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Carta Inva Capital Novembro/2014 1 Carta Inva Capital Janeiro/2015 O fim de 2014 foi para se esquecer. Ações, renda fixa e fundos imobiliários tiveram desempenho negativo com destaque, é claro, para a Petrobras. A empresa passa por um dos maiores escândalos de corrupção do país, encerrou o ano sem divulgar suas demonstrações financeiras do terceiro trimestre e com uma class action para começar nos EUA - não entendemos como ainda há gente que invista na empresa, ou pior, a recomende sabendo de tudo isso… Após este leve desabafo, vamos voltar nossas atenções a conjuntura global. No mês passado, já havíamos destacado a queda do preço do petróleo e, em dezembro, a commodity continuou caindo e se aproximou de U$ 50 o barril. Com isso, houve uma diminuição no preço dos combustíveis, gás natural e óleo de aquecimento no hemisfério norte, fazendo com que a Europa, principalmente, sofra ainda mais com uma possível deflação. Com a inflação bem baixa (1,3% contra a meta de 2,0%), um aumento nos preços fica longe de ser uma preocupação para os EUA. E isso nos leva ao principal tema de 2015: o aumento de juros nos EUA (atualmente entre 0,00% e 0,25%). Isto já é dado como certo pelo mercado; a grande dúvida é se ele ocorrerá em julho ou setembro. O movimento do petróleo, e a consequente folga nos preços, faz com que as apostas recaiam mais para setembro, com alguns já dizendo que não haverá alta este ano. Mesmo que uma alta nos juros aconteça por lá, não faltará liquidez na economia global. O Japão já tem um grande plano para injetar dinheiro nos mercados e a Europa deve agir da mesma forma se quiser que sua economia volte a crescer - deveremos ver algo ainda no primeiro trimestre. Somados, os programas da Europa e Japão devem ficar por volta de US$ 100 bilhões por mês, número bem superior aos US$ 85 bilhões feito pelo Fed.

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Carta Inva Capital Novembro/2014 !1

Carta Inva CapitalJaneiro/2015

O fim de 2014 foi para se esquecer. Ações, renda fixa e fundos imobiliários tiveram desempenho negativo com destaque, é claro, para a Petrobras. A empresa passa por um dos maiores escândalos de corrupção do país, encerrou o ano sem divulgar suas demonstrações financeiras do terceiro trimestre e com uma class action para começar nos EUA - não entendemos como ainda há gente que invista na empresa, ou pior, a recomende sabendo de tudo isso…

Após este leve desabafo, vamos voltar nossas atenções a conjuntura global. No mês passado, já havíamos destacado a queda do preço do petróleo e, em dezembro, a commodity continuou caindo e se aproximou de U$ 50 o barril. Com isso, houve uma diminuição no preço dos combustíveis, gás natural e óleo de aquecimento no hemisfério norte, fazendo com que a Europa, principalmente, sofra ainda mais com uma possível deflação. Com a inflação bem baixa (1,3% contra a meta de 2,0%), um aumento nos preços fica longe de ser uma preocupação para os EUA.

E isso nos leva ao principal tema de 2015: o aumento de juros nos EUA (atualmente entre 0,00% e 0,25%). Isto já é dado como certo pelo mercado; a grande dúvida é se ele ocorrerá em julho ou setembro. O movimento do petróleo, e a consequente folga nos preços, faz com que as apostas recaiam mais para setembro, com alguns já dizendo que não haverá alta este ano.

Mesmo que uma alta nos juros aconteça por lá, não faltará liquidez na economia global. O Japão já tem um grande plano para injetar dinheiro nos mercados e a Europa deve agir da mesma forma se quiser que sua economia volte a crescer - deveremos ver algo ainda no primeiro trimestre. Somados, os programas da Europa e Japão devem ficar por volta de US$ 100 bilhões por mês, número bem superior aos US$ 85 bilhões feito pelo Fed.

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Depois de causar muita dor de cabeça no início de 2012, a Grécia volta aos holofotes. Com a possível eleição de grupos de extrema direita para comandar o país, a possibilidade do país sair da zona do euro é grande. E parece que, desta vez, haverá um esforço político menor para manter o país no grupo, com declarações da chanceler alemã, Angela Merkel, de que não dificultaria o processo.

Por fim, o Brasil. A nova equipe econômica assume cercada de expectativas e otimismo. O discurso de medidas duras e de que o remédio será amargo já parece ter sido assimilado por empresários e investidores. Com isso, deveremos ter um primeiro semestre bastante difícil, mas que poderá preparar o país para um 2016 bem melhor.

Uma coisa já é certa, 2015 será um ano de baixo crescimento (em torno de 0,5%), inflação alta (possivelmente acima da meta) e com aumento de impostos. Isso já está precificado. A dúvida agora é se a economia brasileira voltará a crescer em um bom ritmo (em torno de 3% ao ano) e com preços estáveis.

Se serve de alento, o mercado que mais subiu em 2014 (mesmo com default, inflação altíssima e um governo bastante perdido) foi o argentino…

No mês passado, havíamos escrito que a construção de um cenário para 2015 estava bastante difícil, mesmo assim traçamos o nosso base para o ano:

• EUA: continuará se recuperando, com bom crescimento e sem pressão inflacionária. Sua grande preocupação é o cenário externo. Os juros devem começar a subir no final do ano (a partir de setembro) e em um ritmo lento.

• Europa: os problemas de deflação e baixa demanda devem ser combatidos pelo Banco Central Europeu. A Rússia continuará dando dor de cabeça, assim como a Grécia.

• China: o ritmo de crescimento continuará desacelerando. A dúvida é: será um hard ou um soft landing? • Brasil: baixo crescimento, inflação e juros altos. No segundo semestre, as coisas começam a dar um sinal de

melhora. Não chutaremos em quanto o Ibovespa terminará o ano. • Petróleo: deverá ficar entre US$ 50 e US$ 60 o barril, diminuindo pressão sobre os preços mundo afora e

complicando a vida de países que dependam de sua exportação. • Dólar: continuará se valorizando ante a maioria das moedas, inclusive o real.

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Carta Inva Capital Novembro/2014 !3

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 2014

Renda Fixa

CDI 0,84% 0,78% 0,76% 0,82% 0,86% 0,82% 0,94% 0,86% 0,90% 0,94% 0,84% 0,96% 10,82%

IRF-M -0,18% 2,18% 0,63% 1,28% 1,84% 0,92% 1,13% 1,59% -0,74% 1,14% 1,16% -0,06% 11,41%

IMA-B -2,49% 4,44% 0,71% 2,42% 4,27% 0,06% 1,13% 4,82% -3,53% 2,08% 2,14% -1,91% 14,62%

IMA Geral ex-C -0,74% 2,64% 0,68% 1,59% 2,51% 0,58% 1,09% 2,56% -1,42% 1,43% 1,44% -0,50% 12,42%

Fundos Imobiliários

IFIX -6,74% 3,74% 0,42% 1,04% 1,40% 1,31% 1,59% 0,28% 0,57% -1,34% -2,92% -1,84% -2,86%

Ações

Ibovespa -7,51% -1,14% 7,05% 2,38% -0,75% 3,70% 5,00% 9,78% -11,70% 0,95% 0,07% -8,62% -3,09%

IBrX -8,15% -0,32% 6,89% 2,71% -1,12% 3,62% 4,46% 9,59% -11,25% 0,95% 0,31% -8,27% -2,81%

Small Caps -8,48% -1,00% 4,30% -0,97% 1,06% 2,75% -3,38% 7,57% -9,38% -1,59% -0,51% -7,35% -16,98%

S&P500 -3,56% 4,31% 0,69% 0,62% 2,10% 1,91% -1,51% 3,77% -1,55% 2,32% 2,45% -0,42% 11,38%

MSCI World Index -3,77% 4,81% -0,09% 0,83% 1,63% 1,65% -1,67% 2,00% -2,88% 0,57% 1,84% -1,71% 2,93%

Outros

IFMM 0,36% 0,31% 0,29% 0,33% 1,02% 0,73% 0,83% 1,09% 0,78% -0,06% 1,35% 0,47% 7,75%

Dólar 2,37% -2,90% -3,04% -1,69% 0,34% -1,20% 2,23% -1,23% 9,44% 1,27% 3,53% 3,20% 12,31%

IPCA 0,55% 0,69% 0,92% 0,67% 0,46% 0,40% 0,01% 0,25% 0,57% 0,42% 0,51% 5,58%

Indicadores

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Total Anualizado

Renda Fixa

CDI 11,59% 8,40% 8,06% 10,82% 44,86% 9,71%

IRFM 14,46% 14,31% 2,63% 11,41% 49,60% 10,60%

IMA-B 15,11% 26,67% -8,80% 14,62% 52,42% 11,11%

IMA Geral ex-C 13,73% 16,88% -0,98% 12,42% 47,97% 10,29%

Fundos Imobiliários

IFIX 16,50% 35,02% -12,87% -2,86% 33,13% 7,42%

Ações

Ibovespa -18,11% 7,40% -15,50% -3,09% -27,98% -7,88%

IBrX -11,39% 11,55% -3,14% -2,81% -6,95% -1,78%

Small Caps -16,61% 28,67% -15,10% -16,98% -24,37% -6,74%

S&P500 0,00% 13,41% 29,60% 11,38% 63,71% 13,11%

MSCI World Index -7,61% 13,18% 24,10% 2,93% 33,57% 7,50%

Outros

IFMM 11,16% 13,43% 9,35% 7,75% 48,57% 10,40%

Dólar 12,32% 9,42% 14,33% 12,31% 57,80% 12,08%

IPCA 6,50% 5,83% 5,91% 19,37% 6,08%

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O cenário para cada classe de investimentos é o seguinte:

Renda FixaO final de 2014 ofereceu surpresas que pressionarão ainda mais a inflação, como a elevação de alguns impostos estaduais e municipais (no Paraná, o IPVA subirá 40%, por exemplo) e a alta de 8% na energia elétrica já em janeiro, por conta das “bandeiras" inventadas pela ANEEL - este é um capítulo a parte da atual gestão do governo federal que, com certeza, daria um filme tragicômico.

A expectativa do mercado para o IPCA de 2015, segundo o Relatório Focus do Banco Central, foi subindo ao longo dos últimos meses e espera-se que ela fique acima do teto superior da banda de variação da Meta de Inflação (6,5%) e a expectativa da taxa SELIC média para o ano encostou nos 12,5%.

Os preços administrados poderão subir em torno de 8% neste ano que se inicia, segundo o mesmo relatório. Se eles subirão acima do IPCA, o que subirá

menos? Commodities e produtos de consumo, ou seja, o crescimento precisará ser baixo para que a inflação não descambe de vez. Como falamos nos meses anteriores, ficar com pós-fixados em carteira é uma boa alternativa, porém os títulos pré-fixados e indexados a inflação não devem ser deixados de lado, já que poderão garantir o atual nível dos juros por um longo período de tempo.

ImóveisEstamos muito preocupados com o mercado imobiliário, pois além dele ser relevante no PIB, é importante para manter elevado o nível de confiança das famílias. Segundo o SECOVI/SP, as vendas de imóveis novos na capital paulista recuaram 38% em 2014, até outubro - e isso ocorreu antes dos juros subirem e os recursos da Caixa para financiamento imobiliário ficarem escassos.

Investimentos

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No mês passado, mencionamos que os fundos imobiliários poderão sofrer mais se a taxa livre de risco brasileira, que está em 10,75%, subir para próximo de 12,5%. O mercado imobiliário como um todo sofreria ainda mais, pois os bancos privados voltarão a restringir o crédito do setor. A relação do crédito com o mercado imobiliário é enorme.

Conforme pode ser observado no gráfico abaixo, a bolha do mercado imobiliário americano, que colocou em sério risco a economia mundial, foi incentivada pela política de juros baixos (entre 2002 e 2005) do antigo presidente do FED, Alan Greenspan.

Em nosso país, não temos pesquisas amplas de preços do mercado imobiliário que sejam confiáveis, logo, contamos com dados isolados e um pouco de subjetividade. Acreditamos que três fatores são responsáveis pelo atual ambiente no país:

• Os preços subiram demais: um bom indicativo de que os preços subiram demais é quando se avalia o nível dos rendimentos dos alugueis, já que estes são muito menos impactados pelas especulações imobiliárias. Como pode um país que tem taxa básica de juros de quase 12% ao ano ter imóveis que oferecem renda de aluguel abaixo de 0,4% ao mês, mesmo nível do mercado norte americano? Quando se faz um valuation com base no fluxo de caixa gerado, estima-se que os preços deveriam recuar próximo de 30% para o rendimento mensal deveria estar próximo de 0,75% ao mês.

• A demanda recuou: nos últimos dois anos, a renda do brasileiro recuou e, com os preços dos imóveis se mantendo elevados, ficou mais difícil para as pessoas comprá-los.

• A oferta se manteve: devido ao longo ciclo de construção de um imóvel, leva-se um bom tempo até que a oferta entre em equilíbrio com a demanda, e foi exatamente isso que se observou no índice VENDA/OFERTAS do SECOVI/SP apresentado acima.

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Soma-se aos três fatores acima, o aumento do desemprego que deve ser observado em 2015. Em vista disto, é factível crer que os preços dos imóveis no Brasil recuarão, algo que já iniciou em 2014 - nós esperamos quedas entre 10% e 30% dependendo da região e do tipo dos imóveis. Poderá ser um bom momento para quem deseja comprar, visto que 2016 e 2017 poderão ser anos melhores.

AçõesAcreditávamos que, entre julho e setembro, o mercado de ações tinha subido demais; porém, não achávamos que o cenário para 2015 seria tão incerto. É difícil acreditar que o início do ano será bom para o mercado de ações brasileiro, principalmente quando se espera que uma das maiores companhias, a Petrobras, precisará ser salva. Provavelmente, outras 3 estatais precisarão de ajuda (Eletrobras, BNDES e Caixa).

Além disso, uma possível crise externa, como, por exemplo, uma moratória da Rússia ou a saída da Grécia da zona do euro, pode fazer com que o Ibovespa caia ainda mais.

Entretanto, do segundo trimestre para frente, as coisas poderão melhorar se, e somente se, a expectativa para a economia de 2016 comece a evoluir, assim o final do ano pode até ser bom para a bolsa.

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Investimentos AlternativosComo escrevemos no início, o dólar deverá se valorizar em relação ao real, mas quanto? Usando o princípio da paridade do poder de compra (PPP, da sigla em inglês), vemos que o preço justo da moeda norte-americana em relação ao real é em torno de 2,80.

Por isso, acreditamos que ainda há mais espaço para a desvalorização do real e os motivos são vários: déficit gêmeos (conta corrente e público), baixo crescimento brasileiro, crise em outros países emergentes (Rússia) e valorização do dólar frente a outras moedas.

Por conta disso, ainda não recomendamos que investidores desfaçam suas posições na moeda norte americana.

Cotação do Dólar e Projeção PPP

0,00

0,40

0,80

1,20

1,60

2,00

2,40

2,80

3,20

3,60

4,00

Jul/94 2008 2010 2012 201411/14

USD/BRL Projeção PPP

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Portfólio

Peso Rendimento Mudanças Novo Peso

Renda Fixa 50% 0,13%

Imóveis 14% -0,57%

Ações 11% -5,47%

Alternativos 25% 0,71%

TOTAL 100% -0,44%

Benchmark 1,10%

Nem mesmo a redução do peso das carteiras de Ações e Imóveis foi suficiente para que o nosso Portfólio tivesse rentabilidade positiva. Com havíamos dito, ambas as classes iriam passar por um período difícil devido ao cenário econômico extremamente delicado que vive o Brasil.

Mesmo assim, não faremos alterações na composição do Portfólio, pois acreditamos que a exposição ao risco está alinhada ao cenário atual.

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Portfólio Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total

2011Portfólio 0,47% 4,45% 0,01% 0,16% 5,12%

Benchmark 1,10% 1,10% 1,10% 1,10% 4,47%

2012Portfólio 3,59% 2,78% 0,78% 1,07% -1,78% -1,01% 3,00% 0,56% 0,13% -1,41% 0,36% 1,88% 10,24%

Benchmark 1,10% 1,10% 1,10% 1,10% 1,10% 1,10% 1,10% 1,10% 1,10% 1,10% 1,10% 1,10% 14,03%

2013Portfólio 1,69% 0,49% -1,13% -0,22% -1,47% -4,53% -0,30% -0,38% 2,62% 2,99% -2,42% -1,81% -4,62%

Benchmark 1,10% 1,10% 1,10% 1,10% 1,10% 1,10% 1,10% 1,10% 1,10% 1,10% 1,10% 1,10% 14,03%

2014Portfólio -3,91% 2,31% 2,16% 1,49% 2,28% 1,50% 1,36% 1,70% -1,01% 0,95% 0,35% -0,44% 8,90%

Benchmark 1,10% 1,10% 1,10% 1,10% 1,10% 1,10% 1,10% 1,10% 1,10% 1,10% 1,10% 1,10% 14,03%

TOTALPortfólio 20,36%

Benchmark 54,90%

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Peso Rendimento Mudanças Novo Peso

LCI/LCA AAA 40% 1,04%

NTN-B 15/08/2024 15% -1,72%

LTN 01/01/16 15% 0,59%

NTN-B 15/05/35 8% -3,56%

LCI A+ 17% 1,06%

LTN 01/01/17 5% -0,27%

TOTAL 100% 0,13%

IMA Geral ex-C -0,50%

Renda Fixa

A maior volatilidade nas taxas de juros futuros em dezembro fez com que os títulos mais longos tivessem rentabilidade negativa. Por outro lado, nossa alocação em títulos pós-fixados e mais curtos (com menor duration) garantiu, ao menos, um rendimento positivo para a carteira.

Nos próximos meses, deveremos rolar as LTNs; porém, no momento, não faremos alterações na carteira.

Outra mudança será a saída do CDI da tabela comparativa na próxima página a partir do mês que vem. Como mudamos o benchmark no início do ano, achamos o mais correto ainda manter o CDI para a comparação e, agora, acreditamos não haver mais necessidade para tal.

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Carta Inva Capital Novembro/2014 !11

Renda Fixa Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total

2011

Carteira 0,99% 1,12% 1,59% 0,51% 4,27%

IMA Geral ex-C 1,07% 1,10% 1,54% 0,46% 4,23%

CDI 0,94% 0,88% 0,86% 0,90% 3,63%

% CDI 105,32% 127,27% 184,88% 56,67% 117,79%

2012

Carteira 0,82% 0,96% 0,89% 1,05% 0,84% 0,72% 0,68% 0,70% 0,56% 0,98% 0,76% 0,70% 10,10%

IMA Geral ex-C 1,31% 1,30% 1,33% 2,36% 1,44% 0,53% 1,65% 0,94% 1,02% 2,19% 0,48% 1,17% 16,88%

CDI 0,88% 0,74% 0,81% 0,70% 0,73% 0,64% 0,68% 0,69% 0,54% 0,61% 0,54% 0,51% 8,37%

% CDI 93,18% 129,73% 109,88% 150,00% 115,07% 112,50% 100,00% 101,45% 103,70% 160,66% 140,74% 137,25% 120,58%

2013

Carteira 0,74% -0,22% -0,26% 0,93% -1,55% -1,12% 1,24% -0,73% 0,68% 0,91% -1,58% 1,10% 0,08%

IMA Geral ex-C 0,38% -0,22% -0,57% 1,29% -1,89% -0,70% 0,58% -1,22% 0,95% 0,81% -1,28% 0,93% -1,00%

CDI 0,59% 0,48% 0,54% 0,60% 0,58% 0,59% 0,71% 0,70% 0,70% 0,80% 0,71% 0,78% 8,06%

% CDI 125,42% - - 155,00% - - 174,65% - 97,14% 113,75% - 141,03% 0,98%

2014

Carteira -0,99% 2,52% 0,62% 1,62% 2,31% 0,63% 1,10% 2,01% -0,35% 1,26% 1,17% 0,13% 12,65%

IMA Geral ex-C -0,74% 2,64% 0,68% 1,59% 2,51% 0,58% 1,09% 2,56% -1,42% 1,43% 1,44% -0,50% 12,42%

CDI 0,84% 0,78% 0,76% 0,82% 0,86% 0,82% 0,94% 0,86% 0,86% 0,94% 0,84% 0,96% 10,78%

% CDI - 323,08% 81,58% 197,56% 268,60% 76,83% 117,02% 233,86% - 134,04% 139,29% 13,54% 117,36%

TOTAL

Carteira 29,43%

IMA Geral ex-C 35,60%

CDI 34,44%

% CDI 85,44%

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Carta Inva Capital Novembro/2014 !12

FUNDO CÓDIGO PESORENTABILIDADE

MUDANÇAS NOVO PESOCOTA ALUGUEL TOTAL

Brasil Shopping HGBS11 32% -6,37% 1,27% -5,10%

Brasil Plural Absoluto BPFF11 18% 0,00% 1,22% 1,22%

TRX Logística TRXL11 18% -1,09% 0,91% -0,18%

RB Capital Renda II RBRD11 20% 1,71% 0,64% 2,35%

BTG Corporate Office BRCR11 12% 2,63% 0,95% 3,58%

TOTAL 100% -1,58% 1,03% -0,54%

IFIX -1,84%

Imóveis

Mais um mês ruim para os fundos imobiliários no mercado brasileiro. Parece que o mercado ancorou suas expectativas da Selic em 12,5%, o que é condizente com os níveis atuais de preço.

O BTG Corporate Office caiu 3,6% e reagiu a diminuição de sua vacância, e o RB Capital Renda recuperou-se da queda de novembro, após seu dividendo voltar ao patamar normal. Já o Brasil Shopping ainda enfrenta problemas com o Shopping Goiabeiras e suas cotas sofrem com esta situação não resolvida.

Não faremos alterações na carteira.

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Carta Inva Capital Novembro/2014 !13

Imóveis Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total

2011Carteira 4,01% 0,40% 1,12% 1,17% 6,83%

IFIX 1,67% -0,36% 1,48% 3,70% 6,61%

2012Carteira 3,59% 4,79% 0,72% 5,28% -0,49% 3,96% 9,77% 0,69% -1,88% -1,39% -0,60% 2,66% 29,95%

IFIX 3,03% 4,65% 4,07% 1,43% 3,42% 3,90% 6,10% -0,42% 1,76% -2,05% 0,40% 4,43% 35,03%

2013Carteira 3,86% -1,16% -2,27% -2,01% 0,88% -6,60% -0,47% -2,81% 3,42% 4,40% -2,45% -4,74% -10,10%

IFIX 2,54% -0,99% -1,13% -1,92% 0,02% -7,23% -0,70% -3,64% 1,82% 1,65% -0,84% -2,62% -12,64%

2014Carteira -6,92% 5,63% 1,67% 0,75% 3,90% 0,88% 2,00% -2,36% -0,01% 2,05% -6,04% -0,54% 0,25%

IFIX -6,74% 3,74% 0,42% 1,04% 1,40% 1,31% 1,59% 0,28% 0,57% -1,34% -2,92% -1,84% -2,86%

TOTALCarteira 25,12%

IFIX 22,16%

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Carta Inva Capital Novembro/2014 !14

Ações

Empresa Código Peso Rendimento Mudanças Novo Peso

iShare IBrX-100 BRAX11 20% -8,39%

Cetip CTIP3 12% -2,75%

Cielo CIEL3 11% -5,19%

Tractebel TBLE3 11% -2,42%

Paraná Banco PRBC4 10% -6,86%

Grazziotin CGRA4 10% -3,16%

Itaú Unibanco ITUB4 10% -10,33%

Panvel PNVL3 10% 3,61%

Randon RAPT4 6% -15,80%

TOTAL 100% -5,47%

Ibovespa -8,62%

A queda generalizada das ações em dezembro afetou o desempenho da Carteira de Ações. A volatilidade continuou alta e deve permanecer assim pelo próximos meses.

Itaú e Randon despencaram, enquanto as outras ações se saíram relativamente bem. O destaque foi Panvel, a única com desempenho positivo. Como escrevemos no início, deveremos ter um primeiro semestre difícil e acreditamos que nossa carteira esteja bem construída para enfrentar este período.

Assim, não faremos alterações (mas como você deve ter percebido, reduzimos o peso da carteira de ações em nosso portfólio nos últimos meses).

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Ações Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total

2011Carteira -3,10% 11,26% -2,50% -1,05% 4,01%

Ibovespa -7,38% 11,49% -2,51% -0,21% 0,46%

2012Carteira 10,72% 6,62% 0,46% -2,64% -9,52% -8,67% 2,80% 0,20% 0,52% -5,66% 0,68% 3,77% -2,63%

Ibovespa 11,13% 4,34% -1,98% -4,17% -11,86% -0,25% 3,21% 1,72% 3,70% -3,56% 1,15% 6,05% 7,85%

2013Carteira 1,96% 3,10% -2,50% -1,18% -5,02% -10,77% -2,85% 2,02% 5,87% 5,74% -5,07% -4,43% -13,59%

Ibovespa -1,95% -3,91% -1,87% -0,78% -4,30% -11,31% 1,64% 3,68% 4,65% 3,67% -3,27% -3,08% -16,55%

2014Carteira -7,59% -0,67% 5,87% 2,67% 1,37% 4,79% 2,04% 6,96% -7,23% -0,73% 3,46% -5,47% 4,18%

Ibovespa -7,51% -1,14% 7,05% 2,38% -0,75% 3,70% 5,00% 9,78% -11,70% 0,95% 0,07% -8,62% -3,09%

TOTALCarteira -8,83%

Ibovespa -12,38%

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Alternativos

A Carteira de Investimentos alternativos voltou a superar o IFMM e encerrou o ano pouco acima do benchmark. O destaque, mais uma vez, foi o Bradesco Private Dolar.

Outro fundo que se saiu bem foi o Claritas Long Short, encerrando um ano de desempenho ruim de forma muito boa.

Assim, com o nível de risco em patamares aceitáveis e uma boa diversificação, não faremos alterações na carteira.

Fundo Estratégia Peso Rendimento Mudanças Novo Peso

Brasil Plural Inst. 15 FIC FIM Multiestratégia 16% 0,74%

BTG Pactual Hedge Plus Multiestratégia 15% -0,50%

BNY Mellon ARX Hedge Plus Macro 14% 0,81%

Claritas Long Short Long Short Direcional 13% 1,20%

Perfin Long Short 15 FIC FIM Long Short Direcional 11% -0,02%

Brasil Plural Cred. Corp. FIC FIM CP Multiestratégia 12% 1,00%

Bradesco Private Dolar FIC Cambial Cambial 10% 2,75%

Safra Galileo FIM Multiestratégia 9% 0,08%

TOTAL 100% 0,71%

IFMM 0,47%

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Alternativos Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total

2012Carteira 1,64% 1,28% 2,94%

IFMM 0,56% 1,22% 1,79%

2013Carteira 1,01% 0,49% 0,72% 0,50% 1,22% 0,24% 0,58% 0,58% 0,19% 0,64% 1,56% 0,63% 8,68%

IFMM 1,00% 0,45% 0,60% 0,50% 0,94% 0,46% 0,73% 0,93% -0,53% 0,86% 1,85% 1,19% 9,34%

2014Carteira 0,41% 0,21% -0,07% 0,37% 0,81% 0,57% 0,75% 0,95% 1,13% 0,46% 1,69% 0,71% 8,28%

IFMM 0,36% 0,31% 0,29% 0,33% 1,02% 0,73% 0,83% 1,09% 0,78% -0,06% 1,35% 0,47% 7,75%

TOTALCarteira 21,13%

IFMM 19,92%

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Analista Responsável: Raphael Cordeiro, CFP®, CNPI Luiz Augusto Pacheco, CFA, FRM, CAIA

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