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Campylobacter enterobacteria As espécies deste gênero são bactérias bastonadas , pequenas; com forma de vírgula ou forma de "s", São bactérias Gram negativas, móveis, com flagelo polar simples não formam esporos , mas em culturas envelhecidas adquirem a forma cocóide, correspondente a formas não cultiváveis. São quimiorganotróficos e não fermentam e nem oxidam açúcares, obtendo energia a partir de aminoácidos. Oxidase positiva, catalase variável. São tipicamente microaerófilos, requerendo baixas concentrações de oxigênio (3-6%) e altas concentrações de CO 2 (3-10%) para o seu crescimento. Apresentam metabolismo energético oxidativo, porém não utilizam carboidratos como fonte de energia, sempre derivada da oxidação de aminoácidos ou ácidos intermediários do ciclo do ácido tricarboxílico. Crescem numa faixa de temperatura de 25 a 43°C, sendo considerados termotolerantes. Entretanto, não são termorresistentes, sendo facilmente destruídos pela pasteurização. As doenças causadas pelo gênero Campylobacter estão disseminadas mundialmente , sendo um dos principais agentes de doenças transmitidas por alimentos (DTA) em humanos , constituindo-se na segunda mais freqüente causa de diarréias bacterianas . Considera-se que uma alta porcentagem dessa infecção esteja associada ao consumo de produtos de origem animal pricipalmente carnes de aves mal cozidas, ou pela contaminação cruzada no preparo dos alimentos. As espécies de Campylobacter possuem lipopolissacarídeos (LPS) e flagelos que atuam como estruturas de aderência e invasão, sendo capazes de produzir citotoxinas e enterotoxinas . Os microrganismos se multiplicam no intestino delgado, invadem o epitélio e provocam inflamação, resultando no aparecimento de leucócitos e eritrócitos nas fezes. Eventualmente a corrente sanguínea é invadida e se observa desenvolvimento de febre entérica. A invasão tecidual localizada associada à atividade tóxica parece ser responsável pela enterite. Sendo bactérias invasivas, o Campylobacter pode levar a um quadro de septicemia. O dano ao hospedeiro e as manifestações clinicas dependem principalmente de dois fatores: do inóculo ingerido, e da imunidade do hospedeiro. O principal mecanismo de patogenicidade é a invasão da mucosa intestina l. O microrganismo se adquire por via oral com a ingestão de alimentos e bebidas contaminadas, ou por contato com animais infectados . As bactérias deste gênero são ativamente móveis por um único flagelo polar em uma ou nas duas extremidades da célula . Variantes do C. jejuni , imóveis, com flagelo incompleto ou com ausência de flagelo não conseguem colonizar ou requerem grandes quantidades de inóculo, em relação às cepas móveis (flagelo completo), sugerindo que a motilidade, possui importância fundamental na colonização. Fatores de virulência C. jejuni e C. coli: cápsula, parede celular, Adesinas, Flagelos, Toxina distensora citoletal (TDC) Segundo Almeida et al. (2002), doenças relacionadas a infecções extraintestinais por Campylobacter como meningites são consideradas raras, porém tem-se reconhecido Campylobacter jejuni associado com pacientes que sofrem de síndrome de Guillain-Barré (SGB).

Jana Campylobacter

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microbiologia clinica ... campybacter, vibrio, espiroquetideos e mycoplasma

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Campylobacter enterobacteria

As espécies deste gênero são bactérias bastonadas, pequenas; com forma de vírgula ou forma de "s", São bactérias Gram negativas, móveis, com flagelo polar simples não formam esporos, mas em culturas envelhecidas adquirem a forma cocóide, correspondente a formas não cultiváveis. São quimiorganotróficos e não fermentam e nem oxidam açúcares, obtendo energia a partir de aminoácidos. Oxidase positiva, catalase variável.

São tipicamente microaerófilos, requerendo baixas concentrações de oxigênio (3-6%) e altas concentrações de CO2 (3-10%) para o seu crescimento. Apresentam metabolismo energético oxidativo,

porém não utilizam carboidratos como fonte de energia, sempre derivada da oxidação de aminoácidos ou ácidos intermediários do ciclo do ácido tricarboxílico. Crescem numa faixa de temperatura de 25 a 43°C, sendo considerados termotolerantes. Entretanto, não são termorresistentes, sendo facilmente destruídos pela pasteurização.

As doenças causadas pelo gênero Campylobacter estão disseminadas mundialmente , sendo um dos principais agentes de doenças transmitidas por alimentos (DTA) em humanos, constituindo-se na segunda mais freqüente causa de diarréias bacterianas. Considera-se que uma alta porcentagem dessa infecção esteja associada ao consumo de produtos de origem animal pricipalmente carnes de aves mal cozidas, ou pela contaminação cruzada no preparo dos alimentos.

As espécies de Campylobacter possuem lipopolissacarídeos (LPS) e flagelos que atuam como estruturas de aderência e invasão, sendo capazes de produzir citotoxinas e enterotoxinas. Os microrganismos se multiplicam no intestino delgado, invadem o epitélio e provocam inflamação, resultando no aparecimento de leucócitos e eritrócitos nas fezes. Eventualmente a corrente sanguínea é invadida e se observa desenvolvimento de febre entérica. A invasão tecidual localizada associada à atividade tóxica parece ser responsável pela enterite. Sendo bactérias invasivas, o Campylobacter pode levar a um quadro de septicemia.

O dano ao hospedeiro e as manifestações clinicas dependem principalmente de dois fatores: do inóculo ingerido, e da imunidade do hospedeiro. O principal mecanismo de patogenicidade é a invasão da mucosa intestinal. O microrganismo se adquire por via oral com a ingestão de alimentos e bebidas contaminadas, ou por contato com animais infectados .

As bactérias deste gênero são ativamente móveis por um único flagelo polar em uma ou nas duas extremidades da célula. Variantes do C. jejuni , imóveis, com flagelo incompleto ou com ausência de flagelo não conseguem colonizar ou requerem grandes quantidades de inóculo, em relação às cepas móveis (flagelo completo), sugerindo que a motilidade, possui importância fundamental na colonização. Fatores de virulência C. jejuni e C. coli: cápsula, parede celular, Adesinas, Flagelos, Toxina distensora citoletal (TDC)

Segundo Almeida et al. (2002), doenças relacionadas a infecções extraintestinais por Campylobacter como meningites são consideradas raras, porém tem-se reconhecido Campylobacter jejuni associado com pacientes que sofrem de síndrome de Guillain-Barré (SGB).Identificação presuntiva a partir de fezes, o encontro de leucócitos polimorfonucleares; Métodos para isolamento condições microaerófilas, à temperatura de 42°C, ótima para C. jejuni, C. coli e C. lari. (Caldo/Ágar Brucella, Caldo/Ágar Nutriente) suplementados com sangue de cavalo ou carneiro e diferentes combinações de alguns dos seguintes antibióticos: vancomicina, polimixina, cicloeximida, trimetroprima, rifampicina, cefoperazona, anfotericina, cefalotina, colistina, cefazolina, novobiocina e bacitracina.

Vibrio spp. são bactérias, bacilos Gram-negativas. Catalase e oxidase positivas, são anaeróbios

facultativos crescem em meios não enriquecidos, maiorias móveis por flagelos.Amb aquáticos: peixes, repteeis e raramente mamiferos#TemperaturaV. parahaemolyticus consegue crescer em ambientes com temperaturas entre 5 e 43ºC e tem uma temperatura ótima de crescimento (temperatura à qual a taxa específica de crescimento é máxima) de 37ºC.Não resistente a temperaturas elevadas sendo destruído durante a exposição a temperaturas superiores a 63ºC. V. parahaemolyticus é destruído por desidratação, é sensível à refrigeração diminuindo em número ao longo do tempo, mas não é muito sensível à congelação.

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V. cholerae (Colera) consegue crescer em ambientes com temperaturas entre 10 e 43ºC e tem uma temperatura ótima de crescimento entre 30 e 37ºC. Não é um organismo resistente a temperaturas elevadas sendo destruído durante a pasteurização e a exposição a temperaturas superiores a 70ºC.V. vulnificus consegue crescer em ambientes com temperaturas entre 8 e 43ºC e tem uma temperatura óptima de crescimento de 37ºC. Não é um organismo resistente a temperaturas elevadas. Cook e Ruple (1992) demonstraram que este organismo é destruído em ostras cozinhadas a 50ºC durante 10 minutos. V. vulnificus é sensível a baixas temperaturas.

Principais fontes de contaminaçãoOs vibrios existem normalmente nas águas estuarinas, aumentando o seu número durante os meses mais quentes do ano. V. parahaemolyticus pode ser isolado de fezes de indivíduos em recuperação de uma gastrenterite, durante algumas semanas após o desaparecimento dos sintomas pelo que durante este período existe a possibilidade de manipuladores portadores assintomáticos contaminarem alimentos.O seu isolamento de ambientes marinhos é raro quando a temperatura da água é inferior a 10-13ºC. V. cholerae está geralmente associado a condições de higiene deficientes e a contaminação fecal. A transmissão por contacto com indivíduos infectados ou via água contaminada são as principais fontes de contaminação. Em algumas circunstâncias, a contaminação de alimentos pode ocorrer.V. vulnificos tem sido isolado de água e de crustáceos em diferentes zonas da costa dos Estados Unidos e de outros países. Encontra-se geralmente em baixo número nas águas podendo, no entanto, atingir valores elevados em ostras quando a temperatura da água é superior a 21ºC. É raramente isolado quando a temperatura da água é inferior a 10-15ºC.Alimentos mais frequentemente associados a infecções por Vibrio spp.A maioria dos casos e surtos causados por víbrios são causados pelo consumo de peixe, marisco e moluscos crus ou cozinhados de forma insuficiente. As ostras cruas constituem o principal veículo de transmissão da infecção por V. vulnificus nos Estados Unidos.Os frutos e os vegetais contaminados com a água de rega, com efluentes domésticos utilizados como fertilizantes, por manipuladores e ainda por insetos, e os peixes e mariscos crus capturados em zonas contaminadas são alguns dos alimentos que têm estado na origem de alguns surtos de cólera (provocada por V. cholerae).

Principais sintomas da intoxicação por VibrioV. parahaemolyticusOs sintomas surgem normalmente 4 a 96 horas após a ingestão do alimento contaminado com um número elevado de microrganismos (100 000 a 10 000 000). Os sintomas são os típicos de uma gastrenterite: diarreia, dores abdominais, náuseas, vómitos, dores de cabeça, febre (raramente) e arrepios.Os sintomas duram cerca de três dias e a evolução clínica da infecção é normalmente favorável. Em situações excepcionais, foram descritas formas mais severas da infecção, nomeadamente disenteria fulminante e uma sintomatologia que se assemelha à observada nos casos de cólera.

V. vulnificus é causa de septicémicas que surgem cerca de 16 a 38h após a ingestão do alimento contaminado. Os principais sintomas incluem febre e arrepios. Com menor frequência, podem ser observadas náuseas, dores abdominais, vómitos, diarreia e hipotensão. Podem ainda surgir lesões na pele, especialmente nas extremidades e no tronco, que podem requerer intervenções cirúrgicas. A taxa de mortalidade varia entre 40 e 60% entre os indivíduos de risco.

VibriocholeraeExistem vários serótipos de V. cholerae embora os casos de infecção severos sejam causados pelos serótipos O1 e O139. Os sintomas surgem cerca de 6h a 5 dias após a contaminação e caracterizam-se inicialmente por diarreia ligeira, dores abdominais e anorexia que pode evoluir subitamente para diarreia profusa e aquosa com fezes típicas designadas por "água de arroz".

Nos casos mais severos, a desidratação pode levar à morte caso não sejam administrados fluidos e sais. Em indivíduos saudáveis, aos quais sejam repostos os fluidos e os sais perdidos, a evolução da doença é favorável sendo a recuperação de 1 a 6 dias.

Grupos de riscoOs sintomas são mais severos em indivíduos imunodeprimidos, diabéticos e com problemas hepáticos.

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revenção da contaminaçãoOs peixes e os mariscos capturados em águas com temperaturas superiores a 10ºC devem ser considerados como potencialmente contaminados com víbrios. Assim, para impedir o seu desenvolvimento é essencial garantir o armazenamento do pescado a temperaturas inferiores a 4ºC. Temperaturas (internas) de preparação superiores a 70ºC são suficientes para destruir quaisquer víbrios. A prevenção da contaminação entre peixes ou mariscos crus e alimentos já cozinhados é de grande importância. Os alimentos provenientes de zonas onde a cólera é endémica devem estar isentos do organismo ou ser tratados para que este seja destruído.

Doença que causa: Diversas espécies estão relacionadas com bacteremia, otite externa ou celulite necrotizante após manipulação de frutos do mar, lesões cutâneas durante mergulho, mordida de tubarão ou ingestão de alimentos contaminados. 

Diagnóstico: Exame direto em campo escuro demonstra bacilos Gram-negativos com formato específico. Cultura em meio específico confirma diagnóstico (V. fluvialis, V. hollisae, V. damsela, V. furnissii , V. metschnikovii, V. cincinnatiensis e V. carchariae 

EspiroquetídeosCaracterísticas Bactérias móveis, helicoidais, cujo flagelo da maioria dos espiroquetídeos está localizado no interior da membrana externa. Esta é formada por múltiplas camadas e denominada bainha externa. São visualizados somente em campo escuro ou quando tratados com sais de prata que os tornam mais espessos. Englobam três gêneros de importância médica: Treponema sp., Borreliasp. eLeptospirasp.

Treponema pallidum Doença :Sífilis venérea Também conhecida como cancro-duro, devido ao inchaço apresentado nos linfonodos. Caracteriza-se por lesões purulentas no aparelho genital feminino e masculino. A bactéria causadora, T. palliudm , possui filamentos responsáveis pelos movimentos de rotação e flexão que facilitam a invasão tecidual. Apresenta divisão transversal a cada 33 horas e sua visualização só é possível em campo escuro ou fluorescência. Não produzem endotoxinas ou exotoxinas. Quando em mio externo são altamente sensíveis ao ressecamento. Fatores de virulência Ainda há poucos estudos sobre estes fatores, alguns pesquisadores sugerem que: a) Há fixação da bactéria a receptores existentes nos mucopolissacarídeos do tecido conjuntivo por meio de uma das suas extremidades. O receptor seria a fibronectina e a adesão ocorreria através de adesinas de origem protéica.

b) Produz uma enzima chamada mucopolissacairdase, que dissolve os mucopolissacarídeos permitindo a passagem pelos espaços extravasculares, levando ao colapso, trombose e à obstrução vascular, produzindo necrose.

c) A capsula constitui-se de ácido hialurônico e de sulfato de condroitina, estando então relacionada ao processo infeccioso, além da função antifagocitária.

d) A imunossupressão que se observa na sífilis parece ser induzida pelos mucopolissacarídeos sendo provável que as manifestações clínicas estejam relacionadas com as fases de supressão imunológica do hospedeiro. Introduzem-se no organismo através de ferimento ou corte, ou ainda de abrasão na pele, atingindo a corrente circulatória e linfática disseminando-se por todo o corpo. (Principalmente o sistema nervoso central).

Borreliasp. Características Espiraladas, possuem membrana que recobre o flagelo periplasmático e o cilindro protoplasmático. São microaerófilas, porém capazes de crescer em condições de anaerobiose, necessitam de ácidos graxos de cadeias longas para o crescimento e produzem ácido lático como produto final da fermentação da glicose.

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Apresentam cromossomos lineares e vários plasmídeos lineares, características estas particulares ao gênero. São veiculadas pro artrópodes (carrapato pertencente à família Ixodideae) e são patogênicas para o homem, animais domésticos, roedores e pássaros. BorreliarecorrentisDoença :Febre recorrente Doença sistêmica, desenvolvida entre dois a quinze dias de incubação. O período febril persistente por 3 a 7 dias, sendo seguido por intervalos não-febris de vários dias e semanas. Na fase aguda, ocorre além de febre, dor de cabeça, tontura, mialgia, artralgia, náusea e vômitos, Ocorre lesão eritematosa. Manifestações crônicas ou tardias podem envolver os sitemas nervosos, respiratório e cardiovascular. Mulheres grávidas que contraem a febre recorrente eventualmente abortam ou dão a luz natimortos ou recém–nascidos infectados por via transplacentária. BorreliaburgdorferiDoença :Doença de Lyme (Borreliose) Acomete no verão, causando uma lesão característica na pele, conhecida como eritema migratório. Ocorre também cefaléia, mialgia, artralgia, fadiga e inchaço dos nódulos linfáticos. Algumas semanas ou meses após infecção alguns pacientes podem desenvolver miningoencefalite, miocardite ou dores musculares generalizadas. As proteínas relacionadas aos fatores de virulência apresentam-se nos plasmídeos. Diagnóstico para Brorreliasp. Detecção de espiroquetas no sangue periférico de pessoas ou animais com picos febris. A visualização das espiroquetas deve ser feita em microscopia de campo escuro. Detecção de antígenos.

Leptospirasp. Características Helicoidal. Possui dois flagelos que dispõem-se atravessando as espirais em sentidos opostos. Bactérias aeróbias que utilizam ácidos graxos de cadeia longa como fonte de energia e consumo. Doença: Leptospirose Zoonose disseminada por diversas espéices de mamíferos. Roedores, proncipalmente ratos, são os reservatórios mais importantes, seguidos de animais domésticos como cães, bovinos e animais silvestres. O homem é infectado frequentemente por mecanismos indiretos onde a água e os solos úmidos representam o principal veículo de transmissão. Trabalhadores da área da saúde podem se infectar ao manusear tecidos infectados. A infecção transplacentária é comum em bovinos e muito rara em humanos. No Brasil, a grande maioria dos casos notificados ocorre em grandes cidades, relacionando-se a inundações em períodos de chuvas intensas, particularmente em áreas críticas como favelas situadas nas proximidades de rios. Caracterizando-se então como uma doença emergente. Patogênese Nas manifestações clínicas ocorre insuficiência renal e hepática, acompanhada de icterícia e hemorragias internas. As infecções resultam em formas brandas apresentando-se como uma doença de quadro febril. O envolvimento pulmonar ocorre frequentemente resultando em tosse, dispnéia, dor torácica e altos índices de letalidade. Os pacientes recuperam-se em 3-6 semanas sem seqüelas visíveis.*A adesão a superfícies celulares e a toxidade parecem representar as características mais importantes das leptospiras na patogênese do processo infeccioso. A resposta imune sistêmica é efetiva na eliminação da bactéria, porém pode produzir reações inflamatórias sintomáticas. Na fase aguda, segue-se a imune adaptativa com eliminação de leptospira pela urina. Sob o aspecto zoonótico, o local de persistência mais significativo é o túbulo renal em animais portadores, onde as bactérias podem ser encontradas aderidas às células epiteliais no lúmus dos túbulos proximais; portadores excretam leptropiras intermitentemente ou regularmente por períodos de meses, anos ou pela vida toda.

MICOPLASMASSem parede celular rígida, somete menbrana = pleomorfismo, gran negativa (coram mal pelo giemsa), necessitam de esterois para crescer (colesterol). Comesais de membranas e mucosas respiratória, digestoria e urogenital.

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Infecção por contato animal, meios de culturas de alta qualidade isotônicos, meio PPLO-> inocula no meio liquido de 3-7 dias no solido 37ºC 7 dias. Pode-se usar coloração Diens, aparecencia de ovo frito; examen de leite-deixar formar o creme e inocular em caldo, algumas fermentam em glicose, produzem acido de manose, maltose, amido e não deseminam arginina. Atualmente, estes microrganismos são chamados genericamente de molicutes e o termo icoplasma corresponde a um dos quatorze gêneros com o maior número de espécies. Micoplasmas são bactérias da classe dos Mollicutes, filogenicamente são originárias das bactérias Gram positivas . Estas bactérias infectam células humanas, animais, alguns insetos e plantas. São considerados os menores seres vivos de vida livre, ou seja, em sua grande maioria multiplicam-se em meios de cultura sem células. Quando crescem em Ágar, formam geralmente minúsculas colônias em forma de "ovo frito"São usualmente redondos ou elípticos, mas alguns podem ter terminações polares evidentes ou formarem micro-filamentos. Sendo pequenos desta maneira, usualmente não turvam caldos quando em crescimento.As características dos molicutes são várias, das quais a ausência natural da parede celular é a mais conhecida e a membrana celular contém colesterol e proteínas. Na evolução de sua adaptação nos diferentes nichos, algumas espécies reduziram o genoma em cerca de 10 vezes. Mycoplasmagenitalium de origem humana, foi o segundo microrganismo sequenciado por ter o menor DNA (580 Kpb) conhecido, mas alguns molicutes possuem 2200 Kpb. Com o pequeno genoma, apresentam metabolismo reduzido. Portanto, em geral, são mais lentos na sua multiplicação e levam de 3 a 16 horas para formarem outra célula. A replicação do DNA pode ser muito mais rápida do que divisão celular e portanto, por algum tempo, formam os micro-filamentos. Não sintetizam purinas, não possuem ciclo de Krebs, não sintetizam ácido fólico e possuem enzimas diferentes das bactérias "convencionais". Consequentemente, antibióticos como os β-lactâmicos e sulfonamidas não possuem alvo. A proporção de C+G no genoma é baixa, assemelhando-se às bactérias Gram positivas. O genoma possui muitas sequências repetitivas, um a dois genes de RNA e pouquíssimos mecanismos de reparo de DNA, facilitando as mutações e variações antigênicas. Apesar de serem de vida livre, a maioria das espécies "prefere" usualmente a superfície de células de mucosa respiratória e urogenital pela facilidade de obtenção dos nutrientes. Requerem "in vitro" diversos suplementos e entre os principais estão o soro animal e extrato fresco de levedura.Possuem mecanismos de evasão ou modulação da resposta imune do hospedeiro. Algumas espécies são capazes de realizarem trocas antigênicas com células hospedeiras e outras são capazes de invadir células ou causar apoptose. Em hospedeiros imunossuprimidos ou outros fatores predisponentes a infecções em geral, podem causar infecções inesperadas ou não usuais. Como crescem lentamente nas células, podem não matá-las, mas podem estressá-las contribuindo com a cronicidade de algumas infecções ou desenvolvimento de complicações. Desta maneira, são bactérias conhecidas como oportunistas por excelência e, portanto a sua biologia é um desafio ao conhecimento do comportamento de microrganismos causadores de infecções.A taxonomia dos Mollicutes sempre esteve em mudança e existiam classicamente cerca de 200 espécies. Recentemente, pela analogia do DNA, algumas das antigas riquétsias foram incluídas na classe, aumentando o número de molicutes. Atualmente, existem gêneros não cultiváveis, como os hemoplasmas, causadores de anemias nos  animais e os fitoplasmas, que causam doenças em plantas. Com a inclusão destes "novos tipos", principalmente dos não cultiváveis, estima-se que exista atualmente cerca de 300 espécies ou mais, mas muitas ainda não estão satisfatoriamente classificadas.

Os molicutes, em geral, são bactérias fastidiosas e as de maior importância humana e animal formam colônias em aproximadamente 7-15 dias, dificultando o diagnóstico microbiológico clássico. Assim, as técnicas de diagnóstico molecular têm superado as limitações das culturas convencionais. Existem também "kits" de diagnóstico, mas voltados para as espécies de maior importância humana e veterinária.Apesar de serem naturalmente resistentes a alguns antibióticos pela ausência de alvo, são bactérias sensíveis em geral a muitos outros antibióticos e a tetraciclina é droga clássica. No entanto, a resistência dos molicutes a alguns antibióticos têm sido detectada principalmente nas amostras de importância humana. Apesar de oneroso para o uso preventivo de antibióticos contra as micoplasmoses animais, esta prática tem aumentado bem como o controle da eficácia destas drogas.

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As vacinas licenciadas são para uso em alguns animais (aves, porcos) que, por sua vez, não impedem a infecção, mas minimizam os sintomas das doenças viabilizando a criação dos animais. Para humanos, apesar do avanço das pesquisas, as vacinas são insuficientes na proteção desejada e ainda possuem efeitos colaterais importantes.Vale lembrar que estes microrganismos são também conhecidos na comunidade científica como contaminantes indesejáveis de culturas celulares e animais de laboratório (ratos e camundongos) por prejudicarem os resultados da pesquisa biomédica.