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Universidade de Brasília JEANE PEREIRA MARTINS FERREIRA JOGO NAS SÉRIES INICIAIS A IMPORTÂNCIA DO JOGO COMO ATIVIDADE ESPORTIVA NAS SÉRIES INICIAIS BRASÍLIA 2007

JOGO NAS SÉRIES INICIAIS A IMPORTÂNCIA DO JOGO … infra-estrutura de saneamento básico cobre todo Sobradinho e Sobradinho II, com abastecimento de água e coleta e tratamento de

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Universidade de Brasília

JEANE PEREIRA MARTINS FERREIRA

JOGO NAS SÉRIES INICIAIS A IMPORTÂNCIA DO JOGO COMO ATIVIDADE ESPORTIVA

NAS SÉRIES INICIAIS

BRASÍLIA

2007

2

Universidade de Brasília

JEANE PEREIRA MARTINS FERREIRA

JOGO NAS SÉRIES INICIAIS A IMPORTÂNCIA JOGO COMO ATIVIDADE ESPORTIVA NAS

SÉRIES INICIAIS

Trabalho apresentado ao Curso de Especialização em Esporte Escolar do Centro de Educação à Distância da Universidade de Brasília em parceria com o Programa de Capacitação Continuada em Esporte Escolar do Ministério do Esporte para obtenção do título de Especialista em Esporte Escolar.

Orientador: Prof. Dr. Ronaldo Rodrigues da

Silva PhD

BRASÍLIA

2007

3

FERREIRA, Jeane Pereira Martins

O Jogo Nas Séries Iniciais. Brasília, 2007

35 p.

TCC (Especialização em Esporte Escolar) - Universidade de Brasília. Centro de Ensino

a Distância, 2007.

Palavras - Chave: Jogo, Esporte e Trabalho Pedagógico.

4

BANCA EXAMINADORA

Presidente: Prof. Dr. Ronaldo Rodrigues da Silva

Membro: Prof. MsC Jorge Serique

Brasília (DF), 18 agosto de 2007.

5

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus que me concedeu saúde e força para realizar

esse estudo.

A meus pais que estão na base de minha conquista, aos meus filhos e marido

que muitas vezes se sentiram sozinhos, mas mesmo assim compreenderam e me

ajudaram nesta caminhada.

As minhas colegas Zuleide e Patrícia do curso, que muitas vezes nos reunimos

para estudo.

A meu amigo Silvino, pelo trabalho técnico e esforço a ajuda tão necessária para

estruturação do texto.

6

DEDICATÓRIA

Aos meus mestres que me

abriram a mente em relação ao

conhecimento.

7

EPIGRÁFE

“O jogo é um processo de

socialização que prepara a criança a

assumir seu lugar nessa sociedade”.

Brougère

8

Resumo

As reflexões apresentadas na pesquisa visaram destacar a importância do jogo como

atividade esportiva nas séries iniciais. Não só para os educandos, como também para

os profissionais da educação que encontram dificuldades em trabalharem com jogos no

ambiente escolar. O objetivo principal foi analisar a importância do jogo como atividade

esportiva e fazer reflexões sobre a importância de ser ter profissionais preparados para

executar tais atividades com êxito. Espera-se que as idéias aqui apresentadas possam

servir como auxílio no processo ensino aprendizagem e que levem o professor a incluir

em sua prática pedagógica o jogo e toda sua dinâmica dentro do esporte.

Palavras chave: Jogo, Esporte e Trabalho Pedagógico.

9

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Gráfico 1 – Quantidade de questionário respondidos e não respondidos..........17

Gráfico 2 – Resposta ao questionário – 1ª pergunta..........................................18

Gráfico 3 – Resposta ao questionário – 2ª pergunta..........................................20

Gráfico 4 – Resposta ao questionário – 3ª pergunta..........................................22

Gráfico 5 – Resposta ao questionário – 4ª pergunta..........................................25

Gráfico 6 – Resposta ao questionário – 5ª pergunta..........................................26

Gráfico 7 – Resposta ao questionário – 6ª pergunta..........................................28

10

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................11

2 OBJETIVOS............................................................................................................13

3 REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................................14

3.1 LEITURA DA REALIDADE....................................................................................14

3.2 LEITURA DA REALIDADE ESPECÍFICA.............................................................17

5 ANÁLISE, CRÍTICAS E SUGESTÕES....................................................................29

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................30

REFERÊNCIAS...........................................................................................................31

APÊNDICE..................................................................................................................32

11

1 INTRODUÇÃO

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1999): A Educação Física tem a

finalidade de formar indivíduo fisicamente, mentalmente e espiritualmente sadio. É

importante assegurar o desenvolvimento funcional da criança e auxiliar na expansão e

equilíbrio de sua afetividade, através da interação como o ambiente e o seu grupo

social. Onde infelizmente ainda não há professores qualificados para trabalhar com

crianças das Séries Iniciais do Ensino Fundamental (1ª a 4ª serie), juntamente com os

docentes de Atividades. Sabemos da importância dos mesmos para o desenvolvimento

da criança e também que a Educação Física é um marco onde pode trazer lembranças

boas e ruins dependendo da forma que se foi trabalhado.

O jogo sobre o ponto de vista histórico tem sido construído a partir de imagem

que a criança faz de seu cotidiano que é bastante diversificado e cheio de valores

hierárquicos que dão sentido a imagens culturais por personagem de uma determinada

época. Essas imagens vão sendo imitadas através das brincadeiras de ruas e jogos

que iniciaram e ajudarão no seu desenvolvimento.

Tanto o jogo tradicional infantil que acontece sem a iniciativa da criança e é feito

através da transmissão oral, ou o jogo educativo que traz implicitamente os conteúdos

escolares são passados de forma lúdica e eles caminham juntos no momento em que a

criança fixa imagem como ser que brinca.

“Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN,1997) confirmam a idéia de que os

alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental têm grande necessidade de se

movimentar.(JOANA D’ARC,2003).

Atrelado a essa citação podemos dizer que o jogo exerce um papel fundamental

na vida escolar da criança relacionado a atividades esportivas.

“O jogo é parte integrante da existência do homem; é um fenômeno fundamental de importância vital. Portanto, durante os quatro primeiros anos de escolaridade, deve-se dar ao jogo um lugar relevante no âmbito da educação física.Nessa idade não somente o jogo é uma disciplina entre outras, mas também um campo de experiências verdadeiramente indispensável para o desenvolvimento harmonioso da criança, sendo parte integrante do homem: é um fenômeno de

12

importância vital, tanto no plano físico quanto psíquico.”( Ministério da Educação e Cultura de E.F. e Desporto,1981).

O jogo é para as crianças um suporte de sociabilidade (JUNQUEIRA,2000).

O programa Segundo Tempo idealizado pelo Ministério do Esporte como forma

efetiva de democratizar o acesso à efetiva a prática esportiva nos estabelecimentos

públicos de educação do Brasil e de tornar verdadeiro o preceito constitucional que

define o esporte como direito de cada um, por meio de atividades esportivas no

contraturno escolar escolar. Visa também, colaborar para a inclusão social, o bem estar

físico, a promoção da saúde e do desenvolvimento intelectual de crianças e

adolecentes...(Segundo Tempo; mód 4; p. 29)

Essa pesquisa procura investigar a importância dos jogos como Atividade

Esportiva nas Séries Iniciais, visando auxiliar o professor no seu trabalho nas aulas de

Educação Física.

13

2 OBJETIVO

OBJETIVO GERAL

• Analisar a importância do jogo como Atividade Esportiva Nas Séries Iniciais do

Ensino Fundamental.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Destacar a importância do jogo e sua relação com a Educação Física nas Séries

Iniciais do Ensino Fundamental;

• Perceber quais as principais dificuldades apresentadas pela escola pública, no

que se refere à prática esportiva;

• Fazer reflexão sobre a importância de se ter profissionais qualificados para

executar com êxito atividades de Educação Física.

14

3 REVISÃO DE LITERATURA 3.1 LEITURA DA REALIDADE

O presente trabalho foi desenvolvido empregando uma metodologia de pesquisa

de qualitativa, envolvendo um estudo de caso tendo em vista que esta linha de

pesquisa oferece respostas mais completa e também quantitativa, porque foi aplicado

um questionário contendo 6 (seis) perguntas para os professores de uma escola

pública, sendo que foram analisados os dados de 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental.

É um estudo de caso porque foi realizada uma análise comparativa na Escola

Classe 12 de Sobradinho, entre séries, no intuito de analisar como é feito o trabalho

com jogos durante as atividades esportivas em diferentes séries.

As respostas dadas ao questionário foram tabuladas e os dados devidamente

analisados. Nesta análise foram incorporadas aos dados as reflexões da acadêmica,

enquanto professor em exercício na escola alvo da pesquisa.

O Distrito Federal diferentemente dos demais estados brasileiros divide-se não

em municípios, mas em Regiões Administrativas, criadas, a princípio, para abrigar os

trabalhadores provenientes dos mais variados lugares do País, que para aqui

acorreram com o intuito de participar da construção da capital federal. No início, essas

cidades receberam a denominação de núcleos populacionais, depois cidades-satélites

e hoje, Regiões Administrativas.

Atualmente o Distrito Federal está dividido em 27 Regiões Administrativas, que

foram estruturadas para adquirir, com o tempo, independência econômica e política.

Entre essas, Sobradinho (R.A. V) localizada a escola pesquisada.

Conta-se que em 1947 o capitão Domingos Pereira de Brito instalou-se nas

terras que hoje compõem a região de Sobradinho. Os fazendeiros que ali viviam eram

católicos, por isso, ergueram uma cruz, símbolo da fé cristã, em uma pequena elevação

do terreno, às margens de um ribeirão.

O cruzeiro ficava próximo à Fazenda dos Melos e, por isso, recebeu o nome de

“Cruzeiro dos Melos”. Porém, esse nome não permaneceu por muito tempo devido a

um casal de pássaros “João de Barro”, que construíram duas casinhas, sendo uma

15

sobre a outra, parecendo um sobrado. O sobradinho construído em um dos braços da

cruz passou a ser usado como ponto de referência para as pessoas que viviam ou

passavam pela região.

Após a inauguração de Brasília, a fazenda foi comprada de seus herdeiros pela

NOVACAP, que nela construiu a cidade de Sobradinho para abrigar os funcionários do

governo que vieram transferidos do Rio de Janeiro para trabalharem na NOVACAP,

funcionários do Banco do Brasil e de alguns ministérios.

Sobradinho, cidade situada a 22 km do Plano Piloto, à margem da BR 020

(Brasília – Fortaleza), completará no dia 13 de maio, 47 anos de fundação. Com cerca

de 120 mil habitantes, rodeada por condomínios nascidos nos últimos dezesseis anos,

uma extensa área rural, a cidade cresceu em números, adquirindo características e

problemas próprios, longe daqueles de cidade dormitório que ela tinha antes.

O problema que mais afeta os moradores de sobradinho hoje é, sem dúvida, a

questão da segurança. O efetivo da Polícia Militar não é suficiente para cobrir a extensa

área de Sobradinho, Sobradinho II, condomínios e Zona Rural.

A rede pública de saúde conta com um hospital, três postos de saúde e postos

da área rural para atenderem a comunidade, bem como a um número crescente de

pessoas provenientes de outros estados.

A infra-estrutura de saneamento básico cobre todo Sobradinho e Sobradinho II,

com abastecimento de água e coleta e tratamento de esgotos. Parte da área rural é

abastecida pela Caesb (Companhia de Saneamento do Distrito Federal).

O ensino público tem cerca de 35.000 alunos matriculados nas 30 escolas

urbanas e 17 rurais existentes. Há ainda, cerca de 10 escolas particulares e três

estabelecimentos de ensino superior. Entre as escolas publicas, escolhi trabalhar com a

Escola Classe 12.

A Escola Classe 12 localiza-se no Setor de Oficinas, área especial, próxima a

Q.01. Foi inaugurada no dia 02 de setembro de 1970 e reformada em 1988.

A escola é composta por 20 turmas, atendendo alunos de 06 a 10 anos, ou seja,

Ensino Fundamental – 1ª a 4ª séries – atendendo também a crianças Portadoras de

Necessidades Educacionais Especiais (DM, DF e Hiperativos) que se encontram em

turmas de inclusão(reduzidas).

16

A maioria dos alunos reside em condomínios e chácaras e alguns nas

proximidades da escola.

O quadro de profissionais é formado por 01 diretora, 01 vice-diretora, 01

assistente administrativo, 01 secretária, 02 coordenadores, 20 professores, 06

auxiliares em educação (merendeira e manutenção).

A escola é composta por 20 salas de aula, 01 depósito, 01 secretaria, 01 cantina,

01 sala de professores, 01 biblioteca (inativa), 01 sala da direção, 01 sala para

orientação educacional, 01 sala para as auxiliares em educação, 03 banheiros para os

alunos, 05 banheiros para atender o quadro administrativo e um pátio. Não possui

quadra de esportes, parque recreativo e local apropriado para aulas de reforço e

Educação Física.

Foram distribuídos 20 questionários para esta escola, sendo que apenas 08

retornaram.

17

3.2 LEITURAS DA REALIDADE ESPECÍFICA Para fundamentar essa pesquisa, foram distribuídos 20 questionários para os

professores da Escola Classe 12, em Sobradinho, contendo sete perguntas.

Dos 20 questionários apenas 08 retornou devidamente preenchidos – mesmo

depois de muita insistência do acadêmico – o que representa cerca de 40%.

Esse fato causou-me estranheza, pois esperava um retorno maior por parte dos

professores, embora possa ter percebido em alguns professores desinteresse em

responder.

Dos 12 professores que não retornaram o questionário:

• 02 justificaram sua atitude por terem dificuldade em colocar suas idéias no

papel;

• 08 alegaram falta de tempo devido às muitas atividades pedagógicas;

• 02 não deram nenhuma justificativa.

Nº de Questionários: 20

0

2

4

6

8

10

12

RespondidosNão respondidos

A dificuldade apresentada por parte dos professores em colocar suas idéias no

papel, talvez explique as dificuldades que muitos alunos têm com atividades que

envolvam produção de texto, pois, se o próprio professor não é um escritor, como

poderá ensinar tal arte a seus alunos?

A falta de tempo citada por alguns professores não se justifica, pois o

questionário constava apenas sete perguntas simples, que abordavam questões do dia

– a –dia do professor.

18

A percepção que tenho é que houve desinteresse por parte desses 60% de

professores em participar da pesquisa, evitando uma analise mais profunda de suas

práticas pedagógicas, talvez por insegurança,sobre falta de prática pedagógica com

relação ao assunto ou receio de expor suas idéias - mesmo diante de uma questionário

onde não seria necessário identificar-se.

Analisando as respostas obtidas diante da primeira pergunta:

O que é Jogo?

00,5

11,5

22,5

33,5

4

Nº de Professores

Resposta AResposta B

Resposta A - O jogo é uma atividade física recreativa com regras e normas

explicitas ou implícitas, onde alguém pode perder ou ganhar.

Resposta B - O jogo é uma atividade lúdica e / ou esportiva que oferece

diversão, ludicidade, prazer com descobertas livres.

Os dados revelaram que dos 8 professores 4 responderam que :

• O jogo é uma atividade física recreativa com regras e normas explicitas ou

implícitas, onde alguém pode perder ou ganhar.

A coleta de dados obtidos pelos professores mostra que o jogo pertence a uma

categoria de experiências transmitidas de forma espontânea de acordo com motivações

internas ou externas da criança que podem levar a uma vida social e no qual ela pode

brincar pelo prazer de fazer.

Em relação ao fato de que no jogo uns perdem e outros ganham, se refletirmos

que até o perder pode ser uma forma de aprender com os adversários isto pode se

positivo para criança.A citação abaixo diz que:

19

“Nos jogos, ao interagirem com os adversários, os alunos podem desenvolver o respeito mútuo, buscando participar de forma leal e não violenta. Confrontar-se com o resultado de um jogo e com a presença de um árbitro permitem a vivência e o desenvolvimento da capacidade de julgamento de justiça (e de injustiça). Principalmente nos jogos, em que e fundamental que se trabalhe em equipe, a solidariedade pode ser exercida e valorizada. Em relação à postura diante do adversário podem-se desenvolver atitudes de solidariedade e dignidade, nos momentos em que, por exemplo, quem ganha é capaz de não humilhar, e quem perde pode reconhecer a vitória dos outros sem se sentir humilhado.” (Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física,2001:30).

Os outros 4 professores fizeram uma relação entre o jogo e o lúdico:

• O jogo é uma atividade lúdica e / ou esportiva que oferece diversão, ludicidade,

prazer com descobertas livres.

O lúdico deve estar presente no jogo, pois agindo livremente a criança não

percebe que o fenômeno da ludicidade aparece como forma de alimentação de mais

ações que irão contribuir para o desenvolvimento infantil. Ele também ajudará a

combater o alto rendimento que alguns professores valorizam tanto nos alunos e

deixam de lado aqueles que ainda não encontraram suas habilidades em determinadas

atividades.

“A percepção do lúdico é apresentada atualmente como uma alternativa viável

para a área da Educação Física escolar e se revela contraditória à visão do alto

rendimento.”(JOANA D’ ARC, 2003:.248).

Na segunda pergunta:

Como acontece atualmente o trabalho com jogo na escola durante as aulas de

atividades Esportivas?

0

1

2

Nº de Professores

Resposta AResposta BResposta CResposta D

20

Resposta A - Acontece de forma precária, pois não há espaço físico e nem

recurso para desenvolver tais atividades.

Resposta B - Os jogos não são trabalhados nas aulas de Atividades Esportivas,

por falta de um professor especifico para ministrar as aulas de Educação Física.

Resposta C - Levo os alunos para recrearem em algum espaço da escola

usando alguns materiais disponíveis com corda, bola.

Reposta D - O jogo não é valorizado e não recebe a devida importância.

• 2 responderam que acontece de forma precária,pois não há espaço físico e nem

recurso para desenvolver tais atividades.

Diante do que foi colocado pelos entrevistados podemos observar que a falta de

conhecimento por parte dos professores e a devida importância com relação aos jogos

foi justificada pela falta de espaço físico. É claro que sabemos que, muitas escolas não

têm nem lugar digno para os alunos estudarem, imagine então espaço físico ou recurso

para ministrar as aulas com atividades esportivas. Cabe a nós o desafio de não se

deixar abater pelo desânimo e desinteresse.

Pois,

“O trabalho com os jogos nas séries iniciais do Ensino Fundamental é essencial ao desenvolvimento da cultura corporal da criança, bem como importante, pois possibilita aos alunos, desde cedo, a oportunidade de desenvolver habilidades corporais e de participar de atividades culturais como jogos, esportes, lutas, ginásticas e danças, com finalidades de expressão de sentimentos, afetos e emoções”.( Parâmetros Curriculares Nacionais Nacionais: Educação Física, 1997).

• 2 responderam que os jogos não são trabalhados nas aulas de Atividades

Esportivas, por falta de um professor especifico para ministrar as aulas de Educação

Física.

Este resultado mostra que alguns professores não se sentem dispostos a

realizarem atividades esportivas ou aulas de Educação Física, devido o fato de não ter

sido preparados e de sentirem falta de um professor específico para trabalhar com

essas aulas de atividades esportivas.

21

Diante deste quadro, cabe ao professor de Atividades, procurar planejar suas

aulas e correlacioná-las com os jogos/atividades esportivas para que as crianças não

percam o direito de terem aulas de Educação Física.

“Se o professor polivalente quem ministra as aulas de Educação Física abre-se à possibilidade de, além das aulas já planejadas na rotina semanal, programar atividades em momentos diferenciados, por exemplo, logo após alguma atividade que tenha exigido das crianças em grau muito grande de concentração, de forma a balancear o tipo de demande solicitado.”(Parâmetros Curriculares Nacionais,2001:60).

• Outros 2 professores disseram que levam os alunos para recrearem em algum

espaço da escola usando alguns materiais disponíveis com corda, bola.

Esses dois entrevistados demonstram a preocupação de levarem seus alunos

para recrearem, mesmo que não seja para realizar uma aula com atividades esportivas

propriamente ditas. É importante ressaltar que:

“Quando a criança joga, ela está tornando suas ações significativas, desenvolvendo sua autonomia e refletindo sobre suas escolhas e decisões. Dessa maneira, o jogo se torna um elemento essencial para provocar mudanças em suas necessidades e em seu nível de consciência. Observe, então, professor, que nada melhor do que utilizar o jogo como recurso pedagógico em todos os momentos na escola como um todo e na sala de aula, em particular”. (JOANA D’ ARC.2003:269).

• Os outros dois professores responderam que o jogo não é valorizado e não

recebe a devida importância.

Percebe-se que esses professores reconhecem que o jogo poderia ser mais

utilizado, só que a falta da merecida atenção faz com que fique esquecido. E também

falta de recursos e pesquisa sobre a importância do jogo para a escola, faz com que ele

seja valorizado pelos professores. O projeto político pedagógico poderia ser um elo

entre o conteúdo a ser ensinado e os jogos.

Froebel coloca o jogo no mesmo estágio da linguagem, concebendo ambos

como expressões do interior e fatos vitais para o ser humano. Para ele, a criança é

naturalmente dotada de uma riqueza interior, que se manifesta espontaneamente. Por

22

ser interior e espontâneo, o jogo exprime profundas verdades sobre a vida, daí seus

efeitos positivos sobre a criança. ”(JOANA D’ ARC,2003:225).

Segundo Vygotsky, o jogo com uma aplicação pedagógica pode ser um

instrumento de grande valia, pois evidencia a qualidade desenvolvimento humano e

envolve sempre mais de uma pessoa, gerando interações sociais, condição central.

Jogando as pessoas vão além de seu nível de desenvolvimento, gerando uma zona de

desenvolvimento proximal pela reconstrução de real. O envolvimento das pessoas no

jogo, agindo de forma espontânea e criativa, gera o fenômeno da ludicidade nos

participantes. (JOANA D’ ARC,2003:265).

Analisando a terceira pergunta:

Que tipo de jogo esportivo os alunos que você ministra aula costuma brincar?

Todos participam? Por quê?

00,5

11,5

22,5

33,5

4

Nº de Professores

Resposta AResposta BResposta C

Reposta A - Os meninos gostam de futebol e as meninas de queimada. Alguns

não participam porque não gostam da brincadeira e só ficam observando.

Reposta B - Os alunos não gostam de nenhum jogo e também não participam

de nada com relação a jogos esportivos.

Reposta C - Eles brincam de brincadeiras lúdicas, gincana, pique –pega,

brincadeiras de roda, adedonhas.

• 4 professores responderam que os meninos gostam de futebol e as meninas de

queimada. Alguns não participam porque não gostam da brincadeira e só ficam

observando.

O futebol é uma modalidade bastante praticada nas ruas, escolas, etc.

23

Os meninos demonstram uma grande paixão pelo futebol, pois o próprio veículo

de comunicação destaca grandes ídolos que fascinam as crianças e despertam

grandes paixões pelo futebol.

Então,

“Para os jogadores e o povo em geral, representa também, pelo menos no

imaginário, a oportunidade de ascensão econômica de alcançar um status social mais

elevado...”(Eustáquio de Paula, 1996:104).

Outro ponto importante que deve ser destacado é que:

O esporte, não deve ser ensinada de forma estante ou fragmentada. Temos que

dar oportunidade de todos aprenderem o esporte sem se sentir incapaz ou discriminado

perante os colegas. Devemos levar em conta suas habilidades para que se sintam

competentes. Freire (2003) propõe e defende de que as escolas de futebol devem

ensinar as crianças por meio de brincadeiras, não apenas repetindo o que é ou era

feito... ( Esporte Escolar,2004:33).

Quanto ao fato de todos não participarem podemos lembrar que as meninas não

demonstram tanto interesse pelo futebol, pois não há aqui no Brasil grandes incentivos

para que elas também pratiquem este esporte. Algumas se sentem envergonhadas de

participar e até chegam a dizer que futebol é só para os meninos e não para elas. Daí

aparece, segundo a pesquisa, a opção da queimada que é uma brincadeira com

bastante movimento e atenção.

Será que já paramos para observar o jogo de queimada? A bola é passada com

vigor e ritmo – rápido, corrido, repetido, todos os sentidos estão presentes, cada um

dos jogadores descobre seu próprio ritmo ao jogar o jogo.

Podemos assim dizer que no jogo está à alma das relações humanas, é ali que

as crianças se preparam inconscientemente para o mundo chamado de sério.

Por isso,

“... é importante que o professor proporcione variedades motoras nas aulas,

visando contribuir para o desenvolvimento integral de seus alunos.”(JOANA D’

ARC,2003:280).

24

• 1 professora ressaltou que os alunos não gostam de nenhum jogo e também

não participam de nada com relação a jogos esportivos.

Percebe-se que talvez essa professora não tenha dado oportunidade dos alunos

participarem de atividades esportivas que estejam ligadas ao jogo. Ela não consegue

perceber e despertar nos alunos tal importância para a vida social do jogo para essas

crianças, pois o movimento faz parte do dia-a -dia da criança.

“Brincar livremente oferecer inúmeras oportunidades educativas: desenvolvimento corporal e mental harmonioso, estímulo à criatividade, à cooperação, etc... É importante propiciar à criança oportunidades para muitas brincadeiras espontâneas e jogos livres, para que ela desfrute a alegria de brincar em conjunto, favorecendo a sua socialização” (Recreação e Arte,p.08).

• As outras 3 professoras responderam que eles brincam de brincadeiras lúdicas,

gincana, pique –pega, brincadeiras de roda, adedonhas.

Percebe-se que esses alunos brincam de brincadeiras infantis e outras que

fazem parte de seu cotidiano. Essas brincadeiras iniciam na criança a construção de

conhecimento e ajudam no seu desenvolvimento.

“Do ponto de vista histórico, a análise do jogo é feita a partir da imagem da criança presente no cotidiano de uma determinada época. O lugar que a criança ocupa num contexto social específico, a educação a que está submetida e o conjunto de relações sociais que mantém com personagens do seu mundo, tudo isso permite compreende melhor o cotidiano infantil – é nesse cotidiano que se forma a imagem da criança e do seu brincar” (Jogos Infantis,1993:7).

Diante da quarta pergunta:

Qual a importância do jogo no seu trabalho pedagógico?

012345678

Nº de Professores

Resposta A

25

Resposta A - Reconheço a importância dos jogos e que eles relaxam, divertem,

trazem satisfação, desenvolvem habilidades de convivência, dá prazer, liberdade e é

essencial para a vida.

• Todos os 8 entrevistados reconheceram a importância dos jogos e ressaltaram

que ele relaxa, diverte, traz satisfação, desenvolve habilidades de convivência, da

prazer, liberdade e é essencial para a vida.

Diante das respostas apresentadas o jogo é importante para criança, pois:

“Brincar livremente oferecer inúmeras oportunidades educativas: desenvolvimento corporal e mental harmonioso, estímulo à criatividade, à cooperação, etc... É importante propiciar à criança oportunidades para muitas brincadeiras espontâneas e jogos livres, para que ela desfrute a alegria de brincar em conjunto, favorecendo a sua socialização” (Recreação e Arte,p.08).

Refletindo sobre a quinta pergunta:

Como deveria ser o trabalho com jogos nas aulas de Atividades Esportivas?

0123456

Nº de Professores

Resposta AReposta B

Resposta A - As aulas de atividades esportivas deveriam ser com um professor

especializado ou que pelos menos houvesse cursos de especialização nesta área

oferecidos pela rede de ensino público como o programa Segundo Tempo e outra

sugestão é que houvesse na escola pessoas preparadas para orientá-los.

Resposta B - Esse trabalhado com atividades esportivas deveria ser mais

direcionado e praticado visando desenvolver valores, virtudes, além de atividades

físicas e mentais. Gostaria de ser orientado por professores especializados na área de

Educação Física.

26

• 6 professores responderam que as aulas de Atividades Esportivas deveriam ser

com um professor especializado ou que pelos menos houvesse cursos de

especialização nesta área oferecidos pela rede de ensino público como o programa

Segundo Tempo e a outra sugestão, seria que houvesse na escola pessoas

preparadas para orientá-los.

Essa discussão é bastante antiga e bem delicada. Não podemos deixar de ouvir

essas angústias, pois se percebe que hoje, os professores de Atividades se sentem

sobrecarregados pelas competências que terão de desenvolver ao longo do ano, fora à

dificuldade que enfrentam com relação à falta de coordenadores e de uma escola bem

estruturada para se trabalhar. Lembro-me que antigamente tínhamos no Ensino

Fundamental, professores de artes e de recreação que acrescentavam no trabalho

pedagógico, pois traziam consigo o desejo de resgatar a arte e a música para a escola.

Percebe-se que esses professores entrevistados apesar de toda a dificuldade,

continuam tentando fazerem um bom trabalho.

Apesar da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ter reconhecido a

importância da Educação Física para os alunos e para o desenvolvimento da

aprendizagem , ela esqueceu de preparar os professores para exercer tais atividades.

Vejamos o que diz:

“A Lei de Diretrizes e Bases promulgada em 20 de dezembro de 1996 busca o caráter que a Educação Física assumiu nos últimos anos ao explicitar no art. 26, § 3°, que “ a Educação Física, integrada à proposta pedagógica de escola, é às condições da população escolar, Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativo nos cursos noturnos”. Dessa forma, a Educação Física deve ser exercida em toda a escolaridade de primeira a oitava séries, não somente de quinta a oitava séries, como era anteriormente.”(Parâmetros Curriculares Nacionais,2001:23)

• Os outros 2 professores responderam que esse trabalhado com atividades

esportivas deveria ser mais direcionado e praticado visando desenvolver valores,

virtudes, além de atividades físicas e mentais. Cabe ressaltar que os professores

entrevistados citaram a necessidade de serem orientados por professores

especializados na área de Educação Física.

Os Parâmetros Curriculares ressaltam a importância de se trabalhar a formação

integral do individuo através da Educação Física. E diz:

27

“A Educação Física tem como objetivo estimular o desenvolvimento psicomotor e, como princípio fundamental, despertar a criatividade, além de contribuir para a formação integral do educando, utilizando-se das atividades físicas para o desenvolvimento de todas as suas possibilidades. É um trabalho muito significativo, pois nessa faixa etária o sistema nervoso da criança diversifica-se para posteriormente chegar à maturação completa”.

Com relação a ter um professor de Educação Física para ministrar as aulas ou

orientá-los, o Curso de Especialização em Esporte Escolar oferecido pela UnB, para os

professores que tem sua formação em Pedagogia é um suporte para ajudar esses

professores que agora já tem uma nova visão com relação a esse assunto, mas ainda

fica uma dúvida: E os outros professores que não foram contemplados com esse curso?

Será que vão ter oportunidade? Interesse? E as crianças como ficam? Acredito que

esse trabalho é apenas um começo para várias discussões que ainda ocorrerão com

relação a esse tema.

Analisando a sexta pergunta:

Em sua formação acadêmica, houve uma preparação em relação ao trabalho

didático com Jogos Esportivos Nas Séries Iniciais?

0

2

4

6

8

Nº de Professores

Resposta A

Reposta A – Não, pelo que lembro não tive essa preparação.

• Os 8 entrevistados responderam que não, pois todos são formados em

Pedagogia e disseram que faz muito tempo que se formaram e não se lembram.

O professor tem que conhecer o jogo que vai trabalhar, para que a criança não

se sinta discriminada pela ação do professor, pois através dele, elas se sentem felizes e

desenvolvem sua imaginação. Se o mestre tiver preparado para trabalhar com

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Atividades Esportivas, poderá também desenvolver sua criatividade.É importante

lembrar que:

“ O educador deve conhecer e dominar cada jogo selecionado antes de propor para o grupo. O papel do educador será o de acompanhar a criança durante a prática da atividade, mediando as situações, facilitando sua integração ao ambiente e participando do mesmo como elemento estimulador em todas as oportunidades, cuidando para que tudo esteja em harmonia’’. (Recreação e Arte,p.07).

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4 ANÁLISES, CRÍTICAS E SUGESTÕES Após conclusão da pesquisa ficou notória a dificuldade que os professores

enfrentam em ministrar as aulas de educação Física, seja por falta de preparo, por falta

de espaço físico ou material para execução do mesmo. E também o que pude perceber

é que embora os entrevistados tenham o conhecimento da importância de se trabalhar

com Atividades Esportivas ela ainda está ficando esquecida, pois a preocupação com

as competências a ser desenvolvido estar mais ligada ao aspecto cognitivo do aluno,

ficando assim esquecido que os jogos Esportivos também podem auxiliar o professor

nestas atividades tornando as aulas mais atraentes.

O Programa Segundo Tempo é uma forma de dinamizar a escola e de resgatar o

entusiasmo pelo esporte de uma forma agradável descobrindo novos atletas de

maneira natural e prazerosa. Pena a burocracia e a falta de respeito tenha chegado a

ponto de acabar com o mesmo nesta escola, esquecendo dos alunos que mal puderam

apreciar este Programa.

Diante de tudo que foi apresentado espero que o seguinte trabalho possa servir

como reflexão para todos os órgãos de educação, no sentido de repensar a importância

de se ter professores mais qualificados nesta área para se trabalhar com atividades

esportivas.

Outra sugestão é criar espaços adequados para que possa executar as

atividades esportivas com segurança e qualidade.

Vale salientar a importância de se ter professores graduados em Educação

Física também nas séries iniciais, ou que sabe o retorno do programa Segundo Tempo

às escolas públicas.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Depois de pesquisar sobre a importância dos jogos como atividades esportivas

nas séries iniciais, percebi que muitos autores falam especificamente dos jogos para as

crianças e da preparação do professor para executar tais atividades.

Ficou explicito que há uma grande preocupação por parte dos professores

entrevistados em ministrar essas aulas com segurança e planejamento. Todos eles,

hoje não se sentem preparados, seja pela falta de espaço físico, por falta de material

esportivos ou pela falta de preparação do professor em atividades( 1ª a 4ª). Eles

sentem uma grande angústia, devido o fato não ter professor especifico para essa área

e nem cursos que possam ser suporte para que haja entusiasmo e segurança para

realizar aulas de Educação Física.

Tendo em vista que esta escola teve durante 15 dias, o programa Segundo

Tempo implantado e depois vetado pela Regional de Ensino de Sobradinho, por

motivos desconhecidos pelos professores e alunos. O que causou uma grande

frustração para a escola, pois os alunos sentiam prazer em participar das atividades do

programa Segundo Tempo. Vale ressaltar que durante estes 15 dias as crianças

sentiram muita vontade e alegria em praticar as atividades esportivas, junto aos

professores da área.

Enquanto isso, as crianças como sempre ficam prejudicadas e presas nas salas,

pois o sistema de educação ainda não funciona. O professor de Educação Física

encontra-se desvalorizado e jogado nos cantos das escolas, muitas vezes trabalhando

nas escolas isoladamente ou frustrados por terem feito um curso que hoje, como no

passado, ainda não é valorizado. Sem contar que, todos reconhecem a importância do

esporte para a vida da criança, que muitas vezes encontra nele a esperança de

resgatar sua auto-estima e de se alto firmar na sociedade.

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REFERÊNCIAS

BROTTO, Fábio Assunção Otuzi. Jogos cooperativos: o jogo e o esporte como exercício de convivência. SP: Projeto Cooperação, 2001.

BROUGÈRE, Gilles. Jogo e Educação. Tradução Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artmed, 1988.

Educação Física de 1ª a 4ª série – 1º grau. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Física e Desportos – SEED/MEC, Brasília, 1981.

FÉLIX, Joana d’Arc Bicalho (org.). Componente Curricular: Educação e movimento.Brasília: UniCEUB, 2003. ( Aprendendo a Aprender,5).

JUNQUEIRA, Maria de Fátima Pinheiro da Silva. O brincar e o desenvolvimento infantil. São Paulo: Cortez, 2000.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogos infantis: o jogo a criança e a educação. Petrópolis, Rj:Vozes,1993.

Manifestações os jogos/ Micheli Ortega Escobar et al.-Brasília: Universidade de Brasília, Centro de Educação a Distância,2005.128p.:il. ( Esporte Escolar, Cursos de Especialização,4).

MARANHÃO, Diva Nereida M. Machado. Recreação e Artes. Jogos e brincadeiras na prática pedagógica. Universidade Cândido Mendes. Data Brasil, Ensino e Pesquisa.

Mec e Secretaria de Educação Física e Desportos. Educação Física1ª a 4ª série. Brasília: MEC/SEED, 1981.

Mec e Secretário de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEE, 2001.

Secretaria da Educação Fundamental.vol.03,ed.-Brasília: A Secretaria,2001.

TEIXEIRA, Hudson Ventura & PINI, Mário Carvalho. Aulas de Educação Física 1º Grau. IBRASA – Instituição Brasileira de Difusão Cultural Ss. A.,São Paulo, 1997.

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APÊNDICE I FORMULÁRIO DE ENTREVISTAS COM OS PROFESSORES

Instituição: --------------------------------------------------------------------------------------------------- 1) O que é jogo para você? 2) Como acontece atualmente o trabalho com jogo na escola durante as aulas de Atividades esportivas? 3) Que tipo de jogo esportivo os alunos costumam brincar? Todos participam? Por quê? 4) Qual a importância do jogo nas aulas de Atividades Esportivas? 5) Como você acredita que deveria ser o trabalho com jogos nas aulas de Atividades esportivas? 6) 6) Em sua formação acadêmica, houve uma preparação em relação ao trabalho didático com Jogos Esportivos Nas séries iniciais?

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APÊNDICE II COLETA DE DADOS

FORMULÁRIO DE ENTERVISTA COM OS PROFESSORES INSTITUIÇÃO: ESCOLA CLASSE 12 DE SOBRADINHO.

1. O que é jogo? a) É uma atividade que necessita da participação de um indivíduo ou mais, onde há

regras implícitas ou explicitas.

b) Atividade física fundada em sistema de regras que definem a perda ou ganho. c) É uma atividade recreativa com regras e normas. d) São atividades em grupo que possuem regras e promovem a solidariedade, o

trabalho em grupo, a disciplina, o perder e ganhar, etc. e) Brincadeiras com regras. f) São atividades que se brinca, se compete e se diverte. g) Conjunto de competições e divertimento submetido a regras. h) Atividades com regras pré- estabelecidas. 2. Como acontece atualmente o trabalho com jogo na escola durante as aulas de atividades Esportivas? a) Não é trabalhado, por falta de um profissional.

b) Não temos aulas de Atividades esportivas.

c) O professor leva seus alunos para recrear em algum espaço da escola, utilizando

materiais disponíveis.

d) O jogo não recebe a atenção necessária. Não é valorizado. Não é dirigido pelos

professores.

e) São brincadeiras cm regras.

f) Acontece de forma livre. Quando acontece.

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g) Acontece algumas vezes espontaneamente e em outras conduzido com a mediação

do professor.

h) Na escola não temos aulas de atividade esportiva, apenas recreações, onde se

utiliza corda, elástico e bola.

3. Que tipo de jogo esportivo os alunos costumam brincar? Todos participam? Por quê? a) Queimada, futebol,bandeirinha. Nem todos participam porque alguns não gostam ou

não têm o incentivo adequado.

b) Futebol e queimada. A maioria participa, os que não aderem a brincadeira

costumam levar brinquedos e livros para o local da recreação por não sentir atraídos

por tais atividades.

c) Futebol.Não. E as meninas de queimada.

d) Futebol e queimada. Não. Alguns alunos não participam porque não gostam.

e) Nenhum.

f) Eles brincam de caça palavras, adedonhas, piques e cirandas.

g) Corda e bola. Nem todos participam.

h) Brincadeiras lúdicas, tipo gincana.

4. Qual a importância do jogo no seu trabalho pedagógico?

a) Acredito que o jogo é importante para todos os tipos de atividades.

b) O jogo é de importância fundamental no dia a dia escolar, não só como instrumento

metodológico, como também como uma atividade de prazer e liberdade.

c) Penso que é fundamental.

d) É importante embora muitas vezes tenho deixado de lado.

e) É importante, pois diverte, relaxa e deixa a criança mais livre e satisfeita.

f) É essencial.

g) É importante, pois desenvolve habilidade para convivência.

h) É importante, pois desenvolve as partes motoras, físicas e sociais

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5. Como você acredita que deveria ser o trabalho com jogos nas aulas de Atividades Esportivas? a) Dirigido por alguém da área ou que tivéssemos preparo para desenvolvê-los.

b) Dirigido por um professor específico na área de Educação Física.

c) Deveria ser com um professor com formação específica na área de Educação

Física.

d) Deveria ter um professor específico para essa atividade.

e) Com um professor especializado em Educação Física.

f) Deveria seguir um planejamento com outro qualquer, com um professor

especializado.

g) Mais praticado e melhor orientado.

h) Professor formado na área de Educação Física.

6. Em sua formação acadêmica, houve uma preparação em relação ao trabalho didático com Jogos Esportivos Nas Séries Iniciais?

a) Houve um breve comentário, sem grandes aprofundamentos.

b) Não.

c) Sim, porém muito pouco.

d) Não me lembro.

e) Não.

f) Não.

g) Infelizmente outras áreas de conhecimento (linguagem e raciocínio) foram muito

mais privilegiadas.

h) Não.