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O auditório da Faculdade de Arquitetura/UFBA ficou lotado na última sexta (01/04) para ouvir o jornalista Paulo Henrique Amorim, que veio a Salvador a convite do Sindipetro Bahia para lançar o livro “O QUARTO PODER”. PHA criticou a seletividade da Operação Lava Jato e o escândalo dos grampos ilegais, sem deixar de criticar os governos Lula e Dilma por não enfrentarem a Rede Globo. Segundo ele, “o poder da Globo é incompatível com um governo democrático”. Pág. 3 “Golpe nunca mais. Democracia sempre!”. A frase resume o recado dado por mais de 800 mil pessoas em todos os estados do país e no Distrito Federal, na quinta- -feira, 31/03, lembrando esta mesma data do ano de 1964, quando foi deflagrado no Brasil um golpe militar contra o governo legalmente constituído do presidente João Goulart. O restante da história co- nhecemos muito bem: foram 21 anos de censura, perseguição política, tortura e supressão de direitos constitucionais. É contra a volta desses tempos terrí- veis que a sociedade organizada das áreas urbana e rural está ocupando as ruas do país. Em Brasília, a Marcha dos 100 Mil ex- trapolou as expectativas- foram mais de 200 mil em frente ao Palácio do Planalto. Os petroleiros baianos e diretores do Sin- dipetro Bahia estavam presentes, atende- ram à convocação das Frentes Brasil Popu- lar e Povo sem Medo e foram em comitiva engrossar o coro contra o impeachment, contra a corrupção, em defesa do pré-sal, da Petrobrás e da Democracia. Para os manifestantes não há argumentos jurídi- cos para o impedimento de Dilma e o que está em curso no Brasil é um novo golpe. O coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, lembrou os petroleiros que foram perseguidos e perderam seus empregos na ditadura militar. Para ele “a Jornalista Paulo Henrique Amorim critica Lava Jato e grampos ilegais em evento promovido pelo Sindipetro Bahia WANDAICK COSTA WALMIR CIRNE 4 de Abril 2016 | nº 195 Milhares dizem não ao golpe, em todo o país! #JORNADADADEMOCRACIA NA WEB Episódio que aconteceu com petroleiros no avião da Gol viralizou na rede. Repetindo em coro a frase “Não vai ter Golpe”, eles calaram parlamentares direitistas PIDV Trabalhadores que ainda não se aposentaram terão grandes perdas se aderirem ao Programa Pág. 2 Pág. 4 ideia de que possa haver um retrocesso no país, que hoje está sob ameaça de correntes políticas, empresarias e jurídi- cas direitistas que têm como o objetivo a entrega das nossas riquezas (pré-sal) ao capital estrangeiro e o corte de direitos trabalhistas e sociais, vem dando uma “in- jeção de força” à sociedade organizada.” diálogo JORNAL JORNAL SEMANAL DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DA BAHIA anos Resgatando o passado para construir o futuro

#JORNADADADEMOCRACIA Milhares dizem não ao golpe, em … · A frase resume o recado dado por mais de 800 mil pessoas em todos os estados ... quando foi deflagrado no Brasil um golpe

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O auditório da Faculdade de Arquitetura/UFBA ficou lotado na última sexta (01/04) para ouvir o jornalista Paulo Henrique Amorim, que veio a Salvador a convite do Sindipetro Bahia para lançar o livro “O QUARTO PODER”. PHA criticou a seletividade da Operação Lava Jato e o escândalo dos grampos ilegais, sem deixar de criticar os governos Lula e Dilma por não enfrentarem a Rede Globo. Segundo ele, “o poder da Globo é incompatível com um governo democrático”. Pág. 3

“Golpe nunca mais. Democracia sempre!”. A frase resume o recado dado por mais de 800 mil pessoas em todos os estados do país e no Distrito Federal, na quinta--feira, 31/03, lembrando esta mesma data do ano de 1964, quando foi deflagrado no Brasil um golpe militar contra o governo legalmente constituído do presidente João Goulart. O restante da história co-nhecemos muito bem: foram 21 anos de censura, perseguição política, tortura e supressão de direitos constitucionais.

É contra a volta desses tempos terrí-veis que a sociedade organizada das áreas urbana e rural está ocupando as ruas do país. Em Brasília, a Marcha dos 100 Mil ex-

trapolou as expectativas- foram mais de 200 mil em frente ao Palácio do Planalto. Os petroleiros baianos e diretores do Sin-dipetro Bahia estavam presentes, atende-ram à convocação das Frentes Brasil Popu-lar e Povo sem Medo e foram em comitiva engrossar o coro contra o impeachment, contra a corrupção, em defesa do pré-sal, da Petrobrás e da Democracia. Para os manifestantes não há argumentos jurídi-cos para o impedimento de Dilma e o que está em curso no Brasil é um novo golpe.

O coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, lembrou os petroleiros que foram perseguidos e perderam seus empregos na ditadura militar. Para ele “a

Jornalista Paulo Henrique Amorim critica Lava Jato e grampos ilegais em evento promovido pelo Sindipetro Bahia

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4 de Abril 2016 | nº 195

Milhares dizem não ao golpe, em todo o país!

#JORNADADADEMOCRACIA

NA WEB Episódio que aconteceu com petroleiros no avião da Gol viralizou na rede. Repetindo em coro a frase “Não vai ter Golpe”, eles calaram parlamentares direitistas

PIDVTrabalhadores que ainda não se aposentaram terão grandes perdas se aderirem ao Programa

Pág. 2 Pág. 4

ideia de que possa haver um retrocesso no país, que hoje está sob ameaça de correntes políticas, empresarias e jurídi-cas direitistas que têm como o objetivo a

entrega das nossas riquezas (pré-sal) ao capital estrangeiro e o corte de direitos trabalhistas e sociais, vem dando uma “in-jeção de força” à sociedade organizada.”

diálogoJ O R N A L

JORNAL SEMANAL DO SINDICATO DOS PETROLEIROS DA BAHIA

anos

Resgatando o passado para construir o futuro

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4 de Abril 2016 | nº 195 anos

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Cerca de 30 mil lotam centro da cidade em defesa da democracia

Vai ter trabalhador no avião sim

Coletivo prepara o 4º Encontro

SALVADOR - NÃO VAI TER GOLPE!

VAI TER LUTA!

MULHERES PETROLEIRAS

Em Salvador, a manifestação, na quinta--feira, 31/03, reuniu cerca de 30 mil pesso-as, que saíram em caminhada, às 16h, da Praça da Piedade ao Campo da Pólvora. O ato, além de defender a democracia, foi organizado em memória dos mortos e desaparecidos durante a ditadura.

Houve críticas ao presidente da Câ-mara, Eduardo Cunha, “um corrupto que continua impune” ao vice-presidente Michel Temer, ao juiz Moro e parte da mídia- em particular à Rede Globo, que

“manipula as informações e incentiva o golpe no país, como fez em 1964.”

Ao passar em frente ao prédio da OAB- Bahia, os manifestantes reprova-ram a posição nacional da Ordem dos Advogados do Brasil entoando a frase “a verdade é dura, a OAB apoiou a ditadura- e está apoiando o golpe”. Mas centenas de advogados que marcaram presença no ato, deixaram claro que são contra a posição adotada pela instituição. Cerca de 600 advogados baianos assinaram

um manifesto com posição contrária ao adotado pela OAB, que apoia o impea-chment da presidente. Representantes da classe médica também protestaram, repudiando a posição de suas entidades.

A manifestação terminou à noite no Campo da Pólvora, em frente ao Fórum Ruy Barbosa e ao monumento aos mi-litantes políticos que foram torturados, desapareceram ou morreram durante a ditadura militar, com uma emocionante homenagem às vítimas da ditadura. Na

Bahia, houve manifestação também nas cidades de Feira de Santana e Araci.

Enquanto a sociedade organizada, os movimentos sindicais e sociais ganham força na luta contra o golpe e a favor da democracia, os entreguistas de direita se desesperam.

Sem argumentos, eles só sabem xin-gar como fizeram na manhã da sexta-feira, 01/04, no voo 1250 da Gol, que saia de Bra-sília para Salvador. Na aeronave estavam dezenas de trabalhadores e diretores do

Sindipetro Bahia que voltavam de Brasília da grande manifestação a favor da demo-cracia e contra o golpe.

Os deputados José Carlos Aleluia (DEM) e Lúcio Vieira Lima (PMDB), fi-caram incomodados com a presença de trabalhadores, negros e pobres dentro do mesmo avião em que estavam e se irritaram com o fato da Democracia ser defendida pela ampla maioria dos passa-

geiros que gritavam “Não vai ter GOLPE, vai ter luta”.

Demonstrando furor e aos berros, o deputado José Carlos Aleluia (DEM) gritou que “o avião só iria levantar voo, se todo mundo ficasse quietinho”. Após a tragi-cômica cena do filho da ditadura, acos-tumado com os aviões cheios de barões, a aeronave levantou voo, transportando uma esquerda orgulhosa e consciente da

sua capacidade de luta. E uma minoria da direita, que vai ter que compartilhar as cadeiras das aeronaves com os pedreiros, garis, lavadeiras e empregadas domésticas e seus filhos.

O vídeo do episódio gravado na ae-ronave foi exibido em diversos sites e compartilhado por milhares de internau-tas confira em http://goo.gl/RqdtSB (link encurtado)

O coletivo nacional de mulheres petro-leiras fez reunião na terça (22/03) para tratar da agenda de 2016 e da organi-zação do 4° Encontro Nacional de Mu-lheres Petroleiras, que será realizado no período de 20 a 22 de maio, em Macaé, Rio de Janeiro.

Segundo a coordenadora Rosângela Maria, o tema escolhido pelo coletivo foi “Mulheres protagonistas da história, vozes femininas já se levantavam desde muito cedo na luta por direitos iguais”. O encontro contará com participação de trabalhadoras do Sistema Petrobrás de

vários estados, além de representações do Sindiquimica, da CTB, CNQ, CUT, da Secretária de Políticas para Mulheres e de movimentos sociais. A programação completa do encontro está sendo fina-lizada e será divulgado o mais rápido possível.

SIN

DICA

TOSI

NDI

CATO

FUP e FNP constroem calendário conjunto de lutas em defesa da Petrobrás e do Pré-Sal. Saiba mais em www.sindipetroba.org.brCALENDÁRIO DE LUTAS

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nº 195 | 4 de Abril 2016anos

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Evento com Paulo Henrique Amorim é sucesso de público e crítica

O QUARTO PODER

Diálogo – Qual foi a sua motivação ao escrever O QUARTO PODER – UMA OUTRA HISTÓRIA ?

Paulo Henrique Amorim – Foi contar a história da construção e desenvolvimento da televisão comercial no Brasil. Depois, com a reunião de registros de minha carreira de repórter, precisei aplicar esses documentos ao texto original e contextualizá-los. Dai, nasceu o livro: minha visão de repórter diante de fatos históricos - da televisão e do Brasil.

Diálogo – Polarização, maniqueísmo, “patriotas” versus “comunistas”. Como você analisa o atual quadro político no Brasil?

PHA – O atual momento se resume ao desespero dos perdedores da eleição de 2014. Eles se valem do Juiz Moro, da Globo e de uma parte do Judiciário federal para tentar um impeachment sem crime.

Diálogo – Na sua opinião, qual o papel político do ex-presidente Lula no Governo Dilma?

PHA – Lula será o negociador politico para evitar o impeachment e, vencida essa fase, vai reorientar a politica econômica, e dirigi-la ao crescimento e à distribuição de renda.

Diálogo – Caetano Veloso deu uma declaração afirmando estar “desconfiado” quanto às motivações da manifestação do último dia 13 de março. O artista ainda afirmou que o cenário político atual lembra “o que levou ao golpe de 1964”. O senhor concorda?

PHA – Não costumo prestar atenção às opiniões politicas do Caetano. Elas variam tanto, que posso me desnortear... Se, de fato, pensou isso, é como redescobrir a pólvora!

Diálogo – Muita gente está reclamando dos vazamentos

seletivos, a começar pela presidenta Dilma. A PF e Moro jogam solto com a Rede Globo. Porque isso acontece e ninguém toma providência? Saiu o Zé Cardoso e continuou igual.

PHA – Os vazamentos são criminosos. São selecionados, a dedo, para ferrar a Dilma, o Lula e o PT. Quando aparece um tucano nas delações, isso não vem ao caso. O Juiz Moro poderá pagar muito caro por isso, pois entregou à Globo um grampo com a Presidenta da Republica ! É uma agressão à Segurança Nacional! E isso dá cadeia. O que mais terá ele grampeado da Presidenta? E a quem mais terá vazado? O ministro zé da Justiça acoelhou-se, deixou a maré encher, não peitou o Moro e muito menos dirigiu a Policia Federal, sob sua responsabilidade. Policia sem chefe só nas ditaduras. Quem não tinha chefe era o delegado Fleury, que saía por aí a matar gente, sem dar satisfação a

chefe nenhum! Tenho a esperança de que o Ministro Eugênio Aragão volte a dar dignidade e relevância ao cargo de Ministro da Justiça.

Diálogo – Na sua opinião, qual será o destino da Petrobrás. Ser privatizada?

PHA – Não. Ao fim e ao cabo, a Petrobras no Governo Dilma - que dura ate o dia 1o. de janeiro de 2019, quando será sucedida pelo Lula ou quem ele apoiar - continuará propriedade do povo brasileiro.

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O auditório da Faculdade de Arquitetura da UFBA ficou lotado na noite de sexta--feira, 01/04. Professores, estudantes universitários e secundaristas, lideranças sindicais e trabalhadores aguardavam an-siosos a chegada do jornalista Paulo Hen-rique Amorim, convidado pelo Sindipetro Bahia para realizar uma palestra e lançar, em Salvador, o seu livro O Quarto Poder- Uma outra História.

Paulo Henrique Amorim ou PHA, como é conhecido, do alto de sua experiência de mais de 50 anos de profissão deu uma aula de jornalismo e política, demonstrando, através de fatos históricos e de informa-ções de bastidores, como está organizada, como se comporta e a quem serve a mídia brasileira!

O jornalista criticou a seletividade da Operação Lava Jato e o escândalo dos grampos nos telefones da chefe do Esta-do e de diversos advogados. PHA afirmou que “William Bonner é o maior juiz desse

país” e fez críticas aos governos de Lula e Dilma que “se acovardaram diante da Rede Globo”. Para ele grande parte do que está acontecendo hoje no país é de responsabi-lidade da emissora dos Marinhos que “faz diariamente um envenenamento maciço da população”. Para Paulo Henrique “o poder da Globo é incompatível com um governo democrático. Em uma democracia o poder emana do povo, do voto popular”.

Com bom humor, PHA respondeu às perguntas, matou a curiosidade de todos com uma aula sobre política nacional e

autografou centenas de livros. A diretoria do Sindipetro Bahia presenteou o jorna-lista com uma camisa laranja, que lembra o uniforme da Petrobrás. No dia seguin-te, 02/04, PHA gravou um vídeo para a TV Afiada, citando o evento em Salvador e vestido com a camisa da companhia (https://youtu.be/49WBcHLTi-4). Em

dois dias o vídeo já havia alcançado mais de 40 mil visualizações.

Ao final do evento, o público, de pé, aplaudiu o jornalista, entoando em coro a frase “Não vai ter golpe. Vai ter luta!”

Confira a entrevista que o jornalista concedeu a esta edição do jornal Diálogo.

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4 de Abril 2016 | nº 195 anos

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FUP e Sindipetro Bahia repudiamo PIDV lançado pela Petrobrás

Em sua última reunião Deyvid Bacelar reforça pauta dos trabalhadores

DESLIGAMENTO (IN)VOLUNTÁRIO

CA DA PETROBRÁS

O Sindipetro Bahia repudia e discorda da decisão unilateral da direção da Petrobrás de lançar um novo Programa de Incenti-vo ao Desligamento Voluntário (PIDV), abrangendo inclusive os trabalhadores que ainda não se aposentaram.

Nos mesmos moldes do PIDV do go-verno de FHC, o Programa remeterá os trabalhadores, que porventura optem por ele, a um futuro incerto, além de dar grande prejuízo à empresa, que perderá seu capital intelectual.

Os trabalhadores que permanecerem na empresa ficarão sobrecarregados, irão aumentar as horas extras de forma indevi-

da e haverá mais riscos de acidentes.Aqueles que ainda não se aposenta-

ram e se sentirem pressionados a aderir ao PIDV vão perder a AMS e a PETROS.

O coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar alerta que com o proces-so de centralização da empresa é possível que muitos trabalhadores sejam convoca-dos para trabalhar em outros estados, dei-xando de lado uma vida estabilizada com mulher e filhos no seu local de origem.

Para ele a lógica da direção da empresa é perversa e pode deixar muitos trabalha-dores sem saída. A FUP e seus sindicatos filiados sequer foram comunicados sobre

A reunião do Conselho de Administração da Petrobrás do dia 21 de março, durou quatro horas, das 9h às 13h e tratou basicamente dos resultados do Relatório de desem-penho empresarial e das demonstrações contábeis da Empresa no exercício de 2015. Entretanto, o Conselheiro Eleito, Deivyd Bacelar, conseguiu abordar, em momentos específicos, assuntos como Venda de Ativos (Desmonte e Privatização), PLR, reestrutu-ração, PDV, nomeações dos novos diretores executivos, redução de efetivo mínimo nas Unidades Operacionais e a famosa farra da transferência de gerentes de um estado para outro com ônus total da Companhia. Todas essas informações podem ser acessa-das no nosso site www.sindipetroba.org.br, mas abaixo leia o resumo de algumas delas.

Redução de efetivo mínimo nas Uni-dades Operacionais – A categoria pre-cisa ter cuidado com os diversos balões de ensaio que já estão sendo feitos nas unidades operacionais, principalmente do ABAST e E&P, pois a sanha pela re-dução de custos de pessoal continua de forma que em algum momento poderá atingir em cheio o coração da Petrobrás, ou seja, a sua operação. E isso de forma atabalhoada e sem planejamento com o objetivo exclusivo de reduzir custos e sem qualquer discussão com os trabalhadores e suas entidades de classe. Tema em dis-cussão entre as gerências que nem com a revisão da NR 20 temos conseguido manter qualquer tipo de diálogo com a Gestão da Empresa.

Farra da transferência de gerentes de um estado para outro e plataformas com ônus total da Companhia – Nessa reunião, Deyvid teve a oportunidade de fazer, formalmente, essa denúncia que tem recebido de diversos petroleiros do País alertando sobre o prejuízo ainda não calculado que esses empregados com função gratificada têm causado à Petro-brás. Já não bastava a famosa dança das cadeiras existente em quase todas as uni-dades da Empresa e a indicação graciosa de pessoas para a função de consultoria, em detrimento de outras com as com-petências técnicas necessárias; agora, para beneficiar alguns gerentes prestes a se aposentar ou não, ficou ainda mais evidente a farra das transferências de ge-

rentes de um estado para outro e para plataformas com ônus total da Compa-nhia. Exemplos disso acontecem na Bahia e no Norte Fluminense com a transferên-cia de pessoas para unidades em terra e mar que possuem profissionais antigos com perfil e competências suficientes para assumirem tais funções gratificadas de gestão sem gerarem ainda mais custos para a Petrobrás. Essa denúncia foi feita na expectativa de os demais Conselhei-ros apoiarem o fim dessa má gestão dos recursos da Empresa e de os talentos locais serem reconhecidos, valorizados e recompensados pelos bons trabalhos desenvolvidos.

Fonte: www.deyvidbacelar.com.br

Boletim Informativodos Trabalhadores do

Sistema Petrobrás

E X P E D I E N T E

Rua Boulevard América 55, Jardim Baiano, Salvador, BahiaCEP 40050-320 – Tel.: 71 3034-9313E-mail: [email protected] – Site: www.sindipetroba.org.br

Diretores de Imprensa: Leonardo Urpia e Paulo César MartinTextos e Edição: Alberto Sobral e Carol de AthaydeEditoração: Márcio Klaudat – Tiragem: 6.000 exemplares – Gráfica: Contraste

essa decisão e o assunto também não foi discutido em reuniões do Conselho de Ad-ministração. A direção da Petrobrás havia marcado uma reunião para tratar sobre esta questão, reunião essa que foi des-marcada pela empresa, que, em seguida, anunciou mais um “pacote de maldades”.

O Sindipetro Bahia orienta aos traba-lhadores que não se deixem pressionar e aqueles que ainda não se aposentaram não devem aderir ao PIDV. É bom lembrar o que aconteceu com os empregados que aderiram ao PIDV no governo de FHC e hoje lutam na justiça para conseguir a rein-tegração à empresa. Eles dizem que foram

iludidos e forçados à adesão devido à con-juntura da época. A história se repete. Mas hoje temos mais informações e exemplos passados que podem nos levar a um me-lhor discernimento.

PIDVPIDVPIDV