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r'< i Tm _^_ _*^^v PREÇOS:Y^^O ã/f^ // 1 No Rio $500 ' I v \___J Nos Estados— S60° ANNO XXVIniO DE JANEIRO 12 OE MARÇO DE 1930NUM 1.275 ____E__^' ________vji^___Í__»WBBt^7^N^M___________^itc~ * ^^9_iE&àsa&y vr^íl^ __P*^H ______ <M *~T:______r^^^^H1 ^^_v ___^\ \ -B N ____. , ".^___fem^^^li^"—!<T)/ _____¦ ^J__ -H f f^^^i*j PwSfWJd ^^ _L_i -___«_- ___é -P^.' Uma vez o boi perseguiu Lamparina e . B______-___¦____________¦_¦_¦ _______________________HBÍBP" ,'M_»/___H- a negrinha. assustada, poz cebo ás canellas c trepou . numa jaqueira Depois o ...boi ficou esperando Mas Lamparina passou ú mãe numa ja,ca c zaz! sobre o /__¦ r^^________í_f_PV_____B___t___J ^^\«^ *^B ¦ mw/^^âmm\Wu^*À^HÊÈÊÈ _P_l^^_r^___ 1 ¦ chifrelinou a cabeça para o lado cs- 0 e depois, outra jaca.. . sobre o outro chifre O boi então foi-se embora atra palhado com aquella carga

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I v \___J Nos Estados— S60°

ANNO XXVI niO DE JANEIRO 12 OE MARÇO DE 1930 NUM 1.275

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Uma vez o boi perseguiu Lamparina e .

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a negrinha. assustada, poz cebo ás canellas c trepou .numa jaqueira Depois o

...boi ficou esperando Mas Lamparina passou ú mãenuma ja,ca c zaz! sobre o

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1¦ chifre linou a cabeça para o lado cs-

0 e depois, outra jaca.. .sobre o outro chifre O boi então foi-se embora atra

palhado com aquella carga

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1-2 — Março — lí»:j(l

Juaidando o deliciososabor e perfume do nos-so doce de coco, este bis-coüo marca, como pro-dueto brasileiro, a deli-cadeza de nosso paladatalliada ao esmero de fa-bricaçáo dos melhoresbiscoitos extrangeiros—

6 i s c o i t o sAYJ

_3 0 TICO-TICO

A RÃ E O BOI

Era uma vez, uma rã muito prosaE invejosa:Que quiz ao boi se compararE começou a inchar. ..

E poz-se de ar a encher o papo,Tc que ficou igual a um sapo;E mirando-se na água estagnada,Picou admirada,

De não ter augmenlado,Nem inchado:Ficando igual ao ruminante.E num instante,

De novo a encher o papo, foi:A ver si ficava igual ao boi;

Qual] _ Xem sombra! Que esperança:Pois que a minguada e verde pança

Tão pouco ou nada augmentara,Si bem que cila tanto enchera;Cem pretenção; esperançosaE orgulhosa.

Depois dc encher, mirou-se n'agua,E constatou, cheia de magua.Que era ainda a mesma rã, vil e banal;Asqueirosa habitante daquelle lamaçal.

E olhando então o calmo ruminante,Que pastava no campo verde jante;Encheu: resfollegando o pobre peito,E num suspiro cheio dc despeito

Foi: enchendo, enchendoCom as pupillas baças, estremecendo,O seu mísero corpo, estrebuchouE a rã, que tanto enchera: arrebentou.

Por essa fábula, leitores,Guiae vossos corações;Pois muitas vezes as dores,Derivam das pretenções...

MJIRE\»"*BJ <*\aajl

Sylvio Lago Pereira da Silva.

SECC. PBOPMOINHO INOlU

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O TICO -TICO

(PROPRIEDADE DA SOCIEDADE ANONYMA "O MALHO")Redactor-Chefe: Carlos Manhães — Dir ector-Gerente: Antônio A. de Souza e Silva

Assignatura — Brasil: 1 anno, 25$000; 6 mezes, 13$000 — Estrangeiro: 1 anno, 60$000; 6 mezes, 35$00OAs assignaturas começam sempre no dia 1 do mez em que forem tomadas e serão acceitas annual ou. semestralmente. TODA ACORRESPONDÊNCIA, como toda a remessa de dinheiro, (que pôde ser feita por vale postal ou carta registrada com valor de-clarado), deve ser dirigida á Sociedade Anonyma O MALHO — Travessa do Ouvidor, 21. Endereço telegTaphico: O MALHO —

Rio. Telephones: Gerencia: 2-0518. Escrlptorio: 2-1037. RedacçSo: 2-1017 Officinas: 8-6247.Succursal em São Paulo, dirigida pelo Dr. Plinio Cavai canti — Rua Senador Feijó, 27, 8° andar, salas 86 e 87.

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3 ^F ^\ ^r ¦ _W -tfS-BK.' *__! I* J J5-*£ ___to^^^^^^^B _l_H_h. m ^r^^^^W^m » _áí^^^^^

COMO SE PREPARA AMeus netinhos.:

A maneira artistica de preparar e aprerentar a? igua-

rias dc que nos servimos á mesa é o objecto principal

da culinária.

Um prato arranjado dc maneira attrahente parece

que desperta o appetile no mais enfastiado riyspeptico.

Por isso a culinária é uma arte complicada e na

qual ficou celebre o sempre citado Brillat Savarin, crea-

dor e autor, elle próprio, dos

mais famosos e exquisitos

pratos.

A parte referente á pas-

tellaria, confeitaria e tude

quanto se relaciona com as "sobre-mesas'' requer, en-

tão, variados conhecimentos da arte, além de apuradis-

simo gosto artistiec.

As laranjas, por exemplo, apresentadas artistica-

mente, parecem que têm outro sabor, pois além de agra-

darem ao paladar, alegram antes a vista dos commen-

saes. Qualquer um dc vocês, as neíinhas, principalmen-

LARANJA PARA A MESAte, podem escolher as laranjas maduras e que não te-

nh3m a casca muito fina. Nessas laranias fazem-se in-

cisões semicirculares na casca, deixando dois pontos

vis-a-vis sem cortar, afim de servirem de alça ou asa

da cesta em que a laranja será transformada.

Recortada a alça a que Vovó acima alludiu, reti-

ram-se cuidadosamente os gomos da frueta, que são cor*

lados em pequenos pedaços aos quaes se junta um pou-

co de assucar e gele ralado,

. enchende-se com elles a im-

provisada cesta. Faz-se ain-

da um denticulado nas bor-

das da ceslinha e com finas

tiras de papel chiffon colorido arranjam-se pequenos la-

ços na parte superier da alça da cesta.

Não é preciso dizer mais que, serem servidas as

laranjas assim, a autora do delicado trabalho recebera

cs cumprimentos que merece de todos a quem for apre-

sentada a original e artistica sobre-mesa.

Vovô.

Hfc__^-*_ii » _-i i^i |>-"*^—Tn " - ¦ —_^_i»-^—

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O TICO-TICO — 6- 12 — Março — 11)30

t/T^"^J\S' _\y-í_?*Ne_S5í!ív__JW_3 _9S__S/ OTSCOTSCQ_J^_3»V,Í^_-V5r*^v__.

N A S C I M E N T O S

fiiliü do. - Nasceu o menino Armando, t-l_o cio easaMar:o Teixeira de Novaes-Sra. Maria Augusta da

• - Carlos é O nome do filhinhodo filhinho do -Sr. Carlos Vi-si e de D. Alc.na Leal Vieira. O nascimento verificou e

no dia 15 do mez ultimo.. . Nasteu no dia 19 do mez findo a mensrí» \ em,

filha do .Sr. Victorino de Sá Carneiro e de D. Al ce de

Sá Carneiro.. -. Chamar-se-á Elisabeth; si í lha recem-na

Feliciano da Silveira, funcciónario dc gabinete doesposa Srá. D. Balbina Guedes da Silveira.

Si'. 'Joséis.«'ii'__ro e de sua

A ^ I V È R S A RIOS

Arthur Vieira, nosso'. <- Faz annos hoje o meninonante residente nesta captai.

<- <- Passou, sabbado ultimo, a datanatalicia da graciosa Edéa, íilh'nha doDr. Álvaro Freire.

.> <_> Cybele, encantadora filhinhado Sr. capitão-tenente Dr. Victor Mon-daini, festejou a 25 do mez ultimo a pas-

in da sua data natalicia.J _>' _> Completou hoatem seis annos o

menino Mauro, filhinho do Dr. Adher-bal do Nascimento.

EM LEILÃO...

<s> -> Estão em leilão as seguintesmr ninas e meninos da Rua Desembarga-dor Izidro: Quanto dão pela graça tiaMary? pela intelligencia do João? pelas risadinhas do E'ecio.

P«_-los olhos da Zuleika. pelos sorrisos da Rita? pelo garbode Rosa? pelo geitinho de Ceiia? pela "pose" do Guilherme?

pela meiguice de Oriana? pelos encantos de Gáby? pelabelleza de Magdalena? pelos modos de Fernando? pelosestudos do Jango? pela belleza de Risoleta,u — Mão Negro ?

N A GAIOLA...

por mim

• . Para organizar um alegre viveiro, esco'!'.! cs meusamiguinhos moradores á Rua Barão de Cotegipe: Ruth,uma andorinha; Lygia, uma rola: Nancy, um cohbri; Ma-rilia, um colleiro; Lucinéa, um cardeal; Léa, um tié-sangue;Ccii:'o, um bem-te-vi; Fernando, um canário; Lourdes, umsabiá; Telio, um pardal; Áurea, um azulão; Nilza, uma

graúna; Eunice, um beija-flor; Moema, uma arara; Dec.o,um pardal; Maria de Lourdes, uma jurity; Paulo, _m

pmtasilgo, e eu, um papagao. — S. F.

X O Cl N E _ I A . . .

-> <- Querendo organizar um film: Intitulado Amo/entre as flores, escolhi as seguintes moças e rapazes de d¦-versos bairros: Elza. a ingênua Greta Garbo; Adelaide, aincomparavel Rachel Torres; Mariazinha, a brejeira Dorothy

tastian; Arlette, a alegre Clara Bow; Rosa. a me ga -Maryiai_; Lucilia, a'amorosa Lupè Velez; Mira, a fascinante

Gettã- ifcoudal;. Lyd:a, a admirável Lili Damita; Belnvro,o Ramon Novarro; Celso, o John Gilbert; Wilson, o Adolplr:Menjou; Ernesto. Buster Keaton; Duque, Charles FarreM:Francisco, Charles Montou; Nestor, Charles Chaplin; Wal-demar", C_rle Dane; Alberto o Harold Lloyd, a eu, a mãonegra. — E. S.

* $> Querendo orgairzar um film escolhi os seguintesmeninos e meninas do Externato ele Santa Julia: Elza Gemes,a Doíoi-a dei Rio; Helena, a Poly Moran; Hilda, a Renée

Adorée: Maria Andrade, a Bessie Love;Luiz, o Harold Lloyd; Nadir, a BillieDove; Olinda, a Norma Talmadge; Paulo,o Farin: ; Leste, a Lia Irene; Mauricio, oRod La Rocque; Marino, o Ramo:: No-varro; Elza, a Bebe Daniels; Belmiro. oItihn Gilbert; Darcy, o Richard Dix; An-tonio. o Charles Earrell.

• - Querendo organizar um filmfalado, consegui a cooperação elos seguintesmeninos e meninas da rua DesembargadorIsielro: Marcy, a graciosa Clara Bow; Zu-le:ka. a irresistível Vilma Banky; Célia, abella Belüe Dove; Galdino, o apaixonadoRichard Dix; Nando, o intrépido Tom.\iux; Fernando, o querido Ricardo Cor-tez; Rosa,- a adorável Dolores dei Rio;

leão, o musculoso Jack Dempsey; Onana Carvalho, a elegan-te Mary Pickford; Gaby, a interessante Collen Mcore; Ma-rio, o audaz Buck Jones; Joveüno, o fallecido Rodeiío Va-lentino; Suzana, a catita Baby Pegy; Elza. a inesquecívelCarmen Santos; Waldemar, o galante Levis Tone; Sylvio

José. o galã Ramon Navarro; Daudt, o vistoso Norman Que-ry; Decio, o travesso Jack Coogan; Eliza, a vistosa Pola Ne-

gri (fallecidá); Risoleta, a velha ''Sem Dentes"; Delia, a

querida Lia Tora»

NO P O M A I. . . .

<_ *> Hontem tive o prazer de offerecer á minha boaavó algumas fructas que colhi no meu pomar: Alfredo, umcajá-manga; Aida, uma maçã; Cláudio, um kaki; Cyléne,um cacho de uvas; Alexandre, um pecego; Cybéle, uma man.

ga; Altair, um caju; Áurea, uma ameixa; Mariazinha, uma

pera; Noemia, uma amora; Francisco, um sapoti; Dorothéa,uma tangerina; Jurema, uma avelã; Alfredo M., um morangoe eu, a cesta que conduz estas gostosas fructas. — L. II. C.

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VI — Março — 19.0 o tico-tico

Andou Dona FormiguinhaA. dizer, toda bsólente,Que o mais malandro dos bichosEra a cigarra , indolente,

Que a Cigarra — pobrezinha! —Não pensava c:n trabalharE julgava que na vidaSó é preciso cantar.

¦— Que pensamento exquisito! —¦— Dizia Dona Formiga,Qite da Cigarra — coitada! —Era a maior inimiga! ¦—

— Pois já se viu vida assim?Onde é que ella vae parar,Se passa o dia inteirinhoNas arvores a cantar?

Qual é a dona de casaQue não tem oecupação.E vae, á sombra das arvores,Gerar hymno e canção

Eu juro, minha visinha.Que não protejo indolente!Se ella vier pedir-me esmolaLeva um sabão pela frente.

L"m dia essa cantadeiraFoi á casa da AvózinbaPara supplicar-llie um nacoDe comida, uma csmolinha.

Mas minha Avó — fei bem feito! —Nem migalha quiz lhe dar.Mandou que eiiá fosse embora,Fosse cantar e dansar.

Q Ella que venha hoje em d .Bater no meu formiguei qDizendo que quer comida,

A Ui-iaj sobra do mcalheiro!

R

L

O

s

-Minha vida c có trabalho,E' só guardar nc celteiroO produeto da canceira,Do girar de um dia inteiro'

Eu juro guerra de mcrleAo bicho desoecupadoQue anda a morrer no arvoiedoNum fade bem desgraçado.

E foi falando, falandoDa Cigarra, pobrezinha!Ate que encheu de revoltaA ouvinte, uma largatinin.

— Você quer saber, vizinhaDe uma cousa verdadeira r

gosto — disse a lagarta —De pessoa faladeira.

vr Anda roce, desde muito,A Cigarra injuriando..Eu nunca vi a Cigarra

|_j liater em porta esmolando.-

O que ella faz é cantarà E nas dobras do seu canto

Toda a floresta se agitaNum doce e suave encanto.

E1. habito das formigasCatar tudo que ha no chão,

S Sem deixar p'ra outros bichosUni grão para refeição!

M

A

Você maldiz a CigarraTalvez com ;uá intenção!Deseja que a pobre morraPara roer-lhe o coração.

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O TICO-TICO — 8 — 12 — Marro 1!)30

À Pastorinha D'JOANNA D'4-RC

DESE N HO DE

CICERO VALLADARES

C A P V I I

Terrível foi a desesperada luta: Pothon de Bor^o-nha fez prodígios de valor, e Joanna mais que milagres,até que emfim, um atirador dc arco, natural da Picar-dia, que por entre a cavallaria havia conseguido vir col-locar-se a seu lado, agarrou-a pelas vestes e sacudiu-acom tal força, que deu com ella por terra.• A gloriosa virgem, sem embargo, levan-tou-sc c tornou a combater com novo ardor,até que esgotadas as suas forças, cahiu denovo quasi exanime. Estendeu a vista emtorno, e vendo que todos os valentes que ahaviam seguido lutavam ainda em própriadefesa, convenceu-se de que não havia a es-perar soccorro humano e de que havia soadocmfim a hora fatal que as celestes vozesmysteriosas tinham predito Rendeu-se.pois, entregando sua espada ao cavalleiroLeonel, bastardo do Vendome, que lhe pa-recia a pessoa mais importante de quantasa rodeavam. Ouviu-se, então, um immensogrito, que partindo do Campo burgonhez.resoou no mesmo instante pela França in-teira

Joanna, a donzella de Orleans, estáprisioneira!

Deu-se esta catastrophe no dia 28 dede Maio de 1439. Presa, vendida ao Duquede Borgonha, dominador de Compiégn.e, foiJoanna ainda uma vez vendida por elle aosinglezes. Não queriam matal-a summaria-mente. Precisavam dissipar o encanto dosseus milagres c desmentir a sua missão di-vina.

Com effeito. Começou o seu processoa 9 de Janeiro de 1431 e a 31 de Maio seguin-te, foi condemnada ao foge.

Chegado o dia, foi ao mesmo tempocommunicada a sentença e a próxima exe-cução. Que por um momento fraqueasseaquelle grande coração? Quem ousaria cen-sural-a implacavelmente ao vêl-a chorar,desconsoladamente, a vista de tão cruel sup-olicio?

Coitada de mim, exclamou com ef-feito. Será verdade que tão cruelmente cuseja tratada? que o meu corpo inteiro, o meucorpo immaculado, hoje mesmo seja abraza-do pelas chammas e reduzido a cinzas? Ai!ai, de mim! Quizera ser sete vezes decapi-tada antes que perecer assim numa foguei-ra. Ah! appello para o Juiz Supremo, parao Deus Omnipotente, da cruel injustiça comque me tratam os homens! Assim entretan-to desafogado o justo excesso da sua dôr,voltando a si, Joanna confessou-se e pediuque se lhe administrase o sacramento da Eu-caristia.

Começaram os seus verdugos recusan-do-lhe a communhão, . e não sem motivo.posto que para leval-a á fogueira allegavamcontra ella na sentença os crimes de feitiça-rias, doutrinas schismaticas e idolatrias Obispo porém, mais caritativo como juiz dooue escrupuloso como prelado, disse que

bem podia administrar-se-llie o sacramento e quanto-pcí/i.s.ve: e a ytctyna tom eífeilo Ao retirar-se do ai-

tar. vendo' Joanna' entre outras pessoas presentes tuprisão 0 bispo Cauchon. que era quem a havia senten-ciado, não pôde. deixar de exclamar:

— Ah! Sr bispo! Sr bispo' Com que sois vósquem me mata? È voltando-sc em seguida para frei Pe-dro. um dos religiosos que a haviam exhortado a bemmorrer. interpe!lou-o deste modo.

-• Ah! frei Pedro: onde estarei eu esta tarde'Não tendes confiança em Deus5 — replicou o frade

' ,— Tenho fc. respondeu-lhe a sentenciada, e com ofavor da Providencia espero vêr-me esta tarde no Pa-raiso Neste momento, avisaram-na de que a canetaque havia dè conduzil-a ao supplicio a estava esperan-do

Acabavam de soar nove horas da manhã

(Continua)

a yz,~ .,i-i w i ,i*v ,

H

Começou o seu processo a 9 de Janeiro Ide 143! e a 31 de Maio seguinte. toi con- jdemnada ao togo. á jP

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Brasil radioso de amanhãO^^^^ammmammmuuumm MM|MMH |a Wn ¦jMgWSMMM» Bb-\

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Cada menino é um amigo d'0 TICO-TICO. E O TICO-TICO é um amigo de todos os meninos.

:<Tt<í f W^«^# x^l;^ w^

No pateo de uma escola, em companhia d' O TICO-TICOii-

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jf\~ ijàWssV MiW / ^

=] LYDIA e LAÍS, filhinhos do IMARIO, filho do Sr. Luiz M.

Santos.

nosso auxiliar Manoel Aquino CECILIA, mha, do Sr. Luizde Hollanda M Santos

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(Rincão dourado de òonfkoò£den querido de encantos

Vida, succcsso, gloria, confidencias,anecdoías de iodos os artistas decinema. Relicario dos mais bellosretratos de estrellas dos cinemasbrasileiro, norte-americano e euro-peu. O mais bello presente para a

menina e para a moça e

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(Cinearte-(XHum

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para

1 ^^"IfW¦Mb

__354J______fi_______0Í^j_fcl^__f

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fm\ M> mnwtWtP**^ná venda em Iodos os jornaleiros

Se na sua terra não ha venòeoorbe jornaes, env>íe*nos boje mesmo9S000 em bínbeíro. por carta regís-traoa, cbeque, \>ale postal ou sellosbo Correio, para que Ibe enviemosum ercemplay beste rico annuario.Socíebabe Hnonçma "® /Ifcalbo"Travessa do Ouvidor, 21 - Caixa postal 88O

Rio dc Janeiro

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12 — Março J930

Fu-TcheúCAMPEÃO DO TURISMO

OOOOOOOOOOOOO

oPor A R de Ronoele oDesenho de Cicero oValladares o

oOOOOOOOOOOOOO

CAP IV (Continuação)

— 11 —

Os dois partidos usa vaio

para se distinguirem barrettes

azues e amarellos

O Imperador tora encarce-

raao e estava ameaçado de mor-

te, si não entregasse ao preten-

dente do throno o barrette de

doze pingentes. ornado de cin-

"Enviado por elle. eu venhc coenta e tres pedras preciosas.

vos governar, si depuzerdes as attnbuto distinctivo do monar-

armas, eu vos prometto que to- cha

dos conservarão os seus cargos Fu-Tcheú tomou o com-

e que a todos será ministrado o mando dos partidários do barret- unindo, em seguida, o conselho

dos príncipes, o Impe-

0 TICO-TICOte azul e dentro de pouco tem-

po. libertava o monarcha. resti-

tuindo-lhe o throno. que estive--

ra ameaçado de perder O Impe-

rador agradecido, chamou-o pa-

ra iunto de si, e nomeou-o pn-

meiro ministro

Tão inestimáveis serviços

prestou Fu-Tcheú ao soberano,

que este conferiu-lhe o titulo de

principe de sangue, dando-lhe

sua filha em casamento Re-

necessário, para vive-

rem contentes, no seio

de suas familias

Os rebeldes depu-

zeram as armas; e a

província viveu dali

por diante na paz e

na abundância

Tempos depois, for-

mou-se entre os prin-

cipes um forte parti-

do, querendo derru-

bar o soberano, que

pertencia á família

dos "Hang", ou do

céu azul, afim de ser

elevada a família de"'Cang" ou do céu,

amarello

tic.no j foi governado com tanta justiça, JKWlap. .es

rador designou Fu-

Tcheú para seu sue-

cessor

D'ahi a aguus an-

nos. o pobre sapatei-

rinho de Lon era Im-

perador da China!

E durante o seu rei-

nado. o paiz foi gover-

nado com tanta jus-

tica. e com tanta sa-

sabedoria, que depois

de sua i_jorte foi elle

divinisado. e seu no-

me perpetuado peios

historiadores, como

um dos deuses tutela-

res da China (Ftm)

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O TICO-TICO 12 Iam* 19W

O COELSilNHO ENT.ROM.ETTIDO

'• ' ^!^?^>)C"^*^'''ivrlÇíclíÜllíivÍP

Laurinha c Nclsoir deis irmãos Mas, ao uuciareni a refeieve eismuiio queridos, foram ao c-.mpó c que a toalha que fora estendida ndiv*puzeram-sc a mmn.b.r, relva, começou a inever-se'.;,

u...assustando-os. Mas logo se verificou qtie era um coelhinho intro-

mettido que sahira da toca coberta pela toalha.

VOZES DE ALGUNS ANIMAES

Urrar( do elephante), zumbir (daabelha), zunir (do mosquito), rugir(do leão), silvar (da serpente), coa-<xar (das'rãs), grasnar (do pato), mu-gir (do boi), uivar (do lobo), ladrar(do cão), zurrar (do burro), ornejar(do jumento), pairar (da pega e dopapagaio), bramir (do tigre), guinchar(do macaco), rinchar (do cavallo),arruinar (do pombo), bramar (doveado), intrigar (do homem).

O ANIMAL MAIS RÁPIDO

O animal mais rap:do é o kanguní,segundo experiências feitas por ai-guns criadores australianos. Posto acorrer com um cavallo e com umveado — animaes dos mais rápidos —venceu-os facilmente. Para se acompa-nhar, em automóvel, a carreira de umkangurú. é necessária a velocidade de60 kilometros por hora.

SOBRE AS PLANTAS

As plantas crescem mais, das quatroás seis da manhã, do que durante oresto do dia. Muitas plantas, como asbegonias, por exemplo, podem ser pro-pagadas por simples folhas cortadas,as quaes enragam e dão nascimento aplantas novas.

ReligiõesTodos os homens, qualquer que sej i

o seu gráo de civilização, possuem osentimento religioso que constituo asreligiões.

Estas dividem-se em duas grandesclasses: o Monothcismo, que admitiaa existência de um só Entc-Suprcmc:Deus; e o Polytheismo, que admittemais de um Deus.

O Monotheismo comprehende as se-guintes religiões: Chrislianismo, Ju-éaismo e Mahomctismo.

O Clnstianismc, religião fundadapor Christo, comprehende o Catholl-cismo e o Proles/autismo, que se di-vide numa infinidade de seitas que são:lvtlieranismc; calvinismo, anglicar.ismo,presbyterianismo, etc

O Judaísmo é a religião dos judeus.Mahomctismo ou Islamismo, religião

fundada por Mahomet, e que se divideem duas seitas.

O Polytheismo comprehende variasreligiões: o Brahmanismo, o Buihismo,o Sabeismo, o Magismo, o Fetichis-mo, etc.

A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

Todos os men:nos sabem que foi a 7 de Setembro de 1822 que D. Pe-dro I, encontrando-se nas margens do regato Ipiranga, em São Paulo,proclamou a independência do Brasil com o grito Independência ou Morte!,O saudoso pintor redro Américo, no quadro cuja cópia damos acima,reproduziu esse glorioso instante histórico.

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12 — Março — 1Ü39

AS AVENTURASAS UNHAS

— 13 ÓTICO- T I C O

DE FÁUSTINA E __" MACACOLHANTES DA FÁUSTINA

VOU A' MAM(CUF<EPREC/SO re/? AS UffMÃS.

BPiLHANTtS PARj,ir ao 8Aite

PAS PfCHILlN

VOU /"SS//*,, VAFüROSO /_>>.

OeLiXAr-ne ,.

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O TICO-TICO 14 — 12 — Março — 1930

MÁO T 1

^*—.¦—-.¦.',.J^-.tPl..'! .¦*!?.¦ •'"- '"' ' '""*"

1° Joãozinho era muito levado e por isso a "lio" o prendeu nc seuquarto.

2o João poz-se logo a remexer nas cousas da "tio" e encontrou uniagrande lalr. de CJHciS-Ò quej «o despej_r-se, ficava duro e então, elb resolveufazer uma escada íalsa e fu^ií'...

fe_i£____5'

rt\ f"^'1.$yy&^ei "W3^JwÉL _«.• í- /-A< WJsWíA1-^ _?__¦*_. _,f_ - * vyTW«_^___Í*»p1. a_'í ,==_—_.,lf^ll_ÍPnlJ

í l_^_?IIkj^ ^^-^- ¦*_ — -* ~J_§^ 3F

3" O "tio" que estava observando tudo, sabia como destruir a tal coluin-na e despejou água fervendo inas, não teve cuidado de afastar-se da jan.íía.

4° E o resultado foi que João, que ia fugindo, esparramou-se em cima dcmáo '"tio".

^".-_-.-.-v.v*w"_*v^----^,_-»»^,»---.-.-_-.".-»---.j

§ Os inr_a.inidsi_i_eir_to§ d-g í,murai safo!® í

¦J Thomaz Jefíerson, que nasceu em ',

Í't

1742, e morreu cm 1826, foi, como fse sabe, o terceiro presidente dos *,

/ Estados Unidos, escreveu dez mau- ,'¦J damentos que constituíam a regra ¦»"¦ _e condueta da sua vida:>J I — Não deixes para amanhã oI* que puderes fazer hoje.\ II — Não pecas o auxilio de oa- J.J trem no que puderes fazer só. ijJ, III — Não compres objectos inu- '¦

J teis sob o pretexto de que são ba- »Jí ratos. |*"•

IV — Não sejas vaidoso nem or- *í gulhosc, pois o orgulho e a vaidade»' custam mais do que a fome e a sêd..\ V — Não te arrependas r.unca de¦° ter comido pouco.S VI — Xão dispendas o teu dinhei- J¦J ro antes de o teres ganho. íí VII — Pratica de bôa vontade Jc todos os actos, e nunca te cansarás. *,V VIII — Não tenhas apprehensões, f«

pois não sabemos o que o futuro nos íte- V[¦ reserva. As desgraças que mais

¦| memos, são, em geral, as que se não}i realizam.¦J IX — Considera todas as coisasij sob um ponto de vista favorável.

X — Quando estiveres contraria-do, conta até dez antes de preferirqualquer palavra: contarás até cem,se estiveres encolerizado.

"j\.^ffJV*.-_-J*_*-^1V^"--^^_*U*U"_-.*'_-_*V^^_"_"^

M A E 1 N H

Coisa nenhuma lhe aprazía tantocomo a "filha" de pano — uma bahiana

com vagos traços de apparencia humana,

e espessa trunfa de causar espanto.Sentadinha no chão, colando-a ao seio,

ninava-a com extremos. De permeioestendia-se em falas seduetoras.

ensinava-lhe um dito, ora uma prece,ou cantava canções embaladoras,dessas que a gente nunca mais esquece..

Fitando-a ternamente,

repetia-lhe historias da avózinha,

como se de verdade fosse gentea insulsa bonequinha.

Dava-lhe beijos, promettia tudo...:

E arrecadava fitas e retalhos,

para fazer-lhe muitos agasalhos,apparentando soffrimento mudo.. .¦Um dia apresentou-a ao "ti Ribeiro",velhote solteirão e galhofeiro:"Olhe aqui! Só você não viu ainda

a filhinha que eu tenho.Chama-se Rosa; e é linda".

Chasqueia o brincalhão:—Nem faço espenho.Já sei que a tua bruxa é muito feia:

dizem que tem carão de lua cheia —

Um lampejo de amor nos olhos brilhada pequenina mãe... E ella, orgulhosa:"Pois assim mesmo eu gosto bem da Rosa;

Pôde ser bruxa, mas é minha filha!"

HEOPHILO BARBOSA

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12 — Marco — 1930 — 15 — O TICO-TICO

R E C SA .DA \

Era unia vez uma mão que vivia numachoupana com as suas duas filhinhas.

Laura, a mais velha, era preguiçosa eegoisUi .

Como eram muito pobres,' Maria, a maisnova, tinha que trabalhar todo o dia paraajudar a mãe, jã que Laura para nadatinha prestimo.

Maria era uma moça amável com olhosformosos, e lindos cabellos pretos.

Andava sempre alegre e bem humorada.Uma tarde, quando tirava água do po-

ço. viu quo do tosque vinha em direcçãoa ella uma velhinha a coxear.

E a velhinha disse-lhe:Dás-me de beber, meu amorzinho?

tenho muita sede e estou cançadissima.Fois não t

Maria passou o baldo em cima do po-ço. e seg-urou-o emquanto a velhinha be-bia. Depois curvou-se a mergulhar o bat-de de novo no poço.

Quando voltou-se ficou espantada.Em vez de encontrar a pebre velhinha

que dera água, encontrou uma linda ue-nhera vestida como rainha.

Minha querida filha! — disse a senhora*- como vês, seu uma fada.

Vivo neste bosque c muitas vezes'tenhopensava vir ter comtigo a este poço. .

Agora conheço que tens ura bom cora-ção, caritativo com as pobres velhas, opor isso te vou fazer um presente mágico.

Aqui o tens. Sempre que falares, hãode cair-te dos lábios lindas flores, e .->smais finas pérolas,

Maria agradeceu muito â fada aquellolindo presente e entrou em casa.

A mãe começou a ralhar-lhoirritada com a s'ja demora.,

Maria disse-lhe:Perdoe-me, mâezl-

nha, mas eu „E nisto cahiram-!he dos

lábios duas rosas lindas aduas pérolas finas e en-«amadoras.

— Minha querida filha,o que é isso?

E jã a voz da mãe, emvez de ser áspera, tinhaum tom de carinhosa bon-dade.

Então Maria contou-lhe

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( x^ríílíZl * nSuxJQ / /\ ^ JjtSfl * E2tftt3i / /\ \ njfln * uhS^Sq / /

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tudo e, emquanto falava recamou-se o ao-brado de lindas flores e pérolas finissimâs.

Quando a Irmã chegou apontou-lhe amãe para tantas flores e contou-lhe a vi-sita da fada a sua irmã.

Não querias Laura, ter um presenteigual ao de Maria?

Mas a mamãe pensa que vou tirarágua do poço?

Tenho a certeza de que não tirava águanenhuma.

Mas has de ir, porque o quero eu.Levas um cântaro, enche-o de água e,

quando uma velhinha te pedir água, tuattende-a com toda a caridade,

Reccberãs um presente mágico.Lauta teve de obedecer,Pegou no cântaro mais leve e dirigiu-se

ao poço, rosnando durante todo o caminho.Quando voltava para casa. viu caminhar

para ella uma linda menina que lhe pe.diu água.

A menina pensa — respondeu ella —que fui th ar água para todos que ;aeipedem? Eu sô vim porque minha mãeobrigou.

— Mas, emrim, beba lã se assim oquer. E Laura poisou no chão acantarozinhe.

A linda menina parece-anão reparar no máu hu-mor, pegou delicadamenteno cantarozinho, bebeu, poi-sou-o no chão e disse:

— Minha filha, eu a fa-da deste bosque, venho ho-.ie experimentar-te. Acabode vê- como És rude enada amavei.

Por isso tens muito quete desagrade do presenteque vou dar-te: quando fa-lares cairão dos Uua !aibios ascoroses sapos o scr«pentes.

Ao chegai err casa a mãe. poiguntou-IhiííEntão, iiiinha filha? roreo tudo bom?

>— Nada. bc»j — replico?; Lcura anisto caiu-lhe dai- lábios uma serpente •um sapo.

Minha filha! — exclamou a mãe.Que. fi isto! Que honorI

Laura contou então tudo que so passara,e logo o sobrado sc recamou de ascorosossapos e serpentes.

Oh! é culpa di tua irmã I Hei 32 en-tulhar o poço!

Sahiu e chamou por Maria. Mas Maria,notando grande coiera na vez de sua mãe,fugiu de casa com pavor, e cerreu para otosque a pedir soceorre.

Aconteceu que naquella oceasiâo umPrincipe passava por ai'; andava â caçacom a sua comitiva, mas dirigia-se sozinhoagora ao palácio.

Ouvindo soluçar, internou-se numa da*veredas ã procura de quem tanto pareciasoffrer.

Surprehendeu-o vêr a mais linda moçaque jamais tinha visto,, sentada no solo,chorando como se despedaçassem o sencoração.

Quanto mais o Principe olhava para amoça, mais linda ella lhe parecia»

Linda moça — que é que tanto te aí«flige?

Maria contou-lhe então que fugira dacasa por causa da ira de sua mãe, e, en-tretanto o Principe notou que emquanto-¦Ha falava cabiam de seus lábios rosas eoerolas.

Perguntou o motivo daquelle prodígio.Maria contou-lhe a maravilhosa visita

da fada ao pé do poço e o presente mágico.que lhe dera.

A isto o Principe teve a ce-teza de queMaria tinha o coração tão formoso comoo rosto, levou-a comsigo ao palácio á pre-sença da Rainha sua mãe.

A Rainha e o Rei eram bons e intel-ligentes.

Encantados com Maria, consentiram quao Principe a dcsposaf.se ,

E logo casaram, vivendo sempre ixuitofelizes.

LYDIA MANNÁRim

Praia da Ribeira 6 7 — I.ha Co Go»vernadci

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O TICO-TICO 10 — 12 — Março — 11*30

;7^:___^i£_i^#5^^

]ECO__IO__IÃ_Paulo tinha um vizinho que era um máo

menino e que procurava sempre animosidadescontra elle. fazendo-lhe inveja de tudo quantopossuía. Dizia assim:

— Veja, Paulo, o lindo canário que o meupae comprou? Canta o dia inteiro! E' meu!...Ih! você não tem! Veja que belleza!

Paulo gostava muito de passarinhos mas,a sua bôa mãe não queria vêl-os aprisionados,achava que era uma maldade e recommendavaao menino: não prendas os passarinhos, meufilho...

Ora, Paulo espicaçado pelo máo vizinho,desejou um passarinho egual, que cantasse bel-lamente, dependurado na varanda.

Reuniu algumas moedas de 1$000 e foi ao"Vendedor de pássaros", para comprar o seucanarinho.

O dinheiro não chegava e ser. Manoel re-commendou ao mesmo que fizesse economiaspara que pudesse obter a quantia desejada eequivalente ao preço do passarinho.

Paulo era pobre, mas caprichoso; o seu paeera um operário que, na labuta de sol a sol, dechuva a chuva, ganhava um parco salário e, as-sim, não poderia juntar facilmente mais di-nheiro, porém, lembrou-se que, se fosse á casade um joven medico que morava ali ao lado,num bello palacete e, se propuzesse a fazer pe-

quenos serviços, talvez obtivesse, e bem depres-sa, a quantia desejada.

E foi... O Dr. Aristeu achou-lhe graça edisse-lhe: — poderás vir todas as manhãs lim-par o meu automóvel, dar-te-ei 2$000 diariamen-te pelo serviço.

O garoto achou a idéa maravilhosa e ac-ceitou.

No fim de 15 dias tinha Paulo o dinheirosufficiente, mas, qual não foi a sua decepçãoquando o seu Manoel lhe disse que ainda falta-va para a compra da gaiola!...

Paulo voltou muito triste, guardou as eco-nomias sem desanimar e disse lá com os seusbotões: trabalharei mais uns dias...

E assim fez.Foi para elle um dia de grande felicidade,

quando pôde ostentar, aos olhos do vizinho es-tupefacto, a gaiola azul com o canarinho côr deouro, que cantava lindamente...

Só a sua mãe é que teve pena que o seuquerido Paulo fosse insensível á sua supplicade não aprisionar os pássaros.

Emfim, era aquillo uma velleidade de cre-anca. Havia de esperar o "dia da bôa vontade",para pedir a Paulo o gesto lindo de libertar opassarinho.

RACHEL PRADO.

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— Março — 1930 — 17 O TICO-TICO

M O D A

INFANTIL

1° — Um bonito avental era maehos. de linh<->de cOr, para collcginl.

2o — Gracioso vesUdinho goâet, em lln obranco.

3o — Lili vcs.idu om linho de c6r com saiadc recortes na frente, borda um lir.do lenço

.. — Ode;te v^c â escola no seu vestido de xadrez com pala o ma--h'._,'

Feiiir.ho íngindo collete com'botões, golla de organdi branco e grava-Linha preta. «

r' — I_i_:do vestido estampado, Que é o prcõilecto de Mariazinha, por-B_a lem uma sella oiiginal em organdi branco com botões do laOo.

.\?úr.. *V MMvv i

\ 1° — Um bonito avental era machos, de lir>h<-> / ' fl II

j\l v 2» — Gracioso vest.dmho goáet, em lln o I \ 1

^^ y\ 3° — Lili vcE.ida em linho de cor com saia V \\ /

SmmLLO MALHO ê si revistai que lha 29 áminos ge lê em todo o Brasil.

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Q TICO-TICO 12 — Manto — 1930 O TICO-TICO

O P R A D O DE C O R R 1 D AS - Pagina.de armar - N, 3

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.Vejam explicações e modelos já publicados (Coiiriiuía no próximo maneio)

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O TICO-TICO - 20 12 — Março — 1!?30

ES C O T 1 S M O-^ESCOLAS DE CHEFES

Uma das primeiras preqccupações do:

organisadores da U. E. B. foi crer.r t-n.a

única Escola para chefes, fundindo to-

das as existentes. E as Fcdcraçücs Ca-tholicas, Mar e Brasil, que mantinham

Escolas, não tiveram duvida em suspen-

der os seus cursos para entregar á U.

E. B. a preparação dos seus futuros

chefes.

Fo' t]in acto de elevado alcance para

o movimento. Os chefes de todas as Ec-

derações sahiam da Escola ccmmum

verdadeiramente irmãos e com uma uni-

formidade de orientação que, mesmo

que nem sempre fosse a melhor, era,no entretanto, uma força para o Esco-

tismo.

Pela Escola da U. E. B. formaram-sctres turmas de chefes, relativamente

numerosas, que regressaram ás suas Fe-derações com uma idéa mais ampla domovimento, com sentimentos de frater-

aidade que só o convívio dá.

Tres annos passados nasceu na U. E.

B. unia corrente de opinião tendente asupprimir a Escola única c voltar aoantigo regime. Foi um passo dado atrai.

Uni grande recuo.

As Federações voltaram cada uma ilter o seu curso para chefes. Cursos pre-carios, funccioiiando irregularmente por-que, consta-nos, só a Federação Catho-lica (já fora da U. E. B.), e a do Marmantiveram-se em relativa rcgulari-

dai'e.

Sem falar na parte technica, pois quea Escola única permittia reunir, como

instrnetores, os melhores techuicos da>

Federações, o que se perdeu daqueiia

fraternidade e uniformidade de acção

n.iscídas do curso da U. E. B.?

E' p:;ra meditar c oxalá dessa medi-

taças resulte uma volta afim de reto-

iiKir o caminhe já andado para a frente.

Velho Lobo.-

IMPRESSÕES DE UM CHEFE

Chefe

"Estou content.issimo. sinto uma sa-tisfação intima como a que nos vem deuma difficuldade vencida ou de um tra-balho bem realisado.

Penso agora que tinheis carradas derazão, exigindo de nós muita disciplina,

rápida execução das ordens e um es-

forço constante de "domínio sobre si"

Guard-.i a lição: Para ser um bom

Chefe não basta amar aos seus esco-

teiros, é preciso dirigil-os com firmeza,

as vezes mesmo com severidade; é pre-

ciso exigir delles uni esforço constante,

seguido.

Por preguiça se é muitas «vezes ten-

tado a deixar as cousas caminharem por

si, a contar com a boa vontade dos rapa-

zcs cm se corrigir; fecha-se os olhos e

imagina-se que, com um pouco de af-

feição e algumas palavras e conselhos

fizemos por cllcs tudo quanto sc devia

para ajudal-os a se aperfeiçoarem.

Eu- era desses. Agora porem o vosso:"não deixeis passar nada", tantas ve-

zes repetido, mostrou-me o meu erro.

E' necessário que estejamos constan-temente promptos para, por uma pala-

vra, ou um gesto, mostrar aos rapazes

a oceasião de se melhorarem, de fazer

um esforço sobre si mesmo. Esse é o

nosso papel de educadores. Nossa influ-

encia será fraca se não provocar nos

outros um acto voluntário.

O que acho excellente na Escola de

Chefes «3 obrigar-nos todos a passarmos

a simples escoteiros. Isso pareceu-me, a

começo, duro, eu o confesso franca-

mente.

Quando se tem alguma responsabili-

dade, e é esse o meu caso, pensa-se ter

adquirido rapidamente uma experiência

sutíiciente sobre todas as cousas. Esse

pequeno sacrifício que exigistes de nós

não foi inútil: permittiu-nos ficar numa

situação tal que pudéssemos, facilmeu-

te, avaliar os erros, muitas vezes gros*seiros, que commetleramos.

O curso foi para mim uma verdadei-ra escola de aperfeiçoamento."

Esta carta, que tão bem impressiona

pela sua franqueza e bom senso, foi cs-

cripta ao director da Eicola de Cappy

(*) por um velho chefe francez que, de-

pois de alguns annos de pratica de esco-

tismo fez o curso da Escola de Chefes.

Muito expressiva e verdadeira.

(*) Cappy — é uma das Escolas ú<:Chefes na França.

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12 — Ifareo — 1930 Si O TICO-TICO

E' um dos mais bellos e antigos

instrumentos musicaes, a harpa.

Goriio a lyra, ficou sendo um dos

attributos «a representação da mu-

sica.

-\Ta mythologia c na Grécia antiga

era a harpa dedilhada pelos poetas e

cantores da Arcad'a, que a dcpen-

duravam nos ramos umbrosos dos

olmos e salgueiros, onde o vento, —

que era representado pelo deus Eolo,—

passando por entre suas cordas as

fazia desferir harmoniosos sons. Eram

estas as harpas eólias,

No Velho Testamento é tlla tam-

bem encontrada nas mãos do rei Da-

A HARPA

vid, que a dedilhava para applacar a

cólera de S.ul, praticando, assim, a

musicotherapia, empregada hoje nos

manicômios para acalmar a inquieta-

ção dos loucos agitados e cutros en-

fermos mentaes.

Ainda íoi o poeta e rei David que

cantou seus admiráveis ps.lmcs, dan-

sou e tocou harpa deante da Arca da

Alliança, o Tabernaculo ende se gtiar-

davam -,s originaes das Tá.cas da

Lei contendo giT.ado- cc Dez Man»

damentas ditad.s _j Moysés ocr Jc-

hovah. .

Os pintores representam sempre cs

anjos, archanjos. cherubins e será-

phins dos coros eclestia-s etrpunhan-

do harpas de ouro.

O c AE' o cão um dos animaes domésticos

mais amigos do homem.Intelligentissimo, aprende com fácil!-

dade o que se lhe ensina, executandodiversos trabalhos. Um dos mais úteisserviços que presta ao homem é o daguarda sempre vigilante e attenta dacasa do seu dono, não permittindoque nella penetrem ladrões ou mal-feitores.

Indispensável auxiliar do homemn.a caça, seu apuradissimo faro des-cobre o rastro do animal e o persegueaté cncontral-o,

E' o symbolo ou o emblema da fi-debdade. não sendo raros aquelles queacompanham o corpo do sen Jono eamigo ao túmulo e ahi se deixammorrer de tristeza e saudade, não to-

%.'____.

_Ssr __

As pedras do jogo do xadres tem c»de»omhraçõcs seguintes: Rei, Rair.ha,

£'spo, Cavallo, Torre c Pião.

4_r^___f* ¦ *

_|C* ^H| ___¦£ L

f. t-.-rt«,|L--^WÍ_-H__i^______E*

/•AiViAA^A^-VWi.

mando alimento algum, até desíallece-icin de inanição.

Os grandes cães de S. Bernardo sãocelebres pelos grandes serviços queprestam, procurando na neve os via-jantes que por ali se transviam e sãosoecorridos pelos piedosos monges __grande mosteiro da Suissa.

A policia aproveita tambem a argu-cia e faro des cães na procirra de cri-minosos que fogem á acção da policia.

Devotados e .corajosos durante aguerra, os cães muito auxiliam os ser*v:"ços da Cruz Vermelha procurandoferidos nos campos- de batalha.

Atiram-se muitas vezes á água parasalvar uma creança que se afoga ou

lutam com lobos em defesa do pae-tor ou das ovelhas cujo rebanhoguardam.

Commovente é o espectacuio d_cãozinho que guia atmés dos ruas u:npobre cego con a maior reücitude.

Até nos d .mintos da arte encontra»mos os cães executando di.íiceis e __r-riscados exercidas de equilíbrio noscircos, onde representam tambem pan-tomimas, e nos films cinematographi-cos o intelligente cão "Rilir.tin"

já setornou mundialmente conhecido pelospapeis que desempenha de-.;.tc da ob.jectiva da machina, §_enas que sãodepois prpjectádas no ecran das salascinema tographicas.

O cão vive de doze a quinze annos,sendo íaros os que vão além desselimite.

M Você já disse ámamãe que

PARA TODOS...

é a melhor revistamundana >

-'^/VN^v^/vv^^vJ^y\*-/\/^^_^_'\•\*•v-/\/vv^^^

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O TICO-TICOI

O LD O XJ T O Fi

12 — Marco — 1930

Pedrinho chegara ao Rio de Janeiro- acompanhando -seus paes, que fugiam cionordestino Estado natal, acossados peloterrível ílagello das seccas.

A viagem a bordo íõra mais uniaetapa penosa. Atirados sobre o convézcio navio, no meio das caixas e dos íar-dos, os míseros mal tinham um caminhopara se deitarem.

Mas o Rio de Janeiro era para aqucl-Ia pobre gente, a terra da promissão"Na capital" dizia o homem para a mu-lher e para o filho que tinha apenasseis annos, "com as recomendações queeu tenho, arranjarei logo uni bom cm-prego; será a felicidade para nós to-dos".

Desembarcaram. Uma das pessoas aquem o retirante estava recomendadocedeu-lhe um logar no porão de suacasa, para elle se abrigar provisória-mente com a familia. •

Começou então o triste vae e vemde supplicantc, de Ministério para Mi-íiisterio á procura de uma collocação.

Em todos os logares elle era bemrecebido, mas quando falava em em-prego, respondiam-Ihc com promessas,só promessas. Depressa elle desani-mou.. .

Afinal em um desastre de automóvel,tudo acabou para o pae do pobre Pedri-nho. Os jornaes noticiaram o facto, cia-mando contra o descaso dos poderespúblicos para com "os nossos irmãos donordeste", mas foi tudo; o infeliz foisepultado como indigente.

Poucos dias depois, Pedrinho e suamãe foram convidados a deixar o com-modo que oecupavam no porão. A fami-lia tinha tomado mais um empregado eprecisavam do logar.

Por muitos dias, mãe e filho corre-ram a cidade, implorando a caridadepublica; dormiam ao relento na portade_ alguma igreja. Um dia a mãe de Pe-drinho não accoi*dou mais.

Os jornaes falaram outra vez lembran-do a morte desastrosa do pae. Uma se-nhora cuja "caridade foi muito gabada,offcrcceu-se para tomar conta do pe-queno.

Dona Sarah assim se chamava a ca-' ridosa, precisava de um empregado c,economicamente resolvia o problema,tendo ainda o prazer de vêr o seu nomenos jornaes.

Em casa de sua protectora Pedrinhofazia os mais pesados serviços; e comoa alimentação fosse escassa, começou aenfraquecer e a definhar.

A bondosa dona Sarah achava queaquillo era preguiça e malandragem. <:um dia cm que o pobrezinho não exe-cutara com presteza uma ordem sua, amegera armando-se de uma correia, deu-lhe uma grande sova. Pedrinho desespe-rado fugiu da casa da altruistica se-nhora.

Dona Sarah appressou-se em correraos jornaes. denunciando a fuga do pe-queno c fazendo-lhe as mais revoltantesaceusações.

"Não imagina, senhor redactor, comofui ma! recompensada por tèr por cari-dade, aceudido ao appcllo de seu jornalpara que alguém se encarregasse da-quellc menino; nem quero contar-lhe osdissabores por que passei. Afinal o in-grato fugiu porque percebeu que eu es-tava desconfiada, de que elle fosse pi-vctte de uma quadrilha de ladrões. Deque me livrei" !.. .

Pedrinho depois dc vagar por muitotempo, foi acolhido pela familia dc umdistinclo official do exercito. Tratadocom mais comiseração, o pequeno emtudo procurava ser útil aos seus prote-elores, sendo por elles cada mais esti-mado. O militar, que percebera a v*k-aintelligci-cia do menino, ensinara-lhe aler e aescrever premettendo collocal-oem um collegio. Parecia assim termi-nada o triste odysséa do pequeno.

O destino, no entretanto, não se can-cara de perseguil-o. Certa vez a esposade seu protector mandou que Pedrinholevasse uma chicara de café, a uma vi-sita que estava na sala. Quando o pe-queno defrontou com a visita o seu ter-ror foi tamanho que elle deixou cahira chicara no chão.

Era dona Sarah !. . .Dona Sarah assumindo um ar grave,

chamou o dono da casa dizendo que ti-nha uma importante comunicação afazer.

Conlou-lhe então a seu modo as fal-sas aceusações que já fisera uma vez.

Quando o "militar

procurou por Pedri-nho, este havia acsapparecido, tal o

medo que tinha de que o obrigassem avoltar para a companhia de sua antigaprotectora.

Essa fuga parecia confirmar as ac-cusações de dona Sarah.

Por insinuação desta, o facto foi co-municado á policia c o pobrezinho per-seguido e capturado como se fosse umperigoso malfeitor.

Internado em um abrigo de menoresabandonados, Pedrinho^dfcdicou-se de tal

maneira aos estudos, teve tão excellen-te comportamento, que o director inte-resando-se por elle, obteve-lhe um pe-queno emprego que permittiu a realisa-ção de seu sonho dourado, que era es-tudar medicina.

Passaram-se os annos. Reduzida àmiséria pelas conligencias da vida, donaSarah viu-se atirada como indigente, emuma cama dc hospital, onde aguardavauma melindrosa operação. Com os olhosarregalados dc espanto e de terror, cliaviu um joven medico que entrava nosalão, recebido pelos enfermeiros e au-liares com signaes de respeito e admi-ração.

O medico curvava-se sobre os leitos,examinando os doentes com attenção ecarinho.

Quando elle approximou-se, do leitoem estava dona Sarah, a doente pro-curou esconder o rosto nos lençóes.

O medico, sem parecer conhecel-afez-lhe um detido exame, e depois vol-tandodo-sc para seus auxiliares deu ai-gumas ordens. Era um caso muito gra-ve c urgia fazer uma melindrosa ope-ração.

Quando a doente voltou a si depois deoperada, teve uma grande srupresa.Ella não estava mais no salão commumentre os doentes e moribundos, mas simem um quarto particular muito confor-tavel. Ao seu lado estava sentada umaenfermeira que solicita informou-lhe queo medico, o doutor Pedro, um grandeoperador, ordenara que nada lhe fal-¦tasse.

Nesse momento, entra o medico quea examina, com attenção. "Graças aDeus", diz elle para a enfermeira, "o

que eu. receiava não se realizou".Satisfeito com o estado da doente o

medico ia retirar-se, mas vendo que avelha chorava convulsivamente, voltou-sa dizendo-lhe com cariiíio:

Não chore minha senhora o peri-go já passou e qualquer emoção poderáser prejudicial ao seu estado.

Ah doutor, dizia a velha, não mereconhece? Eu sou dona Sarah e o dou-tor sabe que não mereço o que está fa-zendo por mim. Conccrteza que não mereconheceu.

Conheci-a, respondeu o doutor —mas lembro-me sempre da minha santamãe, que me dizia "devemos semprepagar o mal com o bem".

R. Ronoele.í "\ f ^\ (^

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J2 — Marco — TJ30 — 2'ô — O TICO-TICO

Unia águia disse ao gato: — A minha famaE' fama universal.Não sei de outro anima]De espirito mais alto e mais potente.Chama-me, o homem, o expoenteDa intelligncia. Eu! E o meu valor, ao vento,Não cessa, um só momento,De espalhar.E, impando de ventura e de vaidade,Poz um facho de estranha claridadeNo penetrante olharO gato, que é mordazSorriu, tranquillo, e respondeu:— Aliás,Este conceito é o meuMeu e de todo mundo..

E no fundo,Não vae nisso, o mais simples cumprimento,Porém,O que eu te vou dizer, define bemA consideraçãoOue esse filho de AdãoVive a render ao teu valor .Reconhecidamente univerasl.Por favor,Não me leves a mal.Por isso. Eu vivo dentro das cozinhasE sei... O homem matreiro ,(Ao meu maior espanto),Admira-te muito — immensamente! Entretanto,De águias não quer saber em seu terreiro...Vive a criar gallinhas...

A A L" E O R I A

Era uma vez uma princeza... Seusbellos olhos azues viviam immersosem profunda melancholia... Um pa-acio dourado, verdadeiro conto defadas, lindos jardins... era o retiroda melancholica princeza...

Seus pães e cortezões procuravamdistrahil-a; debalde... No paiz visi-nho reinava um joven principe... Oreino preparava-se para a guerra...Mortandade... gritos... gemidos...luto... sanguinolentos combates...O palácio real invadido... Na salado Throno os membros da familiareal estão reunidos. . .

O Príncipe invade a sala mas esta-ca deslumbrado ante a fascinadoraimagem da joven princeza... Cae de

joelhos e pede perdão ao rei portel-o offcndido em fazer-lhe a guer-ra... Com lagrimas nos olhos o ve-lho rei consente...

Mezes depois os sinos repicam ale-

gremente.. . No altar, joven parrecebe as bênçãos nupciaes... A noi-

te ha grandiosa festa no palácio...

A joven princeza abraçada ao Eis como vivem reunidos a Ale-principe olha feliz, a alegre re- gria e a Mocidade...união... Seus olhos adquiriram obrilho e ella é toda alegria... George R. Phillips.

PATINA GENTIL

^MMf&^^\ fe^T^^fW^

Dois irmãozinhos chineses queriam B estavam tristes quando appareccupatinar no gelo, mas não se aventir um patinador gentil que transfor-ravtím a fazer tal sport sozinhos. mou um dos patins dos meninos...

.. . cm um lindo e gracioso trenó. -~ .... com grande prazer dos meninos,Subam para o trenó! — disse o pa- foi passeiar pelo gelo o lindo cantinador gentil, que,.;. riu/to. -,

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O TICO-TICO --• 84 — 12 — Marro — 1930

_*¦*>x

TARCÍSIO V. LAGE (Rio) — Ohoróscopo das pessoas nascidas a 6 deMarço, é este, "São muito pródigas,sem nenhum senso pratico, esbanjandoo dinheiro, que deitam pela janellafora. Têm vocação para as artes, sen-tiniento poético e musical. De. grandetimidez, alcançam pouco successo por-que muito retrahidas, não sc fazemnotar, como deviam. Acabam geral-mente pobres",

As que nascem a 9 de Novembrosão: "Cheias de coragem força devontade e iniciativa própria, não gos-tando de ser subordinadas, ao. contra-rio, ficando sempre á frente de qual-quer empreza por mais arriscada queseja. Bastante intelliger.tes, engenhosas,ds imaginação fecunda, alcançarãosuccesso nas letras e nas artes. Ami-gas de passar Lem e de se apresenta-rem com elegância e luxo, gostam de-ser admirados e cortejadas, acolhendobem os lisonjeiros que lhes alimentama vaidade. São bons chefes de fami-lia, embora um tanto coléricos e im-pertinentes".

HOMEM QUE RI (?) — Escrevaem papel sem pauta para se fazer oestudo graphologico que manda pedir.

CARM1TA (Petrópolis)—Letra re-dondinha e vertical indicando bondade,doçura, indulgência, talvez, até umpouco de preguiça, tudo isto temperado,ás vezes, com um pouco de força devontade, reserva, frieza, etc. O horos-copo das pessoas nascidas a 17 deAgosto é o seguinte: "Apesar de habi-lidosas, são preguiçosas, precisando deque alguém as incite a trabalhar, dei-xando tudo para fazer á ultima hora.Têm grande força de attracção pessoal,irradiando natural syinpathia. pelo queconqu*stam rápidas amizades. Ficarão

muito velhas, embora com uma velhicecheia de achaques e dispepsias".

PARAGUASSU' (Rio) — Sua gra-phia revela energia, vontade firme, am-bicão de gloria, amor ás letras e ásartes. Estude que não está longe daconseguir successo pela força de von-tade que demonstra. E' intelligente etrabalhadora, reservada e senhora desi mesma.

Pira o horóscopo das pessoas nasci-das em Novembro leia o que digo antesa.o Tarcísio V. Lage

f?rr y^-^!y '¦{ ***___ ^-ít 'X_

***/ TI i VV.—4 Vio»-* C' À â¦'/¦ ( •*<*¦ 7 I ^C^_lV''^i£<r$ v'm

MADEMOISELLE BLOND (Rio)— Sua letra revela fraqueza, amor aosdetalhes, ás minúcias, econonra. quasiavareza. c?pirito critico e satyrico. Nomomento dc escrever estava sob a im-

pressão de um desgosto ou contrarie-dade ou preoecupação qualquer.

O horóscopo das pessoas nascidas a13 de Janeiro c este: "Estão sob a pro-tecção de Mercúrio, que lhes dará fe-licidade no commercio, tornando-as ricas

com facilidade e rapidez. São de nobres

e elevados sentimentos, de muita habili-dade diplomática e temperamento me-lancoHco, contemplativo. Econômicas e

prudentes, desconfiam sempre de que asdesejam enganar. Têr, além disso, altasaspirações e obterão successo na vida".

DOMICIO F. M. SILVA ( ?) — Le-tra calligraphica denota insignificancia,mediocridade, amor á rotina, ao conven-cionai, espirito estreito e, ao mesmotempo um pouco de pretensão. Tudo issose o amiguinho não é professor de cal-ligraphia... Para o não desconsolarmuito direi que noto um pouco de bon-dade, gentileza, delicadeza de sentimen-tos. ordem, capricho, perfeito equilíbrio.

Para o horóscopo dos nascidos emNovembro leia o que digo antes ao Tar-c:sio V. Lage. .

YÔZINHA M. (São Paulo) — Ohoróscopo dos que nascem a 19 de Ju-nho é erte: "Têm exaggerado orgulhodo seu nome de família, gostam de via-jar e ficarão ricos antes dos 40 annos.Como são exaggerados em tudo, acaba-rão doentes do estômago e intestinospelos seus excessos á mesa. Têm ainda'habilidade para o politica e para a me-dicina, sendo as mulheres optimas en-fermeiras".

BUGRÃO (Matto Grosso) — A mo-vimentação da sua graphia é rignal deintelligencia, actividade, imaginação vi-va. alegria, loquac:dade.

O horóscopo dos nascidos a 25 de Fe-verei ro é este: "Têm bastante capaci-dade de trabalho, porém preferem des-cansar. E' mais commodo... São, alémdisso, negligentes e desordenados. Têm,entretanto, graça, alegria natural e sa-bem transmittir aos outros essa alegria.Como amigos são dedicados, c. rinhosos,mesmo; porém, são terríveis como ini-migos pelo seu espirito rancoroso e devingança".

DR. SABE-TUDO

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12 — Marco — 1Í_J0 O TICO-TICO

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O TICO-TICO 26 - 12 — Marco — 1930

HISTORIA DA AVÓZINHAConte uma historia, avózinha;

um lindo conto de fadas, de prince-zas e rainhas que havia antiga-mente.

E a avózinha começou a relataro seu conto:

"Era uma vez uma jovenprinceza, filha de reis, muito linda.muito rica; porém, invejosa e má.Tinha comsigo um desgosto: eranão saber cantar!. .. Sua voz des-afinada era rouca e desigual. De-fronte do seu palácio havia umaoutra joven, pobre filha de um cam-ponio, que para o reino immigrara.Tinha uma voz deliciosa e cantavaárias tão doces como os cantos dassereias que encantavam navegantes.

Mas o dia despontava, e a jo-ven no seu trabalho ia cantandobailadas onde, principes de lenda,demonstravam seu valor, comba-tendo por seu Deus, por sua Damae seu Rei.

A princezinha invejosa daquellavoz tão suave, pagou a uma feiti-ticeira para lhe dar um licor, doqual a joven bebendo, perdesse aalegria e a voz.

Assim succedeu, e a pobre nuncamais poude cantar. Vivia triste,num canto, sem sentir nenhum pra-zer. A invejosa, no entretanto, embreve, foi castigada: do licor dafeiticeira ficara um vidro um restoque a princeza, por descuido, be-beu e já ficou muda,

Foram chamados doutores, cu-randeiros, adivinhos, os maiorescharlatães para curar a princeza.Nenhum delles conseguiu. Chega,por fim, uma velha que diz haverum remédio para a princeza falar:era ouvir, por uns instantes, a voz.de uma linda joven que cantasseuma bailada, ou um suave madri-gal.

Foram buscar logo a moça quemorava em frente ao Paço.

Ella veiu, mas... tão triste, esem voz para cantar!...

Olhando a princeza muda, fezum esforço supremo e venceu osortüegió que bebera com o licor.

Cantou, então, com voz doce,uma endccha dolorida, enaltecendoa bondade e, sem saber, condem-liando os invejosos e os maus.

A princeza, em fim, falou. Suas

primeiras palavras foram estas,abraçando a joven que era tão boa:

— Perdão... perdão, minhaamiga, pois fui eu que, por inveja,fiz perderes tua voz!

•— Princeza, respondeu ella;muito feliz eu me sinto por ter, —com pequeno esforço, — recobradoa voz perdida, vos dado a fala ou-tra vez.

A princeza, satisfeita, feira suacompanheira, e, de tanto ouvir -lhea voz melodiosa e dolente, acaboucantando bem."

Eis a historia da princeza que,de perversa e invejosa, pela voz deuma camponia se transformou, fi-nalmente, numa joven delicada,boa, sensível, perfeita, amiga de fa-zer bem. M. Maia.

CARTA ENIGMÁTICA

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O Tico - Tico - amigo inseparável das creanças

lÊÊÊÉit^máÈÊiáâm [Miètí^âj,iz.:. mi

[ Na escola, O TICO-TICO, é um livro, é um mestre, é um IIIamigo dos meninos.

**ê& • ^ .** j«H _r*k * lili ===::=::'

¦'Vj.r, •V-^y.f i»>.r* „/ i^fl *> recreio, é o auxili-fl*»W ^3fi^^ •%¦/ ar das diversões. om •'jr • ¦ ff

^^o yl \'f - motivo -para a pales-Ãli^âL /ír *»v tra' °encanto e o sor-iV •¦ h|p '-A "~*»*Tar, r*so das crianças.

R.Na rua, a volta do passeio ou á sahidada escola, é o O TICO-TICO, o compa-nneiro da infância, para o bem da qualelle vive.

-•*<•?:.-., t|?•

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12 — Março — JDÍíO 29 — O TICO-TICO

Dos povos an-tigos eraní osegypcios um dosmais intelligen-tes, engenhosose artísticos.

E como o de-senho é uma dasprimeiras mani-festações dc arte,ainda hoje sãoapreciados nos museus os curió-sissimos desenhos que ornamenta-vam os sarcophagos onde repousa-vam suas múmias.

Grandes animalistas, tinham umfervoroso culto pelos animaes ai-gttns até elevados a cathegoria dedeuses como por exemplo o boi Apis,o bezouro escarabéo ou escaravelho,o gato que embalsamavam, como

DESENHOS DOS EGYPCIOSfaziam com os corpos dos seus de-funtos.

As paredes dos seus templos eramcobertas de desenhos ou hyerogli-phos, escripta sagrada em que aidéa era corporificada, ou represen-tada pelo objecto ou ser que, signi-ficava.

Assim a figura de um rei ou pha-raó junto a um carro de guerra sig-

nificava quo o rei tinha ido coniba-

ter, ou era um¦

rei guerreiro..-, Nas pesquisasarclieo lógicas

que se tem feitoem Memphi s,IA le x a n d r i ae outras cidadesegypcias têm si-do desenterrados

vasos de grande valor artístico comdesenhos originaes esculpidos.

Os desenhos dos nossos indiVe-onas têm bastante semelhança comos dos egypcios no entrelaçamentcdas linhas e repetição de motivo;ornamentaes em que predominamos ângulos agudos, rectos e obtusos,assim como' na estylisação de plan-tas animaes, etc.

TROVAS

Trovas, — cantigas do povo.Alma errante dos caminhos...De lavradores... cigarras...,Mulheres... e passarinhos...

Ademar Tavares

Essa florzinha é o symbolo dá!modéstia.

Seu colorido discreto, de uma de-licada tonalidade roxa e seíi suaveperfume a fazem querida e prefe-rida entre outras muitas flores.

Algumas são brancas distacati-do-se mais um pouco seu pequenovulto entre o verde da sua folha-gem.

Os poetas a têm decantado nosseus versos, exaltando-lhe as qua-lidades e a própria fôrma das; suasassetinadas pétalas..

Citamos aqui duas quadrinhas dcum autor anonymo lidas num pe-queno folheto de trovas populares.

VIOLETAO CATAVENTO

Girando, sempre girandoAo beijo terno do ventoE' um bailarino encantadoO pequeno catavento. —

Carlos Manhães

"Violeta, mimosa florQue a modéstia em si resumeNa apagada cor das pétalasNo suavíssimo perfume"."Feliz da joven que aindaA' violeta se comparaNa modéstia qne c tão lindaE virtude hoje tão rara''.

Os drognistas obtêm hoje, por•processos chimicos, um perfumesemelhante ao da violeta com que

preparam essências afim de perfu-mar sabonetes, loções para o cabel-Io, etc, porque é muito elevado ocusto da verdadeira essência extra-hida da flor pela grande quantida-de que é preciso colher dc viole-tas para se apurar bem poucasgrammas do perfume.

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O TICO-TICO — 30 — J2 — Março — MW

jy^^^^Mk^^

O Jaboty e o Vead O

(FAEULA)

Conversavam, um dia, o vaidosoveado e o modesto jaboty, gabando-se aquelle da sua velocidade naca:reira, só egualada pelos terríveiscães de caça.

— Triste de mim, dizia elle aojaboty, si fosse vagaroso como tués, gastando horas para vencer ai-guns metros de caminho!

—Para onde eu vou nunca te-nho pressa, e, sendo atacado de sur-presa pelos cães, oceulto a cabeçaseb minha dura couraça que desafiaos dentes dos mais bravios mollos-sos. Quando desejo andar mais de-pressa não tenho cousa alguma queme atrapalhe, a não ser a pequenezdas minhas pernas não mc permittirdar largas passadas.

Si viessem, por exemplo, ago-ra caçadores por aqui, em poucosminutos eu ficaria longe do alcan-ce dos cães, emquanto que gastariasboa meia hora para te refugiaresali na tua toca antes que os caça-dores te apanhassem vivo, disse oveado.-

Isto depende também dos ca-minhos. Daqui até a minha toca ocaminho é fácil e sem tropeços;mas daqui até ficares longe do ai-cance do faro dos cães, não sei si

a estrada estará sempre desempedi-da...

Naturalmente estará; respondeuo veado confiante e descuidado.

Mal havia dito isto quando se ou-viu ao longe o ladrar de cães.

Os caçadores!... exclamou ei-Ie assustado.

Então, corre, que não tardarãopor aqui; aconselhou o jaboty.

— E' pra já; concordou o veado,iniciando a desabalada carreira.

Tinha, entretanto', corrido uns cemmetros, talvez, quando seus grandeschifres esgalhados se emaranharam

¦' MÈsmiiA'rf->f--iA,

em uns fortes cipós de uma arvoresob a qual ia passandp.

Comprehendendo o perigo que cor-ria si ficasse ali preso, o veado fa-zia inauditos esforços para se livrardos cipós que o retinham seguro,

"po-

rém cada vez mais embaraçado fica-va no cipoal.

O jaboty bem quizera auxilial-o,porém, pequenino como era, não ai-

cançaria a arvore; e, si a alcançasse,não chegaria a tempo de o salvar doscães que se approximavam rápida-mente.

Meio occultO na sua toca o jabotyviu passar a mátilha e atacar o po-bre veado que não podia se defender.

Pensou, então, na inutilidade dasua veloz carreira que de nada lhevaleu, aniillada por uns simples ei-pós emaranhados nas galhas de quetão vaidoso se mostrava o amigoveado.

E monologava, balançando a pe-quenina cabeça chata, de olhos re-dondinhos e vivos:

—Mil vezes vale mais minha cabe-ça desprovida da espaventosos orna'-mentes, e meu passo retardado, po-rém seguro, do que a tes!a ornamen-tada do amigo veado e sua carreiraveloz. Defendido pela minha coyra-ça rija ende posso oecuitar, cautelo-so, o focinho e a pontinha da cauda,escapo a muitos perigos e vivo des-cansado, feliz na minha modéstia,sem ter orgulho nem vaidade de ceu-sa alguma...

, ,Uma verdade bem certa. Deve fi-

car dita aqui: Muita gente ha como oveado. Pouca como o jaboty.

Malasartes.

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¦12 — Março 1930 — 31 - O TICO-TICO

I II '— ' '" ....... ¦— ,.-¦ J !¦ I I ¦ '¦ .

O Elephante BrancoEra um homem muito rico e ava-

rcnto.Andava pelas ruas durante o dia",

na maior miséria possivel e á noite,nà sua alcova bem retirada dos ou-tros commodos, para que não ouvis-sem o tinir das moedas de ouro, deprata e o ruido que faziam os pa-cotes de cédulas, elle contava e re-contava a sua fortuna.

Tinha um sobrinho, estudante demedicina, mas tão pobre que quasinão podia se preparar, por faltaremrecursos.

Xão entrava na cabeça do joven,o tio ser tão rico, pois andava na-quella imlisefia.!'...

O rapaz, uni dia, lembrou-se depedir ao tio algum dinheiro comque pudesse continuar os estudos.

Foi ter com elle e recebeu umape ruena quantia, que não checavapara nada. Resolveu, então, fazervir o dinheiro do velho para suasmãos, mas.. . como?

Pensou muito e por fim fez umaformula de fabricar ouro e levou aotio. Chegando lá, disse.

—Meu tio, arranjei uma formulade fabricar o ouro e trouxe para osenhor, porque sei que aprecia mm-to estas cousas.

O avarento a principio não ligouimportância, porém, quando o rapazfalou nas vantagens, elle começoua tomar interesse e perguntou:

Como?Se quer saber como, aproveite,

p i que senão vendo-a por bom pre-<_"•

—Vamos lá, quanto quer por estetlsvsouro?

O rapaz pediu uma quantia mui-to elevada, combinando, que, a me-

tade ella daria á vista e o resto ide*

pois de um anno.Concordaram. O moço mostrou e

explicou que tinha uma porção dehervas, etc, nó fim vinha um post-e.-cripto assim: "quem

quizer fa-bricar ouro, não deve pensar noelephante branco"'.

¦O sobrinho lembrou bem ao ava-mito e este affirmou não se lem-brar de ta! animal. Pagou como ti-iha sido combinado e o estudantefoi embi

'Ko fim do anno, o rapaz, cen-tente, veio receber o resto e, com arprazenteiro, perguntou:

— Então, meu tio, deve ter tresvezes mais a scmma que possuia,não?

-— Qual nada, meu rapaz, nãoconsegui fazer patavina. Todas ásvezes que pego numa herva logome lembro do elephante braríco.,

E assim o tio do rapaz, sem saber,o ajudou a ?e formar..

Gkda Rocha

A VINGANÇA DO MACACO

Marina, Jucá e RosinhaFaziam inticaçãoJunto da jaula de ferroDo macaquinho Simão.

Mas o macaco é sabidoE esticando a mãozinhaArrebatou para 3 jaulaO fino chapeo de Rosinha

E ficou muito lampeir©Com o chapéo no cabeçãoMostrando aquelles meninosOne tinha imaginação.

E que apesar de macaco,One vive de imitação,Sabia dar aos peraltasUma rápida lição.

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O TICO-TICO — 32 — 12 — Marco — 1930

CAVALLEIRO DA CEGONHAJeanne, a filha do conde de Chateau.v,

vivia só com a sua vellia ama, no immensocastello de seu pae, desde que este cor»quasi todos os nobres da região,, tinli...acompanhado Felipp, Rei de França, nacruzada para libertar Jerusalém do jugodos infiéis.

Com os cruzados partira tambem o J--vem cavalleiro Raul, filho do marquez daGaifontaine que estava para se casar coma formosa Jeanne, quando os príncipeschristãos tinham tomado a cruz, emblemado guerreiro cruzado.

Todas as tardes Jeanne e a velha amasubiam á mais alta torre do castello, o lápassavam longas horas, a espreitar as es-tradas, na esperança de avistar algummensageiro quo trouxesse noticias dos gucr-reiros ausentes.

Uma tarde, estavam as duas no alto datorre, quando avistaram ao longe um ban-do de cegonhas.

As aves começaram a voar ao redor docastello e uma dellas, separando-se do ban-do, veiu pousar mesmo ati pés da jovencondessa.

A ave parecia tomada de estranha : ;,í-tação. O seu longo bico tocava as mãosde Jeanne, como se quizesse beijal-as.

Que estranho presentimento, diz Jean-ne para a ama. Estas cegonhas devem tervindo da Palestina, como fazem todos osannos. Parece, no entanto, que quer dizer-me alguma cousa. Vê, que só a mim ellase dirige...

Pôde ser, diz a ama, que seja algumcavalleiro christão, encantado. Os infiéissão mestres em L-uxcrias c feitiços.

A cegonha continuava na sua exquisilaattitude, seguindo a condessa, quando .stadesceu da torro para o interior do castello.

Vamos consultar a bruxa das rochas ne-gras, diz a ama. Ella conhece todos ossegredos da bruxaria.

Alta. noite, envolvidas em escuros man-tos, Jeanne e a ama dirigiram-se ao an-tro da feiticeira.

A bruxa estava sentada junto a umafogueira, cercada de uma multidão de cu-rujas e da corvos.

A ama explicou o que ellas desejavam,e a feiticeira, olhando para a cegonha queacompanhara Jeanne, disse logo: "E' uiihomem encantado, tenho certeza. Vamossaber agora quem é, e por _uo esta nesteestado".

A feiticeira, encheu de água uma tacia.de prata e pronunciou algumas palavras"A água começou a ferver como si Cstivos.-eem ebulição, e da bacia sahiu uma nuvemde fumaça; naquella fumaça doseV.havam-se estranhas figuras.

Quando a fumaça cessou, a velha c.jssepaia a condessa: — Esta cegonha é o ca-valleiro Raul, teu noivo. Foi encantadopelo velho da montanha, alliado de Sala-dino o Sultão dos SaTracenos. O velho damontanha, transforma em _nimaes todos osprisioneiros christãos que caUem em s?upoder. SO elle pôde desfazer este enean-f-amento.

.fempos depois, appareceu entre os cru-zados,-um jovem _a valleiro que ninguémconhecia. Acompanhava-o uma cegonha queo seguia para toda parte.

O "cavalleiro da cegonha", como f!i«oulogo conhecido o recem-cliegado. tornou-seem pouco tempo um dos mais celebres guer-reiros christãos. Nos combates elle erasempre um dos primeiros, e quando volta-va ao acampamento, trazia sempre mime-rosos prisioneiros.

O que ninguém sabia e que o cavalleiroda cegonha interrogava todos os prisionei-ros quo fazia e lhes promettia a vida e aliberdade, si algum delles lhe indicasse oretiro do velho da montanha. O cavalleirohavia já interrogado centenas de prisionei-ros sem ter nada conseguido..

k^é^^-^^tM^''

íerta vez, portm, em um terrível oom-bate, o cavalleiro da cegonha vencera oaprisionara um joven sarraceno, que, ncl.sricos trajes parecia ser de alta condição.

O prisioneiro estava gravemento ferido,mas o cavalleiro da cegonha tratou-o comtanta dedicação, que conseguiu, afinal, sal-var-lho a vida.

Quando o viu restabelecido, o cavalleiroperguntou-lhe. como fizera aoo outros pri-sioneiros, endo era o retiro do velho damontanha, pro-nettendo cm troca de algumainformação, a vida e a liberdade.

Ao ouvir falar no velho da montanha, oprisioneiro empallideceu. Afinal, vencendoa custo a emoção, elle disse: "Nobre ca-valleiro, a vida já me destes, e a esiraví-

d3o não me pesa desde que sejas tu, meusenhor.

O velho da montanha é meu pae, masnão queiras conhecer o seu retiro. Todoaos christ.os, que cabem em suas mãos, sãoímpiedosamente transformados em animaes''

O cavalleiro então tirou o capacete, dal-.ando vêr o semblante da linda condessaJeanne quo contou ao prisioneiro a suahistoria e a de seu noivo.

o filho do velho da montanha indicou-llu- então, o meio de chegar a fortaleza,que abrigava seu pae © como este o ama-ia enternecidamente, a valorosa Jeann.«levia offerecer a vida e a liberdade do pri-sioneiro. em troca do desencantamenlo deseu noivo.

Quando o cavalleiro &* cegonha chegoua porta da fortaleza, do velho da monta-nha. foi logo cercado por uma multidão dosoldados, que o desarmaram c levaram _presença do mágico.

«— Quem es tu, insensato, que não sabesque o velho da montanha e o maior inimigodos christãos! Fará castigo de tua t..-'_e-i idade vou transíormar-te em um immunduporco.Teu fiiho. diz ousadamente o cavai-leiro da cegonha, está em meu poder o asua vida responderá pelo quo ma acon-tecer. Exijo em troca de sua liberdade,que faças esta cegonha voltar á sua cor.-diçSo humana c quo nos deixes voltar empaz, para o acampamento dos christãos.

Tenho a certeza de que mentes comoum cão, mJs não custa saber o <_'.:o acon-teceu a meu l'.?ho.

O mágico mandou vir um grande espe-lho o pronun«-iou algumas palavras. Noaço polido, começaram, a apparecer algumasfiguras, vendo-se no interior «le uma tenda,um homem soüdamente amarrado. Sobroelle íebruçava-se uma velha armada de pu-nhal.

O velho da montanha soltou, um gritoterrível.

Vês que não minlo, diz o cavalleiro:si eu í.ão estiver Ce volta com Raul, dentrode tres dias, teu filho morrera.

¦— Mas quem mo garanto quo cumprirúsa tua promessa?

A minha palavra do guerriero chris-tâo.

O mágico pronunciou alguma, palavras,e no i-gar da cegonha surgiu o jovenRaul.

Os christãos receberam em festas osdoi. heroes, mai o cavalleiro da cegonhacontinuou a combater, cumprindo a pro-mes_a quo fizera.

SO depois de terminada a cruzada, ooma retirada do Rei do Fiança para Europa,ó quo Jcanno deu-se _ conhecer a seu paoc a seu noivo

O espanto foi geral ao saber que o va-lente cavalleiro da cegonha, era uma jo-ven cie rara belleza, e, todo exercito chris-tão quiz assintir o seu casacento, cem ojoven Raul do Gn«íonta!ne.

A. R. RONOELE

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i2 — Marco — 1930 33 O T I C O - f 1 C O

^eL-.___JÍ B*i—i ¦¦¦"¦*¦_!

RESULTADO BO CONCURSO X». 3.411"

___¦ AmW

A solução exacta do concurso

Solucionistas: — Ary Cardoso, Odette Si-mões de Almeida, Clara Ventura Barcellos,Abigail do Carmo Seixas, Oscarina- de Hai-los Vieira, Ruth Castello, Oscar Vieira, Ca--melila Rues, João Alves de Souza Filho, Ru-bem Dias Leal, Octaviano du Pim Galv&o.Sylvano Da Camino, Roquito Reis, Maritade Carvalho, Aldo Silva Fernandes, UranclyVieira de Souza Leite, Neyde Santos, Bea-niz Horta Andréa, Gulnio Santos, AlbertoAndrés Júnior; José Ernesto Nunes Zambon'.,Virgílio Vieira de Souza, Dirceu de Miran-da Cordilha.

Foi o seguinte o resultado final do con-curso:

1° Prêmio — Uma ioda giratória.

OCTAVIANO DU PIN GALVÃO

de 8 annos de idade o residente S. ruiVisconde de Ouro Preto n. 37, Botafogo,nesta Capital.

2» Prêmio — Uma assignatura d'''OTico-Tico".

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de 11 annos do idade e residente â rua

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RESULTADO DO CONCURSO K». 3.120

Pinto — Tinto.

Respostas certas:1* — Sinto — Minto21 — Cão — Mão.3» — mia — Nua — Lua — Tua — Rua.

4" — Meia — Teia — Veia — Ceia— Feia.6" -. Po.

SnlncAovistits: — Iracildo Gonçalves deAraújo, Celsu Lima de Carvalho, Maria deLourdes Cardoso, Arlette da Silveira Duar-ii', Zafhie Galvão Carneiro, Miguel Griva.Maria José P. Santos; Aniely Peflroso doLima. Aurandy . Pedroso Lima, FernandoGc&ell. Rosalina Cerqueira, Xoé Souza Lei-tão, ElisábeLh Costa, Anseio Ribeiro, Cy;a-no Lenjamin Dias, Iberê Gibson, Mar:;»Ama lia P. F. (los Santos. Domingos Stêl-masouh, Conceição Brigagão, Maria Te:ies,

GENTE! IO Cfem_rife.|SQrCüí CDnsíaa-jtemente, dorcü?dente1Borque? Bonque.txõjd usa aCERADRAU5TOJA

Webster Frilsch, S. G. Teixeira. MaritaJoclitho. Humberto LaruesU', Yolanda Lere-nwsson. Carmen Julieta WiULierger, Fernan-dó Jòbô Leite "de' Rezende, Allair PaixãoCarneiro. Osear Leito Pires, João Jorge doBarros. Garcino Penna, Alencar Alves, Fran-cisco Ribeiro de Avellar, José Paulo LetnoMachado, Hello de Castro Lobo, RubemDias Leal. Eddio Polo Athànas'0,' JacyrMaia, José do Sâ o Melio.-'Milton do VaüeSilveira, Tlieophiló Benedicto Ottoni, Ro-quito Reis, Eurides do Carmo Wermelinger,Antônio Carlos Belfort," Francisco Pinto,Otlçtte Modesto Leal. Léa Jorgo Uustane,Gilza de Castro Menezes, Arthur Leme Wal-ter, Murillo Moreira. Juracy da Silva Gingla-rvllo. Milton Rebello Moreira, Anlonio Nu-nes da. Custa, Jlelenâ Silveira, Amélia Wil-clies, Ayrtoii Sá dos Santos, Epitacio Ale-

y_^-. ' _» __>/"*L _» , .

xandre das Noves, Ljndolpho J. Goulart.Eíy Pereira dj Carvalho, Ruth Salles, JoséTavares dos Santos,-José Edgard Pinto,Lauro dos Santos BJaildy, Maria EumciRadesro, José do Souza Júnior, DonoSchrànni, Sylvio Ney dc Assis Ribeiro, EoloCapcberifoe, Luiza Ramos do Oliveira,WaUtórnar Ludwig, Emyr Miguel de Nader.EodolpHo Hofimann. Horacio lJerazzo Ju-nior, Ltturinda Tavora, Griselda Rodrigues,Euclydes' Dias. José Coelho, Lygia ZontaVaz.Fuhio Poviua, Aldino Reis, Renato Go-mes Loques. José Alberto Werneck, Agul-naldo. Vareila José Etcheverry, Santos daOliveira, Hermes Fonseca da Costa, EstellaMorelii, Agostinho Campauelli, Angela Ma-chado Joel, Leny Carneiro de Sã, João Mo-raça Dias, Edmundo de Carvalho. NildaCosta de Almeida, Myrian de Miranda, Joj*Vasconcellos da Silya, Henrique de Oli-veira Coutinho.

Foi premiado, com um exemplar do Al-manaeh d'"0 Tico-Tico" para 11)30, o con-cm lente:

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ÓTICO -TI CO ,*r- 3i — 11 — Março — 1830

Marechal Floriano, em Lafayette, EitaSo deMinas Gerae».

CONCURSO N».Para os leitores desta Capitai, h &*à

INSTADOS PROXIMOaPerguntas;

1" — Qual o r.ome de mulher íoraiailJtpor dois tempos de verbo?

(4 ayllabas).Neomil Portella F.. Alves

2" — Cora S sou ura tempero.Com M sou inüortunio.Cora C soo necessário aos pedreiros;

(1 syllaba).J. Victorino Portella F. Alves

i' — Qual o nome de homem formadopela mulher perversa e pela correme daágua?

(3 syllabas).Gladys Alves

41 — Qual o sobrenome de uma artistabrasileira tine trocando uma letra í tenr.-jde ieil»o?

(2 syllabas),Da metou»

t« — o <-rue 5. o riaa £ que está sempretio meio do cio?

(2 syllabaí).Odette Coimlji.x

As soluções devem ser enviadas <1 redac-ção d'"0 Tico-Tico", devidamente assitrna-<ias. acompanhadas do vale 3.430.

Para esto concurso, que será encerradono dia 1 da Abril próximo, daremos comoprêmio, por sorte, entre as soluções certas,um livro de contes infantis.

mr j/â

l^-U^^ârirPAR\ OCONCKJRSO

I** 3.430-

o índio e a garçaFábula de Gemma d'Alba

Um índio, que tinha a sua plan-taçãozinha de milho, e esperavaancioso o tempo da colheita para irá villa próxima trocar as espigas porum pouco de farinha e de rapadura,temendo que os granivoros da sttat-ta viessem dar-lhe cabo do grão,*preparou uma armadilha.

O "senhor do milho", como ellesdizem, apanhou vários gatunos:gansos, mutuns, patos bravos

Cahio, finalmente, uma lindissi-ma garça.

Solte-me! solte-me, por favor,gritava ella... eu não vim roubaro teu milho! eu sou ichtyopha-ga... t*);

Não importa, rescondeu o in-

CONCURSO K*. 3.429

PaTj» 03 leitores desta Capital e dos Estados

\— -J li AAni estão vinte c um phoíphoros arrii-

rmidos do certo modo. Vocês não os desai-rumem. Tire:n apenas sete phosphoros paradeixarem escrlpta uma palavTa õcce.

As soluQbes devem ser enviadas a es'*rrdacgào, separadas das ãa outros quaes-Qsiçr concursos, ncompanhadas das decla.-a-çòes de idade, residência e assignatura dopróprio punho do concurrente o, ainda, dovale qne vae publicado a seguir o tem oa. 8.429.

Para este concurso, que scrâ encerradono dia )ü do Abril próximo, serão UUu-i-buldos, por sorte, os seguinces premiou:

dio, que sejas comedora de peixe oude cereaes. Certo c que; vieste aquicom os que andam atraz do milho.

E quando a gente aaç^. em máscompanhias, acaba sempre cahindonos mesmos vicios.

(*) Comedora de peixe.

DO ESCRIPTORIO TARA A CASADE SAÚDE SI...

Eminentes physiologistas tem feito Ocalculo que, cie Iodos os trabalhos a queo homem se dedica, é o mental quemais lhe exhaure as forças.

A attenção prolongada do cérebro,occupádo nas prisões dos escriptorios,com problemas vários, e mantida comprejuízo de outros órgãos, o estômago,principalmente. D'ahi o valor essencial-mente pratico do "DYSPEPTINUM",inimitável preparado dos Snrs. CoelhoBarbosa & Cia., com laboratórios epharmacia á rua dos Ourives, Nos. 38e 40, no Rio de Janeiro, que nos tor-nam omnipotentes dentro dos nossos es-criptorios.

8

1» Prêmio' YJm. ündo bnnquedJ.2o Fremio: Um livro de hiütorras.

Bk. m. A. s^n*^sB * *n

wMmmWà%p^im* 3.429

ipcuxtlõcíor...

Revistade

Elegânciae

EspiritoAs

photographiasmais artísticas.

Amelhor

collaboraçãoLiterária.

4rtrfVtlVV*""i^vw*JVW^iVVWVWvuWJV%A^^ JJ-

INSCREVEI-VOS NA

CRUZADA PELA EDUCAÇÃOENSINANDO A LER E ESCREVER A TODOS OS QUE COMVOSCO VIVEM E TRABALHAM 5

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-BOI

EDIÇÕES

PIMENTA DE MELLO & C.TRAVESSA DO OUVIDOR (RUA SACHET), 34

0E30———T»r-,ft. ¦»*%^-nv— IQC3Q i«__«_' iae_______iO--Oi _

Próximo á Rua do Ouvidor RIO DE TANEIROlillíLIOTHECA SCIEXTIFICA BKASILEinA A

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INTRODUCÇÃO A' SOCIOLOGIA GERAL, li pre- Vmio da Academia Brasileira, pelo prof. Dr. APontes de .Miranda, biocli. lüí, crie 205000 \

TRATADO UE ANATOMIA PATliOLOCICA, pelo Qprol. Dr. Raul Leitão da Cunha, Cathedratico \de Anatomia Fathologica na Universidade do {/lüo de Janeiro, brotai. 35J. ene 4C5000 À

TRATADO DE OFHTALMOLOGIA, pelo prof. Dr. VAbreu Fialho, Cathedratico de Clinica Ophtal-mologica na Universidade do Rio de Janeiro,Io e _• tomo do 1° vol., broch. 251} cada-torno;ene., cada tomo 305000

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FONTES E EVOLUÇÃO DO D1KI-J1TO CIVILBRASILEIRO, pelo prof. Dr. Ponti-s de K4-randa (6 este o livro cm oue o autor tratoudos r-rros e "lacunas do Código Civil), broch._SJ0«0, una 301000 _)

IDÉAS FITNDAMENTAEB DA MATHEMAT1CA,pelo prof. Dr. Amoroso Costa, broch. 135000,crie 203000

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rRATADO-i.*V)MMENTARlÜ DO CÓDIGO CIVILBRASILEIRO, SUCCESSÃO TESTAMKNTA-RIA, pelo Dr. Pontes da Miranda, broch.255000; ene. 30Í000

IATERATUIIA:

CRUZADA SANITÁRIA, discursos de Amaury dDMedeiros (Dr.) bro 5JC00

ANNEL DAS MARAVILHAS, coutos para crean-ças. texto e figuras de João do Norte (da Aca-demia Brasileira), broch 25000 Q

COCAÍNA, novella de Álvaro Moreyra, broch 45000PERFUME, versos de OnosUldo de Penafort, broch. 55000BOTÕES DOURADOS, chrontcas sobre a vida i&tl-

ma da Marinha Brasileira, cie Gastão Penalva,broch 55000

LEVIANA, novella do escriptor portuguez AntônioFerro, broch 55000

ALMA BARBARA, contos gaúchos, d3 AlcidesMaya. broch ••• ••••• ••• 5*000

PROBLEMAS DE GEOMETRIA, de I- erreiro deAbreu, broch __.___.«¦__«_ _«

-**00**CADERNO DE CONSTRUCÇÕES GEOMÉTRICAS,

de Maria Lyra da Silva, broch -!*6UUCHIMICA GERAL. Noções, obra -ndioada no Col-

legio Pedro II. de Padre Leonel da FrancaS. .T., 3« edição, cart. 6*00n

UM ANNO DE CIRURGIA NO SERTÃO, de Uo-berto Freire (Dr.), broch. '.. 1SS000

LIÇÕES CÍVICAS, de Heitor Pereira, 2» edição,cart. ... .. 5*00,)

COMO ESCOLHER UMA BOA ESPOSA, de Re- ,nato Kehl (Dr.), broch |»«00

HUMORISMOS INNOCENTES, de Areimor, broch 5500UTODA A AMERICA, versos de Ronaid" de Car- -....

valho, broch s*000QUESTÕES PRATICAS DE ARITHMETICA, obra

ndoptada no Collegio Pedro II, de Cecil Thiré,broch •¦•• 10$0°°

FORMULÁRIO DE THERAPEIITICA INFANTIL.por A. Santos Moreira (Dr.), 4* edição, ene. 205000

CHOROORAPHIA DO BRASIL, para o curso pri-mnrio, pelo prof. Clodomiro Vasconcellos(Dr.), cart l°í°00

THEATRO DO "O TICO-TICO" — cançonetas, far- ¦

cas. monólogos, duettos, etc, para ereanças,por Eustorgio. Wanderley 65000

P ORÇAMENTO — por Agenor de Rnuro. broch. 1S50&0OS FERIADOS ERASILEIROS, do Reis Carvalho,broch. 1S5000

DESDOBRAMENTO — Chronicas de Maria Eu-genia Celso, broch 55000

CIRCO, de Álvaro Moreyra, broch. «5000CANTO DA MINHA TERRA, 2* edição, O. Ma-rianno 105000

ALMAS QUE SOFFREM. E. Bastos, broch 65000A BONECA VESTIDA DE ARLEQUIM, A. Mo-

reyra, broch ...., 55000CARTILHA, prof. Clodomiro Vasconcellos 15500PROBLEMAS DE DIREITO PENAL, Evaristo de

Moraes, broch. 105. ene 205000PROBLEMAS E FORMULÁRIO DE GEOMETRIA,

prof; Cecil Thiré & Mello e Souza 65000ADÃO. EVA, de Álvaro Moreyra. broch 85000GRAMMATICA LATINA, Padre Augusto Magne

Si J., 2» edição . 165000rRIMEIRAS NOÇÕES DE LATIM, de Padre Au-

gusto Magno S. ,T.. cart. no preloHISTORIA DA PHILOSOPHIA, de Padre Leonel

da Franca S. J., 3" edição, ene 125000CURSO DE LINGUA GREGA. Morphologia, de Fa-

dre Augusto Magne S. J., cart 105000GRAMMATICA DA LINGUA

' HESPANIIOLA,

obra adoptada no Collegio Pedro II, de Ante-nor Nascente, professor da .cadeira do mesmocollegio, "¦' edição, broch 75000

VOCABULÁRIO MILITAR. Cândido Borges Cas-tello Branco (Cel.), cart 25000

CHIMICA ELEMENTAR, problemas práticos onoções geraes, pelo professor C. A. Barbosade Oliveira, vol. I», cart ........ 45000

PROBLEMAS PRÁTICOS DE PHYSICA ELE-MENTAR, pelo professor Heitor Lyra da Silva,caderno 2», broch 25500

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AS AVENTURAS DO CHIQUINHO - O SUPPLICIO DE TANTALO

y^ 'j&v ^^^\ Chiquinho ganhou.um urso, de brinquedo, muito N.

y^ %^Al/mJmm\ ^\ bonito Com receio do gênio belicoso de jagunço, pren- I ,- fv?mS~~L^^11^' JÊrA \ím\mw*m\ l'' !l ° <"r'° na corrente e f°« brincar com o novo. . ',! \AAA^^Ht&& S§~-"-A

..brinquedo. Jagunço não se conformando com a fc^QH^ .". .brincava, nâo ouviu os gritos de Jagunço Depbissorte poz-se a gritar, a uivar. Emquanto Chiquinho. ggg 0ZaWj£ ~y Chiquinho

guardou o urso em cima do guarda casaca.

.y "^Sv^^i'-»''''¦%. \ ív\ a" ' ^Hi^> Quando .menos esperavam ouviram um barulho in-/ bv ^^ f ¦ \feAy^'M^kffi terna! de louça quebrada.

Foram ver o que era e encontraram Jagunço que, ...louças. Desta vez foi Jagunço o castigado, entre \/ ( i ^P \A\ \ ^v /fugido da corrente, saltara para apanhar o urso que- sopa e água sem poder tocal-at_ n! ' / \ $à \ \ y^brando o espelho, uma porção de pratos a outras... Eis o supplicio de Tantalo. ^"^-«J \ A-A^