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JORNAL CIDADE URUAÇU GOIÁS, 16 A 30 DE NOVEMBRO DE 2012 - EDIÇÃO 151 - ANO XI - R$2,50 WWW.JOTACIDADE.COM EDITOR-CHEFE: JOTA MARCELO JORNAL CIDADE - DISTRIBUIÇÃO DE PÁGINAS JORNAL CIDADE - ACONTECIMENTOS MUNDIAIS (PÁGINAS POSTADAS NO SITE WWW.JOTACIDADE.COM) Capa ............................................................................. 1 Opinião....................................................................... 2 Cidade......................................................................... 3 Cidade......................................................................... 4 Cidade......................................................................... 5 Cidade......................................................................... 6 Cidade..........................................................................7 Cidade......................................................................... 8 Cidade......................................................................... 9 Cidade....................................................................... 10 Comunidades .......................................................... 11 Comunidades ..........................................................12 Saúde - 1º de dezembro: ‘Dia Mundial de Combate à Aids’. Há um ano, o Pontifício Conselho para a Pastoral da Saúde divulgava comunicado por ocasião da data, em texto assinado pelo presidente/arcebispo Zygmunt Zimowski, . Cerca de 1,800 milhão de pessoas morrem por ano devido à aids, em especial na África subsaariana. “São pessoas que poderiam levar uma vida normal se tivessem acesso às terapias farmacológicas adequadas, terapias antirretrovirais”, dissera o religioso. (Fonte: ‘Vatican Information Servic’, via ‘Canção Nova Notícias’) JORNAL CIDADE - CONTATOS COM A REDAÇÃO *www.jotacidade.com *blogdojornalcidade.blogspot.com *flickr.com/marcellojunior *mjrdantas.blogspot.com *(62) 3357-4158 *8500-1331 *9657-1441 *[email protected] JC (IMPRESSO): DESDE FEVEREIRO/2002 - JC (ON-LINE): DESDE SETEMBRO/2005 Visite Uruaçu, ‘Terra do Caju’ e do Lago Serra da Mesa ‘Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a constroem.’ - Salmo 126:1 JC (BLOG DO JORNAL CIDADE): DESDE JULHO/2008 Solange Bertulino sonha receber Prefeitura com o mínimo de dívidas Prefeita eleita de Uruaçu, Solange Bertulino visitou a Redação do JC em 30 de outubro e foi entrevistada. As mais de 50 respostas da peeme- debista, publicadas na edição 150 (quinzena 16 a 30 de novembro) e na presente edição, destacam temas diversos. Nesta segunda parte, as atenções estão voltadas para a política e as relações institu- cionais; a economia e os recursos; a saúde pública; e, o urbanismo. Todo o conteúdo está postado no site e no Blog do periódico. Anseio de todo novato gestor, Solange quer herdar uma Prefeitura com dí- vida pequena, mas é realista: “Estamos preparados para o que vamos receber. Vamos achar caminhos e meios para que possamos melhorar.” Quando assumir em 1º de janeiro, Solange (foto) já estará sabendo de parte da situação financeira da Prefeitura de Uruaçu. Primeiro ano tende ser de ajustes veementes Márcia Cristina CIDADE - Páginas 3, 4, 5 e 6 Vereadores eleitos por Uruaçu: Francisco do Ônibus, Wanildo Freitas, Idelmar Pedreiro e Jairo Balbino, entrevistados desta edição Márcia Cristina Na Redação do JC, dentro da rodada de entrevistas: Francisco do Ônibus (PR) (esq.) e Wanildo Freitas (PP)... Márcia Cristina CIDADE - Páginas 7 a 10 Márcia Cristina ...E, Idelmar Pedreiro (PSDB) (esq.) e Jairo Balbino (PT) (dir.). Entrevistas são veiculadas nas edições impressas; no site www.jotacidade.com e no Blog do JORNAL CIDADE/ Personalidades, ajudando focar os 13 vereadores locais Márcia Cristina

JORNAL CIDADE - jotacidade.com · a necessidade de os juízes se inserirem efetivamente na sociedade em que vivem, sem dela permanecer divorciados, embora mantendo sua liberdade para

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Page 1: JORNAL CIDADE - jotacidade.com · a necessidade de os juízes se inserirem efetivamente na sociedade em que vivem, sem dela permanecer divorciados, embora mantendo sua liberdade para

JORNAL CIDADEuruaçu GoIÁS, 16 a 30 DE NoVEMBro DE 2012 - EDIçÃo 151 - aNo xI - r$2,50 www.jotacIDaDE.coMEDItor-chEfE: jota MarcElo

jorNal cIDaDE - DIStrIBuIçÃo DE PÁGINaS jorNal cIDaDE - acoNtEcIMENtoS MuNDIaIS

(PÁGINaS PoStaDaS No SItE www.jotacIDaDE.coM)

capa ............................................................................. 1opinião ....................................................................... 2cidade......................................................................... 3cidade.........................................................................4cidade......................................................................... 5cidade......................................................................... 6

cidade..........................................................................7cidade......................................................................... 8cidade......................................................................... 9cidade....................................................................... 10comunidades .......................................................... 11comunidades ..........................................................12

Saúde - 1º de dezembro: ‘Dia Mundial de combate à aids’. há um ano, o Pontifício conselho para a Pastoral da Saúde divulgava comunicado por ocasião da data, em texto assinado pelo presidente/arcebispo Zygmunt Zimowski, . cerca de 1,800 milhão de pessoas morrem por ano devido à aids, em especial na África subsaariana. “São pessoas que poderiam levar uma vida normal se tivessem acesso às terapias farmacológicas adequadas, terapias antirretrovirais”, dissera o religioso.

(fonte: ‘Vatican Information Servic’, via ‘canção Nova Notícias’)

jorNal cIDaDE - coNtatoS coM a rEDaçÃo

*www.jotacidade.com *blogdojornalcidade.blogspot.com*flickr.com/marcellojunior *mjrdantas.blogspot.com

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jc (IMPrESSo): DESDE fEVErEIro/2002 - jc (oN-lINE): DESDE SEtEMBro/2005

Visite uruaçu, ‘terra do caju’ e do lago Serra da Mesa‘Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a constroem.’ - Salmo 126:1

jc (BloG Do jorNal cIDaDE): DESDE julho/2008

Solange Bertulino sonha receber Prefeitura com o mínimo de dívidas

Prefeita eleita de Uruaçu, Solange Bertulino visitou a Redação do JC em 30 de outubro e foi entrevistada. As mais de 50 respostas da peeme-debista, publicadas na edição 150 (quinzena 16 a 30 de novembro) e na presente edição, destacam temas diversos. Nesta segunda parte, as atenções estão voltadas para a política e as relações institu-cionais; a economia e os recursos; a saúde pública; e, o urbanismo. Todo o conteúdo está postado no site e no Blog do periódico. Anseio de todo novato gestor, Solange quer herdar uma Prefeitura com dí-vida pequena, mas é realista: “Estamos preparados para o que vamos receber. Vamos achar caminhos e meios para que possamos melhorar.”

Quando assumir em 1º de janeiro, Solange (foto) já estará sabendo de parte da situação financeira da Prefeitura de Uruaçu. Primeiro ano tende ser de ajustes veementes

Márcia Cristina

CIDADE - Páginas 3, 4, 5 e 6

Vereadores eleitos por Uruaçu: Francisco do Ônibus, Wanildo Freitas, Idelmar Pedreiro e Jairo Balbino, entrevistados desta edição

Már

cia

Cris

tina

Na Redação do JC, dentro da rodada de entrevistas: Francisco do Ônibus (PR) (esq.) e Wanildo Freitas (PP)...

Már

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Cris

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CIDADE - Páginas 7 a 10

Már

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Cris

tina

...E, Idelmar Pedreiro (PSDB) (esq.) e Jairo Balbino (PT) (dir.). Entrevistas são veiculadas nas edições impressas; no site www.jotacidade.com e no Blog do JORNAL CIDADE/Personalidades, ajudando focar os 13 vereadores locais

Már

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oPINIÃo2 - jornal cidade (PÁGINa PoStaDa EM www.jotacIDaDE.coM) uruaçu, 16 a 30 de novembro de 2012

EXPEDIENTEEditor-chefejosé Marcelo lopes dos reis (jota Marcelo)

registro Profissional Go01589jP/Drt-Go

Matriz: rua Minas Gerais, 37-a, Salas 1 e 2, caixa Postal 84, bairro São Vicente, 76400-000, uruaçu-Go *** telefax (62) 3357-4158 * 8500-1331 * 9657-1441www.jotacidade.com * [email protected] * @jornalcidade * blogdojornalcidade.blogspot.com - flickr.com/marcellojunior * mjrdantas.blogspot.com

fuNDaDo EM 11 DE SEtEMBro DE 2001Exclusivamente editado pela

cIDaDE EDItora jorNalÍStIca ltDa,empresa situada em uruaçu GoIÁS

Não

jogu

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blic

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filiado a associação dasEmpresas de jornaise revistas do Estadode Goiás (assejor)

Editores/colaboradoresPolítica - jota Marcelo/(62) 8500-1331comunidades - Márcia cristina/9657-1441Social - Márcia cristina (2197/Drt-Go)fotografia - Marcello Dantas/9949-4411

Editora-assistenteMárcia cristina

Dr. Mariano Peres/[email protected]

Pe. crésio rodrigues/[email protected]

Professor cleiber fernandes Santos/[email protected]

Professor andré luiz dos Santos/[email protected]

Dr. joão joaquim/[email protected]

Dr. Natalício cardoso/3357-2577

historiadora cylene Gama/[email protected]

Dr. josé carlos Mendonça/[email protected]

os artigos, colunas assinadas e entrevistas são de inteira responsabilidade de seus autores ou entrevistados, e não refletem necessariamente, a opinião do jornal. os editores ou colaboradores e divulgadores ou serviços não têm vínculos empregatícios com o jornal.

cIrculaçÃo/coMErcIal(62) 3357-4158-assinantes,-anunciantes,-Especial,-Dirigida:Parte de Goiás (Goiânia einterior), parte do Distritofederal, parte de outrosEstados e parte do exterior.toDo o coNtEÚDo Do IMPrESSo coNSta No SItE.

Divulgadores/Serviços (comercial e jornalismo)Goiás (interior) - Isomar lopes e rodrigues Neto * Goiás (Goiânia/Especial) - Marcello Dantas * Brasília-Df - cida carvalho

art

icul

ista

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rado

res:

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EditorialDesenvolvimento econômico, uma necessidade

Na entrevista que o Jornal Cidade fez com a prefeita eleita de Uruaçu, Solange Bertulino (PMDB) - veiculada em duas partes, na edição passada e na presente edição -, ao ser abordada sobre a composição do novo secretariado ela teceu comentários vitais, detalhando questões expostas no plano de governo (plano, que foi veiculado no site deste periódico em primeira mão, dentro da campanha). Ficou decidido que a Administração 2013-2016 criará a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econô-mico, contendo quatro Superintendências Municipais: de Indústria e Comércio; Agri-cultura e Pecuária; Turismo; e, a de Aquicultura.

Desenvolvimento econômico: duas palavras que podem dizer muito, que podem dizer muito mais com um secretário municipal qualificado e desenrolado para dirigir tal órgão, ajudando a prefeita praticar iniciativas que possam empurrar Uruaçu para um progresso sempre crescente e van-tajoso para a municipalidade e a população. Não apenas para meia dúzia de pessoas. Igualmente todos os superintendentes municipais que sejam qualificados e desenrolados. Ninguém pode imaginar querer ser maior que a prefeita, porém tem que trabalhar firme visando conquistas de fatos. Chega de auxiliar só adentrar o gabinete central da Prefeitura para levar problemas. Projeto mostra: essa Pasta apresentaria gigante abrangência.

-Ainda maior será a importância dela, se bem aproveitadas iniciativas, oportunida-des, parcerias mirando o fortalecimento dos ramos industrial e comercial já existentes, mais a atração de novas representações desses dois segmentos, gerando emprego e renda. É preciso dinamizar negócios em segmentos variados, galgando desenvolvi-mento permanente da economia uruaçuense. Emprego e renda, que se inserem em todas as particularidades da Secretaria.

-No que se refere à agricultura e a pecuária, eis que o empreendedorismo, o agro-

negócio ofertados pelo meio rural estão num patamar elevado, apesar de algumas pessoas insistirem não reconhecer essa bela realidade.

-E os negócios de turismo? Podem render frutos fantásticos, de forma destacada se o superintendente responsável pela particularidade não se envolver demais com tec-nicismo e papelada, especialmente excesso de ofícios. Um superintendente que com-preenda não apenas o valor da praia Generosa lotada de turistas (em um exemplo), mas também que tenha ciência do quanto é importante investir no Museu Dom Prada

(em um exemplo), começando pelos atos de proibição da permanência de vendedores fixados na porta da sede do espaço cultural e, proibição de colocar mesas (de pontos comerciais vizinhos que vendem bebidas) na calçada do Museu, onde rebeldes costumam tomar todas e mais algumas, além de consumir crack, fumar maconha e cheirar cocaína. Museu (além dos outros), que deve permanecer aberto nos finais de semana e feriados.

-Por fim, a aquicultura, com o pescado - conforme comprovação cientí-fica e, observa a prefeita na entrevista -, representando alimento saudável, bastante procurado por consumidores em geral. O lago Serra da Mesa tem água farta, oferece espaços enormes para a pesca. Aproveitar de forma controlada seu potencial para a aquicultura é vital. O superintendente que

for assessorar Solange Bertulino precisa urgente desatar nós pendentes provocados pela burocracia de Brasília-DF, abrindo espaços para entidades pesqueiras/ribeirinhos se verem livres para trabalhar tranquilos, fazendo o peixe chegar fácil aos pratos.

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico anunciada pelo futuro governo mu-nicipal tem como contribuir demais para a geração de emprego e renda em Uruaçu. Mais alerta da prefeita, falando ao JC: “...Um trabalho mais pautado em trabalho que tenha uma resposta mais rápida.”.

‘...empurrar Uruaçu para

um progresso sempre

crescente e vantajoso’

DIGA NÃO AO MOSQUITO!

AJUDE COMBATER ESSE MAL!

DETONE AGORA O INIMIGO!

AÇÕES SIMPLES EVITAM O PROBLEMA QUE MATA. EXEMPLO: deposite no lixo objetos que acumulam água (embalagens usadas, potes, latas, copos, garrafas vazias, outros). Existem várias medidas preventivas. Faça sua parte já!!!

...Passa o tempo, sucedem as transições de cunho políti-co-administrativas em Uruaçu. O relógio marcava 20h20 de 1º de janeiro de 2009 quando Ma-risa Araújo, já na condição de ex-prefeita, pediu um abraço de Lourencinho (PP), empos-sado prefeito momentos antes. No dia 1º de janeiro de 2013, Lourencinho vai entregar as chaves para Solange Bertulino (PMDB), prefeita eleita em 7 de outubro? O tempo não para, o calendário segue.

Mar

cello

Dan

tas

Imagem... - Ontem

Neste último sábado, atendendo a um convite da Cíntia e do Cristiano, conheci, juntamente com a Neide, o salão de eventos do Máster, onde nos deliciamos com bela festa de comemoração do casamento daquele simpático casal.

A festa foi ótima, mas com cer-teza perderia metade de seu brilho se não contasse com a presença, a simpatia, a arte e o fôlego do cantor e instrumentista JUVENAL DOS TECLADOS, que emprestou ao am-biente todo o fulgor de seu talento de bom tecladista e excelente cantor.

SABORDA LEITURADr. Mariano Peres

Blog do doutorMariano Peres-Endereço abaixo-

Com um repertório bem ao gosto dos cativos ouvintes que lotavam as dependências do clube, Juvenal mostrou todo o potencial de sua voz de terno, sem aqueles trejeitos dos chamados sertanejos universitários que a gente não se sabe se é homem cantando com voz de mulher ou se é mulher ou se é mulher travestida de homem.

Juvenal canta com voz masculina. Não é que eu não aprecie as boas can-toras brasileiras. Sinto-me extasiado ouvindo a Gal, a Betânia ou a Paula Fernandes, além, evidentemente, de

JUVENAL DOS TECLADOS

...Também acompanhe os atrativos de doutor Mariano Peres no site www.jotacidade.com, link Sabor da Leitura

inúmeras e excelentes cantoras que nos brindam com sua arte, alegrando-nos a existência.

Não soa bem a meus ouvidos, cantor com voz feminina, assim como também não me agrada cantora com voz de homem. É como dizia meu pai, JUQUINHA CABURÉ: cada macaco no seu galho.

Sobre este tema, vale aquela mú-sica da novela Gabriela, interpretada por Gal Costa, a cantora que é dona da mais bela emissão de voz do Bra-sil. Diz a canção: ‘Eu nasci assim, eu cresci assim, eu vivi assim, eu sou

sempre assim, Gabriela!...’.Parabéns Cíntia e Cristiano, por

brindarem seus convidados com a exi-bição desse bom artista: JUVENAL DOS TECLADOS.

Uruaçu, 13/11/2012.

DR. MARIANO PERES reside em Uruaçu e, é advogado, escritor, poeta e membro da Academia Uruaçuense de Letras (AUL). Contatos: (62) 3357-2377 e [email protected]. Visite o site http://mariano.peres.zip.net

...No seu discurso de posse como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Joaquim Barbosa (foto) disse em 22 de novembro, que o conceito de Justiça é indissociável do de igualdade de direitos. Ele defendeu a necessidade de os juízes se inserirem efetivamente na sociedade em que vivem, sem dela permanecer divorciados, embora mantendo sua liberdade para julgar. “A justiça, por si só e só para si, não existe”, observou. “Só existe na forma e na medida em que os homens a querem e a concebem. A justiça é humana, é histórica. Não há justiça sem leis nem sem cultura. A Justiça é elemento ínsito ao convício social. Daí por que a noção de justiça é indissociável da noção de igualdade. Vale dizer: a igualdade material de direitos, sejam eles direitos juridicamente estabelecidos ou moralmente exigidos”. Assim, segundo o ministro, o cidadão deve ter “o direito mais sagrado dentre os seus direitos, qual seja o de ser tratado de forma igual, receber a mesma consideração, a mesma que é conferida ao cidadão ‘A, C ou B’.” Na posse, estavam presentes diversas autoridades (Notícias STF).

Nel

son

Jr./S

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/STF

Imagem... - Hoje

Artigo

O empreendedorismo como opção de vida

Antes de tudo, ser empreen-dedor é detectar uma necessi-dade não satisfeita ou falta de qualidade em algum produto ou serviço e apresentar uma so-lução diferenciada. E isso gera diversos benefícios à sociedade, amplia as possibilidades da eco-nomia, gera novos empregos e riquezas para a sociedade.

Existe uma confusão entre o que é ser um empreendedor e o que é estar empresário. Ter espírito empreendedor não é simplesmente ter ousadia para abrir uma empresa. Empreende-dorismo está ligado à inovação, à exploração de uma brecha de mercado, um nicho de mercado que ninguém viu. Uma das ma-neiras para encontrar um espaço em meio ao cipoal de concorren-

tes já estabelecidos e conseguir permanecer no mercado é estar sempre atento às oportunidades. Para McClelland, um dos mais conceituados estudiosos na área do empreendedorismo, empreen-dedor “é o sujeito com forte neces-sidade de realização e poder, que possui habilidade de influenciar pessoas, sente necessidade de ter seu próprio negócio e aproveita oportunidades que surgem.”.

Diferente do que muita gente acredita, uma ideia de negócio não significa necessariamente uma oportunidade de negócio. Uma ideia é uma oportunidade quando traz em si a solução concreta para alguma necessidade. Descobrir uma oportunidade significa encon-trar respostas para uma série de perguntas, tais como:

-Existe uma necessidade de mercado que não é suprida ou é

atendida com deficiência?-Que valores o novo produto/

serviço agrega para os clientes?-Qual a quantidade de poten-

ciais clientes para este negócio? Qual é o seu perfil psicográfico?

-Quais são os seus principais concorrentes? Quais os seus pontos fortes e fracos?

-Como funcionam as empresas estabelecidas que se propõem a atender esta necessidade?

-É possível inovar? Em que aspectos?

-Existem ameaças?-Será que o momento correto

é realmente este?-Existem aspectos legais espe-

cíficos a considerar?-Há uma vontade pessoal de

atuar neste negócio?-E muitas outrasAlgumas características são

fundamentais para quem preten-

de se aventurar pelo mundo dos negócios:

•Estar atento e perceber as oportunidades que o mercado oferece - quanto mais o futuro empresário dominar o ramo em que pretende atuar, maiores serão suas chances de sucesso

•Buscar informações e aprovei-tar oportunidades

•Assumir e administrar riscos. É preciso ter confiança em si mesmo e coragem para enfrentar desafios

•Ter senso de organização. Desenvolver a capacidade de utilizar recursos humanos, mate-riais e financeiros de forma lógica e racional

•Ser decidido. Avaliar friamente as situações e elencar alternativas para escolher a solução mais adequada

•Liderança. Saber definir obje-

Soeli de Oliveira tivos, estabelecer indicadores, incentivar pessoas no rumo das metas definidas, treiná-las e orientá-las na realização de tarefas

Quando uma empresa fecha, ocorrem diversos impactos nega-tivos na sociedade. Empregados ficam desempregados, empre-sários ficam desempresados, o governo deixa de arrecadar im-postos e todo o investimento re-alizado e esperança depositados no negócio é perdida. Antes de empreender, conheça e procure desenvolver essas característi-cas empreendedoras.

Soeli de Oliveira reside em Novo Hamburgo-RS e, é consul-toria e palestrante do Instituto Tecnológico de Negócios em áreas, como a de marketing. Contatos: [email protected]

Mar

quim

do

Site

Nota da Redação: Juvenal dos Teclados, em foto de arquivo (dezembro/2009)

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cIDaDE3 - jornal cidade (PÁGINa PoStaDa EM www.jotacIDaDE.coM) uruaçu, 16 a 30 de novembro de 2012

CIDADE

Solange: respeitar, para ganhar respeitoJota Marcelo e Márcia Cristina

Esta veiculação é a parte final da entrevista que o Jornal Cidade fez com a prefeita eleita de Uru-açu, Solange Bertulino (PMDB), quando da visita dela a Redação do periódico, em 30 de outubro. Acompanhada de Ademir Sandoval e Evisio Silva, presidente e vice-presidente do PMDB local naquela data; e, de Marciel Lázaro Araújo Silva (militante, aliado), a nova chefe do Poder Executivo municipal respondeu a mais que 50 questões, coordenadas pelos editores Jota Marcelo e Márcia Cristina. Neste segundo tópico, dividido em quatro partes, a vitoriosa pela coligação Resgatando a cidadania do povo de Uruaçu (que reuniu ainda o PSB [do vice-prefeito eleito Professor Francisco], PT e PC do B) fala sobre política e relações institucionais (reportagem principal); economia e recursos (primeira submatéria); saúde pública (segunda submaté-ria); e, urbanismo (terceira sub-matéria). Leia - As respostas da parte inicial (primeiro tópico) da entrevista foram publicadas na edição 150 (quinzena 16 a 30 de novembro), que pode ser acessada através do site www.jotacidade.com. Igualmente, no Blog do JORNAL CIDADE/Personalidades.

De que forma a Solange Ber-tulino planeja lidar com o Poder Legislativo?

De maneira muito clara, simples, visto que uma coisa que eu sempre prezo, sempre prezei durante o andar da minha vida, é que a gente respeite o limite, dever e a competência de cada um. São casas distintas, onde há o respeito em cada uma delas e o relacionamento tem que ser de trans-parência, trabalho e de busca sempre de benfeitoria para o nosso Município. Afinal de contas fomos eleitos para fa-zer e transformar o Município onde a gente vive. Então, esse relacionamen-to vai ser sempre pautado no respeito, na ética, transparência e na busca, na busca incessante de benfeitorias para o cidadão de Uruaçu.

E com o Poder Judiciário e o Ministério Público (MP)?

Da mesma forma, uma coisa que eu sempre digo, eu sempre falei e realizei, é o ato de respeitar as ins-tituições. A partir do momento que você respeita as instituições, você é respeitado. E o respeito que eu digo é o seguinte: é dever do Ministério Público defender a população de estar indo e vindo, é um direito dele, é o tra-balho dele, mas também é um dever e direito nosso, estar ponderando, estar defendendo, direcionando. Quando falamos de respeito às instituições é essa relação amistosa, respeitosa, porém sem nenhum laço, sem nenhum compromisso de A, B ou de C. É res-peitar as instituições lá, ou seja, fazer o dever de casa lá e nós fazermos de cá. E é bem lembrado. Gostaria de lembrar também: enquanto candidata eu estive em todos - Ministério Públi-co, juízes, colocando lá o meu nome, de toda minha equipe, frisando que gostaria muito, estava candidata na-quele momento, de fazer por Uruaçu o que eu acho necessário e que iria, se eleita fosse, o meu dever de casa e, iria respeitar as ponderações e os limites de cada Poder.

E com as entidades e represen-tações do terceiro setor?

A relação da prefeita com as instituições não foge à regra, porque todas as instituições trabalham em um objeto comum, em prol de um só projeto, que é a melhoria da vida do cidadão, do Município, seja de A ou B ou classe social. Então, vai ser da mesma forma, uma relação amigável, transparente e respeitosa, onde pode-mos estar, através dessas entidades, buscando melhorias e benfeitorias para o Município.

Nota da Redação: ponderações de Evisio:

-“Os prefeitos dão trabalho de-mais para a assessoria, são cheios de picuinhas, frescura, excentricidade. E quando começamos uma campanha temos que estar em sintonia. Nunca fiz campanha de um partido que eu não tivesse afinidade ou alguém can-didato que não tivesse nada a ver. Fiz essa contextualização para chegar na Solange. Qual é a diferença, minha opinião pessoal, que eu achei na Solange? Primeira coisa, que nunca vi em nenhuma liderança política a humildade de querer aprender. São qualidades que acho extremamente importante para um líder. A Solange, tudo, tudo que você pensar, ela liga para a gente, até incomoda, querendo opinião, querendo saber. Conversamos sobre isso - eu, ela, Ademir, Marciel, a Ana [Maria Gundim] [aliada e in-tegrante do grupo de apoio a prefeita eleita], a Maria de Fátima [educado-ra; e, integrante do grupo de apoio a prefeita eleita], que estão sempre por perto, presidentes de partidos. No início, tinham aquele medo, quando começamos a fazer essa aliança, isso é histórico aqui em Uruaçu, o povo via o PMDB como um ‘bicho’, autoritário, quer tudo só para ele. Eu acho que a Solange vai colocar um ponto final nesta história toda e, eu sempre tenho dito em nossas conversas que vamos começar uma nova etapa política em Uruaçu, inclusive falo isso para nos-sos adversários políticos, que foram adversários políticos de campanha, agora já não são mais, pelo fato de eu ter carregado muitos bons relaciona-mentos dos adversários. Isso é uma coisa particular minha mesma, que eu trouxe para cá com o pessoal do Lourenço [prefeito Lourencinho, do PP]. Tanto é, que eu tenho um bom

sede na capital, o Cidisem estaria na segunda cidade de todo prefeito. Ou na sua ótica ficaria como é: o presi-dente quase sempre ser o titular do Executivo uruaçuense?

Olha só: essa relação com o Ci-disem, hoje, como se apresenta, é mais uma questão de diálogo, agora que foram renovados quase todos os prefeitos da região [integrantes da entidade]. Eu acho que é mais uma questão de diálogo, porque veja bem: tirar a sede do Cidisem de Uruaçu, cidade polo e, levar para Goiânia, eu acho que precisamos sentar, nós prefeitos, conversarmos sobre essa situação e designar direcionamentos para o Cidisem. Até então eu não vi, não tenho nenhuma informação desde 2009. O que eu sei é que o atual prefeito [de Uruaçu, Lourenci-nho, do PP] é o presidente e não tem nenhuma ação nesse sentido... Não sei [sobre o fato de] que o Consórcio tenha atuado ou desenvolvido ação na área específica. Então, é uma questão de tomar pé da situação, dialogar e achar uma situação viável. Nas ações de Furnas [Eletrobras Furnas], a Marisa [Marisa Araújo, prefeita de Uruaçu nos mandatos 2001-2004 e 2005-2008 e, presidente do Cidisem em diferentes períodos] conseguiu uma grande leva de recursos para a preservação, inserção. Até na cultura, igual o apoio para o Memorial Serra da Mesa [complexo de natureza cien-tífica e educativa existente às margens do lago Serra da Mesa, em Uruaçu e, administrado pela Fundação de Desenvolvimento da Região da Serra da Mesa, a Fusem]. Eu sei que teve uma parte do orçamento lá. Ações ambientais, que é o que mais precisa, preservação ambiental.

Nota da Redação: em dados da empresa (e conforme já informado pelo Jornal Cidade), antes atuando em separado, Eletrobras e Furnas se transformaram em empresa única, nas-cendo a Eletrobras Furnas, que atua no segmento de geração e transmissão de energia, de economia mista e é, subsidiária da Centrais Elétricas Bra-sileiras S.A. - Eletrobras, vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Além da geração hídrica e termelétrica, a Eletrobras Furnas investe também em fontes alternativas de energia. Em par-ceria com outros grupos empresariais, comercializou a energia e obteve a autorização para construir 17 parques eólicos no Ceará e no Rio Grande do Norte. A Eletrobras Furnas possui um complexo de empreendimentos responsável por dez por cento da geração de energia elétrica do País. São 15 usinas hidrelétricas, duas ter-melétricas, aproximadamente 20 mil

quilômetros de linhas de transmissão e cinquenta e duas subestações. De toda a energia consumida no Brasil, mais de 40 por cento passam pelo Sistema Eletrobras Furnas, proprietária majo-ritária da Usina hidrelétrica Serra da Mesa, que tem Uruaçu como uma das cidades ribeirinhas. O Cidisem nasceu sob incentivo da Eletrobras Furnas e, para desenvolver ações em localidades lindeiras ou de alguma ligação com o reservatório. Visão da empresa, mirando ao ano 2018: ser o maior e mais bem sucedido agente brasileiro no setor de energia elétrica

Nota da Redação (2): pondera-ções de Ademir: alegando que o atual quadro de prefeitos eleito é sinônimo de novos gestores membros do Cidi-sem mais abertos para o diálogo (pre-gado por Solange), ele defende a ideia de que a representação (oficialmente composta por 13 Municípios) terá me-lhores condições de funcionamento, cumprindo - de fato -, as ações do co-tidiano. Ademir chegou a lembrar: “Só dois prefeitos filiados foram reeleitos: o Iranzinho, [PSD] de Colinas do Sul e, o Nenzão [PSD], de Campinaçu.” Entre os membros novatos apontados como bons de diálogos, Ademir citou, além dos dois, os seguintes prefeitos eleitos: Luiz Teixeira (PMDB - Nique-lândia), Elvino Coelho (PMDB - Mara Rosa), Maurídes Nascimento (PSDB - Minaçu), Jacob Ferreira (PMDB - São Luiz do Norte) e Chicão (PSB - Campinorte). Agrônomo, Ademir opina que o Consórcio devia se en-volver também com causas referentes aos loteamentos, as demarcações nas margens do lago (ocupações em ge-ral). “Isso aí vai virar uma ‘favela’ e, depois ninguém dá conta de consertar questões ambientais na beira do lago”, prevê. Disse Ademir: “As ações que mais precisam [ser priorizadas] são as ações ambientais. As endemias também são fundamentais, ainda mais com esse sobe e desce do lago. As outras coisas são de responsabilidade de cada Município consorciado”, alerta Ademir, que por fim, aconselha (citando exemplos vistos no Paraná) o Cidisem lidar mais amplamente com o segmento saúde pública (hospital, medicamentos), pois, entre outras conquistas, poderia ajudar até mesmo as Prefeituras agremiadas na aquisição de bens e produtos do segmento sob economia e menor burocracia. E, não deixou de enaltecer a gestão pública de qualidade em todos os sentidos

Nota da Redação (3): Evisio enalteceu a importância e memorizou uma gama de iniciativas do Cidisem, evidenciou o associativismo organi-zado e propõe o fortalecimento do Consórcio, iniciativa que o tornaria respeitado e com capacidade para galgar e conseguir benefícios para as cidades membros. Chamou atenção enfaticamente para a situação real atual do convênio Cidisem-Eletrobras Furnas e em linhas gerais, alerta: o erro não estaria na Eletrobras Furnas. Comentando não ser fácil renovar o convênio existente, externou que a burocracia ajuda provocar isso. Ele também recordou particularidades englobando o advento do lago; o Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA) e o respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) referen-tes ao reservatório; a situação ontem e hoje dos ribeirinhos, entre outros fatores afins

Nota da Redação (4): se expres-sando publicamente no decorrer dos anos 2009-2012, Lourencinho teve e tem o hábito de afirmar que sempre atua dentro das normas, seja como prefeito de Uruaçu, seja como presi-dente do Cidisem

relacionamento - acho que não tem melhor -, trânsito, consigo conversar, resolver problemas com todos eles. Estou falando isso pela questão dos vereadores... Foi perguntado na entre-vista... Pois já começou aí o embate: pela mesa diretora, a presidência da Câmara [Municipal de Uruaçu] e, a Solange ligou, começaram a ligar para ela, colocar pressão e a Solange perguntou: ‘Como vamos fazer?’. Eu disse: ‘Solange, vamos deixar eles re-solver?’. Acho que, como os Poderes são independentes e, nós entendemos que lá na Câmara, no geral, não sei se vocês concordam, a Câmara ficou boa, eu acho, que eles podem se en-tender bem [as conjecturas estão em andamento no que se refere à mesa diretora 2013]”

Mensalão e Supremo Tribunal Federal (STF). Como avalia o julgamento de casos de corrupção, denunciados lá em 2005?

Acho que o processo correu de forma natural, houve comprovação e houve o julgamento. Agora, como cidadã, eu penso que as coisas estão tomando um rumo que têm que tomar, já que é um anseio velho, um velho anseio de transparência nas ações a partir de todos, principalmente dos políticos, um direcionamento para onde está indo isso ou aquilo. Acho que os órgãos em si, as entidades estão demonstrando isso através dos seus julgamentos. Penso que o nosso Município, o nosso País, a tendência dele é aprimorar e crescer ainda mais nesse sentido. O que todos querem é que as coisas sejam transparentes, que quando olharmos, entendermos, por-que esse processo do mensalão, por exemplo, grande parte do nosso povo, inclusive alguns de nós [presentes da Redação], temos dificuldades para entender toda essa questão processual, a linguagem de advogados. Eles falam uma linguagem de advogado e nosso povo, o mais simples às vezes não consegue entender muito bem. Eu penso que de uma maneira mais clara, isso, com o passar do tempo, vai ficar melhor para todos os cidadãos, o que é ser ficha limpa, o que é a Lei da Ficha Limpa, o que é ter transparência, fazer as coisas e mostrar como foi feito. Os nossos magistrados, as entidades estão caminhando no caminho que têm que caminhar mesmo, a procura realmente do anseio da população que quer re-presentantes a altura do seu povo.

Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Integrado Serra da Mesa: não seria viável mudar a sede para Goiânia, pois os prefeitos afirmam não querer presidi-lo devi-do estar sediado em Uruaçu. Com

Quando assumir em 1º de janeiro, Solange Bertulino já estará sabendo de parte da situação financeira da Prefeitura de Uruaçu. 2013 deve ser de contínuos ajustes

Márcia Cristina Pesca e aquicultura: dias atrás, a presidente Dilma Roussef (PT) anunciou o lançamento do Plano Safra para o setor, com investimento R$4,1 bilhões até 2014, visando do-brar a produção aquícola no Brasil, chegando a produção total de 2 milhões de toneladas/ano. O Plano aumentará o crédito, estimulará a formação de Cooperativas, ajudará a melhorar as condições de armaze-nagem e a comercialização do pesca-do, investirá em assistência técnica e em pesquisa. Meta: aumentar a competitividade da indústria da pesca e a renda das famílias de pes-cadores que ainda vivem na pobreza extrema. Em dois mandatos e como presidente do Cidisem, Marisa lutou muito pelo segmento, a atual gestão municipal (e do Consórcio) não alavancou o empreendimento. Não parece piada isso: não dar certo em Uruaçu, onde existe água abun-dante e tantas famílias dispostas para com a causa?

Na verdade, sim! Já estamos nesse namoro desde sempre. Sempre reu-nimos, falava, voltava à questão dos cooperados lá da produção... Tanto, que no nosso plano de governo cria-mos a Semana Gastronômica [com realização do Festival Gastronômico], envolvendo o setor, pois a parte mais difícil foi feita pela Marisa, a instala-ção do projeto de piscicultura. A qua-lificação, que é o segundo passo mais difícil, também foi feita e está na hora de colhermos os frutos desse projeto grandioso que visa a promoção de uma vida saudável para a população, uma qualidade de vida para quem produz e, é por isso que no nosso plano de governo nós criamos a Superinten-dência Municipal de Aquicultura para resgatar. E, tem o processo da licença, que é o nosso primeiro impasse, pri-meiro problema a ser resolvido. Por isso que criamos a Superintendência, para cuidar desse setor, para investir, diversificar, qualificar. O Toninho [Antônio Machado de Almeida, entre outras funções presidente da Colônia dos Pescadores Z-04 do Lago Serra da Mesa] me dizia [em 27 de outu-bro] - e eu já havia conversado com ele, porque fiquei sabendo -, que eles tinham sido contemplados com mais um projeto, ganhando verba do pro-grama ReDes [Programa ReDes BN-DES - Votorantim, parceria que reúne também o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES; e, o Instituto Votorantim, pertencente ao grupo Votorantim]. Ganharam mais cem tanques-rede e, o que acontece? Eles não têm o número de famílias suficiente para que possam desen-volver ações específicas. Pelo visto, terão que redirecionar o projeto e eu conversava com ele, perguntei como está a produção e o Toninho falou da precariedade, a falta de apoio, que está sendo muito difícil. Eles colocam uma quantidade de alevinos aqui, tem que ser uma produção de escala, pois quando chegar ao primeiro [estágio; pescador participante] para poder tirar a produção, o daqui já deve estar pronto. Não está existindo o ciclo completo. E eu falava para ele que nós vamos ter que conversar, direcionar. Estamos com evento que já vai preci-sar da produção, senão como vamos fazer uma semana de degustação, de apresentação se não tiver peixes? Não tem jeito: é a matéria-prima no nosso governo. Vamos estar retomando essa ferramenta importante na movimenta-ção econômica do Município. É por isso que vamos colocar uma pessoa para cuidar de todo esse setor e vamos direcionar, produzir, vender.

A sequência da entrevista com a prefeita eleita Solange Bertulino está nas três próximas submatérias

rEQuErIMENto DE lIcENçajoSÉ aNtÔNIo Da SIlVa, inscrita no cPf: 122.212.791-15, torna público que requereu da Secretaria Municipal do Meio ambiente de campinorte, a licença ambiental Sim-plificada, para a atividade de extração de cascalho, lo-calizando na faZ. jacarÉ ou lajES, campinorte - Go.

Page 4: JORNAL CIDADE - jotacidade.com · a necessidade de os juízes se inserirem efetivamente na sociedade em que vivem, sem dela permanecer divorciados, embora mantendo sua liberdade para

cIDaDE4 - jornal cidade (PÁGINa PoStaDa EM www.jotacIDaDE.coM) uruaçu, 16 a 30 de novembro de 2012

‘O governador é governador de todos nós, a prefeita é prefeita de todos nós’

Jota Marcelo e Márcia Cristina

Continuando a entrevista feita com Solange Bertulino (PMDB) na Redação do JC em 30 de outubro (quando se fez acompanhada de Ade-mir Sandoval e Evisio Silva, naquele dia ainda presidente e vice-presidente do PMDB local; e, de Marciel Lázaro Araújo Silva [militante, aliado]), nesta submatéria a prefeita eleita de Uruaçu assinala considerações a respeito da área econômica e sobre a busca de recursos para a Prefeitura. Ela aguarda receber o Poder Execu-tivo “na mesma situação que a minha então saudosa amiga prefeita Marisa passou. Gostaria!... A Marisa [Araújo, prefeita de Uruaçu nas gestões 2001-2004 e 2005-2008] passou naquele momento uma Prefeitura saneável”, salienta. Mirando investimentos expressivos para Uruaçu e a região Norte goiana, opina: “Eu acredito que é preciso olhar mais para nós.” Sobre a relação institucional com o Governo de Goiás, vem a manifesta-ção: “Vamos sim bater na porta de quem tiver que bater e de falar. Enfim, a busca de recursos vai ser uma marca incessante no nosso governo.” Em geral, as respostas - publicadas em diferentes edições (quinzenas de 1º a 15 e, de 16 a 30 de novembro [esta aqui]) -, abordam série de temas. O interesse coletivo é destacado. O atra-tivo também ganha postagens no site www.jotacidade.com, link Municipais e, no Blog do JORNAL CIDADE/Personalidades. Leia.

A maioria dos prefeitos eleitos apresenta agilidade interessante, procurado os deputados federais e senadores com diferenciados pedi-dos, até com projetos elaborados, para que coloquem recursos para seus Municípios no Orçamento da União, que é votado no final do ano. O que a prefeita eleita já fez nesse sentido [Nota: considerando a data da entrevista - 30 de outubro]?

Já tivemos reunião com o nos-so deputado federal Pedro Chaves [PMDB-GO], nosso representante a nível estadual, Bruno Peixoto [de-putado estadual pelo PMDB] e, nós já fizemos um elenco de pedidos nos sentido de melhorias para Uruaçu. Uruaçu precisa de uma atenção em todos os setores e de reformulação mesmo, no sentido de fazer as coisas acontecerem. Então, já estive com Pe-dro Chaves e ele garantiu uma verba para 2013 no sentido de construção de creches [Centros Municipais de Educação Infantil - CMEIs], reca-peamento de asfalto, fazer asfalto, revitalização de parques, construção e revitalização das praças, casas popula-res, visto que há uma demanda grande em Uruaçu por moradia. E a questão da Saúde [Pública] também, que é o nosso pilar, é a nossa bandeira. Vai ser o pontapé inicial no nosso governo, que é a vinda, a construção do Pronto Atendimento e, também recursos necessários para que possamos im-plementar melhorias na reforma dos Postos de Saúde, qualidade de espera, reformulação do Cais [Unidade Muni-cipal de Pronto Atendimento {UMPA}, também chamada de Ambulatório 24 Horas - Centro de Assistência Integral à Saúde {Cais}]. Enfim, no regaste, com um convênio com o Hospital Santana, para que o povo tenha o

acesso à tão falada e sonhada cidada-nia. Os nossos representantes da base aliada vão ajudar - inclusive recebi uma ligação do deputado [federal] Rubens Otoni [PT], que é da base -, o Mauro Rubem [deputado estadual pelo PT], consolidando a verba, inclu-sive a reserva de verba para 2013. E tenho certeza absoluta que com união, primeiro com a nossa força de trabalho e, a união da nossa base aliada, nós vamos construir e reconstruir muito em Uruaçu.

Municipalidade que firma par-ceria com congressistas consegue recursos. Correto?

Com certeza. Olha, nós temos aqui um exemplo muito próximo sobre o efeito e, eu acredito nas parcerias e no trabalho em equipe desde sem-pre. Primeiro, que qualquer projeto vencedor tem sempre uma equipe na mesma altura do idealizador do pro-jeto. Um grande exemplo é Anápolis [cidade da região central do Estado de Goiás, a 55 quilômetros da capital Goiânia], onde se faz uma Admi-nistração competentíssima, desde o nível municipal e também nos outros níveis [a entrevistada destaca Antonio Gomide {PT}, reeleito no primeiro turno com 88,93 por cento dos votos válidos, maior índice visto no Brasil envolvendo os dois turnos do processo sucessório 2012. A cidade é o terceiro maior colégio eleitoral de Goiás]. Anápolis está uma princesa e de onde se conseguiu? Conseguiu todo seu recurso através do governo federal. Anápolis hoje é um canteiro de obras. Passe em todos os setores dentro de Anápolis, existem benfeitorias. Isso é importante para alavancar, quando há parcerias as coisas acontecem e nós vamos procurar parcerias na esfera estadual, federal. Por quê? Eu penso que os nossos governantes, nosso governo do Estado têm compromissos com o povo de Uruaçu. Então, vamos lá pedir ao senhor governador [de Goi-ás, Marconi Perillo, do PSDB] que olhe pelo seu povo aqui em Uruaçu e vamos pedir, sim, pois é importante a união de todos os setores para que a vida dos Municípios se torne me-lhor. De uma forma muita tranquila, serena, sem nenhum problema. Vale resaltar que as Eleições acabaram dia 7 de outubro... Agora, para frente, é trabalho e parcerias e, o governador é governador de todos nós, a prefeita é prefeita de todos nós. É importante delimitar essas questões, essas limi-tações. Vamos sim bater na porta de quem tiver que bater e de falar. Enfim, a busca de recursos vai ser uma marca incessante no nosso governo.

No geral, em que situação finan-ceira espera receber o Executivo?

Eu gostaria de receber a Prefeitura na mesma situação que a minha então saudosa amiga prefeita Marisa passou. Gostaria!... A Marisa [Araújo, prefeita de Uruaçu nas gestões 2001-2004 e 2005-2008] passou naquele momento uma Prefeitura saneável, uma Prefei-tura nos trilhos, realmente no caminho da construção de muitos projetos, de verbas em caixa e eu gostaria de receber da mesma forma. Eu gostaria de receber, mas eu quero dizer aqui a todos os leitores, vocês do Jornal Cidade, os meus companheiros que me acompanham, todos que sabem dessa ideia: nós estamos preparados

longo dos quatro anos a gente não comece a construir a sede própria da Prefeitura de Uruaçu, coisa simples, prática.

Não é falta de consideração o fato de o Governo de Goiás - desde décadas distantes -, deixar de atuar em favor da implantação de gran-des indústrias no Norte do Estado, daquelas que geram trezentos; oitocentos; mil empregos ou mais, cada?

Como cidadã, eu penso que sim. A gente sabe que Uruaçu hoje tem uma localização muito privilegiada. O fato de estar nessa localização é propício para que haja realmente esses investimentos. Agora, o motivo que levou - pelo qual não foi direcionado, foi perguntado através do Governo do Estado -, eu quero acreditar que não seja por motivos políticos. Mas as ações que vemos desde então, as ações políticas nos mostram o contrário. Eu acredito que é preciso olhar mais para nós. Não acredito que Uruaçu não tenha ou as nossas cidades [Norte goiano] aqui não tenham as mesmas condições que lá tem. Nós também somos estrategicamente bem localizados, existe uma oportunidade de inserção de crescimento, eu acho que é um olhar mesmo carinhoso que precisam ter para nossa região, é um olhar carinhoso que precisam ter não só na época de campanha - que nós temos enxergado como o divisor de água -, mas, como se define, nós precisamos ser olhados agora, na hora dos investimentos e, vamos estar lá, enquanto prefeita, incessantemente mostrando isso.

O Jornal Cidade já consultou diferentes vezes a Vale e outras com-panhias sobre a hipótese de algum empreendimento da mineração ser implantado em terra uruaçuense. Todas as respostas foram vazias, o que é normal. A senhora tem co-nhecimento de algum projeto nesse sentido?

Eu tenho uma vaga informação nesse sentido, mesmo não sendo em Uruaçu propriamente dito, mas em um raio [localização geográfica] na divisa do Município de Campinorte com o nosso Município. Seria uma mineradora [Mineração Campinorte], que está ali na região do Quilômetro 300 [de fato, no Pau Terra - área específica do Mieis -, reduto rural da localidade nortense, oficialmente cha-mada Colinaçu, distante 40 quilôme-tros do Centro de Campinorte; antes, 22 quilômetros atrás, está o reduto do Quilômetro 300 {Jerusalém}]. Essa mineradora está fazendo um estudo, inclusive as pesquisas estão adianta-das. Então, lá existe um projeto, um projeto mais próximo, para iniciar até 2015 mais ou menos. É para começar a instalação da Mineradora, mas a parte administrativa, me parece, começa no final de 2013, início de 2014. Não sei se tem realmente projeto em nossa cidade [algo integralmente dentro de Uruaçu]. Ainda não conversei com ninguém, com responsável por qualquer Mineradora em si, mas até então existe essa possibilidade [ci-tada], que pode beneficiar Uruaçu, mesmo que indiretamente, mas com porcentagem boa.

Leia mais, nas duas últimas sub-matérias (próximas páginas). Ao lado, informações sobre emendas

para o que vamos receber. Eu quero só dizer que nós estamos preparados, pé no chão. Da maneira como a gente vai receber, nós vamos achar caminhos e meios para que possamos melhorar.

Nota da Redação: ponderações de Evisio:

-O peemedebista enxerga que a dívida da Prefeitura de Uruaçu com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é quase impagável, o mesmo acontecendo com quase todas as Prefeituras do Brasil. “A Marisa pagou, ele [Lourencinho, prefeito de Uruaçu, pelo PP], com certeza, pagou também. Esse recurso é debitado de forma direta em conta corrente. São feitos parcelamentos, mas sempre fica alguma coisa [de uma gestão para outra].” Sobre a dívida perante a Celg (companhia energética pertencente ao Governo de Goiás e ao governo estadual): “Nós [gestões Marisa] pagamos também, da mesma forma que a Administração anterior pagou e da mesma forma que a atual pagou. E a Solange vai continuar pagando”, relatou, ao mesmo tempo em que te-ceu série de comentários, detalhando relações financeiras da Prefeitura com o INSS e com a Celg, advindas de décadas. A prefeita eleita e Ademir também desferiram detalhes sobre essas questões, mesmo que resumi-damente. Usando o jargão rombo, Ademir se disse preocupado também com a situação do Fundo de Previdên-cia do Município de Uruaçu (Uruaçu Prev). “Só mesmo quando a Solange assumir é que ela vai saber o tamanho do rombo”, frisou, entre outras colo-cações. Na Câmara Municipal estão em andamento as atividades de Co-missão de Investigação e Processante (CIP) que apura denúncias feitas por membros do Conselho Municipal de Previdência do Município de Uruaçu, responsável pela gestão do Fundo. A CIP decidiu por unanimidade notificar publicamente o prefeito, para que ele apresente defesa prévia por escrito, versando sobre atos de denúncia que lhe são atribuídos; desde quando surgiu essa iniciativa adveio, claro, a pretensão de notificar pessoalmente o chefe do Poder Executivo uruaçuense, dirigente da municipalidade até o dia 31 de dezembro

Nota da Redação (2): ao longo dos anos, publicamente Lourencinho ressalta ter herdado a Prefeitura com dívidas que lhe causaram problemas, inclusive junto ao INSS e a Celg. So-bre o Fundo de Previdência, o prefeito afirma, igualmente de forma pública, que a criação do mesmo proporcionou melhorias aos servidores públicos mu-nicipais, com os mesmos não lidando com prejuízos

Existe a possibilidade de a pre-feita Solange Bertulino construir a sede própria da Prefeitura?

Existe, as possibilidades existem e, na verdade, eu penso, até é um sonho antigo de alguns, até de companheiros e mesmo os funcionários, pois na ver-dade é interessante a gente falar: Eu tenho uma casa, agora aquela casa é minha e ninguém vai me tirar de lá. A possibilidade existe e nós vamos estudar ao longo dos anos, visto que temos outras tantas prioridades tão maiores assim, tão mais não... É que, eu vou dizer, com mais importância, necessária, no momento. Mas existe sim a possibilidade e a gente vai olhar, buscando recursos e quem sabe, ao

Da Redação

Para aprovar a proposta orçamen-tária de 2013 antes do recesso parla-mentar, o governo federal se com-prometeu a liberar R$3,4 bilhões em emendas de parlamentares nos próxi-mos dez dias. As informações são da Agência Estado (em Brasília-DF), de 7 de dezembro, transcritas sob adap-tações e complementação.

Pelo acordo fechado com a opo-sição, cada um dos cerca de 100 deputados federais e senadores do Democratas, do PSDB e do PPS vai ter empenhada R$5 milhões de suas emendas ao Orçamento deste ano até o dia 20 de dezembro, data prevista para a votação no plenário do Con-gresso da proposta orçamentária para o ano que vem. Para os quase 500 parlamentares da base aliada, o Pa-lácio do Planalto vai empenhar R$6 milhões em emendas orçamentárias.

“O acordo é esse: se o governo empenhar tudo, os R$5 milhões de cada parlamentar, até o dia 20, nós votamos o Orçamento de 2013. Se o governo descumprir o acordo, não te-mos nenhum compromisso de votar a proposta no plenário do Congresso”, afirmou em 9 de dezembro o deputa-do Felipe Maia (Democrtas-RN), um dos responsáveis pelo acordo fecha-do entre o governo e a oposição. “Es-pero que o governo cumpra o acordo. Mas confesso que tenho dúvidas”, emendou. O ceticismo de Maia tem motivos: o governo fez a mesma pro-messa de liberação de recursos de emendas de parlamentares no meio do ano para aprovar a Lei de Diretri-zes Orçamentárias (LDO), mas aca-bou não cumprindo o acordo.

O acordo para o empenho de emendas parlamentares foi fechado com a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Ide-li Salvatti, o presidente da Comissão Mista de Orçamento, Paulo Pimenta (PT-RS), e os representantes dos par-tidos de oposição ao longo desta se-mana. “Acho que esse entendimento é fruto de uma relação de confiança que se estabeleceu na Comissão du-rante todo este ano”, disse Pimenta. “É legitimo os parlamentares cobra-rem o empenho das emendas”, obser-vou o relator do Orçamento de 2013, senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Ao fechar acordo com a oposição para aprovar o Orçamento do ano que vem, o governo tenta evitar que os deputados e senadores do Democra-tas, PSDB e do PPS impeçam a vota-ção da proposta orçamentária. Como a maioria dos deputados e dos sena-dores apenas registra a presença nas sessões do Congresso, abandonando o plenário, um único parlamentar da oposição pode obstruir a votação pedindo verificação de quorum. Ou seja, na prática, a sessão cai, inviabi-lizando a aprovação do Orçamento.

Pelo cronograma traçado, a pro-posta orçamentária de 2013 será votada na Comissão Mista de Orça-mento na semana que vem. Segundo Jucá, a ideia é votar os dez relatórios setoriais na próxima semana na Co-missão Mista. O projeto final deverá ser votado no dia 19 ou 20, depois que forem definidas as emendas das

bancadas estaduais à proposta Orça-mentária. “O ideal é votar o relatório final numa quarta-feira”, notou Jucá.

Os R$5 milhões que o governo prometeu empenhar em emendas de parlamentares de oposição represen-tam apenas um terço do que os depu-tados e senadores tiveram direito de apresentar à proposta Orçamentária de 2012. Inicialmente, o governo havia oferecido a liberação de R$4 milhões em emendas, mas a proposta foi rechaçada pela oposição. Até 7 de dezembro seria possível os Municí-pios cadastrarem projetos que serão beneficiados com os recursos das emendas de parlamentares. Na pro-posta orçamentária de 2013, cada um dos 513 deputados e 81 senadores terá direito a apresentar R$15 milhões em emendas individuais. Por sugestão do relator Jucá, parte dos recursos - R$2 milhões -, será destinada a ações e serviços públicos de saúde.

UruaçuLiberados os R$3,4 bilhões em

emendas de parlamentares por agora, seria a certeza de destinação de recur-sos para Goiás e Uruaçu, através dos 246 Municípios, em trabalho dos 17 deputados federais e três senadores goianos que atuam no Congresso.

Na abrangente entrevista realizada com a prefeita eleita de Uruaçu, So-lange Bertulino (PMDB), veiculada na edição 150 e na presente edição, o assunto emendas parlamentares foi abordado, com a mesma respondendo que não mediu esforços para buscar recursos para o Município (juntamen-te com parte dos vereadores eleita). Em especial, perante os congressis-tas Pedro Chaves (PMDB), Rubens Otoni (PT), Marina Sant’Anna (PT) e Flávia Morais (PDT).

Presidente do PT uruaçuense, o vereador eleito Jairo Balbino tornou público ofício (de 6 de dezembro) recebido do aliado Rubens Otoni, co-municando sugestão de destinação de R$250 mil para Uruaçu, a serem des-tinados para o segmento turístico, via proposta orçamentária 2013. Falando ao Jornal Cidade, Jairo Balbino co-mentou ter feito diferentes solicita-ções de recursos para Uruaçu.

MPF fiscaliza repassesO Ministério Público Federal

(MPF) promete intensificar fiscaliza-ção das transferências de verbas fe-derais para a municipalidade brasilei-ra com o objetivo de tentar combater a corrupção. “Nossa meta é elevar a investigação nessa área, fiscalizando bem de perto o que está acontecendo com as verbas, exigindo que sejam aplicadas para onde foram destina-das. Se essa verba é corrompida, essa questão vai ser objeto de ação penal”, afirma a coordenadora da Câmara Criminal do MPF, Raquel Dodge.

De acordo com levantamento di-vulgado pelo MPF, neste ano mais de 5 mil inquéritos foram abertos para investigar suspeitas de corrupção, peculato, tráfico de influência e ne-potismo. Outras cerca de duas mil apurações foram instauradas para analisar indícios de improbidade ad-ministrativa. Entre 2008 e 2012, fora 7 mil ações de improbidade.

Emendas: governo federal sinaliza liberar R$3,4 bilhões“A busca de

recursos vai ser uma marca

incessante no nosso governo”,

esclarece a prefeita eleita de Uruaçu, Solange

Bertulino (que na Redação estava

ladeada pelos colegas de PMDB, Ademir Sandoval

[esq.] e Evisio Silva

Márcia Cristina

Rubens Otoni oficializa Jairo Balbino: verba de R$250 mil

Reprodução/Divulgação

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cIDaDE5 - jornal cidade (PÁGINa PoStaDa EM www.jotacIDaDE.coM) uruaçu, 16 a 30 de novembro de 2012

Solange prevê Saúde no rumo certoJota Marcelo e Márcia Cristina

Na sequência da entrevista reali-zada com Solange Bertulino (PMDB) na Redação do JC dia 30 de outubro (ocasião em que estava ladeada por Ademir Sandoval e Evisio Silva, am-bos ainda presidente e vice-presidente do PMDB da cidade nortense; e, de Marciel Lázaro Araújo Silva [mili-tante, aliado]), a presente submatéria apresenta análises da prefeita eleita de Uruaçu focando a Saúde Pública, um dos gargalos das Prefeituras, dos Estados e do governo federal.Sem baixar a cabeça, a nova chefe do Poder Executivo sublinha que as adversidades do segmento existem por todo o País e, “é um problema crônico que a gente precisa estar dando uma solução, assim, de pronto, para o nosso povo. A primeira coisa que nós vamos fazer é equiparar, ter médicos e remédios nos Postos de Saúde”, vaticina. Reunindo toda a entrevista, as respostas - veiculadas em diferentes edições (quinzenas de 1º a 15 e, de 16 a 30 de novembro [esta que o leitor tem em mão]) -, recaem sobre muitos assuntos, com o interesse coletivo surgindo em primeiro lugar. Atrativo ganha também postagens no site www.jotacidade.com, link Municipais e, no Blog do JORNAL CIDADE/Personalidades. Leia.

A senhora herdará um sistema de saúde avaliado como o pior pro-blema público de Uruaçu (mesma situação da maioria dos Municípios brasileiros). Quais serão as ações iniciais?

Entendemos o seguinte: os proble-mas da saúde são no Brasil inteiro, é um problema crônico que a gente precisa estar dando uma solução, assim, de pronto, para o nosso povo. Sabemos que isso não é empecilho para que possamos melhorar a saúde aqui em Uruaçu. O que vamos fazer, a primeira coisa que nós vamos fazer é equiparar, no sentido de ter médicos e remédios nos Postos de Saúde, nos Postinhos. Vamos dar uma estrutura de humanização no Cais [Unidade Muni-cipal de Pronto Atendimento {UMPA}, também chamada de Ambulatório 24 Horas - Centro de Assistência Integral à Saúde {Cais}]. Vamos resgatar o convênio com o Hospital Santana, desafogando um pouco o atendimen-to e a fila de espera no Cais. Vamos reestruturar, através de reuniões, pa-lestras, com todas as equipes do PSF [Programa Saúde da Família], que é uma saúde preventiva. Na medida em que você investe, que o PSF começa a trabalhar, como realmente de fato foi criado para esse trabalho, nós vamos desafogar o Cais e desafogar também o Hospital Santana. Se você tem um bom atendimento, onde o seu proble-ma é resolvido no Postinho, você não vai precisar ir para o Cais, a não ser em casos extremos, que chamamos de atendimento de urgência, que não é feito no Postinho e, também com essa ação conjunta, com o resgate do convênio do Hospital Santana, com o atendimento no Postinho com médi-cos, remédios, atendimento no Cais na hora das emergências, eu penso que a nossa Saúde Pública vai começar a tomar um rumo que necessita...

...Mas terão outras ações...

...Logo depois, nesse mesmo parâ-metro, nós vamos buscar a construção de uma Unidade de Pronto Atendi-mento [UPA], através do governo federal. Essa Unidade é como se fosse uma mini clínica, toda equipada, ar-rumadinha, confortável, onde tem os médicos para atender, os profissionais da saúde e, de certa forma, fazer uma ação uma conjunta nesse sentido, tornando a Saúde Pública de Uruaçu melhor. Uma coisa interessante: é preciso que o nosso povo tenha essa sensação de estar sendo atendido, haja vista que, na verdade, a visão do nosso povo é: ele vai ao Postinho e não tem o médico, ele vai ao Postinho e não tem o remédio ou vai ao Cais e não é

atendido. Então, essa sensação de não ser atendido tem que acabar, tem que acabar. Vamos fazer essas ações e ao longo disso queremos em um espaço de tempo razoável colocar uma espera adequada. Veja bem, analise: você, com alguma dor em A, B ou C chega a um Postinho de Saúde e não tem lugar para ficar, não tem banco para sentar, não tem médico. É uma situação muito crônica. Como vamos resolver? Con-versando com quem sabe e entende, vamos conversar com o corpo clínico, vamos conversar com os médicos, enfermeiros, agentes de saúde, com a técnica que está lá com o odontólogo, enfim, com as pessoas que fazem a sistema acontecer no Município. Se você quer conversar a nível empresa-rial de investimento, você conversa com empresário e economista, para a Saúde nós vamos conversar com os médicos. Então, precisamos de uma ação conjunta nesse sentido e é isso que já estamos fazendo. Fizemos enquanto candidata, estamos fazendo enquanto prefeita eleita e vamos conseguir organizar, com certeza, ao longo de dois anos, dois anos e meio, quando queremos estar numa situação confortável no quesito Saúde Pública, porque a nossa maior queixa hoje, número um, é realmente essa sensação de não ser atendido, de não ser valori-zado enquanto cidadão e, para isso já temos ações na área de humanização, de qualificação, de treinamento. A pior coisa do mundo é você chegar a um lugar doente precisando de acesso a saúde e ser mal atendido.

Articulista do Jornal Cidade, doutor João Joaquim de Oliveira, titular da coluna Saúde do Coração, escreveu recentemente no artigo O que a futura prefeita de Uruaçu deve fazer ou não para a saúde da população: ‘Mais do que tecnologia de ponta e da moda, que mostre imagens bonitas e laudos rebusca-dos de termos técnicos, os pacientes do Brasil e de Uruaçu esperam e precisam de médicos com ouvidos, olhos e mãos que os ouçam, que os vêem e que os examinem, dentro dos postulados éticos e de generosidade que a profissão exige.’.

Exatamente! Eu sei de casos - não estamos aqui para apontar o dedo para ninguém, mas veja bem -, a gente sabe de casos que um pequeno exame, um pequeno exame detectaria o problema. Talvez naquele momento aquele pro-fissional, desmotivado, sem estrutura, sem apoio, contribui para que a Saúde Pública ficasse pior do que já está. En-tão, queremos dá aí, ao longo do nosso governo, uma atenção muito especial e queremos, modestamente falando, fazer o que estiver ao nosso alcance. Nós vamos resolver esse problema da Saúde em Uruaçu.

Nota da Redação: considerações de Ademir: “Só de o médico olhar

secretário [municipal] de Administra-ção precisa ser uma pessoa antenada nesse sentido, vai cuidar de toda essa estrutura de funcionalismo. A primeira coisa que eu penso é que - normalmen-te, eu costumo ouvir as partes, ouvir a parte de quem foi ofendido e ouvir a parte que ofendeu e, eu sempre digo que existe uma solução através do diá-logo -, cada um no seu momento tem a sua defesa, mas o mais importante, eu quero deixar isso bem claro, enquanto empossada prefeita, é que todos os funcionários da Administração são importantíssimos para nós e todo o povo. Até porque todos os prefeitos passam, de quatro em quatro anos e, o povo que vai para ter acesso A, B ou C só está indo lá porque precisa e a pessoa que recebe ele tem que entender que a função dele é acolher, sempre. Quem está indo lá não tem culpa dos problemas pessoais dele, os problemas pessoais têm que ser administrados de forma pessoal. A nossa Administração vai ser voltada ao ser humano, nós vamos conversar com esse funcionário, ouvir a sua queixa, sua defesa e vamos orientá-lo, vamos orientá-lo para que aquilo não ocorra mais, afinal de contas se ele está ali naquela função específica está ganhando para aquilo. Aquele cidadão que ele maltratou é responsável pelo pagamento do salário dele, através dos seus impostos. Essa relação precisa ser muito clara, o funcionário que está ali não está fazendo favor nenhum para a população, ele está devolvendo para a população, através dos seus impostos, os benefícios que eles estão indo buscar. Vamos tratar de maneira muito respeitosa, orientando sempre para que aquele momento não ocorra e orientando para que ele possa se tornar, através do erro, pessoa melhor, fazendo com que cresça de maneira pessoal e profissional.

O que fazer para não surgir novos atritos entre o Hospital San-tana e o Município de Uruaçu, algo que prefeitos antecessores seus não conseguiram?

Eu penso assim: dos oito anos que Marisa [Araújo, prefeita de Uruaçu de 1º de janeiro de 2001 a 31 de de-zembro de 2008] ficou na Prefeitura, é claro, em uma relação, seja ela sen-timental, de trabalho, vai haver atritos mesmo. Não existe uma relação 100 por cento em qualquer fator, ela vai ter atrito, tem atrito entre marido e mulher, namorado, namorada, entre ir-mãos, companheiros, enfim entre todo mundo. Agora, o mais bacana nesta questão é que os atritos precisam ser resolvidos através do diálogo, atritos vão ocorrer. O que vamos fazer para que nós diminuamos a quantidade de atritos?... Vamos falar assim! Vamos cumprir com o nosso papel e, qual é o nosso papel? É o pagamento em dia dos procedimentos, são os proce-dimentos sendo cobrados de maneira real, competitiva, ou seja, cada um fazer o seu dever de casa. Se um não fizer o dever de casa e querer cobrar do outro aí o atrito vai ser instalado e não vai ser resolvido. Para diminuir, nós vamos estar sempre fazendo o nosso dever de casa, porque o que a gente sempre pede é que o nosso povo seja atendido com dignidade, com zelo, com respeito, carinho, porque são nessas horas, na hora da doença, que você precisa de mais apoio, nessas horas, principalmente, que vamos pedir para todos os nossos parceiros terceirizados, companheiros, atenda o nosso povo realmente, porque o nosso povo merece, porque é por eles que estamos aqui, é por eles que nós vamos trabalhar. Definir o que é de cada um.

Nota da Redação: Ademir ex-pôs que apenas no primeiro ano do

para o paciente, só de ouvir, só ouvir, quando o atende, já ajuda na relação, pois tem caso por aí, em todo lugar, até particular, que o médico nem olha, nem pergunta o nome do paciente. Tem médico que atende, pede exa-mes, o paciente volta ao consultório, mas o médico não interage com o paciente.” Ele lamenta ainda o não funcionamento pleno da Farmácia Pública Municipal

Nota da Redação (2): obser-vações de Evisio: “O funcionário público em geral, não só da Saúde, está desmotivado e sem perspectiva. O nós pensamos fazer? Criarmos novas perspectivas, fazendo com que ele busque novos horizontes. Foi criada uma lei municipal [em Uruaçu], no período eleitoral, mas que não foi sancionada e, que parece interessante, tratando da Concessão de Plano de Cargos e Salários [PCS]. Pedimos có-pia e estamos avaliando todo o Plano. Estamos com um projeto voltado para o funcionário público e, queremos fazer algo diferente, para melhor. O funcionalismo público municipal de Uruaçu, acho, é uma das classes mais desprestigiadas da cidade. Nas campa-nhas eleitorais muito são lembrados, mas depois são esquecidos. O servidor precisa de uma atenção diferenciada, até mesmo porque o serviço público é diferenciado”, opina

Mesmo que parciais, investimen-tos humano e material nos Postos de Saúde: no primeiro trimestre isso já seria possível?

Seria e será! Vai ser possível, pois na verdade a segunda maior queixa é a falta de medicamentos vista nos Postinhos de Saúde. São queixas as-sim: primeiro, a falta de humanização, que é o processo de ser mal atendido, você vai lá e é mal atendido, que seja por A, B ou C. Depois, a falta de medicamentos. Nós, de uma maneira muito sensata, com cuidado, vamos estar resolvendo isso aí, visto que não sabemos. Só temos uma vasta ideia da condição financeira que vamos pegar a Prefeitura, mas, vamos achar uma solução e estar viabilizando nesse primeiro momento a solução dessa problemática. Aplicar bem os recursos.

Com provas, se chegar até Solan-ge Bertulino a informação de que algum servidor do Cais maltratou esse ou aquele usuário, que provi-dências tomará?

É por isso que nós já estamos visualizando essa questão, porque o

mandato inicial de Marisa surgiram problemas na relação e, que após assessoria jurídica coordenada pelo advogado Jorge Elias (doutor Jorge [centralizado na capital do Estado, Goiânia]) assumir trabalhos pertinen-tes ao contrato e ao convênio, tudo se normalizou

Hospital Regional: prefeitos de-sunidos, Associação dos Municípios do Norte (Amunorte) desgastada e com atuação de uma mesmice ultra-passada; não construção da sede da unidade da saúde, não compra de equipamentos, não contratação de profissionais. O que tem a dizer?

Enquanto candidata, discutimos alguns assuntos que achávamos que seriam interessantes estar colocando em pauta e, o Hospital Regional é um deles. A ação mais viável que entendemos é a seguinte: quem vai construir esse Hospital aqui na região é o governo federal. Não adianta a gente falar de A, B ou C, porque quem tem condições financeiras de construir e equipar é o governo fede-ral. Pensando nessa premissa, o que pretendemos fazer? Reunir todos os prefeitos eleitos da região que vai ser coberta pelo Hospital Regional. Nós vamos sentar com esses prefeitos, vamos pedir aos nossos representan-tes para que marquem uma audiência com o ministro da saúde [Alexandre Padilha] e vamos pedir para quem pode fazer, que é o ministro, através da presidente Dilma Rousseff [PT]. Não vemos outra alternativa, porque esse sonho do Hospital Regional começou com uma emenda de bancada, foi en-cabeçada pelo nosso deputado federal Pedro Chaves [PMDB-GO]. Naquela época foram R$22 milhões, colocados à disposição do Estado para constru-ção inicial do Hospital e o que era de responsabilidade naquele momento da prefeita [Marisa] ela providenciou e, ficou faltando apenas o projeto, vindo do Governo do Estado, que não foi feito e a verba devolvida. E, agora muitos rumores, polêmicas nesse sentido, porque fulano vai construir, sicrano vai construir. A nossa solução nesse momento, a nossa luz, nosso caminho a ser trilhado vai ser esse, porque entendemos que quem pode e deve construir é o governo federal e nós temos que pedir. Não é porque eu quero enquanto prefeita, é porque o nosso povo precisa do Hospital Regional, o nosso povo precisa. Com essa viabilidade, eu penso que todos os Municípios da região vão ter uma nova virada e Uruaçu vai ser uma nova Uruaçu.

Nota da Redação: de fato, foram R$28 milhões, via emenda de bancada referente a pedido coletivo de 2008 (com a liberação tendo sido feita em 2009), quando os 17 deputados fede-rais e os três senadores por Goiás aca-taram pedido do então governador do Estado, Alcides Rodrigues, que havia sido procurado pela direção da Amu-norte - idealizadora da construção da unidade hospitalar -, que sugeriu ao governador formular o pedido aos 20 congressistas goianos. Aproveitado, com adaptações, da obra do Hospital Regional de Santa Maria-DF, o projeto demorou apresentar definição. Reali-dade: o Hospital Regional de Refe-rência do Norte (denominado também como Hospital Geral de Urgência e Emergência Serra da Mesa) nunca foi construído por falta de vontade administrativa e notável protelação, além da dificuldade financeira em que se encontrava e encontra o Governo de Goiás. Muita mentira pública já foi jorrada a respeito dessa (não) obra

Nota da Redação (2): observa-ções de Evisio:

-A construção do Hospital Regio-nal só será possível através do governo federal. “É conversa!”, critica o pee-medebista, sobre outras hipóteses em se tratando de edificação

Em todos os sentidos, para Uru-açu, o melhor não seria investir, adequar, ampliar a UMPA?

No Cais nós vamos fazer uma reestruturação geral, inclusive tem até sugestão da própria área médica na questão da obstrução da via de acesso

das emergências... Igual eu tenho rela-tos de médicos. De repente, não teve o procedimento no atendimento da emergência porque chega ali na frente e tem o pessoal que está no corredor esperando atendimento. Aí, vai passar com a maca e, principalmente quando chega um acidentado, as pessoas que-rem ver simplesmente por querer ver... Não vai ajudar em nada e, junta tudo em cima e acaba dificultando o aten-dimento do médico. Então, queremos fazer uma reestruturação geral ali, só que é importante ressaltar que vamos fazer isso de maneira ponderada e organizada. Não é do dia para noite. Vai ter que ter outra via de acesso, chegada de emergência, ficar livre, para quando chegarem as emergên-cias. Não ficar junto.

Nota da Redação: percebe-se, ainda bem, que a prefeita eleita e o PMDB de Uruaçu, ao contrário da atual Administração uruaçuense, no alto de suas corretas visões, não têm empolgação alguma em relação ao assunto Hospital Regional, o que é fator importante e positivo. Seria gigante novo erro ver um gestor mu-nicipal local querer se envolver com uma causa que é de responsabilidade da Amunorte. Quase 100 por cento do destino político do prefeito de Uruaçu, Lourencinho (PP), se desenrola e de-senrolará - de forma negativa -, face o tremendo e errôneo envolvimento dele com a causa. Ao comprar a briga, Lourencinho se autoflagelou politi-camente. Fator Hospital Regional: rasteira que o prefeito levou de dois então poderosos do PP então ligados ao Palácio das Esmeraldas (sumidos do mapa desde 1º de janeiro de 2011) deixou ferida em Lourencinho prati-camente incurável

Serviço público de oftalmologia: a prefeita eleita tem ciência da mul-tidão de uruaçuenses carente que precisa de atendimento?

Tenho e, eu tenho essa noção através de entidade que é importante para nós aqui no Município, que é uma entidade autônoma. Autônoma e de maneira voluntária, que é o Lions Clube de Uruaçu. No Lions Clube de Uruaçu eu fui domadora de por um tempo, participei de muitas ações naquele momento. Saí por questões de compromissos muitos abarrotados e não estava dando assistência como ne-cessitava. Eu participei naquela época de muitas ações do Lions nessa área de oftalmologia. Não sei se vocês se lembram, o Lions organizava vindas daquele ônibus que tinha um médico e as pessoas saíam de lá até com óculos prontos. Então, eu tenho essa noção através de relatos, de estatísticas do próprio Lions. Na verdade, não é só na área de oftalmologia. Temos também uma deficiência na saúde das mulheres, área de ginecologia. Nós precisamos estar atuando de maneira firme e compromissada em todos os setores e essa é uma das áreas que precisamos voltar os nossos olhos. Nós não sentamos ainda de maneira geral para ver sobre essa situação, ver de uma maneira mais clara, mas temos esse déficit nessa área de oftal-mologia, porque muita gente às vezes tem o dinheiro, junta o dinheirinho lá para fazer a consulta, mas não tem o dinheiro para comprar óculos. Ou precisa renovar, trocar o óculos - ele vence de tempo em tempo -, e a pessoa não tem condições nem de renovar, nem de fazer outra consulta. Precisa-mos pensar de uma maneira decente, estar atendendo esse público que está cada vez mais crescente no País. Não sei de onde está vindo esse déficit, mas aqui [presentes na Redação], todos passaram dos 40 [anos]. Todos têm que usar mesmo. De acordo com um amigo oftalmologista, os nossos olhos são feitos para enxergar de maneira clara e nítida até os 40 anos. Passamos dos 40 [para enxergar lon-ge, Jota Marcelo, que fará 46 anos dia 5 de fevereiro próximo. E, para enxergar perto, Márcia Cristina, que completará 42 anos em 25 de abril, usam óculos].

Mais esclarecimentos propor-cionados pela entrevista, na última submatéria (página seguinte)

Márcia Cristina

Prefeita eleita Solange Bertulino, sobre problemas da área da Saúde Pública uruaçuense: “Sabemos que isso não é empecilho para que possamos melhorar”

O PMDB uruaçuense está sob nova direção e Professora Eunice Faria (foto 1) foi alçada ao cargo de presidente em 25 de novembro, através de chapa única. O médico pediatra Vercilei José dos Santos (doutor Vercilei) é o primeiro vice-presidente, enquanto o empresário José Alves do Nascimento (José Alves) é o segundo vice-presidente. A militância teve oportunidade de escolher a nova direção entre 8h e 17h. Já o deputado estadual Samuel Belchior (foto 2) tende assumir a presidência do PMDB de Goiás, em eleição marcada para 15 de dezembro, sob bênção do líder maior da sigla no Estado, Iris Rezende. Do cargo de vice-presidente da executiva do partido para baixo, alguns deles devem ser compostos por deputados federais e estaduais.

Márcia Cristina/ArquivoMarcello Dantas

O Memorial Serra da Mesa, fincado na margem do lago Serra da Mesa, em Uruaçu, foi edificado via parceria entre a Prefeitura local e frentes variadas, uma delas o Instituto do Trópico Subúmido. Em mais uma peregrinação institucional da prefeita eleita de Uruaçu, Solange Bertulino (PMDB), dia 5 de dezembro na capital Goiânia ela participou de audiência na sede da Reitoria da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, quando foi atendida por Lorenzo Lago, chefe de Gabinete do reitor Wolmir Therezio Amado. Juntamente com os aliados Professora Eunice (presidente do PMDB uruaçuense), Evisio Silva e Ana Maria Gundim (todos, futuros auxiliares da Admi-nistração 2013-2016), a chefe do Poder Executivo municipal de 1º de janeiro em diante tratou de assuntos alusivos a suposto novo convênio de cooperação entre a PUC Goiás e a Prefeitu-ra, provavelmente através do ITS, que tem como diretor Altair Sales Barbosa (Professor Altair), mentor do encontro, do qual também participou Alan Kardec Alves de Oliveira (Professor Alan) (com informações do PUC Notícias - Roldão Barros).

Weslley Cruz/PUC Notícias

Page 6: JORNAL CIDADE - jotacidade.com · a necessidade de os juízes se inserirem efetivamente na sociedade em que vivem, sem dela permanecer divorciados, embora mantendo sua liberdade para

cIDaDE6 - jornal cidade (PÁGINa PoStaDa EM www.jotacIDaDE.coM) uruaçu, 16 a 30 de novembro de 2012

‘Precisamos colocar Uruaçu com acara da cidade de Uruaçu e turística’Jota Marcelo e Márcia Cristina

“O que queremos fazer? Queremos contratar uma empresa especializada na reorganização urbana, mas o que é reorganização? É desmanchar o que está pronto? Não, é melhorar o que tem e na viabilidade construir de maneira correta a nível urbano o que está para construir. Vamos contratar uma equipe na área de projetos turís-ticos e urbanos para melhorarmos a ‘cara’ de Uruaçu. Precisamos colocar Uruaçu com a cara da cidade de Uru-açu e turística.” Palavras de Solange Bertulino (PMDB) na Redação do JC dia 30 de outubro (rodeada por Ademir Sandoval e Evisio Silva, ainda presidente e vice-presidente do PMDB da cidade do Norte do Estado; e, de Marciel Lázaro Araújo Silva [militan-te, aliado]), no encerramento da am-pla entrevista, idealizada para a nova líder política se expressar em detalhes e, oportunizar a todos conhecer mais a chefe do Poder Executivo de 1º de janeiro em diante. Esta submatéria fi-nal mostra perguntas-respostas sobre a seara urbanística. Reunindo toda a entrevista, as respostas - veiculadas em diferentes edições (quinzenas de 1º a 15 e, de 16 a 30 de novembro [esta que o leitor lê]) -, são sinôni-mos de temáticas diversificadas, sob puro interesse coletivo. O atrativo ganha ainda postagens no site www.jotacidade.com, link Municipais e, no Blog do JORNAL CIDADE/Persona-lidades. Leia.

De Júlio Moreno, no livro O fu-turo das cidades, de 2002: ‘Foi no sé-culo XX que se deu o aparecimento do planejamento urbano e regional sobre uma base codificada e profis-sionalizada, ou seja, uma forma de o Estado manter o controle sobre a cidade.’. A questão urbana em Uru-açu é grave, tamanha a quantidade de irregularidades. Aos poucos a senhora pretende amenizar essa baderna hoje existente?... Se for o caso, podemos relatar dezenas de desacertos existentes...

...Como somos moradores de Uruaçu e andamos a cidade inteira nós temos algumas ações nesse sen-tido e, olhamos muito a questão do planejamento no sentido geral e teor da palavra. O que queremos fazer? Queremos contratar uma empresa especializada na reorganização ur-bana, mas o que é reorganização? É desmanchar o que está pronto? Não, é melhorar o que tem e na viabilidade construir de maneira correta a nível

urbano o que está para construir. Vamos contratar uma equipe na área de projetos turísticos e urbanos para melhorarmos a cara de Uruaçu. Pre-cisamos colocar Uruaçu com a cara da cidade de Uruaçu e turística. Como fazemos isso? Embelezando, através de suas vias de acesso, reurbanizando e só vamos fazer isso com as pessoas que entendem do processo. Como eu disse, quem vai cuidar da saúde são os médicos, enfermeiros. Assim também vai ser na urbanização, quem entende da área de urbanismo. Então, vamos contratar esse pessoal para fazer uma leitura, refazer um projeto e vamos melhorar. Já temos até um projeto na nossa cabeça. Ali na avenida Coronel Gaspar [Centro] já sonhamos e até já partilhei com os meus deputados, já pedi verbas também - lembram, que eu disse ter pedido verbas para revitalização? -, fazer ali na Coronel Gaspar, aquela entrada toda nos mol-des daquelas pracinhas de Goiânia [capital do Estado], no Centro, no setor Universitário, onde tenha a be-leza que se estabeleça a jardinagem, o banquinho, o quiosque de lanche, a pista de caminhada, em alguns lugares equipamentos de ginástica, ou seja, coisa simples que melhora a vida do cidadão e embeleza a cidade, do modelo de Mara Rosa [cidade do Norte goiano].

Nota da Redação: “Em Uruaçu não existe acessibilidade”, narrou Ademir, relembrando que Marisa Araújo (prefeita nos mandatos 2001-2004 e 2005-2008) providenciou um Plano Diretor (concluído em 2008), com a Câmara Municipal não se dedicando ao caso. “Na verdade, nós vamos ter que refazer aquele Plano Diretor todo”, disse Solange. Evisio lembrou algumas particularidades sobre a elaboração do Plano Diretor, ressaltando que “Uruaçu tem proble-mas crônicos”, categorizando que o loteamento básico da cidade data do início da década de 1950, contendo mapa desfigurado. “Uruaçu não tem um mapa confiável, de poder dizer as-sim: ‘Esse é o mapa.’ Precisamos, e já é no primeiro, fazer um estudo que vai dar para a gente a real situação de Uru-açu, especificando os nomes das ruas, por exemplo”, alertou Evisio. Mais de Evisio: “Nós precisamos fazer um levantamento sistemático da cidade”, enaltecendo que existe tecnologia para isso - “Geoprocessamento, georre-ferenciamento”, categoriza Evisio. Solange: “Esse estudo vai dar para a gente a solução da questão dos nomes das ruas. Já viu o tanto que é difícil

dade de famílias fazendo piquenique no final de semana. É preciso investir na revitalização e conservação, uma vez que não adianta fazer e deixar para lá. Tem que ter a conservação, para que isso se perpetue e vamos sim revitalizar, cuidar e vamos bus-car recursos para construir, porque tem [a questão do] o Parque Jatobá, que precisa ser construído, tem uma reivindicação antiga dos moradores das Vilas Primaveras I e II e, emenda com a Xique-Xique, enfim aquela região ali, Parque Paraíso, Madre Paulina, a construção de um parque, e está tudo aqui em nosso plano de governo, é uma reivindicação muito antiga: a construção de parque. Ali é outra cidade e nós queremos sim. Eu já falei com Pedro Chaves, Bruno Peixoto [deputados federal e estadual, ambos do PMDB] sobre a designação de verbas para construir um parque lá. Um parque nos moldes modernos, com instalações de academia, pistas e afins.

Nota da Redação: sugestão de nome do Jornal Cidade para o es-paço: Parque Ubiratan Gonçalves de Araújo. Ao longo de toda a história do Município, através do médico radiologista/militante político (esposo de Marisa e, falecido em 15 de julho de 2010) foram obtidos diversos investimentos sociais e estruturantes, conseguidos vários benefícios públi-cos. Mesmo sem ocupar cargo público eletivo, doutor Ubiratan exerceu papel ímpar em favor de Uruaçu, pedindo e conseguindo ajudas para a localidade nortense no decorrer da segunda metade dos anos 1980 e ao longo da década de 1990. Conseguiu tudo isso de maneira objetiva e discreta, sem fazer espalhafato

Com emendas federais, é possí-vel fazer algo no que se refere a ci-clovias/pistas cicláveis. Concorda?

É possível. Embora, pelo nosso conhecimento, a gente entende ser um grande anseio de desportistas aqui de Uruaçu: fazer a ciclovia, da cidade até o lago Serra da Mesa e, isso se faz realmente com verbas federais. É um projeto de alto custo, mas é possível. Não é porque é alto, baixo custos que não vamos buscar. Vamos buscar sim o que for da nossa vontade e de dis-posição de ir. Até - nós vamos fazer, temos uma solução imediata -, para que possa estar privilegiando todas essas pessoas que praticam esporte através do ciclismo... Falamos de construir e, por isso, vamos contratar um grupo que entende da área de

conseguir entregar correspondências? Os carteiros dos Correios conseguem entregar porque convivem, conhecem a gente, nem tanto determinados luga-res. Mas pega um [carteiro] de fora, um que não conhece as pessoas e veja se ele consegue entregar.” Ademir: “Se trazer um carteiro de Goiânia para fazer entregas em Uruaçu ele não dá conta”

Estudo e mapa interessantes......Vamos resolver problema até de

valorização, investimentos, porque, veja só: aqui em Uruaçu tem, por exemplo... Você vai a um bairro X e têm duas ruas asfaltadas e o resto sem asfaltar. Aí você abre o mapa e está asfaltado... Mas só são duas ruas que estão asfaltadas. Esse estudo, esse mapa que nós vamos fazer no início do governo já vai ajudar.

Hoje Uruaçu é uma das cidades mais feias do Norte goiano... Muito feia! Então, as pessoas podem ter esperança de que melhoras também surgirão no quesito urbanismo?

Pois é! Eu ouvi isso recentemente, essa afirmação de feiúra e, fiquei bra-va demais, mas não pude concordar com a pessoa que me disse, porque precisamos defender, porque sabemos que é importante dizer o seguinte: nós vamos estar atuando de uma forma muito ponderada e responsável em cada pedacinho desse Município. De uma maneira direcionada, responsável a gente vai sanar e com a força do trabalho - eu não tenho dúvidas -, com a força do trabalho, com as parcerias que se farão necessárias, com a ajuda dos companheiros, buscando neles as suas experiências, a sua compe-tência, eu tenho certeza absoluta que nós vamos fazer juntos, com vocês, um grande governo, porque é isso, gente, o que o povo espera de nós. De maneira simples, ponderada, para que façamos as coisas acontecerem.

Exemplo bem claro: razão para orgulhos pequeno, médio e grande no passado, as praças e os parques uruaçuenses representam vergonha inaceitável. Por etapas, pretende revitalizar tudo isso?

Não só pretendemos revitalizar, como também nós temos aqui em mente e em nosso plano de governo construir mais parques, porque vemos a importância da construção para a cidade, para o nosso cidadão, que é tão notório essa minha afirmação. É só passar pelo Parque das Araras, que é o mais centralizador e, ver a quanti-

urbanismo turístico para construir na avenida Coronel Gaspar uma ciclo-via. Existe essa possibilidade, vamos estudar realmente se ela concretiza e, na verdade queremos estar apoiando todas as formas de esportes. Todas as nossas propostas têm em comum o propósito de ajudar o cidadão se desenvolver.

Prefeita eleita: calçadas existem para...?

...Para os pedestres!... Primei-ramente, a calçada, na visão mais próxima, é feita para, de certa forma, embelezar a sua porta. Depois, faz parte do projeto urbanístico da cidade. A cidade com calçada fica mais bonita. A calçada inicialmente é feita para os pedestres e para embelezar e melhorar a sua porta.

Nota da Redação: em Uruaçu, parte do comércio ocupa de maneira totalmente irregular as calçadas du-rante o dia e na parte noturna, seja no Centro (de forma mais desrespeitosa) ou em bairros periféricos. Na frente de determinados imóveis residenciais também são avistadas obstruções

No que depender da Admi-nistração vindoura, continuarão pipocando loteamentos irregulares dentro de Uruaçu?

Não, visto que a gente entende que é preciso fazer um planejamento. É por isso que voltemos lá no início [desta parte da entrevista]: o Plano Diretor e, um dos idealizadores está aqui, Evisio, o Ademir Sandoval também. Eu participei de uma for-ma com proporção muito pequena.

O Plano Diretor é justamente para isso, para se dar um estudo em uma margem de X para ambos o quanto as cidades poderiam se planejar para o surgimento. Então, nós vamos ver isso de uma forma muito moderada, contundente e assim, pipocar não, mas de acordo com a demanda do Municí-pio irá acontecer. Tem que cumprir as exigências legais.

[da mesma forma que no tópico inicial do abrangente bate-papo - edição 150 -, no encerramento da entrevista, o periódico repete as considerações finais de Solange Ber-tulino]: Mais alguma observação, prefeita eleita?

Quero agradecer ao Jornal Ci-dade pela oportunidade de colocar, publicar os nossos planos que irão se concretizar, com certeza! Agradecer meus companheiros de longas datas [direção do periódico] e agradecer ao povo de maneira carinhosa e dizer a todos que, como eles acreditaram e hoje eu estou prefeita eleita, nós vamos estar de maneira muito digna respondendo a todo esse anseio com trabalho. Vamos honrar cada voto, cada homem e mulher dessa cidade, devolvendo a Uruaçu a dignidade que fora perdida. Quero agradecer a Deus porque sem Deus na vida da gente nós não somos nada, pedir a ele que nos dê saúde, perseverança, fé e coragem para que possamos dar andamento aos nossos projetos, todos eles pensados para cada homem e mulher, para cada família da nossa querida Uruaçu. Um abraço a todos, que Deus nos abençoe a cada um de nós.

César Moreira/Foto Tocantins

Loteamentos continuarão pipocando na cidade? Solange Bertulino, prefeita eleita de Uruaçu, responde: “Vamos ver isso de uma forma muito moderada, contundente”

Jota Marcelo

Os três vereadores da Comis-são de Investigação e Processante (CIP) que apura denúncias feitas por membros do Conselho Municipal de Previdência do Município de Uruaçu - responsável pela gestão do Fundo de Previdência do Município de Uruaçu (Uruaçu Prev) -, decidiram por una-nimidade notificar publicamente o prefeito Lourencinho (PP), para que o mesmo apresente defesa prévia por es-crito, versando sobre atos de denúncia que lhe são atribuídos; desde quando surgiu essa iniciativa adveio, óbvio, o intuito de notificar pessoalmente o chefe do Poder Executivo uruaçu-ense, que comanda a municipalidade nortense por apenas mais um mês. No documento, de 30 de novembro e que ganhou publicação de forma destacada na página eletrônica do Poder Legisla-tivo, consta que o citado teria prazo de dez dias para se defender. ‘Advertimos que o não cumprimento da presente, a Comissão poderá compreender como verdadeiros os fatos constantes da denúncia’, alerta a Notificação.

Nos bastidores existiu o comentá-rio de que o prefeito tentaria retardar os trabalhos da Comissão, até mesmo através do Poder Judiciário, como aconteceu com a tramitação de recente Comissão Especial de Inquérito (CEI) que recentemente apurou denúncias a respeito de supostas dezenas de subfa-turamentos de obras físicas empreen-didas pela Administração 2009-2012. Nesse caso, as denúncias partiram de doutor Francisco Barroso (PR). Ninguém, na história, desferiu tantas denúncias contra a municipalidade de Uruaçu, como ele, que é médico e vice-prefeito, inimigo político número um do prefeito e combatente ferrenho do câncer da corrupção.

Os trabalhos da CEI das Obras foram concluídos dias atrás, o Re-latório Final foi lido em plenário, aprovado unanimente e enviado para o Ministério Público (MP) da Comarca de Uruaçu. Estabelece o decreto lei número 201/67, que ‘Dispõe sobre a responsabilidade dos Prefeitos e

Vereadores, e dá outras providências’: artigo 1º - ‘Crimes de responsabilida-de dos Prefeitos Municipal, sujeitos ao julgamento do Poder Judiciário.’. E, artigo 4º - ‘Infrações político-admi-nistrativas dos Prefeitos Municipais sujeitas ao julgamento pela Câmara dos Vereadores e sancionadas com a cassação do mandato.’.

Apagar das luzesDurante sessão ordinária de 12 de

novembro, foi aprovada no plenário da Casa de Leis a criação da Comissão de Investigação e Processante, destaca-damente para apurar se existiu e existe ou não irregularidades referentes aos repasses financeiros, recolhimentos, sobre a realidade da contribuição que engloba a parte patronal - desde a criação do Fundo (2009) até os dias atuais. Presidida pelo vereador Joeli do Salão (PMDB), a CIP tem 30 dias para apresentar o Relatório Final. Doutor Albert Sabin (PSD) é o relator, enquanto Sil (PP) atua como membro. O advogado contratado é Jader Frede-rico Abrão (doutor Jader).

No calor do debate que resultou na criação da mesma, enquanto uma corrente se mostrava (e se mostra) favorável à criação, pautada no fato de que a denúncia deve ser apurada por inteiro, outro bloco de edis se mostrou (e continua mostrando) contrária, basicamente alegando falta de prazo para o exercício de todo o trabalho. As atividades estão em andamento, via diferentes reuniões de trabalho, inclusive com depoimentos coletados da parte de distintas pessoas.

Joeli do Salão comentou ao Jor-nal Cidade que o assunto “envolve dinheiro, muito dinheiro que pertence

apenas aos funcionários públicos do Município de Uruaçu” e que por isso “não pode ‘passar em branco’, sem apurar.” Mais: “Temos que ir atrás da verdade e dar uma satisfação para os servidores e para o povo.” Na data da criação, doutor Albert Sabin sugeriu até mesmo reduzir o prazo para 15 dias, pois o trabalho da Comissão não exigiria tantos detalhes. Sobre o comentário de que doutor Albert Sabin teria e estaria exercendo pressão muito grande para que a CIP viesse à tona e funcionasse de fato, ele desqualifica a afirmação, pregando que a Câmara e a Comissão têm as suas responsabi-lidades e, que cada vereador exerce o seu papel, obedecendo o Regimento Interno da Câmara. Para Sil, ninguém merece ou deve ficar no prejuízo, razão pela qual seria interessante a criação da CIP. Segundo Sil, a Comis-são apenas apura os fatos e que toda a verdade é apresentada publicamente.

A reportagem levantou a infor-mação de que a Comissão de Inves-tigação e Processante tem poderes para pedir a cassação do mandato do prefeito, que antes (a partir de qual-quer momento) poderia deparar com mais uma iniciativa da CIP: o pedido de bloqueio, via Justiça Comum, de saldos existentes em contas bancárias da Prefeitura.

IncertezasConforme diversas notas e repor-

tagens veiculadas pelo JC, desde a criação do Uruaçu Prev existe fatia enorme de servidores da Prefeitura de Uruaçu que se mostra veemente-mente contra a mudança do regime previdenciário. Não são poucos os funcionários públicos que ao longo

dos anos publicamente têm registrado preocupações de todos os níveis em relação à contabilidade do Fundo.

Sempre que é abordado sobre o assunto, Lourencinho de imediato se justifica alegando que o Uruaçu Prev possui em contas bancárias alguns milhões de reais aplicados em institui-ções financeiras de Uruaçu; da mesma forma, ressalta não ter cometido irre-gularidades, garante não ter desviado recursos e que tem agido dentro da lei. Tais alegações, gravadas com ele, foram repetidas ao JC uma vez mais na manhã de 22 de novembro. Ocasião em que expôs estar tranquilo com o resultado final da CIP.

Tão logo o periódico tomou co-nhecimento da Notificação - em 30 de novembro -, foi tentado contato com Lourencinho, mas o prefeito em fim de mandato não foi localizado. Constatação, em seguida: a ótica dele é a de sempre. Qual seria o grau de disposição de Lourencinho para res-ponder? E de comparecer na Câmara? Existe rombo financeiro no Fundo de Previdência uruaçuense? Está tudo normal no Uruaçu Prev? A dimensão de tudo isso é enorme e poderão ser testemunhados desdobramentos futu-ros, dentro de dezembro, em 2013 e nos anos seguintes.

Transtornos, estragos, desgastes, incertezas de sobra, ainda mais que Lourencinho falou muito que entre os segmentos que ele iria ter como xodós estariam o funcionalismo público e a Saúde Pública (que por si só apresenta péssima, péssima, péssima prestação

CIP da Uruaçu Prev notifica Lourencinhode serviço nesses últimos dias de mandato dele). Parte dos servidores está doente, com tanta dor de cabeça causada por problemas do Fundo.

SaláriosConforme mostra recente reporta-

gem postada na página eletrônica des-te periódico, o prefeito se manifestou a respeito da preocupação existente em determinadas alas do funcionalismo público quanto ao atraso na quitação da folha de pagamento, em especial na do período de dezembro. “Existe um núcleo no funcionalismo que insiste na tese do atraso de dezembro para janeiro, mas vou mostrar que não sou prefeito de deixar salário atrasado para a futura Administração pagar. Deixarei toda a folha quitada.”

Mais: “Estão me tratando como bandido. É um pequeno núcleo, mas atrapalha, inclusive tentando quase o tempo todo convencer que as contas da Prefeitura sejam bloqueadas ou, monitoradas de forma exagerada, até ilegal”, especificando: “Prefiro abandonar a política, do que deixar salário algum atrasado. Mas não será por isso que abandonarei a política, tenho certeza total”, expressando ter sido um dos prefeitos que mais apoiou o funcionalismo de Uruaçu em toda a história. “Trabalhamos muito para poder valorizar o funcionalismo da Prefeitura e concedermos diversos benefícios aos servidores, que sempre foram respeitados por nosso governo, desde o primeiro dia, quando assumi-mos, em 2009.”

Márcia Cristina

Joeli do Salão (PMDB), na presidência da Comissão: “Temos que ir atrás da verdade e dar satisfação para os servidores, o povo”

Marcello Dantas

Doutor Albert Sabin, relator da CIP: exercer seu papel

Márcia Cristina

Sil, membro da Comissão, defende a verdade pública

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cIDaDE7 - jornal cidade (PÁGINa PoStaDa EM www.jotacIDaDE.coM) uruaçu, 16 a 30 de novembro de 2012

Francisco do Ônibus: ‘Irei trabalhar incansavelmente por nossa Uruaçu’

Jota Marcelo e Márcia Cristina

Dentro da rodada de entrevistas que o Jornal Cidade realiza na Re-dação com os 13 vereadores eleitos por Uruaçu em outubro, Francisco do Ônibus (PR) falou ao periódico em 6 de novembro, quando disse se sentir “feliz e honrado” pela vitória, alcançada graças a “um trabalho muito difícil” - eleito sem coligação partidária. No que depender dele, “o Poder Legislativo e o Poder Exe-cutivo não terão problemas.” Sobre a zona rural, observa: “As estradas, principalmente as chamadas peri-féricas, estão muito ruins. Temos também que fazer um serviço de encascalhamento em vários pontos de várias estradas. Dependemos muito dos produtores e, com certe-za, temos que defender essas pessoas que muito sofrem.” Já em relação ao setor Oeste, prevê: “Se Deus quiser, nós vamos conseguir benefícios para a região.” Leia.

Como se sente em ter sido eleito vereador no pleito de 2012?

Sinto muito feliz e honrado pela votação que obtive, por esse trabalho que exercemos e vencemos. Em perí-odo curto, um trabalho muito difícil, somamos ao trabalho que já tínhamos prestado, o pessoal correspondeu, entendeu o recado e graças a Deus tivemos sucesso. Valeu a pena ter tentando e era um sonho que a gente tinha, poder vencer.

De onde surge a motivação prin-cipal para se candidatar?

Primeiro: a gente gosta da política. E, em segundo, a gente tem o dom de ajudar as pessoas. Eu vejo que sendo eleito e exercendo o mandato de vereador tenho mais oportunidade de ajudar, como cidadão e filho de Uru-açu. Gosto de Uruaçu e vejo ser ótima oportunidade para ajudar o nosso Mu-nicípio. Eu gosto de trabalhar.

Presidência da Casa de Leis 2013: tem sido procurado por cole-gas pedindo votos?

Sim. Fui procurado por alguns co-legas, mas só conversamos. Ainda não fechamos nada oficialmente. O grupo de partidos que apoiou na campanha a prefeita [Solange Bertulino, prefeita eleita de Uruaçu em 7 de outubro, pelo PMDB] pode eleger o presidente e, o outro bloco também pode eleger.

Se pintar oportunidade, ficaria com alguma vaga na mesa direto-ra? E se a oportunidade for maior, lutaria para ser o presidente 2013?

Com certeza, pois fui eleito e faço parte do novo quadro da Câmara. Tudo o que vier para mim, em termos de poder ajudar dentro da legalidade, eu estarei aceitando. Para 2013 não penso na presidência, mas para 2014 já é um caso a pensar, pois ainda tem muito tempo.

Além de não integrar na cam-panha ala partidária oposicionista radical, o senhor também não é opo-sitor radical. O que esperar da sua atuação em relação ao Executivo?

O meu gabinete estará aberto para a prefeita e outra coisa: tenho certeza que iremos trabalhar juntos com a So-

lange. Acho que o Poder Legislativo e o Poder Executivo não terão pro-blemas, pelo menos no que depender do vereador Francisco do Ônibus. Tudo, dentro da moralidade e da res-ponsabilidade. Tenho certeza que não teremos problemas! Iremos trabalhar, fazer uma parceria, pois é disso que Uruaçu está precisando. Temos agora o Partido de Uruaçu, a Eleição em si acabou dia 7 de outubro. Para a minha pessoa, o ato de fazer política, no bom sentido, continua, ali no dia a dia em favor do povo de Uruaçu.

Tem problema de relacionamen-to com algum dos colegas eleitos?

Nem com os vereadores eleitos e nem com os que estão saindo e, prin-cipalmente, nem com a prefeita e nem com o vice-prefeito eleito, Professor Francisco [PSB]. Pelo contrário, pois nós somos amigos e vamos fazer a parceria de trabalhar.

Em geral, quais são as grandes deficiências de Uruaçu?

Temos que resgatar prioridades, acima de tudo. Primeiramente preci-samos resgatar a Saúde Pública, que realmente está no fundo do poço. A nossa Casa de Apoio - em Goiânia [-GO] -, se encontra fechada. Na Edu-cação está aí o transporte escolar em greve. Esses são os primeiros passos que temos que dá.

E as questões urbanísticas?Nossa cidade hoje se encontra em

situação difícil, ainda mais por ela ser uma cidade turística. Deixa muito a desejar. Temos muitos pedidos por parte de pessoas de Uruaçu, inclusive os que envolvem as chegadas-saídas [das/para as regiões camponesas], envolvendo a zona rural. Reclamações sobre muito lixo; muitos animais mortos ali jogados, carniças; animais soltos nas vias públicas; Uruaçu tem muitas ruas esburacadas, sempre tem; nossas praças estão feias demais.

Quais são as grandes carências hoje da zona rural?

As estradas, principalmente as chamadas periféricas [ligação entre a sede de um imóvel rural e a estrada vi-cinal, via pública principal da região], estão muito ruins. Temos também que fazer um serviço de encascalhamento em vários pontos de várias estradas. Diversos fazendeiros nos falam que estão há quatro anos sem ver patrolas nas estradas de suas regiões. Muitas pontes precisam ser feitas novamente ou reformadas. Temos muito que olhar pela zona rural, pois é por onde os produtores escoam a produção, são transportados com a família, por onde passam os alunos. Vamos trabalhar muito por isso, inclusive queremos fazer um serviço lá no Córrego Novo, região do Oco. Um trabalho a altura, pois a população de lá está se sentindo abandonada, esquecida há vários e vários anos. A população de lá merece e, está há aproximadamente 100 quilô-metros do Centro de Uruaçu.

É sabido que Francisco do Ôni-bus tem preocupação permanente com a questão de maquinários agrícolas. Comente.

Exatamente! Têm os pequenos agricultores que dependem de tratores

da Prefeitura para arar as suas terras, no entanto essas máquinas são poucas e vamos ver junto ao Executivo sobre a possibilidade de comprar, ou locar uns três tratores para no momento certo poder atender a todos os agri-cultores que não têm condições de arcar com essa despesa. Assim, eles têm como efetuar seus plantios no período certo.

E os produtores com as Feiras?A gente tem recebido reclamações

deles quanto ao ato de vender suas produções, inclusive sobre taxas que pagam. Tenho em mente que devemos fazer um estudo, fazer um levanta-mento, ouvir todas as partes assim que tomarmos posse, para que possamos ver o que pode ser feito para eles. Nós dependemos muito dos produtores e, com certeza, temos que defender essas pessoas que muito sofrem.

Segurança no campo: e as pa-trulhas rurais?

Com certeza, devemos trabalhar nesse sentido também, pois se já temos esse serviço de patrulhamen-to, com rondas, precisamos de mais estrutura. Vamos buscar mais apoio, mais segurança, porque com razão o pessoal tem sempre nos cobrado.

Quando se fala nos camponeses, em certas ocasiões sequer são aten-didos para que possam registrar essa ou aquela realidade. Tem que mudar?

Vamos atender a todos que nos procurar e queremos desenvolver um trabalho correto perante esse pessoal. Todas as entidades, os Sindicatos, as Associações, os Conselhos precisam de muitas ajudas, porém as portas não são abertas para eles muitas das vezes. Com nós isso vai ser diferente, pois com certeza, o cidadão da zona rural, que merece ser tratado com muito respeito, não perde em nada para o morador da zona urbana. Eles dependem de nós e nós todos depen-demos deles.

Poderia citar o nome do melhor prefeito uruaçuense para a zona ru-ral que o senhor já viu trabalhar?

Do meu conhecimento, até hoje foi a Marisa dos Santos [prefeita de Uruaçu nos mandatos 2001-2004 e 2005-2008]. Por exemplo: tenho uma propriedade na região do Povoado de Urualina e todos nós dali vimos as estradas serem patroladas a média de duas vezes por ano. Pontes foram construídas, como a do rio Passa Três - perto da Casa Terapêutica -, situação que representava um caos muito grande. Ponte de concreto, obra que permanece, eu creio, para sempre. Então, é a opinião que a gente ouve da boca de quase todos os moradores da zona rural e, a minha opinião também é essa... Marisa!

Transporte escolar: na data da entrevista, 6 de novembro, como está a questão envolvendo repas-ses, pagamentos aos prestadores de serviço?

Estamos indo para o quarto mês desse semestre sem pagamento. Por-tanto, o transporte escolar está em greve por falta de pagamento, pois não temos condições de trabalhar sem

realizar manutenção nos veículos e não temos condições de pagar posto [de combustíveis], autopeça, pneus. Enfim, não temos condições de traba-lhar sem receber. Somos, em média, 19 prestadores de serviços e, cada um levanta mais de madrugada do que o outro. Temos e somos filiados na Atego [Associação dos Trabalhadores em Transporte Escolar do Estado de Goiás], que tem sede lá em Catalão [-GO]. A gente tem muita amizade com os pais dos alunos e sabemos que é muito dolorido. Estão no período de provas, final de ano letivo, mas o que podemos fazer? Nossos ônibus não rodam com água, temos que colocar óleo diesel. Procuramos o Ministério Público [MP - em 1º de novembro], através da doutora Fabiana [Fabiana Máximo, promotora titular da 3ª Promotoria], procuramos o doutor Cândido [juiz de Direito José Ribeiro Cândido de Araújo, titular da 1ª Vara Cível da Comarca de Uruaçu - dia 6 de novembro] e, mesmo assim não adiantou, nenhuma solução foi alcan-çada [a Prefeitura solucionar de vez o problema].

Morador do chamado setor Oeste, verdadeira cidade dentro de Uruaçu, é testemunha de inúmeras deficiências ali existentes. Quais são as prioridades na sua avaliação?

Lá nós precisamos de mais Postos de Saúde. Mais creches [Centros Municipais de Educação Infantil - CMEIs], um pedido que é muito grande. Temos várias ruas de vários setores que ficaram sem asfaltar, com o passar dos anos. Estarei lutando, e isso será também questão de honra minha, para que seja concluído esse asfalto. E, agora, o que eu chamaria de crime, vimos o asfalto que ficou quase pronto lá, era só dá a última pincelada e, isso não foi feito e a água está levando tudo. Eu acho isso uma falta de respeito com o dinheiro públi-co. Infelizmente aconteceu. Mas nós vamos trabalhar em prol disso aí, pois aqueles setores foram agraciados com cinco vereadores eleitos e todos estão empenhados na defesa do setor Oeste [na contabilidade do entrevistado, ele, Reginaldo da Saúde {PSD}, Joeli do Salão {PMDB}, Robson Pimentel {PP} e Maria das Neves {PSB}. Mes-mo não residindo naquele complexo de bairros, há décadas Jairo Balbino {PT} e Zorão {PT} também se consi-deram do setor Oeste e, reafirmaram isso em entrevistas ao periódico; uma corrente de pessoas também considera os dois como representantes da região, enquanto outra corrente discorda]. Pelo tamanho da nossa ci-dade, precisamos investir também em mais espaços esportivos para o setor Oeste. Se Deus quiser, nós vamos conseguir benefícios para a região. É questão de honra e tenho certeza, no caso do asfalto, que tudo pode ser feito em um ano. Vamos lutar e tentar ajudar a prefeita fazer isso, pois toda a população da cidade merece.

A cidade cresceu em direção a parte Oeste, mas a questão da travessia da BR-153 é algo arcaico. Morador da região, autoridade e motorista, como vê essa barreira?

Com certeza, é um grande pro-blema! Sobre esse problema, existe o projeto de duplicação da rodovia. Ontem [5 de novembro] estavam medindo novamente lá [serviço sob responsabilidade maior do Departa-mento Nacional de Infraestrutura de Transportes {DNIT}], questão do tre-cho urbano, dos trevos. Estão fazendo análises e tenho percebido diferentes empresas prestando serviços por lá. Nós vimos esse projeto na Câmara. Vimos, envolvendo projeto e vontade, de se construir dois viadutos, acaban-do com o túnel existente perto de onde eu moro e, teríamos também, se não me engano, três passarelas. Parece que agora vão construir. É um problema que o Município terá que esperar, aguardar o Dnit construir. Nesse tre-cho urbano da BR já tivemos vários e vários acidentes com vítimas fatais ou não e, chegou ao nosso conhecimento agora uma pesquisa divulgada em que as pessoas aprovam a privatização das rodovias [em âmbito nacional], desde que a conservação e o trabalho sejam feitos corretamente. A Polícia Rodoviária Federal [PRF] já orientou

muito a população de Uruaçu, fez de tudo, bloqueou [alternativas para] passagens clandestinas, mas o povo continua atravessando em pontos proibidos e, é muito perigoso. Eu fico preocupado e triste com esses aciden-tes. Eu gostaria, apesar da duplicação, que vai ocupar mais espaços nas late-rais, de ver construído nas margens um calçadão. Vou tratar disso com a prefeita, pois ainda é possível, após a duplicação. Eu ainda quero ver gente fazendo caminhada num calçadão ali, que não precisaria ter pista larga e nem ser comprida. Bastaria ter dois metros de largura ou pouco mais.

Gostaria de ver um parque cons-truído no setor Oeste?

Com certeza e no que depender de minha pessoa e da Câmara vamos lutar muito por isso. Vou torcer muito para que a Solange construa um parque naquela região. É uma obra muito aguardada pela população...

...Não são poucos os problemas urbanísticos. Mais alguma preten-são de imediato nesse segmento?...

...Quero falar sobre o Parque das Araras, para onde vou pedir a Solange que coloque banheiros, bebedouros e, agentes de saúde permanentes para medir a pressão dos usuários. Vou pedir isso mesmo! Uma das poucas cidades que não têm banheiros nos parques é a nossa. Temos ainda que melhorar o Parque dos Buritis e todas as nossas praças.

Diria que em todos os segundos da vida os detentores de cargos públicos deviam atuar com respon-sabilidade cada vez maior?

Tem gente que faz política, mas tem gente que faz politicagem. A própria Justiça vem tomando atitudes sobre certos políticos e com certeza isso é muito importante. Está passando da hora de vermos tomarem essas ati-tudes. Eu vou atuar com honestidade e, trabalhar muito, olhando sempre para a zona urbana, para a zona rural. Quero defender muito toda a nossa Uruaçu e o seu povo na Câmara.

Em 1988, o senhor se candidatou a vereador por Campos Verdes. Muita diferença dentro das campa-nhas nesse espaço de 24 anos?

Muita coisa mudou, o jeito de fazer política mudou. Em Campos Verdes fui candidato em uma campanha muito sofrida, a localidade tinha acabado de se emancipar [de Santa Terezinha de Goiás-GO] e não tinha estrutura quase que nenhuma. Recordo de muita coisa. Hoje, eu diria, está mais fácil de fazer política do que naquele tempo.

Neste 6 de novembro, o vereador eleito esteve em Goiânia, capital do Estado, compondo comitiva uruaçuense que foi presenciar o lançamento de obras estruturantes por parte do Governo de Goiás.

Fiquei muito feliz em participar da solenidade que contou com vários senadores, deputados federais e esta-duais, secretariado estadual, prefeitos - inclusive a nossa prefeita [eleita] Solange -, vereadores em geral e outras autoridades. É uma questão de honra, orgulho, ouvir propostas do governador Marconi [Perillo,

Márcia Cristina Divulgação

Francisco do Ônibus (em santinho): “Temos muito que olhar pela zona rural, pois é por onde os produtores escoam a produção, são transportados com a família, passam os alunos. Vamos trabalhar muito por isso, inclusive queremos fazer um serviço lá no Córrego Novo, região do Oco”

Francisco do Ônibus (durante entrevista na Redação): “Eu vou atuar com honestidade e, trabalhar muito. Quero defender muito Uruaçu e seu povo na Câmara”

do PSDB] de construir e concluir nossas estradas estaduais, inclusive a GO Uruaçu-Niquelândia [GO-237], que está realmente precisando. Nós sabemos que têm 16 anos que nossas rodovias estão deixando a desejar. O nosso Aeroporto [Municipal], que carece de melhorias, também receberá investimentos. Foi uma alegria muito grande ouvir o nome de Uruaçu como cidade beneficiada pelas obras anun-ciadas. Trecho que receberá asfalto pela primeira vez, finalmente, obra importante para todos nós, é Santa Terezinha-Nova Iguaçu de Goiás. So-fri muito, dormi nesse trecho de chão [com carros quebrados], que era ainda pior naquela época. Eu tinha uma esperança de ver o anúncio de asfal-tar do Quilômetro 300 [{Jerusalém} localidade pertencente a Campinorte, Norte goiano] até Campinaçu [-GO], mas não será dessa vez. Uma pena, pois ali precisa ser asfaltado, muita gente passa por ali. Mas eu digo que foi muito aproveitável nossa partici-pação no evento.

Nota da Redação: trata-se do lançamento de pacote de 164 obras rodoviárias, que segundo a gestão estadual reúne a construção, recons-trução, manutenção de rodovias; obras de construção e remodelação de 29 Aeroportos; construção de três viadu-tos em Goiânia; e, uma duplicação ro-doviária, entre a cidade de Novo Gama e a localidade de Lago Azul (Entorno de Brasília-DF). Na solenidade - que a maioria dos vereadores eleitos por Uruaçu presenciou -, realizada no Palácio da Música do Centro Cultural Oscar Niemeyer, Marconi assinou ordens de serviço, juntamente com Jayme Rincón, presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Age-top); e, Danilo de Freitas, secretário estadual de Infraestrutura

Arrecadação, bolo tributário, Municípios, Estados, União. Não devia existir melhor divisão?

Sem dúvida, com certeza! É uma questão que tem que ser revista rápido. Isso é uma questão que deve ser revis-ta mesmo, pois os Municípios estão sofrendo demais. Neles é que tudo acontece e o assunto foi destacado no encontro hoje de Goiânia.

Nota da Redação: de toda a ar-recadação federal, a União fica com 72 por cento; os Estados (e o Distrito Federal) com 14 por cento; e, os Mu-nicípios com 14 por cento

Mais alguma observação? Seus agradecimentos.

Primeiro, quero agradecer a Deus por essa oportunidade que me foi dada dia 7 de outubro; a essa oportunidade aqui concedida pelo Jornal Cidade, permitindo nossa fala. Ao eleitor, aquele que votou, que não votou, mas trabalhou, aqueles que ajudaram de uma forma ou outra. Agradecer a toda a minha família e a toda a população de Uruaçu. Quero dizer mais uma vez: a partir de janeiro meu gabinete estará de porta aberta para atender a população de Uruaçu e a minha casa se encontra de portas abertas para que nós possamos atender a quem nos procurar. Agradeço a todos mais uma vez, de coração e, prometo a todos: irei trabalhar incansavelmente por nossa querida Uruaçu.

a empresa joSÉ aNtÔNIo Da SIlVa - MatErIaIS DE coNStruçÃo ME, inscrita no cNPj: 02.122.158/0001-60, torna público que reque-reu da Secretaria Municipal do Meio ambiente de Nova Iguaçu de Goiás, a renovação da licença ambiental de funcionamento, para a atividade de extração de areia e cascalho, localizando na fazenda jenipapo, Nova Iguaçu de Goiás – Go.

a empresa toP coMÉrcIo DE coMBuStÍVEIS ltDa - ME, inscrita no cNPj: 12.972.844/0001-83, torna público que requereu da Secretaria Municipal do Meio ambiente de campinorte, a renovação de licença ambiental de funcionamento, para a atividade de comércio varejista de combustíveis para veículos automotores, localizando na roD 153, KM 939, campinorte - Go.

a empresa auto PoSto raINha Da PaZ, inscrita no cNPj: 03.280.929/0001-00, torna público que requereu da Secretaria Mu-nicipal do Meio ambiente de campinorte, a renovação de licença ambiental de funcionamento, para a atividade de comércio varejista de combustíveis para veículos automotores, localizando na roD 153, KM 955, campinorte - Go.

rEQuErIMENto DE lIcENça

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cIDaDE8 - jornal cidade (PÁGINa PoStaDa EM www.jotacIDaDE.coM) uruaçu, 16 a 30 de novembro de 2012

Wanildão: um trabalho para as famílias

Jota Marcelo e Márcia Cristina

Rodada de entrevistas que o JC desenvolve na Redação com os 13 vere-adores eleitos por Uruaçu em outubro último: dia 21 de novembro, Wanildão (PP) falou ao periódico, ocasião em que relembrou se dedicar muito ao trabalho assistencial: “A primeira bandeira mi-nha é essa: ajudar as pessoas especiais. Na medida do possível, quero levan-tar outras bandeiras e exemplos não faltam.” Versando sobre a relação do gabinete dele com o Executivo, adianta: “Tem gente que às vezes entra no Poder e quer fazer aquela política do quanto maior barulho, melhor. Sou contra essa atitude, vou torcer para a Solange fazer uma excelente administração.” Leia.

Dias atrás o senhor comentou peran-te a direção do periódico que levou quase 40 anos para materializar o ato de se lançar candidato a vereador. Comente.

Às vezes eu até exagerei um pouco, dizendo 40 anos, pois tenho 53 anos e para sair candidato 40 anos atrás era menino, tinha 13 anos. Foi uma força de expressão, mas uns 25 anos tem. Conforme comen-tei, tenho 25 anos de vida pública, como funcionário da Prefeitura e, depois fiz con-curso na Câmara, onde já estou há 18 anos. Nesse tempo vi dois irmãos meus galgando os cargos de vereador e, ganhando [Vany Custódio foi vereador nas legislaturas 1989-1992 e 1997-2000. E, Walzate Freitas {Zata}, nas legislaturas 1993-1996 e 2001-2004]. Foram, inclusive, presidentes da Câmara. Antes, meu pai também tinha sido prefeito e vereador. Bem, a história política de todos eles vocês [editores Jota Marcelo e Márcia Cristina] conhecem. Nos casos de meus irmãos, foram 16 anos de vida pública servindo. Não sou diferente, estou sempre nesse meio, gosto e, sempre fiz o bem. Aí decidimos... Vamos tentar... E, graças a Deus deu certo. Surpresa para algumas pessoas, que imaginaram que eu não teria êxito nenhum. Mas graças a Deus a população atendeu o meu chamado, ou seja, a minha candidatura e, me deu opor-tunidade. Vou tentar respeitar, com carinho e amor, ajudando. Vou tentar fazer o que eu der conta para ajudar as pessoas.

Nota da Redação: o pai Feliciano Custódio de Freitas foi vereador; e, prefeito (duas vezes) de Uruaçu. Feliciano adminis-trou a cidade nos períodos de 8 de fevereiro de 1951 a 31 de janeiro de 1955. E, durante alguns meses do mandato 1961-1965, após o vice Benedito Alves da Silva ser cassado pelo Poder Legislativo, devido inabilidade para administrar. Este havia substituído o titular Marcionílio Francisco de Mendonça (que assumira dia 31 de janeiro de 1961, vindo a falecer no exercício do cargo). Feliciano, na condição de presidente da Câmara, assumiu como prefeito, respon-sabilidade que lhe coube até 31 de janeiro de 1966, data em que fora sucedido por Roberto Izidoro de Almeida, vitorioso nas Eleições/1965, quando venceu Ota-ciano de Carvalho e Silva por diferença de apenas cinco votos. Feliciano faleceu em 2 de março de 1985. Dados: arquivo da Câmara Municipal de Uruaçu e, livros dos historiadores locais doutor Cristovam Ávila e Ezecson Fernandes de Sá

O que representa essa vitória?A humildade da minha pessoa. Acho

que sou humilde. Como disse, as pessoas entenderam o meu recado. Não vou negar, fui eleito por causa das pessoas, pessoas que sabem do meu trabalho e isso tem até slogan, que criei e usei para a candidatura - Pela inclusão social -, que é uma coisa que eu sinto na pele, eu tenho uma filha especial [Coralina Freitas Martins, a Cora, 25 anos]. Acompanho de perto uma média de 60 a 70 por cento das pessoas especiais de Uruaçu. Tanto, que dou suporte moral, pois financeiro não posso falar porque não tenho dinheiro. Na maneira do possível eu ajudo muito. Ajudo da minha maneira, da maneira mais humilde possível. Ajudo inclusive a Escola Especial [Centro de Atendimento Educacional Especializado Herbert José de Souza {CAEE}, a popular Escola Betinho].

De onde vieram os 448 votos?Eu tive voto em todas as camadas da

sociedade. Primeiro, tive suporte muito grande do Uruaçu Máster Futebol Clube, do qual sou presidente há três anos. Lá que foi lançada a minha candidatura, quando eu disse que queria ser candidato e muitas pessoas disseram para eu tentar, pois con-sideravam que eu estava fazendo um bom trabalho. Tanto é, que um amigo que faz parte da diretoria, chamado Tóim Ponce, abraçou a minha candidatura dizendo que não pregaria propaganda no carro porque é contra esse tipo de coisa, pois um pede, outro pede para pregar. Eu brinquei: Não precisa pregar propaganda na sua Brasília [atrativo veículo azul existente na cidade, patrimônio de Tóim há décadas] não, você prega no seu coração e vai pedir voto para mim!. E assim foi feito, aí veio um amigo,

outro amigo, com dizeres de vou te ajudar, vou te ajudar... Marcelo Campos, do Cartório; Fernandinho, do Cartório... Esse grupo muito grande! Amaury Dias Soares. Quando eu disse Máster, é porque foi um grupo forte e, sinto que eles são fortes. Vieram outros pedidos, igual os do pessoal ligado a pessoas especiais. Também tive um suporte do pessoal da Limpeza Públi-ca, pois no mandato do doutor Edmundo [Filho, prefeito de Uruaçu - 1997-2000] eu fui chefe de lá e ficou a minha imagem de bom administrador entre eles. Na época que lancei a minha candidatura todos se juntaram e falaram que votaria em mim. Por isso, falei: Então, vamos pedir voto!. Acho que voto é um elo como uma corrente e vai crescendo, eu peço para A e A pede para B. Você pede para sua mãe e sua mãe pede para a amiga, porque ninguém dá conta sem ajuda. Fui de casa em casa, mostrei o meu raciocínio de ser eleito para ajudar melhor as pessoas. Já ajudo muito e pensei que com o poder na mão ficaria mais fácil. Eu penso, não sei se vai ser fácil. Minha campanha foi mais ou menos assim. Perguntam onde consegui 448 votos. Uns falam que votaram, outros não e, só Deus para saber, mas a base de tudo é a família. Esse meu trabalho tem tudo a ver com as famílias de Uruaçu.

Sua família tem tradição política e cerca de 40 dias antes de iniciar a campanha, o JC publicou: ‘Decidido em Uruaçu: a família se reuniu e Wa-nildo Freitas (PP), o Wanildão, é pré-candidato a vereador. Tem tudo para ser eleito.’. Fale sobre a particularidade - família -, haja vista se tratar de uma família numerosa.

Falar da minha família é muito fácil, sou de uma família tradicional, bisneto de Coronel Gaspar, fundador da cidade, sou neto de Adelino Fernandes de Carvalho, sou filho de Feliciano Custódio de Freitas e Coralina Fernandes de Carvalho. Tenho orgulho de ser Fernandes, nunca neguei para ninguém, com muito orgulho. Tenho muito orgulho de ser filho de Feliciano Custódio de Freitas, um baluarte em ter-mos de vida pública. Minha mãe é filha de Adelino Fernandes de Carvalho. Tenho minha esposa [Marilúcia Martins dos Santos Freitas], uma pessoa maravilhosa, 27 anos de casados e dois filhos, que é a Coralina, ela é especial e nunca neguei isso para ninguém, faço questão de andar com ela por onde eu estiver e, o Cleber Freitas Martins. O Cleber hoje trabalha no Conse-lho Tutelar de Uruaçu, onde faz excelente trabalho. Tenho meus muitos irmãos, tenho os sobrinhos, as cunhadas, os cunhados. Essa é a minha família. Agradeço muito a minha família.

Tem lembranças, envolvendo seu pai, como vereador ou prefeito?

Modéstia à parte, eu não lembro. Quando ele foi prefeito na primeira vez, nem nascido era, nasci em 1959 [no Registro de Candidatura do Tribunal Su-perior Eleitoral {TSE} consta como data de nascimento 14 de agosto de 1958], mas sei histórias. Convivi com ele na fazenda, acompanhando processos da vida dele, que já tinha certa idade. Lembro, depois, dele, nos bastidores, dando opinião ao Roberto Izidoro [que administrou a cidade nos períodos de 31 de janeiro de 1966 a 31 de janeiro de 1970 e, 31 de janeiro de 1973 a 31 de janeiro de 1977], Carlinhos [Carlos de Almeida Mascarenhas, que governou Uruaçu de 31 de janeiro de 1977 a 2 de fevereiro de 1983], que era prefeito quando ele faleceu. O que mais admiro na pessoa de meu pai como prefeito foi ele ter feito o prédio da Prefeitura numa época em que nem Brasília existia. É um orgulho muito grande saber que meu pai tenha feito um prédio de grande envergadura para a época. Vieram chegar prédios em Uruaçu bem depois. Prefeitura funcionava embaixo, a Câmara em cima.

Eleito por ala política diferente do grupo da prefeita eleita Solange Bertu-lino (PMDB), como será sua atuação em relação ao Executivo?

Acho que não vou brigar muito, porque o que é certo é certo e errado é errado. Eu não vou apoiar coisas erradas, primeiro por questão de princípios, pelo que eu vejo. Não quero, não estou aqui para criticar ninguém. Eu torço para ela fazer uma ex-celente Administração, pois tem gente que às vezes entra no Poder e quer fazer aquela política do quanto maior barulho, melhor. Eu sou contra essa atitude, vou torcer para a Solange fazer uma excelente administra-ção. Se ela quiser ficar oito anos, se quiser voltar depois... Acho que quando é bom ninguém deve mexer. Eu penso assim: em time que está ganhando não se mexe... É frase antiga, não é minha. Eu penso assim, se ela tiver bem. E, toda matéria que for mandar para a Câmara se for para o bem da sociedade apoiarei com muito prazer, muito prazer mesmo. Vou aproveitar um pouco do meu conhecimento de Câmara, de ver algumas pessoas, vereadores man-

dando matérias, fazendo leis. Vou tentar ser o mais transparente possível e, como disse - na conversa que tivemos na viagem a Brasília -, foi uma conversa rápida. Falei que o certo é certo e errado é errado. Acho que não vou ter problema de errar, porque ela também é uma pessoa muito sensata, nascida em Uruaçu, não vai querer mandar nada errado para nós. Acho que não.

Sua preocupação com a Escola Beti-nho, há tempos, é grande...

...Eu falei que se fosse eleito lutaria muito para conseguirmos um ônibus novo para a Escola. É um absurdo os meninos especiais ficarem andando expostos em um ônibus velho sucateado e esses alunos não sabem o perigo que isso pode representar para eles, que não sabem diferenciar o pe-rigo, medo de nada. Acham que ali tudo é normal. Já na primeira viagem, quando fui convidado pela Solange para uma viagem à Brasília [-DF, dia 13 de novembro, em busca de verbas federais], expus meu pro-blema para ela, que é social, que existe na Escola Betinho, escola especial. O slogan que eu criei representa um sonho de ajudar as pessoas especiais. Tem gente que fala: Wanildo, pessoas especiais só são aquelas que não andam?. Não, têm pessoas normais que são especiais, às vezes têm problemas de saúde graves. Andando, vemos muito isso. Essa é minha primeira bandeira, sobre as pessoas especiais. As outras bandeiras? É ajudar resolver os problemas da cidade, passando pelos problemas e ir ajudando resolvê-los acessivelmente...

...Preocupação de anos...

...Interessante falar sobre as pessoas especiais de Uruaçu, lembrando o antes e o depois da minha filha Cora. Antes da Cora, não existia a Apae [Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais] aqui, que foi fundada por nós: eu, a minha esposa, doutora Olga [Socoloff - médica {falecida em fevereiro}], doutor Waldecir [Oliveira - médico pediatra], Marina Curado [servi-dora pública] e outras pessoas. Depois da Apae é que veio a Escola Betinho. Fui ten-tar fazer uma fusão entre a Escola Betinho e a Apae e, parece que não funcionou. Teve uma eleição recentemente na Apae [dia 1º de junho de 2012, elegeu-se presidente Maria de Lourdes Dias Fernandes, a Pro-fessora Lourdes], que tem nova diretoria, mas não sei porque eu não fui convidado para participar. Eu não vou questionar, mas sim vou ajudar, do mesmo jeito. Eu conheço bem, até comentei com a Solange na viagem e ela falou que dará todo apoio para a Escola; para a Apae, que está se reabilitando, tem algumas pendências, falo de estruturas.

Comente mais sobre o ônibus.Já tinha um, foi substituído pelo atual,

que ganhamos em 2009. Até levamos os meninos especiais ao Aeroporto [Muni-cipal - em recepção ao então governador de Goiás, Alcides Rodrigues, que atendeu ao pedido]. O vereador Chiquinho [PDT], espontâneo demais, arrastou o governador pelo braço e o levou até os meninos. O go-vernador falou: Vou arrumar!. E, foi feita uma permuta, pegaram o ônibus anterior e trouxeram esse outro - usado -, que hoje já está muito defasado, em péssimas condi-ções. Não estou criticando, estou falando o que aconteceu, mas ainda funciona e é esse que é o bom ainda, até que fique provado o contrário. É esse que está resolvendo, mas tem manutenção muito cara por ser antigo demais, gasta mais combustível, gasta pneus, câmbio, a manutenção é cara. Quando falamos em ônibus: primeiro, a qualidade desse meio de transporte faz com que a família fique segura em casa. Tem aluno que quando não vai à Escola fica nervoso em casa, debate com a mãe, os pais ficam ligando: Wanildo, por que o ônibus não vem?. Estou falando isso porque sei de casos. A Cora quando não vai fica assim. Graças a Deus eu tenho privilégio de dar conta de levar e buscar, mas a maioria das famílias não. Famílias humildes não têm condições, não têm carro e, então, sofrem demais. Eu posso levar vocês [editores] para ver de perto a situação em várias casas dessas pessoas. A Escola precisa de uma piscina, para estimular as pessoas, questão de sistema nervoso. Tem muito o que ser feito na área especial.

O governo federal poderia ajudar mais nesse quesito, em outros?

Claro! Temos conhecimento sobre isso e, vou tentar na esfera federal. Se não conseguir, vou para a esfera estadual, se eu não conseguir vou bater na minha porta, a da esfera municipal. Que nós temos que arrumar, nós temos. Temos e, não sei de onde vai vir, mas depois que assumirmos vamos fazer um levantamento desse di-nheiro que é devolvido e como funciona isso. Se devolve hoje, no futuro deve devolver também e vou ver a possibilida-de de devolver casado [espécie de verba carimbada], como se diz: empresa tal, a prefeita pagando com recurso do Poder Legislativo; o Poder Executivo pagando com o próprio dinheiro do Executivo. Não sei ainda quem vai ser o presidente da Câmara, mas verei isso.

Fale sobre o que o senhor pretende defender na Câmara, abordando outras bandeiras.

A primeira bandeira minha é essa: ajudar as pessoas especiais. Na medida do possível, quero levantar outras bandeiras e exemplos não faltam. Tenho uma ideia, é um projeto do [vereador] Robson Pimentel [PP], mas ele não deu conta de colocar em prática, tentou mais não teve êxito. Não por culpa dele! Eu tenho um amigo da Polícia Militar e, conversando sobre meninos e meninas na PM, ele me disse que a corpora-ção tem interesse de reviver isso não só em Uruaçu, mas em todo o Estado. Ele disse que no que puder vai ajudar. É a Polícia Militar Mirim, que já existiu em Uruaçu, de onde saíram hoje grandes militares. É um projeto que vamos tentar refazer. Na área esportiva - por eu brincar de bola até hoje,

mesmo sendo cinquentão, jogo no Uruaçu Máster -, também tenho os pés no chão e um raciocínio muito simples: primeiro você tem que cuidar da sua casa, depois das outras coisas [se referindo ao fato de que certas pessoas visam apenas ver um time de futebol local na Divisão principal do futebol goiano]. Uma delas seria a prefeita cuidar primeiro de uma deficiência: falta um lugar para tudo [do esporte] aqui, não tem uma quadra para skate, um espaço que centralizaria tudo, onde se praticaria outros esportes também. Tem uma área muito grande no estádio Serra Grande, podia fazer isso lá. Se arrumar um auxiliar bom na área esportiva, é possível juntar ideais, envolvendo escola- esporte, fazen-do pedido de um projeto de R$3 milhões e, com esse dinheiro fazer essa estrutura. Mas, tem que pegar o dinheiro e fazer. A deputada federal Marina Sant’Anna [PT-GO] nos disse em Brasília ser presidente de representação dos ciclistas [ela preside na Câmara Federal a Frente Parlamentar em Defesa das Ciclovias] e falou para refazermos projeto existente para ver se ela consegue destinar verba para fazer uma ciclovia do trevo [encontro das avenidas JK {anel viário} e Tancredo Neves] ao lago Serra da Mesa [trata-se trecho da GO-237]. Tem um projeto em andamento, é pedido dos amigos do PC do B e outros desportistas. Então, é fazer os papéis direitinho e mandar. Não custa nada. Está errado? Corrige. É o segredo.

E o estacionamento permanente?Outra coisa séria em Uruaçu é o esta-

cionamento permanente. No setor Aeropor-to tem um carro que tem de três a quatro anos, sem pneu, só a lata. Lá na Vila Lopes, tem um Tempra que tem quatro anos, sem porta, está lá, estacionamento permanente, tomando vaga para se estacionar normal-mente. Isso, fora no grande espaço paralelo a BR-153, que é coisa seriíssima, precisa ter fiscalização. Tem um ônibus estacio-nado na beira do lago, está estacionado permanente, já vão fazer dois, três anos. Estacionamento permanente é proibido por lei, mas as pessoas ignoram. Ah, é velho, mas é meu!. Não funciona assim, se você não tiver a área própria sua, na rua não pode, a rua é pública. Tapa-buraco, aqui falando de obras de estrutura: por já ter tra-balhado nessa área conheço um pouquinho, vejo que não adianta tapar buracos como vemos, justamente nas principais avenidas. Tem que passar uma camada de 20 a 30 centímetros de massa asfáltica, que cobre certos problemas de até 20 anos, se fizer bem feito. O fluxo de veículos em Uruaçu aumentou muito, mas não é um fluxo pe-sado. Temos um anel viário que tem quer ser restaurado rapidamente, é um caos hoje. E, colocar uma fiscalização.

De 1º de janeiro em diante, qual será a sua situação no Uruaçu Máster?

Temos outros amigos para ajudar e, acho que fiz excelente trabalho lá, desde 2010, quando eu pleiteei pela primeira vez. Do contrário, não teria sido reeleito. Fiquei de pé atrás, sobre a minha permanência de dois anos a mais, mas, não surpreendeu ninguém e se eu não tivesse feito o que fiz não estava onde estou. Têm pessoas mais velhas lá que eu respeito. Apesar de ter o presidente, uma hierarquia, coisas de veteranos. A instituição nossa, que envolve pessoas sérias, soma um grupo de mais ou menos 40, 45 pessoas, engloba várias pessoas da sociedade, de caráter, alto ní-vel. Graças a Deus uma das grandes obras realizadas nesse período foi a iluminação, depois veio a reforma do espaço de lazer, que também ampliamos e, outras coisinhas que só a olho nu se vê. Todo mundo que-rendo chegar lá, tem o exemplo dos Encon-treiros [outra entidade], que já galgaram muito. Claro, falta área para eles, uma sede própria, o que não é fácil. Tem o time dos Veteranos [mais uma entidade], que sem-pre está na frente, é um grupo muito forte. Uma ressalva na minha diretoria, sobre a minha pessoa: eu não sou ninguém sem a diretoria, nós somos um grupo e eu não fiz nada sozinho. Sou o presidente, mas não fiz nada sozinho.

...Mais iniciativas idealizadas, envol-vendo seu futuro gabinete?

Saúde [Pública]: é um problema no mundo inteiro e no Brasil não seria dife-rente. Só que com a vontade política não se resolve tudo. Tem que parar de criticar A, B, C, achar culpado para filho, feito tudo mundo saber que é um problema se-riíssimo. Todo mundo, quando está doente, sai correndo, quer é tratar. Saúde Pública de qualidade não é fácil, depende de um grupo muito grande, não só do prefeito, vereador. Tem que chamar os médicos e conscientizar que o Município, a população precisam deles e, principalmente na área da pediatria. Se você não cuidar da criança, ela não será a pessoa jovem e adulta de amanhã. É ideia que temos que pregar. Não é minha área a Saúde Pública, mas foram eleitos três vereadores que defendem a área de forma abrangente [Reginaldo da Saúde {PSD}, Paulinho da Ambulância {PT} e Maria das Neves {PSB}]. Não vou entrar no mérito, o que eu puder fazer, é ajudando essa área e, é até difícil de falar sobre a questão. Não gosto de criticar ninguém, acho que cada um deu sua colaboração da maneira que deveria ter dado. Tem gente que fala que o governo Edmundo foi excelente na área, outros criticam. Falam que a Marisa [Araújo - gestões 2001-2004 e 2005-2008] deixou a desejar. Queira ou não, todo mundo deu a sua parcela como prefeito, vereador, secretário.

Já que citou a área do urbanismo, da limpeza pública, enfoque.

A limpeza pública é um caso muito sério. Não tem limpeza, não tem saúde. Uma coisa puxa a outra, povo sujo-povo doente e, isso está mais que comprovado. O que tem que ser feito, no meu raciocínio: fazer um aterro sanitário muito rápido. Hoje se destina mais terreno para fazer aterro sanitário para jogar lixo do que para

construir casas. Quantas casas populares têm em Uruaçu, elas ocupam que total de área? Tem que ver tudo isso. O primeiro lixo normal de Uruaçu, lugar onde se jogava lixo, foi em frente à Garagem Municipal. Aterraram, hoje lá está cheio de casas e pontos comerciais. Pouca gente sabe disso. O segundo lugar é onde hoje é o Jardim Santa Helena. Lá também era lixão e virou lugar de moradia. O terceiro foi onde o doutor Edmundo fez o aterro que não funcionou e, de imediato virou lixão. É fazer urgente um aterro sanitário na área de meio ambiente. Quem for o secretário nessa área tem que fazer projeto, ir para Brasília, é coisa seriíssima e o governo federal está disposto ajudar, tem verba para isso, é só correr atrás que vai conseguir. Só que tem que respeitar. Depois do aterro sanitário, tem que respeitar ele, pois não é só chegar e jogar tudo quanta é coisa lá. Quero dar um apoio aos meninos que recolhem o lixo reciclado. Tem o serviço feito pelo Mauro [Geraldo], que me ajudou na campanha, o Reginaldo e, todos os que estão mexendo com a reciclagem. Quando assumir, eu quero fazer uma reunião com eles para ver o ponto de vista deles, ver se damos conta de fazer uma parceria. E, tem uma coisa séria que sempre falo: se você não educar o seu menino jogar lixo no lixo ele não vai jogar, se ele vê você jogar na rua ele vai jogar. Isso é um convite preventivo...

...Para a coleta seletiva...

...Tem que fazer uma coleta seletiva. Já falei tanto. Mistura o lixo orgânico com o lixo reciclável, mas é fácil demais: se você tiver uma latinha de cebola, cerveja, plástico e, misturar com resto de comida, o que vai acontecer? O catador vai chegar, rasgar, pegar o que gera dinheiro e o resto vai cair na sua porta. Se nós começarmos a separar o lixo seco do molhado, tudo muda. Ah, mas é um processo para 30 anos!. Se você não começar, esse dia não vai chegar. Os Estados Unidos, a Europa não tem nada disso, que é coisa que deve começar nas escolas, nos clubes.

Meio ambiente merece atenção.E os nossos córregos, nossas nas-

centes? A natureza, o meio ambiente, as construções irregulares, tudo isso merece atenção. Precisamos resolver a questão da falta de água [abastecimento é falho em Uruaçu], lutar para que ano que vem não aconteça isso. Essa história de que vai demorar - reunindo o meio ambiente -, não é bem assim. Se meu pai não tivesse feito [construído] uma [sede da] Prefeitura 60 anos atrás, não tinha uma [o prédio da] Prefeitura e, hoje nós não temos uma Prefeitura [o entrevistado fez outras várias considerações a respeito de projetos e de praticidade, reunindo investimentos em meio ambiente]...

...Interessante...

...Mas foi devido causa nobre, a doação do imóvel da Prefeitura [outra edificação] para o IFG, que é do melhor porte. Nós temos uma área que também foi doada ao IFG, comprada da família Noleto, está lá até hoje e é do IFG. Aliás, temos que ter muito cuidado com doações de terrenos [alerta feito devido algumas doações e permutas vistas recentemente]. Comento sempre o seguinte, inclusive na minha campanha: meu pai fez a construção em 1952, entre a avenida Tocantins e avenida Araguaia [onde atualmente funciona o Museu Municipal Dom Prada Carrera]. Há 60 anos! A sede mudou e, uma coisa que nós, eleitos agora, temos que rever, algo que eu tenho vontade, que a próxima Administração devia olhar com muito carinho: eu tenho muita vontade de ver a volta do nome do meu pai, no caso, a um futuro prédio da Prefeitura de Uruaçu. O prefeito Luiz Pauferro [mandato 1989-1992] deu o nome ao Centro Administra-tivo homenageando meu pai, veio a doação para o IFG, vieram algumas mudanças e hoje nós estamos sem Prefeitura [o órgão funciona em imóvel alugado] e, o nome do meu pai ficou um pouco esquecido [o Jornal Cidade veiculou reportagem sobre o assunto em 2011]. Eu quero reviver essa homenagem, resgatar. Sei que não é fácil fazer uma Prefeitura, mas também não é impossível.

E a sua situação como motorista concursado da Câmara?

Eu sou concursado há 18 anos. Fiz uma consulta no TCM [Tribunal de Contas dos Municípios] e disseram que posso continu-ar exercendo a minha função de motorista. Eles vão me dar um relatório final, de modo que vou anexar em minha pasta na Câmara Municipal. Eu vou para lá todos os dias, o que eu faço é isso! As sessões são nas segundas e, o resto é trabalhar em meu gabinete, é atender o povo que vai lá para conversar comigo. Não sou diferente de ninguém, vou estar lá à disposição. Estou esperando oficialmente essa respos-ta, que é positiva. As pessoas, às vezes, preocupam com a questão salarial, mas o pessoal esquece que o meu salário sempre foi esse, o de motorista. Até o presidente do TCM - quando fui consultar -, viu como coisa inédita, motorista da Câmara virar vereador. Eu falei que tem motorista que virou empresário e tantos outros profissio-nais e, e fui explicar porque fui candidato, porque cheguei nesse patamar. O povo tem que saber que o salário de vereador dura quatro anos e, o meu salário de motorista é permanente, é onde eu vou pagar os meus impostos, o INSS [Instituto Nacional do Seguro Social], adquirir aposentadoria e deixar a minha esposa estabilizada. Não é porque eu virei vereador que o mundo vai acabar. Uma das coisas que vai dar uma melhorada na Câmara: o carro oficial vai ficar mais lá [explicando que isso nunca foi uma rotina na sede da Casa de Leis].

Por que o PP não elegeu mais edis? Qual é o futuro do PP local, do goiano?

Não é bem sobre o PP, e, sobre o sis-tema da Câmara. A gente ia pedir voto e, o povo perguntava: Você é vereador?. Eu

Márcia Cristina Divulgação

Wanildão (em santinho),: “Acompanho de perto uma média de 60 a 70 por cento das pessoas especiais de Uruaçu”

Wanildo Freitas (em entrevista na Redação): “Perguntam onde consegui 448 votos. Uns falam que votaram, outros não e, só Deus para saber, mas a base de tudo é a família. Meu trabalho tem tudo a ver com as famílias”

respondia: Não!. E eu ouvia: A primeira vez. Eu até posso te ajudar, aquelas pessoas que estão lá eu não quero não!. A população estava vendo por esse lado, a população quis mudança [se referindo ao desgaste enfrentado pela Casa de Leis desde fevereiro de 2012, quando foi recu-sada, no plenário, proposta de criação de Comissão Especial de Investigação {CEI} para investigar denúncias contra o prefeito Lourencinho {PP}]. Mas, o PP de Uruaçu, infelizmente, vai ter que passar por uma transformação. Um grande homem, que foi vereador, o presidente é o Varandão [Eustáquio Lourenço da Silva, vereador na legislatura 2005-2008]. Ele está enfermo, acho que ele mesmo vai saber, é sábio para saber que está na hora de ter essa mudança. Acho que o presidente estadual [deputado federal Roberto Balestra] deve conversar com a gente, mas sempre falo que eu não gosto de votar no partido, eu gosto de votar na pessoa. A gente usa o partido porque é lei, é praxe, temos que ter um partido, se não ficaria igual macaco, pulando de galho em galho. Agora, você galgar uma ideia, chegar a um patamar igual eu cheguei, em uma campanha com muitas dificuldades, críticas, muita gente achando que eu ia servir só para aumentar os votos [de ou-tros pepistas]... Não foi assim que o povo entendeu. Para 2014 [campanha de âmbito estadual e federal] está cedo, é preciso aprender mais sobre política interna, por-que lá na rua você sabe como funciona, o PP não é diferente. Uma coisa que não sei se é certo ou errado: a gente, depois que é eleito, não é dono do mandato, que não é nosso, é do partido. Não posso ir para outro partido, tem a ética e as normas a serem cumpridas. Respeito o PP, eu estou lá, foi lá que fui eleito, não sou diferente, existem as normas para cumprir, vou cumprir.

Presidência da mesa diretora 2013. O que tem a dizer?

Mesa diretora... Já vimos ter dois, três, quatro querendo. Acho justo, pois você chega a vereador e você galgar o teto máximo da Câmara, comandar a Casa de Leis é muito bom. Falar que eu não sou pretensioso de querer, não digo, uma vez que sou sim. Não vou ficar sem disputar de jeito nenhum [somando sobre a legislatura toda]. Meu pai foi, meus irmãos foram eu tenho pretensão. Agora, não sou dono da verdade, eu vou devagarzinho, não sei se é para o primeiro, segundo, terceiro ou o quarto ano, mas vou indo, com sabedoria, sem rancor com ninguém e, vou deixar as coisas acontecerem. Se o cavalo passar arreado eu vou montar e se não passar agradeço a Deus de ter me dado o cargo de vereador e vou continuar minha ca-minhada, não vou brigar hora nenhuma. O certo é certo e o errado é errado, se achar que fulano é melhor por isso e isso, compreendo. Têm pessoas por trás que não colocaram suas caras a tapa, não têm nada a ver e querem ficar cutucando. Eu já falei: Não manda terceiros me procurar não! Vem você mesmo. Eu falo uma coisa e às vezes falam outra. Então, que venha você direto até minha pessoa, já disse. Não tem segredo, eu não quero tumultuar o andar da carruagem para ser presidente, exigir.

Viu muita esquisitice político-admi-nistrativa durante os seus 18 anos de Câ-mara, 25 de atuação na vida pública?

Já. Já vi muita cosia [chegou a detalhar aos entrevistadores].

Como enxerga a questão da respon-sabilidade dos Poderes.

Manda quem tem poder e obedece quem tem juízo.

Seus relatos finais, agradecimentos.Meu agradecimento primeiro é para

minha esposa Marilúcia e os meus dois filhos, a Cora e o Cleber. Como eu disse, a família é a base de tudo. Quero agrade-cer de coração toda minha família, que me ajudou, de mamando a caducando, os meninos, jovens, meus sobrinhos, primos, cunhadas, cunhados, todos... Não vou citar nomes porque são muitos! Toda minha família em si. Meu agradecimento é geral. Família unida permanece unida. Gosto muito da minha família! Não poderia ficar sem agradecer de coração todas as pessoas que confiaram em mim com seu voto, 448 votos que tive. Mas não posso deixar de falar para todos que eu não sou vereador de 448 votos, eu sou vereador de Uruaçu e meu partido hoje é Uruaçu, peço a compreensão, paciência de todos e, eu vou tentar ser o mais simples possível para ajudar resolver a questão ética que Uruaçu necessita, além de tudo o que carece ser resolvido. Agradeço aos desportistas, amigos eleitores da zona rural, perante as famílias com ligação com a Escola Betinho, com a Apae, aos servidores da Garagem Municipal, aos que me ajudaram de uma forma ou outra, aos anônimos que votaram em mim.

Page 9: JORNAL CIDADE - jotacidade.com · a necessidade de os juízes se inserirem efetivamente na sociedade em que vivem, sem dela permanecer divorciados, embora mantendo sua liberdade para

cIDaDE9 - jornal cidade (PÁGINa PoStaDa EM www.jotacIDaDE.coM) uruaçu, 16 a 30 de novembro de 2012

Idelmar Pedreiro: sementes boas e ruins

Jota Marcelo e Márcia Cristina

Mais um participante da rodada de entrevistas que o JC promove na Redação com os 13 edis eleitos por Uruaçu em outubro: Idelmar Pedreiro (foto), que falou ao periódico dia 23 de novembro, quando, expressando sobre a honestidade na política, cravou: “Tem que estar entrando semente boa no meio das sementes que não geram frutos.”

437 votos. Como se sente em ter vencido a disputa?

Sinto bem, porque atingimos o obje-tivo que a gente buscava há muito tempo, 12 anos. Com esforço não só meu, mas, primeiramente da minha família e depois de meus amigos, buscando votos. Tenho amigos que empenharam em nossa cam-panha, inclusive gente que não podia votar em minha pessoa, mas que pediu votos. Certas pessoas tinham compromissos com candidatos mais próximos, até parentes, mas pediram a Deus para que eu pudesse vencer. Sinto muito feliz por tudo isso.

Dedicaria a vitória para quem?Dedicaria aos quase 40 mil habitantes

que Uruaçu tem, pois não direciono para os 437 eleitores que votaram em mim, pois a cidade tem eleitores de muitos candidatos a vereador. 40 mil pessoas pagadoras de impostos e que agora são meus patrões.

Quais serão as suas principais lutas dentro da Câmara no que se refere a ajudar Uruaçu e a população?

Sempre alguém me procura: Qual é o seu projeto na Câmara nesses quatro próximos anos?. Eu respondo que não tenho projeto nenhum. O meu projeto é de acordo com a necessidade do dia a dia e aí a gente vai escolher aqueles que têm mais prioridade. Trabalhar eu vou e, muito!

Vai disputar a mesa diretora/2013?Não coloquei o meu nome [para a

disputa] e disse que pelo menos para 2013 não quero disputar. A não ser que alguém não queira e os colegas lancem o meu nome e todos venham me dar apoio, sem com-promisso de vagas de emprego para que eu não entre lá [como presidente] subor-dinado a meus colegas. Tiveram pessoas me procurando, agora se eu ver as coisas bagunçando em dezembro eu coloco o meu nome à disposição. E, tem possibilidade de eu sair [candidato a presidente] nos outros anos. Ainda não pediram voto declarado, mas vieram conversar, o que eu acho da situação para presidente... Outros querendo conversar, mas não estamos com negocia-ção fechada, ainda estamos conversando. Na quinzena final de dezembro é hora de chegar, para ficar mais ou menos articulado para não deixar para a última hora.

Qual é a importância da honestidade na vida de uma pessoa?

Ela não tem tamanho. Para falar a verdade, é igual ao planeta - infinito -, que nós não enxergamos do outro lado. Veja bem: no comércio em Uruaçu, em qualquer lugar que eu queira comprar fiado eu chego e compro sem qualquer problema nenhum. Os comerciantes que me conhecem abrem o crédito porque me conhecem, sabem quem sou. É a maior riqueza que eu tenho, porque eu não tenho bens materiais. Para falar que eu tenho fortuna acumulada, eu não tenho. Tenho 40 anos de trabalho só aqui em Uruaçu, cheguei para cá com 22 anos, já trabalhava na roça. Simplesmente tenho uma casa para morar, sem acabar e, um carro popular para eu andar. E, a outra riqueza que tenho, maior, é minha família. Então, a importância é infinita. Qualquer hora que batem na porta da minha casa, pode ser em qualquer hora da noite, eu não penso nada que tenha alguém querendo fazer o mal comigo, porque não devo nada para ninguém, não tenho inimigo, levanto despreocupadamente.

É visível o respeito que terceiros têm pelo senhor. Se sente orgulhoso?

Sinto muito e, e tenho que agradecer primeiramente a Deus, depois meu pai e a minha mãe, que me deram um testemu-nho para que eu pudesse ser respeitador, honesto. Isso não aprendi depois de 22, 30, 40 anos não, foi de berço que ganhei essa herança que eu tenho e que ninguém me tira. Toda a vida o povo me respeita muito e justamente por minha sinceridade. Trabalhei durante 40 anos na construção civil, por onde eu passei sempre os clientes vinham me procurar novamente, porque toda vida fui um homem respeitador, ho-nesto, interesso sempre naquilo que é meu, que eu ganho e graças a Deus fico muito satisfeito com isso. Muitas vezes os elei-tores falavam que não tinham como votar em mim porque já tinham compromisso e diziam: Deus ajuda que o senhor ganha!. E eu falava: O que vocês fizerem por mim, até pedir a Deus por mim, eu já fico muito grato!. E, hoje eu peço e volto a pedir que rezem por mim, quem é católico, quem for crente ore por mim, para que eu não deixe

o Poder subir na cabeça. Eu quero ser este homem que sou durante esses quatros anos, se Deus me der vida e saúde. Se eu interessar pleitear mais uma vez, que sejam mais quatro, ou mais oito.

A desonestidade é grande dentro do contexto político-administrativo, abrin-do forte espaço para a corrupção?

Creio que sim e vejam bem, vocês deste jornal, que eu sei, viram minha campanha: acho que vocês não viram hora nenhuma a conversa de que Seu Idelmar deu isso para fulano e tal!, Seu Idelmar saiu para ali comprando voto!. Acho que ninguém viu isso, porque eu não tinha e não tenho dinheiro. Se tivesse, não compraria e, o candidato que faz campanha gastando dinheiro - o que nós vemos hoje, tanto na esfera municipal, estadual e federal -, é pessoa que esbanja dinheiro. Quando chega lá [se é eleito] e faz sua matemática, vê: vai ganhar tantos mil por mês e mul-tiplicar 48 vezes. Aquilo que vai ganhar por mês, ele gastou mais do que aquilo e aí é onde começa a corromper, vai querer tirar a diferença. Um vereador no Brasil, por exemplo, dá a alma para o diabo para ser o presidente da Câmara porque só ele, como presidente, tem condição de meter a mão para tirar a diferença dele, senão ele vai ficar quatro anos e vai sair mais pobre do que era. O prefeito pela mesma forma. Nós vimos a prova desse prefeito aí [Lourencinho {PP}, denunciado várias vezes sob acusação de diversas práticas de corrupção, mas que nega todas], o que ele fez. Várias pessoas falavam assim: Seu Idelmar, eu não entendo o senhor, um homem sério, honesto como o senhor, vai entrar na política. Quando chega lá vai virar ladrão!. E, eu falei: Não senhor, eu trabalhei 40 anos, trabalhei em muitos, vários lugares, tinha condição de roubar e não roubei. Agora porque vou ser vereador, fui eleito, vou roubar também?. Alguém dizia: Ah, mas os outros vão falar que o senhor é ladrão!. É outra questão, porque se eu pegar um camarada falando que eu estou roubando ele vai enrolar a vida dele, porque vai ter que provar. Se ele não provar, vai levar um processo [...]. Não vai ficar livre dele nunca mais e, é por isso que tem que estar entrando semente boa no meio das sementes que não geram frutos para ver se vai limpando, porque o mesmo rapaz que me falou isso depois caiu na realidade e falou: Fulano me falou assim: Em um tambor de água suja se você jogar um pingo de água limpa não vai fazer diferença!. Nenhuma, mas se continuar pingando água limpa a água vai clareando e não tem nada mais certo que isso. Vocês estão vendo e noticiando a realidade aí, o povo resolveu trocar. Não estou falando que são maus amigos, são bons, só que não trabalharam correto, da maneira e do jeito que o povo gosta. Estão todos satisfeitos com essa nova Câmera e sempre tenho falado que temos que ter cuidado, o povo está com a esperança em nós, porque se nós dermos o que falar, acabou. Tudo isso que jornal falou - influência -, é isso mesmo, porque a maioria dos políticos é assim mesmo. Gasta muito além do permitido, depois querem tirar a diferença. O Poder Executivo da cidade, por exemplo. Não vê o nosso prefeito aí... Tinha gente que tinha firma de nota fiscal só para vender para ele. A maneira mais fácil que ele achou de sugar o dinheiro do Município. Se não tiver fiscalização, não descobre. O cara depena o Município e não fazem nada. Ele sai de boa, rindo na cara dos outros [denunciado diversas vezes sob acusação de práticas variadas de corrupção, o prefeito nega].

Existe corrupção de sobra no País?Isso é no Brasil todo, justamente! Vi

esses dias, não sei se foi na missa ou no jor-nal, pessoa falando que o culpado da fome é a corrupção. Tenho quase plena certeza que nós temos funcionários na Prefeitura que estão passando fome e com o seu dinheiro por receber e não recebe. E, às vezes ele não tem tanto crédito e ele já fica assim, com medo de estar comprando fiado, às vezes o comerciante não quer nem vender fiado mais e, ele passando necessidade por causa da corrupção. Tanto dinheiro que tem, o dinheiro do funcionário em primeiro lugar e depois vem o resto. Um grupo de gente que ficou rico do dia para outro e era mais pobre do que eu em 2008, hoje está milionário [se referindo a Uruaçu, gente ligada a Administração 2009-2012]. E a Saúde Pública está aí à mercê de melhorias. Cidade precisando de infraestrutura que preste, a limpeza da cidade é calamidade pública, porque sempre falo, o que mais me preocupa: não sei como prefeita [eleita, Solange Bertulino {PMDB}] vai fazer para fazer de Uruaçu uma cidade limpa. Não tem maquinário na Prefeitura... Chega, topa a Prefeitura em um rombo desse, no primeiro ano ela vai sofrer. Limpeza é saúde [o prefeito alega não ter roubado e que não deixará rombo].

Por que adentrou a política?Eu detestava política e, na época [se-

gunda metade da década de 1990] que co-mandava a Pastoral da Família [movimento da Igreja Católica] no bairro São Vicente deparei com situações sociais muito difí-ceis. Foi quando decidi entrar, um pouco tarde por causa da idade, porque se tivesse começado mais novo às vezes pudesse crescer mais. Me filiei em um partido, o PPS, em 2004, candidatei e tive 238 votos. Não fui mal votado. Depois, em 2008, obtive 464 votos. Entrei na política para ajudar os menos favorecidos. Não digo que é do meu bolso, mas corremos atrás. Temos que prestar atenção nisso, por causa dos serviços prestados pela Saúde Pública, dos remédios e dos recursos. Peguei a Constituição [Federal - CF] e achei lá: saúde, educação e moradia são direitos de todos e dever dos Estados e Municípios. E o povo que pega o Poder, o que eles fazem no Poder? Tiram o coração deles de dentro, parece que recebem uma lavagem cerebral para tratar mal os menos favorecidos. É muito humilhante, muita maldade para com o povo. Tem gente que não precisa, mas a maioria precisa dos serviços.

Nota da Redação: Artigo 6º da CF: ‘São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.’

Eleito por ala política diferente de Solange Bertulino, como pretende atuar em relação ao Executivo?

É o que muita gente tem me procurado. Sou de partido da oposição, mas eu, por en-quanto, não quero ser oposicionista, porque quero ficar ao lado do povo, foi quem me elegeu, me deu voto. Sou muito amigo da Solange, do vice-prefeito professor [Pro-fessor] Francisco [PSB] e, tenho certeza que vamos ser parceiros para Uruaçu, não para mim, para ela, mas para Uruaçu, o povo. A população merece. Eu não vou estar lá contra isso, aquilo, desde que não venham fazer coisa errada, mas se for para o bem de Uruaçu conte comigo. Estou lá para isso. Não vou fazer oposição por fazer e não devo, não é do meu currículo. Moro aqui há 44 anos e não tenho nenhum inimigo, trabalhei 40 na minha profissão de pedreiro, mexi com muitos companheiros, inclusive na construção das casinhas do setor Sol Vermelho [situado na parte Leste da cidade]. Teve vez de eu comandar 70 homens e não arrumei inimizades com ninguém. Por que agora, por eu ser ve-reador, vou chegar lá com testa de ferro? Não vou fazer isso, mesmo se for preciso ficar como opositor alguma hora, farei isso respeitosamente, com consideração.

Ao lado do colega e também eleito Taroba (PSB), o senhor representa gran-de esperança na Câmara em termos de ajudas para o bairro São Vicente, que é o segundo maior da cidade, após o Centro. Na sua avaliação quais são os maiores problemas do São Vicente?

O maior problema que vejo no São Vi-cente é a falta de infraestrutura, o problema das drogas. Não convivo com isso porque sou um pai de família muito caseiro, não sou saidor, eu não saio à noite, só se for por uma precisão, não fico em boteco, mas vejo o povo reclamar demais. Quem sai e mesmo a gente vê passar muito na porta da gente esse tipo de pessoa, os usuários. É um problema muito sério que temos que tomar medida para isso, procurar jeito de arrumar um projeto, ver possibilidade de conseguir uma instituição para educar esse pessoal, incentivar eles saírem desse vício. É um desmantelo na estruturação da família e nós, que estamos lá dentro, temos muito que olhar para isso. Conversei com o Taro-ba a respeito e ele está com intenção muito boa. Tenho certeza que vou fazer parceria muito grande com ele. Somos colegas e a intenção dele é a mesma minha: governar para o povo do Município por inteiro e não para um pequeno grupo. Temos que oferecer mão de obra qualificada. Temos o Instituto Federal de Goiás [IFG], especiali-zado também em mão de obra e nós vamos lutar para conseguir mais oportunidades de ensino, afinal a demanda é muito grande e temos muitos jovens que precisam, até ajudar tirar os jovens viciados das ruas e incentivá-los. Até mesmo conseguirmos uma Casa de Apoio para os jovens droga-dos e ingressar todos eles em uma mão de obra qualificada, para quando se recupe-rarem poder conseguir um emprego. Eu vejo o desmazelo da nossa Administração pública não só com o bairro São Vicente, sempre tenho andando por aí, quase 99 por cento da cidade está em um descaso, as ruas desleixadas. A infraestrutura está precária, a avenida Paraná, por exemplo, sempre passo ali com minha esposa e costumo dizer que não gosto de passar por lá, pois no meu ponto de vista é também um dos trechos de ruas mais perigosos que vejo em Uruaçu. O Executivo e nós no Legislativo teremos que tomar medidas. O Executivo, com a SMT [Superintendência Municipal de Trânsito], tentar resolver o problema [instituição de mão única seria uma al-ternativa, segundo o entrevistado]. A cada ano que passa a aglomeração de tráfego só vai aumentando e só vai dificultando. Temos que fazer um projeto para ali, para durar pelo menos uns 50 anos. Resolver o problema para um, dois anos não adianta. Mais exemplos: essa avenida, saída para o lago Serra da Mesa [avenida Tancredo Neves], é uma das mais feias de Uruaçu. A entradas-saídas dos trevos, na avenida Coronel Gaspar - ainda bem que tem o [monumento] Cristo... Cidade turística e, eu sei que tem verba para isso, tem que investir para trazer pessoas, para trazerem recursos. Quanto mais vende, mais tem ar-recadação, mais impostos. Vindo gente de vários lugares, todos deixam seu dinheiro aqui, porque compra aqui. Quero falar so-bre o Posto de Saúde do São Vicente...

...À vontade...

...Sobre o Postinho de Saúde, conversei com o Taroba. O atendimento está desasa-

do, acabado, é uma situação precária muito grande e não tem médico que resolva o problema do doente, não tem médico de especialidade. Só temos clínico geral e a questão maior dos Postinhos é a transfe-rência, o encaminhamento de um Postinho para o outro, que tem o médico especialista. Eles não querem liberar. Temos que resol-ver e vamos lutar. Sobre essas reformas de Postinhos - eu fiquei sabendo na viagem a Brasília -, na hora de conversarmos com deputados, puxaram a ficha e, se não me engano, foi a Raquel Teixeira [deputada federal por Goiás nas legislaturas 2003-2006 e 2007-2010] que destinou verbas... Vieram agora dar a resposta para essas reformas dos Postos. Depois que cheguei, vi que eles estão fuçando isso aí, no final do mandato. Verbas foram recolhidas para trás por falta de ação do prefeito [Lourencinho nega, apesar de realmente o Município ter perdido determinadas verbas]. São preju-ízos que nossa cidade está tendo e vai ser difícil recuperarmos, mas vamos lutar por isso e já estamos correndo atrás.

Acredita que algum dia a regulariza-ção fundiária beneficiará aqueles mora-dores do São Vicente que há anos estão residindo em terrenos sem escrituras?

O Poder Judiciário está ajudando or-ganizar isso. Envolvendo a Administração municipal, nesse ano político deu uma parada, disseram que era ano político, mas, desde que já começaram e existe lei para isso, creio que nós lutaremos pela causa, que não só envolve o bairro São Vicente. Tem essa situação também na Vila União, no Jardim Campo Formoso, Vale do Sol. Tem no setor Oeste, resultado de grande invasão. É uma demanda muito grande. Existe despesa e tem gente que não tem condição de cobrir, tem que ter alguém que pague por isso, para que também saia um processo mais rápido, porque o usucapião leva dois anos. Para que isso aconteça, temos que entrar com projetos e vamos procurar saber como funciona ao certo para fazermos requerimentos e entrar com pedidos no Ministério das Cidades. Lá tem verba para a causa, vamos negociar, ver se existem donos desses terrenos e dialogar, ver como se faz para adquirirmos essa do-cumentação, pois hoje os moradores estão com o recurso do usucapião.

Acredita que através de projetos bem elaborados, a prefeita conseguirá casas populares para os carentes?

Sim e estamos precisando. Fomos a Brasília [-DF, em 13 de novembro] com a prefeita, correndo atrás de recursos já para ver se ano que vem começamos a resolver esses problemas de infraestrutura, muito ruins aqui em Uruaçu. Entre eles, está o

da falta de moradias.

O senhor, que ajudou construir praça, parque...

...Vi nascer a praça do Sol Vermelho. Construímos as casas em redor e deixamos a área para a construção da praça, hoje abandonada, o que aconteceu quando eu estava fazendo o Parque das Araras. Fui eu quem fiz, fui mestre de obra lá. A Marisa [Araújo - prefeita de Uruaçu nos mandatos 2001-2004 e 2005-2008] conseguiu verba para construir tudo arrumadinho. Hoje o Parque está lá desleixado. Porque o Execu-tivo não coloca guarda para vigiar, zelar? Deixa os predadores demolirem e não é só lá, pois vejo todas as praças precisando de revitalização. O Parque dos Buritis está precisando de zelo. Perto de casa tem outra abandonada [Olegário da Silva Rocha Vi-dal], além da Castro Alves [Roberto Izido-ro de Almeida], para ficar neste lado de cá [região Leste]. O prefeito tinha que cuidar, alguém teria que cobrar mais da Secretaria Municipal de Obras [e Urbanismo], pois ela é responsável por isso. Na viagem que fizemos com a prefeita, já foi levado também projeto pedindo a revitalização de praças e dos arques. A atual Administração está deixando a desejar, a nossa cidade, cartão-postal, cidade turística.

Idelmar Pedreiro está atuando na construção civil ou aposentou?

40 anos na construção civil. Não estou atuando por estar em tratamento do coração e fiz uma ponte de safena. E, já pela minha idade, sou diabético, não posso pegar peso e sol quente. Me aposentei e por bem eu deixei, achei melhor parar de trabalhar, des-de de novembro de 2010. Fiz cirurgia dia 14 junho de 2011. Comecei meu tratamento dia 28 de novembro de 2010.

Casado há mais de quatro décadas com Divina Martins da Costa (Dona Divina), fale sobre valores familiares, respeito à família.

O valor é muito grande. Quando ca-samos a situação nossa era uma pobreza, até hoje somos pobres. Tínhamos valores, procedência, mas eu era pobre ela era mais pobre. Ela trabalhava no Hospital Santana [Uruaçu] e quando casamos saiu do empre-go. Fomos apressados para procriar, logo veio a primeira filha, com dez meses fomos premiados com a primeira filha e, depois, com um espaço maior, veio a segunda e fomos lutar com aquela pobreza danada. Se a gente pensasse que iríamos chegar onde estamos poderíamos ter fotografado a moradia da época para hoje o povo ver. Mas quem me conheceu nessa época sabe como era a vida da gente, o casebre. Depois a situação ficou pior ainda, pois desman-

Márcia Cristina Divulgação

Idelmar Pedreiro (em santinho),: “Entrei na política para ajudar os menos favorecidos”

Idelmar Pedreiro (em entrevista na Redação): “Se eu pegar um camarada falando que eu estou roubando ele vai enrolar a vida, vai ter que provar. Tenho 40 anos de trabalho só em Uruaçu, cheguei para cá com 22 anos”

chei para construir e ficamos sem casa. Levei temporada para construir e, ela nunca deixou de me dar apoio. A minha família, do lado da minha esposa, sempre nós con-vivíamos juntos, morávamos sempre perto, sempre nos demos bem e sempre valori-zamos uns aos outros. Hoje estamos nessa situação, não temos nada, mas melhorou demais. Temos duas filhas, cinco netos e estamos juntos, valorizo demais da conta, principalmente a minha esposa. Minha mãe morava na fazenda e teve que vir embora por causa de problema de saúde e, ficou acamada na minha casa. Só na minha casa morou cinco anos e nos últimos dois ficou acamada. Minha esposa é quem foi a filha dela, porque minha mãe não teve filha, só filhos homens. Então, ela foi nora e filha, também para ajudar a zelar da minha mãe. É um favor que eu devo para minha esposa que não sei como eu pago.

Mais alguma observação? Registre agradecimentos.

Primeiramente, agradecer a Deus, que me enviou para esse caminho, por estar aqui dialogando e fazendo essa bela entre-vista para que o povo saiba que a gente tem objetivos de ajudar Uruaçu. E, um agrade-cimento infinito, de coração por aquelas pessoas que me deram a confiança desses votos. Agradecer a Deus e rezar por essas pessoas, famílias que de uma maneira ou de outra votaram, pediram votos, pediram a Deus por mim. Mesmo que não votando em Seu Idelmar, pediram a Deus por mim. Qualquer coisa que fizeram por mim na minha Eleição eu fico muito grato por isso. Muito obrigado, povo de Uruaçu!

Page 10: JORNAL CIDADE - jotacidade.com · a necessidade de os juízes se inserirem efetivamente na sociedade em que vivem, sem dela permanecer divorciados, embora mantendo sua liberdade para

cIDaDE10 - jornal cidade (PÁGINa PoStaDa EM www.jotacIDaDE.coM) uruaçu, 16 a 30 de novembro de 2012

Jairo Balbino: ‘Pelo menos nas estrelas’Jota Marcelo e Márcia Cristina

Rodada de entrevistas que o JC desenvolve na Redação com os 13 vereadores eleitos por Uruaçu em outubro: na noite de 27 de novem-bro, Jairo Balbino (PT) respondeu perguntas, quando disse se sentir satisfeito com o resultado obtido pelo Partido dos Trabalhadores, que elegeu três edis para a Câmara Mu-nicipal e que ajudou eleger Solange Bertulino prefeita. Revelando estar “muito honrado”, expôs: “Por ser um dos três eleitos e também porque sou o presidente do partido, na nos-sa presidência conseguimos eleger três vereadores.” Visionário, deixa claro que o PT aposta no futuro: “Estamos pensando alto, devemos pensar alto senão não chegamos a lugar nenhum. Tem que mirar o sol para chegar pelo menos nas estrelas. O PT de Uruaçu está com esse pen-samento.” Jairo Balbino, que três dias após a entrevista foi indicado pela sigla para concorrer ao cargo de presidente da Câmara, conforme informou a coluna Agenda Política, de 1º de dezembro no site www.jotacidade.com. Leia.

1996, 2000, 2004 e eis que final-mente venceu em 2012. Por que ven-ceu, qual a origem de seus votos?

Vejo que é um amadurecimento no processo das várias candidaturas e nesse processo a gente vai conse-guindo mais apoio, tornando nossa pessoa mais conhecida e, também pela vontade do pessoal de mudança, que nós tivemos agora. Eu acredito que é esse ponto aí. Acredito que os meus votos vieram de uma somatória. O pessoal da Igreja [Católica] deu para nós um apoio grande. A minha família também, que abraçou a candidatura conosco, o grupo de pessoas que es-tava trabalhando com a gente no dia a dia, na luta. Temos também o apoio grande dos companheiros da Polícia Civil, da família Polícia Civil. Na área esportiva também temos apoio, de uma maneira geral temos apoio em todos os segmentos e em todas as par-tes de Uruaçu. E, também o momento político de Uruaçu - muito importante -, pois as pessoas estavam querendo mudanças. Na nossa caminhada, aonde íamos falavam que queriam mudanças, tanto na Prefeitura, quanto na Câmara. Acredito que foi essa so-matória aí que fez a gente chegar.

Nota da Redação: servidor pú-blico municipal concursado pela Prefeitura de Uruaçu, ele trabalha há 12 na Polícia Civil do Estado de Goiás (PC) - local -, como escrivão

Cidade que jamais teve um vere-ador do PT, Uruaçu elegeu três de uma só vez por agora. Comente.

Fico muito honrado, pois pela primeira vez o PT elege alguém para o Legislativo e, consegue fazer três vereadores. Honrado por quê? Por ser um dos três eleitos e também porque sou o presidente do partido, na nossa presidência conseguimos eleger três vereadores. É também momento po-lítico muito importante, uma vez que as pessoas viram a necessidade de dar oportunidade para o PT de Uruaçu. O eleitor queria uma Administração nova, maneira nova de fazer política e nós estamos tendo essa oportunidade agora. Fazer o novo em nossa cidade, com toda humildade, simplicidade, mas trabalhar em prol de Uruaçu, de forma bastante consistente, coesa.

Nota da Redação: o PT compõe a base aliada da prefeita eleita Solange Bertulino, eleita pelo PMDB e que também teve na coligação Resgatan-do a cidadania do povo de Uruaçu o PSB (do vice-prefeito eleito Professor Francisco) e o PC do B

Qual seria o futuro petista?O nosso projeto político de Uruaçu

não foi somente ganhar a Eleição/2012, elegendo vereadores, ajudando eleger a prefeita. Nós pensamos mais adiante, cada dia mais estruturando o partido, crescer mais, quem sabe, lançar um candidato a deputado estadual em 2014, eleger esse nome do PT. Tam-bém, lançar nosso futuro prefeito de Uruaçu e elegê-lo. Mas, nós temos pa-ciência para isso, sabemos que somos da base aliada da Solange, do PMDB, que fazendo boa Administração terá direito de ir à reeleição. Mais adiante queremos eleger um prefeito de nosso partido. Nessa caminhada vamos ten-tar ganhar espaço político em Uruaçu. Temos esse objetivo, estamos em um momento muito bom politicamente: o PT foi o partido mais bem votado no Brasil e o mais bem votado em Goiás e, consequentemente bem votado para vereador na cidade de Uruaçu.

Pretensões essas, que serão de-senvolvidas com respeito. Isso?

A gente sabe que política é proces-so de soma de agremiações, somató-rias. Sabemos que devemos trabalhar com toda humildade, simplicidade, mas também temos que focar nosso objetivo, onde que queremos chegar. Devemos pensar alto senão não che-

gamos a lugar nenhum. Como se diz: tem que mirar o sol para chegar pelo menos nas estrelas. O PT de Uruaçu está com esse pensamento.

Na data da entrevista, visualiza com precisão quem presidirá a Câ-mara em 2013? Está na disputa?

Nós temos um compromisso fir-mado lá nas convenções, no início do processo eleitoral, quando o PT abriu mão de lançar candidato para a cabeça de chapa - prefeito -, para o PMDB. Depois abrimos mão de lançar candi-dato para vice-prefeito, abrindo mão para o PSB. Ficou o compromisso de que se o PT elegesse um vereador o PMDB e o PSB apoiariam esse nome para a presidência. O PT merece! Merece pelos votos que obtivemos, por elegermos três vereadores, a maior bancada da Câmara e pelo compromis-so que foi feito com nós por parte dos demais partidos. Compromisso feito eu vejo que não é para ser quebrado, mas para ser cumprido. O PMDB tem sinalizado esse compromisso conosco e, eu acho que o presidente da Câmara em 2013 será um de nós do PT: eu, o Zorão ou o Paulinho da Ambulância. Então, o meu nome está à disposição, mas sem nenhuma imposição, intran-sigência e, eu espero que seja para o crescimento do nosso partido, mas principalmente da política de Uruaçu e do bem-estar do povo de Uruaçu.

Na ocasião, não compareceram representantes do PC do B, até mes-mo porque a sigla ainda não havia se juntado oficialmente ao grupo...

...Isso. Basicamente as executivas dos três partidos, pois o PC do B ainda não havia consolidado a sua composição com o grupo... Cada um, quando vai para a sua finalidade, quer se defender. Vejo comentários de que na hora do acordo alguém [alguma ala] ficou calado... Dizem que quando se cala, consente... Então, de forma que, quem estava presente ouviu e foi bem claro esse acordo. Na verdade, foram em duas ocasiões. Uma vez reunimos as executivas, os presidentes dos partidos e, em outra oportunidade reunimos os membros dos diretórios na [sede da] Escola Lápis de Cor, quando também foi firmado esse acordo. Aí, tinham mais pessoas ainda. Desde quando assumi a presidência do PT, a direção da Es-cola sempre cedeu o espaço para nos reunirmos [sem em nada atrapalhar o pleno funcionamento da instituição]. A direção nunca disse não e, aproveito para agradecer por esse apoio ao PT. É praticamente uma sede do PT pela benevolência da direção.

No que depender de seu gabine-te, os munícipes frequentarão a sede da Câmara, a Casa estará próxima dos segmentos?

Com certeza. Precisamos unir os segmentos da sociedade, composta de pessoas e onde todos dependem um do outro. Os segmentos também dependem do vereador, que com seu mandato pode ser a pessoa adequada para fazer isso ou aquilo, porque ele representa o Legislativo, está próximo do Executivo, do Judiciário, próximo de outros segmentos organizados. Vejo que quanto mais respeitando, é claro, a autonomia de cada entidade, quanto mais tivermos unidos, mais fácil será para conseguir o bem-estar do povo. Precisamos nos unir nesse sentido, respeitando cada entidade.

Que o senhor possa lutar para que a sociedade se direcione a sede da Câmara, participando das ses-sões, questionando por projetos em andamentos, se interessando pelos trabalhos das Comissões...

...Eu vejo que é um desafio. Since-ramente não sei como levar o pessoal para a Câmara. Câmara itinerante? Na verdade, o povo não vai também, é di-fícil. Seria bom se em todas as sessões tivesse plenário cheio. Precisamos arrumar um jeito de fazer o povo ir.

Visando não errar drasticamen-te, com o que a sua aliada Solange Bertulino deve ter mais cuidado?

Vejo que primeiro ela deve ad-ministrar honestamente. Se a pessoa está com o intuito de administrar ho-nestamente pode até errar, mas o erro

não vai ser grave tão quanto a gente está vendo por aí. É claro que deve também ser formado um secretariado com pessoas adequadas, profissional em cada área e ter, inclusive da parte da prefeita, fiscalização da gerência desse secretariado. Ela, que é a cabe-ça, deve acompanhar, saber, estar pró-xima de tudo o que está acontecendo na cidade. Ficar unida ao secretariado é importante para que tenha uma Ad-ministração bem sucedida.

Com atuação na Polícia Civil e religioso, testemunha situações ruins, desajustes familiares. O que tem a dizer sobre investimentos em cursos de qualificação profissional, geração de empregos e renda?

Primeiro eu vejo assim: o desa-juste social que estamos vivendo hoje é consequência direta da falta de estrutura familiar. Aí passa pela prática nossa, tanto na atuação na Igreja, como na Civil. Vejo jovens, adolescentes chegando, detidos, con-duzidos, naquela fórmula pior de vida que possa existir, às vezes sob o efeito de álcool, da droga. Quando a gente vai analisar a vida da pessoa, vê que a mãe é prostituta, alcoólatra, não teve oportunidade na vida de ter emprego, qualificação profissional para ter uma estrutura familiar. É muito importante a pessoa ter qualificação profissional, mas, ao mesmo tempo também deve ter uma sustentação familiar, um apoio familiar, uma referência familiar. Ar-risco dizer que o nosso Brasil, o mun-do está do jeito que está porque falta investimento familiar. Se resolver o problema familiar, resolve o problema social. Existindo isso, com certeza os filhos dessas famílias vão ser pessoas idôneas, de bem na sociedade.

O vereador tem laços com o setor Oeste, reduto enorme e de muitas demandas. Que áreas mais carecem de investimentos na região?

Não tem jeito: a primeira é a área da Saúde Pública, que está deixando a desejar. Naquela parte todinha existe grande número de pessoas, conforme já foi comentado aqui no Jornal Ci-dade e, temos só dois Postos de Saú-de, mas um atende mais a comunidade da zona rural [PSF Rural {09/10}, localizado na vila Mandacaru]. Mes-mo assim, de vez em quando não têm médicos nos dois para atender. E, não existem estruturas neles, apesar de um ter passado por reforma [PSF 05, situ-ado na vila Primavera II]. Nas cami-nhadas nossas vi muitas reclamações sobre isso. Quando a pessoa vai para um Posto de Saúde tem que pegar uma fila e, quando chega lá não tem como entrar, ficando do lado de fora. Falta de humanidade com o usuário, que já está doente e corre o risco de pegar um resfriado, uma gripe. A Saúde Pública é um ponto central. [...].

Nota da Redação: outras focali-zações do entrevistado, envolvendo o complexo de bairros do setor Oeste:

-Asfalto: “É um problema também, tem muito o que asfaltar. No Parque Paraíso, por exemplo, o prefeito [de Uruaçu, Lourencinho, do PP] fez um asfalto eleitoreiro. Na realidade, a obra não existe.”

-Falta de rede pluvial: “A água desce lá como se ‘fosse’ um rio Passa Três [rio local]. Não tem nada que segura. Não existem manilhas para a água passar por elas.”

-Esporte: “Grande parte dos atletas que disputa competições municipais é do setor Oeste. Não têm apoio algum. Com muito custo, o doutor Edmundo [Filho - prefeito na gestão 1997-2000] fez o campo Salvador de An-drade. No mandato dele foi comprada aquela área, mas resta uma parte para pagar. Assim, como outros vereadores eleitos têm falado que vão lutar, tam-bém vou lutar para que o campo seja gramado. É preciso ter pelo menos um gramado no setor, além de ginásio de esporte. Isso é compromisso também que a Solange fez nas conversas que tivemos com desportistas daquela região. Me sinto praticamente de lá, pois nasci em Santa Helena de Goiás [-GO], mudei para Uruaçu com cinco anos, moramos na zona rural - na Co-lônia -, e com média de dez, 11 anos eu morava no setor Oeste. Minha família praticamente toda é de lá. Nunca dei-

xei de estar lá.”-Trânsito e transporte: “Em toda

campanha a gente vê as pessoas fa-larem que é preciso fazer um viaduto aqui, uma passarela ali. Isso a gente ‘tá careca’ de saber. Precisa realmente, mas a grande dificuldade é como fazer. Eu vejo que é um grande desafio nos-so: essa duplicação, fazendo viaduto, trevo, passarelas, com acessibilidade, por aí. Viaduto é mais importante que passarela. Estivemos dias atrás em Brasília [-DF], numa caminhada com a Solange e, nós éramos dez vereado-res [dos 13 vitoriosos]. No gabinete do deputado [federal] Rubens Otoni [PT] fiz um pedido a ele sobre a [rodovia] BR-153, a duplicação dela e, ele disse que luta muito por isso, mas agora não é o momento. O deputado disse que a prioridade por agora é a conclusão da Ferrovia Norte-Sul [FNS]. Mas é isso: pedimos empenho do deputado para que quando forem duplicar, não deixarem de beneficiar Uruaçu com a estrutura que precisamos no perímetro urbano da BR. Tem que ser um projeto bem feito, está chegando até Uruaçu, vai passar pela cidade a BR-080, que se encontrará com a BR-153... Mais um motivo para tudo dar certo, ao tempo certo. Com o projeto da dupli-cação, não vamos ficar à mercê disso, sem lutar pelas melhorias no nosso período urbano da BR. Será bom tudo ficar grã-fino e eu acredito que dará certo. Estamos diante também da chegada da Ferrovia Leste-Oeste [Ferrovia de Integração Centro-Oeste {FICO}, entre a vizinha Campinorte {-GO} - antes, a partida seria de Uru-açu -, e Vilhena-RO]. Temos que estar preparados para tudo isso, a gente tem objetivos. É preciso correr atrás de tudo e persistir nisso.”

-Parque e urbanismo: “Concordo com a ideia de construir o Parque da Biquinha, área de lazer, pois o pessoal nosso lá não tem opção de lazer. A região sempre foi esquecida por todas as Administrações. Tive conversando com colegas vereadores eleitos e, es-tamos dispostos, juntos, ‘correr atrás’, ajudar construir essa estrutura, além de praças, outros benefícios.”

-Educação: “A construção de um CMEI [Centro Municipal de Educação Infantil] é importante por lá também e, hoje esses Centros são construídos com estrutura muito boa, através do governo federal. Antes, nas creches, as crianças praticamente eram ‘jogadas’ lá e ‘deixadas’. Hoje não. O que vemos agora é um amparo digno dado para as crianças. A região merece dois CMEIs devido o tamanho do setor Oeste. O Governo de Goiás está construindo uma obra muito boa lá, nova escola, estrutura importante [Escola Padrão Século 21].”

-Carências: “Sabemos de cor e salteado o que tem que ser feito por lá. Precisamos de vários investimentos e pode até parecer que somos salvadores da pátria, mas só queremos ajudar.”

Uns prefeitos correm atrás de re-cursos federias, outros não. E aí?

Eu espero que todos nós possa-mos conseguir mais e mais recursos federais para Uruaçu. Eu espero isso. De um modo geral, o recurso no go-verno federal tem. Desde que tenha bons projetos e disponibilidade para correr, para buscar esses recursos, é possível virem. Agora, não vamos vender ilusão que na Administração da Solange nós vamos ser os salvadores da pátria. Sabemos que tem o recurso, eu comparo esse recurso como se fosse um bolo, onde têm várias pes-soas juntas dele querendo pegar um pedaço, uma fatia. Aquele que tiver mais determinação, consistência, que for mais guloso acaba levando mais. Por isso, que eu acho que devemos caminhar juntos. Na ida nossa a Brasí-lia, todos os parceiros que procuramos mostraram disposição e empenho para ajudar Uruaçu. Além do Rubens Otoni, visitamos o Pedro Chaves, a Marina Sant’Anna [deputados fede-rais goianos, pelo PMDB e PT], o Pedro Wilson [goiano que atua como secretário de Recursos Hídricos e Am-

biente Urbano no Ministério do Meio Ambiente, o MMA], a Flávia Morais [deputada federal goiana, pelo PDT]. Interessante a forma com que fomos recebidos. A espontaneidade, acolhen-do mesmo e parece dizendo para nós: Agora vai dar certo!. Por isso, vejo serem muito importantes os recursos do governo federal. E, não podemos cruzar os braços e achar que somos adversários do Governo de Goiás e deixá-lo no bem-bom, como dizem. Ele [governador de Goiás, Marconi Perillo {PSDB}] teve votos em Uru-açu e vai voltar quando for fazer mais campanha. Precisamos também buscar junto ao Governo estadual aquilo que é de Uruaçu. Independente de ser PMDB, PT, PSB, PC do B, ele é do Estado e, somos partes do Estado.

Fale sobre a questão da Unidade de Pronto Atendimento - UPA 24h.

Nós pedimos e reiteramos nosso pedido ao nosso deputado Rubens Otoni. Tivemos o comprometimento dele e, não somente dele, mas também do Pedro Chaves. Reiteramos pedidos para todos os deputados - Rubens Oto-ni, Pedro Chaves, Marina Sant’Anna, Flávia Morais; e, o Pedro Wilson. Esse pedido nós fizemos, assim, de forma encarecida, para poderem ajudar Uruaçu e que trouxessem para nós essa UPA, Unidade de Pronto Atendimento. Eles foram unânimes e disseram que poderíamos contar com os mesmos. Uruaçu é uma cidade mui-to bem localizada, é grande, comporta muito bem, conforme as diretrizes do governo estadual e, como se não bastasse, tem a BR que passa por aqui. Uruaçu precisa dela. Eu estou muito esperançoso que vamos conseguir trazer essa UPA, que é emergencial.

E o assunto casas populares?É um ponto que vejo ser importan-

te. O Rubens Otoni tinha conseguido para Uruaçu quinhentas casas popula-res, o dinheiro estava todo direcionado para Uruaçu, mas ocorre que essa Administração atual não conseguiu o local [terreno] e a contrapartida. Esse dinheiro acabou voltando e, do gabinete o Rubens Otoni ligou para a Superintendência da Caixa Econômica Federal, perguntando. E, ele disse que realmente o dinheiro foi devolvido, acabamos perdendo essas casas. Vejo que quinhentas casas são 500 moradores, pessoas que queriam ter um teto e, o dinheiro de quinhentas casas circulando em Uruaçu ia ajudar muito nossa economia. Sabemos que é difícil. Quinhentas casas exigem praticamente três alqueires de terra. A Prefeitura, órgão municipal, tem que desapropriar, comprar e pagar, claro, o terreno, fazer asfalto, a rede de água, de esgoto, a energia tem que ser providenciada. Mas, acredito que quando tem boa vontade, determina-ção, quando tem o de mais importante, o bem-estar de quem não tem o teto, eu acho que é possível fazer. O Rubens Otoni compromissou conosco o empe-nho dele para reaver essas quinhentas casas para nós. A gente, juntamente com a Solange, vai lutar por isso.

Nota da Redação: apesar das falhas na área habitacional, a gestão 2009-2012 declara não ter medido esforços para conseguir edificar casas. De mil prometidas, só construiu 18

E a destacada cidadania?Quando surgiu esse propósito, o

slogan Resgatando a cidadania do povo de Uruaçu, eu vi com bons olhos, que é muito feliz, pois quando se fala em cidadania são vários pontos e, também entra o lado da autoestima, do bem-estar do povo, cada um fazendo a sua parte para o bem-estar social, respeitando. Nesse sentido, o meu, nosso gabinete estará à disposição. Queremos dar respaldo para a Solan-ge, porque acredito, desde quando ela assumiu nossa coligação. Se foi indicada candidata, é porque acredita-mos na pessoa dela, em sua ideologia. Continuo acreditando na pessoa dela, na possibilidade, na vontade que ela tem de fazer uma boa Administração, promovendo o bem-estar social. É isso que vejo que é mais importante. Tudo que ela precisar da minha ajuda, do meu apoio nesse sentido, o nosso gabinete está à disposição, aberto para atendê-la, da mesma forma que aten-deremos as pessoas da nossa cidade.

Governo federal arrecada muito, fica com grande parcela. Estados e Municípios, com fatias menores.

É... Mas às vezes é complicado e, eu analiso que essa distribuição passa também pela reforma tributária. Quan-do se fala na oportunidade de colocar essa reforma tributária para ser votada, aprovada ou não, vem o maior protesto para não ter a reforma. Vimos algo agora que lembra o fato, com o [Esta-do do] Rio de Janeiro [além de outros - ES, BA], com a questão dos royalties. Dentro das possibilidades, vejo que é muito concentrador, mas por outro lado, se não fosse assim o governo federal não conseguiria manter os projetos sociais tão importantes que vem mantendo. Se fosse aprovada essa

Márcia Cristina Divulgação

Jairo (em santinho), sobre o futuro que espera de Uruaçu: “Uma cidade onde tenha uma segurança boa, a tranquilidade de ir e vir, sem preocupação com a violência e onde as pessoas se respeitem umas as outras”

Jairo (em entrevista na Redação): “Ficou o compromisso de que se o PT elegesse vereador, o PMDB e PSB apoiariam esse nome para a presidência da Câmara”

reforma tributária seria bem mais fácil atingir os Estados e Municípios. O que acontece? Você pega os Estados mais ricos, mas eles não querem abrir mão. Independente se é governo federal, se é PT ou PSDB. Ele não abre mão... É até o contrário, pois se o governo federal é PT e coloca essa reforma para ser votada, o estadual é PSDB, os governadores, senadores, deputados federais não deixam essa reforma fluir. Se o governo federal é PSDB e o es-tadual é PT, também surgem os votos contrários dos senadores, deputados federais, que não deixam a reforma fluir. E tem outro ponto que vejo: des-de o primeiro governo do PT, com o presidente Lula [Presidência da Repú-blica - 2003-2006], vindo o segundo mandato e, agora com a presidente Dilma Rousseff, o governo federal tem desonerado muito o lado fiscal, na construção civil, redução de IPI [Imposto Sobre Produtos Industriali-zados]. Mesmo assim, o Município é o que mais sofre com a desoneração. Se tem um arrocho, quem mais vai sofrer é o administrador municipal.

Qual é a Uruaçu que o vereador gostaria de ver daqui dez, 15, 20 anos para as suas filhas Joyce e Sté-fanne e, para toda a população?

Uruaçu com menos desigualdade social. Por mais que a gente ache que a economia do País está bem ainda tem muita desigualdade social. Opor-tunidade para os adolescentes e jovens com possibilidade de emprego. Uma cidade onde tenha uma segurança boa, onde tenha a tranquilidade de ir e vir, sem preocupação com a violência e onde as pessoas se respeitem. Onde cada um possa ter seu espaço. Onde a Administração pública possa ser reconhecida como honesta e que possa satisfazer os anseios e as necessidades dos nossos munícipes.

O PT lança nome para o Gover-no de Goiás em 2014?

Acho que deve. O PT foi o partido mais bem votado no Estado de Goiás, também é um momento muito espe-cial para o partido, a nível estadual e nacional e, não podemos perder esse momento agora de pedir oportuni-dade para o povo de Goiás, para que o PT possa administrar de 2015 em diante. O PSDB já teve oportunidade, o PMDB teve e, por que não o PT mostrar sua forma nova, transparente de governar? Acredito que o PT deve lançar. Esse ano tivemos Encontros e falamos sobre esse assunto. Temos grandes nomes de Goiás que podem se tornar governadores, entre eles posso citar Rubens Otoni, que teve no ano 2010 votos em todos os Municípios. É pessoa que anda Goiás como ninguém, nunca vi daquele jeito. Temos Antônio Gomide, prefeito de Anápolis [locali-zada na região central do Estado], que está fazendo Administração belíssima, tanto é que a aprovação dele foi quase de 90 por cento, conforme mostraram as urnas. Temos o Paulo Garcia, pre-feito de Goiânia, que tentou reeleição e venceu. É grande nome e acredito que nas circunstâncias políticas em que está o Estado, o povo querendo mudança e, o PT, acredito, vai tentar fazer essa composição, para que possa lançar candidato ao Governo de Goiás. Embora sabemos: precisamos que a base aliada do governo Dilma Rouseff [presidente do Brasil, pelo PT] dê sus-tentação para a reeleição dela em 2014 e, também sustentação, saindo juntos, para eleger nosso governador. Quando isso eu falo, principalmente em Goiás, o PT, PSB e o PMDB são três irmãos, assim, que não podem separar.

Faça as considerações finais, registre agradecimentos.

Quero agradecer a Deus por ter me dado essa oportunidade de ser candidato e chegar ao final das Elei-ções de forma vitoriosa. Acredito que é Deus que rege toda minha vida, minha família pelo apoio que me deu nessa empreitada árdua, os amigos da Polícia Civil, que abraçaram essa luta, agradecer as pessoas voluntárias, que de mãos dadas comigo enfrenta-ram essa empreitada, as pessoas que trabalharam de forma voluntariosa e nos concedeu essa vitória. Agrade-cer ao Jornal Cidade pelo espaço que concede para a gente conversar. Agradecer cada pessoa que também votou na gente, que teve o empenho, pediu voto, aquele que não votou, mas que falou bem da nossa pessoa. Quero agradecer a todo o pessoal que contribuiu para a consolidação dessa vitória. Que Deus possa abençoar a cada um. Podem contar com a gente, nossa força e o nosso empenho.

Nota da Redação: na entrevista Jairo Balbino comentou outros assun-tos - mais sobre royalties; desenvolvi-mento regional; a cultura de Uruaçu não eleger deputado estadual. Essas abordagens estão na versão online da entrevista, postada no site do JC, link Regionais. Da mesma forma, na pos-tagem efetuada no Blog do JORNAL CIDADE/Personalidades. Acesse, confira e indique

Page 11: JORNAL CIDADE - jotacidade.com · a necessidade de os juízes se inserirem efetivamente na sociedade em que vivem, sem dela permanecer divorciados, embora mantendo sua liberdade para

11 - jornal cidade (PÁGINa PoStaDa EM www.jotacIDaDE.coM) uruaçu, 16 a 30 de novembro de 2012coMuNIDaDES

DR. NATALÍCIO CARDOSO reside em Uruaçu; é delegado regional da Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO); e, espírita convicto. Contatos: (62) 3357-2577

“O Espiritismo, além de ser uma obra de educação, procura dar atendimento aos enfermos do corpo e da alma, com a ajuda dos abnegados irmãos espirituais, que se servem dos médiuns passistas, doutrinadores e de todos os que, de boa vontade, trabalham em prol da construção de um mundo melhor.”

Este texto foi retirado do livro denominado ABC do Espiritismo.

Desde que os Espíritos alcan-çaram condição para prosseguir na sua caminhada evolutiva, através das múltiplas reencarnações, na espécie humana, o homem há recebido, pela intuição ou por outros meios que lhe facultam os sentidos, comunicações do plano espiritual.

Quando manuseamos a Bíblia, livro considerado sagrado pelas religiões cristãs, encontramos nela expressos inúmeros fenômenos mediúnicos, fenômenos esses clas-sificados, hoje, nas mais variadas categorias.

1 - Voz diretaEste fenômeno encontramos

relatado em Êxodo, 20:18, que diz: “Todo o povo, porém, ouvia as vozes e via os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte fumegando: e amedrontado e abalado com o pavor parou longe.”

Em Apocalipse, 1:10, lemos: “Eu fui arrebatado em espírito um dia de domingo, e ouvi por detrás de mim uma grande voz como de trombeta”...

2 - Materialização A luta de Jacob com um Espírito

é um fenômeno típico de materiali-zação, pois esta só poderia realizar-se na condição do relato bíblico, se o Espírito contendor se encontrasse materializado (Gen. 32:24).

3 - Pneumatografia ou escrita direta

Por ocasião em que se realizava um banquete oferecido pelo rei Bal-thazar, ao qual compareceram mais de mil pessoas da Corte, no momen-to em que bebiam vinho e louvavam

os deuses, apareceram dedos que escreviam de fronte do candieiro, na superfície da parede da sala do rei, o qual via os movimentos da mão que escrevia (Daniel, 5:5).

4 - Transporte O profeta Elias alimentou-se,

graças a um anjo que lhe depositava, ao lado, pão cozido debaixo de cinza (Reis III, 19:5,6).

5 - Levitação Em Ezequiel, 3:14, lemos o seguin-

te: “Também o Espírito me levantou e me levou consigo; e eu me fui cheio de amargura, na indignação do meu Es-pírito; porém a mão do Senhor estava comigo, confortando-me.”

Felipe é levado, também, pelo Espírito do Senhor, após receber o batismo (Atos, 5: 39).

Estes fatos enquadram-se, per-feitamente, na classe dos fenômenos de levitação e transporte, obtidos, no século passado, pelo notável médium Daniel D. Home e outros.

6 - Transe No capítulo 15:12 e 13, do Gênese,

encontramos o seguinte fato: “Ao pôr do sol, vem um profundo sono sobre Abrahão, e um horror grande e tene-broso o acometeu, e lhe foi dito: saiba desde agora que tua posteridade será peregrina numa terra estrangeira, e será reduzida à escravidão, e aflita por quatrocentos anos.”

Daniel também cai em transe e tem visão (Daniel 8:18).

Saulo, a caminho de Damasco, cai em transe e ouve a voz do Senhor (Atos, 9:3 e seguintes).

7 - Mediunidade auditiva Moisés, no monte Sinai, ouve a

voz dos Espíritos, julgando ser a do próprio Deus. (Êxodo, 19:29,20).

Jesus, por ocasião do batismo no rio Jordão, ouve uma voz que lhe diz: “Tu és aquele meu filho especialmente amado; em ti é que tenho posto toda a minha complacência.”

Em João, 12:28, lemos: “Pai glorifica o teu nome. Então veio esta voz do céu - Eu não só o tenho já glorificado, mas ainda segunda vez o glorificarei.”

Todos esses fatos comprovam a mediunidade auditiva, tão comum em

ESPAÇOESPÍRITADr. Natalício Cardoso

Fenômenos mediúnicos dentro da ‘Bíblia’

nossos dias.8 - Mediunidade curadora Ao tempo do Cristo, a mediunida-

de curadora disseminou-se por entre os discípulos, que produziam curas, algumas, pela imposição das próprias mãos, outras, através de objetos mag-netizados.

Em Atos, 19:11 e 12, encontramos o relato de que lenços e aventais per-tencentes a Paulo eram aplicados aos doentes e possessos, e, graças a ação magnética desses objetos, ficavam curados.

As curas à distância também foram realizadas. O criado do Centurião de Cafarnaum e o filho de um régulo foram curados (Mateus, 8:5,13; e João, 4:47, 54).

Jesus recomendara, quando este-ve entre nós, que curássemos. Dizia ele:

“Curai os enfermos, expulsai os maus Espíritos, dai de graça o que de graça recebestes.” (Mateus, 10:8, Lucas 9,2 e 10:9).

É em cumprimento desse preceito que o Espiritismo, além de ser uma obra de educação, procura dar aten-dimento aos enfermos do corpo e da alma, com a ajuda dos abnegados irmãos espirituais, que se servem dos médiuns passistas, doutrinadores e de todos os que, de boa vontade, trabalham em prol da construção de um mundo melhor.

9 - Outras formas de mediuni-dade

Encontramos, ainda, na Bíblia, Saul consultando o Espírito de Sa-muel, na gruta de Endor.

Moisés conduzia o povo hebreu, no deserto, acompanhado por uma labareda que seguia à sua frente.

Jeremias o profeta da paz era mé-dium de incorporação. Quando o Espí-rito o tomava, pregava contra a guerra aos exércitos de Nabucodonosor.

É interessante notar que as práticas mediúnicas, daquele tempo, eram semelhantes às de nossos dias. Para a formação do ambiente, alguns profe-tas (médiuns) exigiam a música. As-sim o profeta Eliseu, para profetizar, reclamava um bom harpista. David afasta os Espíritos obsessores de Saul,

tangendo sua harpa.Podíamos citar ainda muitos ou-

tros fatos, que se acham registrados no antigo Testamento, os quais pro-vam, de sobejo, que os fenômenos mediúnicos sempre ocorreram, desde a mais remota antiguidade, mas não é necessário; estes já bastam para provar que a Bíblia é um repositório de mediunismo.

A vontade dos guias era, naquele tempo, transmitida ao povo através dos profetas videntes, audientes e inspirados, que vieram à Terra na qua-lidade de missionários do Cristo.”.

Ainda a respeito deste tema, temos:

No livro Mediunidade dos Santos, obra póstuma de Clóvis Tavares, (Instituto de Difiusão Espírita - IDE) encontram-se alguns subsídios ao estudo dos fenômenos psíquicos na Igreja Católica Romana. As fontes utilizadas pelo autor nessa pesquisa são da própria igreja, neles encontran-do o testemunho do que vem sendo proclamado há mais de um século pela Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec.

Nesses relatos, Clóvis nada mais faz do que citar os biógrafos dos santos, ou autobiografias destes, cujas obras foram autorizadas pela própria Igreja Católica. Estes fatos e relató-rios, como todos os outros inúmeros citados na obra de Clóvis Tavares, foram extraídos de obras chanceladas com o imprimatur e o nihil obstat da Igreja. Portanto, a expressão mediu-nidade não é absolutamente imprópria nem empregada abusivamente em seu livro.

-Na existência dos grandes he-róis da fé, que a Igreja denomina genericamente santos, encontram-se, sobejamente, os mais notáveis e ma-ravilhosos testemunhos espirituais da ação inteligente do Mundo Invisível junto aos seres terrenos. E os santos, à semelhança dos verdadeiros médiuns espíritas, sempre serviram de interme-diários entre as forças auxiliadoras da esfera ultraterrestre e as necessidades humanas. Os santos cristãos, quando conscientes de sua missão espiritual,

sempre agiram como mediadores entre o Grande Além e a Terra, quais os devotados e sinceros missionários da mediunidade na grande seara do espiritismo evangélico - esclarece Clóvis.

Entre os santos cujas biografias au-torizadas pela própria Igreja Católica revelam inúmeros casos de fenomeno-logia mediúnica, podemos citar:

Santa Teresa D’Ávila (1515-1582) - Clarividente, clariaudiente. Via Jesus e os espíritos de Frei Pedro de Alcân-tara, Francisco de Assis e Antônio de Pádua. Confessou que “era possível ver sem os olhos do corpo”.

São Pedro de Alcântara (1701–1800) - Médium de fenômenos de psicopiroforia, fenômenos de efeitos físicos, levitação, êxtase, desdobra-mento, bilocação e transfiguração. Extraordinário médium católico.

Santa Brígida (1302-1373) - Vi-dente e psicógrafa. Comunicou-se com o espírito de S. João Evangelista. Viu Francisco de Assis. Trazia men-sagens dos desencarnados para os seus familiares. Hoje, isso tornou-se comum entre os espíritas.

Santa Teresinha do Menino Jesus (de Lisieux) (1873-1897) - Manifes-tou-se em visão psíquica ao industrial Thomas Merton, fato decisivo para que este ingressasse na ordem dos monges trapistas, tornando-se um dos maiores pensadores católicos contemporâneos.

Teresa Neumann (1898-1962) - Protagonista de vários fenômenos psíquicos que sempre se repetiam anualmente. Entre estes fenômenos encontramos a vidência, a levitação, a xenoglossia, a clariaudiência e os estigmas em suas mãos e pés.

Santa Margarida Maria Alaco-que (1647 - 1690) - Desde criança via e ouvia os espíritos de Jesus e de Maria. Era repreendida pelo seu espírito protetor quando exagerava nas penitências. Não só via espíritos luminosos, mas também espíritos infelizes e sofredores.

Dom Bosco (1815-1888) - Con-versava com o espírito do amigo Luís Comollo, fato presenciado pela mãe do santo. Foi perseguido por espíritos

malfazejos e vingativos, que não lhe davam trégua. Tinha mediunidade onírica, de premonição e de cura.

São Francisco de Assis (1182-1226) - Clarividente e clariaudiente, realizou fenômenos de desdobra-mento. Estando na Itália apareceu a Santo Antônio de Pádua, que se encontrava em Coimbra. Materia-lizou-se em Roma para peregrinas franciscanas.

Santa Joana D’Arc (1412-1431) - A voz dizia: vai à França, quadro de Tiago Wagrez. A donzela Joana D’Arc escutava a voz do espírito de São Miguel, patrono dos franceses, acompanhado de Santa Catarina e Santa Margarida.

Santa Luzia (?-303) - Imune às chamas, médium clarividente e de precognição, teve visões do espírito de Santa Ágata e outras entidades es-pirituais, que a auxiliaram a realizar curas em Catânia.

Santo Antônio de Pádua (de Lisboa) (1195-1232) - Teve forças para livrar-se do constante assédio de espíritos inferiores. Foi clarividente, possuía o dom da profecia, mediuni-dade de bilocação e cura. Curou uma menina de 4 anos, aleijada e atacada de epilepsia.

Vicente de Paulo (1581-1660) - Médium vidente, viu em detalhes o desligamento e a ascensão do espírito de Santa Joana de Chantal. Depois, celebrando a missa pela defunta, teve nova visão, persuadindo-se de que aquela irmã era bem-aventurada e não precisava de orações.

Informações retiradas do site Consciência Espírita (www.cons-ciesp.org.br)

“Convencidos da existência de um Deus único, Pai e Providência da raça humana, sabendo positiva-mente que este Deus pode entrar em relações diretas com as criaturas racionais, os católicos não negam, ‘a priori’, os fatos alegados pelas diferentes religiões que dividem a Humanidade.” - JOSEPH HUBY, professor de Instituto Católico de Lyon (Christus, História das Reli-giões)

DR. JOÃO JOAQUIM DE OLIVEIRA é médico, atua no Hospital das Clínicas - Faculdade de Medicina/Universidade Federal de Goiás (Goiânia); é membro da Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos; e, é estudante de filosofia - [email protected] / www.jjoaquim.blogspot.com.br

“...Grandes fatores de risco.”

A doença das artérias coronárias (DAC) causada por depósitos de co-lesterol (arteriosclerose) é a principal causa de mortes no mundo. Só nos Estados Unidos são mais de 500.000 óbitos/ano. O início da DAC se dá infância; quanto mais fatores de risco, mais é acelerada a formação das placas de gordura no interior das artérias. Neste artigo concentrare-mos sobre os cinco grandes fatores de risco, presentes cada vez mais nas crianças e adolescentes, nestes tempos virtuais, quando há um apelo de marketing exagerado ao consumo de alimentos hipercalóricos ricos em carboidratos e gorduras.

Tabagismo - o impacto da nicoti-na é tão grande na saúde humana que se não houvesse fumantes teríamos 20 por cento menos descolamento

prematuro de placenta, complicação esta responsável por muitas mortes fetais e maternas; 20 por cento me-nos recém-nascidos de baixo peso; 30 por cento menos DAC; 40 por cento menos mortes de crianças entre um-cinco anos; 50 por cento menos câncer de bexiga e sistema urinário e 90 por cento menos tumor maligno de pulmão.

As crianças e adolescentes se tornam vitimas do cigarro (tabagistas passivos ou indiretos) quando um ou ambos os pais são fumantes. Dentre os danos para as crianças temos bronqui-tes, infecções do aparelho respiratório, alergias, baixa imunidade, déficit intelectual, etc.

Sedentarismo - a inatividade física implica em sobrepeso, pressão arterial mais alta, baixa autoestima, dislipide-mias e depressão. Todas as pesquisas científicas pertinentes são uníssonas

SAÚDE DOCORAÇÃODoutor João Joaquim de Oliveira

Prevenção de doenças cardíacas na infância

de que a atividade física propicia me-lhor qualidade e quantidade de vida. Por isso sua prática deve ser ensinada desde a infância.

Obesidade - as sociedades mé-dicas (endocrinologia, cardiologia, pediatria) têm se preocupado e feito campanhas contra o excesso de peso. Crianças e adultos obesos quase invariavelmente apresentam outros fatores de risco como colesterol alto, hipertensão arterial, diabetes tipo II e mais DAC. Vale frisar que crianças e adolescentes obesos quase sempre serão adultos obesos de difícil tra-tamento.

Eles desenvolvem a chamada obesidade hiperplásica, isto é, com aumento do número das células adi-posas em todo o organismo.

Hipertensão arterial (HA) - pressão alta significa mais placas de colesterol, mais DAC, mais derrame cerebral,

mais insuficiência cardíaca, mais insuficiência renal e morte prema-tura. A HA é doença silenciosa, por isso deve ser medida a partir dos três anos de idade. A criança ou adoles-cente com HA deve ser encorajada a ter uma atividade física qualquer, ingerir alimentos mais leves com menos colesterol, menos gorduras e carboidratos, e manter o peso normal. Na criança e adolescente com HA, em face dos efeitos colaterais, deve-se evitar quando possível o uso de drogas hipotensoras.

Colesterol - trata-se de um grande fator de risco silencioso. Só se sabe deste íntimo inimigo fazendo sua dosagem sanguínea. O colesterol total no adulto não deve ultrapassar 200 mg/dL. Em criança abaixo de 12 anos, os limites máximos são 150 mg. É importante reprisar que a formação das placas de colesterol (arterioscle-

rose), começa na infância e antecede em muitos anos aos primeiros sin-tomas das doenças cardiovasculares (angina, infarto, derrame). Por isso a recomendação preventiva deve se dar precocemente (na infância). Os triglicérides na criança deve situar abaixo de 100 mg/dL.

Além desses cinco grandes fatores de risco temos outros como o diabetes e a história familiar (herança genéti-ca). Na prática, a influência genética deve ser considerada na presença de doença cardiovascular manifesta ou morte súbita em parentes de primeiro grau abaixo de 55 anos. O diabetes mellitus é outro grande fator de risco, de alta prevalência na população geral. Toda taxa de glicose acima de 110mg/dL, mesmo silenciosa encerra em fator de grande morbidade para órgãos vitais como coração, cérebro, retina e rins.

Vale ressaltar no fecho destas orientações que é comum a criança, adolescente ou adulto ter mais de um fator de risco para DAC, ou doença cardiovascular latu sensu. A intera-ção entre estes fatores se torna muito mais nociva e com grande chance de desenvolver doenças de altas taxas de morbimortalidade. Em face destas noções e conhecimentos, os trabalhos médicos-científicos e as es-pecialidades médicas como pediatria, endocrinologia e cardiologia alertam os pais e as pessoas em geral para a importância da prevenção e cuidados higienodietéticos. Por isso, mais uma vez se exalta o valor de adoção de um estilo de vida saudável. Estas medidas se adotadas na educação da criança podem além de mais sucesso torná-la um adulto muito mais cons-ciente, disciplinado, e perenemente sadio e feliz.

Da Redação

O Plenário do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), com-posto por todos os desembargadores, elegeu dia 3 de dezembro, em sessão extraordinária, o desembargador Ney Teles de Paula para assumir a presidência do Judiciário estadual no biênio 2013/2015. Na mesma sessão também foram eleitos os desembarga-dores Carlos Hipólito Escher e Nelma Branco Ferreira Perilo para os cargos de vice-presidente e corregedora-geral da Justiça, respectivamente.

Os novos dirigentes tomam posse no dia 1º de fevereiro de 2013. Ney Teles disse que a partir de agora ini-cia as reuniões de planejamento de sua gestão que, segundo ele, será de harmonia e muito trabalho em favor dos jurisdicionados.

Quem éNatural de Piracanjuba, Ney Teles

é magistrado há 34 anos e 8 meses e passou pelas comarcas de Caiapônia, Panamá, Bom Jesus de Goiás e Jataí. Promovido para a capital em 1987, foi titular da Vara de Execuções Penais e da 1ª de Família, juiz-corregedor em três biênios, o último dos quais (1997/1998) como diretor do Foro de Goiânia. Pelo critério de merecimento, foi nomeado desembargador do TJGO e tomou posse em 27 de janeiro de 2001.

Foi também presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás no perío-do de maio de 2010 a maio de 2011. É membro da Academia Goiana de Letras, do Instituto Histórico e Geo-gráfico de Goiás, da União Brasileira de Escritores (UBE-GO), da Asso-ciação Goiana de Imprensa (AGI), Academia Piracanjubense de Letras e Artes e Academia Belavistense de Letras (Centro de Comunicação Social do TJGO - Ricardo Santana, sem adaptações).

Tribunal de Justiça elege novos dirigentesCOMUNIDADES

Fotos: Wagner Soares/CCS do TJGO

Mandato de dois anos: desembargador Ney Teles de Paula (foto 1/Arquivo) foi eleito durante sessão extraordinária do Plenário do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (foto 2), realizada na tarde de 3 de dezembro

Page 12: JORNAL CIDADE - jotacidade.com · a necessidade de os juízes se inserirem efetivamente na sociedade em que vivem, sem dela permanecer divorciados, embora mantendo sua liberdade para

coMuNIDaDES12 - jornal cidade (PÁGINa PoStaDa EM www.jotacIDaDE.coM) uruaçu, 16 a 30 de novembro de 2012

Yamana apresenta ‘Auto de Natal’ na Bahia, Goiás e no Mato GrossoDa Redação

Entre os dias 6 e 17 de de-zembro, comunidades de oito Municípios na Bahia, em Goiás e no Mato Grosso assistirão à peça Opereta de Amor, do Auto de Natal 2012, promovido pela Yamana.

A apresentação gratuita mis-tura linguagem de teatro, circo, dança, música, vídeo e promete mostrar o manual do amor nos tempos modernos.

“Este promete ser mais uma atração marcante e certamente nos emocionará. O Auto de Natal é um momento esperado neste período e atrai público de todas as idades, com temas variados a cada ano, incentivando o acesso à cultura e à arte”, ressalta Os-valdo Filho, gerente de Respon-sabilidade Social e Relação com

Comunidades da Yamana.Com 30 pessoas em cena, a

peça mostra a mudança nos re-lacionamentos amorosos e traz um passo a passo para dominar o assunto e se entreter com este complexo sentimento. O espetá-culo apresenta a história de um casal de palhaços desde que se conheceram, mostrando situa-ções de ciúmes e acontecimentos comuns durante o namoro e casa-mento dos personagens.

AgendaCriado para levar magia e o

espírito das comemorações do final de ano, a ação tradicional-mente traz mensagens capazes de prender a atenção dos parti-cipantes durante os 60 minutos ao ar livre.

Com o apoio da empresa, por meio da Lei Rouanet, a organi-zação não-governamental (ONG)

Teatro de Tábuas contará com um palco de 12 metros em cada um dos três andares com iluminação digital de LED. Veja agenda.

Sobre a YamanaA Yamana é uma empresa

produtora de ouro com sede no Canadá. Tem significativa pro-dução de ouro e áreas para pro-dução deste metal em estágio de desenvolvimento, além de áreas em pesquisa e direitos no Brasil, Chile, na Argentina, México e Colômbia.

Auto de Natal 2012 apresentará o amor de forma diferente e divertida em oito Municípios brasileiros

DivulgaçãoO plano da Yamana é con-tinuar a crescer a partir desta base, por meio da expansão e aumento da produção das minas em funcionamento, do desen-volvimento de novas minas, de avanços nas áreas em pesquisa e permanecendo atenta a outras oportunidades de consolidação de operações com ouro, com foco primário nas Américas (Informa-ções: ML&A Comunicações, sob adaptações).

Leia mais sobre a Yamana, abaixo

Yamana investirá cerca de R$300 mil no ‘Seminário de Parcerias 2012’Da Redação

13 projetos nas áreas de educação cultura, espor-te, geração de emprego e renda foram selecionados recentemente por meio do Seminário de Parcerias 2012, programa de respon-sabilidade social da Yamana. A ação apoiará iniciativas em três Municípios goianos: Alto Horizonte, Campinorte e Nova Iguaçu de Goiás, o que representa um investi-mento de aproximadamente R$282 mil.

“Esta é uma forma de contribuir para o crescimen-to econômico das regiões próximas à nossa unidade, além de proporcionar qua-lidade de vida e bem-estar aos moradores”, diz Josielle Padilha, analista de Co-munidades da Mineração Maracá Indústria e Comér-cio (MMIC), empresa da Yamana. “Temos grande orgulho por este evento tão bem sucedido a cada ano e

por poder auxiliar na viabili-zação de projetos escolhidos pela comunidade.”

Uma das iniciativas é a fábrica de farinha, envia-da pelo professor Adval-do Guerra, 42, morador de Nova Iguaçu de Goiás. “Na

reunião, eles explicaram de-talhes de como funcionava, então chamei dois amigos e montamos a proposta”, explica. Para o início de produção, serão contratados dez funcionários diretos e 60 indiretos. “O ‘Seminário de

Companhia apoiará 13 projetos das cidades de Alto Horizonte, Nova Iguaçu de Goiás e Campinorte, no Norte goiano

Divulgação

Parcerias’ é de suma impor-tância para a nossa comuni-dade, a Yamana me motivou a pensar no projeto e agora tenho a possibilidade de ge-rar emprego e renda para a população”, conclui.

Desde 2007, o programa

já apoiou 337 projetos na Argentina, Brasil e Chile, beneficiando milhares de pessoas. Podem partici-par entidades legalmente constituídas como organi-

zações não-governamentais (ONGs), associações de moradores e de classes, além de cooperativas de agentes econômicos. Do valor total de cada projeto, a compa-nhia contribui com até 85 por cento através da compra de materiais e equipamen-tos necessários. Confira os projetos (nos quadros), en-volvendo as três cidades de Goiás (Informações: ML&A Comunicações, sob adap-tações).

Confira outras informa-ções sobre a Yamana, abai-xo

Empresa apoiará 13 iniciativas no Norte de Goiás que contribuirão com o desen-volvimento socioeconômico da região

Campinorte: anel viário é inaugurado

Da Redação

As obras de construção de anel vi-ário localizado em Campinorte, Norte goiano, foram entregues na manhã de 4 de dezembro, através de evento que reuniu autoridades locais, regionais e estaduais, além de representantes de áreas variadas das iniciativas pública e privada. Com 3,5 quilômetros de extensão (ligando as rodovias GO-428 - BR-153) e custo de R$2,8 milhões (recursos advindos de parcerias públi-ca e privada), o entroncamento integra o programa Rodovida Construção, sob responsabilidade da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), per-tencente ao Governo de Goiás.

Uma das principais rodovias federais do País, a BR-153 percorre 43 quilômetros de Campinorte (que fica na sua margem direita [sentido Belém-PA - Brasília-DF]), somando os trechos urbano e rural. A cidade abriga três trevos (entrada e saída).

O governador de Goiás, Marconi

Perillo (PSDB), se fez presente na cerimônia de inauguração, transcor-rida às margens da GO-428, saída de Campinorte, em direção ao trevo que dá acesso à cidade de Alto Horizonte (via rodovia GO-556) e, em direção à cidade de Nova Iguaçu de Goiás. Se dizendo satisfeito por visitar novamente a região e participar das atividades de trabalho, ele enalteceu o Norte do Estado, riquezas nortenses e destacou a parceria que permitiu a edificação estruturante.

Em nota de 3 de dezembro, a Age-top informa que ‘o objetivo do progra-ma é a construção de novas estradas rodoviárias e a pavimentação de tre-chos iniciados em gestões anteriores. Nesta ação de infraestrutura serão 1,7 mil quilômetros de rodovias goianas passando por 76 trechos de estradas. O investimento do Governo de Goiás nestas obras será de R$1,5 bilhão e os recursos foram financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES).’.

Em outubro, dois trechos vizinhos rodoviários tiveram pavimentações asfálticas reconstruídas, concluídas e inauguradas pela Agetop por meio do programa Rodovida Reconstrução (primeira etapa): um da GO-556 (entre Campinorte e Nova Iguaçu de Goiás), somando 26 quilômetros. E, os 9,9 quilômetros ligando o trevo da GO-556 a Alto Horizonte.

Conforme lançamento ocorrido dia 6 de novembro em Goiânia, pro-jeto do Rodovida Construção prevê a pavimentação do trecho da GO-347, ligando Alto Horizonte a Mara Rosa. Segundo o prefeito alto-horizontino Cabo Borges (PSDB), as obras do Rodovida têm uma importância muito grande, não só para Alto Horizonte, mas a todos os Municípios goianos. “Essa parceria com o Governo do Estado vem fortalecer o interior goia-no, aumentando o desenvolvimento econômico-financeiro das cidades.” Nilson Preto (PSDB), prefeito de Mara Rosa, considera a pavimentação

Autoridades e executivos da Mineração Maracá descerram placa de inauguração do anel viário (foto 1), construído com recursos oriundos de parcerias pública e privada. Na imagem 2, o governador de Goiás, Marconi Perillo, discursa em Campinorte. Na foto 3, Wilson Borges, gerente Administrativo da Maracá, ao fazer uso da palavra na cerimônia

Lailson Damasio/Governo de Goiás

como a realização de um sonho que dura décadas, abrindo oportunidades para todos os segmentos, “inclusive para ajudar escoar de melhor maneira a produção do Norte goiano.”

Termo de cooperaçãoEm julho de 2011, durante ce-

rimônia realizada na capital do Es-tado, Goiânia, a gestão estadual e a Yamana, empresa produtora de ouro com sede no Canadá, assinaram termo de cooperação para distintos investimentos, um deles envolvendo o anel viário campinortense. A nova opção rodoviária abre espaço, entre outras alternativas, para o tráfego de caminhões com cargas, oriundos da sede da Mineração Maracá Indústria e Comércio (MMIC - empresa da Yamana) (sediada em Alto Horizonte, onde possui desde 2005 uma unidade do setor mineral) e, que retornam para novas cargas.

Para a direção da Mineração Ma-racá, o empreendimento traz melhoria

para a qualidade de vida da população. Além de Wilson Borges (que fez uso da palavra), gerente Administrativo da Mineração Maracá, outros executivos e, funcionários prestigiaram o ato pú-blico administrativo e institucional.

Na época da assinatura do termo, Vander Borges (PP), prefeito de Cam-pinorte, disse Jornal Cidade, feliz com a parceria: “Dentro desse acordo que assinamos, o Estado e a empresa estarão fazendo as suas partes, que é construir. A Prefeitura de Campinorte também ajudará, em especial custe-ando valores com desapropriações.” Foi o que aconteceu, com o prefeito memorizando tal realidade na data da inauguração. Já Marconi Perillo dissera: “Temos trabalhado para fazer do Estado de Goiás um parceiro da iniciativa privada no desenvolvimento de projetos que garantam o pleno fun-cionamento do setor mineral. Temos hoje em Goiás um ambiente propício à ampliação do crescimento e do desenvolvimento em diversos seto-

res. Antes, a referência era apenas o agropecuário. Hoje, nossa indústria é pujante e cresce de forma vistosa. Este é um forte indicativo do nosso salto para um novo perfil econômico.”

Externou, também na época, Arão Portugal, vice-presidente de Admi-nistração e Country Manager Brasil da Yamana: “O trabalho efetuado em Alto Horizonte destaca-se como um exemplo dos benefícios que a indús-tria de mineração pode trazer ao Esta-do, com a geração de emprego e renda, implementação de programas de responsabilidade social, contribuição para a balança comercial, entre outras vantagens (colaboraram: Marcos Antonio e Marcio Sousa Filho).”

Lailson Damasio/Governo de Goiás Marquim do Site

Alto Horizonte Nova Iguaçu de Goiás

Campinorte