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JORNAL CIDADE URUAÇU GOIÁS, 1º A 15 DE ABRIL DE 2015 - EDIÇÃO 208 - ANO XII - R$2,50 WWW.JOTACIDADE.COM EDITOR-CHEFE: JOTA MARCELO JORNAL CIDADE - DISTRIBUIÇÃO DE PÁGINAS JORNAL CIDADE - ACONTECIMENTOS MUNDIAIS (PÁGINAS POSTADAS NO SITE WWW.JOTACIDADE.COM) Capa ............................................................................. 1 Opinião....................................................................... 2 Cidade......................................................................... 3 Comunidades ........................................................... 4 Comunidades ........................................................... 5 Comunidades ........................................................... 6 Comunidades ............................................................7 Comunidades ........................................................... 8 Cultura - Foi lançado no dia 8 de abril, no Rio de Janeiro-RJ, um dos dois livros produzidos pelo Instituto Moreira Salles com a editora alemã Steidl em comemoração aos 450 anos da cidade. A obra, ‘Rio’, de Robert Polidori, fotógrafo canadense de 64 anos, traz registros desde 2010 e, é também diálogo com o trabalho de Marc Ferrez (1843-1923), um dos principais cronistas visuais do Rio no século 19, responsável pelas imagens que compõem o outro lançamento. (Fonte: agência de notícias Folhapress) JORNAL CIDADE - CONTATOS COM A REDAÇÃO *www.jotacidade.com *blogdojornalcidade.blogspot.com *www.facebook.com/jota.marcelo.7 *@jornalcidade *flickr.com/marcellojunior *mjrdantas.blogspot.com *(62) 3357-4158 *8500-1331 *9657-1441 *[email protected] JC (IMPRESSO): DESDE FEVEREIRO/2002 - JC (ON-LINE): DESDE SETEMBRO/2005 Visite Uruaçu, ‘Terra do Caju’ e do Lago Serra da Mesa ‘Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a constroem.’ - Salmo 126:1 JC (BLOG DO JORNAL CIDADE): DESDE JULHO/2008 Deputado estadual Virmondes Cruvinel pretende ajudar ciclistas uruaçuenses CIDADE - Página 3 Ao participar de reunião em Urua- çu dia 10 de abril, deputado estadual Virmondes Cruvi- nel (PSD) deixou claro seu interesse de buscar diferentes ajudas aos prati- cantes do ciclismo local, que têm como objetivo maior a construção de uma ciclovia no trajeto zona urbana – praia Generosa (lago Ser- ra da Mesa). Em en- trevista ao JC, ele pregou somatória de forças. OPINIÃO ‘Uma frase do presidente do grupo WPP diante de uma plateia de jornalistas não pode ser considerada informação pura e simples, porque o empresário tem seus interesses imediatos, que incluem valorizar o meio impresso, enquanto, estrategicamente, vai comprando empresas de mídia digital, inclusive no Brasil.’ EDITORIAL - Página 2 Jota Marcelo Ronan Costa (3º - esq.) apresenta entidade e anseios ao deputado Virmondes Cruvinel Marcello Dantas/Arquivo Trajeto sugerido para construção de ciclovia soma menos de dez quilômetros Diário de Bordo – Um mergulho no Centro-Norte da Índia Semanário sediado em Goiâ- nia, o Jornal Opção apresenta em série de reportagens um pouco da cultura e dos costumes da Índia, o berço do budismo. Conteúdos, do repórter Marcello Dantas, ga- COMUNIDADES - Páginas 5 a 8 Fotos: Marcello Dantas/Jornal Opção Homem observa paisagem aos fundos do palácio Taj Mahal, em Agra (1). Garotinha Vinu comemora Holi no Templo Jagdish, em Udaipur (2). Vaca no meio da rua, em Vrindrawan (3) Marconi quer Governo mais perto dos prefeitos e vereadores, com parcerias Durante abertura de Seminário, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), recomendou a todos os integrantes da gestão a abrirem as portas dos gabinetes e se aproximarem mais dos prefeitos e vereadores e, comunicou que o Governo de Goiás negocia a retomada da operação de crédito de R$400 milhões, interrompida em 2014, para construção de obras neste ano. Expectativa dos agentes municipalistas é grande. COMUNIDADES - Página 4 ‘Levantou catando cavaco / E esticou na carreira / Nunca mais viu a Iraídes. / O caso que conto agora / Tem quatro protagonistas / Uma cobra jararaca / Um calango verde / Um gato desconhecido / E o dono da sapataria.’ SABOR DA LEITURA Coluna - Página 4 nham destaque no caderno Opção cultural, nas versões online (www. jornalopcao.com.br) e impressa. O JC transcreverá toda a série.

JORNAL CIDADE · ... 1 jc (bloG do jornal cIdade): deS julho/2008 ... construção de uma ciclovia no trajeto zona urbana – praia ... de crack. Repiso de novo a cifra,

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Page 1: JORNAL CIDADE · ... 1 jc (bloG do jornal cIdade): deS julho/2008 ... construção de uma ciclovia no trajeto zona urbana – praia ... de crack. Repiso de novo a cifra,

JORNAL CIDADEuruaçu GoIÁS, 1º a 15 de abrIl de 2015 - edIçÃo 208 - ano xII - r$2,50 www.jotacIdade.comedItor-chefe: jota marcelo

jornal cIdade - dIStrIbuIçÃo de PÁGInaS jornal cIdade - acontecImentoS mundIaIS

(PÁGInaS PoStadaS no SIte www.jotacIdade.com)

capa ............................................................................. 1opinião ....................................................................... 2cidade......................................................................... 3comunidades ...........................................................4

comunidades ........................................................... 5comunidades ........................................................... 6comunidades ............................................................7comunidades ........................................................... 8

cultura - foi lançado no dia 8 de abril, no rio de janeiro-rj, um dos dois livros produzidos pelo Instituto moreira Salles com a editora alemã Steidl em comemoração aos 450 anos da cidade. a obra, ‘rio’, de robert Polidori, fotógrafo canadense de 64 anos, traz registros desde 2010 e, é também diálogo com o trabalho de marc ferrez (1843-1923), um dos principais cronistas visuais do rio no século 19, responsável pelas imagens que compõem o outro lançamento.

(fonte: agência de notícias folhapress)

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jc (bloG do jornal cIdade): deSde julho/2008

Deputado estadual Virmondes Cruvinel pretende ajudar ciclistas uruaçuenses

CIDADE - Página 3

Ao participar de reunião em Urua-çu dia 10 de abril, deputado estadual Virmondes Cruvi-nel (PSD) deixou claro seu interesse de buscar diferentes ajudas aos prati-cantes do ciclismo local, que têm como objetivo maior a construção de uma ciclovia no trajeto zona urbana – praia Generosa (lago Ser-ra da Mesa). Em en-trevista ao JC, ele pregou somatória de forças.

OPINIÃO‘Uma frase do presidente do grupo WPP diante de uma plateia de jornalistas não pode ser considerada informação pura e simples, porque o empresário tem seus interesses imediatos, que incluem valorizar o meio impresso, enquanto, estrategicamente, vai comprando empresas de mídia digital, inclusive no Brasil.’

EDITORIAL - Página 2

Jota Marcelo

Ronan Costa (3º - esq.) apresenta entidade e anseios ao deputado Virmondes Cruvinel

Marcello Dantas/Arquivo

Trajeto sugerido para construção de ciclovia soma menos de dez quilômetros

Diário de Bordo – Um mergulho no Centro-Norte da ÍndiaSemanário sediado em Goiâ-

nia, o Jornal Opção apresenta em série de reportagens um pouco da cultura e dos costumes da Índia,

o berço do budismo. Conteúdos, do repórter Marcello Dantas, ga- COMUNIDADES - Páginas 5 a 8

Fotos: Marcello Dantas/Jornal Opção

Homem observa paisagem aos fundos do palácio Taj Mahal, em Agra (1). Garotinha Vinu comemora Holi no Templo Jagdish, em Udaipur (2). Vaca no meio da rua, em Vrindrawan (3)

Marconi quer Governo mais perto dos prefeitos e vereadores, com parcerias

Durante abertura de Seminário, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), recomendou a todos os integrantes da gestão a abrirem as portas dos gabinetes e

se aproximarem mais dos prefeitos e vereadores e, comunicou que o Governo de Goiás negocia a retomada da operação de crédito de R$400 milhões, interrompida

em 2014, para construção de obras neste ano. Expectativa dos agentes municipalistas é grande.

COMUNIDADES - Página 4

‘Levantou catando cavaco / E esticou na carreira / Nunca mais viu a Iraídes. / O caso que conto agora / Tem quatro protagonistas / Uma cobra jararaca / Um calango verde / Um gato desconhecido / E o dono da sapataria.’

SABOR DA LEITURA Coluna - Página 4

nham destaque no caderno Opção cultural, nas versões online (www.

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oPInIÃo2 - jornal cidade (PÁGIna PoStada em www.jotacIdade.com) uruaçu, 1º a 15 de abril de 2015

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...Início dos anos 2000, Uruaçu, durante Encontro Político do PMDB, aparecendo na mesa Pedro Chaves (deputado federal, igualmente hoje é) (dir.); Marisa Araújo (prefeita em mandato inicial); Iris Rezende (nome maior da sigla em Goiás); Maguito Vilela (então senador/hoje prefeito de Aparecida de Goiânia); e, Vilnar Carvalho, na época vereadora. Militância política tradicional na capital e no interior (Jota Marcelo).

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Editorial

DR. JOÃO JOAQUIM DE OLIVEIRA é especialista em Medicina Interna e Cardiologia, Assistente do Serviço de Cardiologia e Risco Cirúrgico do Hospital das Clínicas-Faculdade de Medicina/Universidade Federal de Goiás - Goiânia; membro Sociedade Brasileira de Cardiologia; e, Estudante de Filosofia

Se tem uma tragédia inominável em tamanho, destruição, desagrega-ção social e familiar se chama uso crescente de drogas ilícitas. Veja bem que me referi ao uso e não existência delas. Digo nestes termos porque para mim elas podem existir aos quilos, aos borbotões, às tone-ladas que não me farão diferença. A questão está em usá-las ou não usá-las. Igualzinho a coexistência do bem e do mal. Ambos estão sempre à nossa espreita. O resultado e efeitos serão de que lado eu fico. É simples e ponto final. Nesta questão, as famí-lias têm um papel decisivo. Situação análoga ao encontro da presa com o predador. Os pais devem sempre proteger as suas crias. Eu protejo as minhas, porque as feras do tráfico estão soltas por aí.

Aqui neste ponto é que moram o risco e todos os perigos para o ani-mal humano. Resultados e efeitos e lados do mal. Dilemas e opções que a princípio parecem não ter incógnitas X ou Y para soluções. Clareza meri-

diana! Será? Aqui entram o busílis, o nó górdio, o quid nessa encruzilhada da vida, porque o diabo e toda a perso-nalização do mal têm os seus truques, os seus enganos e engodos. O mundo do crime se equipara ao éden, onde se encontrava o casal adâmico, tudo em paz, bonitinho. Aí chega a serpente, toda cheia de boas intenções e todos sabem o final da história.

Não seriam dilemas nem encruzi-lhadas da vida se toda pessoa nascesse pronta e ciente das armadilhas e cha-mariscos da maldade. Alguém, algum leitor conhece algum drogadito, algum traficante, ou outro toxicômano ou de-linquente que se iniciou depois dos 40 anos? Eu conheço raros casos. Conto-os nos dedos de uma única mão. São lembranças de exceção! As crianças, os adolescentes e jovens de baixa idade, são as presas mais vulneráveis. Eles estão na base dessa destruidora pirâmide do consumo e dos futuros traficantes das malditas e diabólicas drogas. Uma epidemia gigantesca cujo recrudescimento e adeptos de mais e

SAÚDE DOCORAÇÃODoutor João Joaquim de Oliveira

Dez toneladas não! Mas fumar pode

mais adictos não têm limites.É de fácil compreensão que o

crescente consumo de toda forma de substâncias de efeitos psicotrópicos ou alucinógenos tem em sua origem múltiplos fatores. Dentre esses pode-mos destacar a desestruturação moral e educacional das famílias. A criação permissiva e frouxa dos filhos tem sido uma tônica da modernidade, dos chamados tempos digitais e da vida virtual, que de virtude não tem nada. No mundo e submundo da internet tudo resvala para um outro mundo com comportamentos e atitudes sem regras e sem limites. O pensamento até de muitos pais e pedagogos voltou a ser aquele da época dos hippies e da rebeldia. Qual era o lema deles? É proibido proibir. Hoje vemos até psi-cólogos e educadores entrarem neste barco furado à deriva. Até criadores e defensores dos propalados direitos humanos têm navegado nesta onda do liberalismo sem regras. Muitos outros fatores entram nesta que não mais é mais uma hecatombe, mas uma

catástrofe com milhões de vítimas. Pudera! Quem dera fosse apenas cem (hecatombe era o sacrifício de cem bois aos deuses do olimpo, mitologia grega)! Mas, não. Só no Brasil temos mais de dois milhões de usuários de crack. Atenção para esse número! Não disse mil. Dois milhões de usuários de crack. Repiso de novo a cifra, dois milhões, apenas de usuários de uma das mais devastadoras drogas. Um dos produtos da pasta base de cocaína. Agora imagine o universo dos adictos de maconha, de cocaína, de merla, de cola de sapateiro, de morfina, de álcool, de psicotrópicos de uso médico! Trata-se de uma devastação, um aniquilamento de uma juventude, das famílias, de toda uma sociedade. Está surgindo uma legião de pessoas dementes, de psicopatas, de retarda-dos mentais, de zumbis; legião esta fabricada por toneladas de drogas.

Que outros fatores estão na base de tão pavorosa e hedionda pandemia de drogaditos? Pobreza, exclusão social, educação de baixa qualidade,

[email protected] * Acesse www.jjoaquim.blogspot.com.br

desemprego, políticas demagógicas, código penal arcaico, leis e legisla-ção antidrogas brandas para com os narcotraficantes; leis permissivas com os usuários. E não se trata, fazendo justiça, de culpa apenas de nossos legisladores do Congresso, mas de nossos sapientes e intocáveis juízes de nosso excelso STF, o supremo fiscal e atalaia das leis (nosso egrégio STF), revisor dos atos e decisões dos políticos e dos governos como um todo (no caso Brasil um governo tolo e atolado em desmandos e corrupção). Enfim, quero pontuar alguns dispara-tes e esquisitices de quem nos governa (tempos de PT) e de quem é tido como oficial guardião de nossa constituição e das leis. Para o supremo, marcha da maconha, propaganda e consumo (usuário) de drogas são normais. O Congresso deverá criar um monstro (legalização de uso de drogas) e o STF endossar. Tudo legal. Ainda não defi-niram o quanto em gramas o indivíduo pode portar de cocaína para consumo. Umas 50 gramas, 100 gramas? Não se

sabe ainda.Esses dias foi apreendida uma

carga de 10 toneladas de maconha. É muito, trata-se de tráfico. Imagine se o Congresso definir como 50 gra-mas o limite máximo de cocaína por brasileiro como usuário. Não seria absurdo para consumo individual. O indivíduo pode portar quantas garra-fas ele suportar de cachaça, uísque, vodka; por que não umas 50 grami-nhas de maconha, cocaína, ou crack? Está dentro de uma razoabilidade consumista. Multipliquemos então 200 milhões (população brasileira) x 50 gramas por usuário = 10.000 toneladas de cada droga, estocadas no Brasil. Repito a cifra, dez milhões de kg que os brasileiros poderão carregar como usuários.

Pergunta infantil: de quem os viciados irão comprar os baseados para consumo? Cair do céu como maná não vai. Se tem permissão de uso tem traficantes. Juntando todas as pontas, drogas + usuários + trafi-cantes. Estamos perdidos ou não?

...Advogado em Uruaçu e liderança comunitária, Edenval Nunes da Fonsêca (foto) visitou a Redação do JC, informan-do sobre a inauguração (estrutura civil) na cidade, em 22 de abril (8h), da Casa da Criança Neracy Nunes de Mendonça, com endereço na rua Dona Judite, lote 7, Parque Alvorada. Irmã de doutor Edenval, Neracy recebe homenagem póstuma em função da dedicação que tinha para com mães que busca-vam apoio doméstico (hospedagem, alimentação, acompa-nhamento e afins) tão logo os bebês nasciam, com as mesmas deixando unidades hospitalares em poucas horas. Contando com ajuda da Comarca de Uruaçu; Sociedade Lar da Criança e Adolescente de Uruaçu; do Conselho da Comunidade de Uruaçu; e, do Governo de Uruaçu, a estrutura assistencial nasce com o propósito de abrigar por poucos dias crianças e adolescentes em situação vulnerável e, mulheres vítimas de agressões quaisquer. As informações são de que a Prefeitura, por meio de entendimentos administrativos e financeiros, assumirá a representação, arcando com despesas vindouras (mobília, servidores, manutenção, dentre outras). Não se trata de espaço para abrigar infratores (Redação).

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JC

Eficácia, com interação

‘Interação veículos

impressos x canais

eletrônicos x redes sociais’

Aos 51 anos do golpe, uma má ideia é o título de Comentário de Luciano Martins Costa, de 31/03/2015, na edição 844, para o programa radiofônico do Observatório da Imprensa (observatoriodaimprensa.com.br). Este Editorial do JC, jornal com sede no Norte de Goiás que defende a interação veículos impressos x canais eletrônicos x redes sociais, publica parte dele justamente por concordar com essa interligação que alguns veículos aina relutam em não aceitar. Confira:

Na edição de [...] 31/3, o Globo destaca na primeira página uma declaração do presi-dente da multinacional WPP, a maior corporação de publicidade do mundo, segundo o qual a mídia tradicional, em especial jornais e revistas, é mais eficaz do que supõem os analistas de mídia, em comparação com os novos meios digitais. A manifestação do empresário Martin Sorrell, feita na semana passada, durante encontro com representantes de uma associação britânica de jornalistas, entusiasmou dirigentes da Associação Nacional de Jornais.

A Folha de S.Paulo traz reportagem informando que o The New York Times confirmou estar negociando, ao lado de três outras empresas jornalísticas dos Estados Unidos e da Europa, para postar conteúdo diretamente na rede social Facebook. A iniciativa do Times, que se junta ao britânico The Guardian e à americana National Geographic, entre outros meios, tem provocado críticas de analistas, que consideram arriscado entregar a distribuição do produto jornalístico a uma empresa cujo propósito seria substituir a própria internet.

O Estado de S.Paulo aborda outra questão relativa ao futuro da mídia, ao noticiar que a Amazon.com anuncia nos Estados Unidos uma plataforma de serviços que irá referen-dar profissionais como eletricistas, encanadores, mecânicos e até professores de música. Embora não esteja dito na reportagem, essa iniciativa do gigantesco grupo de comércio eletrônico é uma ameaça direta ao mercado de anúncios de serviços classificados, que

um dia foi patrimônio dos jornais.Os três exemplos são uma amostra de como a mídia tradicional costuma tratar o desafio

das tecnologias digitais, apontadas como o campo onde será jogado o futuro da imprensa e da comunicação em geral.

O primeiro texto considera como dado comprovado uma manifestação genérica feita por um empresário diante de uma plateia que lhe convém agradar; o segundo fica a meio caminho entre aplaudir a ousadia do New York Times e o temor de submeter a imprensa

aos caprichos de Mark Zuckerberg; e o terceiro soa como uma frase do condenado elogiando o traje do carrasco.

No subtítulo Marcas e marcas, está:As três reportagens, assim como a maioria das análises publicadas pelos

jornais brasileiros sobre tecnologias de informação e comunicação, se res-tringem aos aspectos mercadológicos dos acontecimentos e, como sempre, fogem da questão central que desafia o futuro da mídia tradicional.

Uma frase do presidente do grupo WPP diante de uma plateia de jor-nalistas não pode ser considerada informação pura e simples, porque o empresário tem seus interesses imediatos, que incluem valorizar o meio impresso, enquanto, estrategicamente, vai comprando empresas de mídia

digital, inclusive no Brasil.O movimento do Times e do Guardian na parceria com o Facebook indica uma esco-

lha desses dois jornais de grande reputação internacional de priorizar a defesa de seus conteúdos e desapegar um pouco da questão da distribuição. Trata-se, claramente, de concentrar os esforços na preservação da qualidade editorial e deixar que o fluxo de informações siga a tendência apontada pelas tecnologias e pela avassaladora cultura das interações pessoais. [leia todo o texto em observatoriodaimprensa.com.br]

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3 - jornal cidade (PÁGIna PoStada em www.jotacIdade.com) uruaçu, 1º a 15 de abril de 2015cIdade

CIDADE

Fotos: Jota Marcelo

A iniciativa de galgar e conseguir mobilidade sustentável ao máximo para Uruaçu, em especial uma ciclo-via, engloba outros interessados da terra com ligação constituída junto ao deputado estadual Virmondes Cruvinel (PSD), que esteve na cidade dia 10 de abril, participando de reu-nião aberta com a turma do pedal e pessoas afins.

Essa busca por melhorias para os que usam bicicletas em Uruaçu visando melhorar a qualidade de vida conta também com o apoio da Associação de Jovens Empreende-dores e Empresários de Uruaçu (AJE Uruaçu), presidida por Daniel Lima (doutor Daniel) e braço da Associa-ção de Jovens Empreendedores e Empresários de Goiás (AJE Goiás), comandada por Cledistonio Salvador de Moura Júnior.

“O deputado fez parte da AJE Goiás, com participação sempre ativa e colaborando com a entidade. Em Goiânia, vimos essa dedicação dele, preocupado com o crescimento da AJE e de suas contribuições para com os associados, as comunidades”, comentou doutor Daniel aos presen-tes na residência de Custódia (Dona Custódia), ao longo da reunião com Virmondes Cruvinel, que tem artigos publicados pelo Jornal Cidade.

Durante audiência de 11 de março último em Goiânia, com Jayme Rin-cón, presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), a AJE Uruaçu solicitou a implantação da tão sonhada ciclovia uruaçuense no per-curso zona urbana – praia Generosa (lago Serra da Mesa). Doutor Daniel havia comunicado na rede social Face-book que nessa iniciativa, ‘em grande parceria com o deputado estadual Virmondes Cruvinel, que por sinal já

foi membro diretor da AJE Goiás, Jay-me Rincón atenciosamente se dispôs avaliar a viabilidade da construção’ e evidenciou: ‘Trará muitos benefícios à população de Uruaçu’, emendando: ‘Em seguida, no dia 13 de março, foi protocolado ofício que contou com a fundamental colaboração dos re-presentantes dos Federados MTB de Uruaçu [Federados Mountain Bike], dos quais posso destacar o senhor Ronan Carlos e o senhor Marcos Sousa (Marcão). O processo está em fase de planejamento de projetos e acreditamos que esta parceria entre AJE Uruaçu, Federados e Virmondes Cruvinel trará boas novas.’.

No importante 10 de abril, doutor Daniel expôs tais procedimentos e sublinhou que toda a rede de parcerias é vital para Uruaçu obter essa e as demais conquistas para o segmento. Para ele, profissional, amador ou con-vencional, o ciclista não se preocupa apenas com equipamentos, passeios habituais e competições, mas também com segurança. Elogiando outros parceiros do deputado, o presidente da AJE local destacou a importância de Rodrigo Rodolfo Fernandes (doutor Rodrigo) e José Henrique Fernandes de Carvalho (Zé Henrique) em favor dos ciclistas.

Ao discursar na reunião em Urua-çu, o deputado opinou que a somatória de forças de todos os interessados enobrece a causa, “que é coletiva e representa um anseio geral, razão das conversações em Goiânia e Uruaçu.”

AtividadesAo levar sua mensagem na reunião

com Virmondes Cruvinel, doutor Daniel informou que a AJE Uruaçu programou série de ações para de 2015, entre as quais Bate-Papo de

AJE Uruaçu também é parceira em favor dos ciclistas

Negócios (Network), Bate Papo Digital, Café Político (proposição de ações), Semana de empreendedoris-mo, Cursos de capacitação, Programa Minha Primeira Empresa, Dia Livre de Imposto e Feirão do Imposto.

Entre os objetivos da AJE constam formar novas lideranças que sejam representantes dos jovens empreen-dedores em suas regiões. Durante estada um pouco antes (13 de março) em Uruaçu, compondo caravana do

Virmondes Cruvinel quer ajudar ciclistas

Jota Marcelo

No mundo, a busca por mo-bilidade sustentável, melhoran-do a qualidade dos ambientes urbanos, só cresce – seja com a construção de calçadas confor-táveis, niveladas, sem buracos ou obstáculos; a implantação de sistemas sobre trilhos, como metrôs, trens e bondes moder-nos; ônibus limpos; esteiras rolantes; elevadores de grande capacidade; teleféricos; e, óbvio, a existência de ciclovias (inte-gradas ou não); e, sistemas de bicicletas públicas.

Ao participar de reunião em Uruaçu na manhã de 10 de abril, o deputado estadual Virmondes Cruvinel (PSD) deixou claro o interesse dele de buscar diferentes ajudas aos praticantes do ciclis-mo. Homem inteligente, o mais catedrático entre 41 legisladores de Goiás, procurador do Estado licenciado, vereador pela capital Goiânia na legislatura anterior, o visitante pratica e defende a modalidade esportiva.

Ele se reuniu com diferentes frentes locais das boas pedaladas, na residência de Custódia Costa (Dona Custódia), mãe de Ronan Costa, um dos membros centrais da Federados Mountain Bike, que agrupa dezenas de adeptos. Em grande interação com Ronan Costa, os integrantes Marcos Sousa Santos e Wesley Wendell cumprem, ao mesmo tempo – segundo Marcão –, o papel de presidente da representação, ainda não documentada oficialmente e não declarada de utilidade pública em quaisquer esferas. Da entida-de: ‘Nosso grupo é formado por pessoas que buscam neste esporte

qualidade melhor de vida, saúde, amizade e integração.’.

Versando sobre a ciclovia (es-paço segregado para fluxo de bicicletas contendo separação física isolando ciclistas de outros veículos [separação com mureta, meio-fio, grade, blocos de con-creto, outros isolamentos fixo]), ofícios contendo endossos de entidades uruaçuenses, como a Diocese e a Maçonaria, foram pro-tocolados ao final do encontro, em meio a outros pedidos, convites e, sugestões verbais. Virmondes Cruvinel frisou que não mediria esforços quanto aos atendimentos por parte do Governo de Goiás; e, do governo federal, via Ministério das Cidades.

Se em Uruaçu, o percurso zona urbana – praia Generosa (lago Serra da Mesa), de menos de dez quilômetros, é opção para pedes-tres caminharem, até apaixonados pelos patins e skates, também é para quem pedala em busca de qualidade de vida, saindo do se-dentarismo e investindo na prática de exercício nas magrelas.

O fato de que a estrutura con-sumiria bons milhares de reais não serve como obstáculo para os seguidores uruaçuenses, que querem uma ciclovia no espaço, composto pela avenida Tancredo Neves e pela rodovia GO-237 (sentido Niquelândia). Prefeitos de distintos mandatos receberam pedidos para viabilizarem essa vontade; vereadores de legislatu-ras passadas e, da atual (Roberto Tavares [PSD] e Luciano Araujo [PR], por exemplo), já reivindica-ram a obra, ali ou em outras vias; os comentários sucedem, mas até o momento nada foi concretizado.

Ronan Costa e outros partici-pantes comentaram que seria inte-

ressante, num primeiro momento, investir em soluções mais simples, como trilha e em iluminação no trajeto cidade – lago. Sobre sina-lização padronizada no percurso, o deputado esclareceu aos presentes não ser possível justamente por não se tratar de ciclovia. Ao pe-dido de limpeza do acostamento, narrou que pediria providência imediata a Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop).

Por falta de ciclovia, segurança maior em pontos viários e devido comportamentos irresponsáveis de condutores, muitos acidentes com vítimas fatais conhecidas e anônimas transcorreram desde princípios dos anos 1980 no tra-jeto avenida Juscelino Kubitschek – GO-237 e avenida Tancredo Neves – GO-237.

Em Uruaçu, muitas mortes po-deriam ter sido evitadas se gestões municipais anteriores tivessem atendido à demanda popular, pois com a ciclovia no lugar pretendido a circulação é mais segura, sem ris-co de exposição. Os uruaçuenses querem a ciclovia, que poderia ser construída até mesmo por partes, exatamente para proteger quem se desloca de bicicleta ao lago, o que não é pouca gente e, com a mesma o número cresceria.

Estudos técnicosFalando aos presentes e na

entrevista a este periódico, Vir-mondes Cruvinel esclareceu que solicitaria ao presidente do Conse-lho Estadual de Trânsito (Cetran-GO), Horácio Santos, colaboração quanto aos estudos técnicos que possam ajudar na implantação da ciclovia. “Ele é profundo co-nhecedor de questões como essa. Podemos até convidá-lo para vir aqui e debatermos um projeto

Em Uruaçu, ciclistas, competidores e bicicleteiros em geral buscam incentivos. Clamor especial é pela construção de uma ciclovia no trajeto zona urbana – praia Generosa (1). Direção da Federados Mountain Bike protocola ofícios junto ao deputado (2)

adequado”, disse.Ele parabenizou a todos pela

prática do ciclismo e as metas que os adeptos têm apresentado, em especial uma ciclovia de verdade, restrita a ciclistas, em separado, não dependendo de faixas de pista de trânsito usadas por outros veículos.

Em ponto algum de Uruaçu existe ciclovia; ciclofaixa (espaço com apenas uma faixa inserida no chão, sem nenhuma separação física); ciclorrota (caminho [sina-lizado ou não] representando rota recomendada para o ciclista chegar onde deseja); ciclovia operacional (organizada faixa exclusiva ins-talada temporariamente, operada por agentes de trânsito quando dos eventos, isolada do tráfego dos demais veículos por elementos canalizadores removíveis [cones, cavaletes, grades móveis, fitas, entre outros; ciclofaixas de lazer, montadas aos domingos, tecni-camente são ciclovias operacio-nais]); ou, espaço compartilhado (onde o ciclista pudesse de fato, por mínimo que seja, ser compre-endido). A atual Administração uruaçuense planejou implantar atrativa ciclovia no canteiro da avenida Coroel Gaspar, porém a pretensão não foi iniciada.

Zé Henrique: elo em UruaçuA presença de Virmondes Cru-

vinel em Uruaçu igualmente serviu para outros contatos e agradecimentos presenciais pela votação recebida em outubro. José Henrique Fernandes de Carvalho (Zé Henrique), servidor público municipal, apoiou a candidatura do peessedista em 2014, na cidade nortense.

Elo do gabinete do parlamentar com a cidade, Zé Henrique salien-

ta que o deputado tem o propósito de ajudar Uruaçu e o Norte goiano durante os quatro anos desse man-dato inicial, além de marcar pre-sença satisfatória na cidade, onde foi bem votado, êxito alcançado também na vizinha Niquelândia. “Quero estar em Uruaçu sempre que puder e o meu gabinete na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, o de número 22, está à disposição”, explanou.

Concorrente diferentes vezes ao cargo de vereador sempre bem votado, mas deixando de ser eleito devido quocientes elei-torais, Zé Henrique foi elogiado pelo deputado em entrevista ao Jornal Cidade, com o visitante categorizando ser primordial para Uruaçu a participação de jovens e dispostos militantes nas campa-nhas eleitorais, seja concorrendo a prefeito, vice-prefeito ou a ve-reador. Publicamente, o deputado agradeceu Zé Henrique pela per-formance alcançada ano passado. “Os votos de Uruaçu, com a ajuda dele e de outros parceiros ligados a ele, me ajudaram eleger. Por isso, carrego esta cidade no coração e tenho o compromisso de ajudá-la”, expressou na entrevista.

Satisfeito com o intercâmbio gabinete-uruaçuenses, Zé Hen-rique confia quanto à ciclovia, algo possível com debates, bom projeto e destinação de recursos que resultem na formalização da obra de construção, com os ciclis-tas podendo se sentir seguros. Ele manifestou ao JC que o trajeto focado é espaço propício para a intervenção almejada e lembrou: em Uruaçu há utilização grande de bicicletas pelos moradores, somando necessidades e prática esportiva.

No TJGOFalando para o JC, Virmondes

Cruvinel reportou ainda ao fato de que dia 19 de março, esteve no Salão Nobre da presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), ajudando explicar ao presidente-desembargador Leobino Valente Chaves a neces-sidade urgente de um juiz para dar celeridade à prestação jurisdicio-nal da Comarca de Uruaçu, com o juiz Ronnie Paes Sandre, auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça de Goiás (CGJGO), que esteve à frente da comitiva e organizou o encontro, listando dificuldades enfrentadas pela Comarca, tema

confirmado pelo advogado Ro-drigo Rodolfo Fernandes, presi-dente da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil de Uruaçu (OAB-GO).

“O deputado Virmondes é meu amigo há mais de 20 anos, desde o tempo em que participávamos do movimento estudantil em Goiânia e, esteve conosco e várias lide-ranças da OAB Goiás, inclusive o presidente Enil de Souza Filho, na presidência do Tribunal. Ele é assim: sempre está disposto em colaborar e, com certeza tem muito que oferecer para Uruaçu”, manifestou ao periódico doutor Rodrigo, cuja família foi anfitriã do visitante, que em Goiânia apoia os ciclistas, inclusive com a libera-ção do anel interno da praça Cívica aos domingos para pedaladas.

Ao falar sobre o deputado na reunião em Uruaçu, doutor Rodrigo distinguiu a honestidade do parlamentar, manifestando que o mesmo adentrou a política com intuito de ajudar Goiás e a sua população. Especificando que os ciclistas de Uruaçu não têm espaço adequado, e, que as reivindicações da categoria são justas, o advogado cravou que os adeptos não se contentam apenas com pedaladas pelas ruas/avenidas e nas trilhas abertas em espaços cedidos por particulares (“novidade que está surgindo na cidade”, comenta Marcão) ou pelo poder público (vontade não vista na cidade em época alguma), mas sim, corretamente, eles anseiam por ciclovias.

Para 26 de abril, a Federados Mountain Bike idealizou o even-to Federex MTB – 1ª Edição, somando 100 quilômetros, com concentração e café da manhã (6h30-7h30), saída (8h) e chegada (17h) programados para a sede da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB). Data máxima de inscrições, devido ao seguro do atleta: 21 de abril. ‘Não vai querer ficar de fora dessa. Vai ser o dia de superação e diversão. A organiza-ção está impecável. Faça já sua inscrição!’, motiva a entidade.

Leia mais sobre a visita do deputado estadual Virmondes Cruvinel na submatéria abaixo.

Nota da Redação: reportagem publicada pioneiramente no site do JC - www.jotacidade.com, link Estaduais, em 14 de abril, conten-do número maior de fotos

Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Goiás (Sebrae Goiás), além de comentar que o empreende-dorismo consolidou-se como opção de vida para os jovens, haja vista que 50% dos negócios formais do Brasil já são administrados por pessoas com até 34 anos, Cledistonio Salvador ressal-tou que a AJE goiana conta com 8 mil jovens associados em seus 12 Núcleos no interior. Outros 11 estavam em implantação.

Na cidade, a AJE tem como vice-presidente Charles Dias (Agência de Turismo Serra da Mesa); e, na Diretora executiva, Isabella Theodoro (Sebrae Goiás)/Uruaçu. “São colabo-radores importantíssimos, aos quais agradeço mais uma vez. Trabalhamos visando a coletividade”, memoriza doutor Daniel.

Presente na reunião de 10 de abril portando marcante camiseta

divulgando antigo passeio ciclístico, Charles Dias esteve à frente de edições de passeios ciclíticos uruaçuenses. Segundo ele, que é experiente no assunto, o poder público brasileiro em geral devia atuar em sintonia permanente com parceiros privados, proporcionando condições adequadas contínuas para a prática do ciclismo urbano e do ciclismo urbano – rural (Jota Marcelo).

Doutor Daniel (2º - esq.), do Núcleo AJE Uruaçu, pronunciando na reunião com o deputado Virmondes Cruvinel (1). Audiência com Jayme Rincón, presidente da Agetop, em março (2). Ofício da AJE Uruaçu solicitando edificação da ciclovia na cidade (3)

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comunIdadeS4 - jornal cidade (PÁGIna PoStada em www.jotacIdade.com) uruaçu, 1º a 15 de abril de 2015

COMUNIDADES

“Nunca mais viu a Iraídes.”

Sergio Alves NoletoDono da sapataria SANOnde se cultivava a arte de

sapateiroCom amor à profissãoA sapataria era ali na Rua BahiaOnde hoje tem uma loja de

óculos.O prédio ainda é o mesmoO lote ia da Rua Bahia até o fundo

do João Come CruQue tinha esse apelido por causa

da brabeza.A sobrinha do Come Cru,Uma garota muito bonitaQue não punha sequer a cara na

janelaPassava boa parte do dia na área

de serviçosCuidando dos utensílios de co-

zinhaE os sapateiros se deliciavam à

distância

SABORDA LEITURADr. Mariano Peres

Blog do doutorMariano Peres-Endereço abaixo-

Com a bela e juvenil visãoSergio,O mestre dos cortadoresTransformava fotos em peçasCom rara habilidadeE a peça era perfeitaComo o próprio originalJoão Amâncio e JovinoO Fábio e o RádioReberão e CambimA Baixinha e EnedinaAlonso e MarianoForam sapateirosQue testemunharam muitos casosDa sapataria SANComo aqueleDo homem que convidou Jovino

para almoçarE serviu uns canudinhos fritosSaborosos e crocantes.Só depois a dona da casa contouQue a carne era de macacoAí que Jovino deduziuQue aqueles canudinhos eram o

rabo do danado.

GATOS, COBRAS E LAGARTOS...COLUNISTA BRINDA VOCÊ, LEITOR E INTERNAUTA, COM BONS CONTEÚDOS CULTURAIS/DE OUTRAS ÁREAS. ESTE É MAIS UM CONTO, PUBLICADO POR CAPÍTULOS. Também acompanhe esses atrativos no link Sabor da Leitura, do site www.jotacidade.com

Outro caso, o do Fábio,Cujo apelido era Picape- grafado assim mesmo em por-

tuguês –Arranjou um namoroCom uma moça de família ricaE foram se encontrarNum domingo à tardeNo Largo do TizecoDebaixo dum pé de mangaNamorados frente a frenteSentados em tamboretesSob a árvore aconcheganteNo começo da conversaO Picape, muito tímidoSem saber o que fazer das mãosE sem saber onde por os pésCruzou as pernas e deixou à

mostraHorrível meia de algodãoDe xadrez azul e vermelhoQuando viu o próprio péSapato bem polidoMas a meia parecendo uma zebraCom listras pretas e vermelhas

Se levantou sem jeitoNa sua trapalhadaO tamborete caiuEle se embaraçou no móvelE caiu tambémLevantou catando cavacoE esticou na carreiraNunca mais viu a Iraídes.O caso que conto agoraTem quatro protagonistasUma cobra jararacaUm calango verdeUm gato desconhecidoE o dono da sapataria.O dono, você já conheceEra o SergioChamado também de CastanhãoQue numa segunda de ressacaEmbora fosse abstêmioLevantara com a avó atrás do

toco.Voltando da latrinaLá no fundo do quintalViu uma jararacaDa grossura do seu mindinho

Engolindo um calango verdeA cabeça do calango já tava den-

troMas ainda faltava o corpo e o

raboE mais difícil ainda faltavaEngolir as quatro pernas.Diante de cena tão estranhaCastanhão ficou encabuladoSem crer que a serpente conse-

guisseTerminar sua empreitada.Mas por via das dúvidasPorque a natureza tem seus mis-

tériosSergio decidiu pagar para verSe aquela cobrinha tinha elastici-

dade bastantePara agasalhar em suas entranhasUm calango muito maior que elaTanto na grossuraQuanto no comprimentoPegou um barbante e amarrou no

rabo do calango– Que já estava morto –

DR. MARIANO PERES reside em Uruaçu e, é advogado, escritor, poeta e membro da Academia Uruaçuense de Letras (AUL). Contatos: (62) 3357-2377 e [email protected]. Visite o site http://mariano.peres.zip.net

E prendeu o barbante numa su-cupira branca

Que havia no quintalPara acompanhar o deslinda da

engolição.Passou o dia, chegou a noiteE a jararaca não logrou evoluir

um milímetro sequerEm sua tarefa alimentar.Na manhã de terça-feiraSergio em sua visita matinal à

latrinaRegistrou o resultado da inusita-

da experiência:O calango lá estavaPreso à sucupiraMas da cobra só restava a ca-

beçaO resto fora devorado por um

gatoQue comeuDesde a ponta do raboAté rente à cabeça do calango.

24/01/2015.

Marconi quer proximidade maior com prefeitos

O governador de Goiás, Mar-coni Perillo (PSDB), disse em 14 de abril, ao discursar durante a abertura do Seminário Integra-ção Governo e Municípios, no Centro Cultural Oscar Niemeyer (Goiânia-GO), que recomendou a todos os integrantes da gestão a abrirem as portas dos gabine-tes e se aproximarem mais dos prefeitos e dos vereadores.

Ele informou que o Governo de Goiás negocia junto a instituições bancárias a retomada da operação de crédito de R$400 milhões, in-terrompida no fim de 2014, para a construção de obras em Goiás ainda neste ano.

“Tínhamos a expectativa da viabilização de uma operação de crédito, mas o banco não conse-guiu apresentar a documentação e, no fim de dezembro, essa operação foi desfeita. A secretária Ana Carla [de Estado da Fazenda], com o meu apoio e o do secretário Simão [Cirineu; chefe de Gabinete da Representação de Goiás no Dis-trito Federal], que fica no nosso Escritório em Brasília [-DF], tem trabalhado arduamente nesse sentido. Ontem mesmo, ela esteve em São Paulo [-SP] tratando disso, para reativarmos a operação de crédito. Com parte desse dinhei-ro nós vamos dar sequência nas parcerias da Agetop [Agência

Goiana de Transportes e Obras], pelo Rodovida Urbano, e da antiga AGDR, que está hoje na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, àquelas obras que foram direcio-nadas ao desenvolvimento regio-nal”, discursou.

Segundo o governador, caso a operação de crédito seja viabi-lizada, o foco dos investimentos será direcionado ao cumprimento da agenda que foi estabelecida com os prefeitos no ano passado. “Nesse momento, nós vamos con-tinuar com muito rigor em relação aos gastos. Então, essas coisas vão andando e a prioridade, quando fizermos a operação de crédito, é terminar os convênios que já

foram feitos. Depois disso, quan-do tivermos novas perspectivas, vamos celebrar novas pactuações com cada um dos prefeitos e prefeitas, que são nossos parcei-ros na Administração”, afirmou Marconi.

Para o próximo ano, ele acredi-ta que, em parceria com o Minis-tério da Fazenda (MF), conseguirá viabilizar recursos para novos investimentos. “Tenho certeza que, pela relação que a secretária Ana Carla tem com ele [ministro da Fazenda, Joaquim Levy] e com a equipe, nós vamos construir, para o fim do ano, uma agenda positiva e eu tenho certeza que o governo federal vai abrir novas operações para que a economia seja reaquecida.”

Ressaltando as medidas adota-das pelo Governo de Goiás desde o fim de 2014, com o objetivo de amenizar em Goiás os impactos da crise econômica nacional, o governador disse acreditar que Goiás possa sair na frente entre os demais Estados na conquista de empréstimos. “Neste aspecto, com nosso dever de casa pronto, com esse ajuste fiscal que está em an-damento, nós vamos ter condições de, quem sabe, sermos o primeiro Estado a contrair novas operações. E esses recursos vão ser utilizados para conclusão das obras estaduais e para novas parcerias com os prefeitos.”

Pontuou também que não adian-ta a gestão do Estado realizar mui-

to, se os prefeitos não conseguirem realizar investimentos e cumprir seus programas governamentais. “A nós interessa realizarmos o nosso plano de Governo, mas nos interessa muito mesmo que vocês realizem e cumpram os seus. Mas continuamos de cabeça erguida e seguros de que, para enfrentarmos e vencermos essas crises, o mais importante é estarmos juntos, sermos parceiros, com todos os Municípios”, argumentou.

Audiências com prefeitosAinda em discurso, afirmou

que, junto com o vice-governador José Eliton (PP), já recebeu mais de 100 prefeitos em audiências no Palácio Pedro Ludovico Teixeira e que pretende receber todos os demais, independentemente de bandeira partidária.

Ele ressaltou que, até 2014, o Governo de Goiás celebrou con-vênios com praticamente todos os prefeitos. “Algumas obras, fruto dessas parcerias, foram concluí-das, outras estão em andamento, outras paralisadas, por conta das chuvas, mas o fato é que estabe-lecemos esses convênios.”

Disse também que orientou todos os secretários estaduais a atenderem as solicitações de audiências dos prefeitos. “Todos nós aqui no Governo estamos prontos para dar a melhor da nossa atenção. Às vezes a pessoa fica insatisfeita quando a gente diz um ‘não’ respeitoso. Às vezes a

gente vai dar um ‘não’ educado, mas queremos dar muitos ‘sim’ daqui para frente naquilo que for essencialmente prioridade para cada dos Municípios que vocês representam”, afirmou Marconi.

De acordo com o governador, foi repassada ao secretariado a recomendação de que todos de-finam ao menos uma pessoa para atender as demandas políticas e do setor público em cada pasta. “Nós vamos continuar com as portas abertas no Governo para todos. Todos estão no Governo com um único propósito: cumprir nossos compromissos, nosso programa, atender bem a todos, dar atenção a todos os companheiros. Os se-cretários muitas vezes têm muitos compromissos, a própria agenda administrativa, e não têm como atender a toda hora, de forma muito justa, os prefeitos que os procuram. Mas se cada um tem um assessor, alguém designado para atender bem, o assunto vai ser resolvido”, atestou.

Durante o Seminário, os dez secretários tiveram um tempo agendado para apresentar a pasta aos prefeitos e agentes públicos, informar sobre como é a nova estrutura e o seu funcionamen-to, agora com a nova estrutura, e esclarecer todas as dúvidas quanto ao encaminhamento de propostas, projetos e convênios (Informações, sob adaptações: Gabinete de Gestão de Imprensa do Governador).

Wagnas Cabral/Governo de Goiás

Marconi diz que quer o Governo mais perto dos prefeitos e busca crédito para fortalecer parceria

Administração 2013-2016

FAÇA sua PARTE, nessa luta, que é diária e árdua! Todos

podem ajudar e a colaboração deve ser geral, em benefício

da nossa cidade.

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Um mergulho no Centro-Norte da ÍndiaTexto e fotos: Marcello Dantas[Transcrito, sem adaptações, do Jornal Opção {Goiânia-GO}, edição 2075, semana 12 a 18/04/2015]

Jornal Opção revela, em série de reportagens, um pou-co da cultura e costumes do país berço do budismo.

Ah, a Índia! Incredible India! Tudo pode acontecer… Sim, soa clichê. Talvez seja justamente pelas surpreenden-tes situações que acontecem quando você aterrissa naquele país asiático, que tal corriqueira expressão funciona tão bem. E os indianos –– e os turistas também –– a repetem como um mantra.

O choque de realidade te atinge como socos e pontapés desferidos a curta distância ao ver pessoas dividindo o espaço do comércio com ratazanas e esgotos a céu aberto. Pelo menos, os moradores parecem estar acostumados e seguem a vida tranquilamente.

Mas deixo claro: a Índia não se resume a isso. São apenas aperitivos que conturbam a sua mente e te deixam com vontade de voltar para entender como funciona aquela nação recheada de mitos e crenças. É berço do hinduísmo, budismo, dos hare krishnas e de vertentes mulçumanas e jainistas, e outros milhões de deuses e religiões.

A quantidade de pessoas fazendo tudo “na porta da rua” é impressionante. São centenas de histórias concentradas em um mesmo lugar. A cada esquina, um livro. Por isso, quando seus ouvidos forem tocados pela corriqueira ex-pressão, não duvide.

Passando pelas cidades de Orccha, Agra, Delhi, Udaipur, Jaipur, Au rangabad, Mumbai, Varanasi, Maturah, Amritsar, Vrindrawan, Khajuraho, Pushkar, Jhansi e Fatehpur Sikri, o bloco de anotações acabou rapidamente. A caneta pare-cia pegar fogo ao escrever sobre os cinco dos 28 estados indianos visitados: Rajastão, Punjab, Maharashtra, Uttar Pradesh e Madhya Pradesh.

Foram mais de dez voos pelos ares comandados por Shi-va, o deus maior dos hindus; duas viagens intermunicipais de trem sobre as terras onde Brahma (deus da criação) e Vishnu (o mantenedor) reinam; e inúmeras ultrapassagens perigosas pelas espremidas rodovias. Lá, as mãos das vias são inglesas e passando por elas têm gente defecando, urinando e andando; fora as vacas, búfalos, cachorros, camelos e elefantes circulando. Tudo ao mesmo tempo. Só indo para saber como funciona.

SaboresO primeiro contato se deu em Delhi, capital federal

da Índia, em uma madrugada fria, de 10 graus, após três horas de um voo que partiu de Dubai, nos Emirados Ára-bes Unidos. Os indianos têm uma característica curiosa: fazem quase tudo à porta da rua ou do comércio. Tomam e comercializam o quente e delicioso masala chai (tra-dicional chá feito de uma mistura de ervas e especiarias aromáticas) enquanto conversam; jogam cartas; vendem tecidos, lanches, alimentos, cigarros, celulares e fones de ouvido. Nada de anormal, não fosse o esgoto que escorre ao lado deles.

TrânsitoSer pedestre nas ruas da Índia é um tanto quanto peri-

goso. A cabeça fica confusa pelo sentido invertido no qual circulam os veículos –– mas é questão de costume. O trân-sito é uma aventura: a todo tempo parece que os condutores estão a comemorar a conquista do campeonato mundial de críquete. É buzina sem parar! Mas não por ignorância, como se ouve em Goiânia. Significa “estou passando”. E o lance é não parar, senão dá errado.

O mais incrível é que os motoristas de carros de passeio, caminhão, tuk tuk (um tradicional triciclo motorizado) e os pilotos de moto e bicicletas não se acidentam, pois são super habilidosos.

Entregador de mercadoria anda descalço pelas ruas de Varanasi, Estadod e Uttar Pradesh, na Índia

Homens descarregam roupas de cama lavadas nas águas consideradas sagradas do Rio Ganges, em Varanasi

Garoto vende oferendas (conhecidas como punjas) durante o Aarti, na beira do Rio Ganges, em Varanasi

É comum ver homens andando abraçados e de mãos dadas, como em MumbaiHomens em viagem de trem, em Mumbai. Índia tem a maior linha férrea do mundo

[Continua na página 6]

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Um mergulho no Centro-Norte da Índia[Continuação da página 5]

TemplosA Índia concentra milhares de deuses, que batem na casa

dos 330 milhões. Por isso, a cada esquina ou pé de árvore tem uma imagem ladeada de velas e incensos. E conhecer mais de cem templos que referenciam Buda, Shiva (re-novação), Brahma (criador do mundo material), Lakshmi (fortuna, fartura, beleza e saúde), Vishnu (manutenção do universo), Indra (tempestades), Suria (sol), Krishna (orien-tação), Ganesha (conhecimento e sapiência), Parvati (do bem), Saraswati (música e poesia), Rama (justiça) e outras entidades sagradas não é nada fácil.

Determinados acessos requerem muita hidratação e disposição na “batata” das pernas. O mês de março é mar-cado pelo calor e o período chuvoso começa em junho e perdura até agosto, quando os níveis pluviométricos se intensificam.

Nos complexos de cavernas Ellora e Ajanta, distantes a 30 e 120 quilômetros de Aurangabad (Estado de Maha-rashtra), respectivamente, o sol forte aliado à poluição te cansam mais rapidamente. A todo o momento, a luz se assemelha a das 16 horas. Com o ar seco e a fumaça das fábricas de tijolos, o clima lembra o do Planalto Central brasileiro, com sol a pino.

Já na Ilha Elefanta, a uma hora de barco da orla de Mum-bai –– a São Paulo indiana ––, as temperaturas superam os 40 graus nessa época. Por estar perto do mar, a pele fica sempre umedecida, e o bronzeamento é inevitável.

Sentidos aguçadosAndar pelos municípios instiga todos os seus sentidos. O

olfato fica transtornado com as essências das varas de in-censo queimando lentamente durante 24 horas, misturadas às barracas que servem chai masala, masala dosa, omeletes com tomate, pimentas e o esgoto não tratado.

A visão se divide entre as cores dos saris usados por mu-lheres e os olhares curiosos que elas disparam sobre você. Os sáris são aqueles panos coloridos, de uns seis metros, que enrolados ao corpo de diferentes formas resultam em vestidos finos. Ainda chama a atenção o fato de muitos dos pilotos dos estilosos rickshaws (triciclos que funcionam à pedalada e transportam pessoas e mercadorias) e outros cidadãos andarem descalços pelas ruas. Experimentei fazer isso em Jaipur, capital do Rajastão. Sobrevivi!

Já Varanasi… Ê Varanasi! Fica no Estado de Uttar Pra-desh e é considerada umas das cidades mais antigas do mundo, com cerca de 5 mil anos. É também o município mais sagrado, pois os hindus acreditam que morrer naquelas terras significa salvação, um bom motivo para voltar.

Banhada pelas águas do Rio Ganges, pode-se conhecer nela o Aarti, uma bonita celebração à deusa ou mãe Ganga, como carinhosamente chamam o rio. Duas vezes ao dia, ao amanhecer e no início da noite, uma multidão participa do evento no Dasaswamwdh Ghat, um dos 80 portões instalados em suas margens. Pode ser visto da terra firme ou dos barcos alugados.

Cada cerimônia dura pouco mais de uma hora e durante esse tempo as pessoas podem fazer seus agradecimentos. Com poucas rupias (nome da moeda corrente) é possível comprar um pequeno pacote com vela e flores para “en-tregar” aos deuses. Todas as oferendas são chamadas de pujas.

O início de março é marcado por um evento mundial-mente famoso, o Holi, conhecido como festival das cores pelo mundo. Diferente do que será promovido em junho em Goiânia, a festa é sagrada para os hindus. Durante todo o dia em que é celebrado o festival escuta-se “Happy Holi!” por todos os lados, sempre acompanhado de uma boa dose de um pó colorido e cheiroso que te invade até a alma.

Em Agra, homem urina em meio ao lixão, cena corriqueira ao caminha pelas ruas da Índia

Rio formado pelo acúmulo de esgoto, em Agra, cidade onde está a tumba Taj Mahal

Crianças jogam críquete, muito tradicional entre os indianos. Aglomerações se formam para a prática do esporte

Movimento do trânsito em Agra, Uttar Pradesh, em final de tarde de uma quarta-feiraHomem prepara tradicional chai masala, em Mumbai

[Continua na página 7]

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Um mergulho no Centro-Norte da Índia[Continuação da página 6]

Em Udaipur, Rajastão, dediquei grande parte do dia ao interior do Templo Jagdish, escutando músicas cantadas em híndi, idioma oficial, e tocadas em tambores bem ritmados, como o holak. Era uma chuva de pó colorido e sagrado, também chamado de holi.

Sobre a culinária, não se sabe o que é mais divertido: se é ler nomes de pratos, como aloo mattar, xana masala ou tandoori chicken, ou ver a cara dos turistas se contorcer por conta da pimenta, curry e o forte tempero. É pesado até mesmo para os acostumados com especiarias.

Ainda sobre o almoço, uma das experiências mais mar-cantes foi no Templo Dourado (está para o Sikhismo como o Vaticano está para o catolicismo), em Amritsar, no Punjab. Como a enorme fila me impedia de adentrar ao recinto, fiquei por horas vendo homens e mulheres tomando banho e bebendo da água sagrada que rodeia o templo. Depois, uma multidão seguiu para um enorme armazém, falando alto em uma língua que não parecia híndi.

A ficha só caiu quando as portas se abriram para revelar um organizado espaço onde é oferecido almoço beneficente e com organização interessante. A cada 20 ou 30 minutos, as pessoas se revezam para deliciar um arroz sem sal tem-perado com curry, canjica, molhos apimentados e muito chapati, uma espécie de pão sírio – é importante recebê-los com as duas mãos, em forma de agradecimento.

A transição entre um almoço e outro é marcada pela lim-peza do chão. Depois, os próximos se sentam em esteiras à espera dos alimentos. Apenas homens servem; usam con-chas para retirar a comida de baldes e servi-la nas bandejas. Talvez, o maior impacto organizacional se dê na lavagem dos pratos e talheres e no preparo da comida. Indianos e árabes se juntam para deixar tudo nos trinques.

Roteiros turísticosAs cidades visitadas te oferecem pontos turísticos de

peso, como o Taj Mahal, em Agra, Uttar Pradesh. A tumba construída a mando do imperador Shah Jahan para arma-zenar o corpo de sua amada, a princesa Mumtaz Mahal, é indescritível. A dica é pegar um tuk tuk, ao final da tar-de, e ir para trás da monstruosa construção em mármore branco.

Talvez, conhecer o forte Red Fort seja tão importante quanto conhecer o Taj Mahal. Afinal, foi lá, no forte, que o imperador ficou detido até morrer, de desgosto, vendo sua maravilha de dentro da cela. É que ele gastou todo o dinheiro de seu governo na construção do prédio e seu filho ordenou sua prisão.

Em Jaipur, Rajastão, é interessante ver o Palácio dos Ventos, um harém construído pelo imperador Swaj Pratap Singh, em 1799, para abrigar suas mulheres, já que elas não podiam sair às ruas. O máximo que faziam era pegar uma brisa das janelas. O curioso é que a construção só tem fachada.

A pequena Khajuraho, em Madhya Pradesh, lembra a Vila de São Jorge, localizada no meio da Chapada dos Veadeiros, em Goiás. Com poucas ruas asfaltadas, o clima pacato é temperado pelo complexo de templos com escul-turas eróticas que reverenciam o Kama Sutra, livro sagrado referência para a prática sexual. Foi nesse sítio sagrado que se viu e ouviu as pessoas rindo das explicações dos guias. Nos outros, muitos pareciam entediados.

Em Vrindrawan é divertido andar pelas ruas cheias de poeira e lama até chegar em um (raro) restaurante que te oferece como companhia vários ratos andando a poucos centímetros da sua mesa. A conta total, para seis pessoas, não passou de R$ 40.

Indo a Varanasi, é possível conferir diferentes templos e vertentes do budismo indiano, tibetano e nepalês. Encontra-se na cidade um museu que conta a saga de Siddhartha Gautama, o Buda, até ele abandonar sua casa e tornar-se um ser iluminado espiritualmente; o Big Buda, uma estátua imensa de arrepiar; e claro, o Rio Ganges –– onde se lavam roupas de pousadas e hotéis.

Big Buda, em Varanasi, uma das cidades mais antigas do mundo, é berço do budismo e do hinduísmo

Complexo de cavernas Ajanta Caves, fica na cidade de Aurangabad, e tem dezenas de templos budistas

Mulheres dançam durante o Festival Holi, no Templo Jagdsih, em Udaipur, Estado do Rajastão

Taj Mahal: pessoas rodeiam tumba. É proibido fotografar em seu interiorAdeptos do sikhismo após banho no lago do Templo de Ouro, em Amritsar

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comunIdadeS8 - jornal cidade (PÁGIna PoStada em www.jotacIdade.com) uruaçu, 1º a 15 de abril de 2015

Um mergulho no Centro-Norte da Índia[Continuação

da página 7]

Análise Em pouco menos

de um mês, não é possível se aprofun-dar na história de um país tão místico e complexo. Mas a sensação ao con-versar (e entender o inglês com o R puxado) com os mo-radores é a de que todos vivem bem e sem reclamar. Inde-pendente da idade, casta ou religião.

Andar de trem na metrópole Mumbai e ver pessoas toman-do banho e lavando roupas em esgotos é tão comum quanto ver homens defe-cando e urinando nas ruas. Normal também é ouvir de indianos que dinhei-ro não é problema. O contraditório está no fato de os ven-dedores crianças, jovens, adultos e velhos insistirem in-cansavelmente para que se compre algo e ganhe algumas rupias. Ao ponto de colocar um produ-to em suas mãos e dizer para que você mesmo dê o preço da mercadoria.

Mas a Índia, com todos os problemas de infraestrutura e saneamento, é um país que merece atenção. E se asse-melha ao Brasil, tan-to pela receptivida-de e malandragem, que vem do berço e da necessidade, quanto pelas belas paisagens naturais. Talvez, a tristeza de usufruir o que é ofe-recido aos cidadãos por um governo (esse ano auxiliares do atual presiden-te estão envolvidos em escândalos no Ministério do Pe-tróleo) e polícia que cobra propina esteja mascarada pela fé e crença nos deu-ses que orgulham a nação.

Raj Mahal, em Argra, onde o príncipe Shah Jahan ficou preso após gastar todo o dinheiro do império construindo a tumba para sua esposa

Celebração do Aarti, às margens do Rio Ganges, em Varanasi. Cerimônia acontece duas vezes ao dia

Grande Estupa, em Sarnath, distrito de Varanasi, é um típico local de oração para budistas

Camponesa carrega couves, em plantação atrás do Taj Mahal. Dica é pegar um tuk tuk e ir para o local ao final da tarde

Detalhe de templo do Kama Sutra, em Khajuharo, talhado com cenas do livro