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J.J....l'"'.III.L.J...JlJ~/(U.,V~VVJ'L V.1.J.l"ll .J..'-1IJ /tu..VL'.1.J/OkVkVVJI J,. • .lQ.lLUV,"" Inicio Mandioca em Foco Agricultores do A!;ará participam de curso de agroindustrialização da mandioca para produção de farin s-: pesquisar. .. Mal\d\ocô login Olá.brabo Sair Início ConteJldo Aberto Agentes do Setor Editorial Mandioca via e-mail ColunaAbam Coluna Cepa Coluna Conab Classificados Livros e Publicações Receitas Eventos Links ConteJldoExclUSMl Mandioca em Foco Notícias Mandioca na Semana BaJanço Hídrico Cotações Estatísticas Mapas Artigos Teses e Dissertações Assinatura Apresentação Anuncie Equipe Contato Admin Intranet Assinante Alterar Senha Desenvolvido por Parceria Agricultores do Acará participam de curso de aqrcindustrtalizaçâo da mandioca para produção de}_ U farin 05110/2009 PIb perlodo de 25 a 27108120CJij foi realizado um curso com objetiw de metlorar a qualidade da produção de farinha de agricultores famiiares da comunidade de Guarurnã, no Acará. Este curso foi realizado pelos técnicos R:>sivalPossidOnio do Nascimento da Emater Pará e Augusto César da Sill.eira Andrade da Embrapa Amazônia Oriental, em parceria com o Sebrae, ",abiizado pelo projeto "Transferência de Tecnologias Agroecológicas para Produção de Mandioca no Baixo Tocantins", aprovado no Edital 02/2008 do Sebrae Nacional, que selecionou projetos de Difusão de Tecnologias Sociais. O curso foi ministrado para 14 agricultores famiiares, contendo 24 horas aula, totalmente prático, reafizado na propriedade do agriculor famiiar Sr. Mocinho, que dispõe de uma farinheira rudimentar, com capacidade para produção de 200 kg de farinha por dia, Iocaizada com coordenadas 01° 57_192'S e 048° 21.906W, a uma altitude de 34 m. De acordo com informações dos participantes, existem na comunidade Guarurnã cerca de 40 casas de farinha semelhantes, conslruidas de forma rudimentares, com materiais rústicos da própria área, sem proteção lateral, com fomos retangulares do tipo chapa de ferrro (Figura 1 e 2)_ Figura 1. Casa de farinha do Sr. Mocinho Foto: Rosival Possidonio Figura 2. Forno do Sr. Mocinho Foto: Rosival Possidonio Durante a reaização do curso foram identifICados os pontos de melharia, tanto na infra-estrutura quanto no processo de produção de farinha, conforme seguem: • Forno de chapa de ferro quadrado que permite reter restos de residuos nas bordas. • lnexistência de proteção contra entrada de animais. • Piso da lerra batida. • Parede dos fundos nUlD elevada dificultando a circulação de ar, contribuindo para o retorno da fumaça do fomo. • Destino final inadequado da manipueira e raspa da mandioca. • Forno bail«>e com abertura muilDgrande, possibiitando perda de energia. • CatibJ com abertura acima de 50% do eil«l longitudinal, podendo ocasionar acidentes de trabalho e ineficiência na lriluração. • Recebimento inadequado de raizes, para descascamenlo, situado ao lado do forno. • Descascamento incompleto das raizes, que após a etapa, continha restos de casca e pintas pretas conhecidas como 'urmigos", que após a torrefação compromete o aspecto ~sual da farinha, dando a impressão de grãos queimados. • Na etapa de amolecimento das raizes submersas em água. obsefwu-.se que o agricultor trocava a água duas \eZeS ao dia, retardando o processo de fermentação, desperdiçando água e mão-de-obra. • O tucupi produzido durante a prensagem da mandioca, não é aprO\leitado pelos agriculores da comunidade Guarumã, principalmente pelo sabor não muito agradáwl, por apresentar um percentual e>q:>ressiwde goma, além de ser colocado por alguns dias no sol, diminuindo a quatidade deste produto. • A massa de mandioca prensada era quebrada utilizando-se urna peneira de guarurnã. O uso desse utensllio não uniformiza a massa para escalclarnento e facilita a passagem de pedaços de mandioca mal triturada, que após torrada junIDcom a massa, compromete a quaidade da farinha_ As sugestões para meIhoria do processo de fabricação de farinha foram focadas no processo, considerando o bailD poder aquisilM> do agricultor. As sugestões que foram acatadas pelo agricultor foram: utilização de tocas e awntais, cercar a casa de farinha com madeira da própria área, redução da altura da parede dos fundos, ajJsles na abertura do catiÚl, mudança da área de recepção das raizes para descascamento prólCirnoao catibJ, rneIlorar o descascamento das raizes, utitzar a manipueira e raspas para adubação da mandioca e outras

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Inicio Mandioca em Foco Agricultores do A!;ará participam de curso de agroindustrialização da mandioca para produção de farin

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Agricultores do Acará participam de curso de aqrcindustrtalizaçâo da mandioca para produção de}_ Ufarin

05110/2009

PIb perlodo de 25 a 27108120CJij foi realizado um curso com objetiw de metlorar a qualidade da produção defarinha de agricultores famiiares da comunidade de Guarurnã, no Acará.

Este curso foi realizado pelos técnicos R:>sivalPossidOnio do Nascimento da Emater Pará e Augusto César daSill.eira Andrade da Embrapa Amazônia Oriental, em parceria com o Sebrae, ",abiizado pelo projeto"Transferência de Tecnologias Agroecológicas para Produção de Mandioca no Baixo Tocantins", aprovado noEdital 02/2008 do Sebrae Nacional, que selecionou projetos de Difusão de Tecnologias Sociais.

O curso foi ministrado para 14 agricultores famiiares, contendo 24 horas aula, totalmente prático, reafizado napropriedade do agriculor famiiar Sr. Mocinho, que dispõe de uma farinheira rudimentar, com capacidade paraprodução de 200 kg de farinha por dia, Iocaizada com coordenadas 01° 57_192'S e 048° 21.906W, a umaaltitude de 34 m.

De acordo com informações dos participantes, existem na comunidade Guarurnã cerca de 40 casas de farinhasemelhantes, conslruidas de forma rudimentares, com materiais rústicos da própria área, sem proteção lateral,com fomos retangulares do tipo chapa de ferrro (Figura 1 e 2)_

Figura 1. Casa de farinha do Sr. MocinhoFoto: Rosival Possidonio

Figura 2. Forno do Sr. MocinhoFoto: Rosival Possidonio

Durante a reaização do curso foram identifICados os pontos de melharia, tanto na infra-estrutura quanto noprocesso de produção de farinha, conforme seguem:• Forno de chapa de ferro quadrado que permite reter restos de residuos nas bordas.• lnexistência de proteção contra entrada de animais.• Piso da lerra batida.• Parede dos fundos nUlD elevada dificultando a circulação de ar, contribuindo para o retorno da fumaça dofomo.• Destino final inadequado da manipueira e raspa da mandioca.• Forno bail«>e com abertura muilDgrande, possibiitando perda de energia.• CatibJcom abertura acima de 50% do eil«l longitudinal, podendo ocasionar acidentes de trabalho e ineficiênciana lriluração.• Recebimento inadequado de raizes, para descascamenlo, situado ao lado do forno.• Descascamento incompleto das raizes, que após a etapa, continha restos de casca e pintas pretas conhecidascomo 'urmigos", que após a torrefação compromete o aspecto ~sual da farinha, dando a impressão de grãosqueimados.• Na etapa de amolecimento das raizes submersas em água. obsefwu-.se que o agricultor trocava a água duas\eZeS ao dia, retardando o processo de fermentação, desperdiçando água e mão-de-obra.• O tucupi produzido durante a prensagem da mandioca, não é aprO\leitado pelos agriculores da comunidadeGuarumã, principalmente pelo sabor não muito agradáwl, por apresentar um percentual e>q:>ressiwde goma,além de ser colocado por alguns dias no sol, diminuindo a quatidade deste produto.• A massa de mandioca prensada era quebrada utilizando-se urna peneira de guarurnã. O uso desse utensllionão uniformiza a massa para escalclarnento e facilita a passagem de pedaços de mandioca mal triturada, queapós torrada junIDcom a massa, compromete a quaidade da farinha_

As sugestões para meIhoria do processo de fabricação de farinha foram focadas no processo, considerando obailD poder aquisilM> do agricultor. As sugestões que foram acatadas pelo agricultor foram: utilização de tocas eawntais, cercar a casa de farinha com madeira da própria área, redução da altura da parede dos fundos,ajJsles na abertura do catiÚl, mudança da área de recepção das raizes para descascamento prólCirnoao catibJ,rneIlorar o descascamento das raizes, utitzar a manipueira e raspas para adubação da mandioca e outras

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culuras, não trocar a água de amolecimento das raizes, mudança no processo de fabricação do tucupi euliização de telas galvanizadas para seleção da farinha, viabitzando um produto com um melhor padrão dehigiene, de sabor e ~sual (Rguras 3 e 4).

Figura 3. Produção de peneiras com de telagalvanizadaFoto: Nelson Bezerra

Figura 4. Massa de mandioca quebrada e unifomizadaem tela galvanizadaFoto: RosNaIPossidonio

Oemre as sugeslões que foram ignoradas pelo agriculor por fala de recursos financeiros destacam-se a trocado forno de ferro por um de cobre de forma arredondada e pavimentação do piso.

Un dos ~ de destaque do curso foi a produção de farinha de tapioca (Figura 5 e 6), tapioquinha (Figura 7)e rringau (FIgUra 8) que possibiita alternativas para geração de renda e aimentação, a partir do aproveitamentodos reslduos gerados na produção da farinha.

Figura 5. Formação, em pano, dos grãos de tapiocaFoto: R:lsivaI Possidonio

Figura 7. Produção de tapioquinhasFoto: Rosiwl Possidonio

Figura 6. Torrefação da farinha de tapiocaFoto: Rosiwl Possidonio

Figura 8. Mingau de farinha de mandioca escaldada

Também foi possí-.el aprender como produzir tijolo a partir da rrisluca do barro, disponível na propriedade, e otucupi, que potenciaiza a iga (Rguras 9 e 10). EsIe tijolo poderá ser utiizado na construção da base do forno ede paredes.

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Figura 9. Preparando a mistura barro e tucupipara confecção do tijoloFoto: R:lsival Possidonio

Figura 10. TIjolo feito da mistura barro e tucupiFolo: Rosival Possidonio

Es1ecurso permitiu aos agricultores familiares verificarem pequenas rrodanças que deverão promover o inicioda caminhada para uma produção de farinha com base nas Boas Práticas de Fabricação, onde será posslvs!racionaizar ~, trabalho e recursos, além da garantia de um produto de meror quafidade e mais saudávelpara o consumidor.

Belém, 30 de se1embrode 2000.

t.bisés de Souza Modesto Júnior - Eng. Agrônomo, Especialista em Marketing e Agroneg6cio, Anafista daEmbrapa Amazónia Oriemal- email: [email protected] César da Silveira Andrade - Téc. em Agropecuária, Assistente da Embrapa Amazônia Oriental- email:[email protected] PossidOnio do Nascimento - Téc. em Agropecuário e Pedagogo, Especialista em Gestão Agroinduslrial,Técnico do Escritório Local da Emater de Santa lzabel do Pará, e-mait [email protected]

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