18
IX SIMPOSIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO III COLÓQUIO INTERNACIONAL DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS E FORMAÇÃO DE PROFESSORES POLÍTICAS E PROCESSOS DE FORMAÇÃO DOCENTE NO TERRITÓRIO IBERO-AMERICANO: CONSTRUINDO UM FUTURO COMUM ANAIS

IX SIMPOSIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - UFSMcoral.ufsm.br/ideia/images/producao/IXsimposionacionalde... · 2016. 10. 19. · Luiz Mario Silveira Spinelli POLÍTICAS E PROCESSOS DE FORMAÇÃO

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: IX SIMPOSIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - UFSMcoral.ufsm.br/ideia/images/producao/IXsimposionacionalde... · 2016. 10. 19. · Luiz Mario Silveira Spinelli POLÍTICAS E PROCESSOS DE FORMAÇÃO

IX SIMPOSIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

III COLÓQUIO INTERNACIONAL DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS

E FORMAÇÃO DE PROFESSORES

POLÍTICAS E PROCESSOS DE FORMAÇÃO DOCENTE NO

TERRITÓRIO IBERO-AMERICANO:

CONSTRUINDO UM FUTURO COMUM

ANAIS

Page 2: IX SIMPOSIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - UFSMcoral.ufsm.br/ideia/images/producao/IXsimposionacionalde... · 2016. 10. 19. · Luiz Mario Silveira Spinelli POLÍTICAS E PROCESSOS DE FORMAÇÃO

UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO

URUGUAI E DAS MISSÕES

Reitor

Luiz Mario Silveira Spinelli Pró-Reitora de Ensino

Rosane Vontobel Rodrigues

Pró-Reitor de Pesquisa, Extensão

e Pós-Graduação

Giovani Palma Bastos Pró-Reitor de Administração

Nestor Henrique De Cesaro

Campus de Frederico Westphalen

Diretor Geral

Silvia Regina Canan Diretora Acadêmica

Elisabete Cerutti

Diretor Administrativo

Clóvis Quadros Hempel

Campus de Erechim

Diretor Geral

Paulo José Sponchiado

Diretora Acadêmica

Elisabete Maria Zanin

Diretor Administrativo

Paulo Roberto Giollo

Campus de Santo Ângelo

Diretor Geral

Gilberto Pacheco

Diretora Acadêmica

Marcelo Paulo Stracke

Diretor Administrativo

Berenice Beatriz Rossner Wbatuba

Campus de Santiago

Diretor Geral

Francisco de Assis Górski

Diretora Acadêmica

Michele Noal Beltrão Diretor Administrativo

Jorge Padilha Santos

Campus de São Luiz Gonzaga

Diretora Geral

Sonia Regina Bressan Vieira

Campus de Cerro Largo

Diretor Geral

Edson Bolzan

IX SIMPOSIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

III COLÓQUIO INTERNACIONAL DE POLÍTICAS

EDUCACIONAIS E FORMAÇÃO DE PROFESSORES

POLÍTICAS E PROCESSOS DE FORMAÇÃO DOCENTE NO

TERRITÓRIO IBERO-AMERICANO: CONSTRUINDO UM

FUTURO COMUM

28 a 30 de setembro de 2016

ORGANIZAÇÃO DO EVENTO

PPGEDU – Programa de Pos-Graduação em Educação -

Mestrado em Educação

COMISSÕES DE ORGANIZAÇÃO

1.Comissão Científica Coordenação: GTs- Grupo de trabalhos

2.Comissão dos ANAIS

Coordenação: Luci Mary Duso Pacheco e Ana Paula Noro

Grabowski

3. Coordenação GTs

Coordenação: Elisabete Andrade

4. Coordenação Pôsteres

Coordenação: Juliane Claudia Piovesan

5. Comissão de Comunicação e Marketing

Coordenação: Gherusa Cassol Pinto e Lais da Rocha

Giovenardi

6. Comissão de Finanças e Captação de Recursos

Coordenação: Edite Maria Sudbrack

7. Comissão de Informática Coordenação: Juliano Alba e Thiago Roberto Sarturi

8. Comissão de Recepção

Coordenação: Anilce Angela Arboit, Janaine Gazzola, Daniela

Veroneze, e Vanessa Eloy

9. Comissão de Hospedagem, transporte e alimentação dos

palestrantes

Coordenação: Marcia Dalla Nora

10.Comissão de Brindes: Coordenação: Edite Maria Sudbrack

11. Comissão de coffe break Coordenação: Fatima Aquino

12. Comissão de Infraestrutura Coordenação: Charleston Braz Teston

13. Comissão de Certificação

Coordenação: Franciele Magalski Bisello

14. Comissão de Decoração Coordenação: Rosangela Ferigollo Binotto

15. Comissão Momento Cultural Coordenação: Vildes Mulinari Gregolon e Claudia Felin Cerutti

16. Pronto Atendimento

Coordenação: Odilara Centenaro

17. Lançamento de Livros Coordenação: Claudia Battestin

18. Exposições e Feira /Mostra Regional

Coordenação: Rosane de Fatima Ferrari e Claudia Battestin

Page 3: IX SIMPOSIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - UFSMcoral.ufsm.br/ideia/images/producao/IXsimposionacionalde... · 2016. 10. 19. · Luiz Mario Silveira Spinelli POLÍTICAS E PROCESSOS DE FORMAÇÃO

UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, EXTENSÃO E PÓS-GRADUAÇÃO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS

PROGRAMA DE POS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO - MESTRADO EM EDUCAÇÃO

CÂMPUS DE FREDERICO WESTPHALEN

IX SIMPOSIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

III COLÓQUIO INTERNACIONAL DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS

E FORMAÇÃO DE PROFESSORES

POLÍTICAS E PROCESSOS DE FORMAÇÃO DOCENTE NO

TERRITÓRIO IBERO-AMERICANO:

CONSTRUINDO UM FUTURO COMUM

ANAIS

Organização

Luci Mary Duso Pacheco

Ana Paula Noro Grabowski

Frederico Westphalen, RS

2016

Page 4: IX SIMPOSIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - UFSMcoral.ufsm.br/ideia/images/producao/IXsimposionacionalde... · 2016. 10. 19. · Luiz Mario Silveira Spinelli POLÍTICAS E PROCESSOS DE FORMAÇÃO

Este trabalho foi licenciado com a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Não

Adaptada. Para ver uma cópia desta licença, visite

http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/

Organização: Luci Mary Duso Pacheco, Ana Paula Noro Grabowski

Revisão metodológica e diagramação: Luci Mary Duso Pacheco, Ana Paula Noro Grabowski

Capa/Arte: Lais da Rocha Giovenardi

Revisão Linguística: Responsabilidade dos (as) autores (as).

O conteúdo de cada resumo bem como sua redação formal são de responsabilidade exclusiva dos

(as) autores (as).

Permitida a reprodução, desde que citada a fonte.

Catalogação na Fonte elaborada pela

Biblioteca Central URI/FW

S621a Simpósio Nacional de Educação (9.: 2016 : Frederico Westphalen, RS)

Anais [do] IX Simpósio Nacional de Educação : III Colóquio Internacional

de Políticas Educacionais e Formação de Professores : políticas e processos de

formação docente no território ibero-americano : construindo um futuro

comum [recurso eletrônico] / Organização: Luci Mary Duso Pacheco, Ana

Paula Noro Grabowski – – Frederico Westphalen : URI – Frederico Westph,

2016.

4120 p.

ISBN 978-85-7796-186-3 (versão Compact disk)

ISBN 978-85-7796-187-0 (versão on-line)

1. Educação. 2. Formação de professores. I. Pacheco, Luci Mary Duso. II.

Grabowski, Ana Paula Noro. III. Título. 1. CDU 371.13

Bibliotecária Gabriela de Oliveira Vieira

URI - Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões

Prédio 9

Câmpus de Frederico Westphalen

Rua Assis Brasil, 709 - CEP 98400-000

Tel.: 55 3744 9223 - Fax: 55 3744-9265

E-mail: [email protected], [email protected]

Impresso no Brasil

Printed in Brazil

Page 5: IX SIMPOSIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - UFSMcoral.ufsm.br/ideia/images/producao/IXsimposionacionalde... · 2016. 10. 19. · Luiz Mario Silveira Spinelli POLÍTICAS E PROCESSOS DE FORMAÇÃO

269

UNIFORMIZAÇÃO CURRICULAR, TESTES ESTANDARDIZADOS E

RESPONSABILIZAÇÃO DE PROFESSORES E GESTORES: OS EFEITOS DAS

AVALIAÇÕES EXTERNAS

Micheli Bordoli Amestoy1

Luiz Caldeira Brant de Tolentino-Neto2

GT3: Avaliação em Larga Escala e a Indução de Políticas Educacionais

Resumo: O objetivo do presente artigo é refletir sobre como os testes e as avaliações externas

influenciam as políticas educacionais, o currículo escolar e como, a partir de seus resultados

podem gerar responsabilizações ou bonificações para alunos, escolas e gestores. Buscou-se

debater como conceitos tão antagônicos como a meritocracia e a gestão democrática podem

estar presentes no mesmo documento - PNE - e serem metas para a próxima década da

educação básica brasileira. Na perspectiva de uma gestão educacional, prioritariamente,

(gerencialista e reguladora) a política de accountability transfere à administração da educação

uma lógica voltada ao mercado, ressignificando o conceito de educação não como um bem e

um direito de todos, mas como um produto, uma mercadoria que pode ser mensurável,

qualificável e comparável.

Palavras-chave: Políticas educacionais. Accountability. Avaliação externa. Educação Básica.

Introdução

As mudanças relacionadas ao papel da escola e a concepção de conhecimento escolar

remodelam o modo de conceber a profissão docente e a formação de professores para a

Educação Básica. Diante da expectativa lançada à escola atual, o professor assume a

importante atividade de mediar a aprendizagem dos alunos considerando diferentes realidades

e universos culturais.

O novo Plano Nacional de Educação (PNE), Lei nº 13.005/2014 tem como foco

planejar e orientar a execução de melhorias no âmbito das políticas públicas educacionais e,

para isso, traça diretrizes e metas para a educação brasileira para a próxima década (2014-

1Doutoranda em Educação em Ciências. Universidade Federal de Santa Maria. Grupo de pesquisa

Interinstitucional Desempenho Escolar e Inclusão Acadêmica - IDEIA/ UFSM. Bolsista da Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). E-mail: [email protected]. 2 Doutor em Educação. Universidade Federal de Santa Maria. Grupo de pesquisa Interinstitucional Desempenho

Escolar e Inclusão Acadêmica - IDEIA/ UFSM. E-mail: [email protected].

Page 6: IX SIMPOSIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - UFSMcoral.ufsm.br/ideia/images/producao/IXsimposionacionalde... · 2016. 10. 19. · Luiz Mario Silveira Spinelli POLÍTICAS E PROCESSOS DE FORMAÇÃO

270

2024). Entre suas metas, destaca-se a meta 7, a qual se relaciona com o fomento da qualidade

da Educação Básica e com a melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, determinando

médias nacionais para serem atingidas pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica -

IDEB até 2021.

A escolha por políticas educacionais com perfil ‘gerencialista’ fica clara no

documento do novo PNE ao estimular metas e estratégias (termos corriqueiros no meio

empresarial, competitivo) para a próxima década. A implantação da gestão por resultados em

um sistema educacional, em especial o do Brasil, aparenta ter menos relações e preocupações

com questões propriamente educativas e muito mais com questões financeiras e

mercadológicas em busca de uma nova governabilidade para a educação pública.

Publicar e divulgar resultados de avaliações externas a partir de testes padronizados,

desconsiderando as condições em que foram elaborados e aplicados, conduz a interpretações,

por vezes, equivocadas sobre os fatores que interferem ou não na relação de ensino-

aprendizagem.

O gerencialismo difunde-se no campo educacional disseminando princípios orientados

pela eficiência financeira (SHIROMA; EVANGELISTA, 2011). Nessa visão gerencialista de

educação, o desempenho dos alunos nos testes é articulado à avaliação dos docentes e à

avaliação da instituição a qual o aluno pertence, concluindo-se dessa articulação que se o

aluno não foi bem nas avalições externas, ou seja, se ele não ‘aprende’ a responsabilidade é

exclusiva do professor e da escola a qual ele faz parte. Nessa relação de ‘culpados’, o Estado e

suas políticas não são em nenhum momento considerados no veredito final.

Porém essa realidade não é apenas brasileira. Em Portugal, segundo Afonso (2009), é

muito semelhante, e fica evidenciado na afirmação do autor sobre a educação portuguesa:

“vivemos num país onde o Estado avalia as escolas, os professores e os alunos, mas onde nem

o Estado nem as políticas públicas são suficientemente avaliados”.

Em um pensamento mais crítico sobre a atual realidade da educação no Brasil,

Shiroma e Evangelista (2011) afirmam que “a busca frenética pela eficácia a qualquer custo

faz do resultado não um fim – como é anunciado –, mas um meio para realizar a estratégia

atualizada dos Bancos para a gestão da educação e o controle dos professores”. As autoras ao

Page 7: IX SIMPOSIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - UFSMcoral.ufsm.br/ideia/images/producao/IXsimposionacionalde... · 2016. 10. 19. · Luiz Mario Silveira Spinelli POLÍTICAS E PROCESSOS DE FORMAÇÃO

271

citar as estratégias dos bancos, referem-se às concepções e intervenções em políticas públicas

realizadas pelo Banco Interamericano do Desenvolvimento e o Banco Mundial em projetos

educacionais brasileiros. Recentemente o Banco Mundial (2010) publicou as bases

conceituais de sua nova estratégia para o setor educacional, de 2010 a 2020. A organização

destaca que “uma cultura de monitoramento e avaliação de resultados deve permear o trabalho

no setor” (BANCO MUNDIAL, 2010, p. 9).

Nesse sentido, surgem cada vez mais avaliações para alunos, professores, instituições

escolares, gestão de professores. Será que é por meio de testes padronizados, cada vez mais

frequentes nas escolas, que conseguiremos melhorar a educação básica? Testar, medir, punir,

ranquear, bonificar, será que estamos mesmo falando de educação? Ou melhor, será que

estamos todos falando de uma mesma concepção de educação?

A accountability no cenário educacional

O termo accountability, de origem inglesa, está presente na literatura mundial há quase

um século. Estudos sobre este tema estão presentes em diversas áreas do conhecimento, como

ciências contábeis, direito, sociologia, publicidade, educação, saúde e principalmente em

pesquisas de administração pública e ciência política.

Embora seja um termo muito usado em diversas áreas, na educação é um termo

recente, e sua tradução mais frequente tem sido responsabilização ou prestação de contas.

Devido à multidimensionalidade do conceito de accountability, Afonso (2009) sugere não

traduzir o termo, pois assim reforça a ideia de que deve significar algo mais do que prestação

de contas. No cenário educacional, o termo accountability está presente na literatura norte-

americana desde a década 1970 (AFONSO, 2012).

No Brasil, o processo de internacionalização das reformas educacionais passa a

introduzir medidas de impacto no campo educacional nos anos de 1990 (FREITAS, 2012;

BROOKE, 2006), desde então a política de accountability vem sendo discutida a partir de

uma variedade de abordagens e perspectivas nem sempre convergentes, e comumente

associadas a um discurso pouco democrático e orientadas por reformas na administração

pública (SCHNEIDER; NARDI, 2014).

Page 8: IX SIMPOSIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - UFSMcoral.ufsm.br/ideia/images/producao/IXsimposionacionalde... · 2016. 10. 19. · Luiz Mario Silveira Spinelli POLÍTICAS E PROCESSOS DE FORMAÇÃO

272

Deste modo, as avaliações em larga escala no Brasil - resultado das reformas

educacionais - estão atualmente atreladas a uma política de accountability, uma vez que,

propiciam a obtenção e divulgação de resultados comparando diferentes contextos e

realidades, sejam elas nacionais ou internacionais, a fim de quantificar (medir) o desempenho

dos alunos e por fim, ‘qualificar’, por meio de notas, o ensino básico.

As avaliações externas constituem-se em políticas públicas que estão em processo de

desenvolvimento desde os anos 1990 com o SAEB (Sistema Nacional de Avaliação da

Educação Básica) e o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), e com a posterior criação

de outras avaliações para aplicação em âmbito nacional, como o caso da Prova Brasil,

Provinha Brasil e a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA).

O IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) foi criado pelo INEP

(Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) em 2007 e representa a iniciativa

pioneira de reunir em um só indicador dois conceitos igualmente importantes para a qualidade

da educação: fluxo escolar e médias de desempenho nas avaliações.

Além destas avaliações e índices nacionais, existem inúmeras outras em âmbito

estadual e municipal que seguem a mesma lógica das correspondentes nacionais. Nos últimos

anos, os discursos sobre ‘testes educacionais padronizados’ crescem e tornam-se cada vez

mais fortalecidos e enraizados, uma vez que se somaram a seus objetivos o controle e a

qualidade do ensino básico nas escolas públicas brasileiras.

Catani, Oliveira e Dourado (2002) salientam que, se por um lado a avaliação

educacional serve como controle da educação para o Estado elaborar políticas públicas, por

outro lado serve também “como mecanismo de introdução da lógica do mercado, visando a

maior competição e desempenho, além de reforçar valores como individualismo e

meritocracia”.

Neste sentido, o que estamos presenciando é uma distorção entre conceitos, em que a

concepção de qualidade está intrinsecamente relacionada às avaliações e recaindo sobre

alunos, escolas e professores, metas e resultados que devem ser alcançados em cada um dos

níveis educacionais.

Page 9: IX SIMPOSIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - UFSMcoral.ufsm.br/ideia/images/producao/IXsimposionacionalde... · 2016. 10. 19. · Luiz Mario Silveira Spinelli POLÍTICAS E PROCESSOS DE FORMAÇÃO

273

Freitas (2013) é favorável à cultura da avaliação, mas não é favorável à cultura da

auditoria que a accountability traz, uma auditoria pesada em cima da escola e dos professores.

Para o autor, implementar esta política no Brasil sem evidências de impactos positivos em

outros contextos que adotam esta política é antiético.

Atualmente, o Brasil encontra-se em um processo de transição de uma política de

responsabilização branda para uma política de caráter forte, ao passo que o PNE em vigor

(2014-2024) tem como estratégia para melhorar a qualidade da educação a meritocracia,

descrita em uma das estratégias da meta 7:

Estratégia 7.36: estabelecer políticas de estímulo às escolas que melhorarem o

desempenho no IDEB, de modo a valorizar o mérito do corpo docente, da direção e

da comunidade escolar (BRASIL, 2014).

Plano Nacional da Educação e a Base Nacional Curricular Comum: o futuro das

avaliações externas

Uma das estratégias estabelecidas pelo novo PNE é a formulação e implementação da

Base Nacional Curricular Comum (BNCC) para melhorar a educação básica, abrangendo a

educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, tanto de escolas públicas quanto

privadas do país.

Um dos objetivos específicos que se pretende atingir por meio da BNCC é assegurar

que todo estudante brasileiro, em todas as regiões do país, tenha garantido o acesso à

aprendizagem de conhecimentos fundamentais, promovendo equidade e maior coerência em

todo o sistema educacional.

A discussão sobre a necessidade de uma base nacional comum curricular no Brasil não

é recente. Segundo a linha do tempo elaborada pelo Ministério da Educação (MEC), a

discussão atual teria se iniciado com a Constituição de 1988, seguindo com a LDB (BRASIL,

1996), a elaboração de Parâmetros Curriculares Nacionais (MEC, 1998a) e culminando com a

promulgação das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica e do Plano

Nacional de Educação (PNE). (BRASIL, 2010). Além disso, a preocupação com ideias de

unificar ações nacionalmente, de modo que cada um dos estados do país caminhe de uma

Page 10: IX SIMPOSIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - UFSMcoral.ufsm.br/ideia/images/producao/IXsimposionacionalde... · 2016. 10. 19. · Luiz Mario Silveira Spinelli POLÍTICAS E PROCESSOS DE FORMAÇÃO

274

forma homogênea, ela é ainda mais antiga que a Constituição de 1988, essa lógica já nasce

desde a época do governo Getúlio Vargas.

Apesar da inexistência até o momento de um currículo nacional obrigatório, temos as

matrizes curriculares elaboradas para as avaliações externas constituindo e organizando uma

configuração curricular e ocupando, inadequadamente, o lugar do currículo. Como exemplo,

temos a Prova Brasil que apresenta apenas um ‘recorte’ do currículo elencado em sua matriz e

mesmo assim, assume o papel de prescrever o currículo nas escolas.

Fica clara uma inversão de papéis, uma vez que, o que deveria ocorrer é que a Prova

Brasil deveria auxiliar o Estado e a sociedade a averiguar se os estudantes obtiveram, de fato,

seus direitos de aprendizagem garantidos. E não uma prova de caráter externo a escola

determinar o que deve ou não ser ensinado em sala de aula, e o resultado dos alunos nessas

provas ser o diagnóstico para ‘medir’ e ‘avaliar’ tanto os estudantes, quanto os professores,

gestores e a própria instituição escolar.

Nesse sentido, Amestoy (2015) descreve que nessa inversão de papéis

[...] as avaliações vêm orientando os conteúdos a serem ensinados e protagonizam

uma situação de padronização do ensino. Ao padronizar o ensino acaba-se

descaracterizando o status de conhecimento e conferindo-lhe o estereótipo de

mercadoria, produto ou resultado a ser divulgado, a fim de receber bonificações e

reconhecimentos ao mérito, o que caracteriza, de fato, os pressupostos de uma

meritocracia” (AMESTOY, 2015, p. 58).

Desenha-se aqui, a emergência de um ‘Estado –avaliador’, ou seja, o Estado passa a

incorporar, “a lógica do mercado, através da importação para o domínio público de modelos

de gestão privada, com ênfase nos resultados e nos produtos dos sistemas educativos”

(AFONSO, 2009, p.49). Isso porque a implementação de mecanismos de um ‘quase-mercado’

educacional, concretiza a remodelação do papel do Estado na condução das políticas públicas

e o fortalecimento nas formas e estratégias de controle educacional.

Tendo em vista uma unificação curricular, os sistemas de avaliações nacionais irão

ganhar ou perder força? Com a proposta de um currículo comum nacional, se projeta um novo

futuro para a produção de materiais didáticos no país, onde os sistemas de apostilamento

exercerão, juntamente com os sistemas de ensino das grandes corporações, grandes pressões

Page 11: IX SIMPOSIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - UFSMcoral.ufsm.br/ideia/images/producao/IXsimposionacionalde... · 2016. 10. 19. · Luiz Mario Silveira Spinelli POLÍTICAS E PROCESSOS DE FORMAÇÃO

275

para a elaboração e distribuição de apostilas de acordo com a base nacional, além da

adequação das avaliações externas a nova proposta curricular.

Nesse sentido, Tolentino-Neto (2015) relata que “Algumas cidades abrem mão de receber os livros didáticos via PNLD para

comprar, com orçamento do município, sistemas apostilados de ensino. A

expectativa difundida pelas empresas é de que a rede escolar terá melhor resultados

nas avaliações externas o que, em algum momento, se traduzirá em benefícios

econômico-sociais” (TOLENTINO-NETO, 2015, p.202).

No entanto, os resultados na Prova Brasil das escolas que utilizam as apostilas não são

maiores do que aqueles de escolas que adotam os livros vindos do PNLD (NASCIMENTO,

2015). E, além disso, os sistemas de apostilados não passam por avaliações oficiais de

qualidade (física e de conteúdo), e ainda, competem por orçamentos municipais destinados à

educação como, por exemplo, recursos para merenda e transporte escolar.

Muito mais do que pensarmos se os sistemas de avaliação irão ganhar ou perder força

frente a um currículo nacional comum, é necessário também refletirmos sobre a importância e

a abrangência que está sendo dada as avaliações externas e como estas estão influenciando,

não só nos currículos escolares, mas também, na oferta de materiais didáticos.

Testes estandardizados e a ideologia gerencialista na Educação

O discurso da busca pela ‘qualidade educacional’ em um contexto de um Estado-

avaliador (Afonso, 2009), enaltece a presença e a execução de dois elementos enraizados

nesse discurso: os testes estandardizados e a lógica de um mercado regulador. A esse respeito

Correia (2010) destaca que:

A cultura da qualidade tende, com efeito, a confundir-se com a multiplicação de

instrumentos de avaliação de tal forma sofisticados que parece desempenhar um

papel mais importante na imposição de uma ordem cognitiva mais ou menos

homogeneizante do que na apreciação e regulação da ação organizacional (p.458).

Diante desse discurso, os testes ganham espaço dentro das instituições escolares, uma

vez que se encontram consolidados em um mercado e em um Estado regulador. O Estado se

torna avaliador porque é regulador, ao adotar um novo perfil, ao consentir políticas que

Page 12: IX SIMPOSIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - UFSMcoral.ufsm.br/ideia/images/producao/IXsimposionacionalde... · 2016. 10. 19. · Luiz Mario Silveira Spinelli POLÍTICAS E PROCESSOS DE FORMAÇÃO

276

possibilitem desvirtuar as prioridades educacionais, ao responsabilizar as escolas e os seus

profissionais pelos resultados nesses testes.

Uma visão gerencialista de educação torna-se cruel quando apenas os índices/

resultados são analisados, ignorando os múltiplos fatores que interferem no desempenho

nesses testes. Ao responsabilizar as escolas e os professores, o Estado ignora as

responsabilidades atribuídas a si próprio, como poder público em prover condições adequadas

de infraestruturas e de trabalho, como também a das famílias desses estudantes, que de acordo

com a Constituição Federal de 1988, Art. 205, compartilha com o Estado o dever da

educação. Nesse sentido, os docentes não são os únicos responsáveis pelo aprendizado dos

alunos, e nem todos os ensinamentos e valores que um professor compartilha com os seus

alunos pode ser apreendido e medido em um teste estandardizado.

Percebe-se uma tendência na educação brasileira, inspirada em culturas de avaliações

de outros países, em determinar “rankings” ou “standards” de aprendizagem e assim,

transfere-se a preocupação em fomentar o desenvolvimento intelectual do educando, para que

este se torne um cidadão minimamente esclarecido para fazer as suas escolhas enquanto no

exercício de sua cidadania, e volta-se para apenas a medição técnica do conhecimento,

esquece-se da humanização presente em muitos dos Projetos Pedagógicos das escolas e

prioriza-se apenas a resposta correta, o “x” no lugar certo.

Nesse sentido, Freitas (2011, p. 10) considera que:

Os testes têm seu lugar no mundo educacional como ferramenta de pesquisa. O

grave problema é que eles foram sequestrados pelo mercado e pelo mundo dos

negócios e nele, as suas naturais limitações são ignoradas. Como vimos

anteriormente, os testes associam à sua função de medir, o papel de controle

ideológico dos objetivos da educação – mais pelo que excluem do que pelo que

incluem – e tem o objetivo de controlar os atores envolvidos no processo educativo.

Sem testes, não há responsabilização e meritocracia – teses fundamentais do

mercado.

Na perspectiva de uma gestão educacional, caracterizada como gerencialista e

reguladora, os testes para medição de ‘aprendizado’, a ‘pedagogia dos resultados e das

competências’ (Saviani, 2007), transferem à administração da educação, uma lógica voltada

Page 13: IX SIMPOSIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - UFSMcoral.ufsm.br/ideia/images/producao/IXsimposionacionalde... · 2016. 10. 19. · Luiz Mario Silveira Spinelli POLÍTICAS E PROCESSOS DE FORMAÇÃO

277

ao mercado e com as regras de que para se atingir a ‘qualidade total’, a meritocracia ou a

avaliocracia (CORREIA, 2005; AFONSO, 2008) sejam o melhor caminho.

PNE e questões antagônicas: da gestão democrática à responsabilização

A gestão democrática da educação está prevista desde a Constituição Federal de 1988

que estabelece no artigo 206 os princípios sobre os quais o ensino deve ser ministrado. Dentre

eles, destaca-se a gestão democrática do ensino público, na forma da lei. A constituição

estabelece que cabe aos sistemas de ensino definirem as normas da gestão democrática do

ensino público na educação básica.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) - Lei 9394/96, no Art. 2, inciso

oitavo, estabelece dentre os princípios e fins da educação nacional a gestão democrática do

ensino público, e no Art. 14, define as normas de gestão democrática para os sistemas de

ensino da educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes

princípios:

I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;

II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

Nessa perspectiva, a gestão democrática pode ser entendida como meio pelo qual

todos os atores sociais que compõem o processo educativo participam da escolha e definição

dos rumos que a instituição escolar deve seguir, de maneira a concretizar as ações e decisões

construídas, pensadas e executadas de forma coletiva e participativa.

Em contrapartida, temos no PNE em vigor (2014-2024) a gestão democrática ancorada

em princípios de meritocracia e desempenho, como exposto na meta 19 ao:

“Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão

democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho

e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo

recursos e apoio técnico da União para tanto” (BRASIL,2014).

Nesse sentido, o PNE apresenta uma visão antagônica aos princípios básicos da gestão

democrática: coletividade e participação. Uma vez que a meritocracia valoriza o rendimento

individual em detrimento da coletividade, em detrimento de uma carreira profissional

Page 14: IX SIMPOSIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - UFSMcoral.ufsm.br/ideia/images/producao/IXsimposionacionalde... · 2016. 10. 19. · Luiz Mario Silveira Spinelli POLÍTICAS E PROCESSOS DE FORMAÇÃO

278

permanente. É o incentivo ao “cada um por si” ou do “salve-se quem puder”. Trata-se

portanto, de políticas consentidas na centralização e no controle de resultados e que, no

cotidiano da escola se traduzem na tensão entre a racionalidade administrativa versus a

racionalidade pedagógica.

Diane Ratvitch - ex-secretária-adjunta de educação e conselheira do secretário de

educação no governo americano do ex-presidente George Bush, e indicada pelo ex-presidente

Bill Clinton para assumir o instituto responsável pelos testes federais americanos - foi a

principal defensora da reforma educacional americana baseada em metas, testes padronizados,

responsabilização do professor pelo desempenho do aluno e fechamento de escolas mal

avaliadas. Porém, Ravitch, mudou de ideia após 20 anos defendendo um modelo que serviu de

inspiração para outros países, entre eles o Brasil. Para Ravitch,

Os testes são necessários e úteis. Mas os testes devem ser suplementados pelo juízo

humano. Quando definimos o que importa na educação apenas pelo que nós

mensuramos, estamos em sérios problemas. Quando isso acontece, tendemos a

esquecer que as escolas são responsáveis por moldar caráter, desenvolver mentes sãs

em corpos saudáveis (mens sana in corpore sano) e formar cidadãos para nossa

democracia, não apenas ensinar habilidades básicas. Nós até mesmo esquecemos de

refletir sobre o que queremos dizer quando falamos em boa educação. Certamente

temos mais em mente do que meramente letramento e cálculo. E quando nós usamos

os resultados dos testes, com todas as suas limitações, como meios rotineiros de

demitir educadores, distribuir bônus e fechar escolas, então distorcemos o propósito

da escolarização de uma vez só (RAVITCH, 2011, p. 190).

O modelo empresarial parece não ser a forma apropriada de melhorar as escolas.

Porém é o modelo desenhado e arquitetado para a próxima década da educação brasileira.

Será que também levaremos 20 anos para descobrir que esse talvez não seja o melhor

caminho para a educação e que nele estaremos cada vez mais distantes de uma gestão

democrática e participativa nas nossas escolas? Ou podemos aprender com as experiências

vizinhas para estabelecer nossas novas rotas?

Considerações finais

Os testes padronizados como ferramentas de pesquisa são importantes no âmbito

educacional. Esses deveriam ter o papel de auxiliar o Estado e a sociedade a identificar se os

Page 15: IX SIMPOSIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - UFSMcoral.ufsm.br/ideia/images/producao/IXsimposionacionalde... · 2016. 10. 19. · Luiz Mario Silveira Spinelli POLÍTICAS E PROCESSOS DE FORMAÇÃO

279

estudantes obtiveram, de fato, seus direitos de aprendizagem garantidos. O problema não são

os testes, e sim, o que está sendo feito com os seus resultados.

Medir, divulgar, bonificar, punir são termos comuns no contexto econômico e

financeiro. A grande questão é a transposição desses termos para a educação, definindo as

responsabilidades de ‘sucesso’ e ‘fracasso’ como se a educação fosse uma mercadoria

mensurável, qualificável e comparável.

A educação não pode ser tratada como um produto, porque simplesmente não é. A

lógica de uma gestão educacional gerencialista está situada na contramão de uma gestão

democrática. Meritocracia e coletividade caminham para lados opostos.

O processo de avaliação é importante para mensurar e diagnosticar os problemas do

ensino. Porém, ao restringir o conceito de qualidade da educação a indicadores como o IDEB

– que tem limitações em seus resultados – o conceito de qualidade recai a uma

vulnerabilidade e fragilidade que dão subsídios a questionamentos e inquietações sobre o que

é de fato qualidade educacional, de que qualidade estamos falando e para quem estamos

falando.

Para conseguirmos melhorias nos níveis de ensino da educação básica é necessário

observar alguns conceitos como, por exemplo, as políticas pedagógicas das escolas, os rumos

do financiamento na educação, o currículo escolar, a formação (inicial e continuada) de

professores, o salário dos professores (valorização salarial), e fundamentalmente o exercício

de uma gestão democrática.

Porém, não é impossível concluirmos pensando e sonhando que seja possível e

desejável pelo poder público construir uma escola, hoje utópica, simultaneamente, com

qualidade científica, pedagógica e democrática.

COMMON CORE CURRICULUM, STANDARDIZED TESTS AND

ACCOUNTABILITY: THE EFFECTS OF EXTERNAL EVALUATION

Abstract: The purpose of this article is to reflect on how tests and external evaluations influence

educational policy and school curriculum. We debate about the antagonistic concepts of

meritocracy and democratic management, presented in the same document - PNE - and setted

as goals for the next decade of Brazilian basic education. From the perspective of educational

Page 16: IX SIMPOSIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - UFSMcoral.ufsm.br/ideia/images/producao/IXsimposionacionalde... · 2016. 10. 19. · Luiz Mario Silveira Spinelli POLÍTICAS E PROCESSOS DE FORMAÇÃO

280

management, the accountability policy transfers the administration of education, setting a new meaning to the concept of education as a product, a commodity that can be measurable,

comparable and qualifying.

Keywords: Educational Policies. Accountability. External Evaluation. Basic Education.

Referências

AFONSO, A. J. Para uma crítica da avaliocracia. OPS! Revista de Opinião Socialista,

Lisboa, n. 2, p. 14-16, 2008.

_____________. Nem tudo o que conta em educação é mensurável ou comparável.

Crítica à accountability baseada em testes estandardizados e rankings escolares. Revista

Lusófona de Educação, 2009,13, 13-29.

_____________. Para uma concetualização alternativa de accountability em educação. Revisa

Educação & Sociedade, Campinas, v. 33, n. 119, June 2012.

AMESTOY, M. B. Articulações entre os interesses dos alunos e livros didáticos:

A voz do estudante na construção curricular de ciências. Dissertação de Mestrado.

Universidade Federal de Santa Maria, 2015. 82p.

BANCO MUNDIAL. Nota de conceitos sobre a estratégia para o setor da educação 2020.

Disponível em: http://siteresources.worldbank.org /EDUCATION/ Resources/ ESSU/

ConceptNote_BR.pdf. Acesso em: 12 jun 2016.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei 9394/96. 1996. Disponível:

<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12907>.Acesso

em: 19 abr. 2016.

______. Plano Nacional de Educação 2014-2024: Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que

aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e dá outras providências. – Brasília: Câmara dos

Deputados, Edições Câmara, 2014. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm> Acesso em:

24 abr. 2016.

______. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e

quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. -

Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/introducao.pdf> Acesso em: 20 abr. 2016.

BROOKE, N. O Futuro das Políticas de Responsabilização Educacional no Brasil. Cadernos

de Pesquisa. São Paulo, v. 36, n. 128, p. 377-401, 2006.

Page 17: IX SIMPOSIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - UFSMcoral.ufsm.br/ideia/images/producao/IXsimposionacionalde... · 2016. 10. 19. · Luiz Mario Silveira Spinelli POLÍTICAS E PROCESSOS DE FORMAÇÃO

281

CATANI, A. M.; OLIVEIRA, J. F. de; DOURADO, L.F. A política de avaliações da

educação superior no Brasil em questão. In: DIAS SOBRINHO, J.; RISTOFF, D. (Org.).

Avaliação democrática: para uma universidade cidadã. Florianópolis: Insular, 2002.

CORREIA, J. A. Contributos para a construção de ‘narrativas educativas’ de esquerda.

Perspectiva, Florianópolis, v. 23, n. 2, p. 407-426, 2005.

_____________________. Paradigmas e cognições no campo da administração educacional:

das políticas de avaliação a avaliação como política. São Paulo, Revista Brasileira de

Educação. v15, n45, set/dez, 2010.

FREITAS, L. C. Responsabilização, meritocracia e privatização: conseguiremos escapar do

neotecnicismo? Texto apresentado no III CEDES UNICAMP. Disponível em: <www.cedes.

unicamp.br/seminario3/luiz_freitas.pdf.2011>. Acesso em: 10/06/2016.

____________. Os reformadores empresariais da educação: da desmoralização do magistério

à destruição do sistema público de educação. Revista Educação & Sociedade, Campinas, v.

33, n.119, p. 379-404, abr./jun. 2012.

____________. Políticas de responsabilização: entre a falta de evidência e a ética. Cadernos

e Pesquisa, São Paulo, v. 43, n. 148, 2013.

NASCIMENTO, K. B. Livro Didático ou Sistemas Apostilados de Ensino: qual garante

melhores resultados nas avaliações oficiais?. In: Acácio Alexandre Pagan; Luiz Caldeira

Brant de Tolentino-Neto. (Org.). Desempenho Escolar Inclusivo. 1ed.Curitiba: CRV, 2015, v.,

p. 187-199.

RAVITCH, D. Vida e morte do grande sistema escolar americano: como os testes

padronizados e o modelo de mercado ameaçam a educação. Trad. de Marcelo Duarte. Porto

Alegre: Sulina, 2011.

SAVIANI, D. O Plano de Desenvolvimento da Educação: análise do projeto do

MEC. Educação & Sociedade, Campinas, v. 28, n. 100, 2007.

SCHNEIDER, M. P.; NARDI, E. L. O IDEB e a construção de um modelo de accountability

na educação básica brasileira. Revista Portuguesa de Educação, v. 27, n. 1, 2014.

SHIROMA, E. O.; EVANGELISTA, O. . Avaliação e responsabilização pelos resultados:

atualizações nas formas de gestão de professores. Perspectiva (UFSC), v. 29, p. 127-160,

2011.

TOLENTINO-NETO, L. C. B. Quando a sala de aula encontra os dados oficiais:

repercussões na educação em ciências. In: Acácio Alexandre Pagan; Luiz Caldeira Brant de

Page 18: IX SIMPOSIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - UFSMcoral.ufsm.br/ideia/images/producao/IXsimposionacionalde... · 2016. 10. 19. · Luiz Mario Silveira Spinelli POLÍTICAS E PROCESSOS DE FORMAÇÃO

282

Tolentino-Neto. (Org.). Desempenho Escolar Inclusivo. 1ed.Curitiba, PR: CRV, 2015, v. 1, p. 201-207.