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IX Festival Nacional da Cultura REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA CULTURA E TURISMO REBLICADE M I OÇ AM U E B Q Moçambique

IX Festival Nacional da Cultura · 2018-11-14 · No interior da Casa dos Bicos uma diversificada gastronomia típica representando todas as províncias esperava o Presidente da República

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IX Festival Nacional da Cultura

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA CULTURA E TURISMO

R EPÚ BLICA DEM IOÇAM U EB Q

Moçambique

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Bailado Aruângua

Os presente ainda aplaudiam as vigorosas palavras do Chefe de Estado e já Mamad, o músico beirense fazia ecoar a sua voz pella portentosa aparelhagem instalada mesno

no meio do caldeirão para, no ritimo próprio do Chiveve, interpretar a canção do festival gentilmente escrita por Mia Couto um dos embondeiros de letras do nosso país. A letra que aludia a unidade e um só povo só seria interrompida por um misto de melodias acens-trais que representam a floresta, a savana e a planície que é Sofala. O Bailado Aruângua, encenado por 27 elementos entre dramaturgos e encenadores da Companhia Nacional de Canto e Dança; professores das Escolas Nacionais de Dança e Música; responsáveis de grupos teatrais, actores e músicos da cidade da Beira e 1.470 pessoas entre as quais 1.112 adolescentes e jovens e 358 mulheres provenientes de diferentes grupos culturais e associações da Beira e Dondo representavam numa alegoria espantosa a História do Aruangua, a velha Beira como os portugueses chamaram antes de a cidade ser baptizada pelo nome do Príncipe da Beira.

O Bailado Aruângua, com pouco mais de 45 minutos, retratou a história das comunidades Bantu que habitavam as margens do rio Aruângua actual rio Pungué, a chegada dos mer-cadores árabes que comerciaram em Sofala trazendo especiarias em troca de ouro e mar-fim tendo deixado o legado de uma comunidade muclmana. A chegada dos portugueses e toda a engenhosa trama usada para convencer os desconfiados líderes africanos da sua presença, a dominação e a transformação de moçambicanos em escravos e numa maça trabalhadora levando a repulsa popular que conduziu à Luta de Libertação Nacional. As conquistas do Povo Moçambicano nas áreas de educação, saúde e segurança são repre-sentados por atistas, muitos dos quais, subiram pela primeira vez ao palco naquela festa.

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Inaugurações de benfeitorias culturais

O sol ia alto quando o Chefe de Estado deixou o caldeirão para o centro da cida-de tendo como destino a Casa Provincial da Cultura. Mesmo a entrada Nyusi

delacerou a lápide sobre o Mural Vovó Xipangara Está Zangada uma pintura do Mestre Malangatana Valente Guenha dos anos 70 que com o tempo estava prati-camente apagada. Um aturado trabalho de restauradores no Museu Nacional de Artes devolveu o brilho daquela que é a única obra que o mestre deixou na cidade da Beira pelo menos naquela imponência.

De seguida Nyusi e comitiva galgaram o primeiro andar da Casa Provincial de Cultura para oferecer aos artistas da cidade da Beira, Sofala e regiçao centro de Moçambique, um moderno estúdio de gravação providenciado por fundos pró-prios do Ministério de Cultura e Turismo.

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Feira de Gastronomia

De seguida a comitiva dirigiu-se a Casa dos Bicos, edifício emblemático da Cidade da Beira que em vários anos jazia moribundo para admirar a bela

arquitectura abraçada pelo leito do Chiveve. No interior da Casa dos Bicos uma diversificada gastronomia típica representando todas as províncias esperava o Presidente da República e sua comitiva. Um por um, os pavilhões foram visitados e faltava ao chefe de estado e sua comitiva estómago para muitos sabores. e o famoso Pombué eram expostos para a venda. O Chefe de Estado mostrou mes-mo que a cultura deve ser uma indústria, com seu dinheiro pagou a sua refeição provando um pouco de tudo o que as cozinheiras exibiam deixando para trás o almoço clássico que tinha sido preparado em sua honra.

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Lançamento oficial do IX FNCConcretizadas todas as formalidades, o Gabinete Central do IX Festival Nacional da Cultura, realizou na cidade da Beira, o lançamento oficial deste festa popular.

O centro Universitário de Cultura e Artes (CUCA) da Universidade Pedagógica na Cidade da Beira, foi o local escolhido para acolher as festividades. Numerosos artistas e operadores turísticos da província de Sofala, em representação dos seus pares do todo o país, corporizaram a festa de lançamento que, para além dos dis-cursos oficiais de Maria Helena Taipo, Governadora da Província de Sofala e de Sua Excelência Silva Armando Dunduro, Ministro de Cultura e Turismo, contou também com uma pequena mostra do que Beira esperava acolher na Fase Final do IX Festival Nacional da Cultura.

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Província de Cabo Delgado

Com uma superfície de 77.876 km2, Cabo Delgado é hoje famosa por ser detentora de uma das maiores reservas de hidrocarbonetos (gás natural) do mundo na Bacia do Ro-

vuma. Esta província nortenha é delimitada a sul pela província de Nampula, a Tanzânia pelo rio Rovuma a norte, a província de Niassa a oeste e a leste pelo Oceano Índico.

A par de todas as províncias Moçambique, Cabo Delgado é detentor de um vasto patrimó-nio histórico, cultural e turístico. O antigo entreposto comercial português da Ilha do Ibo e todo o conjunto insular constituído pelo idílico Arquipélago das Quirimbas, constitui um património belo e exótico para a promoção do turismo cultural. A cidade de Pemba com a sua parte velha, de onde a cidade cresceu, destaca-se pela exuberância do Paquetiquete, o bairro suburbano muçulmanizado que guarda um património cultural intangível dos pri-meiros habitantes que prestaram a sua força de trabalho ao Porto de Pemba.

A grande baía de Pemba, a terceira maior baía do mundo, admira pelo encanto das suas praias de areias brancas e águas azuis cristalinas bordejadas de palmeiras. As Praias de Wimbe, do Farol e de Mecúfi, são dos destinos mais procurados, quer por banhistas, quer por investidores nacionais e estrangeiros que ali buscam oportunidades para os seus negó-cios. No norte da província a Praia de Mocímboa e o Parque Nacional das Quirimbas, que se estende do litoral para o continente, protegem tartarugas, golfinhos, dugongos, elefantes, leopardos e muitas outras espécies tornando-se assim, numa raridade em que no mesmo espaço é possível explorar as potencialidades do Turismo de Sol e Praia e o Turismo Ci-

negético.

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Província de Niassa

Com 122.176 km2 Niassa é a província mais extensa e menos habitada de Moçambique. Loca-lizada no extremo setentrional, Niassa faz fronteira com a Tanzânia através do rio Rovuma

a norte, limita-se a sul com as províncias da Zambézia e Nampula, a este delimita-se com Cabo Delgado e a oeste com o Malawi através do Lago Niassa.

O Lago Niassa, antes conhecido por David Livingstone como a Lagoa das Estrelas (tal é o brilho cristalino das suas águas), é o terceiro mais largo lago de África e é partilhado por Moçambique, Malawi e Tanzânia. Neste importante ecossistema lacustre são contadas mais de 600 espécies de peixes a maioria das quais peixes de aquário de rara beleza. O potencial turístico do Lago Niassa em Metangula, Cobué e Meponda ainda continuam por desvendar constituindo o local num dos 5 destinos de eleição de Moçambique. A Reserva de Niassa famosa por grandes manadas de elefantes, búfalos, zebras, girafas e antílopes, continua a ser um dos raros locais da terra onde se pode contemplar uma enorme diversidade faunística.

Com um forte potencial agro-ecológico, Niassa continua a ser limitada no seu desenvolvimento devido as dificuldades de acesso que se degradaram ao longo do tempo. Os sucessivos investi-mentos do Estado moçambicano, quer com a reposição da linha-férrea que liga Niassa ao Porto de Nacala, quer com a asfaltagem de vias rodoviárias constitui um importante tónico para que Niassa revele o seu potencial de celeiro nacional de alimentos. O facto de ter sido das províncias que foram palco da Luta de Libertação Nacional, é evidente nesta província a existencia de um Património Histórico assinalável e potencialmente rico para a exploração do turismo histórico cultural. O local Histórico de Matchedje no distrito de Sanga, que acolheu o II Congresso da FRELIMO é um local de interesse turístico e patriótico que interessa aos visitantes nacionais, especialmente aos jovens estudantes. A par de Matchedje encontramos a Base Nsawise no dis-trito de Mavago, e as Base Mepoche e Ngungunhane no distrito de Lago.

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Província de Nampula

Com 78.197 km2, Nampula, é a província mais populosa de Moçambique. Ha-bitada maioritariamente por uma população de etnia macua, Nampula é de-

tentora de um rico e diversificado Património Cultural. A ilha de Moçambique, classificada pela UNESCO em 1992, como Património Mundial, foi até finais do século XIX a capital de Moçambique fruto de um intenso comércio que desen-volveu com o Oriente mesmo antes da penetração mercantil portuguesa. Como resultado dessa forte presença portuguesa, a Ilha de Moçambique e a região cir-cunvizinha apresentam edifícios históricos como o Palácio de São Paulo, o Museu de Arte Sacra, a Fortaleza de São Sebastião, o Forte de Muchelia, a Capela Nossa Senhora do Baluarte.

A par deste património histórico, Nampula apresenta um conjunto de praias paradi-síacas que aguardam por uma oportunidade de se mostrar ao mundo com a limpidez das suas águas. A Praia de Fernão Veloso localizada a norte da Ilha de Moçambique e nas proximidades da região económica de Nacala e a Praia de Chocas são destinos importantes do turismo doméstico especialmente o que tem origem na cidade de Nampula e do turismo internacional impulsionado pela construção do Aeroporto Internacional de Nacala uma das obras mais imponentes construídas pelo governo de Moçambique depois da independência.

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Província da ZambéziaCom uma densidade populacional de 30 habitantes/km2, Zambézia é, a par de Nampula, a província mais populosa de Moçambique. Os seus limites começam no Oceano Índico a este e se estendem até o Malawi e Tete a oeste. Nampula e Niassa limitam a província a norte e a sul confina com a província de Sofala. A província da Zambézia é detentora de testemunhos históricos de relevo pois foi a partir do Rio dos Bons Sinais que a penetração mercantil e mais tarde colonial portuguesa penetraram na África Oriental e em Moçambi-que. Como resultado disso encontramos na Zambézia edificações como a Igreja da Nossa Senhora do Livramento, a Catedral Velha e a Mesquita de Quelimane que são parte do Património cultural classificado de Moçambique.

A diversidade natural da Zambézia propicia ao turismo de sol e praia que tem nas praias de Zalala, Pebane, Muceliwa e Cubuiri os principais representantes cujo potencial ainda se mantém quase intacto. No interior, a Zambézia apresenta um forte potencial para o turismo cinegético e de montanha onde se destaca a região montanhosa de Gurúe que guarda o se-gundo mais alto ponto de Moçambique, o Monte Namuli com cerca de 2419m nas costas do qual se desenvolvem as plantações do chá. As fontes termais espalham-se por Morrumbala, Lugela, Mocuba, Nicoadala, Pebane, Maganja da Costa e Gilé sendo muito procuradas pelas suas propriedades organoléticas reconhecidas na cura de diversas enfermidades do corpo e da mente.

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Província de Tete

Encrustado em território do Zimbabwe, Zâmbia e Malawi, Tete é conhecida como a província mais quente de Moçambique devido as altas temperaturas

que se fazem sentir na sua cidade capital. Atravessada pelo Zambeze e assente num complexo geológico sedimentar, Tete destaca-se neste momento por possuir importantes jazigos de carvão extraído maioritariamente em Moatize e por possuir a maior albufeira e barragem de África, a Barragem de Cahora Bassa. Com mais de 2.000km2 a albufeira de Cahora Bassa distribuída entre os distritos de Cahora Bassa, Mágoe, Marávia e Zumbo, confunde-se com uma lagoa natural que se tor-na num atractivo importante para a prática de diversas modalidades com interesse turístico. As suas margens tornaram-se um atractivo de diversas espécies faunís-ticas, como o elefante, cudos, impalas, leões, búfalos, hipopótamos e crocodilos.

O rio Zambeze que entra pelo Zumbo cria nesta região de Tete uma extensa planí-cie rica em biodiversidade. Este factor levou ao desenvolvimento do Tcuma Tcha-to (a nossa riqueza) uma área natural bastante apreciada para a caça desportiva, actividades aquáticas e o turismo contemplativo incluindo safaris fotográficos e observaçãoo de pássaros. A par da diversidade cultural, o Monte Zumbo, que faz parte deste ecossistema, é famoso pelas suas fontes termais e águas refrescantes e mineralizadas boas para a saúde humana. Madzwandzwa, uma cadeia montanho-sa localizada a escassos 2km da vila sede de Zumbo, é detentora de uma reserva de águas termais onde é possível igualmente contemplar os vales do Luangwa e do Zambeze, assim como uma grande variedade de espécies faunísticas como o cabrito de montanha.

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Província de ManicaBafejados pela natureza, os 66.661 km2 de área que cobrem esta província não são banhados pelo mar tornando-se numa das províncias do interland de Moçambique. O clima tropical de altitude que domina maior parte desta província, torna-a numa das mais produtivas de Moçam-bique e um cartão de visita importante no que diz respeito a exportação de comida. O Monte Binga com 2439 metros de altitude é o ponto mais alto de Moçambique e importante atractivo do turismo cinegético e de aventura para quem gosta de práticas radicais.

As condições geomorfológicas de Manica propiciam a ocorrência de uma grande varieda-de de minerais alguns dos quais considerados raros como o ouro, mica, asbestos, fluorite, calcopirite, diamantes, minérios de ferro e algumas ocorrências ainda não exploradas de carvão. A par dos recursos minerais, Manica guarda marcas de sociedades do passado atra-vés das Pinturas Rupestres de Chinhamapere consideradas Património Cultural Nacional e que constituem um potencial turístico por ser ainda devidamente explorado.

Chicamba Real, uma barragem construída a 36 Km da cidade de Chimoio é detentora de uma barragem artificial engenhosamente construída num desfiladeiro em V e encrustado em escarpas rochosas e do alto do sistema rochoso se pode contemplar a beleza e a diver-sidade da lagoa. Chimanimani é uma área de conservação transfronteiriça com elevada biodiversidade onde se destacam elefantes, búfalos, antílopes e aloés. Estendendo-se na região fronteiriça com mais de 1756 km2, Chimanimani que acolhi o Monte Binga foi constituído como área de conservação em 1996 pelo governo moçambicano na perspectiva de proteger a sua rica biodiversidade e é hoje um destino turístico para quem prefere o turismo cinegético e de aventura. O clima ameno de Manica propicia o cultivo abundante de citrinos, tabaco, cereais e a criação de animais de pequeno porte com destaque para os galináceos.

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Província de Sofala

Com pouco mais de meio milhão de habitantes, a cidade portuária da Beira foi eleita em 2016 como a Capital Nacional da Cultura ao receber a Fase Final do IX Festival Nacional da

Cultura. Tal como o restante de Moçambique, Sofala é uma preciosidade em termos de recursos culturais e turísticos. Tendo no Parque Nacional de Gorongosa o local emblemático e mítico constituído nos anos sessenta do século passado, a Gorongosa mereceu destaque ao receber um importante investimento do bilionário americano Gregor Karr que permitiu o restauro da flora e fauna daquele que no passado foi um dos maiores Parques Nacionais de África e do Mundo. Em fase de renascimento, é hoje possível visualizar na Gorongosa os emblemáticos mamíferos, como o leão, elefante, búfalo e outros herbívoros que no passado deram fama ao local. A reserva de Marromeu no delta do Zambeze, foi criada para preservar a diversidade animal abundante naquelas paragens. A par desta reserva, Sofala apresenta a maior densidade de coutadas oficiais fazendo com que o espaço reservado a biodiversidade naquela província seja igual ou superior ao espaço reservado ao habitat humano e para a prática da agricultura comercial.

Banhado pelo Índico, Sofala gaba-se de possuir o camarão mais apreciado no mundo apesar de as suas praias perderem na concorrência com o seu vizinho do sul. Ainda assim, as Praias de Macuti, Savane, Sengo e as virgens praias de Muanza constituem um importante cartão de visita para quem quer diversificar o turismo cinegético e o turismo e sol e mar a pouco menos de 100 km.

A par do património natural e turístico, Sofala apresenta uma enorme diversidade cultural com di-versas expressões de dança como o utse, mapadza, makuai, mukapa, mandoa, mandhiki, marodwi, chikema, semba, ndhokodo, ndjole, chitonga varimba, nhacapini, nghetekete, likhubha, maku-lungunde, gundula, cikuzire, djagadja e massesseto. Da gastronomia típica perfilam o thepwe, cherechende, marora, mafuswa no hove, mafunda hakana, mussopo, ngonokono, ntchokobwe, nsima ya mapira, nsima ya gongo, nsima ya mapiramenga, mathapamumano, murivho mbombwe e zhwingobhwe. Artesanato, artes plásticas e artes cénicas, completam o vasto e diversificado património cultural de Sofala.

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Província de Inhambane

Com mais de 68.615 km2, a terra dos vatsuas, vatcopes, bitongas e vandaus, Inhambane e consensualmente reconhecida como o paraíso turístico e cultural de Moçambique e da região

austral de África. Anualmente, milhares de turistas de todo o mundo escalam a província em qua-se todo o ano, quer para visitar as suas praias paradisíacas, quer para se retirar na beleza dos seus espaços insulares comandados pelo quarteto Bazaruto, Benguerua, Magaruque e Santa Carolina (no arquipélago de Bazaruto) onde resorts de classe mundial e uma beleza natural rara aguarda pelos seus visitantes.

As praias de Zavala e de Závora a sul da província, que para além da costa do Índico apresentam um potencial lacustre ainda virgem, são um destino privilegiado de um turismo nacional e inter-nacional que para além do mergulho aprecia a pesca desportiva. Na região central de Inhambane destaca-se a Praia do Tofo, a Baía dos Cocos, a Praia da Barra e a Praia de Jangamo como destinos concorridos em toda a época do ano. No distrito de Massinga destaca-se a Praia de Pomene em-bora em todos os distritos costeiros da província m enorme potencial turístico de sol e praia ainda aguardam a sua vez para se mostrar aos visitantes.

A timbila dos chopes é nesta província uma importante marca cultural elevada pela UNESCO a categoria de Património Oral e Imaterial da Humanidade. No mês de Agosto de cada ano, Quis-sico se veste de Gala para apresentar aos seus visitantes uma das mais exuberantes festas de de-zenas de orquestras de timbila num festival do mesmo nome. A norte da província, Vilanculos se destaca pela presença de marcas indeléveis da presença mercantil árabe realizada com o Grande Zimbabwe através de dois locais histórico: Chibuene mesmo na costa turística de Vilanculos e Manyqueni a escassos quilómetros da costa. A savana arbustiva e os cursos de água do interior são responsáveis por uma diversidade faunística e florística conservada no Parque Nacional de Zinave, Parque Nacional do Bazaruto e Reserva de Pomene que depois de devastadas pela guerra estão agora numa fase de autêntico ressurgimento reclamando um lugar na pérola turística de Inhambane.

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Província de GazaReconhecidanos primeiros anos da independencia como o celeiro da nação devido as extensas planícies do Limpopo e seus afluentes que drenam grande parte de seu território e se tornem espaços de cultivo de arroz, Gaza dista cerca de 200 km da ca-pital moçambicana Maputo. Importante centro histórico cultural onde estão marca-dos sinais visíveis da luta travada pelos moçambicanos contra a penetração colonia portuguesa, Gaza detêm igualmente, um importante potencial turístico.

Banhado pela costa do Índico na sua parte ocidental e por sistemas lacustres sub-li-toraneos, a província tem no turismo de sol e mar um dos seus maiores activos. A cidade de Xai-Xai, capital provincial de Gaza estabelecida mesmo na margem do Limpopo, é um dos locais com maior constelação de objectos turísticos estabeleci-dos na Praia do Xai-Xai. Chongoene a norte e Bilene a sul de Xai-Xai apresentam características peculiares. Banhados pelo indico e salpicados por um sistema de lagoas de água doce e pouco profundas, tornaram-se num destino apetecível, tan-to para o turismo doméstico, maioritariamente abastecido pela cidade de Maputo, quanto pelo turismo regional e internacional que tem na África do Sul, um dos principais centros emissores.

O Parque Nacional do Limpopo, um parque transfronteiriço partilhado conjunta-mente com a África do Sul e Zimbabwe e o Parque Nacional de Banhine, situado entre os rios Limpopo e Changane com exuberante flora e fauna, constituem um marco importante do turismo cinegético de Moçambique.

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Província de Maputo

Com uma superfície de 23.576 km2, a província de Maputo é a mais setentrional província de Moçambique fazendo fronteira com a África do Sul e Suazilândia na parte ocidental,

com a província de Gaza a norte e banhada pelo oceano Índico a leste e sul. Povoada por um grupo etnolinguístico Tsonga, Maputo Província como é conhecida, é detentora do maior Parque Industrial de Moçambique na actualidade.

A província de Maputo conta com um amplo parque turístico que lhe torna um dos locais raros do mundo onde, em pouco mais de 50km, os visitantes podem passar de um conjunto urbano moderno e em franca expansão (a cidade de Maputo), para uma das mais exuberantes reservas naturais do mundo onde se associam espécies faunísticas de elevado valor e praias ricas numa diversidade de espécies marinhas. Com efeito, seguindo da cidade de Maputo em direção a sul rumo a Ponta do Ouro, a província de Maputo apresenta a Reserva Especial de Maputo, as Praias da Ponta do Ouro e Praia da Ponta Malongane.

Na região insular, Maputo apresenta a Ilha de Inhaca com uma importante estação de biologia marítima testemunhando a riqueza da diversidade marítima. A praia da Macaneta que se loca-liza no distrito de Marracuene, a escassos quilómetros da cidade de Maputo, continua sendo ainda um paraíso a ser explorado. A par destes lugares naturais, Maputo apresenta a albufeira dos Pequenos Libombos como um lugar de grande interesse turístico.

As expressões de dança de xipenda, xitchatchatcha, xisaizane, marrabenta, dança do pilão, kwaia, galanga, xingomana, xigubo, makwaela, ngalha, almofariz, muthine, dança nguni, muthimba, massesse, makwayi, xikwakwakwa tihove, xiginya, nkakana, nyama, matapa fa-zem parte da gastronomia típica desta província. O património cultural é complete por artes plásticas, moda, poesia e música ligeira.

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Cidade de Maputo

A Cidade de Maputo é a capital de Moçambique. De perfil cosmopolita, a cida-de das acácias, construída em solo dos rongas, acolhe hoje um pouco de todos

os grupos etnoculturais de Moçambique, da região Austral de África e do Mundo. Verdadeira metrópole, a cidade de Maputo tem na baixa da cidade um conjunto arquitectónico testemunho das suas origens ancestrais datadas do finais do século XVIII quando os primeiros portugueses aportaram na Baía da Lagoa como era conhecdia a baía de Maputo. A Praça da Independência e o edifício do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, a Catedral Nossa Senhora de Fátima, a Casa de Ferro, o Jardim Tunduro, a Fortaleza, a Casa Amarela (Museu Nacional da Moe-da), a Praça 25 de Junho, o Mercado Central e a Estação dos Caminhos de Ferro e todo um conjunto composto de edifícios históricos e seculares que se estende pela margem sul da Avenida 25 de Setembro até ao Porto de Maputo. A Catedral Santo António localizada no bairro da Polana completa este conjunto arqitectónico.

Bordeada pela costa, Maputo tem na sua marginal, que delimita a cidade da Praia da Costa do Sol, um local importante de atração turística onde se desenvolve uma autentica constelação de hotéis, restaurantes, salas de jogos e outros equipamentos de diversão que levam a vibração da cidade de dia e de noite.

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