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CIRCULAÇÃO JORNAL ANO XXI - EDIÇÃO 133 - JANEIRO DE 2018 ELEIÇÕES: Sindicato faz defesa do voto dos aposentados ASSIDUIDADE: Categoria reverte implantação do ponto eletrônico 5 Pág 4 Pág JURÍDICO: Medidas para garantir direitos dos filiados 6 Pág 7 Pág Luta em Brasília Categoria esteve mobilizada em 2017 com caravana contra a retirada de direitos

JORNAL CIRCULAÇÃO - Sintufsc...rio do Supremo após o término do recesso e a abertura do ano judiciário de 2018. 3 Ele pintou paredes na UFSC ao longo de boa parte da vida, mas

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CIRCULAÇÃOJORNAL

ANO XXI - EDIÇÃO 133 - JANEIRO DE 2018

ELEIÇÕES:Sindicato faz defesa do voto dos aposentados

ASSIDUIDADE:Categoria reverte implantação do pontoeletrônico 5Pág

4Pág

JURÍDICO:Medidas para garantir direitos dos filiados

6Pág 7Pág

Luta em BrasíliaCategoria esteve mobilizada em 2017 com

caravana contra a retirada de direitos

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Janeiro de 2018 * Nº 133Tiragem: 3.700 exemplares

Jornalista Responsável: Evandro Baron - 6152/DRT/RS

[email protected] Gráfico: Flávia Destri Garcia

Gestão: Determinação - Sindicato para todos

O Jornal CIRCULAÇÃO é uma publicação do Sindicato de Trabalhadores em Educação das Instituições Públicas de Ensino Superior do Estado de SC Endereço: Rua João Pio Duarte da Silva, 241 - Caixa Postal 5130 Córrego Grande - Florianópolis - CEP 88 037 [email protected] - www.sintufsc.ufsc.br

EDITORIAL

Fale com o Sintufsc

Fone:

(48) 3331-7900 CIRCULAÇÃO

JOR

NA

L2

O ano de 2017 marcou derrotas historicas para a classe trabalhadora do Pais, como o retrocesso que houve com a aprovacao da reforma trabalhista e a liberacao da terceirizacao sem limites, medidas que oficializam a exploracao dos trabalhadores brasileiros. O ano colocou tambem em evidencia a podridao no siste-ma politico nacional com revelacoes de ca-sos de corrupcao nas instancias de poder. No cenario local, a crise institucional se ins-talou com a morte do reitor Luiz Cancellier, apos ser preso pela Policia Federal e impe-dido de retornar ao campus depois de solto.

No cenario nacional, a crise provocada pela disputa pelo poder politico colocou a populacao inteira refem de um sistema vi-ciado e corrompido. Neste grave momen-to do Pais, a direcao do SINTUFSC reforca seu compromisso de seguir trabalhando com independencia em relacao a parti-dos politicos, pois entende que a defesa dos trabalhadores da UFSC representa

Sindicato pra defender trabalhador

Expediente

Liminar do STF breca aumento da contribuição previdenciária

tambem uma luta por uma universidade publica, gratuita e de qualidade.

A legitimidade da opcao individual dos membros da direcao por orientacao politico partidaria e incontestavel, ate mesmo porque a luta politica e a construcao de um Brasil mais justo de-vem se dar conforme as regras do jogo, ou seja, por meio dos partidos politicos. Os integrantes da gestao Determinacao Sindicato para Todos defendem a etica na conducao dos fazeres tanto no setor publico quanto na iniciativa privada, pois entendem que este e o caminho para levar o Pais a um patamar mais igualitario em todas as esferas.

Numa das ultimas movimentacoes do ano, a categoria reverteu a disposicao da Reitoria em implantar o ponto eletronico para os trabalhadores da Universidade. Ao longo do primeiro semestre do ano novo o desafio e implantar o controle so-cial de assiduidade na Universidade.

Ainda no primeiro semestre de 2018 a comunidade da UFSC escolhera o suces-sor de Cancellier, em consulta a comuni-dade universitaria marcada para o dia 28 de marco. A nova gestao tera como missao primordial retomar a normalida-de institucional. O sindicato vai acompa-nhar com atencao a campanha eleitoral, abrindo espaco com igualdade de tra-tamento as candidaturas para exporem seus planos aos trabalhadores tecnico-administrativos.

Venha reforcar a luta para garantir com que os trabalhadores da UFSC sejam valo-rizados e tratados com o respeito que mere-cem, como construtores de uma instituicao plural, critica e voltada para a sociedade como um todo, oportunizando o cresci-mento de toda a comunidade universitaria. Para facilitar a vida de todos, em 2017 im-plantamos uma forma on line de filiacao, na nossa pagina www.sintufsc.ufsc.br. Siga as instrucões e filie-se ao sindicato.

Em recente decisão liminar, o Supremo Tribunal Federal cancelou os efeitos da medida provisória 805, de 31 de outubro de 2017, que tinha como objetivo reduzir gastos com o funcionalismo público. A de-cisão do ministro Ricardo Lewandowski brecou o aumento da contribuição pre-videnciária e manda o presidente Temer honrar o reajuste salarial a algumas cate-gorias dos servidores federais em 2018.

O STF suspendeu a aplicação de arti-gos da MP que, na prática, reduziam os vencimentos dos servidores públicos fe-derais. Nos artigos 1° ao 34, o Presidente da República cancelava os aumentos já aprovados em anos anteriores, enquanto que o artigo 37 aumentava a contribuição social dos servidores ativos e aposenta-dos, além dos pensionistas.

A Medida Provisória aumenta a alíquo-

ta da contribuição previdenciária de 11% para 14%. O novo percentual incidiria so-bre a parcela do salário excedente ao teto do Regime Geral da Previdência Social (RGPS), atualmente em R$ 5.531,31.

Para justificar o aumento da alíquota de contribuição previdenciária, o discur-so oficial justificava a alteração alegando necessidade de cobrir o suposto rombo da Previdência. Ao aplicar a nova alíquota o Ministério do Planejamento esperava au-mentar a arrecadação em R$ 2,2 bilhões.

No entanto, os observadores mais aten-tos lembram do relatório final da CPI da Previdência, aprovado por unanimidade no Senado Federal, assegurando que “tec-nicamente, é possível afirmar com convic-ção que inexiste déficit da previdência so-cial ou da seguridade social”.

O mesmo relatório ainda afirma que

“são absolutamente imprecisos, inconsis-tentes e alarmistas os argumentos reuni-dos pelo governo federal sobre a contabili-dade da previdência social”. Conforme as informações divulgadas pelo STF, a deci-são será submetida a referendo do plená-rio do Supremo após o término do recesso e a abertura do ano judiciário de 2018.

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Ele pintou paredes na UFSC ao longo de boa parte da vida, mas ganhou notoriedade no campus e na Capital com o seu trumpete de registro e ao chorinho que virou compa-nheiro musical e seguem até hoje, aos 73 anos, parceiros de serestas.

Lauri Rodrigues de Almeida, o Lauri do Trumpete, no papel tem um ano a menos pois nasceu numa época em que muitas famílias numerosas e de poucos recursos esperavam chegar mais filhos para provi-denciar o registro civil. Na certidão ele é de 26 de abril de 1945, mas viu o mundo pela primeira vez no dia 13 de novembro.

Nascido e criado no morro do Mon-te Serrat, o morro da Caixa, ele cresceu na casa da família ao lado da antiga caixa d’água que dá o nome popular ao morro. Lauri é um dos filhos do seu Moacir, sapa-teiro e estivador no antigo porto de Floria-nópolis e da dona Maria Veloso, que lavava roupas pra fora como meio de criar os dez filhos após a morte do marido. O casal teve dez filhos, cinco homens e cinco mulheres.

Um dos irmãos dele, João Batista, era violonista e foi o proprietário do famoso Bar do Tião, reduto do samba de raiz no bair-ro Monte Verde em Florianópolis. Segun-do ele, o gosto pela música veio do pai, que era violonista e ensinou ao filho mais velho a arte de tirar melodias das seis cordas. O pai era músico amador e gostava de cantar e tocar seresta na casa dos amigos do morro.

Eu sou a UFSC

Um dia Seu Moacir deu ao filho um peixe e pediu para entregá-lo à mãe para o prepa-ro. O sapateiro sentiu-se mal na rua e veio para casa, onde morreu na frente de Lauri e dos demais familiares aos 50 anos. Com a morte prematura do pai, quando Lauri ti-nha 12 anos, o menino já trabalhava para ajudar a família. Aprendiz de sapateiro, ele tinha virado auxiliar do pai na colagem de solas de sapatos.

Casado desde 1967 com dona Maria Zeli de Almeida, nascida em Antônio Carlos, Lauri conta que começou a namorar após uma tocata, em que conquistou a futura es-posa. Aprendeu a tocar na banda de Amor à Arte, centenária escola de música no centro da Capital, onde entrou com 18 anos. Ele já trabalhava como pintor para ajudar no sustento da família. Estava trabalhando na reforma do prédio da faculdade de Farmá-cia, pintando o prédio e estava assobiando em cima do andaime quando passou um vi-draceiro e gostou do que ouviu, oferecendo a ele uma vaga na escola de música.

Lauri entrou na UFSC no dia 5 de julho de 1974, como lembra de cabeça. Foi uma alegria, pois até então trabalhava com bis-cates. Apesar de lembrar de cabeça da data do ingresso na Universidade, Lauri não tem certeza do dia da aposentadoria, que acredita ter ocorrido há 12 anos, em 2005, após 31 anos na instituição e onde ainda tem muitos amigos. No primeiro semestre

Em setembro, o SINTUFSC assinou contrato com a Agemed, operadora de pla-no de saúde fundada há quase 20 anos em Joinville, para oferecer aos seus filiados e filiadas, além de seus familiares, uma nova opção de cobertura para atendimen-to médico na rede credenciada de saúde. A cobertura entrou em vigor no início de ou-tubro e o pessoal da operadora vem fazen-do plantões durante três dias da semana na sede do sindicato para atender aos in-teressados, esclarecer dúvidas, coletar do-cumentos e firmar os contratos de adesão.

Os planos oferecidos são conforme a faixa etária e o número de dependentes, com valores que iniciam em R$ 89,91 mensais. Para esclarecimentos sobre as dúvidas e mais informações, o atendi-mento presencial será oferecido das 8 às 18 horas às terças, quartas e quintas-fei-

ras. Durante o plantão é feita a venda dos planos, com orientações sobre a adesão e a migração para o plano escolhido. Além de contar com uma rede credenciada 30% maior do que a da concorrência, a cober-tura do plano é nacional com utilização de outras operadoras nos locais onde não houver profissional ou estabelecimento credenciado.

“Trata-se de uma alternativa e cabe aos filiados escolherem a opção que caiba no bolso e atenda melhor o perfil da sua fa-mília”, disse Celso Ramos Martins, da Co-ordenação Geral do SINTUFSC. A nego-ciação do contrato envolveu a direção e a assessoria jurídica do sindicato. Desde ju-lho a operadora vem oferecendo os planos aos trabalhadores filiados à Associação dos Servidores do Hospital Universitário (AS-HU) e em agosto fechou parceria com

a APUFSC-Sindical, que representa os do-centes da Universidade.

O sindicato ressalta que os trabalhado-res filiados que decidirem mudar de pla-no de saúde mantém assegurado o direito de continuarem recebendo o subsídio da UFSC na mensalidade do plano. Clique aqui para consultar a tabela de subsídio proporcionado pela Universidade, através da modalidade de contratações individu-ais, a ser abatido do valor da mensalidade conforme a portaria normativa 8/2016 do Ministério do Planejamento.

SINTUFSC assina convênio com novo plano de saúde

de 2017 tocou na festa de posse da direto-ria do Volantes. Ele conta também ter fei-to parte do Samba Show da UFSC, banda criada com o incentivo de Teresinha Cecca-to e que durou um ano.

Ele e a esposa têm dois filhos, o mais ve-lho Marcelo, com 44 anos e Márcia, a mais nova, de 38 anos. Marcelo é músico como o pai, que o ensinou a tocar trombone de vara. Juntos na mesma banda eles costumam ani-mar o carnaval na praia da Ferrugem, em Garopaba. Lauri conta que a música foi um complemento importante de renda para a família. Fonte de alegria que costuma estar estampada no sorriso e na delicadeza ao tra-tar com seu interlocutor, marcas registradas do comportamento deste trabalhador que faz parte da história da Universidade.

Corretores autorizados:

Marlos Souza: (48) 98494-8819 (Cel e WhatsApp)Fabio Sansone: (48) 98462-7452 (Cel e WhatsApp)

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Diante da conjuntura de agravamento da retirada de direitos os trabalhadores técnico-administrativos da UFSC fizeram o movimento ao longo do ano passado e decidiram não entrar em greve, prefe-rindo fazer mobilizações e paralisações pontuais contra a retirada de direitos. A luta em Brasília contou com o reforço do SINTUFSC que encaminhou caravanas de trabalhadores para engrossar as manifes-tações ao longo do ano.

A decisão de não entrar em greve saiu após longas discussões e avaliações em

torno da proposta da Federação dos sin-dicatos de trabalhadores das universida-des federais (Fasubra) de deflagrar greve nacional em outubro, com flexibilidade diante da possibilidade de integrar outras categorias ao movimento.

Em 30 de junho os trabalhadores da UFSC e diretores do SINTUFSC estiveram reunidos em frente à Reitoria da Universi-dade em apoio à Greve Geral. A mobilização foi a segunda de caráter nacional contra as reformas trabalhista e previdenciária que ameaçam direitos históricos como a apo-

sentadoria. A primeira foi em 28 de abril. Os trabalhadores do sindicato também aderiram ao movimento grevista e acom-panharam as manifestações no Centro.

A estratégia é parar a produção e pres-sionar os deputados e senadores que se-guem votando contra os interesses da classe trabalhadora, cassando direitos históricos conquistados ao longo de mui-ta luta. O objetivo foi mobilizar os traba-lhadores no plano local para que o movi-mento grevista possa ser deflagrado em momento oportuno.

Categoria decidiu não entrar em greve em 2017

Trabalhadores apoiam Greve Geral contra a retirada de direitos

O mês de setembro de 2017 provo-cou um abalo sísmico na comunidade universitária da UFSC com a realização da chamada Operação Ouvidos Moucos, leva-da a cabo pela Polícia Federal no dia 14 de setembro e que resultou na prisão do então reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, que acabou solto no dia seguinte mas foi man-tido afastado do cargo e proibido de entrar no campus. Cancellier retornou morto à Universidade no final da tarde de segunda, 2 de outubro, depois de cometer suicídio pela manhã.

Os diretores do sindicato lamentaram o final tragico da denuncia contra o rei-tor: “Neste momento de dor, o SINTUFSC soma-se aos muitos setores da sociedade organizada, lideranças políticas, colegas servidores públicos e estudantes, que há muito tempo têm denunciado o Estado policialesco instalado no País nos últimos anos, com a participação de setores do Judiciário e a repercussão desmedida da

grande mídia do País”.Durante a sessão fúnebre do Conselho

Universitário o ex-senador Nelson Wedekin criticou duramente os excessos da polícia, da Justiça e da mídia: “Conduziram-no ao camburão, abriram as portas do cárcere um homem que não queria mal a ninguém, que não fazia mal a ninguém. Um homem de coração generoso e aberto, um democrata na teoria e mais ainda na prática, um ho-mem de diálogo e conciliação, um campeão da harmonia e da paz”.

O presidente da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) e reitor da UFPA (Universidade Federal do Pará), Emmanuel Zagury Tourinho, manifestou indignação com a perda. Em sua fala, res-saltou que a ação é resultado da iniciativa de setores que querem desqualicar os ges-tores das universidades brasileiras, como uma forma de viabilizar o fim do ensino público, gratuito e de qualidade no País.

O governador do Estado em exercício, Eduardo Pinho Moreira, colocou a ban-deira de Santa Catarina junto ao caixão, e leu a nota oficial do Governo do Estado, cobrando responsabilidades pelos excessos cometidos: “Por isso, respeitado o devido processo legal, é indispensável a apuração das responsabilidades civis, criminais e ad-ministrativas das autoridades policiais e judiciárias envolvidas”.

Morte de Cancellier surpreende comunidade

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Os representantes dos trabalhadores técnico-administrativos em Educação par-ticipam do grupo de trabalho que compõe a Comissão Eleitoral Representativa das Entidades da UFSC (Comeleufsc) e que de-finiu as datas para a eleição. O grupo esta organizando o processo eleitoral, chamado de consulta informal à comunidade acadê-mica, para a escolha do novo reitor da Uni-versidade Federal de Santa Catarina.

A reunião contou com os membros das Entidades Representativas (ANDES, APUFSC, APG, DCE e SINTUFSC) e esta-beleceu um cronograma prévio de traba-lho para contemplar a decisão do Conse-lho Universitário (CUn) que estabeleceu a data limite para concluir o processo elei-toral até 26 de abril de 2018. A comissão aprovou a utilização dos equipamentos do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para a votação, nos mesmos moldes da escolha feita em 2015.

João Batista da Silva e Cláudio Roberto Silvano são os diretores do SINTUFSC que têm assento como titulares na Comissão, além de Geraldino Barbosa e Cláudio Ho-her Trindade, como suplentes. Conforme João Batista, o grupo trabalha no sentido de fortalecer a autonomia universitária.

Neste sentido, embora o MEC tenha soli-citado o envio do nome do novo reitor nos primeiros dias de março, defendem a au-tonomia da Universidade para escolher os seus gestores. “É uma bandeira histórica dos trabalhadores e do nosso sindicato, não poderíamos fazer diferente”, reforça.

As datas foram fechadas com a aprova-ção do calendário acadêmico de 2018 pelo CUn, pois houve uma preocupação no sen-tido de operacionalizar a inclusão dos estu-dantes que ingressam na Universidade no primeiro semestre. “Defendemos um ca-lendário que contemple toda a comunidade acadêmica, estimulando a participação de todos e garantindo efetiva representativi-dade à escolha e fortalecendo a democracia na UFSC”, diz Cláudio Silvano.

Os trabalhos da Comissão contaram com a presença da coordenadora do SIN-TUFSC, Teresinha Inês Ceccato, que con-tribuiu com sua experiência ao presidir os trabalhos da Comeleufsc na escolha feita em 2015. Recém aposentada na Universi-dade, Teresinha não faz parte oficialmente da Comissão mas se colocou a disposição para passar informações sobre a eleição anterior. As reuniões do Comelufsc estão sendo realizadas às sextas-feiras.

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COMISSÃO ELEITORAL PARA ESCOLHA DO NOVO REITOR DEFINE CALENDÁRIO

ELEIÇÕES NA UFSC Confira o calendário:

A consulta será realizada, em primeiro turno, no dia no dia 28 de março de 2018, e, em segundo turno, se for o caso, no dia 11 de abril de 2018 conforme a Resolução Nº 001/COMELEUFSC/2018.

Os candidatos poderão inscrever-se nos dias úteis compreendidos no período de 19 a 22 de fevereiro de 2018, na Secretaria da Comissão Eleitoral , das 8 (oito) às 12 (doze) horas e das 14 (quatorze) às 18 (dezoito) horas.

Sindicato faz defesa do voto dos aposentados

Durante a sessão do Conselho Universi-tario (CUn) que definiu o processo eleito-ral para a sucessão de Cancellier, realizada no primeiro dia de novembro, a direção do SINTUFSC acompanhou de perto as dis-cussões entre os conselheiros. O coordena-dor geral do sindicato, Celso Ramos Mar-tins, fez uma fala no início da sessão, onde defendeu a inclusão dos aposentados entre os aptos a votar na consulta para reitor.

Ele reforçou a importância de a sessão ser feita a portas abertas para a comunidade universitária e ressaltou a posição da catego-ria dos técnicos-administrativos, favorável à eleição direta com voto paritário entre os três segmentos da UFSC. Em sua fala ele e fez a leitura da nota do Coletivo Floripa Con-tra o Estado de Exceção, cobrando apuração das responsabilidades nos episódios que cul-minaram com o suicídio de Cancellier.

Na oportunidade, o CUn definiu que o sucessor sera oficializado após escolha pela

comunidade universitária a ser feita por eleição direta, com voto paritário e chamada de consulta informal, pois o resultado das ur-nas deve ser submetido ao Con-selho, que referenda os nomes da lista tríplice a ser encaminhada ao Ministério da Educação.

Estudantes e trabalhadores chegaram a ocupar parte do hall da Reitoria para acompanhar a sessão, inicialmente prevista para a Sala dos Conselhos, e que aca-bou transferida para o auditório da Reitoria. O SINTUFSC colocou um telão para transmitir a sessão caso não houvesse espaço ou possibilidade de que as pessoas acompanhassem os de-bates entre os conselheiros.

Presidida pelo professor Ubaldo César Balthazar, definido como reitor pro tempo-re até a posse do nome a ser escolhido pela

comunidade da UFSC, a sessão estabeleceu também que a comissão eleitoral paritária para conduzir a consulta seria composta através da indicação das entidades repre-sentativas dos docentes, estudantes e tra-balhadores técnico-administrativos.

Coordenador geral do sindicato defende voto dos aposentados

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SINTUFSC em ação

O quadro foi revertido. O que seria um fi-nal trágico acabou virando motivo de alívio para os trabalhadores da UFSC com a inter-venção do SINTUFSC para evitar a exone-ração do servidor Técnico Administrativo Daniel Dambrowski. Em reunião com os integrantes da Diretoria Colegiada do sin-dicato em agosto, o então reitor Luiz Can-cellier confirmou aos diretores da entidade que acabara de cancelar oficialmente a exo-neração recomendada pela gestão anterior da administração central da Universidade. Graças a uma divergência jurisprudencial junto aos tribunais superiores o entendi-mento da administração foi mudado e Da-niel pode seguir trabalhando na instituição.

Falando na abertura da reunião, o co-ordenador geral do sindicato, Celso Ra-mos Martins, destacou as reivindicações da categoria encaminhadas pelo sindicato através de uma campanha para que a ad-ministração revisse o processo, tornando sem efeito a decisão de exonerar o traba-lhador. Ele reforçou que o SINTUFSC bus-ca manter em aberto os canais de diálogo com a administração da Universidade, in-dependente de preferências ideológicas ou partidárias, como uma forma de defender os interesses dos trabalhadores represen-tados e também o interesse público com o fortalecimento da instituição. Na fala dos coordenadores do sindicato, foi ressaltada a importância de preservar a integridade do trabalhador em seu início de carreira junto à instituição.

Os diretores do sindicato reforçaram a lisura do trabalho dos técnicos da Prode-

gesp e reconheceram os esforços no sentido de encontrar a melhor solu-ção para o processo, ob-servando que o desgaste causado na equipe téc-nica provoca prejuízos a todos. A Universidade vive um processo de re-novação com a entrada de novos profissionais e mais de 600 trabalhado-res em estágio probató-rio no âmbito da UFSC. Durante a reunião foi enfatizada a necessidade de o trabalho técnico das pessoas que formam as equipes de avalia-ção de estágio probatório ser preservado e respeitado.

Cancellier reiterou sua total confiança na equipe técnica da Prodegesp, respon-sável pelo estágio probatório dos servi-dores da Universidade, que reexaminou a avaliação do estágio do trabalhador mas manteve seu parecer pela reprovação, o mesmo acontecendo com o primeiro pa-recer jurídico da Procuradoria Geral Fe-deral. A reviravolta no caso surgiu diante da iniciativa do próprio reitor, professor de direito administrativo junto ao Centro de Ciências Jurídicas, que se debruçou sobre o processo, analisando o parecer da Procuradoria, que recomendou a exone-ração com base em entendimento juris-prudencial da 5ª turma do Superior Tri-bunal de Justiça (STJ).

Acontece que esta turma de ministros considerou o prazo de três anos e mais a avaliação como exigência para conceder a estabilidade. A brecha na jurisprudência foi encontrada em entendimento diverso dos membros da 6ª turma do mesmo Tri-bunal, que consideraram que a estabili-dade do servidor ocorre após transcorrido os três anos do exercício efetivo do cargo e que, após esse prazo não se cogita mais de avaliação de desempenho. No caso de Da-niel, o atraso da administração não poderia prejudicá-lo.

O reitor explicou que o entendimento da 6ª turma do STJ deu as bases jurídicas para que a exoneração do trabalhador pudesse ser revertida ainda no âmbito administra-tivo. A coordenação do sindicato ouviu as explicações do reitor que deram base para que ele reconsiderasse a decisão.

Ação do sindicato evita exoneração de trabalhador

Ação coletiva das progressões

O setor jurídico do sindicato relacionou em 2017 os nomes dos filiados com valores a receber disponíveis para saque refe-rentes à ação coletiva de Progressão por Capacitação movida pelo sindicato contra a UFSC. Foram 376 filiados chamados em sete oportunidades. Os filiados relacionados devem entrar em contato com o setor jurídico para mais orientações quanto ao recebimento dos valores.

Em 2016 saiu a relação completa dos filiados e filiadas que fa-zem parte da ação. As execuções seguem sendo feitas em grupos de dez em dez servidores e, conforme são liberadas novas exe-cuções no processo, o sindicato vem fazendo o informe através da pagina na internet. A definição de quantia exata somente sera conhecida ao final do processo de execução.

Sindicato fala pelo WhatsApp com filiados

Desde 28 de março, o sindicato inaugurou um novo meio de comunicação, o SintufscWhats. Não é um grupo, é uma trans-missão no aplicativo Whatsapp. Ao invés de mensagens via SMS, que custam dinheiro, passamos a usar as “listas de trans-missão” do WhatsApp pra mandar informações a 1,6 mil filiados e filiadas ja cadastrados.

De acordo com os responsáveis pelo aplicativo de mensa-gens, apenas os contatos que possuem o número adicionado no telefone recebem a mensagem de transmissão. Caso o contato não esteja recebendo a transmissão, a empresa recomenda que o usuario verifique se o numero esta adicionado. As Listas de Transmissões do aplicativo WhatsApp são mensagens de um usuário para vários usuários em apenas uma direção.

Comunicação Jurídico

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Na Reitoria, sindicato disse não ao ponto eletrônico

Após uma assembleia realizada pela manhã no auditório da Reitoria da UFSC, onde a categoria dos trabalhadores técni-co-administrativos debateu as ações para barrar a instalação iminente dos relógios de ponto eletrônico e viabilizar na Univer-sidade o controle social de assiduidade, uma mesa de negociação durante toda a tarde de terça-feira (19/12) na sala do rei-tor pro tempore, professor Ubaldo César Balthazar, selou o entendimento em torno dos argumentos apresentados pelos traba-lhadores, fazendo com que a Administra-ção desistisse de implantar o famigerado ponto eletrônico. A ideia é começar ainda em dezembro a implantação de um sistema de controle eletrônico de assiduidade, a ser disponibilizado em um portal na Internet no primeiro semestre de 2018.

Participaram da reunião os membros da comissão de trabalhadores que tra-ta do controle de assiduidade, tirada em assembleia da categoria, entre eles Celso Ramos Martins e Dilton Mota Rufino, am-bos da Coordenação do SINTUFSC. Como resultado da negociação, a Reitoria enca-minhou ofício aos representantes do Mi-nistério Público Federal, autores da ação civil pública em que a UFSC foi condena-

Categoria reverte posição da Reitoria sobre o ponto eletrônico

da a implantar até o final do ano o controle de assiduidade, e também à desembarga-dora federal Marga Tessler, do TRF da 4ª Região, em Porto Alegre. No documento, a Administração apresenta o cronograma de implementação do controle eletrônico de assiduidade, contextualizando os pas-sos dados ao longo dos últimos meses com o objetivo de cumprir a determinação da sentença judicial.

A assembleia materializou o desejo dos técnicos em lutar contra a obrigatoriedade do ponto eletrônico, instrumento conside-rado obsoleto diante da complexidade da jornada de trabalho na Universidade.

Em reunião anterior com a administra-ção da UFSC, a coordenação do sindicato e os membros da comissão de trabalhado-res que trata do controle de assiduidade, aprovada em assembleia geral da catego-ria, apresentaram detalhes da proposta de implantação de um sistema eletrônico de controle de presença, como alternativa ao ponto eletrônico adquirido pela Universi-dade e que não estaria previsto na decisão judicial. O reitor pro tempore disse ter visto com bons olhos a sugestão, garanti-do a análise de sua viabilidade por parte da administração.

Com a presença dos diretores do sin-dicato junto ao gabinete da Reitoria, que chamou os representantes do SINTUFSC para uma reunião em outubro, os coor-denadores reforçaram para a reitora em exercício, professora Alacoque Erdmann, a posição congressual da categoria contrária à implantação do ponto eletrônico e pelas 30 horas para todos no âmbito da Univer-sidade. Alacoque disse estar precisando do apoio de todos para que possa ser superado o momento vivido pela Universidade, que está sendo vigiada pelos organismos de controle, que cobram a imediata implan-tação do controle eletrônico de frequência, cujos equipamentos já foram comprados pela administração. Segundo ela, um gru-po de trabalho foi montado com pessoal da Prodegesp, da Setic e da Procuradoria para que o contrato com a empresa vencedora da licitação seja cumprido e comece a im-plantação dos equipamentos até o próximo mês de dezembro.

O coordenador geral do sindicato, Cel-so Ramos Martins, reforçou o momento de tristeza vivenciado com a perda do rei-tor e destacou que a entidade tem todo o interesse em defender a instituição, mas cobrou da administração a luta pela auto-nomia universitária e reforçou que a im-plantação do controle apenas para uma das categorias que trabalham na UFSC vai reforçar o isolamento e a divisão entre os trabalhadores. Segundo ele, o comunicado da administração será assunto de pauta de reunião da direção e posteriormente discu-tido em assembleia da categoria.

Ele também defendeu a desvinculação do ponto eletrônico com o que a adminis-tração vem tratando como flexibilização da jornada. “Defendemos 30 horas para todos os servidores e não somos contrários a al-gum tipo de controle, mas essa medida ex-clui algumas chefias e professores”, ponde-rou Celso Martins, destacando que existem outros controles sociais a serem utilizados

ou aprimorados. O coordenador duvidou que a implantação do ponto eletrônico te-nha condições de melhorar a produtivida-de na Universidade, considerada uma das melhores do Brasil.

Os diretores do sindicato disseram ser contraditório que a administração desti-ne recursos financeiros para a compra dos equipamentos em atendimento aos órgãos de controle e deixe de priorizar verbas para laboratórios e outros programas acadêmi-cos da instituição que sofrem o corte de ver-bas orçamentárias. “Assim como a reitora anterior ficara marcada para sempre como a única que mandou cortar o ponto dos servidores durante uma greve, a senhora podera ficar com a pecha de quem mandou colocar o ponto eletrônico na universida-de”, lamentou o coordenador de Formação de Políticas Sindicais do SINTUFSC, Dilton Mota Rufino. Os diretores advertiram que o descontentamento na categoria poderia trazer desdobramentos imprevisíveis.

O grupo destacou parte do despacho com a decisão de 2016 em que a Justiça Federal consignou que “não cabe ao Poder Judiciário se imiscuir nos detalhes técni-cos do sistema eletrônico de controle de ponto que será adotado, sob pena, aí sim, de afrontar a autonomia administrativa da ré”, no caso a UFSC. Da coordenação do sindicato estavam presentes Celso Ramos Martins e Dilton Mota Rufino, que também integram a comissão. A comissão entende que o controle social é muito mais efetivo e democrático do que a implantação do re-lógio ponto com controle eletrônico biomé-trico de frequência. A ideia é fazer com que a UFSC cumpra a decisão judicial e que os gestores não venham a sofrer sanções dian-te de um eventual descumprimento.

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FIM DE ANOCONFRATERNIZAÇÃO DE NATAL NO SINTUFSC

Na noite de sabado (16/12) o SINTUFSC reuniu seus filiados e familiares para a tradicional confraternização de final de ano do sindicato. A noite foi de reencontro e alegria entre companheiros de jornada. 2017 foi ano de lutas e pou-cos avanços. A confraternização foi oportunidade de recarregar as baterias para as batalhas de 2018, com muitos

desafios pela frente. Confira algumas imagens da noite.

Fotos: Evandro Baron