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Jornada do leitor Joseph Campbell - “O Herói de mil faces” Christopher Vogler - “A jornada do escritor” Walter Benjamin - “O narrador” É fato que para contar uma história alguém deve narrá-la. Seja através da tradição oral, seja na tradição escrita, essas histórias necessitam de olhos e ouvidos para que sejam vividas. Na tradição oral esse é papel desenvolvido por todos do grupo, na tradição escrita esse é papel do leitor. A princípio, esse insight se deu através da leitura de “O Herói de mil faces” e de “A jornada do escritor”. Uma lacuna simples de visualizar era a do leitor. Com Campbell temos o “herói”, suas mil faces, nosso personagem, o elemento principal para que uma história ocorra, os personagens em suas faces humanas e sobre humanas nos mitos, nas jornadas (santo Graal, por exemplo). Com Vogler temos os arquétipos de Campbell em comparação com as linguagens, principalmente do cinema;linguagens contemporâneas que tem a função de “mitos modernos” e que apresentam inúmeros momentos de convergência. Tendo isso em vista, como pensar a “jornada do leitor” através do “mono-mito” proposto por Campbell e redimensionado ao escritor por Vogler. Afinal de contas, se na tradição oral muitos são os contadores e muitos mais aqueles que escutam, na tradição escrita muitos são os escritos e muitos mais aqueles que os leem. A partir desse pensamento, a saber, a da jornada do leitor Jornada do Herói Campbell Jornada do escritor Vogler Jornada do leitor 1. Mundo Comum 1. Consciência limitada Mundo comum (não-leitor) 2. Chamado à aventura 2. Aumento dessa consciência Chamado ao livro: Formas de chamado 3. Recusa 3. Relutância Recusa: formas

Jornada Do Leitor

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jornada do leitor

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Jornada do leitor

Joseph Campbell - O Heri de mil faces

Christopher Vogler - A jornada do escritor

Walter Benjamin - O narrador

fato que para contar uma histria algum deve narr-la. Seja atravs da tradio oral, seja na tradio escrita, essas histrias necessitam de olhos e ouvidos para que sejam vividas. Na tradio oral esse papel desenvolvido por todos do grupo, na tradio escrita esse papel do leitor.

A princpio, esse insight se deu atravs da leitura de O Heri de mil faces e de A jornada do escritor. Uma lacuna simples de visualizar era a do leitor. Com Campbell temos o heri, suas mil faces, nosso personagem, o elemento principal para que uma histria ocorra, os personagens em suas faces humanas e sobre humanas nos mitos, nas jornadas (santo Graal, por exemplo). Com Vogler temos os arqutipos de Campbell em comparao com as linguagens, principalmente do cinema;linguagens contemporneas que tem a funo de mitos modernos e que apresentam inmeros momentos de convergncia.

Tendo isso em vista, como pensar a jornada do leitor atravs do mono-mito proposto por Campbell e redimensionado ao escritor por Vogler. Afinal de contas, se na tradio oral muitos so os contadores e muitos mais aqueles que escutam, na tradio escrita muitos so os escritos e muitos mais aqueles que os leem. A partir desse pensamento, a saber, a da jornada do leitor

Jornada do Heri CampbellJornada do escritor VoglerJornada do leitor

1. Mundo Comum1. Conscincia limitadaMundo comum (no-leitor)

2. Chamado aventura2. Aumento dessa conscinciaChamado ao livro: Formas de chamado

3. Recusa3. Relutncia em mudarRecusa: formas de recusa

4. Encontro com o mentor4. Superando a relutnciaEncontro com professores, pais, contadores,etc.

5. Travessia do 1 limiar5. Compromisso com a mudanaAs primeiras pginas de um livro ou as ltimas?

6. Testes, aliados, inimigos6. Experimentando a 1 mudanaTestes:relacionar-se com o personagem e a histria Aliados einimigos: tempo, trabalho burocracia

7. Aproximao da caverna oculta7. Preparando para a grande mudanaMomento de considerao da histria. H como voltar?

8. Provao8. Tentando a grande mudanaAfastar aquilo que incomoda o leitor e realmente ler

9. Recompensa (apanhando a espada)9. Consequencias da tentativa (melhorias e recuos)

10. Caminho de volta10. Nova dedicao mudana

11. Ressureio11. tentativa final da grande mudana

12. Retorno com o elixir12. Domnio final do problema

Textos que focalizam o leitor:

talo Calvino - Se um viajante numa noite de inverno; Amores difceis (conto A Aventura de um leitor).

Daniel Pennac - Como um romance

Machado de Assis contos e romances em que aparece o leitor.

Julio Cortzar - Final de Jogo (conto A continuidade dos parques)

Umberto Eco

Teoria da Recepo e Esttica da Recepo Jauss e Iser

Vicent Jouve A Leitura

Sonho:

1 sonho:

Um negro cavando com uma enxada um terreno. Camisa branca meio transparente aberta no peito, cala marrom social bem gasta, havaianas branca e azul. Com chapu depalha. Ele carpia com energia e rodava vrias vezes a cabea em crculos tres para um lados tres para o outro, e cantava:

criola de cavuc, a terra que tem minhoca eu gost de cavuca - joo da baiana

2 sonho:

Um tubaro que me abocanhou com tanta fora que virou do avesso e todos os rgos dele se espatifaram em mim. Eu fiquei todo ensanguentado e perplexo, o mais louco que eu no estava na gua.

3 sonho:

Com uma cigana de pele escura, como uma indiana, ela estava toda de amarelo, havia brincos de ouro e vrios fios que percorriam todo o corpo dela. Ela danava com um sol forte e sozinha e tinha muita areia, como um deserto;eu no vi seus ps. Logo em seguida uma outra cigana bem branca, muito branca de lbios bem vermelhos,os olhos e o cabelo bem pretos e ela usava blusa branca e saia vermelha at o p descalo. Ela apontou para o lado esquerdo com a a mo direita com o dedo indicador em riste e ao memo tempo apontou a perna e o p direitopara frente e fez um quase crculo com a perna e o brao, apontando para cima e fazendo o arco com mo,junto a perna direita fez umcrculo sem tocar no cho enquanto ela se equilibrava com a perna esquerda.

Nas cenas das duas mulheres no havia msica, aprimeira danava enrgica e com muito movimentos, mas no me olhava. Na segunda,ela me olhava fixo e me indicava os movimentos, tudo em uma cmera lenta.