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Informativo da Universidade Metodista de São Paulo > Ano 21 > nº 118 > Dez/Jan 2012/13 acontece na Metô É Tetra! Metodista conquista mais uma vez Prêmio do Guia do Estudante | Pág. 14 Universidade Aberta Entrevista com Débora Vilalba | Pág. 19 Mercado Continuar investindo na formação é essencial | Pág. 17 Congresso Metodista obtém mais de 800 trabalhos inscritos e atrai quase 5.000 mil ouvintes | Págs. 6 a 11 a

JM dez/jan 2013

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Nesta edição você encontrará uma matéria especial, com a cobertura do Congresso Metodista. Com mais de 800 trabalhos inscritos e quase 5.000 pessoas envolvidas ou participando durante os três dias de evento, contou com a participação de 20 instituições diferentes e mais de 200 sessões, além de mesas redondas e palestras. Além disso, esta edição do Jornal da Metodista também traz matérias sobre mais uma conquista da Metodista no Prêmio do Guia do Estudante, coberturas do Dia da Universidade Aberta e do U.FRAME – Festival Internacional de Vídeo Universitário, nossa recém-criada Escola Metodista de Educação Corporativa, os programas de intercâmbio, os grupos de pesquisa dos nossos programas de Pós-Graduação e o nosso Escritório de Assistência Jurídica.

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Informativo da Universidade Metodista de São Paulo > Ano 21 > nº 118 > Dez/Jan 2012/13

acontece na MetôÉ Tetra! Metodista conquista maisuma vez Prêmio do Guia do Estudante

| Pág. 14

Universidade AbertaEntrevista com Débora Vilalba| Pág. 19

MercadoContinuar investindo na formaçãoé essencial | Pág. 17

Congresso Metodista obtém mais de 800 trabalhos inscritos e atrai quase 5.000 mil ouvintes | Págs. 6 a 11 a

jornal da Metodista DEZ.JAN2

editorial

Toda a atuação da Universidade Me -to dista de São Paulo está baseada emtrês pilares: ensino, pesquisa e exten- são. Eles caminham juntos, cada umser vindo de elemento crucial para aexis tência do outro. Sem o ensino,com todo o conhecimento transmiti donas aulas da Graduação e Pós-Gra du-a ção, não haveria a base para as pes -qui sas e os projetos de extensão de-sen volvidos na Universidade. Do mesmo modo, sem a relação com

a sociedade, o ensino e a pesquisa seri -am vazios de sentido. Os projetos deex tensão oferecem uma oportuni da depa ra que os alunos utilizem, na prática,os conhecimentos aprendidos. Da mes -ma forma, o desenvolvimento das pes -qui sas, quando se debruçam sobre de-ter minado tema com profundidade,cul minando em te ses, monografias etra balhos de conclu são de curso e prin-ci palmente contri buindo para a comu-ni dade. Ensino, Pes quisa e Extensão,

um alimenta o ou tro e faz a vivênciauni versitária ter sen tido pleno. É por esta razão que realizamos o

XV Congresso de Iniciação e ProduçãoCientífica, que também reuniu o XIVSe minário de Extensão da Metodista eo IX Seminário PIBIC/UMESP de Pes -qui sa. O Congresso Científico Me to -dis ta é um dos pontos altos da Univer -si dade, quando nossos alunos e pes -qui sadores externos têm a oportuni da -de de expor suas pesquisas, trocar ex- pe riências e apresentar à comuni da deos resultados a que chegaram. Foram mais de 800 trabalhos ins cri -

tos e quase 5.000 pessoas envolvidasou participando durante os três diasde evento, que contou com a partici-pa ção de 20 instituições di ferentes emais de 200 sessões, além de mesas-re dondas e palestras. Nas próximas páginas você encon-

tra rá uma matéria especial, com a co -ber tura deste grande momento e po -

de rá conhecer uma série de projetosde senvolvidos e apresentados por nos-sos alunos. Além disso, esta edição do Jornal

da Metodista também traz matériasso bre mais uma conquista da Me to dis -ta no Prêmio do Guia do Estudante,co berturas do Dia da UniversidadeAberta e do U.FRAME – Festival In-ter nacional de Vídeo Universitário,nos sa recém-criada Escola Metodistade Educação Corporativa, os progra-mas de intercâmbio, os grupos de pes -qui sa dos nossos programas de Pós-Gra duação e o nosso Escritório de As-sis tência Jurídica. Que você aproveite esta edição para

co nhecer um pouco mais do queacon tece em nossa Universidade.

Boa leitura!

Prof. dr. Marcio de MoraesReitor

expediente MetôConselho DiretorStanley da Silva Moraes (presi-dente), Nelson Custódio Fér(vice-presidente), Osvaldo Eliasde Almeida (secretário). Vogais:Paulo Roberto Lima Bruhn, Au-gusto Campos de Rezende,Aureo Lidio Moreira Ribeiro,Kátia Santos, Marcos Sptizer,Ademir Aires Clavel, OscarFrancisco Alves. Suplentes: Re-gina Magna Araujo e ValdecirBarreros.

ReitorMarcio de Moraes

Pró-Reitora de GraduaçãoVera Lúcia G. Stivaletti

Pró-Reitor de Pós-Graduaçãoe PesquisaFábio Botelho Josgrilberg

Diretores AcadêmicosCarlos Eduardo Santi (Facul da - de de Exatas e Tecnologia); JungMo Sung (Fa culdade de Hu ma-nidades e Di reito); Fulvio Cris-tofoli (Fa cul dade de Ges tão eServiços); Luiz Silvério Silva(Faculdade de Adminis tração eEconomia); Paulo Rogério Tar-sitano (Fa culdade de Comuni-cação); Ro gério Gen til Bellot(Faculda de de Saú de) e PauloRober to Gar cia (Faculdade deTeo logia)

Diretor de Comunicaçãoe MarketingPaulo Roberto Salles Garcia

Gerente de ComunicaçãoVictor Kazuo Teramoto

Edição e revisãoIsrael Bumajny (MTb 60.545)e Gabriela Rodrigues (MTb39.324)

RedaçãoGabriela Ro dri gues e PaulaLima

Foto de CapaMônica Rodrigues

Projeto e diagramaçãoTimbre Consultoria em Marcase Design

Tiragem: 20.000 exemplares

RedaçãoRua do Sacramento, 230 – Ed. RóRudge Ramos – São Bernardo doCampo, SP – Cep 09640-000Tel.: (11) 4366-5599E-mail: [email protected]: www.metodista.brA Universidade Metodista de SãoPaulo é filiada à:

Caro leitor,

Fazemos cada edição do Jornal daMe todista pensando em você. Sepa-ra mos os assuntos de maneira quese jam não apenas interessantes, masre levantes.Para 2013, estamos planejando

algu mas mudanças. Como o veículoé fei to para você, nada mais justo doque saber sua opinião sobre o que te -mos realizado até agora. Queremossa ber onde temos acertado e em queain da temos que melhorar. Essa é a oportunidade de você

expres sar a sua opinião e de dizer oque pensa. Por isso, queremos con-vidá-lo a responder a algumas ques -tões. Serão poucos minutos.

A pesquisa está disponível emwww.metodista.br.

O Jornal da Metodista quer saber sua opinião

jornal da Metodista DEZ.JAN 33

esportes Metô

Metodista/São Bernardo garante vaga para Copa Brasil de BasqueteFORÇA DE VONTADE DA EQUIPE, VICE-CAMPEÃ DA SÉRIE PRATA DO CAMPEONATO PAULISTA É DESTACADA PELO TÉCNICO

No primeiro ano após a reestrutu-ra ção da equipe, o time masculinode bas quete da Metodista/São Ber-nardo con quistou o vice-campeonatoda Sé rie Prata do Campeonato Pau-lista e, com isso, garantiu vaga para aCopa Brasil de Basquete de 2013, queclassifica para o NBB (Novo BasqueteBrasil).Apesar de ter vencido o segundo

jo go da final, o time perdeu os doisúlti mos o que garantiu a vitória ao SEPalmeiras. O técnico Sidney Cop pi nielogiou a dedicação da equi pe e relatouas principais dificuldades. “Fico felizpor tudo aquilo que eles fi ze ram natemporada, foram além. Esta úl timasérie foi muito difícil, can sa tiva, estáva -mos com poucos jogadores pa ra rodare isso acabou nos desgastan do.”Ainda no primeiro quarto de jogo, o

pi vô André, um dos destaques doti me, sofreu um encontrão com outro

jo gador, ocasionando três lesões noros to e foi encaminhado ao hospital.“Claro que ficamos chateados por

não ter conquistado esse título. Luta-mos, porém as últimas semanas fo-ram mui to intensas de jogos”, contouCas tellon, um dos principais jo gado-res ao longo da temporada. No último jogo Muñoz foi o cesti-

nha do time do ABC com 13 pontos,se guido por Adriano (12), Fábio eFernan do Vera (11).

Campeonato MundialMasculino de Handebol 2013Entre os dias 11 e 27 de janeiro, a

se leção brasileira masculina de hande -bol parte para mais um desafio: oCam peonato Mundial 2013, que serárea lizado na Espanha.Dos convocados, oito jogadores

fa zem parte do time da Metodista/SãoBer nardo/Besni: os goleiros Leonardo

Ter cariol (Ferrugem) e Luiz Ricardodo Nascimento (Rick); o pivô Viní-cius Teixeira (Vini); os pontas FábioChiuf fa e Wesley de Freitas; o centralDio go Hubner; e os armadores Fran-cis co Jorge da Silva (Babo) e GustavoNa kamura (Japa).O Brasil integra o grupo A e na pri-

meira fase enfrentará França, Alema- nha, Argentina, Tunísia e Montene-gro. O goleiro Ferrugem conta que “aexpectativa é de um Mundial difícil,mas como temos treinado, a gente es-pe ra conseguir fazer um bom cam-peo nato e nos classificar para a se-gunda fa se”.Diogo Hubner concorda: “Estamos

em uma chave difícil e mesmo sa- ben do dos nossos limites, queremosfazer um ótimo trabalho. Fora asOlim pía das, o [Campeonato] Mun- dial é a maior competição dentro dohan debol.”

Esporte Metô nas redes sociaisFique por dentro das novidades dasequipes de handebol e de basquetepelo twitter @EsporteMeto e peloFacebook, na página UniversidadeMetodista de São Paulo – Oficial.

Metodista/São Bernardovence Caxias pela Liga Na-cional de Handebol e estáclassificada à fase finalNo dia 10 de novembro, jogando nosul do país, a equipe feminina daMetodista/São Bernardo venceu Cax-ias do Sul por 27 a 24 (12 a 09 noprimeiro tempo). Com o resultadopositivo, a equipe do ABC se classifi-cou nesta última rodada para a fasefinal da Liga Nacional de Handebol.Agora, o time do técnico Eduardo Car-lone espera o final da rodada parasaber em qual posição ficará (lutapelo segundo e terceiro lugar natabela)."No mínimo, em terceiro nos classifi-camos, agora temos que esperar osjogos das outras equipes para enten-der em qual lugar ficaremos e se,caso ficarmos em segundo, con-seguimos ter o jogo decisivo emcasa", avaliou o treinador.Carlone ainda ressaltou a dureza dapartida. "Jogar contra Caxias nunca éfácil. Foi difícil e equilibrado. Noprimeiro tempo abrimos uma boavantagem, porém depois não con-seguimos nos manter sempre àfrente", acrescentou.O destaque da partida ficou por contada ponta Célia. "Para nós, nesse mo-mento, o mais importante foi a clas-sificação, independente se ficaremosem segundo ou terceiro. Viemos aquipara o sul em busca das duas vitóriase conseguimos. Contra Caxias sem-pre é um jogo muito pegado.Sabíamos que teríamos de vir aqui ejogar com toda nossa força", finali-zou.

Divulgação/SM

Press

> Metodista/São Bernardo enfrentou o SE Palmeiras na disputa pelo título

Atuar há 12 anos na área de logísticae ter interesse em crescer e inovar nacar reira fizeram Josinei Rodrigues, 30,es colher o curso de Graduação Tecno -ló gica em Logística. Após pesquisar so- bre os cursos disponíveis em sua ci da -de, Itapeva, Josinei descobriu o cur soda Metodista EAD (Educação a Distân- cia) e procurou saber mais sobre a di -nâmica de uma graduação a distância.“Decidi conhecer um pouco mais

da teoria, além do que eu já fazia naprá tica. Vi que era um sistema muitobem planejado, tanto a grade curricu-lar, como as avaliações, e acabei in-gressando no curso.” O curso tinhaau las presenciais somente uma vezpor semana, o que o deixou receosono início. Entretanto, logo percebeuque isso podia ser positivo. “A di nâ mi -

ca dos professores não deixava o cursomo nótono, mesmo sendo à distânciaas aulas eram bastante interativas.Além disso, a estrutura do pólo possuila boratórios e salas bem equipadas.”Logo que se formou, Josinei foi cha -

ma do para atuar na LaBorsan Brasil,em presa do segmento químico, fabri-can te e importadora de corantes, ondees tá até hoje. Lá, em menos de doisanos, recebeu três promoções. “Ini-ciei como auxiliar de logística, con-segui uma promoção e me tornei op-erador logístico. Em 2011 passei a op-erador lo gístico pleno e agora oper-ador logístico sênior.”Além disso, recentemente Josinei

co meçou a integrar o Grupo de Exce -lên cia em Logística no Conselho Re-gio nal de Administração de São Paulo,

que rege os tecnólogos em logística.Ele concluiu uma pós-gradua ção, estácursando engenharia de produção e

tem pla nos de montar uma consulto-ria especia lizada em logística reversa. Segundo Jo sinei, a área de logística

reversa aborda a sustentabilidade e édividida em duas partes: logística depós-venda e logística de pós-consumo.O intuito é dar o destino certo paramateriais descartados. “A de logística pós-venda é quando

você compra alguma mercadoria e elavem com algum defeito de fabricação,sem documento fiscal. Você tem quesubstituir alguma peça pra depois de-volver ao cliente. Já na de pós-con-sumo, você compra uma mercadoria,utiliza ela por completo e finaliza suavida útil”, explica.

Paula LIma

[email protected]

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talento Metô o que o professor faz fora da sala de aula

sempre Metô reconhecendo o talento de egressos

Josinei Rodrigues: Formação EAD alavancou carreira em logística[ APÓS A FORMAÇÃO, JOSINEI RECEBEU TRÊS PROMOÇÕES EM MENOS DE DOIS ANOS

A destreza com os tecidos, linhas eagulhas não é de hoje e vem de fa mí- lia. Tanto a mãe como a avó faziamrou pas e peças para casa, como aven-tais e jogos de cama. Assim, não foi di- fí cil para Cândida Conceição Vieira,pro fessora do curso de Ciências Bio ló- gicas, seguir no mesmo caminho.Quan do mais nova, ela também faziaves tidos e blusas. “Sempre gostei mui -to do ritual de costurar, do corte, doen caixe perfeito, da precisão.”A docente, que tem um mestrado e

um doutorado no currículo, conta quepor muito tempo reprimiu este hobbypa ra se dedicar à sua formação. “Sem-pre tive um veio artístico. Depois quefiz um curso, nunca mais evitei isso nami nha vida.” E assim o patchworkpas sou a fazer parte de seu cotidiano.

E essa decisão de Cândida Vieira ren-deu frutos. Alguns anos atrás, ela or ga-nizou um curso online de crazy quil- ting, com seis semanas de dura ção. “Ademanda por esse tipo de infor maçãono Brasil é enorme e a maior parte do

material é em inglês. Dei três ve zes ocurso e teria tema para mais ou trostrês.” Além do curso, a professo ra pu-blicou um livro com mais de 200 pági-nas sobre o assunto e chegou a ser con-vidada para dar aulas no Se nac.Se aceita encomendas? “Não con-

sigo fazer nada para vender. Sou exi-gente, perfeccionista e levaria muitotempo fazendo cada peça”, afirma aprofessora. “Mas já expus meus tra-balhos e, na época que começou o Or-kut, cheguei a montar uma comuni-dade sobre o assunto.”Até um portão que vejo na rua serve

como inspiração. Sou privilegiada porfazer isso.”

Gabriela Rodrigues

[email protected]

Paula Lima

“Num curso EAD você tem que ir além da sala de

aula, tem que pesquisar, é um curso que

es timula a curiosidade.”

Saiba maisPatchwork: técnica pela qual sãoemen dados retalhos de tecidos de di -ferentes cores e tamanhos para formardesenhos, numa espécie de mosaico. Crazy quilting: técnica de patchworkem que são usados retalhos de teci-dos de formatos e cores diferentessem um padrão definido.Panô: painel decorativo de tecido lisoou estampado, podendo ter aplicaçõesou ser pintado, com ou sem moldura,usado em paredes.

> Professora Cândida Vieira (ao centro), cujo

gosto pela costura e pelo patchwork foram her-

dados da mãe e da avó

“Sempre tive um veio artístico”[ ALÉM DAS AULAS NO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, CÂNDIDA CONCEIÇÃO VIEIRA

TAMBÉM SE DEDICA A PRODUZIR PEÇAS EM PATCHWORK

fotos: Arquivo Pessoal

> Panô, um dos trabalhos em patchwork

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espaço Pastoral

Paz [ PORQUE UM MENINO NOS NASCEU, UM FILHO SE NOS DEU [...] E O SEU NOME SERÁ: [...] PRÍNCIPE DA PAZ. ISAÍAS 9:6

Uma das associações que os textosbí blicos do Primeiro Testamento (AT)sem pre fizeram com a figura do Mes-sias esperado é com a Paz. A palavrahe braica para paz é Shalom e ela temvá rias conotações: completo, saúde(cor poral e social), bem estar; totali-da de; segurança; prosperidade; sos se -go, tranquilidade, contentamento;ami z ade – referindo-se às relações hu-ma nas e com Deus especialmente; au- sên cia de guerra. Portanto, o conceito é bem mais

amplo do que quando falamos paz emnossa língua, quase sempre fazendoreferência à ausência de guerra. Na tradição cristã há a identificação

en tre o Messias esperado do antigoIs rael com Jesus Cristo (Achamos oMes sias (que quer dizer Cristo), João1:41b; Eu sei, respondeu a mulher, quehá de vir o Messias, chamado Cris to;[...] Disse-lhe Jesus: Eu o sou, eu quefalo contigo. João 4.25-26).

Portanto, o Natal que todos os anoscelebramos e que rememora nasci-mento de Jesus significa também ocum primento da promessa de Paz doPri meiro Testamento.Entretanto, como celebrar a paz em

uma situação como a que vivemos,na qual não há paz, nem no sentidoda ausência de conflitos, com é nalín gua portuguesa, nem na completu -de e plenitude de vida, como na men-sa gem do primeiro testamento. Para entendermos isto talvez nos

aju de a maneira como Ruben Alvesin terpreta a expressão saudade: “Sau -d a de é a presença de uma ausência”. Sa-bemos da paz, ansiamos pela paz, noentanto o que experimentamos é aausência de paz. Há sempre, sim,quem diga que há paz. E a Bíblia tam-bém condena esta atitude. E chama osarautos dessa paz de ‘falsos profetas’.Jeremias fala da atuação deles: Curamsuperficialmente a ferida do meu povo,

dizendo: Paz, paz; quando não há paz.(Jr 6:14). Ini cia mos este texto com a citação de

Isaías fa lando do Príncipe da Paz. E nomes mo texto, no versículo se guin te, es-tão ex pressas essas condições: [...] oestabe lecer e o firmar mediante o juízo ea jus tiça (Isaías 9.7). Mais adiante, noca pítulo 32.17, Isaías diz: O efeito dajustiça será paz, e o fruto da justiça, re-pouso e segurança, para sempre. Portanto, se queremos uma socie-

dade e um mundo em paz, é essencialque exista justiça. Olhando para tan -ta desigualdade, para tantas forçasque representam interesses enormes eos mais diversificados, para o poderioeco nômico e militar de alguns em de- tri mento da imensa maioria, pode-mos nos perguntar: É possível alcan-çarmos uma sociedade justa para quea Paz se torne realidade entre nós? A mensagem bíblica nos aponta:

sim, é possível. O primeiro passo já

foi dado, não por nós mas pelo pró-prio Deus, que nos estende sua paz:“Paz seja convosco!” disse o Jesus res-suscitado aos discípulos (Jo 20.19, - 21). E é através da violência, da tor-tura, da morte e ressurreição de Jesusque podemos alcançar a paz comDeus: Justificados, pois, mediante afé, temos paz com Deus por meio denosso Senhor Jesus Cristo (Romanos5:1). É a partir dessas condições quepode se cumprir o que o profeta Mi-quéias disse: Ele te declarou, ó ho-mem, o que é bom e que é o que o SE-NHOR pede de ti: que pratiques a jus-tiça, e ames a misericórdia, e andeshumildemente com o teu Deus. Mi-quéias 6:8.Paz para você e para o mundo,

neste Natal e no Ano Novo!

Reverendo Luiz Eduardo Prates daSilva, coordenador da Pastoral Univer-sitária e Escolar

Jogos Digitais e polo EAD Rudge Ramos são novidades para Vestibular[ INSCRIÇÕES ESTÃO ABERTAS PARA GRADUAÇÃO PRESENCIAL E A DISTÂNCIA

Profissão novidades dos cursos

O campus Rudge Ramos, em São Ber -nar do do Campo (SP), é o mais no vopo lo de apoio presencial para os es t u- dantes que optam por uma gra duação adistância. Nele serão oferecidos os cur-sos de Letras – Língua Portu guesa (em3 anos, com opção de Espanhol commais 1 ano), Ciências Sociais, GestãoAm biental, Gestão Pública e Jogos Di -gi tais.Este último é o mais novo curso da

Metodista e vem para aten der umacrescente demanda do mer cado. Oprofessor Sérgio Dassie, um dosresponsáveis pela elaboração do con-teúdo pedagógico, explica que es setipo de profissional trabalha com o

desenvolvimento de jogos para dife-ren tes dispositivos, como computa-do res, consoles de videogames, celu-lares e tablets. “Para desenvolver essesjogos, o designer de games observaten dên cias, estuda o comportamentodo seu público, o perfil cultural ondeo jo go vai ser inserido e os contextossociais para alimentar suas percepçõese de senvolver suas artes conceituais.”Fruto de uma parceria entre as

fa cul dades de Exatas e Tecnologia (Fa -cet) e Comunicação (FAC), o cursote rá 2,5 anos de duração (GraduaçãoTec nológica). “A ideia é que o alunoconcilie trabalho e es tudo”, afirma odiretor da FAC, profes sor Paulo

Rogério Tarsitano.O novo polo fica na Rua Alfeu Ta va -

res, 149, Rudge Ramos, São Bernardodo Campo (SP). As informações e in-scrições dos cursos oferecidos nonovo polo estarão disponíveis a partirdo dia 27/11.

As inscrições para o Processo Se-letivo estão abertas e podem serfeitas até o dia 1º de fevereiropara os cursos EAD (Educação aDistância) e 15 de fevereiro paraos presenciais. Mais informaçõespodem ser obtidas no endereçowww.metodista.br/vestibular oupelo telefone 4366-5000.

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Presencialmente ou a distância, professores e estudantes da Graduação e da Pós-Graduação da Metodista e de ou- tras instituições “abriram suas caixas” e compartilharam o que têm descoberto por meio da pesquisa.O Congresso Metodista deste ano começou diferente. “Quisemos marcar a abertura com uma atividade cultural,

mos trar o valor que se dá à cultura e ao conhecimento”, afirmou a presidente do Congresso, professora ElizabeteGon çalves. E foi assim, com um concerto didático, que a Filarmônica Jovem Camargo Guarnieri executou peças de trilhas so-

noras de filmes como Jurassic Park, Perfume de Mulher, Piratas do Caribe e Indiana Jones na abertura do XV CongressoMetodista. Para o coordenador do Núcleo de Formação Cidadã, professor Oswaldo de Oliveira, “a vida do pesquisador é como

uma orquestra, com muito som e também com silêncio”. Os dias que se seguiram, 23, 24 e 27 de outubro, foram “commuito som”, nas palavras do docente, “porque sintetizaram o esforço de mais de 700 pessoas que desenvolveram seustrabalhos por tanto tempo”.“O nosso desafio é interpretar o evento como uma oportunidade para encontros e trocas e não como uma tarefa”, afir-

mou a professora Elizabete Gonçalves.Nas próximas páginas, você confere um pouco do que foi compartilhado por alunos e professores, tanto da Gra-

duação como dos Programas de Pós-Graduação.

Consumo de álcool durante a amamentação pode prejudicar os bebês“Vemos muita propaganda na televisão que fala do efeito da nicotina e da bebida no bebê durante a gestação, mas

as pessoas acabam esquecendo um pouco da fase da amamentação, que também é importante”. A explicação sobreo que motivou o estudo foi feita pela aluna do 8º semestre de Biomedicina, Michelle Acco Gomes.Segundo a estudante, a ideia era verificar o impacto do consumo de álcool para o bebê durante a lactação. Para

isso, ela conta que trabalharam com camundongos. “As mães ti veram a gestação somente com consumo de água.Só a partir do nascimento dos filho tes é que colocamos uma garrafa com água e álcool a 8%”.Durante a pesquisa, os parâmetros físicos avaliados, como abertura dos olhos e desdo bramento de orelha, não so-

fre ram nenhum tipo de alteração. No entanto, “na parte refle xo lógica, percebemos que o efeito é maior nas fêmeas.Elas tiveram alteração para es calar uma tela e nos machos percebemos que eles tiveram dificuldades no reflexo deagar rar. Isso tudo com quatro a oito dias de vida”, afirmou Michelle Gomes. De acordo com ela, houve também umaal teração da massa corporal dos filhotes, logo no início da fa se adulta, com 40 dias de vida.Ao apresentar esse trabalho, a aluna diz que o objetivo é que sirva de alerta para a po pu lação. “É importante as

mães ficarem sempre atentas à ingestão de álcool durante a lac tação, porque o álcool interfere na maturação do sis-te ma nervoso central nos bebês e cau sa alterações no reflexo da criança”.

“Tratamento sim, mas como sabor”Diante do fato de que dieta hospitalar normalmente

tem uma avaliação negativa e cons ciente de que estequadro pode ser diferente, Vanessa Ghiberti, do últimosemestre de Gas tronomia, realizou um trabalho juntoao Serviço de Nutrição e Dietética (SND) do Ins ti tutoCentral do Hospital das Clínicas, em São Paulo.“A gastronomia costuma ser muito associada ao

turismo, a restaurantes, a temperos di ferentes e a co-zinhas típicas. Mas a comida no hospital pode ser bemfeita e gostosa”, afi r mou a estudante. Para ela, “o de-safio do chef é resgatar o prazer de comer, de ‘dar águana boca’, de tornar os alimentos mais atraentes para ospacientes. Tratamento sim, mas com sabor”.A proposta do trabalho “Gastronomia Hospitalar –

uma visão sobre cozinha experimen tal” foi o de modifi-car oito receitas – quatro doces e quatro salgadas – como intuito de di minuir a quantidade de calorias, gorduras,sal e aumentar as fibras e apresentá-las ao SND.Além de alcançar esses objetivos, entre os resultados

obtidos, a estudante afirmou que “o trabalho feito vemaumentando o interesse dos pacientes e a adesão aotratamento”. Segundo ela, “as modificações nas recei-tas não alteraram a textura da preparação e o customédio do valor de cada uma ainda foi menor do que oda receita original”.Também formada em Nutrição, Vanessa Ghiberti co-

mentou que seu interesse por pesquisa foi despertadodurante o curso. “Na faculdade, nós desenvolvemosmuitos trabalhos científicos. Estar aqui, fazendo essaapresentação, é importante porque podemos mostrarum pouco do que a gente estuda tanto.”

CAIXASABERTASMovidos pela curiosidade e pela vontade de saber mais, alunos e professores

apresentam suas inovações e descobertas no Congresso Metodista

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“Precisamos chegar à terceira idadecom saúde e mentalmente bem”

A motivação pessoal de uma das participantes do grupo so-mada aos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística) quanto ao aumento da população idosa no País fi-zeram com que Andréia Fonseca, Sheila Martins e Karla Gon-çalves, do 8º semestre de Educação Física, desenvolvessem umtrabalho para verificar qual a influência dos exercícios físicosna memória dessa faixa etária.Andréia Fonseca explicou que o estudo foi realizado com 50

vo luntários, homens e mulheres, que foram divididos em doisgru p os – sedentários e ativos. “Nós constatamos que os exer-cí cios físicos auxiliam sim na manutenção da memória.” A es-tu dante comentou ainda que “a ideia de apresentarmos estetra balho é para levarmos informação para as pessoas. Todomun do conhece ou tem alguém de mais idade na família”. “Nós também chegaremos à terceira idade. Por isso é im-

por tante incentivar as pessoas a praticarem exercícios físicos.Te mos saúde hoje, mas precisamos chegar lá com saúde emen talmente bem”, afirmou Karla Gonçalves.

16 anos depois o tema orientação profissional continua atualO ano de realização do trabalho, 1996, não apareceu no pôster que estava sendo exposto no Campus Pla-

nalto com receio de que ninguém se interessasse. A data, no entanto, era mero detalhe porque, mesmo após16 anos, o assunto continua atual.Sandra Peres, do 1º semestre do Mestrado em Psicologia da Saúde, apresentou um projeto que conduziu na

em presa em que atuava. “Eu precisava fazer um trabalho de conclusão de curso para a titulação de psico-dra matista. Como a empresa implantou o plano de carreira e ia pagar o curso [faculdade] para os funcioná-rios, vi uma oportunidade a partir da necessidade que existia lá.” A aluna explica que com o plano de carreira, era necessário que os funcionários cumprissem alguns requi-

si tos para ter acesso a determinados cargos, entre eles, a formação acadêmica. Para tanto, foi preciso umtrabalho de orientação profissional, para que definissem qual curso fariam. Assim, um projeto-piloto foi realizado com um grupo de nove pessoas, que participaram de nove encontros

ao longo de dois meses. Com o psicodrama, que se baseia na vivência e na dramatização, eles tiveram aoportunidade de se imaginar nas profissões em que identificaram afinidade. Ao final do programa, sete delessaí ram com a profissão definida e os outros se decidiram dois meses depois.Pela primeira vez apresentando o trabalho no formato de pôster, Sandra Peres conta ter pensado que fica-

ria em pé ao lado do banner, chamando as pessoas para que a ouvissem. “Está sendo muito interessante. Todosos alunos de Psicologia estão vindo aqui e perguntando. Um trabalho de 96, mas que é muito atual”.

> Filarmônica Jovem Camargo Guarnieri: abertura do Congresso marcada por atividade cultural

Mônica Rodrigues

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Mídias Digitais Sociais no auxílio ao EADEntre as novas tecnologias da informação e da comunicação se destacam as mídias digitais sociais. Pen-

san do nisso, a estudante da Pós-Graduação em Comunicação Social, Valéria Calipo, buscou estudar “o quantoa educação a distância usa essas ferramentas, mídias e redes sociais para a aprendizagem”.Em suas pesquisas, Valéria notou que a maioria das instituições de ensino possui laboratórios de informá -

ti ca, porém apenas 20% dos professores aproveitam esse meio. Além disso, “é notável que a geração Y, pes-soas com idade entre 20 e 30 anos, têm facilidade em acessar os métodos EAD. Porém é preciso foco ema turidade para absorver os conteúdos”, comentou. Entre os resultados também foi possível perceber que a maioria dos alunos usa as mídias sociais digitais pa -

ra se comunicar com as universidades, porém acreditam que essa comunicação deve ser mais colaborati va.

Desenvolvimento de jogo educacional utilizando KinectTornar o ambiente de aprendizado descontraído, inovador e divertido. Com esse intuito os alunos Olimpio

Fa rias, Aleson Clayton Pereira e Rodrigo Sanches, do curso de Sistemas de Informação, desenvolveram um jogopa ra auxiliar a alfabetização das crianças. O jogo foi pensado com base na interatividade do Kinect, acessório eletrônico desenvolvido para videoga-

mes que permite a interação da pessoa com a máquina sem nenhum tipo de controle remoto; e na teoria docons trutivismo, que afirma que crianças constroem o “saber” por meio de experiências cognitivas.Olimpo enfatiza que “o jogo não vem para substituir o papel do professor, e sim para auxiliar e trazer uma

nova forma de comunicação para o cotidiano das crianças”.Para jogar, a criança se posiciona em frente ao Kinect que, li gado a um monitor, mostrará uma figura. Com

as próprias mãos, o jogador deve selecionar as letras e arrastá-las nos locais indicados para formar o nomeda figura. “O sensor reco nhe ce, interage com a criança”, comenta Rodrigo. “A facilidade que as crianças têm com a tecnologia é um mo tivador para o aprendizado”, completa Olimpio.

Sistema de registro auxiliaempresas a aproveitar oportunidades

Otimizar cadastros e oferecer às organizações benefíciosem seus processos de vendas foi o intuito do grupo formadopelos alu nos Adriano Fukuda, Karen Belmude, Jacqueline Bar-bosa, Ré gis Reis e Wender Cristian, do curso de Sistemas deInforma ção.Os alunos criaram um projeto de software online que evita

bu rocracias e proporciona maior controle da empresa paraiden tificar clientes potenciais. “A empresa onde eu trabalho ti -nha problemas para controlar as oportunidades. Como elas sur- gem a todo o momento, o sistema contribui tanto para aem presa, como para os clientes”, conta a integrante do grupo,Ka ren Belmude. O projeto poderá ser utilizado por empresas de tecnologia

que têm foco em atendimento a clientes públicos e privados.Com o software, os vendedores poderão fazer o registro dasopor tunidades de negócio, incluir produtos e serviços e evitara duplicidade das informações.Karen relata outro benefício da aplicação. “O acesso poderá ser

> Jogo utiliza a tecnologia Kinect para auxiliar na alfabetização

jornal da Metodista DEZ.JAN 9

feito em qualquer lugar com rede de internet. É uma ferramen tatotalmente online, não necessitando ser instalada no com puta-dor.” Sendo assim, outras áreas da empresa também po dem uti-lizá-lo para buscar informações e elaborar metas de ven da,estratégias de marketing e planos de negócio. “Os admi nistra-dores, técnicos e vendedores também esta rão ca das tra dos nosistema, com acesso a todas as in formações ne cessárias para aatuação mais eficaz de cada um”, comple ta.

Seminário de ExtensãoRealizado paralelamente ao Congresso Metodista, o Semi-

nário de Extensão apresentou alguns dos projetos realizadosna área. Aqui você fica sabendo um pouco mais sobre o Pro-grama de Libras (Língua Brasileira de Sinais), Economia Soli-dária – Montanhão, Projeto Rondon e o Biovia.

Libras na Universidade:reflexões e práticas docentes

A entrada de alunos surdos sinalizados, como são chamadosos que conhecem e utilizam a Libras, em 2006, motivou a cria-ção de uma disciplina eletiva e uma oficina de férias para pro-fessores, estudantes e funcionários para que aprendessem obásico sobre a língua. Presente na Universidade desde o início do projeto, o profes-

sor Osmar Pereira explicou que, de acordo com o decreto5626/2005, a disciplina de Libras “é obrigatória em todos oscursos de formação de professores para o exercício do magis-tério”, e é oferecida como optativa para os demais cursos.Destinado aos alunos da graduação de Letras a distância,

mas aberto à participação de estudantes de outros cursos, estáem andamento um projeto para inserir a Libras nas comuni-dades a que pertencem. Em trecho de um vídeo, Carlos Rabelo,do 6º semestre de Pedagogia, do polo de Altamira (PA), falousobre a iniciativa: “Eu tinha contato com uma pessoa surda,mas não com a Libras, o que tem facilitado o entendimentocom essas pessoas. Esse preparo durante o curso vai ser im-portante para ajudar no trabalho que eu desenvolvo.” De acordo com Osmar Pereira, esse projeto de extensão tam-

bém tem possibilitado sanar dúvidas como a diferença entresurdo e deficiente auditivo e está na fase de orientação .

Economia SolidáriaO projeto “Redes de Gestão e Serviços para uma Comunidade

Solidária”, da Faculdade de Gestão e Serviços, é mais conhe ci -do como “Projeto Montanhão”, por ter sido realizado no bairroque leva o mesmo nome, em São Bernardo do Campo (SP). Concluído no final de 2011, um grupo de alunos e de pro-

fessores fez um trabalho junto a pequenos empreendimentos –salão de cabeleireiro, açougue, mercadinho – da comunidade. O professor Marco Aurélio Bernardes conta que no início che-

ga ram dizendo: “‘Seu’ José, o senhor tem que fazer assim, temque fazer assado, e ele respondia que não ti nha condições paraaquilo. A gente esqueceu que aquele ‘camarada’, por boa parteda vida sustentava a fa mí lia com aquele empreendimento”.Com esta situação, Marco Aurélio cita uma lição: “O consultornunca im põe, ele verifica o que o cliente deseja. Isso foi umaprendizado para professores e alunos. A gente aprende comtodo mundo, o tempo inteiro”.Com isso, explica que a equipe desenvolveu uma metodolo-

gia que levou em conta a mudança de postura dos alunos e

Vanessa Ghiberti

> Prato sugerido pela aluna Vanessa Ghiberti no

trabalho sobre gastronomia hospitalar: “o de-

safio do chef é resgatar o prazer de comer”

jornal da Metodista DEZ.JAN10

dos professores, em que o conhecimento teórico da Universidade somou-se ao prático daqueles pe quenos em-presários. De acordo com ele, algumas ações foram feitas aos poucos – formalização do negócio, contrata-ção dos funcionários – o que gerou outras consequências, como melhor atendimento, relação de con fiançaentre o estabelecimento e os clientes. “Resumindo, na época ele faturava R$ 2.000 e pagava R$ 150 para cadaajudante. Hoje os ajudantes são contratados, recebem o [salário] mínimo e o faturamento dele é de R$ 30.000,no meio da favela”.A partir desse novo quadro, o dono do mercadinho sentiu necessidade de voltar a estudar, porque não po-

deria mais fazer a administração apenas com anotações em um caderno, como vinha fazendo. Da mesma ma- nei ra, todas as funcionárias se matricularam no Ensino Médio.Este é apenas um dos exemplos do que foi feito ao longo de três anos. A partir de fevereiro, a experiência

ad quirida no Montanhão será compartilhada em Diadema. A cidade possui um projeto de incubadora públicano qual pessoas interessadas em montar cooperativas receberão orientações para concretizar a ideia. O acom-pa nhamento desses projetos por parte da Metodista possibilitará ainda que os empreendedores de São Ber- nardo conversem sobre boas práticas e troquem informações. A iniciativa contará ainda com a participaçãode alunos e professores de Psicologia, Gestão Financeira, Marketing e Gestão de Pessoas.

Projeto Biovia: Missãoe Reflexão na Faculdade da Saúde

Abordar as situações vivenciadas, indicar os pontos positi-vos e buscar novos caminhos para enfrentar as dificuldadesfoi o que motivou a mesa-redonda Projeto Biovia, uma parce-ria que envolve a Metodista, por meio de seu Núcleo de Susten -ta bilidade e da Faculdade da Saúde, a Ecovias e a seguradoraPor to Seguro.Em um espaço localizado no km 40 do sistema Anchieta-Imi -

grantes, professores e alunos dos cursos de Biologia, Biome -dicina, Farmácia, Fisioterapia, Nutrição, Odontologia,Psi c o logia e Medicina Veterinária prestam atendimentos vi san -do melhorar a qualidade de vida dos caminhoneiros.“Toda vez que eu pago o pedágio na Ecovias eu tenho a noção

de que o dinheiro contribui para projetos como esse”, contou apro fessora e idealizadora do projeto, Meire Cristina Alves deCas tro.Eliane Céu Moreira, aluna de Biomedicina, destaca os bene-

> Projeto Biovia já atendeu mais de 500 caminhoneiros

Mônica Rodrigues

jornal da Metodista DEZ.JAN 11

fícios: “Primeiramente a aprendizagem, e também para co nhe- cer os desafios dos caminhoneiros. Para o profissional é umcam po muito amplo, por isso é legal conhecer as diferentesáre as e promover essa integração”No primeiro ano de funcionamento do projeto os resultados

fo ram significativos. “No início, os atendimentos eram reali- za dos diariamente, cada dia da semana correspondia a deter-mi nados serviços. Para o 2º semestre, fizemos uma ação nova:O mutirão Ação Caminhoneiro, onde todos os serviços sãoofe re ci dos conjuntamente”, relatou Meire. De março até outu-bro deste ano foram realizados 863 atendimentos.Os principais problemas encontrados nos caminhoneiros

foram: 80% com problemas bucais31% com pressão arterial alterada76% com índice de massa corporal elevado30% com alteração no teste rápido de glicemia

Projeto Rondon: “O conhecimento pode mudara sua vida e de muitas outras pessoas”

Promover o conhecimento de um projeto tão importante e disseminar princípios como cidadania, volunta-riado e solidariedade motivaram o debate sobre o Projeto Rondon. Na ocasião, professores e alunos contaramum pouco sobre suas experiências como participantes.O Rondon é um projeto de integração social, coordenado pelo Ministério da Defesa, que envolve a partici-

pação voluntária de estudantes universitários na busca de soluções que contribuam para o desenvolvimentosustentável de comunidades carentes e para uma melhor qualidade de vida da população. As principais ações desenvolvidas pela Metodista, que já participou em oito edições, são nas áreas da cul-

tura, educação e saúde. A professora Camila Faustinoni Cabello, da Faculdade de Comunicação, conta que,ao desenvolver as ações, “não adianta chegar querendo mudar tudo, temos que respeitar a cultura de cadalocal. É preciso conhecer a história do lugar e se adaptar a isso.”A próxima operação é a São Francisco, que acontecerá em janeiro de 2013, no município de Frei Paulo, em

Sergipe. O professor Victor Hugo Bigoli, da Faculdade da Saúde, enfatiza a importância de projetos como este. “Todo

trabalho de extensão visa um trabalho de cidadania, um trabalho social, diversão e, é claro, profissional-mente engrandece muito, faz a diferença para a vida e para o mercado.”

> Projeto Rondon, que conta com participação da Metodista por meio dos Projetos de Extensão

Mônica Rodrigues

Culturadrops de

#livrometodista

IntocáveisJá considerado um fenômeno mundial, ofil me francês traz a história de Philippe,um rico aristocrata que, após um aci-dente de parapente fica paraplégico, econ trata Driss, um jovem recém-saídoda prisão para ser seu cuidador. Driss não parecia ser a pessoa maisadequada para essa função, mas o queera pra ser um período experimental aca-bou se tornando uma grande aventura,de ami zade, companheirismo e con-fiança. A mistura entre dois mundos completa-men te diferentes e a relação única,ines perada e até mesmo cômica entreeles são o que tornam o filme tocante eines quecível. Direção > Olivier Nakache, Eric Toleda noDistribuidora > California FilmesAno > 2011Elenco > François Cluzet, Omar Sy

Divulgação

12 jornal da Metodista DEZ.JAN

Aluno > Jéssica CorreaCurso > Relações PúblicasFilme > Tropicália

“Um dos maiores e mais importantesmovimentos culturais do Brasil é relatadonesse documentário. O filme mostra o que osprecursores do movimento acham disso hojeem dia e a resistência do povo em aceitaralgo novo. É também um filme instrutivotanto para quem conhece, quanto para quembusca saber um pouco mais sobre a históriado Brasil.”

Os Três MosqueteirosClara do Nascimento, aluna do curso de Psicologia

O jovem d'Artagnan chega praticamente sem posses a Paris, mas,depois de alguns per calços, consegue se aproximar da guar da deelite do rei Luis XIII - os mosqueteiros. Nela conhece os inseparáveisAthos, Por thos e Aramis, que passarão a ser seus com panheiros de

aventuras. Juntos, os quatro enfrentam combates e perigos a serviçodo rei, e sobretudo da rainha, Ana da Áustria, tendo por inimigosprincipais o cardeal de Richelieu, a misteriosa Milady e o ousadodu que de Buckingham.Autor > Alexandre Dumas / Editora > Zahar / Páginas > 688 (edição co-mentada e ilustrada) ou 792 (Edição Bolso de Luxo) / Preço > R$ 79 ouR$ 39,90

QUER VER SUA DICA PUBLICADA NO DROPS DE CULTURA?Então envie um e-mail para [email protected] sugerindo um filme e fique de olho no Jornal da Metodista!

dica do aluno

Perguntamos aos alunos, professores e funcionários o que elestêm lido. Como res pos ta, recebemos diversas fotos com suges-tões de leitura. Separamos duas para a pre sentar aqui. As demaisvocê pode conferir na página da Metodista no Facebook: www.facebook.com/universidade.metodista.

Se você também quer nos contar as boas histórias que têm acom-panhado você por aí, mande-nos uma foto com o livro que vocêestá lendo e uma frase dizendo por que recomenda a leitura. Con-fira mais detalhes: http://bit.ly/T8tip2.

*Ao enviar sua foto, você estará autorizando a divulgação via mídias oficiais da Metodista.

Inverno do MundoClaudia Pagotto, professora da Faculdade de Humanidades e Direito

Segundo livro da trilogia “O Século”, “Inver no do mundo” contaa história de cin co famílias - americana, alemã, rus sa, inglesae galesa - que tiveram seus des tinos entrelaçados no início dosé cu lo XX. A vida de Carla von Ulrich, filha de pai alemão e mãeinglesa, sofre uma re viravolta com a subida dos nazistas aopoder. Woody e Chuck Dewar, dois irmãos americanos, seguemcaminhos distintos que levam a eventos decisivos. Em meio à

Guerra Civil Espanho la, o universitário inglês Lloyd Williamsdes cobre que tanto o comunismo quan to o fascismo têm de sercombatidos com o mesmo fervor. A jovem e ambicio sa ameri-cana Daisy Peshkov só se preo cupa com status e popularidadeaté a guerra transformar sua vida mais de uma vez. Enquantoisso, na URSS, seu primo Volodya consegue um cargo na inte-ligência do Exército Vermelho que irá afetar não apenas o con-flito em cur so, como também o que está por vir.Autor > Ken Follett / Ed. > Arqueiro / Pág. > 880 Preço > R$ 59,90

jornal da Metodista DEZ.JAN 13

Gab

riela Rod

rigue

s

Por meio de diversos programas deintercâmbio, nos últimos semestres aMetodista tem possibilitado que estu-dantes façam parte de seus estudosem uma universidade parceira dequalquer local do mundo. A ex pe riên-cia, que contribui ainda para o cresci-mento dos alunos, ocorre também nosentido inverso, com a recepção dealunos estrangeiros.Quando o Jornal da Metodista en-

trevistou Alejandro Menéndez, espa-nhol que veio da Universidade deBurgos para cursar Rádio, TV e Inter-net, o estudante estava há dois mesesno Brasil. Em pouco tempo, no en-tanto, uma das gírias comumenteusada pelos jovens já estava incorpo-rada. “Si, si, beleza”, foi repetido di-versas vezes.Logo no início da conversa, Alejan-

dro apontou uma das diferenças emrelação ao seu país: “Lá, o curso de

Comunicação engloba todas as áreas,Jornalismo, Relações Públicas, Rádio eTV e a parte prática acontece depois.Nos primeiros anos, temos muitas dis-ciplinas teóricas”.Ele explica que a opção por cursar

RTVI se deu por ser algo mais próxi -mo do que fazia na Espanha. “Gostode lidar com câmera de TV e de foto-gra fia e trabalhava em uma produtora.Além disso, gosto também do contatocom as pessoas, do movimento, de sa-ber mais sobre a cultura”, afirmou.Ao comentar sobre a escolha de vir

para a Metodista, disse que tinha ou-tras duas alternativas: ir para Sicília,na Itália, ou para Sevilha e permanecerna Espanha. “Acabei escolhendo oBrasil por ser um lugar que eu aindanão conhecia, por ter um idioma se-melhante e porque será ótimo ter onome da Metodista no meu currí-culo.”

Alejandro contou que está morandoem uma república com outros 15 es-tudantes. Quando questionado sobre aconvivência e a adaptação, ele disseque “na Espanha também morava comoutras pessoas, mas eles são muito ‘fe-chados’. Aqui, as pessoas são maishospitaleiras, mais alegres. São me-lhores para conviver”.O estudante comentou ainda que, se

for possível, ficará mais tempo noPaís. Apesar da saudade, disse queconta com o apoio de amigos e da fa-mília. Alejandro quer aprender maissobre a cultura, conhecer outras cida-des e ainda seguir a recomendação deuma amiga que fez aqui: experimentarum legítimo pão de queijo em Minas.

Gabriela [email protected]

internacional Metô

Destino: Brasil[ SICÍLIA, NA ITÁLIA, E SEVILHA, NA ESPANHA, ESTAVAM ENTRE AS OPÇÕES. MAS ALEJANDRO MENÉNDEZ DECIDIU ESTUDAR RÁDIO, TV EINTERNET NO BRASIL

Alejandro Menéndez: “Aqui, as pessoas são mais

hospitaleiras, mais alegres”

jornal da Metodista DEZ.JAN1414

Um trabalho bem executado merecere conhecimento. E foi assim que a Me- todista conquistou, pela 4ª vez con secu-tiva, o prêmio do Guia do Estu dantecomo a melhor universidade do Paísentre as instituições de ensino pri vadona categoria Comunicação e In formaçãodo Guia do Estudante da Edi tora Abril.O Guia avaliou os cursos de Jorna lis -

mo, Publicidade e Propaganda, RádioTV e Internet, Relações Públicas, Se cre-ta riado Executivo Bilíngue e Letras –Tra dutor e Interprete em Inglês.“Rece -bemos a notícia com muita ale gria. Ga- nhar esse prêmio não é uma ta refa fácilpor que estamos falando de um cenáriona cional. O mérito é dessa co letividadeque trabalha buscando sem pre aprimo- rar a qualidade”, celebrou o diretor daFa culdade de Comu ni cação, professorPaulo Rogério Tarsi tano. Já Luiz SilvérioSil va, diretor da Faculdade de Adminis-tra ção e Eco nomia, acredita que “o prê- mio é prova do conjunto de fatores po- si tivos dos ser viços de qualidade que aMe todista pres ta. O curso de Secretaria -do Exe cu tivo Bi lín gue ter conquistado 5es tre las é muito im portante”. Jung MoSung, diretor da Fa culdade de Huma ni- da des e Direito, que abriga o curso deLe tras – Tradutor e Intérprete em In- glês, lembra que o cam po da comuni ca- ção é cada vez mais sig nificativo. “É umagrande honra rece bermos este prê mio. Atra dução da fa la e da cultu ra é muito re- le vante nos dias de hoje e apostamoscom qualida de neste cur so.” A publica- ção ainda con feriu à Uni versidade 75es trelas em 21 cursos.

Dedicação é fórmulapara o sucessoOs trabalhos de conclusão de curso

de recém-formados dos cursos de Jor-

na lismo e Relações Públicas da Me to- dis ta receberam importantes premia- ções para a área de comunicação.

JornalismoCom a produção do livro “Quelé: a

voz da cor, obra e legado de Cle men- ti na de Jesus”, os egressos do curso deJornalismo conquistaram um prêmiona Expocom Nacional (Exposição daPes quisa Experimental em Comuni-ca ção). O intuito dos autores Felipe Cas-

tro, Janaína Marquesini, Luana Costa,Ma rina Kobayashi e Raquel Munhozera produzir um trabalho jornalísticoe documental que retratasse a culturapo pular brasileira. Para o professor do curso de Jorna-

lis mo e orientador do trabalho, He- rom Var gas, “é um prêmio ao esforçoe à se riedade dos alunos. De mons traque tra balho em equipe, de di caçãoe res pon sabilidade em execu tar umproje to são sinônimos de um bom tra-ba lho”.

Raquel Munhoz expressa o senti-men to do grupo: “Ficamos muito feli -zes. Acreditamos que vai trazer maisvi si bilidade à cultura e principalmenteà Cle mentina de Jesus. Foi uma gran -de emo ção e o reconhecimento de umtra ba lho que fizemos com dedicação eamor.”

Relações PúblicasAs agências experimentais Atena e

Mo saico, criadas para produção dostra balhos no decorrer do curso, foramcon templadas com o Prêmio ABRP(As sociação Brasileira de Relações Pú- blicas) em três categorias. Segundo a professora Marli dos San-

tos, que orientou um dos trabalhos, “apre miação reconhece o trabalho sérioque é desenvolvido no curso de Rela- ções Públicas, que capacita o aluno ade senvolver projetos completos, comcli entes reais”.“Ganhar dois prêmios da ABRP, úni -

co prêmio para recém-formados danos sa área, foi o reconhecimento de

um ano inteiro de esforço e dedicação,e a prova do nosso profissionalismo”,co memorou Nayara Landim, da agên-cia Mosaico, que ganhou em 1º lugarna categoria Campanha de Responsa- bi lidade Socioambiental e Susten ta bi- li dade e em 3º lugar na categoria Re-lacio namento com a Imprensa com opro jeto “Welcome Sheraton WTC”.O projeto “Museu do Futebol”, pro-

du zido pela agência Atena, tambémfi cou com o 1º lugar na categoria Se-tor Cul tural. Maira Manesco, inte-gran te da agên cia, destaca o apoio daFa culdade de Comunicação nesta con-quis ta. “Ao lon go dos quatro anos,cres cemos e aprendemos muito comca da professor que nos deu aula. OPrê mio nos mostra que evoluímos, foiapren dizado pessoal e profissional. Pa -ra a nossa vida é uma con quista queva mos levar para sempre.”

Gabriela Rodrigues e Paula Lima [email protected]

[email protected]

acontece na Metô

É TETRA!

Metodista conquista mais umavez Prêmio do Guia do Estudante[ ALUNOS DE JORNALISMO E RELAÇÕES PÚBLICAS TAMBÉM FORAM PREMIADOS EM OUTROS DOIS EVENTOS

Bruno Landim Pedersoli

Alunos da agência Mosaico comemoram a conquista do prêmio da ABRP

jornal da Metodista DEZ.JAN 15

jornalismo Científico

Estudo verifica a relação entre evangélicos e periferia urbana[ TRABALHO FOI FEITO POR UM GRUPO DE PESQUISA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO.HÁ GRUPOS COMO ESSE EM DIVERSAS ÁREAS. SAIBA COMO PARTICIPAR

“Os evangéli-cos são um dosgrupos religio-sos mais estu-dados no Brasil.Po rém, a obser-vação daquiloque acon tececom as práticasreligiosas naspe riferias urba-

nas é pouco conhe ci da.” Quem ex-plica a motivação do gru po de pes-quisa Religião e Periferia na AméricaLatina (Repal) é o seu coor denador, oprofessor Paulo Barrera Ri vera. “A in-tenção do Repal é justamen te focar oestudo nas periferias ur banas”.No site do Programa de Pós-Gra -

dua ção em Ciências de Religião, o Re- pal é descrito como “um espaço dede bate e crítica de publicações e pes- qui sas recentes”, além de se dedicar aes tudos teóricos sobre o assunto, de-sen volver pesquisas, promover semi-

nários e manter relações com grupos ecen tros de pesquisa de problemas ur-ba nos, dentro e fora do Brasil. Um dos resultados recentes do gru -

po foi o lançamento do livro “Evan gé -li cos e periferia urbana em São Pauloe Rio de Janeiro – Estudos de sociolo-gia e antropologia urbanas”, fruto deum trabalho de três anos.

Grupos de pesquisaO Repal, que faz parte do Programa

de Pós-Graduação em Ciências da Reli- gião, é apenas um dos grupos de pes qui -sa existentes na Metodista. Os demaisprogramas – Educação, Comuni ca ção,Administração e Psicologia – tam bémpossuem seus próprios grupos.Para participar de um deles, o pri-

mei ro passo é entrar em contato como responsável pelo grupo, como expli -ca a professora Roseli Fischmann,coor denadora do Programa de Pós-Gra dua ção em Educação. “A pessoadeve man dar um e-mail para o pes-

quisador-lí der, falando do interesse.Quem está na graduação pode se en-volver por meio de bolsa de iniciaçãocientifica, co mo o PIBIC (ProgramaInstitucional de Bolsas de IniciaçãoCientifica) ou pe la Fapesp (Fundaçãode Amparo à Pes quisa do Estado deSão Paulo).”Segundo a docente, “cada grupo de

pes quisa tem uma dinâmica própria.Há grupos que se estruturam em tornode um projeto de pesquisa, outros degru pos de estudos. Também existemgru pos de pesquisa que fazem eventoanual e o interessado pode vir a cola- borar no evento”. De acordo com Ro- se li Fischmann, “é importante que apes soa seja aberta às possibilidades depar ticipação”. A professora afirma ainda que “é

pre ciso ler, se inteirar sobre o assunto,ler sobre o que o professor escreveu ever de que maneira pode se envolver.O bonito disso é que o envolvimentono grupo de pesquisa é sempre um

ca minho de mão dupla. A pessoa tan -to recebe como oferece, colabora”. Para conhecer os grupos de pes qui -

sa de cada Programa de Pós-Gradua -ção, acesse www.metodista.br/stricto eselecione de acordo com a área de in-teresse. Mais informações podem serob tidas pelo e-mail secretariapos @ -me todista.br.Confira uma breve entrevista com o

pro fessor Dario Paulo Barrera, em queele fala sobre o livro "Evangélicos epe riferia urbana em São Paulo e Rio deJa neiro”: http://bit.ly/PRohTf

Gabriela [email protected]

Professor Dario PauloBarrera fala sobre o livro"Evangélicos e periferiaurbana em São Paulo eRio de Janeiro”

Desde a década de 1980, a EditoraMe todista publica livros e revistascien tíficas na busca de disseminar co-nhe cimento e proporcionar leitura dequa lidade a alunos e docentes. Assimtam bém em 2012, quando foram lan-ça dos cinco títulos escritos e organiza -dos por professores da UniversidadeMe todista de São Paulo.“Temos a compreensão de que o pa-

pel da universidade vai muito alémdos limites do campus e de que temosmui to a contribuir com o entorno, asco munidades do ABC. Desenvolve-mos estudos e tecnologias, não apenasa partir da teoria, mas da interaçãocom pessoas e situações”, afirma o

pro fessor Marco Aurélio Bernardes. Confira os livros lançados, que vi-

sam colaborar para o conhecimentoacadêmico e comunitário:

• Trabalho, Economia Solidária eDesenvolvimento Social: O caso daRede de Economia Solidária na Co-munidade do Montanhão em SBC/SP,de José Veríssimo Romão de Netto eMarco Aurelio Bernardes.O livro descreve o caminho trilhado

pela Universidade Metodista de SãoPaulo e a Comunidade do Montanhão,em São Bernardo do Campo, SP, emdireção a uma realidade mais humanae solidária. Fala, ainda, sobre os re-

sultados alcançados e reflete crítica ehistoricamente acerca das relações detrabalho no Brasil e no mundo, cha-mando a universidade a ocupar o pa-pel de agente do processo de transfor-mação da realidade social.

• Tensões em rede: os limites epossibilidades da cidadania na inter-net (org.) Sergio Amadeu da Silveira eFabio B. Josgrilberg.Este livro apresenta uma visão in-

terdisciplinar do debate sobre as pos-sibilidades democráticas da internet,trazendo reflexões e resultados de pes-quisa sobre temas como a abertura darede – móvel e fixa –, o ativismo hac-

ker, a questão do anonimato na rede,a relação entre os poderes públicoscomo a transparência, abertura de da-dos e colaboração com a cidade civil.

• Educação e Tecnologia na Uni-versidade: Concepções e Práticas, deAdriana Azevedo, Fabio Josgrilberg eFrancisco Lima.Os artigos evidenciam o processo

de consolidação do Projeto de (Edu-cação a Distância) EAD na Universi-dade Metodista por meio dos relatos ereflexões sobre o desenvolvimento dasexperiências construídas e comparti-lhadas na realização das atividades pe-dagógicas, técnicas e de gestão.

Editora Metodista contou com diversos lançamentos de professores em 2012[ LIVROS VISAM COLABORAR PARA CONHECIMENTO ACADÊMICO E COMUNITÁRIO

jornal da Metodista DEZ.JAN16

CURSO DE DIREITO PROPORCIONA ACESSO À JUSTIÇA PARA COMUNIDADES CARENTES

Mais Cidadania o lugar das práticas cidadãs e sustentáveis da Metodista

Fortalecer a teoria na prática e aomesmo tempo contribuir com a for-mação profissional e com a sociedade.No Núcleo de Prática Jurídica docurso de Direito da Metodista tudoisso é possível. Constituído por diferentes projetos,

o NPJ capacita o aluno por meio de si-tuações enfrentadas no dia a dia do ad-vogado, como audiências simuladasem um ambiente que retrata com fi-delidade os tribunais judiciários. O principal destaque da atuação do

núcleo está no Escritório de AssistênciaJurídica (EAJ), credenciado pela OAB-Ordem dos Advogados do Brasil. O es-critório presta assistência gratuita à co-munidade carente de São Ber nar do doCampo, com serviços nas áreas cí vel epenal. No EAJ, os alunos a partir do 6º se-

mestre do curso podem participar deum programa de estágio voluntário.Se gundo a professora Alessandra Ma riaSabatine Zambone, coordenadora docurso de Direito, “o estágio no EAJ per- mite que o aluno não seja um mero ‘of-fice boy’ jurídico. Acompanhado deum professor o orientador, o aluno par- ticipa de toda a evolução do pro ces so,faz contato com todas as partes, des deo primeiro atendimento até a pro duçãoda peça processual que dará a entradana ação judicial, se for o ca so”.O aluno George José Silva Santos, do

8º semestre destaca a importância deaprender na prática. “Temos um con tato

mais próximo com as ques tões de fato.A proximidade com os ori entado res ecom os atendidos au xilia o alu no a ab-sorver mais informa ções práticas.”Entre os serviços mais solicitados

estão os da área de direitos da família:pe n são alimentícia, guarda e visitasde filhos e divórcio. Na área penal osmais procurados são crimes relacio na- dos a roubos e tráfico de drogas. Dessa forma, as pessoas que não po-

dem pagar um advogado sem prejudi- car seu sustento próprio ou de sua f a- mí lia, tem a possibilidade de usufruirdos serviços de assistência jurídica daUni versidade. “Os juízes elogiam otra balho feito pelo EAJ, então isso nosdá uma sensação muito boa em rela- ção à qualidade do estágio que estásen do oferecido aos nossos alunos,bem como a qualidade do trabalhoque está sendo oferecido à sociedade”,con ta Alessandra. As atividades do escritório também

se guem uma nova tendência da advo-ca cia: a resolução de problemas demaneira consensual. Isso significa queos alunos já se preparam de outra for -ma, buscando resolver os conflitos pormeio da conciliação. Às vezes, ao en-tender o conflito é possível resolvê-lode maneira mais fácil e satisfatória pa -ra as partes, sem a necessidade de umaação judicial.

Paula [email protected]

O atendimento para triagem é realizado de segunda a quinta-feira, das 8h30 às11h30. É necessário residir em São Bernardo do Campo e ter renda familiar até trêssalários mínimos. Além disso, não deve possuir bens imóveis ou automóveis. Os documentos necessários são: comprovantes de renda do grupo familiar, compro-vante de residência, RG e CPF (cópias simples).O escritório fica na: Rua Alfeu Tavares, 362 – Rudge Ramos – São Bernardo doCampo – SP Tel: (11) 4366-4575 e-mail: [email protected]

Fotos: Paula Lim

a

> Com auxílio do professor orientador, estagiários participam de toda evolução processo

> EAJ oferece serviços nas áreas cível e penal

Escritório de Assistência Jurídica promoveprática da profissão e exercício da cidadania

Com foco na área de negócios, a Es-co la Metodista de Educação Corpora-ti va é destinada aos profissionais quejá atuam no mercado e querem conti- nuar se aperfeiçoandoQuando o assunto é carreira, entre

as principais dicas e orientações dadaspor especialistas está a atualizaçãocons tante. Numa época de novidadese de rápidas mudanças, o profissionalque quer buscar ou manter o seu es-pa ço no mercado de trabalho precisainves tir continuamente em sua for-ma ção.Uma das maneiras para se diferenciar

é por meio de cursos de pós-gra dua ção,que vão desde cursos de exten são a

programas de mestrado e dou torado,passando pelas especiali za ções. Paraquem está avaliando o que fazer, umaopção é a Escola Me to dis ta de Educa-ção Corporativa (EMEC). Criada para atender especificamente

uma demanda da área de negócios, “aEmec oferece soluções para as empre-sas e para os executivos que queremdar continuidade à sua educação”, ex-pli ca a coordenadora do Núcleo deEdu cação Continuada e Corporativa(NECC), professora Marli Donizete. De acordo com a coordenadora, “fa -

zer com que a Metodista possa se in-se rir no mercado não só a partir deuma visão acadêmica” está entre os

ob jetivos da Escola. “Dentro da Uni-versidade temos professores que tam-bém são consultores, que possuem ex-per tises a partir da experiência em di- ferentes organizações”. E, segundoMar li Donizete, é justamente esse odi ferencial da EMEC. “Eles podempro mover debates considerando apers pectiva real do mundo contem-porâneo dos negócios.”

CursosCom a EMEC, há novas opções de

cur sos, dentre eles o Executive MasterBu siness Administration (EMBA),desti nado a pessoas graduadas, compelo me nos três anos de experiência,

que es tejam no início ou na eminên-cia de se tornarem executivos; o Mas-ter in Bu siness Communication(MBC), vol ta do aos profissionais deComunica ção para atuação na área es-tratégica e ava liações de risco; e oMaster Public Ad ministration (MPA),para pessoas in teressadas em atuar ouque já traba lham com gestão pública. Uma parceria com a Universidade

de Washington (EUA) possibilita area lização de um módulo do Execu-tive MBA no exterior. Durante duassema nas, o aluno participa de ativi-dades que consistem em semináriossobre ino vação e sustentabilidade, vi-sitas a em presas e aulas em BusinessEnglish, a partir de simulações de si-tua ções do dia a dia do mundo cor-porati vo.Marli Donizete afirma que “apesar

de optativo, o módulo pode contri-buir com a formação do profissional apartir da troca de experiências compro fis sionais de outros países e de ou-tras cul turas”.A Escola também oferece progra-

mas de Mestrado, Doutorado e Pós-Dou torado (Stricto Sensu), cursos deEs pecialização (Lato Sensu), CurtaDu ração e In Company. Quanto a este,a coordenadora do NECC explica ain -da que a Escola “tem condições deofe recer cursos customizados paraaten der as demandas específicas deca da empresa para a formação conti- nua da dos profissionais, considerandoos objetivos de cada organização”.Para saber mais sobre a EMEC e

conferir a relação dos cursos e progra -mas oferecidos, acesse: www.metodis-ta .br / emec ou entre em contato pelote lefone 4366-5630 ou pelo e-mailnecc @metodista.br.

Gabriela [email protected]

jornal da Metodista DEZ.JAN 17

> Emec: cursos para profissionais que buscam especialização na área de Negócios

Continuar investindo na formação é essencial[ COM FOCO NA ÁREA DE NEGÓCIOS, A ESCOLA METODISTA DE EDUCAÇÃO CORPORATIVA É DESTINADA

AOS PROFISSIONAIS QUE JÁ ATUAM NO MERCADO E QUEREM CONTINUAR SE APERFEIÇOANDO

Denise Adm

s

Profissão novidades dos cursos

jornal da Metodista DEZ.JAN18acontece na Metô

U.FRAMEA EXPRESSIVA PARTICIPAÇÃO DO

BRASIL E A QUALIDADE DOS

TRABALHOS FORAM DESTAQUES

NO FESTIVAL

“Kellerkind”, de Julia Ocker, da Ale-manha, foi anunciado como o melhorvídeo do 5º Festival Internacional deVí deo Universitário na cerimônia depre miação ocorrida no sábado, 27 deou tubro, na Universidade Metodistade São Paulo, que sediou o evento. Ocur ta também foi o ganhador na cate-go ria Animação.Entre os vencedores, três brasileiros.

“Esperava, mas não esperava tanto ga- nhar. Fiquei surpreso e estou muitofe liz com o prêmio”, contou, emocio- na do, César Augusto Coutinho, umdos atores de “A jornada de Blatter” ealu no do 8º semestre do curso de Rá-dio, TV e Internet da Metodista, quega nhou na categoria Dispositivos Mó- veis. “O vídeo foi um trabalho de PI[Pro jeto Integrado] e foram mais oume nos três meses de produção.”

Qualidade das produçõesO coordenador do curso de Cinema

Digital da Metodista, professor JoséAugusto De Blasiis, ressaltou a quali-

da de artística da mostra. “Foram doisdias muito equilibrados, em que ob-ser vamos uma alta qualidade desde ase leção dos finalistas até o processo deava liação dos jurados.”Envolvido na organização do U.Fra -

me desde a sua primeira edição, o pro-fes sor da Universidade do Porto (Por-tu gal) e um dos jurados, Rui Centena,des tacou a expressiva participação doBra sil – mais de 90 vídeos inscritos –e a qualidade do material produzido.“A realização do evento em um país daAmé rica Latina é importante para aafir mação do festival. As quatro edi- ções anteriores foram na Europa e estaé uma oportunidade de estudantesuni versitários do mundo mostrarem oseu trabalho.”

Oficinas, mostras e palestrasQuem esteve no evento teve a opor-

tu nidade de participar de oficinas epa lestras e conhecer um pouco maisdo cenário audiovisual. Durante a tar -de também foram exibidas mostras

com o melhor da produção dos alunosda Metodista.No estúdio de áudio, os participan-

tes preparam todos os equipamentosne cessários para o armazenamento,reprodução e monitoramento de somem uma entrevista, na oficina de Cap-ta ção de Som para Vídeo Digital.Já na oficina de Edição Básica em Fi-

nal Cut, foi possível conhecer mais oprograma e editar uma pequena se-quência de vídeos. “Gostei bastante,pa ra mim, que estou no 6º semestre, éimportante reviver o que já aprendi,além de conhecer novas técnicas”,contou o aluno de Rádio, TV e Inter-net, Lucas Mota. Quem ainda não tinha conheci-

mento também aprovou. “Conseguireal mente aprender. A oficina traz umavisão do que teremos daqui pra fren -te”, comentou Franciele Nicoli, alu nado 2º semestre de Rádio, TV e Internet. Na palestra “Pós-Produção para Ci-

nema e Vídeo Digital”, foi abordada aprodução audiovisual na era da ava-

lanche tecnológica e o processo da tri-pla transição, que trata da captaçãodas imagens, produção e exibição dosvídeos. O professor José Augusto DeBlasiis relatou que atualmente as câ-meras evoluíram muito e mostrou al-guns modelos. “Para a tecnologia vocêsempre estará desatualizado”, comen-tou.Valdecir Becker, jornalista e mestre

em gestão do conhecimento, coman-dou a palestra Narrativas Transmídia.Valdecir falou sobre o fato de sermosafetados por um grande número deinformações, que chegam o dia todo eem diferentes mídias. Para ele, umamudança de paradigma tornou omun do digital. “Atualmente, os re-cursos são praticamente ilimitados. Oque faz a diferença, e nós dependemosdela, é a criatividade.

Gabriela Rodrigues e Paula [email protected]

[email protected]

Confira os vencedores Melhor Obra da Competição: “Keller -kind”, de Julia Ocker, da Alemanha.Documentário: “Barbara em cena”,de Ellen Ferreira, do Brasil. Ficção: "Shoot for the moon”, de Cas-sandra Macías Gago, da Espanha.Animação: “Kellerkind”, de Julia Ocker,da Alemanha.Experimental: “Caos”, de Tico Dias,do Brasil.Dispositivos Móveis: “A Jornada deBlatter” de Roberto Almeida, do Brasil.

Para saber mais, consulte a aba“Imprensa” no site www.uframe.org.

Chico Audi

> Oficina dá dicas de como aproveitar os recursos de uma Câmera HD

Lígia Vacilotto Ram

os

Mesmo que você não tenha participado do Dia da Universidade Aberta, saiba que ainda é possível conhecer a Metodistae ter mais informações sobre os cursos oferecidos. Basta enviar um e-mail para: [email protected] para agendar a sua visita.

jornal da Metodista DEZ.JAN 19

“Cidadania não se aprende no livro”

A jornalista e apresentadora do pro-gra ma A Liga, Débora Vilalba, estevena Metodista no Dia da UniversidadeAber ta, em outubro, para um bate-pa -po com jovens estudantes e vestibu-lan dos sobre formação profissional eci dadania. Ela falou sobre a escolha dacar reira, compartilhou um pouco dasua experiência no programa e docon tato com a realidade de um Brasilque não conhecia. O Jornal da Me to- dis ta quis estender um pouco mais aconversa e você confere os principaistre chos aqui.

Mudança de rumo“Eu trabalhava com jornalismo es-

por tivo há muito tempo. Já tinha pas-sa do por vários canais e, no começoda minha carreira, eu trabalhava comes porte radical. Uma característicamui to presente é que sou uma pessoaque ‘me jogo muito nas coisas’, eu ‘pa -go para ver’. Quando A Liga surgiu, noprojeto eles tinham essa lacuna paraser preenchida por uma mulher que ti- nha mais ou menos esse perfil. E todaessa coisa de destemida que eu tinhapor esporte, acabei indo para esse ladoso cial, de ir aos lugares sem medo, deencontrar algumas situações difíceis.”

A Liga“A minha vida mudou depois d’A

Li ga. Eu trabalhava com jornalismoes portivo, então eu vivia num mundomais cor-de-rosa, muito mais sau dá- vel, onde as pessoas são mais felizes eo mundo parece ser mais igual. Fa zen -do A Liga, eu vi que a gente vive numpaís pobre, miserável, que as pessoasque têm condição não ajudam as quenão têm condição. Não estou falan dode filantropia, não. Estou falan do deci dadania.”“O primeiro passo n’A Liga foi dei xar

os meus medos de lado e não ter me dode assumir ‘sim, eu penso dessa for ma’,

‘eu ajo dessa forma’. E eu tentei ser eumesma ao máximo. Sem li nha editorial,sem nada, como ser huma no. ‘Como oser humano Débora Vi lal ba agirianuma situação como es sa?’.”“Nem todo mundo precisa passar

por situações tão traumáticas quantoeu passo, mas eu acho que as pessoasti nham que olhar um pouco mais aore dor, parar de olhar para si próprio,

olhar em volta. A gente não precisa detan to para viver.”

Fazendo a diferença“Faço a minha parte. Parece meio

piegas falar assim, mas é um trabalhode formiguinha. Eu também não te-nho poder. Tenho poder da mídia comA Liga, mas sem ela eu sou mais umacidadã. Não sou rica. Então, não pos -

so gastar dinheiro e ajudar o mun do.Mas eu posso olhar para a favela daÁgua Espraiada, que é ao lado da mi- nha casa, que pegou fogo.”

Direitos e deveres“A gente fala muito em direitos, mas

as pessoas se esquecem dos deveres,que são tão importantes quanto os di-rei tos.”“Os nossos deveres estão escondi-

dos. A gente briga muito por direito.Os direitos já estão conquistados pordi reito. Agora, os deveres de ci da- dãos fi caram muito de lado. Achoque a essên cia está no resgate dessasobriga ções. As pessoas têm que terno ção de que para viver em grupotem algumas re gras, se não, tudo virauma grande lou cura e não se chega alugar nenhum.”

Visão cidadã na formaçãoe na atuação profissional“A partir do momento que você tem

um ser humano que tem uma cons ci -ên cia de cidadania, você tem um pro- fis sional que tem essa consciência.”“Eu acho que a cidadania está atre-

lada à formação do caráter da pessoa.Mas isso daí vem de casa. Isso é umacoisa que não adianta querer aprenderna faculdade (...). Acho que é muitomais aquela coisa da infância, da cria-ção, da adolescência. Na idade uni-versitária, só reforça. É aonde ele vaiestabelecer ‘eu sou isso’ ou ‘eu souaquilo’. Eles podem mudar depois deadultos, de encontros com outrasrealidades, mas a formação mesmo édurante a vida. Se ele não tiver bonsexemplos, não digo só em casa, masao redor, ele não vai conseguir apren-der isso. Cidadania não se aprende nolivro.”

Gabriela [email protected]

Lara M

olinari

> Para Débora Vilalba, “a gente fala muito em direitos, mas as pessoas se esquecem dos deveres”

[ NO DIA DA UNIVERSIDADE ABERTA, A APRESENTADORA DO PROGRAMA A LIGA, DÉBORA VILALBA,PARTICIPOU DE UM BATE-PAPO COM JOVENS ESTUDANTES SOBRE CIDADANIA E FORMAÇÃO PROFISSIONAL