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Europe Middle East ... To whom shall we go?

Jhcmídiadigital edição 50

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Editorial Concluímos mais uma edição, a quinquagésima revista jhcMídiaDigital. Nela veremos como a humanidade, frágil, resiste aos ataques insanos, que algum fundamentalista através da barbárie, procura ampliar espaços. Culturas milenares são destruídas, saques estupros genocídios praticados. Os desvairados gritos louvam o profeta. Aqueles senhores, que se julgam donos do mundo, estão ocupados com outra geopolítica. Para eles, esses acontecimentos nada mais são do que distração nas Mídias sociais. No Brasil, o Judiciário é mais uma vez questionado. A Operação Lava jato, sofisma de roubalheira, com sua infindável lista, promete muito trabalho, ou uma enorme pizza. A, porém, os que adotam outros métodos. A China resolve invadir o quintal dos Estados Unidos (América do sul), usando uma poderosa arma. Ela está se aproximando da América Latina, rapidamente, por meio de concessão de empréstimos a prazos longos e juros baixos. 250 Bilhões de Dólares é o que a China promete para a América

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

Europe Middle East ... To whom shall we go?

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

Justiça Amor Caridade

< Trabalho escravo - desigualdade social >

Participe: https://www.facebook.com/groups/313945965851

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

Índice

O6 ; Como eram as tatuagens há 5.000 anos

09 : Samsung alerta para risco à privacidade

12:

26 : Um Calote Espacial.

28 :

41 : Meio ambiente:

47; Chakra Amor / Contos e Lendas

48: Turismo

55 : Fatos em Foco

60: Esporte

64 : O Mundo

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

Equipe

Fundado em 12/09/2012.

Fundador Diretor Editor Responsável: José Heitor da Costa

Presidente: Jaldete Vieira Garcia.

Vice-presidente: José Heitor da Costa.

Consultor jurídico: Robson Costa

Diretor Executivo: Sandoval Freire

Diretor Administrativo: Guilherme Arruda

Diretor Comercial: João Carlos Junior

Diretor de Contatos Publicitários: Teixeira Campos

Diretora de Publicidade: Carmem Lúcia

Diretora de Assuntos Culturais: Ana Cristina

Diretora de Projetos Gráficos e Web Designers: Bianca Rojas

Diretor e Editor de Esportes: João Costa

Diretor de Assuntos Internacionais: Gilmar Freitas

Correspondentes internacionais: Beto Ribeiro. Rotieh Atsoc. Afonso Arruda.

Penélope Mirta. Cecília Freitas. Laura Ortega. Sergio Saad. Jean Marie

Repórteres: Afonso Aquino. Pinheiro Junior. Rodrigues Taú. Wanda Lacerda.

Klaus Veber

Colunista colaborador: Chakra Amor.

Consultores:

Moda / Beleza: Regina Flores.

Gastronomia nacional e internacional: Sochiro Ochida

Conselho Administrativo

Presidente: Jaldete Vieira Garcia. Vice-Presidente: José Heitor da Costa.

Diretor Administrativo: Guilherme Arruda

Email: [email protected] Cel: 55/011. 98178.5433

<A revista não se responsabiliza por conceitos e opiniões emitidas por entrevistados

e colaboradores, assim como pelo conteúdo de informes e anúncios publicitários.>

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

Editorial

Concluímos mais uma edição, a quinquagésima revista

jhcMídiaDigital. Nela veremos como a humanidade, frágil, resiste aos

ataques insanos, que algum fundamentalista através da barbárie,

procura ampliar espaços.

Culturas milenares são destruídas, saques estupros genocídios

praticados. Os desvairados gritos louvam o profeta. Aqueles

senhores, que se julgam donos do mundo, estão ocupados com outra

geopolítica. Para eles, esses acontecimentos nada mais são do que

distração nas Mídias sociais.

No Brasil, o Judiciário é mais uma vez questionado. A Operação Lava

jato, sofisma de roubalheira, com sua infindável lista, promete muito

trabalho, ou uma enorme pizza.

A, porém, os que adotam outros métodos. A China resolve invadir o

quintal dos Estados Unidos (América do sul), usando uma poderosa

arma. Ela está se aproximando da América Latina, rapidamente, por

meio de concessão de empréstimos a prazos longos e juros baixos.

250 Bilhões de Dólares é o que a China promete para a América

Latina nos próximos anos. O comércio entre a China e região pode

alcançar 500 Bilhões de Dólares. É o novo cenário da geopolítica

global que avança ao largo do Dólar.

Enquanto isso ocorre, Os outros quatro ‗cavaleiros‘ procuram

desestabilizar o ‗patinho feio‘ das relações obscuras, Wladimir Putin,

ampliando as fronteiras europeias. Então, os quatros cavaleiros do

Apocalipse politico financeiro continuam em suas conquistas, a China

e a índia, ocupam espaços através de um bem elaborado geopolítica,

voltado para o desenvolvimento socioeconômico sustentável mundial.

Dessa feroz batalha, alguns sairão queimados, outros chamuscados.

Como prêmio, somente cinzas restarão.

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Como eram as tatuagens há 5.000 anos

Grupo de pesquisadores mapeia as 61

inscrições na pele da múmia de Ötzi

ÁNGEL LUIS SUCASAS

jhcMidiaDigital

Mapa das tatuagens do homem de gelo, Ötzi. / EURAC

Quase todas são linhas paralelas, embora duas tenham forma

de cruz, e seus significados ainda estão no ar. Mas o que está

claro é que o mistério inscrito na pele do homem do gelo já tem

um mapa traçado. As tatuagens da múmia de Ötzi puderam,

finalmente, ser detalhadamente mapeadas graças ao trabalho

de pesquisadores da Academia Europeia de Bozen/Bolzano

(EURAC) e à ajuda de uma técnica: a fotografia multiespectral.

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

Ou seja, fotografar a múmia de 5.300 anos de idade em todas as

faixas, do infravermelho ao ultravioleta.

"Usamos uma câmera convencional [uma Nikon D800 de 36

megapixels] à qual acrescentamos filtros para rastrear todo o

espectro da luz. Depois essas imagens são transferidas a um

software que permite sobrepô-las e distinguir entre o que seria

uma tatuagem e uma ferida ou outro tipo de marca na pele",

explica Albert Zink (Bolzano, 1965), um dos autores

dessa pesquisa publicada na revista científica Journal of

Cultural Heritage e diretor do Instituto para Múmias e o Homem

de Gelo, da EURAC, responsável pelo projeto.

Até agora, o número de tatuagens registradas pelos diferentes

estudos sobre a múmia de Ötzi era flutuante, segundo essa

pesquisa, "sobretudo pelas dificuldades de detectar as marcas

visualmente". Mas esse mapeamento exaustivo em todas as

frequências resultou em duas cifras concretas: 61 tatuagens

agrupadas em 19 conjuntos. Praticamente todos os segmentos

são paralelos, tendo entre seis milímetros e quatro milímetros

de longitude e entre um e três milímetros de profundidade;

todos longitudinais ao corpo. Somente duas tatuagens não

seguem esse padrão: a do joelho da perna direita e a do

tornozelo do pé esquerdo têm forma de cruz. Todas elas foram

realizadas com a mesma técnica: perfuração da pele e

preenchimento com cinzas de carvão vegetal.

Mas o fundamental dessa pesquisa, além do modo como foi feito

o mapeamento, é voltar a refletir sobre o significado atribuído a

essas tatuagens. "A maioria acredita que elas foram feitas com

finalidades terapêuticas, como um tratamento similar à

acupuntura para evitar a dor, especialmente por sua localização

nas articulações", observa Zink. No entanto, em seus

parágrafos finais o estudo questiona essa interpretação, com

base em um novo grupo de tatuagens descoberto durante o

mapeamento: quatro marcas no peito distantes de qualquer tipo

de articulação. Os pesquisadores são cautelosos, apesar de

indicarem que esse achado parece "contradizer" a teoria

terapêutica: "Sabe-se de estudos prévios, porém, que o homem

de gelo sofreu de outras enfermidades que poderiam ter

causado também dor na região do peito, como pedras na

bexiga, vermes no cólon e aterosclerose. Portanto, a teoria de

que as tatuagens do homem do gelo eram aplicadas como

tratamento terapêutico não pode ser descartada".

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Fotografias das tatuagens de Ötzi, em sua maioria sulcos

paralelos ao corpo, com exceção de dois casos com aparência

de cruz. / EURAC

Depois do mapa, falta decifrar as incógnitas para ver se é

confirmado esse significado terapêutico ou se uma natureza

mais simbólica e espiritual emerge inesperadamente. Mas na

EURAC dão por encerrada a exploração com a fotografia

multiespectral da múmia de Ötzi, achada no vale alpino de Ötz

em 19 de setembro de 1991, onde jazia havia 5.300 anos, depois

de ter sido assassinado com golpes e flechadas. Agora se

concentrarão em interpretar o resultado; entre essas duas

cruzes que talvez "indiquem o ponto exato onde se praticava

esse tipo de acupuntura terapêutica" ou talvez ocultem algo

mais simbólico. Eles estão, de fato, plenamente dispostos a

mostrar os resultados de seu estudo, como esclarece Zink: "Se

houver mais pesquisadores que queiram estudar tatuagens em

múmias, ficaremos felizes em compartilhar esta técnica com

eles".

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

Samsung alerta para risco à privacidade

com Smart TVs

Rotieh Atsoc / jhcMídiadigital

As TVs inteligentes da Samsung têm um potente sistema de

reconhecimento de voz, que levou a companhia a alertar os

consumidores: ―estejam cientes de que se as palavras ditas

incluírem informações pessoais, essas informações poderão

estar entre os dados capturados e transmitidos para uma

empresa parceira". O aviso consta na política de privacidade

para Smart TVs da Samsung.

Depois que o assunto repercutiu na mídia especializada, a

empresa se defendeu, dizendo que leva ―muito a sério‖ a

privacidade dos usuários, e que não vende dados de áudio para

outras companhias. "Os dados de voz consistem apenas em

comandos de TV e frases de busca". Seria simples verificar se o

reconhecimento de voz está ativado e possível desativá-lo a

qualquer momento.

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Cuidado com o 'papo' em frente a TVs conectadas, diz Samsung

A Samsung está alertando usuários para ficarem atentos

quando estiverem conversando em frente a uma das TVs

inteligentes da companhia.

O sistema de reconhecimento de voz dos aparelhos, que

possibilita controlá-los por meio da fala, pode capturar

informações pessoais do que for dito pelos usuários em frente

ao televisor.

A notícia repercutiu na mídia especializada após ser levantada

pelo site "The Daily Beast".

"Estejam cientes de que, se as palavras ditas incluírem

informações pessoais, essas informações poderão estar entre

os dados capturados e transmitidos para uma empresa

parceira", diz a política de privacidade para Smart TVs da sul-

coreana.

Segundo o texto, a TV coleta dados sobre comandos de voz e

"textos associados" com o objetivo de melhorar esse

mecanismo.

A empresa parceira citada, que não foi nomeada, converte

discursos falados para "o formato necessário" que possibilita o

funcionamento do sistema.

RESPOSTA

Em um comunicado enviado à imprensa, a Samsung disse que

leva a privacidade dos usuários "muito a sério" e que não vende

dados de áudio para outras companhias.

"Os dados de voz consistem apenas em comandos de TV e

frases de busca", disse a empresa.

A Samsung diz também que para saber se o reconhecimento de

voz está ativado, basta ver se um ícone com microfone aparece

na tela, e que é possível desativar o mecanismo a qualquer

momento.

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Regina Flores consultora da jhcMídiaDigital

Novo estilista renova Gucci com transparência

e moda jovem

Alessandro Michelle recriou uma estação de metrô e apostou

em peças andróginas e leves para o inverno 2015/2016

Rosângela Espinossi

Se o desfile masculino da Gucci em janeiro marcou um novo

rumo no estilo da marca italiana, com a saída de Frida Giannini

uma semana antes, o feminino, nesta quarta-feira (24), em

Milão, confirmou essa tendência. Em janeiro, o estilista

Alessandro Michele havia assumido a coleção para homens uma

semana antes da apresentação, sem ainda ter sido anunciado

oficialmente como o novo diretor criativo da marca. A

confirmação veio dois dias depois do desfile, em 21 daquele

mês. De lá para cá, foi o tempo que teve também para montar a

linha feminina de outono-inverno 2015/2016.

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O resultado na passarela italiana foi novamente surpreendente,

mas seguiu a tônica do masculino. Uma moda meio andrógina,

jovem, para o dia a dia, com muita transparência, mesmo para o

inverno. Sem looks para o tapete vermelho, como se costumava

ver, essa nova fase da Gucci foi apresentada numa sala que

lembra uma estação de metrô. Piso de emborrachado, azulejo

branco sobre parede vermelha. Por lá, transitavam

―passageiros‖ jovens, com roupas que cabiam tanto num

homem (até com laço em camisa e calça mais larga) como

numa mulher (com praticamente a mesma proposta).

Alessandro Michelle colocou também sapato de pelos, sandálias

com pompons, rendas deixando seios e pele à mostra, boinas e

ternos floridos para os homens. Lembrando, como dito acima,

que o desfile masculino aconteceu em janeiro. O modelo homem

na passarela é para confirmar a androginia proposta. Talvez a

crítica especializada faça comparações com a estreia de Hedi

Slimane da Saint Laurent, que também trouxe uma moda jovem,

até comparada com peças de fast fashion, quando estreou na

grife francesa em outubro de 2012.

O estilista da grife italiana, porém, não é novo na casa. Trabalha

na equipe de estilo desde 2002, mesmo ano que sua

antecessora começou.

Michelle era chefe da divisão de acessórios. Tanto o desfile

desta quinta, quanto o masculino foi um divisor de águas para a

grife. E o recado está dado: é preciso conquistar a nova

geração, como tem feito Saint Laurent, Chanel entre outras.

Uma geração que busca o luxo sem ostentação. É esperar para

ver os próximos passos.

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

Transparências marcaram a coleção da Gucci, agora assinada por Alessandro Michele.

Foto: Vittorio Zunino Celotto / Getty Images

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

Foto: Vittorio Zunino Celotto / Getty Images

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A androginia esteve presente no desfile da Gucci, como nessas

duas fotos em que a modelo mulher e o masculino usam

praticamente a mesma proposta. O do homem tem ainda mais

elementos femininos.

Foto: Vittorio Zunino Celotto / Getty Images

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

Uma coleção jovem e fresca foi a proposta do estilista

Alessandro Michelle, com renda, transparência e boina

Foto: Vittorio Zunino Celotto / Getty Images

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Foto: Vittorio Zunino Celotto / Getty Images

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As mesmas estampas aparecem nas roupas masculinas e femininas, como essas

flores em fundo terra

Foto: Vittorio Zunino Celotto / Getty Images

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Alessandro Michelle, que era diretor da divisão de acessórios da Gucci, assumiu o estilo geral da marca há um mês, em substituição a Frida Giannini

Foto: Vittorio Zunino Celotto / Getty Images

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Sapato com pelos estão entre as propostas de Alessandro Michele para o inverno da Gucci

Foto: Vittorio Zunino Celotto / Getty Images

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Blusa transparente com laço, saia reta e sandália com pompom: sala de desfile lembrava

uma estação de metrô.

Foto: Vittorio Zunino Celotto / Getty Images

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Vestido plissado com a estampa das flores e cabelo rosa na modelo: jovens são o público-

alvo

Foto: Vittorio Zunino Celotto / Getty Images

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Rendas em tons de pele também surgiramna coleção, que marca um divisor de águas da

marcar italiana

Foto: Vittorio Zunino Celotto / Getty Images

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Rendas em tons de pele também surgiramna coleção, que marca um divisor de águas da

marcar italiana

Foto: Vittorio Zunino Celotto / Getty Images

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Um Calote Espacial. Crise na Ucrânia pode

resultar em calote de 2 bilhões de reais ao

Brasil

Ao interromper um projeto de lançamento de satélites com a

Ucrânia, o Brasil pode ter um prejuízo de 2 bilhões de reais

Reportagem de Leonardo Coutinho publicada em edição impressa de VEJA

Em 2003, o então presidente Lula criou, em parceria com a

Ucrânia, a empresa binacional Alcântara Cyclone Space (ACS),

para a construção de uma nova geração de foguetes e de uma

base de lançamento em Alcântara, no Maranhão. O acordo

previa para 2006 a estreia do país no bilionário mercado de

satélites.

A Ucrânia se comprometeu a arcar sozinha com a produção do

foguete, e os custos das obras civis seriam divididos por igual

entre os dois países. A base, porém, só começou a sair do papel

cinco anos depois da data prevista para a inauguração. E, em

março de 2013, as obras foram paralisadas por falta de

pagamento. A ACS deve 96 milhões de reais às empreiteiras.

A Ucrânia acusa o Brasil de ter parado de investir no projeto,

que já consumiu o equivalente a 2,6 bilhões de reais dos cofres

públicos de ambos os países. Em 2013, dos 546 milhões de reais

prometidos pelo Brasil, apenas 12% foram efetivamente

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transferidos para a ACS. No ano passado, o repasse representou

só 3% dos 431 milhões de reais previstos.

Há duas semanas, o presidente da Agência Espacial Estatal da

Ucrânia, Oleh Uruskyi, enviou ao ministro Aldo Rebelo, da

Ciência e Tecnologia, uma carta afirmando que, como o Brasil

deixou de cumprir com suas obrigações, seu país pagou 50,1

milhões de dólares – cerca de 144 milhões de reais – às

construtoras, como um esforço derradeiro para salvar o projeto.

Kiev enviou outras cinco correspondências oficiais

pedindo um posicionamento do Brasil. Nenhuma foi respondida,

nem mesmo uma assinada pelo presidente Petro Poroshenko e

endereçada a Dilma Rousseff em julho

do ano passado.

QUASE PRONTO — Com 80% do projeto

concluído, a Ucrânia procura outro

sócio (Foto: Alcântara Cyclone Space)

Quem mais tem a perder com

o calote é o Brasil. O governo da

Ucrânia estuda sair do projeto e

associar-se a outro país para lançar o

foguete, que já está 80% concluído. O

Brasil será cobrado nas cortes internacionais para ressarcir o

equivalente a 822 milhões de reais gastos pelos ucranianos. O

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação diz, em nota, que o

projeto

não foi suspenso, e que a crise política na Ucrânia ―gerou

grandes incertezas e prejudicou a interlocução em curso‖. Uma

explicação plausível é que o Brasil cedeu a pressões da Rússia,

que apoia a guerra separatista no leste da Ucrânia, para

abandonar a parceria espacial. Documentos internos do

Itamaraty divulgados no passado revelaram que o chanceler

russo pediu ao Brasil que não condenasse a atuação da Rússia

na Ucrânia. No que foi prontamente atendido.

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Consultor Nacional e internacional: Sochiro Ochida

DOM AFONSO APOSTA EM GASTRONOMIA

O restaurante Dom Afonso, localizado em Sorocaba (a 90 km de SP)

oferece clássicos da gastronomia lusitana com toques

contemporâneos

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em um ambiente sofisticado, cheio de referências à história e

arquitetura portuguesas. Com arquitetura imponente, assinada

por Márcio Pedrico, a casa traz uma combinação moderna e

nostálgica em sua decoração, com materiais de reuso, como a

madeira de demolição cruzeta, retirada de antigos postes de

iluminação, os ladrilhos hidráulicos e a formatação clean do

deck.

A casa, que tem como proprietários Rui Rodrigues, português da

região do Porto, e Mariele Olivia, sua esposa, mostra que de

imponente, não tem somente o nome de um rei. Eles fizeram

questão de acompanhar de perto a criação do ambiente e

imprimiram na decoração seus gostos pessoais, trazendo

diversas peças que adquiriram em viagens, inclusive os azulejos

que revestem algumas das paredes do salão, importados da

Europa.

A experiência gastronômica tem início com o

farto couvert composto por bolinhos, patês e torradinhas e uma

grande variedade de pãezinhos feitos na casa, com destaque

para o de coco e o de abóbora, macios e cheios de sabor.

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

Com passagem por diversos restaurantes portugueses em São

Pauçp, Francisco Di Assis é o chef titular da cozinha do Dom

Afonso, que preza pelos clássicos da cozinha lusitana com um

perfume contemporâneo em suas criações.

Passando por 10 opções de pratos com o famoso bacalhau,

entre eles o Bacalhau do Dom Afonso (posta dourada no azeite,

com brócolis, batata sauté, azeitonas pretas e arroz de tomate),

sucesso de pedidos na casa, o menu oferece receitas com

frutos do mar, com os Lagostins Grelhados (lagostins abertos e

grelhados na casa com arroz roquefort) como uma das

sugestões, além de pratos de arroz, massas, aves e carnes.

A parte da refeição mais aguardada por alguns comensais traz

os famosos doces conventuais como sugestões de

sobremesas, com Rocambole de chocolate com recheio de baba

de moça, Canilhas com creme de baunilha e os

clássicos Sericaia do Alentejo e Toucinho do Céu entre as

escolhas para finalizar o almoço ou jantar.

Além da gastronomia, vale a pena destacar o serviço da casa,

com sua brigada de ouro, que conta com funcionários que já

passaram

A belíssima adega do restaurante, que comporta mais de 600

rótulos, sendo 80% deles de origem lusitana também merece

atenção. Além das garrafas dispostas em armações individuais

de ferro, a beleza do espaço fica por conta do lustre de cristais

vermelhos e das paredes revestidas por madeira de demolição.

A frente de vidro deixa toda essa combinação de elementos à

vista de quem transita pelo salão principal.

Endereço: Rua Capitão nascimento Filho 149 – Jardim

Vergueiro – Sorocaba Tel.: (15) 3031-1001/1002/1003

Horário de funcionamento: Terça a Sexta das 12h às 15h e 19h

às 0h. Sábado das 12h às 16h e 19h à 1h. Domingo das 12h às

17h.

Música ambiente. Acesso para deficientes. Possui área para

fumantes (área externa na entrada do restaurante). sistema

Wireless.

Lugares: 120.

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Rapper faz retrato de famosos dos Estados

Unidos usando emojis.

O rapper e artista norte-americano Yung Jake faz caricaturas

de celebridades do país utilizando apenas emojis (aquelas

figurinhas divertidas usadas em aplicativos de mensagem).

Todo o trabalho é feito com uma ferramenta disponível na web,

chamada emoji.ink (http://emoji.ink). Ao acessar a página, o

usuário pode escolher uma das figuras e desenhar o que quiser.

Na imagem acima, postada por Jake em seu Twitter

(@yungjake), a cantora Rihanna . Reprodução/Twitter/yungjake

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

Na imagem acima, postada por Jake em seu Twitter

(@yungjake), o rapper norte-americano Chief

Keef. Reprodução/Twitter/yungjake

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Na imagem acima, a socialite norte-americana Kim

Kardashian. Reprodução/Twitter/yungjake

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

Na imagem o rapper norte-americano Cam'ron. Reprodução/Twitter/yungjake

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imagem acima a cantora norte-americana Miley Cyrus.

Reprodução/Twitter/yungjake

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

O rapper Asap Yams, que morreu no dia 18 de

janeiro. Reprodução/Twitter/yungjake

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O rapper norte-americano Wiz Khalifa. Reprodução/Twitter/yungjake

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Rapper norte-americano Young Thug. Reprodução/Twitter/yungjake

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

Na imagem acima, postada por Jake em seu Twitter

(@yungjake), a garota Chloe. Ela ficou famosa na internet com

um vídeo que faz cara de pouco caso, após sua mãe dizer que

iriam para a Disney .Reprodução/Twitter/yungjake

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Na imagem acima, postada por Jake o ator norte-americano

Larry David. Reprodução/Twitter/yungjake

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

Meio ambiente:

Falta de água

Instituto determina requisitos mínimos para

construção e uso de cisterna

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Karine Serezuella Do UOL, em São Paulo

Getty Images

Calhas e tubulações direcionam à cisterna a água da chuva captada a partir do

telhado

Com o volume reduzido nas torneiras de casa, o aproveitamento

da água de chuva é apontado por especialistas como uma das

alternativas para minimizar os efeitos da crise hídrica que

atinge parte das cidades brasileiras, a exemplo da capital

paulista. No entanto, na hora de montar uma cisterna

residencial, requisitos básicos devem ser levados em conta, a

fim de que o sistema de captação funcione com eficiência e

mais: para que a qualidade da água coletada esteja garantida.

O pesquisador do Laboratório de Instalações Prediais e

Saneamento do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT),

Luciano Zanella, e o engenheiro civil especialista em recursos

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hídricos, Jefferson Nascimento de Oliveira, professor da

Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

(Unesp), campus Ilha Solteira, elencam orientações e cuidados

na instalação do reservatório e no armazenamento do volume

pluvial.

Área de captação: o telhado ou a laje de cobertura da edificação

funcionam como área para captação. Desses pontos, a água da

chuva é direcionada ao reservatório por meio das calhas e

tubulações. Nunca faça a coleta a partir do piso, porque a

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deposição de contaminantes no pavimento é bem maior, se

comparada a dos telhados, devido às atividades humanas

diretas realizadas sobre o chão.

Capacidade da cisterna: diversos fatores definirão a capacidade do

reservatório a ser escolhido. Considere, por exemplo, o regime

de chuvas na região onde se localiza a residência, o número de

moradores e seus hábitos de consumo, assim como a

frequência de uso dessa água não-potável para a execução de

serviços. Leve em conta, também, o espaço disponível para

colocação do tanque (bombona ou caixa d'água) e caso tenha a

intenção de instalá-lo sobre a laje de cobertura, esteja atento à

capacidade da estrutura para suportar o peso adicional da

cisterna (cheia). Para que não ocorram acidentes, o ideal é

consultar um engenheiro civil.

Remoção de resíduos sólidos: as partículas sólidas e as maiores

concentrações de material dissolvido que são arrastadas pela

água da chuva (folhas, fezes de pássaros, galhos, areia e poeira,

por exemplo) precisam ser removidas, seja o sistema de

captação simplificado ou mais elaborado. Para extrair os

resíduos grosseiros crie um filtro auto limpante usando uma tela

de náilon, plástico ou aço inox. Essa barreira física permite que

a água passe, enquanto os detritos sólidos são filtrados e

expelidos.

Descarte da "1ª chuva": é essencial desprezar o primeiro volume de

água, porque essa "1ª chuva" arrasta os poluentes presentes no

ar e também "lava" a sujeira acumulada na área de captação

(telhado, calhas e tubulações). O Instituto de Pesquisas

Tecnológicas (IPT) recomenda descartar de um a dois litros de

água da porção inicial da chuva para cada metro quadrado de

telhado. Um exemplo: caso a cobertura tenha dez metros

quadrados, você deverá rejeitar de dez a vinte litros do volume

captado. Se sua casa fica em uma região com intenso trânsito

de veículos e/ou com a presença de indústrias nos arredores,

opte pelo descarte de porções ainda maiores dessa água.

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Tratamento da água: em hipótese alguma faça a ingestão da

chuva, porque ela não tem a mesma qualidade da água potável

fornecida pela companhia de saneamento básico do seu

município. Para que esse volume pluvial possa ser aproveitado

nas atividades domésticas higienize-o com a adição de um

composto de cloro. Se optar pelo uso da água sanitária, a

composição do produto deve ser exclusivamente hipoclorito de

sódio (NaClO) e água em concentração de 2,5%, para que a

ação desinfetante seja eficaz. Com relação à dosagem, use três

gotas da solução pra cada litro de água coletada e, ao adicioná-

la ao reservatório, misture bem e aguarde meia hora para só

então utilizar a água.

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Esse tratamento primário, comumente usado em cisternas

simplificadas ou provisórias (infográfico 1), evita a proliferação

de microrganismos e impede que essa água armazenada

apresente odor. Por outro lado, em sistemas de captação

integrados à edificação de forma permanente, através de uma

tubulação exclusiva, outros componentes de desinfecção

podem ser acrescidos como a utilização de ozônio ou radiação

ultravioleta (infográfico 2). Nesses casos, para o

desenvolvimento e instalação do sistema, contrate um

profissional devidamente habilitado, com conhecimentos

adequados nesta área.

Uso da água: o volume de chuva armazenado em uma cisterna

simples e tratado com água sanitária, conforme descrito acima,

não deve ser usado em banhos ou na lavagem de louças e

roupas, porque essa água não sofreu processos de desinfecção

físico-químico e bacteriológico. Utilize-a somente na rega de

vasos de plantas e jardins, lavagem de pisos e carros e em

vasos sanitários. Porém, para os sistemas de captação

incorporados à estrutura da casa, no qual a água é tratada a

ponto de torná-la potável, o morador pode fazer uso do líquido

para lavar louças ou mesmo tomar banho.

Cuidados no armazenamento de água das chuvas Mantenha o reservatório sempre fechado

A cisterna deve permanecer sempre vedada, evitando assim a

deposição de resíduos, a proliferação de mosquitos como o

Aedes aegypti, transmissor da dengue, ou a entrada de outros

insetos e de roedores. Além da tampa, coloque na entrada do

reservatório uma tela, caso precise destampá-lo. As demais

aberturas do sistema, a exemplo do extravasor (ladrão), devem

ser fechadas com telas.

Instale o sistema em local protegido e seguro

O reservatório deve ser apoiado em uma base plana para evitar

rupturas e acidentes. Opte por um local protegido de impactos,

incidência solar direta e que seja de difícil acesso para

crianças, a fim de que afogamentos ou outros incidentes graves

sejam evitados.

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

Evite a perda de qualidade da água

Em sistemas simplificados, onde a coleta da água armazenada é

realizada com o auxílio de uma vasilha ou balde, use sempre um

utensílio bem limpo. Jamais o apoie no chão e em seguida o

mergulhe no reservatório. Assim, você evita que a água seja

contaminada. Nunca misture, também, a água pluvial do

reservatório e a água potável.

‘Fonte: Jefferson Nascimento de Oliveira, engenheiro civil especialista em recursos hídricos e professor

da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp), campus Ilha Solteira e Luciano

Zanella, pesquisador do Laboratório de Instalações Prediais e Saneamento do Instituto de Pesquisas

Tecnológicas (IPT)

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Chakra Amor / Contos e Lendas

Chakra Amor é filosofo poeta pensador artista plástico

*Receita para se manter jovem‘

1. Jogue fora todos os números não essenciais para sua

sobrevivência. Isso inclui idade, peso e altura. Deixe o médico se

preocupar com eles. Para isso ele é pago.

2. Frequente, de preferência, seus amigos alegres. Os "baixo-astral"

puxam você para baixo.

3. Continue aprendendo. Aprenda mais sobre computador,

artesanato, jardinagem, qualquer coisa. Não deixe seu cérebro

desocupado. Uma mente sem uso é a oficina do diabo.

4. Curta coisas simples.

5. Ria sempre, muito e alto. Ria até perder o fôlego; ria para você

mesmo no espelho, ao acordar e que o sorriso seja sua última

'atitude' antes de dormir.

6. Lágrimas acontecem. Aguente, sofra e siga em frente. A única

pessoa que acompanha você a vida toda é VOCÊ mesmo.

Esteja VIVO enquanto você viver e seja uma boa companhia para si

mesmo.

7. Esteja sempre rodeado daquilo que você gosta: pode ser família,

animais, lembranças, música, plantas, um hobby, o que for.

Seu lar é o seu refúgio, sua mente seu paraíso.

8. Aproveite sua saúde. Se for boa, preserve-a. Se está instável,

melhore-a da maneira mais simples: caminhe, sorria, beba água, ore,

veja comédias, leia piadas ou histórias de aventuras, romances e

comédias. Se está abaixo desse nível e não consegue fazer nada por

si mesmo, peça ajuda.

9. Não faça viagens de remorsos. Viaje para o shopping, para cidade

vizinha, para um país estrangeiro, pega carona num! a calda de

cometa, imagine os mais diversos objetos formados pelas nuvens no

céu, mas evite as viagens ao passado, pois você pode ficar retido na

estação errada. Escolha as lembranças que quer ter; não se deixe

dominar por elas ou perderá o direito à escolha.

10. Diga a quem você ama, que você realmente o ama, e diga isso em

todas as oportunidades, através do olhar, do toque, das palavras, das

ações diárias e do carinho.

Seja feliz com seu próprio sentimento e não exija retribuição; você

terá, de graça, o que o outro sentir; nada mais, nada menos.

E LEMBRE-SE SEMPRE QUE: A vida não é medida pelo número de

vezes que você respirou, mas elos momentos em que você perdeu o

fôlego...de tanto amor... de tanto rir ... de surpresa, de êxtase, de

felicidade...

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Turismo

Um Rolê pelos arredores da Hungria.

Penélope Mirta /Correspondente jhcMídiaDigital

Hungria País na Europa

A Hungria é um país sem saída para o mar na planície da Panônia, na Europa Central. Limita com Áustria, Eslováquia, Romênia, Ucrânia, Sérvia, Croácia e Eslovênia. Sua capital é a cidade de Budapeste, a maior do país.

Capital: Budapeste Moeda: Florim húngaro Continente: Europa Governo: República parlamentarista População: 9,897 milhão (2013) Banco Mundial Língua oficial: Língua húngara

Geografia

Mapa topográfico da Hungria. As partes amarelo claro e verde

são as planícies que cobrem quase 90% do território húngaro.

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

Com 93 000 km², a Hungria é um dos maiores países da Europa

Central. Suas dimensões são de 250 quilômetros de norte a sul

e 524 quilômetros de leste a oeste, com 2 258 quilômetros de

divisas com os 7 países

(Sérvia, Croácia, Eslovênia, Ucrânia, Romênia, Eslováquia eÁust

ria) que o cerca.

Sua população é estimada em 10 064 000 de habitantes,

apresentando um decréscimo populacional desde o

último censo oficial em 2001. Tal fato vem ocorrendo nos

últimos anos, seguindo uma tendência de todos os países

do leste europeu. A Hungria é um país mediamente povoado,

apresentando uma densidade de 109 habitantes por km².

A maior cidade é a capital Budapeste, que em sua região

metropolitana tem 2 550 000 de habitantes. Com menor

proporção, a universitária Debrecen, em Hajdú-Bihar, é a

segunda maior com 205 000 habitantes. A terceira é Miskolc,

com pouco mais de 179 000 habitantes, no condado de Borsod-

Abaúj-Zemplén, no nordeste húngaro.

Pôr do sol no Lago Balaton.

A maior parte do país é composta

por planícies, que não chegam a 200 m

de altitude. Em alguns pontos existem

pequenas cadeias de montanhas, mas as

que passam de 300 metros de altura são

apenas 2% do território húngaro. O ponto

mais alto é a montanha Kékes com 1.014

metros e está localizada à nordeste de Budapeste. O ponto mais

baixo é nas proximidades de Szeged no sul, em

uma depressão com 77,6 metros.

Os maiores e mais importantes rios que cruzam a Hungria são

o Danúbio e o Tisza. O Danúbio é um dos rios mais importantes

da Europa e, na Hungria, ele é navegável por 418 quilômetros. O

Tisza é navegável por 444 quilômetros. Vale ainda ressaltar

o lago Balaton, que com uma área de 592 km² é o maior lago

da Europa Central e Oriental, e até é conhecido por "mar

Húngaro". Outros lagos menores são o Velence e oNeusiedl, que

tem 315 km² de superficie, mas apenas 75 km² em território

húngaro (o restante localiza-se na Áustria).

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Clima

A Hungria possui um clima temperado continental,16

com um frio

e úmido inverno e um verão quente. A temperatura média anual

é de 9,7°C(com extremos de 42 °C e -29 °C). A média

pluviométrica é de 600 mm por ano. As chuvas são irregulares,

caindo mais à oeste do Danúbio do que ao leste. Uma pequena

vila, próxima de Pécs, tem um clima diferente do resto do país,

semelhante ao clima mediterrâneo, o que é um diferencial na

região.

Durante os anos 1980, a Hungria começou a sentir os efeitos

da poluição das indústrias e dos agrotóxicos nas plantações.

Continuamente foram relatados contaminações em

reservatórios de água e uma sensível mudança na fauna. Até

hoje, não foi feita nenhuma grande mudança sobre o meio

ambiente. Açlık Oyunları

Demografia

Gráfico populacional da Hungria entre 1715 e 2008.

Para 94% da população, na sua maioria composta por húngaros,

a língua utilizada é o húngaro, uma língua fino-

úgrica distantemente relacionada com o finlandês e

o estoniano. Existem muitas minorias étnicas na

Hungria: ciganos (2,1%), alemães (1,2%), eslovacos (0,4%), croa

tas (0,2%),romenos (0,1%), ucranianos (0,1%) e sérvios(0,1%).18

Devido à sua história, quando países vizinhos faziam parte do

mesmo país, existem minorias húngaras significativas em

países vizinhos como

Romênia (na Transilvânia), Eslováquia, Sérvia (em Voivodina),

Ucrânia, Croácia (na Eslavônia) e Áustria. A Eslovênia, no

entanto, tem um número muito grande de húngaros nas cidades

próximas à fronteira e até adota o húngaro como língua oficial.

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Castelo de Buda

O Pátio dos Leões.

Monumento do Príncipe Eugénio de Sabóia.

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Spa Szechenyi, Budapeste, Hungria

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Ponte del Primo Maggio alle Canarie - Fuerteventura

Liszt Museum, Budapest, Hungary

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Fatos em Foco

Ele compra escravas sexuais no Iraque

para devolvê-las às suas casas.

Kalil Bechara / Correspondente jhcMídiaDigital

O tráfico sexual de mulheres acontece em todas as partes do

mundo e é um assunto triste e preocupante que pouco aparece

nos holofotes da mídia e das autoridades.

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No Iraque, os soldados extremistas do Estado Islâmico (EI) têm

justificado o sequestro de crianças e mulheres, principalmente

para serem escravas sexuais, usando o argumento de que elas

não são fieis à ideologia. Mas para a sorte de algumas dessas

vítimas, um iraquiano herói tem conduzido uma nobre batalha

para resgatá-las.

Anônimo por óbvias questões de segurança, o homem entra em

territórios controlados e participa de leilões para comprar essas

moças – cristãs, muçulmanas e yezidis são capturadas e,

quanto mais novas, maior é o preço. Mas em vez de abusar

delas, o homem age como uma espécie de Moisés, procura suas

famílias e as leva de volta às suas casas.

Recentemente, um vídeo em que o

homem aparece devolvendo uma

garota yezidi para o pai foi

divulgado na internet e já foi visto

por milhares de pessoas. Este

homem, que arrisca sua vida para

salvar garotas desconhecidas é um

grande exemplo de coragem em

meio ao medo e à opressão da

guerra.

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

- O estudante universitário Humberto Moura Fonseca (foto), 23,

morreu de coma alcoólico após participar de uma festa

universitária em Bauru, no centro-oeste

paulista. O rapaz era da cidade de Passos

(MG) e estava no 4º ano de Engenharia

Elétrica na Unesp (Universidade Estadual

Julio de Mesquita). O evento onde

Fonseca teria ingerido bebida alcoólica

aconteceu fora da universidade, em uma

chácara da Granja Cecília, e foi promovido

por várias repúblicas de estudantes. De

acordo com imprensa local, a festa não

possuía alvará para ocorrer. Outros seis

estudantes da Unesp passaram mal no evento

Los Hermanos. Raúl Castro, presidente de Cuba (ao centro), e

Dilma Rousseff, presidente do Brasil, participam da cerimônia

de posse de Tabaré Vázquez, eleito presidente do Uruguai, em

Montevidéu Roberto Stuckert Filho/PR

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

- Na imagem, crianças se lambuzam com bolo na tradicional

festa de aniversário da cidade do Rio de Janeiro, na rua da

Carioca, no centro do Rio de

Janeiro. Neste ano, o bolo

servido aos participantes

teve 450 metros, um metro

para cada ano completado

pela cidade Vanessa.

Carvalho/Brazil Photo Press/Estadão

Conteúdo

Domingo (1.mar.2015) - Na imagem, monge budista caminha de

pés descalços sobre o fogo como parte do tradicional Festival

do Fogo na cidade de Nagaroto, no Japão. Centenas de pessoas

seguem os monges e participam do ritual de caminhada sobre o

fogo como forma de "purificação do corpo e da mente"

Yamanaka/AFP

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Na imagem, pessoas se deslocam com boias e canoas, em Rio

Branco, no Acre. O rio Acre superou a marca histórica de

elevação de suas águas, registrando 17,75 metros, fazendo

com que a prefeitura da capital do Estado decretasse estado

de calamidade Raimundo Paccó/Frame/Estadão Conteúdo

- Integrantes da Força Sindical protestam contra as medidas

provisórias 664 e 665 diante do Palácio Alvorada em Brasília

(DF). Dentro do Alvorada, a presidente Dilma Rousseff recebe

as principais lideranças do PMDB. O jantar foi planejado para

tentar reaproximar o Planalto da principal legenda

aliada Francisco Stuckert/Futura Press/Futura Press/Estadão Conteúdo

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

Esportes

Bellucci é superado por Delbonis, e

Brasil terá que disputar repescagem

João Costa Editor de Esportes jhcMídiaDigital

Quais são as chances do Brasil derrotar o time da

Argentina pela Copa Davis, com os jogos sendo

disputados em plena capital portenha?

Bellucci é superado por Delbonis, e Brasil terá que disputar

repescagem

Argentino aproveita energia da

arquibancada lotada em Tecnópolis

e classifica país às quartas de final

com vitória por 3 sets a 1 em

partida que começou no domingo

Após a vitória heroica de Leonardo

Mayer sobre João Feijão Souza em

6h42 de partida no domingo, nesta

segunda-feira foi a vez de Federico

Delbonis (83º no ranking da ATP), estreante em Copa Davis,

vencer Thomaz Bellucci (85º) no último jogo da série para

colocar a Argentina nas quartas de final da competição, contra

a Sérvia. O confronto, que se iniciou no domingo e foi adiado

para esta segunda por falta de luz natural em Tecnópolis,

Buenos Aires, terminou com triunfo do argentino por 3 sets a 1,

parciais de 6/3, 4/6, 6/2 e 7/5 em 2h59 de jogo - Delbonis já

ganhara o primeiro set no domingo. Com entrada franca, os

"hermanos" lotaram as arquibancadas e fizeram muita pressão,

vibrando bastante no fim do confronto. Com o resultado

negativo, caberá ao Brasil disputar a repescagem da

competição, em que conhecerá seu adversário no dia 21 de

julho.

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

Romário concorrerá à Prefeitura do Rio no ano

das Olimpíadas, diz jornal

São Paulo (SP) /jhcMídiaDigital

Senador mais bem aceito da história

do Rio de Janeiro, com mais de 4

milhões de votos à favor, Romário

assumiu sua posição em Brasília (DF)

em outubro passado com parte do

discurso pautado no programa olímpico

dos Jogos do Rio 2016. De acordo com

a jornalista Mônica Bergamo, em sua

coluna na Follha de S.Paulo deste

sábado, justamente no ano das Olimpíadas Romário deve

concorrer à Prefeitura do Rio de Janeiro pelo Partido Socialista

Brasileiro (PSB).

Escolhido para ocupar uma cadeira no Senado com 63% do total

dos votos, Romário deve homologar a candidatura nas eleições

de 2016 junto ao partido na próxima terça-feira, dia 10, quando

os socialistas devem bater o martelo sobre o acordo. Tendo se

destacado no cenário político em 2014 ao contestar uma série

de prerrogativas do programa da Copa do Mundo, como por

exemplo, o acesso dos deficientes aos estádios, Romário teve

carreira meteórica na política.

Conhecido por ter marcado mais de mil gols em sua carreira

profissional, Romário enveredou na política em 2010, dois anos

depois de pendurar as chuteiras. Assim que abandonou os

gramados, o carioca se filiou ao Partido Socialista Brasileiro e,

depois de um ano como signatário, foi eleito deputado federal

pelo Rio de Janeiro.

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Brasil começa Mundial com 15º lugar na prova

de Velocidade por Equipe

Saint-Quentin (França)

O Brasil estreou com um 15º lugar na prova de Velocidade por

Equipe no Campeonato Mundial de Ciclismo de Pista, disputado

no velódromo nacional de Saint-Quentin-en-Yvelines, na França.

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Na última quarta-feira, o time formado por Flávio Cipriano, Hugo

Osteti e Kacio Freitas cravou o tempo de 44s849, sendo que a

medalha de ouro ficou para a França, seguida por Nova Zelândia

e Alemanha.

Segundo o técnico da Seleção Brasileira de ciclismo de pista,

Emerson, a equipe

brasileira pagou caro

pela queda de

rendimento no

decorrer da prova,

porém ressaltou que

seus comandados vêm

melhorando em

relação às provas

passadas.

―Fizemos uma boa

largada, mas

acabamos perdendo

rendimento no decorrer da prova.

O nível aqui é muito alto e qualquer erro pode custar

centésimos preciosos no tempo final. Conseguimos melhorar a

marca que estávamos fazendo nas etapas de Copa do Mundo,

entretanto sabemos que temos condições de melhorar ainda

mais e brigar para estar entre os dez primeiros colocados‖,

explicou Emerson.

Nesta sexta-feira e sábado, a Seleção volta a competir, mas

agora pelas provas de Velocidade Individual, com Cipriano, e na

Omnium, com Gideoni Monteiro.

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O Mundo

Para financiar conflito, Estado Islâmico vende

em Londres obras de arte roubadas na Síria

Segundo imprensa britânica, grupo extremista fatura com venda

de artefatos contrabandeados em suas zonas de controle no

país mergulhado em guerra civil

Quase cem obras de arte e antiguidades sírias saqueadas pelo

Estado Islâmico têm sido contrabandeadas no Reino Unido e

seus lucros convertidos em fundos para sustentar as atividades

do grupo extremista.

Medalhão feito com moedas de ouro do período bizantino é

datado de 500 d.C: relíquias geram milhões para financiar

terrorismo

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

Vendidos em Londres, esses itens vão desde moedas do Império

Bizantino feitas de ouro e de prata até potes, vasos e vidros

datados da época do Império Romano que, juntos, valem

milhões de dólares.

A imprensa britânica compara esse fenômeno à indústria dos

―diamantes de sangue‖ da África. Trata-se de um termo usado

para a extração de pedras preciosas em zonas de guerra que

são posteriormente vendidas para financiar ainda mais os

conflitos. Exemplos disso são as guerras civis em Angola, Costa

do Marfim e Serra Leoa.

―Observa-se um saqueamento intenso nas áreas controladas

pelo Estado Islâmico. Já é um senso comum: o grupo controla o

contrabando‖, comenta ao Times o arqueologista Michael Danti,

da organização Syrian Heritage Initiative.

Especula-se que esses artefatos sejam encaminhados via

Turquia, Jordânia e Líbano, rotas comuns para contrabandistas

de armas e drogas. O transporte na Síria é relativamente fácil,

em vista de que o país está mergulhado em um caos

humanitário que já resultou na morte de ao menos 200 mil

pessoas e no deslocamento de milhares. A guerra civil entre

forças opositoras e tropas de Bashar al Assad se arrasta pelo

quarto ano sem perspectivas de resolução.

Contudo, o mercado da arte não é o única fonte de renda para a

organização islâmica. No califado instalado em zonas

petrolíferas entre Iraque e Síria, o Estado Islâmico ainda fatura

cerca de US$ 2 mi (RS 4,95 mi) por dia com a venda de petróleo

no mercado negro. O grupo extremista produz entre 50 e 60 mil

barris diariamente, segundo a empresa de dados norte-

americana IHS. Por ano, tal quantia representa um ganho de até

US$ 800 milhões.

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Unasul anuncia cadeia de distribuição

para combater escassez de produtos na

Venezuela

Wanda Lacerda / jhcMídiaDigital

Para secretário-geral da entidade, realização de eleições

parlamentares é a melhor forma de resolver as diferenças entre

governo e oposição

A delegação da Unasul (União das Nações Sul-Americanas),

presente na Venezuela para mediar a crise entre o governo do

presidente Nicolás Maduro e a oposição, anunciou nesta sexta-

feira (06/03) a criação de uma comissão especial para criar

cadeiras regionais de apoio que para combater a escassez de

artigos de consumo básico.

Leia mais: Sem Chávez há dois anos, integração regional

enfrenta desafios econômicos e políticos

―Acordamos com o presidente [Nicolás Maduro] que será

convocada uma comissão especial através dos órgãos setoriais

para criar cadeias regionais de apoio à distribuição de certos e

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

precisos bens de consumo básico‖, afirmou o secretário geral

da Unasul, Ernesto Samper.

Agência Efe

Samper falou em nome da Unasul após reunião com o governo

De acordo com Samper, ―a ideia é que todos os países da

região, por meio de suas cadeias e canais de distribuição,

possam apoiar os esforços de distribuição que estão sendo

feitos na Venezuela, para que esses produtos básicos cheguem

a todos os venezuelanos, sem exceção‖, afirmou.

A escassez de produtos no país, que se agravou nos últimos

meses, é um dos principais problemas enfrentados pelo

governo, para quem há uma ―guerra econômica‖ impulsionada

pela oposição e setores do empresariado.

Ex-presos de Guantánamo falam sobre vida no Uruguai após

três meses de liberdade

Evento em São Paulo homenageia legado de Hugo Chávez após

2 anos de sua morte

Guerrilha paraguaia ameaça fuzilar quem plantar soja com

agrotóxico ou descumprir leis ambientais

A comissão — integrada pelos chanceleres de Brasil, Mauro

Vieira, Colômbia, María Ángela Holguín, e do Equador, Ricardo

Patiño — se encontrou com autoridades do governo e está

previso um encontro com a oposição venezuelana para

―despolarizar‖ o ambiente político que vive a nação caribenha.

Essa é a segunda vez que a Unasul visita a Venezuela para

intermediar a crise política no país. Samper ressaltou, após a

reunião com o governo, que é fundamental que sejam realizadas

eleições parlamentares, previstas para o segundo semestre do

ano, por ser a ―melhor forma de resolver as diferenças entre

governo e oposição‖.

―Para a Unasul é fundamental (…) que sejam realizadas as

eleições na Venezuela. É o melhor cenário para que se

confrontem as dificuldades‖, ressaltou o secretário geral.

À TeleSUR, Samper disse ainda que ―os que querem

desestabilizar a democracia na Venezuela alteram a ordem

constitucional e têm nosso mais firme rechaço‖

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

É mentira que agronegócio produza

alimentos para erradicar fome, diz biólogo

Patricia Fachin e Andriolli Costa | Instituto Humanitas Unisinos | São Leopoldo -

Fernando Carneiro, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva,

comenta paradigmas em disputa: 'agricultura familiar alimenta

70% dos brasileiros; produção brasileira em larga escala tem

servido para alimentar animais na China e nos EUA'

Otávio Nogueira / Flickr

Cultivo de melão na Chapada do Apodi, no Rio Grande do Norte

A nova composição do Congresso Nacional e a chegada de

Kátia Abreu ao Ministério da Agricultura estão deixando alguns

pesquisadores da área da saúde e do meio ambiente

―preocupadíssimos‖. Entre eles, Fernando Carneiro, da

Associação de Saúde Coletiva – Abrasco, que atualmente

coordena o GT de Saúde e Meio Ambiente da instituição.

Segundo ele, as recentes mudanças no quadro político indicam

que ―as perspectivas de uma desregulamentação na legislação

dos agrotóxicos são enormes‖. Entre as alterações prováveis,

ele menciona a possibilidade de ―que se quebre todo o marco

regulatório para favorecer a entrada de agrotóxicos no Brasil‖ e

―de que se retire o papel da Anvisa e do Ibama para concentrá-

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

los no Ministério da Agricultura, que já tem o comando do

agronegócio‖.

Fernando Carneiro possui experiência na área de Saúde

Coletiva, com ênfase em saúde e ambiente e saúde no campo,

atuando principalmente junto aos movimentos sociais na luta

por melhores condições de vida. Foi consultor do Ministério do

Meio Ambiente e do Ministério da Saúde. Atualmente Coordena

o GT Saúde e Ambiente da Abrasco e o Observatório da Política

Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, Floresta

e das Águas – Teia de Saberes e Práticas (OBTEIA), e é pós-

doutorando do Centro de Estudos Sociais da Universidade de

Coimbra, em Portugal.

Na entrevista a seguir, Carneiro comenta as reações de

resistência da sociedade civil ao uso de agrotóxicos no país. De

acordo com ele, ―a resistência mais organizada está se dando

através da Campanha Nacional Contra os Agrotóxicos e pela

Vida. Trata-se de uma resistência interessante, uma grande

novidade, porque além de reunir movimentos sociais, reúne

ONGs e órgãos de Estado como a Fiocruz e o Incra. Essa é uma

grande força em termos de uma grande campanha da sociedade

civil‖.

Existe resistência da sociedade civil aos agrotóxicos? Ela é

representativa?

Fernando Carneiro: Existe uma resistência que é histórica do

movimento de agricultura alternativa, que foi bastante

representativa nos anos 1980, e que gerou a lei de agrotóxico

do Brasil, considerada moderna para os parâmetros atuais. A

resistência mais organizada está se dando através da

Campanha Nacional Contra os Agrotóxicos e pela Vida, que foi

lançada no Dia Mundial da Saúde há três anos, e reúne mais de

200 entidades. Trata-se de uma resistência interessante, uma

grande novidade, porque além de reunir movimentos sociais,

reúne ONGs e órgãos de Estado como a Fiocruz e o Incra. Essa

é uma grande novidade em termos de uma grande campanha da

sociedade civil.

Por que, mesmo com tal resistência, o país permanece líder no

consumo de agrotóxicos?

Existe uma escolha por parte dos últimos governos,

principalmente dos federais, pela opção do agronegócio. Na

medida em que prioriza que a balança comercial seja

equilibrada pela exportação de commodities, o governo acaba

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

fazendo uma opção pela reprimarização da economia. Isso

aconteceu e vem crescendo desde o fim do governo Fernando

Henrique e nos governos Lula e Dilma. Esse é um processo

muito perigoso, porque há uma desindustrialização e um

incentivo a commodities minerais e agrícolas, que têm um valor

muito menor na relação de trocas do comércio internacional.

Então, o Brasil ficou dependente desse modelo, que é baseado

no grande uso de insumos químicos. A própria monocultura é

um sistema desequilibrado, que exige muito agrotóxico. Mas

muitas pessoas estão ganhando com a implantação desse

modelo. Como você pode ver, a presidente da Confederação

Nacional da Agricultura hoje é a Ministra da Agricultura. Isso

demonstra que pessoas ligadas ao agronegócio já controlam o

aparelho do Estado e os financiamentos, e aí fica uma luta entre

Davi e Golias.

Como compreender a escolha de Dilma pelo nome de Kátia

Abreu para o Ministério da Agricultura?

É uma escolha parecida com a que Lula fez quando escolheu

seu primeiro ministro, Roberto Rodrigues. A diferença é

que Kátia Abreu é uma liderança com um trânsito político e ela

tem projetos que passam desde a privatização da Embrapa até

a negação da reforma agrária como pauta para o país. À medida

que temos uma ministra que tem colunas em jornais, ela passa

a ter uma capacidade de influência maior do que tinha o

ministro anterior, que também era ligado ao mesmo setor. Nos

últimos anos a agricultura no Brasil tem sido atrelada ao

agronegócio, mas agora chegou ao poder a representante mais

poderosa do agronegócio no Brasil.

Ainda há falta de informação sobre os danos causados pelos

agrotóxicos, que levam a uma maior disposição a aceitar os

riscos de seu uso tanto por produtores quanto por

consumidores? Como as campanhas agem para resistir ao

agrotóxico?

Circula pouca informação sobre os riscos que os

agrotóxicos podem causar. O máximo que já vi na televisão

foram orientações sobre lavar as frutas e verduras antes de

consumi-las. Mas sabemos que existem agrotóxicos que são

sistêmicos e somente a lavagem dos vegetais não é suficiente

para eliminar as substâncias tóxicas.

Não há, em contrapartida, por parte do Estado brasileiro, um

investimento em campanhas de informação. Quando chega o

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

carnaval, há uma série de campanhas sobre os riscos da Aids,

mas nunca existiu uma campanha sobre os riscos do uso de

alimentos contaminados por agrotóxicos pelo Ministério da

Saúde.

A novidade para este ano é o lançamento de uma cartilha

informativa sobre os riscos dos agrotóxicos. Acabei de

participar da revisão técnica dessa cartilha do Programa

Nacional de Redução do Uso de Agrotóxicos. Esse programa faz

parte do Plano Nacional de Agroecologia e quem está

conduzindo a elaboração da cartilha é a Articulação Nacional de

Agroecologia. A Abrasco e a Fiocruz também estão apoiando

esse processo de divulgação da cartilha, que será amplamente

distribuída no país.

A cartilha será divulgada para toda a população, ou somente

entre agricultores?

Inicialmente a tiragem é da ordem de dez mil cartilhas, e o

público inicial serão os agricultores, mas acreditamos que

posteriormente ela possa ser distribuída para os profissionais

de saúde. À medida que conseguirmos mais apoio, pretendemos

ampliar a distribuição.

Por que o governo, e especialmente a Anvisa, demoram e

resistem tanto para banir substâncias que já são proibidas em

outros países?

Essa situação deixa qualquer cientista indignado. As patentes

recebem um registro que é eterno, e mesmo quando começam a

se levantar evidências de que os agrotóxicos podem causar

danos à saúde, as empresas criam dificuldades para dificultar o

processo de reavaliação dos produtos. Quando a Anvisa proíbe

o uso de alguma substância, as empresas entram na Justiça

contra o órgão, ou seja, judicializam os processos, o que os

torna ainda mais morosos. Essa tem sido a postura das

empresas, o que tem dificultado o trabalho de órgãos como a

Anvisa.

Para você ter uma ideia, depois que a Anvisa proíbe o uso de

agrotóxicos, o órgão ainda tem de dar um tempo para as

empresas acabarem com o estoque dos produtos no Brasil. É

um contrassenso: se o agrotóxico foi proibido, como é possível

permitir que ele ainda seja utilizado no país durante um tempo?

Da colheita até a xícara: conheça a química do café

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

Símbolo do vegetarianismo, Índia vê consumo de carne

aumentar 70% na última década

'Está em curso a mais grave ofensiva aos povos indígenas pós-

democratização', diz ex-presidente da Funai

Marilze Venturelli / Flickr

Cultivo de milho: "produção de alimentos não está associada à

produção em larga escala. Tanto que a produção brasileira em

larga escala tem servido para alimentar animais na China e nos

EUA"

Recentemente você declarou que a produção ecológica tem

condições de alimentar a população com qualidade. Ao afirmar

isso, quer dizer também em quantidade? Em termos de

produtividade, o sistema convencional poderia ser plenamente

substituído pelo agroecológico?

Atualmente os eventos nacionais da Associação Brasileira de

Agroecologia (ABA) reúnem anualmente mais de 4.000

pesquisadores que mostram as evidências da capacidade

produtiva da agroecologia. Na verdade estamos falando de uma

mudança de paradigma, e não apenas de uma questão técnica;

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

estamos falando de uma mudança de modelo que não só não

usa veneno, como também distribui melhor a renda e, portanto,

promove a equidade social. Se fizermos uma análise como um

todo, a agroecologia acaba sendo mais eficiente, porque o

agronegócio, para funcionar, precisa, de fato, de financiamentos

públicos, e usa uma quantidade enorme de insumos que são

responsáveis por 30 ou 40% dos gastos da produção.

Agora, imagine um modelo de agricultura que elimine esse

gasto de 40% com agrotóxicos. Há relatórios da ONU para a

alimentação que mostram isso. Outro exemplo que nos ajuda a

entender essa questão em termos estatísticos é o censo

agropecuário do IBGE, que indica que a agricultura familiar já é

responsável por alimentar 70% dos brasileiros. Isso demonstra

que a produção de alimentos não está associada à produção em

larga escala. Tanto que a produção brasileira em larga escala

tem servido para alimentar animais na China e nos EUA. Existe

aí um discurso falacioso do agronegócio de que eles produzem

alimentos para acabar com a fome. Isso é mentira.

Frequentemente vinculamos o uso de agrotóxicos aos grandes

latifúndios, mas os pequenos produtores também são grandes

utilizadores destes produtos, o que se reflete na dificuldade de

uma produção agroecológica devidamente certificada. O que

falta para que o uso de tais produtos seja minimizado em favor

de tecnologias sociais?

Imagine um Brasil em que o que se investe no agronegócio via

Embrapa fosse investido para desenvolver técnicas para a

agroecologia. Um Brasil que ao invés de 150 bilhões de reais

para a produção do agronegócio, destinasse esse valor para a

agricultura agroecológica. Isso implicaria numa mudança

radical dessa situação. Então, o que precisamos é de uma

mudança política.

Como evitar que o discurso agroecológico seja dominado pelo

marketing verde, justificando preços muito acima da

expectativa para o consumidor final?

Esse é um risco: a economia verde. Estamos num sistema

capitalista que tenta aproveitar todas as chances para lucrar.

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

Muitas empresas de agrotóxicos já estão se preparando para

um novo momento e estão diversificando suas linhas de

produção para produzir produtos de controle biológico. Então, é

importante que esse processo esteja presente nas discussões

dos movimentos sociais com a sociedade e a academia para

buscar desenvolver tecnologias que ajudem no empoderamento

dos produtores e na situação econômica deles, e não criar

formas de deixá-los mais dependentes.

O que as grandes empresas criam são tecnologias que fazem

com as pessoas fiquem mais dependentes delas. Essa é a

grande armadilha da lógica da economia verde. Temos de

romper com essa lógica e fazer uma mudança do modelo. Ao

invés de concentrar renda e tecnologia, temos de buscar um

modelo de agricultura que distribua renda e que faça com que

as tecnologias sejam acessíveis. Esse é o caminho para sair do

impasse da economia verde.

Quais as culturas em que há maior uso de agrotóxicos?

Nos últimos levantamentos do Programa de Avaliação de

Resíduos de Agrotóxicos e Alimentos da Anvisa, a cultura que

tem sido campeã no uso de agrotóxico é o pimentão, que teve

quase 90% de contaminação. Estimula-se que as pessoas

comam mais frutas e verduras para evitar o câncer, mas frutas

e verduras contaminadas também podem ser fatores de risco

para o câncer. Então, esse modelo deixa uma encruzilhada para

as populações.

Também tem as culturas históricas, como morango, mamão,

tomate, que sempre têm níveis elevados de agrotóxico, que vão

variando de ano para ano, com os cuidados que são tomados.

Esses dados da Anvisa têm uma alta repercussão no país e

inclusive o preço desses produtos acaba sendo reduzido por

conta dos dados.

Como a legislação que rege os agrotóxicos tende a ser

conduzida a partir de agora, com Kátia Abreu no Ministério da

Agricultura?

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Nós estamos preocupadíssimos. Com o atual Congresso, as

perspectivas de uma desregulamentação na legislação são

enormes. Ou seja, é possível que se quebre todo o marco

regulatório para favorecer a entrada de agrotóxicos no Brasil.

Existem mais de 17 propostas nesta direção e, com a nova

configuração do Congresso, nos próximos anos essa questão

será um grande desafio para a sociedade. O próprio presidente

da Câmara já é um grande lobista que tem diversos interesses.

Infelizmente os prognósticos não são bons: a tendência é de

que se retire o papel da Anvisa e do Ibama para concentrá-los

no Ministério da Agricultura, que já tem o comando do

agronegócio. São propostas desse nível que poderão renascer.

Atualmente, para uma empresa conseguir um registro de

liberação de um determinado agrotóxico, três órgãos devem

avaliar o produto: o Ministério da Saúde, o Ministério do Meio

Ambiente e a Anvisa. Provavelmente vão querer criar uma

agência ou uma comissão como a CTNBio (Comissão Técnica

Nacional de Biossegurança), responsável pelos transgênicos,

para que a liberação dos agrotóxicos possa ser feita como é

feita a liberação dos transgênicos atualmente, ou seja,

concentrada num único órgão. A CTNBio é um órgão que em

toda a sua história nunca negou a produção e comercialização

de transgênicos.

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

Guerrilha paraguaia ameaça fuzilar quem

plantar soja com agrotóxico ou descumprir leis

ambientais

Gilmar Freitas Em viado jhcMídiaDigital

Pela lei imposta pelo grupo, também fica proibido plantar milho

transgênico e que empregados das instâncias na área onde

atuam portem armas

A guerrilha EPP (Exército do Povo Paraguaio) ameaçou fuzilar

agricultores que descumpram as leis ditadas por eles e

continuem plantando soja e milho transgênicos e com

agrotóxicos. A ameaça, feita por meio de uma carta, foi

divulgada nesta sexta-feira (06/03) em jornais paraguaios.

―Senhores oligarcas, o EPP cairá cedo ou tarde sobre os que

não cumpram as leis com pena máxima (fuzilamento)‖, diz o

texto entregue na estância Guaraní, atacada na última semana

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

pelo grupo, localizada no estado de Concepción, a 320

quilômetros da capital Assunção.

Carta deixada na estância Guaraní na última semana e

divulgada hoje

A carta diz ainda que os projetos da empresa Guaraní só

provocam ―miséria, doenças e mortes às comunidades, para

depois retirar de suas terras lançando ao abismo da pobreza,

prostração, sobrevivendo do lixo‖.

Nos últimos dias, o grupo também ameaçou os criadores de

gado que apoiam os moradores dos assentamentos de Arroyito

a cultivarem milho transgênico. Eles também divulgaram as leis

do grupo, que contemplam a proibição de os empregados das

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

instâncias portarem armas e determinam que estes devem se

manter pelo menos 500 metros distantes dos montes.

Relação de leis impostas pelo EPP

O controverso grupo, fundado em 2008, se auto classifica como

guerrilha marxista-leninista e diz lutar contra a ―democracia dos

ricos, excludente, fascista e criminosa‖, criticam o governo do

presidente Horacio Cartes e afirmam que tomaram as armas

para lutar por justiça social.

Assim como outros grupos guerrilheiros, o EPP passou a

publicar alguns vídeos na internet para divulgar seus objetivos e

ideologia. Para o ministro do Interior do Paraguai, Francisco de

Vargas, tais estratégicas não passam de ―marketing criminoso‖.

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

Crimes 'em defesa da honra' matam pelo

menos mil mulheres por ano na Índia

Luis A. Gómez | Calcutá - / jhcMídiadDigital

Casar-se por amor pode ser perigoso, porém casar-se com uma

pessoa de outra religião ou de outra casta equivale, em muitos

casos, a assinar sentença de morte

Na Índia uma mulher pode ser violentada e se transformar em

uma heroína. Pode lutar pela igualdade no trabalho e social, ser

ministra de Estado e estrela de cinema. Porém, se ela chegar a

se casar com o homem errado, de outra religião ou, pior, de

outra casta, será muito provavelmente humilhada por seus

familiares ou pelos familiares de seu marido, e, cedo ou tarde,

seu irmão, seus primos ou seus pais tratarão de matá-la. ―Pela

honra‖, como esses assassinatos são conhecidos, morrem pelo

menos mil mulheres por ano nesse país.

Alguns processos, como o do filho do político DP Yadav, do

estado de Uttar Pradesh, parecem alterar a Justiça para

proteger os criminosos. No caso de Nitish Kastara, que foi

assassinado pelo jovem Yadav e outros dois homens, o erro foi

ser amigo de uma prima e buscar sua companhia. Condenados a

pena de morte há alguns anos, houve uma revogação, sem

justificativa aparente, e as penas são agora de 25 anos de

prisão.

A jovem residente no Canadá Jassi Sidhu tinha 25 anos no ano

2000, quando visitou a Índia e acabou se casando com um

humilde condutor de rickshaw (de casta ―inferior‖). Sua família

se opôs. Foi assassinada a golpes e punhaladas em frente de

seu marido (que sobreviveu ao ataque). Durante mais de uma

década, a polícia do estado de Punjab foi incapaz de condenar,

contando com evidências concretas, a mãe e o tio de Jassi;

ambos foram presos no final de 2011.

Essa tragédia familiar ocorre em todos os estados do noroeste

do país, porém começa a ser comum no sul, principalmente em

Tamil Nadu. O mesmo acontece em pequenas comunidades

e grandes cidades, em que muitas jovens esposas, algumas

grávidas, morrem estranguladas e são cremadas por suas

famílias todos os dias do ano.

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

Jassi Sidhu foi assassinada a golpes e punhaladas em frente ao

marido.

Há dois anos, uma decisão da Corte Suprema estabeleceu que

um assassinato por honra ―é um dos poucos crimes que

deveriam ser castigados com pena de morte‖.

Do amor e outros demônios

No mês de fevereiro, que outros países conhecem como ―do

amor e da amizade‖, os assassinatos aumentam, e as

proibições, ao que tudo indica, também. No último dia 7 de

fevereiro, a Corte Superior de Madrás, um dos mais antigos

tribunais do sul do país, recebeu uma petição para proibir

casamentos de casais jovens que não contassem com a

aprovação dos pais de ambos. Um obscuro advogado, K. K.

Ramesh, entrou com essa petição diante do ―alarmante

aumento de casamentos por amor‖, os assassinatos pela honra,

os divórcios e outros conflitos.

Nesses dias, em uma comunidade do distrito de Mathura, a

cerca de cem quilômetros de Nova Deli, a jovem estudante

Neeraj Kumari apanhou da mãe e do irmão, que não aprovavam

seu noivado com um vizinho e a haviam prometido para um

jovem soldado. Logo após a surra, a mãe e o irmão a

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encharcaram de querosene e a queimaram. Sem recuperar a

consciência, morreu na segunda-feira, dia 9 de fevereiro.

Leia também: Chaitali, a jovem boxeadora indiana que sonha

sair da pobreza e conquistar o ouro

Na sexta-feira, dia 13 de fevereiro, no distrito de Gurgaon,

subúrbio de Nova Deli, uma mulher de 26 anos apareceu

enforcada no banheiro. Sua família alegou suicídio, porém a

autopsia demonstrou estrangulamento. No mesmo dia, em um

distrito próximo de Gonda, uma jovem de 16 anos apareceu na

beira de um rio, estrangulada. Sua família nem sequer relatou o

caso e se negou a fazer um boletim de ocorrência na delegacia

de polícia. Em ambos os casos, a polícia investiga se foram

assassinatos pela honra.

Sem direitos nem proteção

Dez organizações não governamentais organizaram uma

pequena marcha na capital da Índia na tarde de sábado de 14

de fevereiro, dia de São Valentim, para honrar as vítimas dos

assassinatos pela honra. Porém, também para reivindicar ações

efetivas da polícia, que muitas vezes tem um papel nefasto na

morte dos jovens apaixonados.

Professor aposentado influencia educação em estados indianos

com livros ultranacionalistas

Setenta anos depois, fome continua assombrando Bengala

Relatório de inteligência ataca trabalho de ONGs e ativistas

ambientais na Índia

Como aconteceu em julho de 2009, quando Ved Pal foi preso em

sua comunidade do estado de Haryana. Acusado falsamente

pela família de sua mulher Sonia, o jovem de 21 anos caminhava

para a delegacia de polícia rodeado por 15 agentes que, no

maior escândalo dessa categoria, não impediram que uma turba

de parentes da sua mulher linchassem Ved.

Asif Iqbal, que fundou a organização Dhanak para a

Humanidade, uma rede de proteção para jovens casais que se

casam sem ser da mesma religião ou casta, participou da

marcha. ―Primeiro nós os ajudamos a se casarem, em seguida

enviamos cópia da certidão de casamento para o cartório de

seu distrito e para a delegacia de polícia local‖.

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

Iqbal afirmou que em Dhanak há pelo menos 500 casais que

oferecem abrigo aos casais recém-casados. "Porém, também

trabalhamos com temas legais e sistêmicos, como a emenda às

leis sobre o casamento, e começamos um programa com os

funcionários do registro civil, que frequentemente jogam sujo e

recusam pedidos de casamento por diversas razões‖.

Protesto realizado em 14 de fevereiro, na Índia, pede o fim dos

assassinatos pela honra no país

No evento também esteve presente o famoso ativista Swami

Agnivesh, que afirmou que essa falta de defesa é ilegal, racista.

Agnivesh lembrou que os policiais são quase todos de castas

―superiores‖ e muitas vezes se tornam cúmplices dos crimes

que deveriam combater.

Em janeiro passado, no estado de Punjab, por exemplo, um

jovem casal de dalits (ou intocáveis) obteve proteção da corte

superior de seu distrito diante das ameaças de morte que

receberam da família da noiva. A polícia se negou a cumprir a

ordem judicial, e no dia 5 de janeiro Sandeep (24) e Khusboo

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(22) foram atacados por cinco homens armados com espadas e

facas. Ambos morreram.

Nem tudo é perdão com os pais

No dia 12 de novembro passado, o programador Abhishek Seth e

sua noiva Bhavna Yadav, estudante universitária, casaram-se

em segredo. Os pais da jovem haviam se oposto ao

relacionamento do casal porque ela vinha do estado de

Rajasthan, e ele é de Punjab. De qualquer forma, Bhavna pensou

que poderia resolver o conflito, e avisaram a sua família do

casamento no dia seguinte.

O pai de Bhavna os convenceu ao não tornar público o

casamento até que pudessem arrumar tudo em uma cerimônia

apropriada. ―Em seguida, ele a levou para sua casa. Eu aceitei a

situação porque o prestígio dessa família corria riscos. Não

suspeitei de nada‖, relembrou Abhishek.

Porém, no dia 14 de novembro, sua jovem mulher voltou para

ele, denunciando maus-tratos de seus pais. Em seguida um tio

telefonou ameaçando-os de morte. De qualquer forma, quando

seus sogros chegaram para pedir desculpas e levaram sua

mulher novamente, Abhishek acreditou neles ―ainda que ficasse

claro que eles planejavam matá-la‖.

Pais e tios a mataram a golpes e em seguida a estrangularam.

Dois dias depois cremaram seu corpo na sua comunidade de

origem e declararam ―morte por causas naturais‖. Porém o

programador denunciou o caso à polícia.

Em 19 de novembro, como consta em boletim de ocorrência, a

polícia prendeu os pais de Bhavna (o tio está foragido). E o caso

continua em curso.

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Operação Lava Jato

Inquéritos investigarão 47 ‗políticos‘ lista tem Renan

e Cunha; veja nomes.

910

Bruna Borges e Leandro Prazeres Do UOL, em Brasília / jhcMídiaDigital

O ministro do STF (Supremo

Tribunal Federal) Teori Zavascki

autorizou, nesta sexta-feira (6),

a abertura de inquérito contra

47 políticos para apurar a

participação deles no esquema

investigado pela operação Lava

Jato, que investiga

irregularidades na Petrobras. Ao

todo, são 22 deputados federais,

12 senadores, 12 ex-deputados

e uma ex-governadora de seis

partidos (PMDB, PT, PP, SD,

PSDB e PTB). Há mais pessoas

que serão investigadas, mas

não têm ou tiveram cargos eletivos.

Entre os nomes que fazem parte da lista, estão do presidente do

Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do presidente da Câmara,

Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e da ex-governadora do Maranhão

Roseana Sarney (PMDB-MA). A presença desses nomes já era

dada como certa desde o início da semana.

Os pedidos de abertura de inquérito foram feitos pela

Procuradoria-Geral da República na última terça-feira (3), mas

estavam sob sigilo, retirado hoje por Zavascki.

Na última terça-feira (3), a Procuradoria enviou 28 pedidos de

abertura de inquérito contra pessoas supostamente envolvidas

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

no esquema de corrupção na Petrobras que, segundo a Polícia

Federal, movimentou R$ 10 bilhões em lavagem de dinheiro e

pagamento de propina.

O dinheiro teria sido desviado de contratos superfaturados

entre empreiteiras e a estatal e parte desses recursos era

repassado a partidos e políticos.

Veja a lista completa:

Vice-governador

João Leão (PP-BA) – vice-governador da Bahia

Senadores

Renan Calheiros (PMDB-AL) – presidente do Senado e do

Congresso Nacional

Antonio Anastasia (PSDB-MG)

Benedito de Lira (PP-AL)

Ciro Nogueira (PP-PI) – senador pelo Piauí e presidente nacional

do PP

Edison Lobão (PMDB-MA) – senador pelo Maranhão e ex-ministro

de Minas e Energia

Fernando Collor (PTB-AL) – senador por Alagoas e ex-presidente

da República

Gladison Cameli (PP-AC)

Gleisi Hoffmann (PT-PR) – senadora pelo Paraná e ex-ministra da

Casa Civil

Humberto Costa (PT-PE) – senador por Pernambuco e ex-

ministro da Saúde

Lindberg Farias (PT-RJ) – senador pelo Rio de Janeiro e ex-

candidato ao governo do Estado

Romero Jucá (PMDB-RR) – senador por Roraima e ex-líder do

governo no Senado

Valdir Raupp (PMDB-RO)

Deputados

Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – presidente da Câmara e ex-líder do

PMDB na Câmara

Afonso Hamm (PP-RS)

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

Aguinaldo Ribeiro (PP-PB)

Aníbal Gomes (PMDB-CE)

Arthur Lira (PP-AL)

Dilceu Sperafico (PP-PR)

Eduardo da Fonte (PP-PE)

Jerônimo Goergen (PP-RS)

José Mentor (PT-SP)

José Otávio Germano (PP-RS)

Lázaro Botelho (PP-TO)

Luís Carlos Heinze (PP-RS)

Luiz Fernando Faria (PP-MG)

Missionário José Olimpio (PP-SP)

Nelson Meurer (PP-PR)

Renato Molling (PP-RS)

Roberto Balestra (PP-GO)

Roberto Britto (PP-BA)

Sandes Júnior (PP-GO)

Simão Sessim (PP-RJ)

Vander Loubet (PT-MS)

Waldir Maranhão PP-MA)

Políticos sem mandato

Mário Negromonte (PP-BA) – ex-ministro das Cidades, atual

conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia

Roseana Sarney (PMDB-MA) – ex-governadora do Maranhão e ex-

senadora

Aline Corrêa (PP-SP)

Carlos Magno (PP-RO)

Cândido Vaccareza (PT-SP)

João Pizzolatti – (PP-SC)

José Linhares (PP-CE)

Luiz Argôlo (ex-PP, atual SD-BA)

Pedro Corrêa (PP-PE)

Pedro Henry (PP-MT)

Roberto Teixeira (PP-PE)

Vilson Covatti (PP-RS)

Outros

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jhcMídiaDigital Edição 50 Ano: 2015

Fernado Antonio Falcão Soares (Fernando Baiano) - lobista

João Vaccari Neto - tesoureiro do PT

Arquivamentos e mais investigações

Além dos pedidos de inquérito, Zavascki

arquivou os pedidos de inquérito contra o

senador Delcídio do Amaral (PT-MS) e dos

deputados Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN)

e Alexandre Santos (PMDB-RJ).

O ministro remeteu ainda à Justiça Federal do

Paraná a investigação contra o ex-ministro

Antonio Palocci (PT) por causa de sua função

como tesoureiro na campanha vitoriosa de

Dilma Rousseff (PT) à Presidência em

2010. Para a PGR (Procuradoria-Geral da

República), é impossível investigar a

presidente Dilma por "atos estranhos ao

exercício de sua função" no âmbito da

Operação Lava Jato, mas determinou a

apuração sobre a arrecadação de recursos

para sua campanha de 2010 no pedido de

abertura de inquérito contra o ex-ministro.

Outro lado

A maioria dos 49 deputados e senadores que

tiveram inquéritos abertos ou diligências

investigativas autorizadas pelo STF por

suposto envolvimento no esquema de

corrupção na Petrobras nega

envolvimento com os fatos descritos nos

pedidos de inquérito.

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Sala São Paulo é eleita um dos melhores

espaços para concertos do mundo..

Penélope Mirta / jhcMídiaDigital

O jornal inglês ―The Guardian‖ escolheu a Sala São Paulo como

um dos melhores espaços para concerto do mundo. O espaço foi

o único da América Latina a entrar no ranking feito pelo expert

em acústica, Trevor Cox.

Além da Sala São Paulo, entraram na lista o Culture and

Congress Centre Concert Hall, em Lucerna, na Suíça; o

Bridgewater Hall, em Manchester, na Inglaterra; o Berlin

Philharmonie, na Alemanha; e o Tokyo Opera City Concert Hall,

no Japão.

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Ciência

Veja fotos incríveis do universo parecendo joias

preciosas

Rotieh Atsoc /jhcMìmidiaDigital

Muitas vezes, esquecemos que o universo é um lugar incrível,

porque as enormes distâncias e escalas sobre-humanas não

podem ser bem processadas pelo nosso minúsculo cérebro

alojado em um minúsculo ponto azul pálido dessa imensidão.

Agora, temos ajuda para poder apreender tanta beleza de um

ponto de vista que combina mais com nosso tamanho. A artista

italiana Saint Tesla transforma galáxias e nebulosas em

pequenas joias preciosas.

―Macrocosmo e microcosmo fazem parte de um antigo esquema

grego neoplatônico de ver os mesmos padrões reproduzidos em

todos os níveis do cosmos, da maior escala (macrocosmo ou

nível do universo) até a menor escala (microcosmo ou níveis

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subatômicos e mesmo metafísicos. No ponto médio do sistema,

encontra-se o homem, que resume o cosmos‖, argumenta.

Saint Tesla é uma artista interdisciplinar. Seus interesses

atuais são focados na mistura de ciência (principalmente

biologia e neurociência), arte e sistemas de pensamento, na

narrativa distópica e estética da internet na tentativa de

penetrar diferentes ecossistemas existentes.

Fazendo suas pesquisas, ela descobriu experimentos com

miniaturas espaciais usando a técnica ―tilt shift‖, então decidiu

tentar o mesmo. O estilo de fotografia conhecida como ―tilt and

shift‖ refere-se ao uso de movimentos de câmara e lente ou de

picagem/inclinação para limitar ou aumentar a profundidade de

campo.

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À beira do abismo

Quantos mortos mais serão

necessários para que a OEA e os

Governos democráticos da América

Latina facilitem uma transição

política da Venezuela para um regime

de legalidade democrática?

Quando o Governo venezuelano de

Nicolás Maduro autorizou sua guarda

pretoriana a usar armas de fogo

contra as manifestações de rua dos

estudantes sabia muito bem o que

fazia: seis jovens já foram

assassinados nas últimas semanas

pela polícia ao tentar calar os

protestos de uma sociedade cada vez

mais enfurecida com os atropelos

desenfreados da ditadura chavista, a corrupção generalizada do

regime, o desabastecimento, o colapso da legalidade e a

situação crescente de caos que se estendem por todo o país.

Esse contexto explica a escalada repressora do regime nos

últimos dias: a detenção do prefeito de Caracas, Antonio

Ledezma, um dos mais destacados líderes da oposição, quando

se completava um ano da prisão de Leopoldo López, outro dos

grandes resistentes, e meses depois de haver privado de modo

abusivo da condição de parlamentar –e ter submetido a um

assédio judicial sistemático– María Corina Machado, figura

relevante entre os adversários do chavismo. O regime se sente

encurralado pela crítica situação econômica à qual sua

demagogia e inépcia conduziu o país, sabe que sua

impopularidade faz água e que, ao menos que dizime e intimide

a oposição, sua derrota nas próximas eleições será

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cataclísmica (as pesquisas mostram que tem apenas 20% de

popularidade).

Por isso desatou o terror de maneira descarada e cínica, dando

a desculpa habitual: uma conspiração internacional dirigida

pelos Estados Unidos, da qual os opositores democráticos do

chavismo seriam cúmplices. Conseguirá calar os protestos

mediante os crimes, torturas e batidas policiais maciços? Há

um ano conseguiu, quando, encabeçados pelos estudantes

universitários, milhares de venezuelanos se lançaram às ruas

em toda a Venezuela pedindo liberdade (eu estive lá e vi com os

próprios olhos a formidável mobilização libertária dos jovens de

todas as condições sociais contra o regime ditatorial). Para isso

foi necessário o assassinato de 43 manifestantes, muitas

centenas de feridos e de torturados nos presídios políticos e

milhares de detidos. Mas no ano que transcorreu a oposição ao

regime se multiplicou e a situação de desmando,

desabastecimento, opróbrio e violência só serviu para

encolerizar cada vez mais as massas venezuelanas. Para tolher

e submeter esse povo desesperado e heroico será preciso uma

repressão infinitamente mais sanguinária do que a do ano

passado.

O sistema se sente encurralado pela crítica situação econômica

à qual conduziu o país

Maduro, o pobre homem que sucedeu Chávez na cabeça do

regime, demonstrou que sua mão não treme na hora de fazer

correr o sangue dos compatriotas que lutam pela volta da

democracia à Venezuela. Quantos mortos mais e quantas

prisões repletas de presos políticos serão necessários para que

a OEA e os Governos democráticos da América Latina

abandonem seu silêncio e ajam, exigindo que o Governo

chavista renuncie à sua política repressora contra a liberdade

de expressão e a seus crimes políticos, e facilitem uma

transição política da Venezuela a um regime de legalidade

democrática?

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No excelente artigo Um estentóreo silêncio (em espanhol aqui),

como costumam ser os que escreve, Julio María Sanguinetti (EL

PAÍS, 25 de fevereiro de 2015) censurava severamente esses

Governos latino-americanos que, com a tépida exceção da

Colômbia – cujo presidente se ofereceu para mediar entre o

Governo de Maduro e a oposição –, observam impassíveis os

horrores que o povo venezuelano padece sob um Governo que

perdeu todo o sentido dos limites e age como as piores

ditaduras sofridas pelo continente das oportunidades perdidas.

Podemos estar certos de que o emotivo chamado do ex-

presidente uruguaio à decência, feito aos dirigentes latino-

americanos, não será escutado. Que outra coisa se poderia

esperar dessa lastimável coleção em que abundam os

demagogos, os corruptos, os ignorantes, os políticos rasteiros?

Para não falar da Organização dos Estados Americanos, a

instituição mais inútil que a América Latina produziu em toda a

sua história: a tal ponto que, se poderia dizer, cada vez que um

político latino-americano é eleito para o cargo de secretário-

geral parece abrandar-se e sucumbir a uma espécie de

catatonia civil e moral.

Sanguinetti contrapõe, com muita razão, a atitude desses

Governos ―democráticos‖ que olham para o outro lado quando

na Venezuela se violam os direitos humanos, se fecham canais,

emissoras de rádio e jornais com a celeridade com que esses

mesmos Governos ―suspenderam‖ o Paraguai da OEA quando

esse país, seguindo os mais estritos procedimentos

constitucionais e legais, destituiu o presidente Fernando Lugo,

uma medida que a imensa maioria dos paraguaios aceitou como

democrática e legítima. A que se deve o uso de dois pesos e

duas medidas? A que o senhor Maduro, que compareceu à

transferência do comando presidencial no Uruguai e foi

recebido com honras por seus colegas latino-americanos, seja

de ―esquerda‖ e os que destituíram Lugo fossem supostamente

de ―direita‖.

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A mão de Nicolás Maduro não treme na hora de fazer correr o

sangue dos compatriotas

Embora muitas coisas tenham mudado para melhor na América

Latina nas últimas décadas – há menos ditaduras do que no

passado, uma política econômica mais livre e moderna, uma

redução importante da extrema pobreza e um crescimento

notável das classes médias –, seu subdesenvolvimento cultural

e cívico é ainda muito profundo e isso se torna patente no caso

da Venezuela: para não serem acusados de reacionários e

―fascistas‘‖, os governantes latino-americanos que chegaram ao

poder graças à democracia estão dispostos a cruzar os braços e

olhar para o outro lado enquanto um bando de demagogos

assessorado por Cuba na arte da repressão vai empurrando a

Venezuela até o totalitarismo. Não se dão conta de que sua

traição aos ideais democráticos abre as portas a que no dia de

amanhã seus países sejam também vítimas desse processo de

destruição das instituições e das leis que está levando a

Venezuela à beira do abismo, ou seja, a se transformar em uma

segunda Cuba e a aguentar, como a ilha do Caribe, uma longa

noite de mais de meio século de ignomínia.

O presidente Rómulo Betancourt, da Venezuela, que era de um

calibre diferente dos atuais, pretendeu, nos anos sessenta,

convencer os Governos democráticos da América Latina de

então (eram poucos) a chegar a um acordo sobre uma política

comum contra os Governos que – com o de Nicolás Maduro–

violentassem a legalidade e se convertessem em ditaduras:

romper relações diplomáticas e comerciais com eles e

denunciá-los no plano internacional, a fim de que a comunidade

democrática ajudasse desse modo quem, no próprio país,

defendesse a liberdade. Não é preciso dizer que Betancourt não

obteve apoio nem sequer de um único país latino-americano.

A luta contra o subdesenvolvimento sempre estará ameaçada

de fracasso e retrocesso enquanto os dirigentes políticos da

América Latina não superarem esse estúpido complexo de

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inferioridade que nutrem contra uma esquerda à qual, apesar

das catastróficas credenciais que possa exibir em temas

econômicos, políticos e de direitos humanos (não bastam os

exemplos dos Castro, Maduro, Morales, Kirchner, Dilma

Rousseff, o comandante Ortega e companhia?), concedem ainda

uma espécie de superioridade moral em temas de justiça e

solidariedade social.

© Mario Vargas Llosa, 2015.

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Mensalão

Defesa de Pizzolato pede para Itália não usar

brasileiro para recuperar Battisti

JAMIL CHADE, CORRESPONDENTE - O ESTADO DE S. PAULO

Em carta ao governo italiano, advogado de condenado no

mensalão faz apelo para

não haver 'troca'; Brasil

tenta extraditar ex-diretor

Genebra - A defesa do ex-

diretor de marketing do

Banco do Brasil Henrique

Pizzolato faz um apelo ao

governo italiano para que

o país não use o

condenado no caso do

mensalão para conseguir a

devolução do ex-ativista

Cesare Battisti. Nessa quinta-feira, 5, o

advogado que defende Pizzolato na Itália,

Alessandro Sivelli, enviou uma carta ao

ministro da Justiça da Itália, Andrea

Orlando, com esse argumento.

Em uma carta de seis páginas, a defesa de

Pizzolato rejeita qualquer relação com

Battisti: "Fiquei sabendo pela imprensa que

Henrique Pizzolato poderia ser extraditado

para obter Cesare Battisti. Torço para que

tais notícias sejam infundadas. Peço ao

senhor para tomar sua decisão privilegiando

a defesa e o respeito aos direitos fundamentais do indivíduo,

direitos esses que o Estado brasileiro não garantiu ao longo do

processo e que não é capaz de garantir aos próprios presos, ao

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invés de eventuais interesses internacionais e de imagem do

seu governo", disse Sivelli.

Caberá ao ministro da Justiça italiano a decisão se Pizzolato

deve ou não ser extraditado ao Brasil. Em fevereiro, a Corte de

Cassação de Roma deu o sinal verde para que ele seja enviado

ao País, rejeitando os argumentos de Sivelli de que as prisões

brasileiras representariam uma ameaça para sua integridade

física.

O caso, porém, ganhou uma nova dimensão depois que, no

Brasil, a Justiça Federal decidiu que Battisti, condenado na

Itália por assassinato, deveria ser deportado. Imediatamente,

familiares de vítimas do terrorismo na Itália e integrantes do

governo indicaram que deveria haver algum tipo de

"reciprocidade" entre os dois casos.

Andrea Orlando chegou a declarar que uma eventual deportação

de Cesare Battisti pode abrir espaço para um novo pedido de

extradição do ex-ativista. "Se o procedimento for confirmado,

desejamos que ele permita dar origem a uma solicitação de

extradição, coisa que já fizemos há tempos", afirmou.

Durante a audiência diante da Corte de Cassação em Roma, foi

Sivelli quem levantou o debate sobre Battisti. Diante dos juízes,

ele argumentou que a Itália não poderia extraditar Pizzolato

porque o Brasil não dava sinais de "reciprocidade" no caso do

ex-ativista.

O tom na carta, porém, passou a ser bem diferente. O advogado

insistiu que não seria adequado que o governo se utilizasse de

uma eventual extradição de Pizzolato para obter uma vitória

política, muito menos se isso ocorre em detrimento dos

""direitos fundamentais de uma pessoa". A carta volta a insistir

que Pizzolato é italiano e que, portanto, não poderia enfrentar a

situação das prisões brasileiras.

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Pequim desloca Washington na América Latina

Cesar Fonseca

jhcMídiaDigital

250 BILHÕES DE DÓLARES É O QUE A CHINA PROMETE PARA A

AMERICA LATINA NOS PRÓXIMOS ANOS.

O COMÉRCIO ENTRE CHINA E A REGIÃO PODE ALCANÇAR 500

BILHÕES DE DÓLARES. É O NOVO CENÁRIO DA GEOPOLÍTICA

GLOBAL QUE AVANÇA AO LARGO DO DÓLAR.

A China está se aproximando da América Latina, rapidamente,

por meio de concessão de empréstimos a prazos longos e juros

baixos, para servir de anteparo ao perigo de aumento da taxa de

juro americana, previsto, antecipadamente, pelo BC dos EUA,

para acontecer ainda no primeiro semestre de 2015

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JUDICIÁRIO

Auditoria no TRF aponta sumiço de R$

27 mil apreendidos de Eike

Dinheiro sumiu de cofre da 3ª Vara Federal, que

investigava o empresário.

Wanda Lacerda / jhcMídiaDigital

Uma investigação realizada na 3ª

Vara Federal Criminal do Rio de

Janeiro, de onde o juiz titular,

Flávio Roberto de Souza, foi

afastado do cargo, identificou a

falta de R$ 27 mil, US$ 443 e 1 mil

euros. O dinheiro, que estava em

um cofre, pertence ao empresário

Eike Batista, que era investigado

pelo magistrado antes do

afastamento, e foi apreendido por

ordem judicial.

Além de vários bens, como o

Porshe que o juiz foi flagrado dirigindo, Eike teve R$ 90 mil em

dinheiro e mais R$ 37 mil em outras moedas. Diligências para

encontrar estes valores estão em andamento. De acordo com

Tribunal Regional Federal, os valores nunca poderiam estar nas

dependências do Judiciário. O Juiz vira réu em processo

criminal Flávio Roberto, que primeiro foi afastado do caso e,

dias depois, do cargo, estava à frente dos processos contra o

empresário por crimes financeiros. O juiz virou réu em um

procedimento judicial criminal no TRF. O tribunal, no entanto,

não divulgou o que motivou a ação, que corre em segredo de

Justiça.

O passaporte do juiz federal foi entregue nesta segunda (9) pelo

advogado do magistrado ao relator da medida cautelar pedida

pelo Ministério Público Federal ao TRF-RJ. Procurado pelo G1, o

magistrado disse que não pode se posicionar publicamente

sobre o caso, pois está sob segredo de Justiça.

Os dados da auditoria serão utilizados nos processos

administrativo e penal aos quais o juiz Flávio Roberto de Souza

responde. As acusações dos processos são mantidas em sigilo,

conforme previsto no artigo 20 do Código de Processo Penal.

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Na terça-feira (3), a 2ª Turma Especializada do Tribunal Regional

Federal do Rio de Janeiro decidiu afastar o juiz Flávio Roberto

de Souza do processo que tem o empresário Eike Batista como

réu, por manipulação de mercado e uso indevido de informações

privilegiadas. Todas as decisões tomadas pelo magistrado

foram anuladas, com exceção do bloqueio dos bens do

empresário.

No dia 26 de fevereiro, o Conselho Nacional de Justiça, por

decisão da corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy

Andrigui, havia decidido pelo afastamento do magistrado de

todos os processos relacionados ao empresário. O magistrado

foi flagrado dirigindo o Porsche Cayenne que havia apreendido

de Eike e admitiu ter guardado o veículo na garagem do prédio

onde mora, junto com uma Range Rover, do filho do empresário,

Thor Batista. O piano do empresário também foi guardado no

prédio onde o juiz federal vive.

Os bens de Eike Batista seguem apreendidos. Após a

sindicância contra o juiz Flávio Roberto de Souza ter sido

aberta, o juiz substituto determinou a devolução dos bens que

estavam em posse do magistrado, dois carros e um piano. Ele é

o fiel depositário, o que significa que eles ficam em sua posse,

mas que não pode utilizá-los.

Quando decidiu pelo afastamento do magistrado, o CNJ

determinou a redistribuição do processo da 3ª para a 10ª Vara

Criminal. A decisão foi questionada pelos desembargadores do

TRF-RJ, que afirmaram que a 10ª Vara não possui habilitação

para julgar crimes fiscais. Eles afirmaram que, neste caso,

sendo afastado o juiz titular, o substituto deveria assumir o

caso, ainda na 3ª Vara Criminal. A decisão definitiva ainda será

determinada pelo CNJ. Até lá, o processo segue parado.

O juiz federal está em licença médica até o dia oito de abril. A

licença foi concedida por uma junta de três médicos reunidos

pelo TRF-RJ.

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