, para aplicar em saias, calças e casacos, Francis-co Vasques “encantou” igualmente muitos habitantes da região, até às proximidades de Évora. “Tinha um catálogo com rectângulos de tecido pequeninos, com fl oreados e várias

cores, e punha uma etiqueta a dizer que era veludo”. As fi lhas dos pastores e dos porqueiros, “coitaditas, acha-vam muito bonito e compravam”, diz.

Em alguns locais onde parava, contava com a ajuda dos moradores que, à distância, “espiavam” o para-deiro da Guarda Fiscal, embora, nos trilhos junto à fronteira com Espa-nha, ainda o tenham surpreendido em algumas ocasiões, apreenden-do-lhe a carga. “Não perdoavam, so-bretudo um guarda-fi scal que era da terra do Salazar [Santa Comba Dão]. Mas não me prendiam e, à noite, vol-tava ao contrabando para recuperar o prejuízo”, assegura.

RITA RANHOLA Agência Lusa

A Comissão Política Concelhia de Castro Verde do Partido So-cialista faz um “balanço positivo” do actual mandato, que está sen-sivelmente a meio. Em comuni-cado, os socialistas revelam que, dos objectivos defi nidos, “alguns estão já alcançados”. “O PS Cas-tro Verde é hoje um partido que exerce o seu papel de oposição de forma credível. Esta oposição é permanente, crítica e constru-tiva”, adianta o documento.

O PS explica que procurou “abordar as questões mais im-portantes” que se relacionam com o dia-a-dia dos munícipes de Castro Verde e, como exem-plo, destaca a qualidade da água e o seu abastecimento em alta, bem como a necessidade em di-versifi car e desenvolver a activi-dade económica.

Satisfeito por ter sido “a única força política” a apresentar pro-postas no âmbito da elaboração das Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2007, o PS de Castro Verde valoriza a inclusão de muitas destas propostas no documento fi nal.

“Podemos afi rmar a oposição socialista em Castro Verde como uma oposição credível, com projectos e como verdadeira al-ternativa à actual maioria CDU”, pode ler-se no comunicado, onde é ainda anunciado que o partido vai realizar fora do pe-ríodo eleitoral vários contactos com instituições do concelho, “no sentido de perceber melhor as suas realidades”.

Castro Verde

Socialistas fazem balançodo mandato

A Câmara Municipal de Beja promove desde segunda-feira, 26, e até ao dia 9 de Abril, perío-do reservado às férias escolares da Páscoa, uma série de activi-dades para os mais jovens. O objectivo da iniciativa, explica a autarquia em comunicado, é “enriquecer os tempos livres das crianças que residem no concelho de Beja”. Nesse senti-do, a Casa do Lago – localizada junto ao Jardim Público – rece-be até 5 de Abril a “Semana Má-gica: Quem escolhe és tu!”, com ateliers de expressão plástica e de artes circenses. Simultanea-mente, a Biblioteca Municipal promove até segunda-feira, 2 de Abril, o projecto “Do peque-não ao gigantão”, onde se in-cluem várias iniciativas. No dia 2 de Abril, a partir das 15h00, no âmbito do Dia Internacional do Livro Infantil, a biblioteca bejense recebe uma exposição de originais de ilustração de João Caetano, além de ofi cinas de expressões, rodas de leitura e sessões de contos.

Beja

Actividadesanimam férias escolares

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17 sexta-feira2007.03.30

É pois de esperar que o actual clima de agitação social não diminua?Pelo menos a cimeira da Frente Comum, que reuniu na passada semana, propõe uma greve para Maio.

Tem consciência de que os funcionários da admi-nistração pública são encarados depreciativamen-te pelos trabalhadores do sector privado?Como em todas as profi ssões, há bons e maus profi ssionais, mas na generalidade são mais os bons trabalhadores que os maus. Dadas as condições que têm, na generalidade, os fun-cionários públicos desempenham muito bem a sua função. Este crisma que nos querem por há muitos anos, de que somos os maus da fi ta e que o país está assim por causa dos funcioná-rios públicos, não é verdade. Muito do que de bom tem sido feito neste país tem sido feito pela dedicação e empenho dos seus profi ssionais. E se as coisas hoje não estão piores, posso dizer que isso se deve aos funcionários públicos.

Face a este clima de contestação, o número de trabalhadores sindicalizados aumentou?Para ser sincero, e no caso do STAL [no distrito de Beja], estamos a ter um decréscimo de só-cios. Continuamos a sindicalizar, mas não da mesma forma como antigamente. Isto porque há menos gente a entrar para as autarquias e as pessoas que entram é com um contrato a termo resolutivo certo. Isso não lhes garante um deter-minado futuro e [elas] criam algumas resistên-

CONTRA FACTOS

HENRIQUE VILALLONGA

O Coordenador da direcção regional de Beja do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local, Henrique Vilallongaanalisa o momento sindical no Baixo Alentejo numa altura de alguma crispação social

PROFISSÃO: Desenhador na Câmara Municipal de Serpa

CARGO: Coordenador da direcção regional de

Beja do STAL desde 1994; membro da direcção nacional do STAL

NOME: Henrique Jesus Robalo Vilallonga

IDADE: 51 anos

NATURALIDADE: Lisboa

Numa altura em que a Frente Comum anunciou uma greve da função pública para a segunda quinzena de Maio, o coordenador da direcção regional de Beja do Sindicato dos Trabalhado-res da Administração Local (STAL) afi rma em entrevista ao “Correio Alentejo” e à Rádio Pax que o número de sindicalizados no distrito de Beja tem vindo a diminuir nos últimos anos. Crítico de algumas medidas governamentais, Henrique Vilallonga garante igualmente que não há excesso de trabalhadores na administra-ção pública portuguesa.

O Governo quer reduzir o número de funcioná-rios públicos. Do ponto de vista sindical, de que forma encara esse objectivo governamental?Não nos parece que haja funcionários públicos a mais. O que poderá haver é excesso de fun-cionários públicos num determinado sector e menos noutros. Com uma reestruturação e re-formulação dos efectivos, seria possível, man-tendo esses postos de trabalho, modernizar e reequacionar a administração pública, para prestar um melhor serviço ao país e às popu-lações. Esta introdução destes mecanismos da possibilidade de despedimentos e rescisões por mútuo acordo, com trabalhadores no regime de mobilidade, não nos parece a solução mais adequada.

• CONTRA FACTOS É UM ESPAÇO DE ENTREVISTA COM EDIÇÃO NO “CORREIO ALENTEJO” E EMISSÃO NA RÁDIO PAX À QUINTA-FEIRA DAS 18 ÀS 19H00

[a entrevista é retransmitida nas rádios Castrense e Singa]

CARLOS PINTO FRANCISCO PALMA CARVALHO (RÁDIO PAX)

“Temos menos sindicalizados”

cias a sindicalizar-se. E os que estão [sindicali-zados], já se nota, é que com a perda de poder de compra começam a fazer contas e a quota do sindicato pesa. Estamos num contrabalanço em que há alguma retracção na sindicalização. E há situações em que muitos trabalhadores preferem vir pagar a quota directamente ao sin-dicato, para a entidade patronal não saber que são sócios.

Há pressões de algumas autarquias do distrito para que os seus trabalhadores não se sindicali-zem?Não há pressões ou perseguições, mas as pes-soas metem isso na cabeça. Pensam que o facto de serem sindicalizados pode vir a trazer-lhes

Projecto da Amalga mais fracoO coordenador do STAL em Beja admite que o projecto de abastecimento de água em alta promovido pela Amalga pode fi car politicamente, mas não tecnicamente, enfraquecido com a saída certa dos Municípios de Mértola e Ourique, a que se juntam os prováveis abandonos de Barrancos, Castro Verde e Almodôvar. “A saída destas Câmaras pode, politicamente, enfra-quecer o projecto, mas em termos técnicos e de implementação não é pro-blemático”, diz Henrique Vilallonga.Os avanços e recuos em Bruxelas do projecto têm merecido especial aten-ção por parte do sindicato, que juntamente com a CGTP promoveu em Janeiro um debate onde instigaram “à mobilização” de instituições e po-pulação em defesa do projecto. Tudo porque, explica Vilallonga, “o sistema intermunicipal é o que melhor garante o serviço público às populações e fi cará sempre sobre o controlo das autarquias, que é quem está mais perto destas”.“Muitos dos municípios que já entraram no sistema multimunicipal sem pensar muito na questão, hoje querem sair porque a situação em si é insus-tentável. O preço que têm de pagar pela água não é compatível com o preço que cobram às populações”, diz ainda o coordenador do STAL em Beja, sem esquecer o “fantasma” da privatização da Águas de Portugal (AdP).“Em termos de políticas da União Europeia, o caminho é a liberalização dos serviços públicos e mais tarde ou mais cedo parte da AdP acabará por ser pri-vatizada. Aí, as populações e autarquias [no sistema multimunicipal] fi carão sem qualquer tipo de controlo [no abastecimento de água]”, conclui.

prejuízos face à entidade patronal. Posso garan-tir que no distrito de Beja não há perseguições, mas é uma coisa que os trabalhadores interiori-zam. E não é de agora. Quando um trabalhador é contratado por uma Câmara, vamos tentar sindicalizá-lo, mas ele diz que não, que só depois de entrar para o quadro é que se sindicaliza.

Essa retracção na sindicalização tem também a ver com o facto dos sindicatos surgirem, muitas vezes, associados aos partidos mais à esquerda?Poderíamos ser levados a pensar assim, mas acho que não. Porque este tipo de situações tem-se passado em todas as Câmaras, sejam da CDU, do PS ou do PSD. É mais uma situação que foi interiorizada pelas pessoas, sobretudo a malta mais nova. Mas essa politização que se vive, em que “ou és por mim ou contra mim”, pode levar a esse tipo de reacção.

No distrito, há situações que levantem preocupa-ções ao STAL no que toca ao cumprimento dos direitos dos trabalhadores?Não. Não estou a dizer que estamos em paz social, que não é o caso. Mas temos com algu-ma regularidade reuniões com as autarquias quando os problemas surgem ou antecipamos o seu aparecimento. É sempre correspondido o nosso apelo quando as questões são colocadas e tirando uma situação ou outra que possamos, por diferença de opinião ou interpretação, levar a tribunal, temos conseguido resolver, na gene-ralidade, os problemas que nos são colocados.

O clima de instabilidade nas Câmaras é agora maior que há 10 anos?Tenho ideia que sim. Essa incerteza em relação ao futuro começa a passar muito rapidamente entre os trabalhadores das autarquias, conju-gando estas questões todas que estão sobre a mesa, da reforma da administração pública à

Lei das Finanças Locais. O que se sabe e se nota é que há uma generalizada falta de di-

nheiro para pôr as coisas a andar e isso pode criar alguma incerteza e instabilidade em rela-

ção ao futuro. Além do mais, com esta reforma [da administração pública], é proposto que to-

dos passem [para o regime de] contrato individual de trabalho, passando a

haver mapas de pessoal anuais, que serão reajustados conso-

ante as necessidades. A ser concretizado, isto vai criar

ainda maior instabili-dade.

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CORREIO DESPORTIVO

LUZ A ABARROTAR PARA JOGO DO ANO O Benfi ca vai ter casa cheia na recepção ao FC Porto, naquele que poderá ser o “jogo do título”. Rui Costa deve regressar aos convocados de Fernando Santos para a partida de domingo, às 20h15 (SportTv).

SPORTING EM ALTA RECEBE BEIRA MAR Moralizados pelo suado triunfo no Estádio

do Dragão, o Sporting recebe esta segun-da-feira, 2 de Abril, o afl ito Beira Mar, que na primeira volta impôs um empate (3-3) aos leões. Jogo às 20h30 (TVI).

FC PORTO COM CAUTELAS NA LUZ Depois da derrota caseira com o Sporting,

o FC Porto viaja com muitas cautelas a Lisboa, onde vai defender a liderança no Estádio da Luz, diante do Benfi ca. O jogo é no domingo, 1 de Abril.

Baixo Alentejo na rota do Rally de Portugal

Caravana da prova vai andar a “altas rota-ções” nos concelhos de Ourique e Almodôvar no sábado e domingo.

Finlandês Marcus Gronholm vai tentar defender em Portugal a liderança no Mundial de rallies.

Oregresso ao Campeonato do Mundo e duas super-espe-ciais no Estádio do Algarve

marcam a edição 2007 do Rally de Portugal, que voltou esta quinta-feira, 29, à elite da especialidade após seis anos de ausência, com a quinta prova da temporada.

Nos quatro dias da prova, que termina domingo, 1 de Abril, os principais pilotos de rally do Mun-do vão percorrer estradas algarvias e do Baixo Alentejo, em mais uma ronda do Mundial, actualmente liderado pelo piloto fi nlandês Mar-cus Gronholm (Ford Focus), se-guido pelo tri-campeão Mundial, o francês Sébastien Löeb (Citröen C4).

O Rally de Portugal regressa ao convívio dos grandes após a sua exclusão em 2002 e depois de dois anos de candidatura à reintegração do WRC.

A prova arrancou quinta-feira no Estádio do Algarve, “quartel-ge-neral” da prova, com a super-espe-cial de abertura, uma aposta clara da organização, a cargo do Auto-móvel Club de Portugal (ACP), para tentar atrair mais público.

Numa dupla pista de asfalto de 2,03 quilómetros, instalada no rel-vado do recinto, dois concorren-tes correram em simultâneo para defi nir a primeira classifi cação da prova, que começará a “sério” esta sexta-feira, 30, com a primeira de três etapas.

Com Gronholm, Löeb e o fi n-landês Mikko Hirvonen (Ford), ter-ceiro classifi cado, separados por apenas seis pontos no Mundial de pilotos, o Rally de Portugal tem já a garantia de, no plano desportivo, se poder assistir à luta pelos pri-meiros postos do campeonato.

Nos quatro rallies já disputados (Monte Carlo, Suécia, Noruega e

Automobilismo. Prova portuguesa está este ano de regresso ao calendário do Mundial de rallies

sexta-feira2007.03.30 18

FUTEBOL • MODALIDADES • CLUBES • ASSOCIAÇÕES • DESPORTO ESCOLAR

México), Löeb venceu o primeiro e o último e fez um segundo lugar na Suécia, a única prova que Gro-nholm ganhou, mas o fi nlandês está na liderança graças ao terceiro posto no Mónaco e aos dois segun-dos lugares obtidos na Noruega (onde o francês foi 14º) e México.

Nesta altura, Gronholm soma 32 pontos, contra os 28 de Löeb e os 26 de Hirvonen, que saiu vitorioso da Noruega e obteve um quinto e dois terceiros lugares nas outras provas.

As prestações de Gronholm e Hirvonen deram à Ford a liderança no Mundial de construtores, com 58 pontos e 15 de vantagem sobre a Citröen, segunda classifi cada, enquanto a equipa privada Stobart M – Sport, que também corre com carros Ford, ocupa o terceiro pos-to, em igualdade a 19 pontos com a Subaru.

Destaque ainda para a participa-ção do português Armindo Araújo, campeão nacional de rallies, que vai tentar repetir a vitória de 2006, ao volante de um Mitsubishi Lancer WRC, apesar de a prova não pon-tuar para o Mundial de Produção (Grupo N), no qual está inscrito.

Desportivo de Almodôvar, Spor-ting de Braga e os espanhóis do Recreativo de Huelva e do Alon-dras são os quatro emblemas que este ano vão participar na 16ª edi-ção do Torneio Internacional de Futebol Juvenil de Almodôvar. A prova, já tradicional no calendário futebolístico nacional, é organiza-da pela Câmara Municipal local nos dias 6 e 7 de Abril e este ano tem a particularidade de se rea-lizar, pela primeira vez, no novo relvado sintético do Complexo Desportivo de Almodôvar.

Futebol

Torneio juvenil em Almodôvar

Já é conhecido o calendário da Fase Final do campeonato da 2ª Divisão Nacional, onde Aldeno-vense, Cabeça Gorda, Beira Serra e Renascente de São Teotónio vão tentar ocupar uma das duas vagas que dão direito à subida de divi-são. O sorteio da prova realizou- -se esta terça-feira, 27, na sede da Associação de Futebol de Beja e determinou que na primeira jor-nada, dia 14 de Abril, o Beira Serra receba o Cabeça Gorda, enquanto o Renascente de São Teotónio vai visitar o Aldenovense.

Futebol

Fase Final com calendário

O Despertar é o novo campeão distrital de juvenis, sucedendo no historial da prova ao Odemirense. Os jovens bejenses fi zeram a festa do título no passado domingo, de-pois de somarem em casa, diante do Aldenovense (2-1), a 20ª vitória no campeonato em igual número de jornadas. Uma marca impres-sionante que o técnico Fernando Raposo justifi ca ao “Correio Alen-tejo” com o “empenho e trabalho” dos jogadores ao longo da época, tanto nos treinos como nos jogos.

Futebol

Despertar vence título de juvenisAraújo, que ainda só realizou

uma das seis provas do Mundial de Produção, na Suécia, apenas regressará àquela competição na Grécia, mas tem em Portugal opor-tunidade de tentar ombrear com os pilotos da classe “rainha” dos rallies em igualdade de circunstân-cias.

Três troços cronometrados (Ta-

vira, Serra de Tavira e São Brás de Alportel), com dupla passagem, em dois sectores, um de manhã e outro de tarde, marcam o início da luta pelos pontos na sexta-feira, dia em que será disputada a pri-meira etapa.

Com a preocupação clara de não ver repetidos os erros do pas-sado, no que respeita às questões de segurança com público, o ACP criou várias zonas espectáculo e as inéditas “zonas camping”, em que os espectadores terão de aceder ao local até às 24h00 do dia anterior, quando os troços são encerrados até à passagem dos concorrentes.

No sábado, a segunda etapa será composta por mais três troços cronometrados (Silves-Ourique, Ourique e Almodôvar), com dupla passagem, perfazendo seis provas especiais de classifi cação, a dispu-tar no Algarve e Baixo Alentejo.

As quatro últimas “especiais” es-tão marcadas para domingo, com dupla passagem em dois troços (Loulé-Almodôvar e Loulé), que antecederão a super especial de en-cerramento do rally, no Estádio do Algarve, palco da cerimónia de con-sagração dos vencedores do rally.

Francês Sébastien Löeb quer recuperar liderança do Mundial no Rally de Portugal

1.060 militares desta-cados pela GNR para o acompa-nhamento do Rally de Portugal

412,78 quilómetros é a distância que os pilotos vão ter de percorrer no sábado, 31, dia em que o rally de Portugal passa por Ourique e Almodôvar

5 helicópteros estão ao serviço da organização (em 2006 era apenas um)

NÚMEROS

O Desportivo da Baronia con-seguiu a proeza de ser campeão distrital de futsal na época em que se estreou no campeonato da Associação de Futebol de Beja, ultrapassando conjuntos mais ex-perientes como o Bairro da Con-ceição ou o Operário de Rio de Moinhos.

Futsal

Baronia ganha em ano de estreia

Page 19: IVA INCLUÍDO] Sol de Serpa produz energiacorreioalentejo.com/jornal_em_pdf/N052_20070330.pdf · nua no “segredo dos deuses”, mas até ao início do Verão o Governo deverá apresentar

AGENDA

FUTEBOL | 7

Sábado, 31 Juniores | 2ª Divisão Nacional

Fase Final | Zona 3 > jornada 2 Despertar - Atlético [16h00] Torreense - Marítimo [16h00]

Juvenis | Camp. Distrital > jornada 22 Panóias - Barrancos [16h00]

Escolas | Camp. Distrital Fase Final > jornada 4 Odemirense - Moura [11h00] Sp. Cuba - Despertar A [11h15] Figueirense - Boavista [11h15]

Domingo, 1 Seniores | 3ª Div. Nacional

Série F > jornada 23 Amora - Desportivo de Beja [16h00] FC Serpa - Cova da Piedade [16h00] Seniores | Taça do Distrito > meias-fi nais

Barrancos - Moura [16h00] FC Castrense - CD Almodôvar [16h00]

Juniores | Taça do Distrito > fi nal Piense - Bairro da Conceição [16h00]

Juvenis | Camp. Distrital > jornada 22 Vasco da Gama - Ourique [10h30] Desportivo de Beja - FC Serpa [10h30] Aldenovense - Sp. Cuba [10h30] Amarelejense - Despertar [10h30] Almodôvar - Mineiro Aljustrelense [10h30]

MODALIDADES | 4

Sábado, 31 Atletismo

Torneio Atleta Completo [15h00] Beja

Futsal | 3ª Div. Nacional > jornada 22 Miramar - Almodovarense [18h00]

Domingo, 1 Atletismo

Distrital de Provas Combinadas [09h00] Beja

III Circuito Urbano Barrancos 2007 [10h30] Barrancos

sexta-feira2007.03.30CORREIO DESPORTIVO

JORNADA | 22

Lusitano VRSA - Silves ....................................1-1 Campinense - Amora .....................................2-1 Desportivo de Beja - FC Ferreiras ....................1-0 Juventude de Évora - At. Reguengos ..............4-0 Cova da Piedade - Almansilense .....................2-0 Vitória de Setúbal B - Beira Mar MG ...............1-0 Lagoa - Lusitano de Évora ..............................1-1 Descansou: Almansilense J V E D M-S P 1 Lagoa 20 14 2 4 34-18 44 2 Juventude Évora 21 10 5 6 35-24 35 3 Amora 21 9 6 6 23-22 33 4 Desportivo Beja 21 10 3 8 16-14 33 5 Campinense 21 9 5 7 24-23 32 6 Silves 21 8 5 8 29-24 29 7 Vit. Setúbal B 20 9 2 9 28-30 29 8 FC Ferreiras 21 8 4 9 29-29 28 9 Lusitano VRSA 21 7 7 7 21-22 28 10 Cova da Piedade 20 8 3 9 33-31 27 11 At. Reguengos 21 7 5 9 28-35 26 12 Almansilense 20 8 2 10 31-29 26 13 Beira Mar MG 20 6 6 8 22-24 24 14 Lusitano Évora 20 6 4 10 21-27 22 15 FC Serpa 20 4 3 13 15-37 15 16 Vasco da Gama 0 0 0 0 0-0 0

Próxima Jornada | 01.04.2007 Lusitano de Évora-Lusitano VRSA, Silves-Campinense,

Amora-Desportivo de Beja, FC Ferreiras-Juventude de Évora, FC Serpa-Cova da Piedade, Almansilense- -Vitória de Setúbal B e Beira Mar MG-Lagoa

Descansa: At. Reguengos

série F III DIVISAO

TEMPO EXTRA

VIDIGUEIRA RECEBE LAGOA... A equipa sénior da Vidiguei-ra recebe este sábado, 31, a formação do Lagoa, em partida da 4ª jornada da Fase de Apuramento Sul da 1ª Divisão Nacional, em andebol. O jogo está agendado para as 18h00, no Pavilhão Municipal de Des-portos da Vidigueira.

... E ZONA AZUL VISITA VIALONGA. A Zona Azul visita este sábado, 31, a formação do Vialonga. O jogo da 4ª jornada da Fase de Apuramento Sul da 2ª Divisão Nacional em andebol está agendado para as 18h00, no Pa-vilhão Gimnodesportivo local.

MEIO-FUNDO NA COLUMBOFILIA.

Realiza-se este domingo, 1 de Abril, mais uma prova do cam-peonato distrital de meio-fundo da Associação Columbófi la do Distrito de Beja. As soltas para as zonas Sul e Centro-Leste serão na localidade espanhola de Piedra Hita.

DISTRITAL DE FUTSAL. Com o títu-lo 2006-2007 já entregue ao es-treante Desportivo da Baronia, disputa-se no fi m-de-semana a 14ª jornada do campeonato dis-trital de futsal. Esta sexta-feira, às 21h00, o Ferreirense recebe o Bairro da Conceição, enquanto o campeão Desportivo da Baro-nia visita o reduto do Operário de Rio de Moinhos.

Futebol. Selecção nacional arrebatou vitória fi nal na primeira edição do torneio internacional

Campos Verdes de Portugal

Portugal foi o grande vencedor da primeira edição do Torneio Inter-nacional Campos Verdes em selec-ções de sub-20, que entre os dias 22 e 25 colocou o Baixo Alentejo nas “bocas” do futebol nacional. A equipa portuguesa bateu a con-corrência de Cabo Verde, Jordânia e Japão, sendo claramente a mais forte ao longo de toda a prova or-ganizada em conjunto pela Fede-ração Portuguesa de Futebol (FPF) e Associação de Futebol de Beja (AFB). O português Fábio Coentrão foi eleito o melhor jogador do tor-neio e a selecção japonesa recebeu o troféu Fair-Play.

Na primeira jornada, em Mou-ra, os portugueses venceram Cabo Verde (2-0). Depois, Portugal der-rotou pelo mesmo resultado (3-0) as suas congéneres da Jordânia, em Castro Verde, e do Japão, em Beja.

“É de fi car satisfeito, fundamen-talmente quando nesta fase já esta-mos a jogar com equipas que vão estar no Mundial [do Canadá em sub-20]. Estou satisfeito, mas não vou alterar em nada os objectivos que temos para a equipa, até por-que já vi a jogar várias equipas que

vão estar no Mundial e sei que há equipas muito fortes”, sublinhou no fi nal da competição o seleccio-nador nacional.

José Couceiro revelou-se igual-mente satisfeito com a semana de trabalho que os sub-21 e os sub-20 tiveram em Beja, assim como os quatro dias de competição “a sério” proporcionados pelo Torneio Cam-pos Verdes, que lhe permitiram ti-rar “ilações” sobre os atletas a levar ao Canadá.

Êxito e sucesso. O Torneio Campos Verdes colocou o Baixo Alentejo na rota das selecções nacionais e foi muito o público que, tanto nos trei-

nos como nos jogos, “puxou” pelos jogadores portugueses. Um facto que levou o presidente da AFB a considerar a iniciativa um sucesso, “não envergonhando o distrito de Beja e o futebol nacional”.

“É visível que [este torneio] foi um êxito e um sucesso. Apetece fazer mais e esperemos que para o ano possamos repetir esta iniciati-va. Só pela moldura humana que estiveram nos três jogos de Portu-gal valeu a pena esta organização”, disse ao “Correio Alentejo” Fernan-do Dionísio.

Satisfeito, o responsável máxi-mo pelo futebol do distrito subli-nhou igualmente o facto do Baixo Alentejo ter tido a sua imagem projectada “internacionalmente” e quer agora que a competição “marque pontos” desportivamen-te, integrando o calendário ofi cial da FPF e da UEFA.

“Tudo faremos para que este torneio tenha continuidade e a impressão que fi cou foi positiva. Como tal, é quase meio caminho andado para que outras iniciativas possam também ser levadas a efei-to aqui no Baixo Alentejo”, obser-vou Fernando Dionísio, que conti-nua a “sonhar” com uma presença da selecção AA no Baixo Alentejo.

Até lá, o presidente da AFB vai “piscando o olho” ao estágio dos sub-21 antes da partida para o Europeu na Holanda. “Estamos a fazer todas as démarches para que isso possa ser uma realidade”, con-cluiu Fernando Dionísio.

19

A Juventude Desportiva das Ne-ves (JDN) conquistou sete dos dez títulos em disputa no cam-peonato distrital de estafetas, que decorreu no passado sábado, 24, na pista do Estádio Municipal de Odemira. A formação de Nossa Senhora das Neves somou os tí-tulos de iniciados masculinos, juvenis masculinos e femininos, e absolutos masculinos e femi-ninos (ambos em 4x100 metros e 4x400 metros).

Além da JDN, só mesmo Bair-ro da Conceição e Entradense “cantaram vitória”. Os bejenses triunfaram em infantis masculi-nos, enquanto a formação da vila de Entradas foi campeã no esca-lão de infantis femininos. Estes dois emblemas acabaram depois por partilhar a vitória, e respec-tivo título distrital, em iniciados femininos (4x80 metros).

Este fi m-de-semana, a Asso-ciação de Atletismo de Beja pro-move no Complexo Desportivo Fernando Mamede, em Beja, o “Torneio Atleta Completo – Fase Distrital” (sábado, 31, às 15h00) e o “Campeonato Distrital de Pro-vas Combinadas” (domingo, 1 de Abril, às 09h00). Também no do-mingo, a partir das 10h30, realiza-se a terceira edição do “Circuito Urbano Barrancos 2007”, que vai decorrer nas ruas da vila raiana.

Atletismo

JD Neves domina em estafetas

AF BEJA 1ª DIVISAO

JORNADA | 20

Ferreirense - Entradense .................................4-0 Guadiana - FC São Marcos .............................1-1 Odemirense - Barrancos .................................0-2 Piense - Moura ...............................................3-4 CD Almodôvar - Salvadense ...........................5-2 FC Castrense - Vasco da Gama .......................3-0 Mineiro Aljustrelense - Milfontes ....................6-0 J V E D M-S P 1 Aljustrelense 20 13 6 1 58-18 45 2 Moura 20 14 3 3 56-19 45 3 FC Castrense 20 11 6 3 40-15 39 4 Vasco da Gama 20 11 4 5 41-29 37 5 Ferreirense 20 10 4 6 42-25 34 6 CD Almodôvar 20 9 5 6 35-27 32 7 Piense 20 8 3 9 36-42 27 8 FC São Marcos 20 7 4 9 25-36 25 9 Entradense 20 7 3 10 30-45 24 10 Odemirense 20 7 2 11 22-38 23 11 Milfontes 20 6 2 12 29-48 20 12 Barrancos 20 5 3 12 26-47 18 13 Guadiana 20 2 8 10 19-35 14 14 Salvadense 20 3 1 16 18-53 10

Próxima Jornada | 15.04.2007 Milfontes-Ferreirense, Entradense-Guadiana, FC São

Marcos-Odemirense, Barrancos-Piense, Moura-CD Almodôvar, Salvadense-FC Castrense e Vasco da Gama-Mineiro Aljustrelense

MELHORES MARCADORES 1º Dário (Ferreirense) .................................... 15 2º João Pacheco (FC Castrense) .................... 14 Letto (Moura AC) ..................................... 14 Carlos Agatão (Mineiro Aljustrelense) ....... 14 5º José Manuel Rações (Piense) ..................... 13 José Feio (Vasco da Gama) ........................ 13 7º Daniel Agatão (Entradense) ...................... 12 David Pica (Barrancos) .............................. 12 9º Vítor Gisela (Entradense) .......................... 11 Pedro Sanina (Vasco da Gama) ................. 11 Mário Gorjão (CD Almodôvar) .................. 11

AF BEJA 2ª DIVISAO - SÉRIE A

JORNADA | 14

Bairro da Conceição - Cabeça Gorda ..............0-1 Alvito - Atlético de Ficalho .............................6-4 Vale de Vargo - Alfundão ...............................6-1 Aldenovense - Baleizão ..................................8-1 J V E D M-S P 1 Aldenovense 14 11 1 2 42-11 34 2 Cabeça Gorda 14 9 2 3 20-12 29 3 Alvito 14 8 3 3 26-13 27 4 B.º Conceição 14 6 5 3 23-12 23 5 At. Ficalho 14 4 3 7 21-32 15 6 Vale de Vargo 14 3 3 8 17-27 12 7 Baleizão 14 3 3 8 13-25 12 8 Alfundão 14 1 2 11 13-43 5

Apurados para a Fase Final: Aldenovense e Cabeça Gorda

A Juventude Desportiva das Neves (JDN), em parceria com a delegação de Beja do Inatel, promove este sábado, 31, a 13ª edição do seu torneio de tiro. A iniciativa vai decorrer ao longo do dia no pavilhão da Escola 2,3 de Santa Maria, em Beja, na mo-dalidade de tiro com arma de ar comprimido a 10 metros nas disciplinas de Recreio (1ª e 2ª categoria) e de Precisão.

Apoiada pela Câmara Mu-nicipal de Beja, pela Junta de Freguesia de Nossa Senhora das Neves e pela Escola 2,3 de Santa Maria, a prova vai ser a se-gunda do Troféu Regularidade 2006/2007 da delegação bejen-se do Inatel. Na edição de 2006 participaram no torneio da JDN 16 atiradores em representação de três equipas do sul do país.

Tiro

JD Neves e Inatel organizam prova

José Couceiro satisfeito com semana de trabalho em Beja

AF BEJA 2ª DIVISAO - SÉRIE B

JORNADA | 14

Santa Clara-a-Nova - Sanluizense ...................0-3 Beira Serra - Messejanense .............................2-2 São Domingos - Renascente ...........................1-5 Boavista - Alvorada de Ervidel ........................0-2 J V E D M-S P 1 Beira Serra 14 10 3 1 44-14 33 2 Renascente 14 9 3 2 31-12 30 3 Messejanense 14 7 6 1 37-17 27 4 Alvorada 14 6 3 5 14-14 21 5 Sanluizense 14 6 1 7 25-22 19 6 Santa Clara 14 5 3 6 15-23 18 7 Boavista 14 1 2 11 11-42 5 8 São Domingos 14 1 1 12 12-45 4

Apurados para a Fase Final: Beira Serra e Renascente de São Teotónio

O português Fábio Coentrão foi eleito o melhor jogador da pro-va. A selecção do Japão recebeu o prémio Fair--Play.

TORNEIO CAMPOS VERDES

JORNADA | 1 (Moura, dia 22)

Portugal - Cabo Verde ....................................2-0 Japão - Jordânia .............................................0-1

JORNADA | 2 (Castro Verde, dia 24)

Cabo Verde - Japão ........................................1-2 Portugal - Jordânia .........................................3-0

JORNADA | 3 (Beja, dia 25)

Cabo Verde - Jordânia ....................................0-1 Portugal - Japão .............................................3-0

J V E D M-S P 1 Portugal 3 3 0 0 8-0 9 2 Jordânia 3 2 0 1 2-3 6 3 Japão 3 1 0 2 2-5 3 4 Cabo Verde 3 0 0 3 1-5 0

Melhor Jogador | Fábio Coentrão (Portugal) Prémio Fair Play | Japão

Page 20: IVA INCLUÍDO] Sol de Serpa produz energiacorreioalentejo.com/jornal_em_pdf/N052_20070330.pdf · nua no “segredo dos deuses”, mas até ao início do Verão o Governo deverá apresentar

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†- Faleceu o Exmo. Sr. ANTÓNIO FRANCISCO

ALEXANDRE, de 73 anos, natural de Alcaria Ruiva –

– Mértola, solteiro. O fune-ral a cargo desta Agência

realizou-se no passado dia 23, da Igreja Paroquial do

Carmo, para o cemitério de Beja.

BEJA

†- Faleceu a Exma. Sra. D. MARIANA CARAPINHA,

de 90 anos, natural de Quintos - Beja, viúva, O fu-neral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 24, da Casa Mortuária de Quintos, para o cemitério

local.

QUINTOS

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt

†- Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA CECÍLIA, de 87 anos, natural de Quintos -

Beja, viúva, O funeral a car-go desta Agência realizou-se no passado dia 24, da

Casa Mortuária de Quintos, para o cemitério local.

QUINTOS

†- Faleceu o Exmo. Sr. SILVESTRE DOS SANTOS GUERREIRO JANEIRO, de

83 anos, natural de Quin-tos - Beja, viúvo. O funeral

a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 22, da Casa Mortuária de Quintos, para o cemitério

local.

QUINTOS

†- Faleceu o Exmo. Sr. HELIODORO LUÍS LOPES, de 72 anos, natural de San-tiago Maior - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria Ermelinda Marques Janeiro

Lopes. O funeral a cargo desta Agência realizou-se

no passado dia 27, da casa mortuária de Penedo Gor-do, para o cemitério local.

PENEDO GORDO

†- Faleceu o Exmo. Sr. RAÚL JOSÉ RODRIGUES NOGUEIRA, de 75 anos, natural de Moita, casado

com a Exma. Sra. D. Palmi-ra Paixão Lampreia Noguei-ra. O funeral a cargo desta

Agência realizou-se no passado dia 28, da Igreja

Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.

BEJA

†- Faleceu a Exma. Sra. D. GRACINDA BATISTA DOS SANTOS, de 71 anos, natu-ral de Santa Vitória - Beja, viúva. O funeral a cargo

desta Agência realizou-se no passado dia 28, da Casa Mortuária de Santa Vitória,

para o cemitério local.

SANTA VITÓRIA

†- Faleceu a Exma. Sra. D. CUSTÓDIA MARIA DO SA-CRAMENTO, de 92 anos, natural de Salvada - Beja, viúva. O funeral a cargo

desta Agência realizou-se no passado dia 28, da Igre-ja Paroquial do Carmo, para

o cemitério de Beja.

BEJA

†- Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA FORTUNATA DAS ALAGOAS JORGE, de 76 anos, natural de Ferreira do

Alentejo, viúva. O funeral a cargo desta Agência

realizou-se no passado dia 28, da Igreja Paroquial do

Carmo, para o cemitério de Beja.

BEJA

Page 21: IVA INCLUÍDO] Sol de Serpa produz energiacorreioalentejo.com/jornal_em_pdf/N052_20070330.pdf · nua no “segredo dos deuses”, mas até ao início do Verão o Governo deverá apresentar

Avila de Ourique é a partir desta sexta-feira, 30, a “capital” do porco alentejana. Durante três

dias, a primeira edição das jornadas gastronómicas “Sabores do Porco Alentejano” quer “afi rmar e valorizar um produto que alia qualidade e tra-dição” naquele concelho.

O ministro da Agricultura, Jaime Silva, vai estar presente na sessão de inauguração das jornadas, que de-corre esta sexta-feira, 30, pelas 18h00. Na ocasião, o presidente da Câma-ra Municipal de Ourique, Pedro do Carmo, fará a apresentação pública da imagem gráfi ca concebida para o projecto “Ourique - Capital do Porco Alentejano”.

A iniciativa, que pretende reservar um lugar no calendário de eventos da região, assume o desafi o de con-tribuir para o “reconhecimento dos suínos de raça alentejana e das suas especifi cidades próprias, que os dis-tinguem das demais raças de porco preto”.

Organizadas em parceria pela Câmara de Ourique e Associação de Criadores do Porco Alentejano (ACPA), as jornadas terminam no próximo domingo e contam com um vasto programa de actividades.

Numa altura em que, por um lado,

Ministro da Agri-cultura inaugura hoje na vila de Ourique a primeira edição das jornadas gastronómi-cas “Sabores do Porco Alentejano”.

Gastronomia. Vila afi rma-se como a capital do Porco Alentejano

Ourique valorizaPorco Alentejano

CULTURA • EXPOSIÇOES • ESPECTÁCULOS > teatro | cinema | música | tv | radio | video] • GENTES • MODA • SAÍDAS > festas | discotecas] • PRAZERES > viagens | restaurantes | livros] • SERVIÇOS> farmácias | telefones úteis ] • TEMPO

os produtos de porco alentejano têm cada vez mais adeptos e, por outro, se generaliza a denominação de porco preto independentemente da raça, as primeiras Jornadas Gastronómicas “Sabores do Porco Alentejano” que-rem “contribuir para esclarecer e evi-denciar as especifi cidades próprias da raça alentejana” – “Dos processos de criação até à sua transformação e consumo”, passando por questões técnicas que serão abordadas duran-te o certame.

Onze restaurantes do concelho conceberam ementas próprias para este fi m-de-semana e, no Pavilhão Multiusos, mais de uma dezena de

GUIA CULTURAL

GUI’ ARTE

tasquinhas servirão petiscos genui-namente alentejanos com base nas carnes e enchidos de porco alente-jano. No espaço onde decorrem as acções de animação podem ainda encontrar-se stands para venda de produtos regionais.

Divertimento e debate. No sábado, 31, os suínos disputam uma corri-da entre si e participam na prova do “porco ensebado” em disputa com homens e mulheres que queiram aventurar-se. E um dos destaques do programa de animação é, no domin-go, o desfi le de jovens porquinhas, devidamente “enfeitadas” para dis-

sexta-feira2007.03.30

CINEMA | 10

ALJUSTREL Cine-teatro Oriental

Rocky Balboa Domingo | dia 1 | 21h30

ALMODÔVAR Cine-teatro Municipal

Rocky Balboa Sexta | dia 30 | 21h30

BEJA Pax Julia Teatro Municipal

Happy Feet Domingo | dia 1 de Abril | 15h00

Viúva Rica, Solteira Não Fica Segunda | dia 2 de Abril | 21h30

CASTRO VERDE Cine-teatro Municipal

Em Busca da Felicidade Sexta | dia 30 | 21h30

FERREIRA DO ALENTEJO Centro Cultural Manuel da Fonseca

Diamante de Sangue Sexta a domingo | dias 30 a 1 | 21h00

MÉRTOLA Cine-teatro Marques Duque

Diamante de Sangue Sexta | dia 30 | 21h30

MOURA Cine-teatro Caridade

Cartas de Iwo Jima Sexta | dia 30 | 21h15

ODEMIRA Cine-teatro Camacho Costa

Diamante de Sangue Sexta | dia 30 | 21h30

SERPA Cine-teatro Municipal

À Noite no Museu Sexta e domingo | dias 30 e 1 | 21h30

EXPOSIÇÕES | 7

ALJUSTREL Museu Municipal

Até Agosto “O Ciclo do Pão”

ALMODÔVAR Galeria de Exposições da Praça

Até 8 de Abril “Retrospectiva 1955-1963”, pintura de

Raúl Fernandes Gonçalves

BEJA Junta de Freguesia de Mombeja

Até 28 de Abril “Mombeja - Gentes e Património”, foto-

grafi a de João Espinho

CASTRO VERDE Museu da Lucerna

Até 30 de Junho “Decifrando uma Lucerna ou as Viagens

de Ulisses”

FERREIRA DO ALENTEJO Capela de Santo António

Até a 15 de Abril Exposição de fotografi a de Ana Isabel

Pereira

MÉRTOLA Convento de São Francisco

“O Bom, o Mau e o Vilão”- Arte cinética de Christiann Zwanniken

ODEMIRA Biblioteca Municipal

Até 8 de Abril “Abril Mulher”

TEATRO | 2

BEJA Pax Julia Teatro Municipal

“Zé do Telhado”, por KlássiKus Sábado | dia 31 | 21h30

PIAS Salão Polivalente

“E o Texto?”, pelo grupo Brincando e Rindo

Sábado | dia 31 | 21h30

LPN FAZ CENSO DE ABETARDAS A Liga para a Protecção da Nature-

za (LPN) promove este sábado, 31, uma acção de censo de abetardas na Zona de Protecção Especial de Castro Verde.

BANDA EM RIO DE MOINHOS A banda da Sociedade Musical de Ins-

trução e Recreio Aljustrelense actua no domingo, 1, às 16h30, no Centro de Convívio de Rio de Moinhos, no âmbito da “Primavera Musical”.

“ZÉ DO TELHADO” NO PAX JULIA A associação cultural KlássiKus, do Teatro

da Malaposta, encena este sábado, 31, no Pax Julia, em Beja, a peça “Zé do Telhado”, inspirada num texto que Camilo Castelo Branco dedicou ao lendário Zé do Telhado.

21

putar o título de “Miss Piggy 2007”. No mesmo dia serão apresentados os dotes de imitação vocal dos humanos num concurso de grunhidos. Ao lon-go de todo o certame a animação será uma constante, com música popular e grupos corais.

No domingo de manhã terão lu-gar visitas a unidades de produção de porco alentejano e à fábrica de transformação Montaraz de Garvão. Para uma abordagem “mais séria em torno do porco alentejano”, no sába-do, pela manhã, terá lugar um coló-quio subordinado ao tema “O Porco Alentejano, a Gastronomia e a Saúde Humana”, organizado pela ACPA.

Porco Alentejano é “rei e senhor” na vila de Ourique a partir de hoje e até domingo

O grupo feminino “Rosas de Mar-ço” comemora seis anos este sá-bado, 31, com um encontro que juntará nove grupos no Centro Cultural Manuel da Fonseca, em Ferreira do Alentejo. Com início às 15h30, pelo palco vão passar os grupos corais “Os Trabalhadores” e “Rosas de Março”, ambos de Fer-reira; “Gente Nova” de Campinho; “Os Amigos do Cante” ; “Os Ru-rais”; Brisa de São Domingos de Rana; “Ecos” da Quinta do Conde e Folclórico do Calvário.

Ferreia do Alentejo

Rosas de Marçocelebram 6 anos

O primeiro encontro entre jovens autarcas do país, denominado Poder Local Jovem, realizado em Arganil, serviu para lançar “a primeira pedra de construção de um fórum de refl exão e discussão” sobre os novos problemas do Poder Local em Portugal. Na ocasião estiveram presentes os presidentes de câmara de Ferreira do Alentejo, Aníbal Reis Costa (34 anos, PS), de Alco-chete, Luís Franco (34 anos, CDU), de Arganil, Ricardo Alves (29 anos, PSD), de Baião, José Luís Carneiro (35 anos, PS) e, ainda, o presidente da Assem-bleia Municipal de Vouzela, Rui Ladeira (32 anos, PSD). O segundo encon-tro de jovens autarcas realiza-se agora no dia 4 de Abril de 2007, em Ferreira do Alentejo, onde são esperados mais participantes. O grupo “sub-35” do Poder Local português só fi ca completo com os presidentes de câmara de Ourique e Cartaxo (ambos do PS), os de Vila Real de Santo António, Óbidos e Ponta do Sol (todos PSD), e os presidentes das Assembleias Municipais de Barrancos, Constância, Madalena e Moura.

Ferreira do Alentejo

Jovens autarcas sub-35marcam encontro a 4 de Abril

Messejana é palco, até 5 de Abril, da quinzena “Primavera Cultural”. A iniciativa conjuga tradições e modernidade, sendo impulsiona-da por jovens daquela vila em coo-peração com as entidades e asso-ciações da freguesia. Organizado pela Associação Engenho e Arte, o programa promove jogos tradi-cionais, ofi cinas de artes moderna e espectáculos de teatro, música, sevilhanas e uma feira do livro. As receitas serão destinados à cons-trução de um novo infantário.

Messejana

Primaveramuito animada

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22sexta-feira2007.03.30 GUI’ ARTE

Polícia de Segurança Pública 112 Emergência Social

114 Protecção à fl oresta

117 Emergência Social

144

céu limpo

céu nubladoabertasaguaceiroscéu muitonubladomuito nubladocom abertas

chuva

trovoadas

neve

nevoeiro

vento fracomoderado

vento forte

mar calmo

ondulação

geada

Moura

BEJA Serpa

Mértola

Faro

Almôdovar

Sines

CastroVerde

Odemira

Aljustrel

Ferreira do Alentejo

Cuba

Ourique

BarrancosVidigueira

Alvito

Alcácer do Sal

Grândola

Santiagodo Cacém

TEMPO FARMÁCIAS

HOJE/SEXTA | 30

Aljustrel > Pereira. T. 284 602 181 Almodôvar > Ramos. T. 286 665 254 Beja > J.A. Pacheco. T. 284 322 501 Ferreira do Alentejo > Salgado. T. 284 732 242 Mértola > Pancada. T. 286 612 176 Moura > Nataniel Pedro. T. 285 252 338 Odemira > Confi ança. T. 283 300 010 Serpa > Oliveira Carrasco. T. 284 543 485 Vidigueira > Luís A. da Costa. T. 284 434 129

SÁBADO | 31 Aljustrel > Pereira. T. 284 602 181 Almodôvar > Ramos. T. 286 665 254 Beja > Fonseca. T. 284 324 413 Ferreira do Alentejo > Salgado. T.284 732 242 Mértola > Pancada. T. 286 612 176 Moura > Rodrigues. T. 285 252 412 Odemira > Confi ança. T. 283 300 010 Serpa > Central. T. 284 549 107 Vidigueira > Luís A. da Costa. T. 284 434 129

DOMINGO | 01 Aljustrel > Pereira. T. 284 602 181 Almodôvar > Ramos. T. 286 665 254 Beja > Oliveira Suc. T. 284 323 819 Ferreira do Alentejo > Salgado. 284 732 242 Mértola > Pancada. T. 286 612 176 Moura > Faria. T. 285 252 412 Odemira > Confi ança. T. 283 300 010 Serpa > Central. T. 284 549 107 Vidigueira > Pulido Suc. T. 284 434 274

SEGUNDA | 02 Aljustrel > Dias. T. 284 600 020 Almodôvar > Áurea. T. 286 622 251 Beja > Palma. T. 284 322 498 Ferreira do Alentejo > Singa. T. 284 732 235 Mértola > Maktub. T. 286 312 820 Moura > Ferreira Da Costa. T. 285 252 156 Odemira > Central. T. 283 322 183 Serpa > Central. T. 284 549 107 Vidigueira > Pulido Suc. T. 284 434 274

TERÇA | 03

Aljustrel > Dias. T. 284 600 020 Almodôvar > Áurea. T. 286 622 251 Beja > Central. T. 284322899 Ferreira do Alentejo > Singa. T. 284 732 235 Mértola > Maktub. T. 286 312 820 Moura > Nataniel Pedro. T. 285 252 338 Odemira > Central. T. 283 322 183 Serpa > Central. T. 284 549 107 Vidigueira > Pulido Suc. T. 284 434 274

QUARTA | 04

Aljustrel > Dias. T. 284 600 020 Almodôvar > Áurea. T. 286 622 251 Beja > J.A. Pacheco. T. 284 322 501 Ferreira do Alentejo > Singa. T. 284 732 235 Mértola > Maktub. T. 286 312 820 Moura > Rodrigues. T. 285 252 412 Odemira > Central. T. 283 322 183 Serpa > Central. T. 284 549 107 Vidigueira > Pulido Suc. T. 284 434 274

QUINTA | 05

Aljustrel > Dias. T. 284 600 020 Almodôvar > Áurea. T. 286 622 251 Beja > Central. T. 284322899 Ferreira do Alentejo > Singa. T. 284 732 235 Mértola > Maktub. T. 286 312 820 Moura > Faria. T. 285 252 412 Odemira > Central. T. 283 322 183 Serpa > Central. T. 284 549 107 Vidigueira > Pulido Suc. T. 284 434 274

fonte: http//weather.msn.com

PREVISÃO NA REGIÃO DO ALENTEJO

Céu nublado

Chuva

15

05

tem

pera

tura

méd

ia p

r evi

sta

para

hoj

e

OUTROS Centro de Saúde de Beja > Rua António

Sardinha // tel: 284 329 706 Centro Regional de Segurança Social

> Serviço Sub-regional de Beja | Rua Prof. Bento de Jesus Caraça. 25 Beja. //

tel 284 312 700 Táxis > tel: 284 322474 Instituto Politécnico de Beja > Rua de

Santo António, n.º 1 - A // tel: 284 314 400 Posto de Turismo >Rua Cap. João Fran-

cisco de Sousa, n.º 25 // Tel:284 320 281 Polícia de Segurança Pública (PSP) >

Largo D. Nuno Álvares Pereira. // tel: 284 322022 Protecção Civil > Rua D. Nuno Álvares

Pereira. // tel. 284 320 340

SEX

TA

RTP1

SÁB

AD

OD

OM

ING

O

2: SIC TVI CABO/SATÉLITE

07:00 Edição da Manhã 07:05 SIC Kids 09:30 Floribella 11:00 Fátima 13:00 Primeiro Jornal 14:15 O Profeta 15:10 Contacto 17:50 Floribella 19:25 Pé na Jaca 20:00 Jornal da Noite 21:15 Páginas da Vida 23:00 Vingança 01:00 Filme: “Avaria no Asfalto“ 02:25 Bang Bang 03:50 O Olhar da Serpente

07:00 Diário da Manhã 10:00 Você na TV! 13:00 Jornal da Uma 14:00 A Bela e o Mestre 15:00 Inspector Max II 17:00 Quem Quer Ganha 18:00 Morangos com Açúcar IV 20:00 Jornal Nacional 21:15 Euromilhões 21:30 A Bela e o Mestre 22:00 Doce Fugitiva 23:00 Ilha dos Amores 00:00 Tempo de Viver 00:30 Tu e Eu 01:15 A Bela e o Mestre 01:45 Da Ali G Show 02:30 Filme: “Primavera em Roma” 04:15 TVI Negócios 04:30 As Feiticeiras VIII

URGÊNCIAS

TELEVISAO

SOL LUAnascente06h20ocaso18h53

nascente16h08ocaso05h02

nova17 Abr.

crescente24 Abr.

cheia2 Abr.

minguante10 Abr.

15º

PROVÉRBIO POPULAR SOBRE O TEMPO“Saiu o Sol com bico, veio a chuva mais o chuvisco.”

SEGURANÇA

Bombeiros t. 284 311 660 GNR - BT

t. 284 324 428

2-3 m

15º1 m

06:25 Boletim das Pescas 06:30 Bom Dia Portugal 10:00 Portugal Azul 13:00 Jornal da Tarde 14:15 Os Ricos Também Choram 15:05 Portugal Azul 18:00 Portugal em Directo 19:10 28.ª Moda Lisboa 19:15 O Preço Certo 20:00 Telejornal 21:00 50 Anos, 50 Notícias 21:03 Cuidado com a Língua 21:15 Contra Informação 21:45 Um Contra Todos 22:45 Paixões Proibidas 23:30 Nome de Código: Sintra 00:30 Prison Break 02:00 Filme: “Terror na Escuridão” 03:50 28.ª Moda Lisboa 04:00 Musicais: Tony Bennet - - Um Clássico Americano 05:00 Só Visto!

06:30 Brinca Comigo 09:00 Diário de Sofi a 09:30 Os Descobridores 10:30 Automobilismo: Rally de Portugal 11:30 Factor M 13:00 Jornal da Tarde 14:15 Top + 16:00 Marco Paulo 40 Anos de Amor Eterno 18:00 28.ª Moda Lisboa 18:15 Um Contra Todos 20:00 Telejornal 21:00 50 Anos, 50 Notícias 21:03 A Voz do Cidadão 21:15 Dança Comigo 23:15 12 Tangos Adeus Buenos Aires 00:15 Prison Break 02:30 28.ª Moda Lisboa 02:40 Estrelas da Europa - 50

Anos do Tratado De Roma 04:30 A Hora da Sorte 04:45 Televendas

07:00 Euronews 07:15 Zig Zag 14:00 Sociedade Civil 15:30 Entre Nós 16:00 Zig Zag 17:00 National Geographic 18:00 Pica 18:15 Diário de Sofi a 18:30 A Fé dos Homens 19:00 Cuidado com a Língua 19:45 Zig Zag 20:45 Sim, Amor 21:15 National Geographic 22:00 Jornal 2 22:30 Irmãos e Irmãs 23:30 Vidas 00:30 Noites da 2: 00:50 Noites da 2: 01:20 Hora Discovery 02:15 Bastidores 02:45 A Alma e a Gente 03:15 As Origens da Arte 04:15 Sociedade Civil 05:45 Euronew

07:00 Euronews 07:30 África 7 Dias 08:00 Notícias de Portugal 09:00 Universidade Aberta 11:00 Euronews 11:15 Palco: James Taylor - Tributo 12:30 Mundos: Tornar-se um

Homem na Sibéria 13:15 Bombordo: Mamíferos

Marinhos 14:00 Parlamento 15:00 Desporto 2 20:00 Pica 20:15 Kulto 20:45 Diário de Sofi a 21:15 O Meu Bairro 21:45 A Hora da Sorte 22:00 Jornal 2 22:30 Meu Nome é Earl 23:00 Sessão Dupla 02:30 Euronews 02:45 Desporto 2

06:36 SIC Kids 08:40 Disney Kids 10:10 Pucca 10:40 Monsters Warriors 11:00 Uma Aventura na Televisão 11:55 O Nosso Mundo 13:00 Primeiro Jornal 14:00 Êxtase 14:55 Entre Vidas 15:55 Filme 18:05 Filme 20:00 Jornal da Noite 21:00 Perdidos & Achados 21:30 Páginas Da Vida 00:00 Filme: “28 Dias Depois“ 01:45 Socorro 02:40 Rex, O Cão Polícia

06:40 SIC Kids 08:40 Disney Kids 10:10 Pucca 10:40 Monsters Warriors 11:10 Uma Aventura na Televisão 11:45 BBC Vida Selvagem 13:00 Primeiro Jornal 14:00 Filme 16:15 Filme 18:00 Filme 20:00 Jornal da Noite 21:15 Reportagem Sic 21:45 Páginas da Vida 22:30 Hora H 23:30 CSI Miami 01:35 Filme: “Oxigénio” 02:45 Bairro da Fonte 04:00 Rex, O Cão Polícia

07:30 BeyBlade 07:00 Sitting Ducks 08:00 As Aventuras de Jackie

Chan 08:30 Os Flinstones em Viva

Rock Vegas 10:00 O Bando dos Quatro 11:30 deLUXe 13:00 Jornal da Uma 14:00 Filme 16:00 Filme 18:00 Filme 20:00 Jornal Nacional 21:15 A Bela e o Mestre 21:45 Doce Fugitiva 23:00 Ilha dos Amores 00:15 Tu e Eu 01:15 American Psycho 03:00 Medium 04:00 Que Loucura de Família VII 04:30 As Feiticeiras VIII

07:00 Casper 07:30 Sitting Ducks 08:00 BeyBlade 08:30 As Aventuras de Jackie Chan 09:00 Clube Winx 09:30 Morangos Com Açúcar 11:00 Missa - Eucaristia Dominical 12:30 Oitavo Dia 13:00 Jornal da Uma 14:00 Filme 16:00 Filme 18:00 Filme 20:00 Jornal Nacional 21:15 A Bela e o Mestre 00:00 BwinLiga - a jornada, os

casos, o fórum 01:30 Filme 03:30 Que Loucura de Família VII 04:00 As Feiticeiras VIII

SPORT TV: 12:40 Futebol - Premier League Liverpool X Arsenal 15:00 Futebol - Premier League Manchester United X Black

burn Rovers 17:10 Futebol - Premier League Watford X Chelsea 19:10 Futebol - Liga Portuguesa Belenenses X Desp. Aves 21:30 Futebol - Liga Portuguesa Boavista X Paços de Ferreira LUSOMUNDO PREMIUM 18:00 Deuce Bigalow, Um Gigolo na Europa

LUSOMUNDO ACTION 19:40 Sei o que Fizeste no Verão

Passado

LUSOMUNDO HAPPY 00:20 Afi nal Quem Manda Aqui?

LUSOMUNDO GALLERY 21:00 Império do Sol

SPORT TV: 11:00 Futebol - Liga De Honra Rio Ave X Feirense 14:00 Futebol - Liga Italiana Inter Milão X Parma 16:00 Andebol ABC X Benfi ca 20:10 Futebol - Liga Portuguesa Benfi ca X FC Porto

LUSOMUNDO PREMIUM 23:55 Máquina Zero

LUSOMUNDO ACTION 19:45 Alone In the Dark

LUSOMUNDO HAPPY 13:35 Com Jeito Vai... na Pândega

LUSOMUNDO GALLERY 21:00 Parada de Malucos AXN 14:00 Expresso dos Malditos 18:30 O Último Grande Herói

SPORT TV: 12:10 Rugby Escócia X Portugal 20:30 Futebol - Liga De Honra V. Guimarães X Leixões 01:30 Basquetebol - NBA Mavericks X Knicks

LUSOMUNDO PREMIUM 02:00 Águas Passadas

LUSOMUNDO ACTION 23:15 Saw II LUSOMUNDO HAPPY 22:35 Jamaica Abaixo de Zero

LUSOMUNDO GALLERY 22:55 Pearl Harbor

AXN 22:50 Donnie Brasco

93.0Rádio Castrense Castro Verde

92.6 TLA - Telefonia Local de Aljustrel

102.9Maré AltaOdemira

90.0RádioVidigueira

92.8Rádio PlanícieMoura

104.0Rádio SingaFerr. Alentejo

101.4Rádio Pax Beja

104.5Voz da Planície - Beja

RÁDIO

FM

HOJE Céu muito nublado, tornando-se pouco nublado a partir da tarde. Pe-quena descida da temperatura máxi-ma. Neblina ou nevoeiro matinal.

SÁBADOCéu muito nublado, tornando-se pouco nublado ou limpo. Períodos de chuva até ao fi m da tarde. Subi-da da temperatura mínima.

DOMINGOCéu muito nublado, tornando-se pouco nublado ou limpo. Agua-ceiros, especialmente durante a manhã. Descida das temperaturas.

06:25 Boletim das Pescas 06:30 Brinca Comigo 08:25 Missa do Domingo de

Ramos 11:00 Angelus pelo Papa Bento XVI 11:30 O Homem Dos Leões 12:00 Destinos.pt 12:30 Mr. Bean 13:00 Jornal da Tarde 14:15 Só Visto! 15:15 Perdidos 17:30 Anatomia de Grey 18:15 Dança Comigo 20:00 Telejornal 21:00 As Escolhas de Marcelo 21:30 50 Anos, 50 Notícias 21:35 Gato Fedorento 22:30 Filme: “In Good Company” 00:30 Pianíssimo 01:30 Filme: “O Príncipe Valente”

07:00 Euronews 08:00 Músicas De África 08:30 Áfric@Global 09:00 Caminhos 09:30 70x7 10:00 Nós 11:00 Da Terra ao Mar 11:30 Consigo 12:00 Vida por Vida 12:30 Olhar o Mundo 13:00 Recortes 13:45 A Voz do Cidadão 14:00 Desporto 2 19:00 Entre Pratos 19:30 Diga lá Excelência 20:15 Teen Titans 20:30 Futurama 21:00 Bombordo 21:30 A Alma e a Gente 22:00 Jornal 2 22:30 Câmara Clara 23:30 Britcom 00:00 Onda-Curta 00:45 Parlamento

Chuva

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23 sexta-feira2007.03.30284 329 400 PUBLICIDADE

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sudokugrau de difi culdade > ESPECIALISTA

9 1 6 4 2 7 3 8 9 7 4 3 9 8 3 7 1 8 4 2 1 1 3 4 7

9 2 1 7 3 6 8 4 5 8 6 4 9 5 2 7 3 1 7 3 6 1 4 8 6 9 2 3 1 8 6 7 5 9 2 4 2 7 6 3 9 4 1 5 8 5 4 9 8 2 1 3 7 6 6 5 7 4 1 9 2 8 3 4 8 3 2 6 7 5 1 9 1 9 2 5 8 3 4 6 7

solução

INSTRUÇÕES DO JOGOCompletar a grelha (de 9 quadrados) com 81 casas dispostas em 9 colunas alinhando as mesma com os números de 1 a 9, sem que repita nenhum número em cada coluna nem em cada quadrado.

30.03.2007 MÁ

XIM

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TEMPO PARA HOJE. Céu muito nublado, tornando-se pouco nublado a partir da tarde. Pequena descida da temperatura máxima. Neblina ou nevoeiro matinal. pág. 22

p.02 REGIÃO > Baixo Alentejo • p.04 GRANDE ENTREVISTA • p.06 RETRATO 7 DIAS • p.08 ANÁLISES & OPINIÃO • p.10 DINHEIRO & NEGÓCIOS • p.15 VIDA ACTUAL > Sociedade • p.17 CONTRA FACTOS • p.18 CORREIO DESPORTIVO • p.21 GUI’ARTE

15 05

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SÁBADO [21H30] TEATRO EM PIAS No âmbito do Mês do Teatro, do

TEP, o grupo Brincando e Rindo (Açores) apresenta em Pias a peça “E o texto?”

SÁBADO. [22H00] BAILE EM CASTRO VERDE O salão dos Bombeiros Voluntá-

rios acolhe um tradicional Baile da Pinha, com música e dança até de madrugada.

A Associação de Desenvolvimento Terras de Regadio (ADTR) promove nos concelhos de Alvito, Cuba, Fer-reira do Alentejo e Vidigueira, entre os dias 13 e 15 de Abril, o “4 All Chal-lenge Aventura”. A iniciativa insere--se no âmbito do “Projecto i9tur” e pretende proporcionar a todos os participantes “a experiência duma verdadeira ‘Corrida de Aventura’”, que seja, simultaneamente, “um espaço de aprendizagem intercul-tural através da exploração do con-tacto entre participantes e comu-nidades locais”.

O “4 All Challenge Aventura” ar-ranca com um prólogo às 16h00 de dia 13 de Abril no Largo da Casca-ta, na Vidigueira, estando previsto para as 20h30 um jantar de grupo entre todos os participantes no

Desporto. “Corrida” realiza-se em quatro concelhos da região

Baixo Alentejo recebe4 All Challenge Aventura

Portugal

Tabacomata 12 milpessoaspor anoUma estimativa indica que 12 mil pessoas morrem por ano em Portugal devido ao consu-mo do tabaco, apesar de um estudo da Marktest de 2006 indicar que o número de fu-madores diminuiu nos últimos 10 anos. Os indicadores foram fornecidos pela Sociedade Por-tuguesa de Tabacologia.

Actualmente, mais de 26% dos portugueses com mais de 15 anos são fumadores, ou seja mais de dois milhões de adul-tos.

O hábito é muito heterogé-neo entre a população: entre os homens a taxa de fumado-res é mais do dobro (22,8%) da observada junto das mulhe-res (11,2). O grupo etário com mais consumidores é dos 35 aos 44 anos (24,8), apresentan-do-se o valor mais baixo (4 por cento) na faixa entre os 15 e os 17 anos.

Em termos geográfi cos, os residentes na Grande Lisboa e Porto destacam-se da média nacional, com 23,3 e 18,9%, respectivamente.

Em relação à profi ssão, os empregados de comércio, ser-viços e administrativos são os que mais fumam (27,4) e no que respeita a classes sociais, os números variam entre 24,5 por cento das classes alta e média alta e os 7,2 dos indiví-duos de classe baixa.

Na União Europeia, segun-do dados do Eurobarómetro de 2006, Portugal é o país com menos fumadores e com a taxa mais elevada de pessoas que nunca fumaram. De acordo com os valores de tabagismo do ano passado, Portugal con-tava com 58% de não fumado-res.

Iniciativa decorre nos concelhos de Alvi-to, Cuba, Ferreira do Alentejo e Vidigueira.

PIERO DAL MASO GESTOR DA EMPRESA CATAVENTO. [P.03]

A inauguração da central [de Serpa] representa o culminar de anos de esforços administrativos e regulamentares na nossa estratégia de implementar um grande projecto solar em Portugal.“

SEXTA

SUGERE...

pavilhão de exposições da “vila dos Gamas”. A prova continua nos dias 14 e 15, entre Alvito e Ferrei-ra do Alentejo. A “etapa rainha” da competição está agendada para as 10h00 de dia 15, na barragem de Odivelas.

Paralelamente, na noite de 14 de Abril, realiza-se a partir das 21h30 o “4 All Festival Multi-Étnico”, ini-ciativa onde a cultura regional se funde num ambiente de “diversi-

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O vice-presidente do PSD Arlindo Cunha defendeu um “melhor aproveitamento dos aeroportos” já existentes em Portugal, nomeadamente o de Beja, nos próximos 10 a 15 anos em vez da construção do novo aeroporto da Ota. O antigo ministro da Agricul-tura e actual eurodeputado considera ainda que os ae-roportos existentes perto de Lisboa, como Montijo ou Beja, podem ser “aproveitados para os chamados voos de baixo custo, os low cost.

Beja

Arlindo Cunhadefende aeroporto

dade intercultural europeia”. Os es-pectáculos vão decorrer no Largo da Bica, em Cuba, estando previs-tas as actuações de quatro grupos corais de Cuba, Alvito, Vidigueira e Ferreira do Alentejo, além das ban-das Virpulis (da Letónia), Borievka (Eslováquia), Adnan Menderes (Turquia) e Coanhadeira (Galiza – Espanha). O “4 All Festival Multi-Étnico” encerra com um arraial e fogo-de-artifício.

E AINDA...

ESPECIAL JAZZMIN EM ALJUSTREL.

Jovens da vila de Aljustrel parti-ciparam esta semana em vários workshops de instrumentos de música jazz, no âmbito de uma edição especial do Festival JazzMin. Esta edição especial surge após o “êxito extraordi-nário” dos primeiros workshops do festival, que culminaram com a “formação simbólica” da Orquestra JazzMin. A formação da orquestra que sairá desta edição especial do JazzMin vai actuar, sábado, 31, às 21h30, no auditório da Biblioteca Municipal de Aljustrel. Segue-se um espectáculo do projecto de música jazz de alunos de uma escola da Nazaré “Os Meninos da Naza - Jazz Combo”.

ANTÓNIO VITORINO NA OVIBEJA.

O ex-comissário europeu e actual deputado pelo PS António Vitorino vai estar na Ovibeja 2007 para presidir ao colóquio-debate “O Futuro da Europa”. A iniciativa é promo-vida no auditório do Nerbe pelo Governo Civil de Beja no dia 4 de Maio, às 10h30, e vai contar também com as presen-ças do governador civil, Manuel Monge, do eurodeputado João de Deus Pinheiro, do ex-embai-xador em Bruxelas João Diogo Nunes Barata, e da jornalista do “Público” Teresa de Sousa.

WORKSHOPS NA ESTIG.

Os alunos do primeiro e segun-do ano do curso de Turismo da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Beja (Estig) vão participar até 5 de Junho, em diversos workshops “práticos e interactivos”. As iniciativas, que decorrem no âmbito das cadeiras Prática Profi ssional I e II, vão realizar-se sempre no Beja Parque Hotel.