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Notícias InforFisco JANEIRO E FEVEREIRO DE 2006 SUMÁRIO 1. LEGISLAÇÃO FISCAL PUBLICADA EM JANEIRO E FEVEREIRO DE 2006 .................................. 2 2. INSTRUÇÕES E DECISÕES ADMINISTRATIVAS ...................................................................... 4 3. HARMONIZAÇÃO FISCAL COMUNITÁRIA .............................................................................. 9 4. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO.............................................. 10 5. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO NORTE (TCAN)........................ 12 6. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO SUL (TCAS) ............................ 14 7. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DAS COMUNIDADES EUROPEIAS ..................... 19 8. NOTAS DE ENQUADRAMENTO .......................................................................................... 22

JANEIRO E FEVEREIRO DE 2006 - PwC · sobre a colecta do IRC relativa ao exercício de 2005, e respectivas taxas. (O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base

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Notícias InforFisco

JANEIRO E FEVEREIRO DE 2006

SUMÁRIO

1. LEGISLAÇÃO FISCAL PUBLICADA EM JANEIRO E FEVEREIRO DE 2006 .................................. 2

2. INSTRUÇÕES E DECISÕES ADMINISTRATIVAS ...................................................................... 4

3. HARMONIZAÇÃO FISCAL COMUNITÁRIA .............................................................................. 9

4. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO.............................................. 10

5. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO NORTE (TCAN)........................ 12

6. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO SUL (TCAS) ............................ 14

7. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DAS COMUNIDADES EUROPEIAS ..................... 19

8. NOTAS DE ENQUADRAMENTO .......................................................................................... 22

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Notícias InforFisco N.º 77 – Janeiro e Fevereiro de 2006

FLASH NEWS Diplomas aprovados em Conselho de Ministros: * De 5 de Janeiro - Proposta de Lei que altera a Lista I anexa ao Código do IVA e o artigo 112.º do Código do Imposto

Municipal sobre Imóveis. Esta Proposta de Lei prevê a redução da taxa de IVA, de 21% para 5%,

incidente sobre os serviços silvícolas necessários à limpeza e intervenção cultural nos povoamentos

florestais, realizados em explorações agrícolas e silvícolas. Por outro lado, visa, ainda, permitir aos

municípios instituir uma majoração do imposto municipal sobre imóveis (IMI), incidente sobre os prédios

rústicos com áreas florestais abandonados e cujos proprietários não cumpram as práticas necessárias à

sua boa manutenção e à prevenção dos incêndios. Esta majoração, a fixar por deliberação das

assembleias municipais, pode ir até ao dobro da taxa de 0,8% do IMI incidente sobre estes prédios,

sujeita a uma colecta mínima de 20 euros por cada prédio abrangido.

1. LEGISLAÇÃO FISCAL PUBLICADA EM JANEIRO E FEVEREIRO DE 2006

DIPLOMA ASSUNTO

DLR 3/2006/A,

de 16.1.2006

APROVA O ORÇAMENTO DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - No quadro da adaptação do sistema fiscal às especificidades da Região,

estabelece que os lucros que beneficiarão de dedução à colecta do IRC

ou do IRS, nos termos do artigo 6.º do DLR n.º 2/99/A, de 20 de Janeiro

são os que forem reinvestidos em:

a) Criação de novas unidades de alojamento no turismo rural e de

habitação e ampliação e reformulação das já existentes;

b) Aquisição de embarcações de pesca;

c) Investigação científica e desenvolvimento experimental (I&D) com

interesse relevante;

d) Tratamento de resíduos e efluentes e energias renováveis.

No que respeita ao valor de investimento mínimo a considerar na

concessão de incentivos fiscais de base contratual mantém o montante de

2.500.000 euros montante é, porém, reduzido para 500.000 euros quando

respeite a investimentos efectuados nas ilhas do Corvo, Flores, São

Jorge, Graciosa e Santa Maria.

. 2 .

© PricewaterhouseCoopers, 2006

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

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Notícias InforFisco N.º 77 – Janeiro e Fevereiro de 2006

DL 18/2006,

de 26.1.2006

IRC - DONATIVO - MECENATO - De acordo com o artigo 4.º deste

diploma, são automaticamente abrangidos pelo regime fiscal do mecenato

os donativos efectuados à Fundação Casa da Música.

PORT 90/2006,

de 27.1.2006

IMI - CUSTO MÉDIO DE CONSTRUÇÃO - FACTOR DE CAPITALIZAÇÃO - Fixa em 492 euros o custo médio de construção a

considerar, no ano de 2006, na avaliação de prédios urbanos e mantém

em 12,5 o coeficiente de actualização do valor patrimonial dos prédios

urbanos arrendados.

DL 25/2006,

de 8.2.2006

IRS - IRC - REGIME ESPECIAL - VALORES MOBILIÁRIOS - Altera o

regime de isenção de IRS e IRC dos rendimentos de capitais e mais-

valias provenientes de valores mobiliários representativos de dívida

pública e não pública, no sentido de excluir do respectivo âmbito as

pessoas colectivas detidas, directa ou indirectamente, em mais de 20%

por entidades residentes em território português e incluir no respectivo

âmbito os bancos centrais e as agências de natureza governamental, dos

países, territórios ou regiões qualificados como «paraísos fiscais».

PORT 132/2006,

de 16.2.2006

IRS - INCIDÊNCIA - EXCLUSÃO - LIMITES LEGAIS - Fixa os montantes

das prestações por encargos familiares, bem como das prestações que

visam a protecção de crianças e jovens com deficiência e ou em situação

de dependência.

DPR 12/2006,

de 21.2.2006

IRC - IRS - DUPLA TRIBUTAÇÃO INTERNACIONAL - CONVENÇÃO - TURQUIA - Ratifica a Convenção entre a República Portuguesa e a

República da Turquia para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão

Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, aprovada pela RAR

n.º 13/2006.

L 6/2006,

de 27.2.2006

NOVO REGIME DO ARRENDAMENTO URBANO - Aprova o Novo

Regime do Arrendamento Urbano (NRAU). Entre outros, altera o Decreto-

Lei n.º 287/2003, de 12 de Novembro e o Código do Imposto Municipal

sobre Imóveis, no sentido de penalizar em sede fiscal os proprietários que

mantêm os prédios devolutos e da obrigatoriedade de pedir uma nova

avaliação do imóvel para os senhorios que queiram aumentar as suas

rendas antigas, de acordo com o valor patrimonial do prédio.

. 3 .

© PricewaterhouseCoopers, 2006

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

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Notícias InforFisco N.º 77 – Janeiro e Fevereiro de 2006

2. INSTRUÇÕES E DECISÕES ADMINISTRATIVAS - CIRCULARES DA DGCI

N.º/DATA ASSUNTO

1/2006,

de 10.2.2006

IRS - RETENÇÃO NA FONTE - CONTINENTE - Divulga as tabelas de

retenção na fonte aplicáveis, em 2006, a rendimentos de titulares com

domicílio fiscal no território do Continente.

2/2006,

de 10.2.2006

IRS - RETENÇÃO NA FONTE - REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - Divulga as tabelas de retenção na fonte aplicáveis, em 2006, a

rendimentos de titulares com domicílio fiscal no território da Região

Autónoma dos Açores.

3/2006,

de 16.2.2006

IRC - LUCRO TRIBUTÁVEL - CONTABILIDADE - OPÇÃO - PRAZO - Divulga o Despacho n.º 246/06-XVII do SEAF que sanciona entendimento

segundo o qual os sujeitos passivos de IRC e de IRS, que se encontrem

enquadrados no regime simplificado de tributação, podem entregar no

corrente exercício de 2006, em suporte de papel nos seus Serviços Locais

de Finanças, uma declaração de alterações a solicitar, respectivamente, o

seu enquadramento no regime geral de tributação/contabilidade

organizada, ainda que não tenha decorrido o período mínimo de

permanência no regime simplificado.

(O texto integral desta Circular pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART53)

4/2006,

de 20.2.2006

IRC - PERÍODO DE TRIBUTAÇÃO - ANUALIDADE - DECLARAÇÃO - Instruções relativas à comunicação por parte dos contribuintes da opção

por um período especial de tributação ou pelo regresso ao período de

tributação coincidente com o ano civil.

(O texto integral desta Circular pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART8 N2)

5/2006,

de 24.2.2006

IRS - RETENÇÃO NA FONTE - REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA - Divulga as tabelas de retenção na fonte sobre rendimentos do trabalho

dependente e pensões a aplicar em 2006, aprovadas por despacho do

Secretário Regional do Plano e das Finanças da Região Autónoma da

Madeira, de 24 de Fevereiro.

. 4 .

© PricewaterhouseCoopers, 2006

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

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Notícias InforFisco N.º 77 – Janeiro e Fevereiro de 2006

- OFÍCIOS-CIRCULADOS

N.º/DATA ASSUNTO

30086, da DSIVA,

de 13.1.2006

IVA - TAXA INTERMÉDIA - CARNE - PRODUTOS TRANSFORMADOS - Esclarecimento sobre o âmbito de aplicação da verba 1.1.1 da Lista II

Anexa ao Código do IVA incidente, designadamente, sobre o que, nos

termos da legislação aplicável deve ser considerado como “produtos

transformados à base de carne”.

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIVA LISTA II VERBA 1.1.1)

30087, da DSIVA,

de 16.1.2006

IVA - CRÉDITOS EM MORA - DEDUÇÃO - Elenca as alterações mais

relevantes em matéria de IVA introduzidas pela Lei n.º 60-A/2005, que

aprovou o Orçamento do Estado para 2006, designadamente os requisitos

para a dedução do imposto respeitante a créditos em mora e à facturação

electrónica.

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIVA ART71 N9)

30088, da DSIVA,

de 19.1.2006

IVA - TAXA REDUZIDA - ESPECTÁCULOS - DIVERTIMENTOS PÚBLICOS - Esclarece serem abrangidos pela taxa reduzida os bilhetes

de ingresso em espectáculos e divertimentos públicos bem como a

utilização de instalações destinadas à prática desportiva e a espectáculos

e divertimentos públicos.

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIVA LISTA I VERBA 2.13)

20113, da DSIRS,

de 25.1.2006

IRS - DECLARAÇÃO MODELO 10 - INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO - Instruções de preenchimento da declaração modelo

10, relativa a retenção na fonte.

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou PORT 1145/2004)

20114, da DSIRS,

de 30.1.2006

IRS - DECLARAÇÃO MODELO 3 - 2006 - ENTREGA - CERTIFICAÇÃO - Instruções relativas à certificação da entrega da declaração modelo 3,

relativa a rendimentos do ano de 2005, em suporte papel.

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIRS ART57 N1 A)

. 5 .

© PricewaterhouseCoopers, 2006

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

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Notícias InforFisco N.º 77 – Janeiro e Fevereiro de 2006

40082, da DSIMI,

de 9.2.2006

IMI - MATRIZ PREDIAL - ACTUALIZAÇÃO - PROPRIEDADE HORIZONTAL - Divulga entendimento segundo o qual a modificação ou

alteração de um edifício submetido ao regime de propriedade horizontal,

por divisão de uma das fracções autónomas em outras fracções

autónomas ou por reunião numa única fracção autónoma de duas

anteriores fracções autónomas, determina que a avaliação a ter lugar, nos

termos das regras constantes no CIMI, incida exclusivamente sobre as

novas fracções autónomas. Nas matrizes os artigos deverão ser

corrigidos em conformidade, consoante se trate de fracções cindidas ou

fracções unificadas.

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIMI ART13 N1 D)

20115, da DSIRS,

de 14.2.2006

IRS - DECLARAÇÃO MODELO 3 - ANEXO G1 - PRAZO - Esclarece

dúvidas quanto aos prazos de entrega do Anexo G1 da declaração

Modelo 3 de IRS, destinado a declarar mais-valias não sujeitas a

tributação e manifestações de fortuna.

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIRS ART60 N1)

20116, da DSIRC,

de 22.2.2006

DERRAMA LANÇADA PARA COBRANÇA EM 2006 - Divulga a lista dos

Municípios que lançaram derramas para cobrança em 2006, incidentes

sobre a colecta do IRC relativa ao exercício de 2005, e respectivas taxas.

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou L 42/98 ART18)

- CIRCULARES DA DGAIEC

N.º/DATA ASSUNTO

21/2006, Série II,

de 17.2.2006

IVA - AIB - MEIOS DE TRANSPORTE NOVOS - Rectifica a Circular n.º

80/2005, Série II, de 7 de Dezembro, relativa à competência da DGAIEC

para a liquidação e cobrança do IVA devido nas aquisições

intracomunitárias de meios de transporte novos não sujeitos a imposto

automóvel quando realizadas por determinadas entidades.

. 6 .

© PricewaterhouseCoopers, 2006

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

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Notícias InforFisco N.º 77 – Janeiro e Fevereiro de 2006

- OUTRAS COMUNICAÇÕES E DECISÕES - DO MINISTRO DAS FINANÇAS

N.º/DATA ASSUNTO

DESP 4037/2006,

de 8.2.2006

IRS - RETENÇÃO NA FONTE - REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - Aprova as tabelas de retenção na fonte aplicáveis, em 2006, a

rendimentos de titulares com domicílio fiscal no território da Região

Autónoma dos Açores.

(Publicação: DR II, n.º 37, de 21.2.2006)

DESP 4038/2006,

de 8.2.2006

IRS - RETENÇÃO NA FONTE - CONTINENTE - Divulga as tabelas de

retenção na fonte aplicáveis, em 2006, a rendimentos de titulares com

domicílio fiscal no território do Continente.

(Publicação: DR II, n.º 37, de 21.2.2006)

- DO SECRETÁRIO DE ESTADO DOS ASSUNTOS FISCAIS

N.º/DATA ASSUNTO

Despacho n.º 312/2006,

de 23.12.2005

IVA - AIB - MEIOS DE TRANSPORTE NOVOS - PAGAMENTO - Aprova

a declaração aduaneira da embarcação e aeronaves (DAEA) relativa à

liquidação e cobrança do IVA relativo a aquisições intracomunitárias de

meios de transporte novos.

(Publicação: DR II, n.º 5, de 6.1.2006)

(O texto integral deste Despacho pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou RITI ART22 N4)

Despacho n.º 3681/2006,

de 8.2.2006

IRS - DECLARAÇÃO MODELO 3 - ANEXO G1 - Determina que no

preenchimento do Quadro 6 do Anexo G1 da Declaração modelo 3 do

IRS, onde devem ser indicados os bens adquiridos «qualquer que seja o

seu montante», apenas deve ser exigida a declaração da aquisição dos

bens nele indicados quando o respectivo valor se enquadre na tabela do

n.º 4, do artigo 89.º-A da LGT, relativo às manifestações de fortuna. O

SEAF pede ainda à Administração Fiscal que desenvolva as diligências

necessárias à obtenção, por via oficiosa, dos elementos necessários que

permitam a avaliação indirecta sempre que se verifique uma divergência

não justificada de, pelo menos, um terço entre os rendimentos declarados

. 7 .

© PricewaterhouseCoopers, 2006

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

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Notícias InforFisco N.º 77 – Janeiro e Fevereiro de 2006

e o acréscimo de património ou consumo evidenciados pelo sujeito

passivo no mesmo período de tributação.

(Publicação: DR II, n.º 34, de 16.2.2006)

(O texto integral deste Despacho pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIRS ART57 N1 A)

- DIRECTOR-GERAL DOS IMPOSTOS

N.º/DATA ASSUNTO

Declaração n.º 8/2006,

de 29.12.2005

IRC - DECLARAÇÃO MODELO 22 - Publica os modelos da declaração

periódica modelo 22, e respectivas instruções de preenchimento,

aprovados pelo Despacho n.º 1711/2005-XVII, de 28 de Dezembro, do

Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.

(Publicação: DR II, n.º 13, de 18.1.2006)

- DIRECÇÃO-GERAL DAS RELAÇÕES BILATERAIS

N.º/DATA ASSUNTO

Aviso n.º 187/2006,

de 6.1.2006

ENTRADA EM VIGOR - CONVENÇÃO CUBA - Torna público terem sido

cumpridas as formalidades constitucionais internas de aprovação da

Convenção entre o Governo Português e o de Cuba para Evitar a Dupla

Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o

Rendimento, aprovada pela Resolução da Assembleia da República n.º

49/2001. A Convenção entrou, assim, em vigor em 28 de Dezembro de

2005.

(Publicação: DR I-A, n.º 16, de 23.1.2006)

(O texto integral deste Aviso pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CONVENCAO CUBA ART28)

. 8 .

© PricewaterhouseCoopers, 2006

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

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Notícias InforFisco N.º 77 – Janeiro e Fevereiro de 2006

3. HARMONIZAÇÃO FISCAL COMUNITÁRIA

DOCUMENTO ASSUNTO

Parecer fundamentado

IP/06/42, de 16.1.2006

IRC - NÃO RESIDENTE - JUROS - RETENÇÃO NA FONTE - A

Comissão Europeia enviou a Portugal um pedido formal para que altere a

sua legislação em matéria de pagamentos de juros ao exterior. Em

Portugal é aplicada uma taxa de retenção na fonte de 20% sobre os juros

brutos pagos por residentes portugueses que tenham contraído um

empréstimo junto de mutuantes não residentes (Vd. CIRC, artigo 80.º, n.º

2, al. c). Por outro lado, os juros pagos a instituições financeiras

residentes não são objecto de retenção na fonte, embora estejam sujeitos

ao imposto sobre o rendimento das sociedades português. Daí resulta que

a tributação dos pagamentos de juros a bancos estrangeiros possa por

vezes ser mais gravosa do que a dos pagamentos de juros a bancos

portugueses. A Comissão considera que a aplicação de uma tributação

mais elevada aos bancos estrangeiros restringe a livre prestação de

serviços e a livre circulação de capitais. O pedido é apresentado sob a

forma de um “parecer fundamentado”, em conformidade com o artigo

226.º do Tratado CE. Se Portugal não responder satisfatoriamente ao

parecer fundamentado, no prazo de dois meses, a Comissão poderá

submeter a questão à apreciação do Tribunal de Justiça das

Comunidades Europeias.

Parecer IVA - REEMBOLSO - BALCÃO ÚNICO - Parecer do Comité Económico e

Social Europeu sobre a “Proposta de Directiva do Conselho que define as

disposições de aplicação relativas ao reembolso do IVA, previsto na

Directiva 77/388/CEE, a sujeitos passivos não estabelecidos no interior do

país mas estabelecidos noutro Estado-Membro”.

(Publicação: JOCE, n.º C 28, de 3.2.2006)

Directiva 2006/18/CE, do

Conselho, de 14.2

IVA - TAXA REDUZIDA - Altera a Directiva 77/388/CEE no sentido de

prolongar até 31 de Dezembro de 2010 a aplicação de taxas reduzidas a

serviços com grande intensidade do factor trabalho. Os Estados Membros

poderão ainda aplicar taxas reduzidas de IVA ao fornecimento de

aquecimento urbano.

(Publicação: JOCE, n.º L 51, de 22.2.2006)

. 9 .

© PricewaterhouseCoopers, 2006

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

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Notícias InforFisco N.º 77 – Janeiro e Fevereiro de 2006

Proposta de Directiva

COM (2006) 76 final,

de 22.2.2006

IVA - ISENÇÃO - VIAJANTES - Proposta de Directiva relativa à isenção

do IVA e dos impostos especiais de consumo cobrados sobre as

mercadorias importadas por viajantes provenientes de países terceiros.

Esta proposta visa alterar as disposições da Directiva 69/169/CEE, do

Conselho, de 28 de Maio de 1969, transposta para a ordem jurídica

nacional pelo Decreto-Lei n.º 179/88, de 19 de Maio. As alterações

propostas apontam no sentido de aumentar o actual limite global da

isenção de 175 euros para 220 euros e, simultaneamente, estabelecer

uma distinção entre os passageiros dos transportes aéreos e os outros

viajantes, fixando para aqueles um limite global de 500 euros. É também

proposta a supressão de limites quantitativos relativamente a

determinados produtos, como é o caso dos perfumes, cafés e chá, a

introdução de um limite quantitativo de 16 litros para a cerveja e o

aumento do limite para o vinho de 2 para 4 litros.

4. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO

TIPO SUMÁRIO

Acórdão, de 18.1.2006

Proc. n.º 901/05

PT - LGT - LIQUIDAÇÃO OFICIOSA - AUDIÇÃO - 1. Não é nulo, mas

meramente anulável, o acto de liquidação praticado na sequência de um

procedimento em que foi omitida a audiência prévia do contribuinte, nos

termos previstos no artigo 60.º da Lei Geral Tributária. 2. O direito de

audiência prévia não é um direito fundamental cuja preterição acarrete,

em geral, a nulidade do acto. 3. Assim, a impugnação judicial do acto de

liquidação fundada no vício referido no antecedente ponto 1. deve ser

deduzida no prazo estabelecido no artigo 102.º, n.º 1 do Código de

Procedimento e de Processo Tributário, sob pena de caducidade do

direito a essa impugnação.

(O texto integral deste acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART60 N1 A)

. 10 .

© PricewaterhouseCoopers, 2006

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

Page 11: JANEIRO E FEVEREIRO DE 2006 - PwC · sobre a colecta do IRC relativa ao exercício de 2005, e respectivas taxas. (O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base

Notícias InforFisco N.º 77 – Janeiro e Fevereiro de 2006

Acórdão, de 18.1.2006

Proc. n.º 1202/05

PT - EXECUÇÃO FISCAL - RECURSO JUDICIAL - PREJUÍZO IRREPARÁVEL - COMPENSAÇÃO - 1. A enumeração do n.º 3 do artigo

278.º do CPPT, não é taxativa. 2. Defendendo a reclamante que tem um

crédito sobre o Estado, susceptível de operar o pagamento da dívida

exequenda, através do instituto da compensação, e pedindo que tal

crédito seja atendido no pagamento dessa dívida, a reclamação contra o

acto de indeferimento de tal pretensão deve subir imediatamente, por ser

susceptível de causar prejuízo irreparável à reclamante.

(O texto integral deste acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CPPT ART278)

Acórdão, de 25.1.2006

Proc. n.º 830/05

IRC - PRINCÍPIO DA ESPECIALIZAÇÃO DOS EXERCÍCIOS - JUROS DE MORA - 1. O princípio da especialização de exercícios, porque se

destina a tributar a riqueza gerada em cada exercício, impõe que os

respectivos proveitos e custos sejam contabilizados à medida que sejam

obtidos e suportados, e não à medida que o respectivo recebimento ou

pagamento ocorram. 2. Porém, não ofende tal princípio a contabilização

de juros de mora, referentes a uma acção judicial entretanto intentada,

como proveito, em exercício posterior (quando tais proveitos forem

efectivamente percebidos) se a não contabilização no exercício em que a

acção foi proposta não resultou de omissão voluntária ou intencional.

(O texto integral deste acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART18 N1)

Acórdão, de 2.2.2006

Proc. n.º 1011/05

IRC - CUSTO NÃO DEDUTÍVEL - CUSTO NÃO DOCUMENTADO - 1.

Não podem ser considerados custos fiscalmente relevantes as despesas

que não são suportadas em quaisquer documentos, mesmo internos, e

que o contribuinte, instado pela Administração, apenas esclarece

respeitarem a «(...) pagamentos a pessoal indiferenciado que são

contratados verbalmente, por essas serras fora e cujo controle ou

documentação se torna impossível obter por parte do contribuinte uma

vez que aparecem quando lhes apetece (...)». 2. A Administração

Tributária, ao não aceitar a relevância de tais despesas e introduzir as

correspondentes correcções técnicas, não está obrigada a socorrer-se de

métodos indirectos com vista ao apuramento do montante de custos que o

contribuinte suportou, na falta dos pressupostos legais para a adopção de

tais métodos. 3. O princípio da tributação pelo rendimento real só seria

. 11 .

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ofendido, na circunstância, se se provasse que o contribuinte incorrera, de

facto, naquela despesa.

(O texto integral deste acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART42 N1 G)

5. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO NORTE (TCAN)

TIPO SUMÁRIO

Acórdão, de 19.1.2006

Proc. n.º 27/00

IVA - DEDUÇÃO - FACTURA - REQUISITOS - 1. Para que o contribuinte

possa deduzir o IVA mencionado em facturas relativas a serviços

prestados, necessário é que estas revistam a forma legalmente exigida

mencionando, designadamente, a descrição concreta dos serviços

prestados, local da realização, data, entidade a quem foram prestados,

etc., de modo a que a Administração Tributária possa, eventualmente

fiscalizar a efectiva realização da prestação do serviço. 2. Deste modo,

não obedecem aos requisitos legais, não conferindo, por isso, direito à

dedução do IVA, as facturas em que apenas se mencionam, relativamente

a serviços prestados, expressões como: “Serviços prestados num prédio

de habitação”, “Serviços prestados de mão de obra”, “Serviço de

maquinaria”, “Serviço de maquinaria e compressor”, “Serviços prestados”,

“Serviços prestados de construção civil”.

(O texto integral deste acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIVA ART19 N2)

Acórdão, de 26.1.2006

Proc. n.º 381/04

IRS - MÉTODOS INDIRECTOS - PRESSUPOSTOS - 1. É à

Administração Tributária que cabe o ónus de prova da verificação dos

pressupostos legais vinculativos da sua actuação, isto é, o ónus de provar

que a liquidação não pode assentar nos elementos fornecidos pelo

contribuinte e que o recurso aos métodos indiciários se tornou a única

forma de calcular o imposto a liquidar, externando os elementos que a

levaram a concluir nesse sentido, e incumbindo ao Tribunal analisar se ela

enunciou factos objectivos e concretos, verificados, donde possa concluir-

se pela existência dos pressupostos legais dos quais depende o

apuramento do imposto pelo referido método. 2. Reconhecendo a

Administração Tributária que a contabilidade do impugnante se

encontrava formalmente bem organizada, impunha-se-lhe que explicasse,

. 12 .

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de forma clara, precisa e suficiente, os motivos por que entendia que ela

não evidenciava os resultados efectivamente obtidos, designadamente, se

julgava desajustadas as margens de lucro declaradas e a razão desse

julgamento face à concreta actividade ali desenvolvida. 3. Caso a decisão

de tributação por métodos indiciários não tenha bases suficientemente

seguras e adequadas a objectivar a demonstração da prática de alguma

das irregularidades previstas no artigo 38.º do CIRS, designadamente da

prática de «erros ou inexactidões no registo das operações» ou da

existência de «indícios seguros de que a contabilidade ou os livros de

registo não reflectem a exacta situação patrimonial e o resultado

efectivamente obtido», impõe-se anular a correspectiva liquidação

adicional de IRS efectuada.

(O texto integral deste acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART87 B)

Acórdão, de 26.1.2006

Proc. n.º 1198/05

IRS - MÉTODOS INDIRECTOS - MANIFESTAÇÕES DE FORTUNA - 1.

Com o aditamento à LGT da alínea d), do artigo 75.º da LGT e do artigo

89.º-A, efectuado pela Lei n.º 30-G/2000, de 29 de Dezembro, o legislador

criou uma nova situação em que cessa a presunção de veracidade da

declaração do contribuinte: o de existirem manifestações de fortuna em

desproporção com os rendimentos declarados (designadamente, no caso

de aquisição de um automóvel ligeiro de passageiros de valor igual ou

superior a 50.000 euros, quando o contribuinte declare rendimentos

inferiores a 50% do valor no ano de matrícula). 2. Nesses casos em que

as manifestações de fortuna estejam em desproporção com os

rendimentos declarados, passou a permitir-se à Administração Tributária

proceder à avaliação indirecta da matéria tributável, a menos que o

contribuinte prove que os rendimentos declarados correspondem à

realidade (inversão do ónus da prova) e que a fonte dos rendimentos

necessários para assegurar as manifestações de fortuna evidenciadas é

outra - cfr. artigos 87.º, alínea d) e 89.º-A, n.º 3, da LGT. 3. Nos termos do

disposto no n.º 4, do artigo 89.º-A, da LGT, se o sujeito passivo não fizer a

prova acima referida, considera-se como rendimento tributável em sede

de IRS, categoria G (incrementos patrimoniais), o rendimento padrão

apurado nos termos da tabela daquele preceito legal (para as aquisições

de automóveis ligeiros de passageiros de valor igual ou superior a 50.000

euros, o rendimento padrão é de 50% do valor no ano de matrícula com o

. 13 .

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abatimento de 10% por cada um dos anos seguintes - actualmente, após

1 de Janeiro de 2005, na redacção dada pela Lei n.º 55-B/2004, de 30 de

Dezembro, com o abatimento de 20% por cada um dos anos seguintes), a

menos que existam indícios fundados, de acordo com os critérios

previstos no artigo 90.º da LGT, que permitam à Administração Tributária

fixar rendimento superior. 4. Limitando-se o contribuinte a fazer prova que

contraiu um empréstimo no montante de 25.000 euros, tendo ficado com o

encargo mensal, para solver tal crédito, de 568,83 euros, e que declarou

rendimentos no montante de 9.628,83 euros, tendo adquirido um veículo

automóvel ligeiro pelo preço de 71.096,59 euros, tal prova é insuficiente

para ilidir a presunção de evasão fiscal relativamente aos rendimentos

declarados naquele ano. 5. Decorre da conjugação dos n.ºs 1, 2, al. a) e

4, do artigo 89.º-A da LGT, que o legislador pretendeu que a

Administração Tributária pudesse lançar mão da avaliação indirecta da

matéria colectável quando e tão só o contribuinte procedesse à aquisição

de qualquer um dos bens referidos na tabela prevista no n.º 4 do referido

artigo 89.º-A da LGT. O contribuinte é tributado com recurso a este

método de cada vez que tenhamos a ocorrência desse facto aquisitivo e

esse facto aquisitivo apenas pode servir de base à tributação no ano em

que ocorre ou se tiver ocorrido nos três anos anteriores.

(O texto integral deste acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART89-A)

6. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO SUL (TCAS)

TIPO SUMÁRIO

Acórdão, de 24.1.2006

Proc. n.º 875/05

PT - EMBARGOS DE TERCEIRO - POSSE - HERANÇA INDIVISA - 1. O

nosso sistema jurídico acolhe a teoria sobre a natureza da comunhão

hereditária que vê nesta instituição uma mera comunhão ordinária ou por

quotas, uma compropriedade de caracteres especiais, submetida a regras

especiais. 2. Nesse âmbito, há que operar com o conceito de comunhão

de mão comum para enquadrar o regime a que a lei subordina o

património comum dos cônjuges, o das sociedades não personalizadas e

o da herança indivisa, regime este que se caracteriza pelo "facto de o

direito dos contitulares não incidir directamente sobre cada um dos

. 14 .

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Notícias InforFisco N.º 77 – Janeiro e Fevereiro de 2006

elementos (coisa ou crédito) que constituem o património, mas sobre tudo

ele concebido como um todo unitário, o que equivale a dizer que "aos

membros da comunhão, individualmente considerados, não pertencem

direitos específicos sobre cada um dos bens que integram o património

global, não lhes sendo lícito, por conseguinte, dispor desses bens, ou

onerá-los, no seu todo ou em parte. 3. Assim, havendo sido efectivada

penhora sobre o direito e acção a herança indivisa, aberta por óbito do

marido da Recorrente (artigo 232.º, alínea c) do C.P.P.T.), sobre a

herança como tal, dado que é uma universalidade de coisas, direitos e

obrigações, não pode ser exercida posse. 4. É que a herança é uma

universalidade jurídica insusceptível de ser possuída, sendo as coisas

integrantes, isoladamente, que constituem o objecto das relações jurídicas

pelo que o quinhão hereditário sobre a referida herança é, pois

insusceptível de posse, pelo que não pode ser ofendida pela penhora. 5.

A essa luz não é configurável a colisão da penhora com a posse ou

direitos de gozo da agora Recorrente, porquanto não foi sobre seus

direitos que a penhora incidiu visto que o que foi penhorado não foi

qualquer dos bens do acervo hereditário, nem mesmo uma fracção deles,

mas apenas a parte que nestes cabe ao executado, o direito do

executado a tal herança, de acordo com o artigo 232.º do C.P.P.T.

(O texto integral deste acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CPPT ART237)

Acórdão, de 24.1.2006

Proc. n.º 994/03

IVA - DEDUÇÃO - OPERAÇÃO SIMULADA - PROVA - 1. Para que haja

direito à dedução do IVA mencionado nas facturas e documentos

equivalentes, além de ser necessário que estes estejam passados em

forma legal (n.º 2, do artigo 19.º e artigo 35.º do CIVA), também é

necessário que as operações ali constantes se tenham realizado e pelo

preço aí referido, não podendo deduzir-se imposto que resulte de

operações simuladas ou em que seja simulado o preço constante da

factura ou documento equivalente (n.º 3, do artigo 19.º CIVA). 2. À

Administração Tributária cabe o ónus de prova da verificação dos

requisitos estabelecidos no artigo 82.º, n.º 1 do CIVA para que possa

liquidar adicionalmente o IVA respeitante a deduções indevidas, mas já

não a existência dos factos contra ela afirmados pelo contribuinte,

traduzidos na existência dos factos tributários e sua expressão

quantitativa.

. 15 .

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(O texto integral deste acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIVA ART19 N3)

Acórdão, de 24.1.2006

Proc. n.º 1217/03

IRC - CUSTO DEDUTÍVEL - PUBLICIDADE - Um custo, para ser

relevante fiscalmente, tem de ser afecto à exploração, no sentido de que

deve existir uma relação causal entre tal custo e os proveitos da empresa.

Todavia, essa relação causal aferidora da dispensabilidade ou

indispensabilidade do custo não é uma relação de causalidade

necessária, do tipo conditio sine qua non ou de resultados concretos

obtidos com o acto, mas antes uma relação que tenha em conta as

normais circunstâncias do mercado, considerando o risco normal da

actividade económica, em termos de adequação económica do acto à

finalidade da obtenção maximizada de resultados.

(O texto integral deste acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART23 N1 B)

Acórdão, de 31.1.2006

Proc. n.º 971/03

IRC - MÉTODOS INDIRECTOS - PRESSUPOSTOS - 1. A tributação das

empresas deve fazer-se pelo lucro real, sendo regra geral a da

determinação do lucro tributável com base na respectiva declaração de

rendimentos, a qual, por sua vez, assenta na contabilidade. 2.

Excepcionalmente, em determinadas circunstâncias, designadamente

quando a contabilidade enfermar de omissões ou inexactidões que não

permitam que o apuramento do lucro tributável se faça com base nela e

se mostrar inviável a quantificação directa, a lei permite que a

Administração Tributária proceda à fixação do lucro tributável mediante o

recurso a métodos indiciários (artigos 16.º, n.º 3 e 51.º, n.ºs 1 e 2 do

CIRC), devendo fundamentar a sua decisão (artigos 268.º, n.º 3 da CRP,

125.º do CPA, 21.º e 81.º do CPT e 53.º, n.º 1 do CIRC) e competindo-lhe

demonstrar a verificação dos pressupostos legais que permitem a

tributação por métodos indiciários.

(O texto integral deste acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART16)

Acórdão, de 7.2.2006

Proc. n.º 6639/02

IVA - DEDUÇÃO - PRESSUPOSTOS - 1. Atento o disposto na al. a) do

n.º 1, do artigo 20.º do CIVA, só poderá deduzir-se o IVA que tenha

incidido sobre bens ou serviços adquiridos para a realização de

operações tributáveis, sendo imprescindível que esses bens estejam

directa e exclusivamente afectos ao exercício da actividade económica

exercida pelo sujeito passivo. 2. Não tendo feito prova, como incumbia

. 16 .

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Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

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Notícias InforFisco N.º 77 – Janeiro e Fevereiro de 2006

ao impugnante, que a construção estava ligada a fins próprios da

exploração agrícola, o Imposto sobre o Valor Acrescentado constante da

factura referente àquela construção foi indevidamente deduzido, sendo as

deduções indevidas equiparadas à falta de entrega do imposto (cfr. artigo

96.º, alínea d) do CIVA).

(O texto integral deste acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIVA ART20 N1 A)

Acórdão, de 14.2.2006

Proc. n.º 941/05

PT - RGIT - IVA - CONTRA ORDENAÇÃO - COIMA - DISPENSA - 1. A

invocação de diferimento de pagamento, por parte de clientes, dos

serviços prestados e do IVA correspondente, não se configura como

circunstância subsumível a causa de exclusão da ilicitude e da culpa da

infracção de falta de entrega da respectiva prestação tributária, dado que

o IVA é exigível no momento da emissão da factura ou documento

equivalente, ou no termo do prazo legal para a respectiva emissão, se não

for respeitado (artigo 8.º, n.º 1, als. a) e b) do CIVA). 2. Para efeitos do

disposto no artigo 32.º, n.º 1 do RGIT, a exigência cumulativa de que a

prática da infracção não ocasione prejuízo efectivo à receita tributária não

tem em vista os casos em que a regularização veio a ocorrer, com

pagamento integral da quantia em dívida, mas sim as situações em que

não chegou a produzir-se prejuízo, antes de ocorrer a regularização.

(O texto integral deste acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou RGIT ART32)

Acórdão, de 14.2.2006

Proc. n.º 1000/06

IVA - ISENÇÃO - TRANSMISSÃO INTRACOMUNITÁRIA - REQUISITOS - 1. As TIBs - transacções intracomunitárias de bens - estão isentas de

IVA quando, cumulativamente se verifiquem os seguintes requisitos: seja

efectuada por um sujeito passivo como tal previsto na alínea a), do n.º 1,

do artigo 2.º do CIVA; o adquirente esteja registado para efeitos de IVA

em outro Estado-membro; o adquirente tenha utilizado o seu número de

identificação para efectuar a aquisição, e o adquirente esteja abrangido

por um regime de tributação das aquisições intracomunitárias de bens. 2.

Resulta dos autos que o adquirente espanhol não estava abrangido por

um regime de tributação de AIBs - aquisições intracomunitárias de bens -,

uma vez que se encontrava cessado desde 4 de Novembro de 1994,

quando as operação em causa ocorreram no ano de 2001, esta não

poderia subsumir-se à previsão do artigo 14.º do RITI, não sendo por

conseguinte, uma operação isenta, pelo que a impugnante deveria ter

. 17 .

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Notícias InforFisco N.º 77 – Janeiro e Fevereiro de 2006

liquidado o respectivo IVA pelo qual é responsável (cfr. Artigos 2.º, alínea

d) e 7.º, alínea a) ambos do CIVA). 3. Ainda que se admita que a

impugnante tenha actuado de boa fé, decorrente da aparência que

revestiram os factos tendo em conta a garantia prestada pela "Cosec" ao

negócio e número que lhe foi fornecido pela adquirente espanhola, a

questão está apenas em saber se a operação é ou não isenta, ou dito de

outro modo, se reúne ou não os requisitos previstos no artigo 14.º do RITI.

4. E, não obstante a inexistência de norma legal que imponha à

impugnante a responsabilidade por ter de conhecer das eventuais

irregularidades de que padeça a situação tributária da empresa

compradora, o certo é que a Administração Fiscal faculta aos

interessados tal informação e, assim, a impugnante devia assegurar-se de

que estão reunidos todos os requisitos do artigo 14.º do RITI, antes de

considerar isenta a operação. 5. Se o sujeito activo da operação só se

preocupa com a existência de um número (qualquer que seja) e não

averigua se o adquirente se encontra abrangido por um regime de

tributação das aquisições intracomunitárias de bens (Artigo 14.º, al. a) do

RITI, parte final) só cumpre metade da regra, sujeitando-se a tomar por

isenta uma operação que o não é. 6. É que o artigo 14.º do RITI não tem

como destinatário a Administração Fiscal, mas sim os respectivos sujeitos

passivos: a Administração Fiscal fará o controlo a "posteriori", como

resulta do artigo 82.º, n.º 2 do CIVA, mas é o sujeito passivo que terá de

se precaver contra uma possível fraude às regras do artigo 14.º.

(O texto integral deste acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou RITI ART14 A)

Acórdão, de 14.2.2006

Proc. 872/05

PT - NOTIFICAÇÃO INSUFICENTE - FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO - 1. A notificação não é um elemento intrínseco do acto e, portanto, não é

um requisito da sua validade, mas simples condição da sua eficácia, aliás,

suprível por outras formas de conhecimento (cfr. Código do Procedimento

Administrativo, artigo 67.º). 2. A recorrente podia lançar mão da faculdade

do n.º 1, do artigo 37.º do CPPT, para se habilitar com todos os dados de

que precisasse para se esclarecer sobre a legalidade dos actos recorridos

e se decidir pela apresentação ou não apresentação da impugnação, não

sofrendo dúvida de que só a falta de fundamentação do acto constitui

preterição de formalidade legal. 3. A faculdade consentida pelo artigo 37.º

do CPPT é o modo único de sanação da deficiência da notificação, com

. 18 .

© PricewaterhouseCoopers, 2006

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

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Notícias InforFisco N.º 77 – Janeiro e Fevereiro de 2006

diferimento do início do prazo para uso dos meios graciosos ou

contenciosos de impugnação, não constituindo condição para o acesso a

esses meios. 4. A falta de uso daquela faculdade terá como

consequência a impossibilidade de invocar o vício de forma por falta de

fundamentação como causa de pedir da impugnação judicial deduzida

contra o acto cuja fundamentação não tenha sido comunicada ao

contribuinte. 5. A falta de comunicação dos fundamentos de uma

liquidação apenas determina a anulabilidade desse acto, visto que não

contende com a validade, mas apenas com a eficácia do acto.

(O texto integral deste acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CPPT ART37)

7. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DAS COMUNIDADES EUROPEIAS

TIPO SUMÁRIO

Acórdão, de 12.1.2006,

Proc. n.º C-246/04

Turn und Sportunion

IVA - DIRECTIVA - RENÚNCIA A ISENÇÃO - Os Estados-Membros,

quando concedem aos seus sujeitos passivos o direito de optar pela

tributação prevista no artigo 13.º, C, da Sexta Directiva 77/388/CEE, do

Conselho, de 17 de Maio de 1977, podem distinguir consoante a natureza

das operações ou as categorias dos sujeitos passivos desde que

respeitem os objectivos e os princípios gerais da Sexta Directiva,

designadamente o princípio da neutralidade fiscal e a exigência de

aplicação correcta, simples e uniforme das isenções previstas.

(O texto integral deste acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou DIR 77/388/CEE ART13 C)

Acórdão, de 12.1.2006,

Proc. n.º C-354/03

Optigen

IVA - DIRECTIVA - FRAUDE CARROSSEL - As operações, como as que

estão em causa nos processos principais, que não são em si mesmas

fraudulentas em relação ao imposto sobre o valor acrescentado,

constituem entregas de bens realizadas por um sujeito passivo agindo

nessa qualidade e integram uma actividade económica na acepção dos

artigos 2.º, ponto 1, 4.º e 5.º, n.º 1, da Sexta Directiva 77/388/CEE, do

Conselho, de 17 de Maio de 1977, na medida em que satisfaçam os

critérios objectivos em que assentam aqueles conceitos,

independentemente da intenção de um operador diferente do sujeito

. 19 .

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Notícias InforFisco N.º 77 – Janeiro e Fevereiro de 2006

passivo em causa na mesma cadeia de entregas e/ou da eventual

natureza fraudulenta, de que esse sujeito passivo não tinha e não podia

ter conhecimento, de uma outra operação dessa cadeia de entregas,

anterior ou posterior à operação realizada pelo referido sujeito passivo. O

direito de um sujeito passivo que efectue tais operações a deduzir o

imposto sobre o valor acrescentado pago a montante não pode ser

afectado pela circunstância de, na cadeia de entregas na qual se inserem

essas operações, sem que esse sujeito passivo saiba ou possa saber,

uma outra operação, anterior ou posterior à realizada por este último,

estar viciada por fraude ao imposto sobre o valor acrescentado.

(O texto integral deste acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou DIR 77/388/CEE ART4 N2)

Acórdão, de 9.2.2006

Proc. n.º C-415/04

Stichting Kinderopvang

Enschede

IVA - DIRECTIVA - ISENÇÃO - ASSISTÊNCIA SOCIAL - O artigo 13.º, A,

n.º 1, alíneas g) e h), da Sexta Directiva 77/388/CEE do Conselho, de 17

de Maio de 1977, relativa à harmonização das legislações dos

Estados-Membros respeitantes aos impostos sobre o volume de negócios

- Sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado: matéria

colectável uniforme, conjugado com o n.º 2, alínea b), deste mesmo

artigo, deve ser interpretado no sentido de que prestações de serviços de

mediação entre pessoas que procuram e pessoas que oferecem um

serviço de guarda de crianças, realizadas por um estabelecimento de

direito público ou por um organismo reconhecido de carácter social pelo

Estado-Membro em causa, só podem ser isentas ao abrigo das referidas

disposições se:

- o próprio serviço de guarda de crianças preencher os requisitos de

isenção previstos nessas disposições;

- esse serviço for de uma natureza ou de uma qualidade tais que os pais

não poderiam ter a certeza de beneficiar de um serviço do mesmo valor

sem recorrer a um serviço de mediação como o que é objecto do litígio no

processo principal;

- esses serviços de mediação não se destinarem essencialmente a

proporcionar receitas suplementares ao prestador mediante a realização

de operações efectuadas em concorrência directa com as de sociedades

comerciais sujeitas a imposto sobre o valor acrescentado.

(O texto integral deste acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou DIR 77/388/CEE ART13 A N1 G)

. 20 .

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Notícias InforFisco N.º 77 – Janeiro e Fevereiro de 2006

Acórdão, de 21.2.2006

Proc. n.º C-419/02

BUPA

IVA - DIRECTIVA - EXIGIBILIDADE - PAGAMENTO ANTECIPADO - Não são abrangidos pelo âmbito de aplicação do artigo 10.º, n.º 2,

segundo parágrafo, da Sexta Directiva 77/388/CEE, os pagamentos

antecipados de um montante fixo, pago em relação a bens genericamente

indicados numa lista que pode ser modificada a qualquer momento por

comum acordo entre o comprador e o vendedor e a partir da qual o

vendedor poderá eventualmente escolher artigos, com base num acordo

que este pode rescindir unilateralmente a todo o momento, recuperando a

integralidade do pagamento antecipado não utilizado.

(O texto integral deste acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou DIR 77/388/CEE ART10 N2)

Acórdão, de 21.2.2006,

Proc. n.º C-255/02

Halifax

IVA - DIRECTIVA - DEDUÇÃO - NORMA ANTIABUSO - 1. A Sexta

Directiva 77/388/CEE deve ser interpretada no sentido de que se opõe ao

direito do sujeito passivo a deduzir o IVA pago a montante quando as

operações em que esse direito se baseia forem constitutivas de uma

prática abusiva. 2. A declaração da existência de uma prática abusiva

exige, por um lado, que as operações em causa, apesar da aplicação

formal das condições previstas nas disposições pertinentes da Sexta

Directiva e da legislação nacional que transpõe essa directiva, tenham por

resultado a obtenção de um benefício fiscal cuja concessão seria contrária

ao objectivo prosseguido por essas disposições. Por outro lado, deve

igualmente resultar de um conjunto de elementos objectivos que as

operações em causa têm por finalidade a obtenção de um benefício fiscal.

3. Quando se verifique a existência de uma prática abusiva, as operações

implicadas devem ser redefinidas de forma a restabelecer a situação tal

como ela existiria na ausência das operações constitutivas da prática

abusiva.

(O texto integral deste acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou DIR 77/388/CEE ART17 N2 A)

Acórdão, de 21.2.2006,

Proc. n.º C-223/03

Huddersfield

IVA - DIRECTIVA - DEDUÇÃO - NORMA ANTIABUSO - A Sexta

Directiva 77/388/CEE opõe-se ao direito do sujeito passivo de deduzir o

IVA pago a montante quando as operações em que esse direito se baseia

são constitutivas de uma prática abusiva.

(O texto integral deste acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou DIR 77/388/CEE ART17 N2 A)

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Notícias InforFisco N.º 77 – Janeiro e Fevereiro de 2006

8. NOTAS DE ENQUADRAMENTO

As notas constantes dos números seguintes não pretendem ser uma análise exaustiva dos textos a que se

reportam, mas tão somente permitir, através de uma leitura rápida, o conhecimento dos aspectos

essenciais do seu conteúdo.

8.1. NOVO REGIME DO ARRENDAMENTO URBANO: IMPLICAÇÕES FISCAIS (*)

O Novo Regime do Arrendamento Urbano, aprovado pela Lei n.º 6/2006, de 27 de Fevereiro, para entrar

em vigor 120 dias após a sua publicação, contém relevantes implicações na área da tributação do

património imobiliário. De acordo com a exposição de motivos que acompanhou a proposta de lei, esta

medida legislativa teve em vista dinamizar, renovar e requalificar o mercado do arrendamento urbano

apresentando “como principais eixos estruturantes a actualização faseada das rendas baixas e a

renovação e requalificação urbana, bem como a penalização dos proprietários de casas devolutas.”

Embora tenhamos feito já uma breve análise à proposta do Governo, importa agora retomá-la em atenção

às relevantes modificações que, na área da tributação, lhe foram introduzidas.

8.1.1. Actualização das rendas. Como se referiu já, um dos eixos estruturantes do novo regime é a

actualização faseada das rendas baixas. Tal actualização incidirá, exclusivamente, sobre rendas

resultantes de contratos anteriores a 1990, quando se trate de arrendamento para habitação ou a 1995 no

caso de arrendamentos comerciais. O critério essencial de determinação do valor de correcção das rendas

assenta nas avaliações efectuadas ao abrigo da legislação tributária.” Partindo do princípio de que a

verdade do mercado deve corresponder à verdade fiscal, toma-se como referência a avaliação fiscal, ao

abrigo das regras do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis (CIMI), seguindo-se critérios objectivos e

fórmulas seguras para determinar uma relação entre o valor de um prédio e a remuneração do capital

determinante para a fixação de um justo valor de arrendamento. Com efeito, a reforma da tributação do

património, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 287/2003, de 12 de Novembro, instituiu um sistema de avaliação

dos prédios urbanos com base num conjunto de factores objectivos, em geral comuns a todos os prédios,

de que se destacam o valor base de construção e os coeficientes de localização, a par de outros, de

natureza intrínseca, como sejam a área, coeficientes de afectação, de qualidade e conforto e ainda a

antiguidade do imóvel. Por recurso a uma fórmula que contempla esses índices, a avaliação fiscal tem em

vista obter um valor patrimonial tributário que, abaixo do valor de mercado, se situará entre 70% a 90%

deste valor. As regras de determinação do valor patrimonial tributário constam dos artigos 38.º e seguintes

do CIMI. Aplicáveis aos prédios novos, estas regras são extensivas aos prédios antigos sempre que sejam

objecto de uma transmissão onerosa ou gratuita. De acordo com o Novo Regime do Arrendamento Urbano

agora aprovado, passam também a ser objecto de avaliação, por recurso àquelas regras, os prédios

arrendados sempre que o senhorio pretende aumentar as suas rendas.

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8.1.2. Valor máximo da actualização. A renda actualizada não pode exceder o valor anual

correspondente a 4% do valor locado. Este valor é definido como o produto do valor da avaliação realizada

para o efeito, nos termos do CIMI, multiplicado por um coeficiente de conservação fixado em níveis

variáveis entre 1,2 e 0,7, consoante o estado de conservação do prédio. Estes níveis, considerando

estados de conservação entre excelente e péssimo, são determinados por recurso a directrizes que serão

objecto de diploma autónomo.

8.1.3. Iniciativa do senhorio. Para promover a actualização da renda, o locador, antes de qualquer outra

iniciativa, tem de pedir uma nova avaliação do prédio nos serviços de finanças da área da sua localização.

Efectuada esta, e desde que ao prédio seja atribuído um coeficiente equivalente a um estado de

conservação de nível médio, bom ou excelente, pode então comunicar ao arrendatário o montante da

futura renda, cujo limite máximo é o acima referido. É facultada ao inquilino a possibilidade de, por seu

lado, requerer uma nova avaliação fiscal caso discorde do valor naquela apurado.

8.1.4. Actualização faseada. A actualização da renda não é porém imediata, sendo faseada por um

período de 5 anos que pode ser estendido até 10 ou reduzido para 2 em função das condições sócio-

económicas do arrendatário. Em qualquer caso, o limite máximo de actualização é fixado em 50 euros no

primeiro ano e 75 nos seguintes.

8.1.5. Consequências fiscais. O valor fiscal obtido na avaliação requerida para efeitos de actualização

das rendas passa a ser igualmente relevante para efeitos de tributação do património. É, no entanto,

considerada apenas uma parcela do valor patrimonial em função da progressiva actualização das rendas.

Para tanto, logo que a avaliação se encontre concluída, é atribuída ao senhorio a obrigação de comunicar

ao serviço de finanças competente, mediante declaração de modelo oficial, o período de faseamento de

actualização da renda ou a sua não actualização. Na falta de comunicação, presume-se que o faseamento

da renda se faz ao longo de 5 anos. Todavia, se for efectuada a avaliação fiscal para efeitos de

actualização da renda e não seja legalmente permitida a actualização pretendida - o que ocorrerá sempre

que o nível de conservação do prédio seja mau ou péssimo - a tributação recairá sobre a totalidade do

valor apurado naquela avaliação a partir do 3.º ano, inclusive, àquele em que a mesma tenha sido

efectuada.

Quanto aos prédios arrendados que não sejam objecto de avaliação para actualização da renda, a base de

tributação será o valor resultante da capitalização da renda anual por 12, se este valor for inferior ao que

resultar da actualização do valor patrimonial tributário com base nos coeficientes constantes da Portaria n.º

1337/2003, de 5 de Dezembro. Este regime cessa, porém, os seus efeitos a partir de 2007 passando o

valor patrimonial tributário, na ausência de reavaliação fiscal, a ser determinado exclusivamente com base

naqueles coeficientes de actualização.

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8.1.6. Prédios devolutos. Os prédios que se encontram devolutos há mais de um ano determinam, para

os seus proprietários, uma penalização fiscal. Trata-se de medida já contemplada no actual ordenamento

jurídico-tributário. Com efeito, a Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro, conferiu aos municípios a

possibilidade de, mediante deliberação das assembleias municipais, majorar em 30% a taxa aplicável aos

prédios urbanos devolutos. É, agora, agravada a taxa do imposto municipal, que se eleva para o dobro das

taxas gerais aprovadas pelos municípios respectivos. O agravamento da tributação deixa de depender da

decisão dos municípios passando a ser automática. É concedida autorização ao Governo para, no prazo

de 120 dias, definir o conceito fiscal de prédio devoluto, considerando como tal os que, durante um ano se

encontrem desocupados. Deverão ser tomados como indícios de desocupação a inexistência de contratos

em vigor com prestadores de serviços públicos essenciais, ou de facturação, relativos a consumos de

água, electricidade, gás e telecomunicações. Em todo o caso, não poderão ser considerados devolutos os

prédios destinados a habitação por curtos períodos em praias, campo, termas e quaisquer locais de

vilegiatura, para arrendamento temporário ou para uso próprio.

(*) Leonel Corvelo de Freitas

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