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Missionários visi- tarão comunida- des na Bahia PÁGINA 13 Irmãs Carmelitas dão “sim” à vida religiosa PÁGINA 05 Mutirão atende presos de Florianópolis PÁGINA 09 Paróquia motiva trabalho com os surdos PÁGINA 16 Participe do Jornal da Arquidiocese POR CARTA Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - Florianópolis POR E-MAIL [email protected] PELO SITE www.arquifln.org.br Dom Wilson rece- be do Papa o pálio arquiepiscopal PÁGINA 15 Pe. Luiz Prim: a dependência química como questão de saúde pública. PÁGINA 14 Florianópolis, Julho de 2012 Nº 180 - Ano XVI Orientações sobre a Gripe A Arquidiocese publica orientações sobre como evitar o contágio pela Gripe A no ambiente religioso Por conta da grande inci- dência de pessoas contagia- das pela Gripe A (vírus H1N1), nosso arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck reeditou as orien- tações para os fiéis evitarem o contágio no espaço religioso. O documento traz 11 ori- entações sobre como os pa- dres, diáconos e lideranças lei- gas devem se portar em rela- ção aos fiéis. O texto é uma adaptação das recomenda- ções do Ministério da Saúde à realidade da Igreja Católica. Segundo a Diretoria de Vi- gilância Epidemiológica, da Se- cretaria de Saúde do Estado, somente este ano 38 pesso- as já morreram vítimas da Gri- pe A em Santa Catarina e, des- de que o surto teve início em 2009, já foram 480 casos con- firmados apenas no Estado. PÁGINA PÁGINA PÁGINA PÁGINA PÁGINA 08 08 08 08 08 Encontro, realizado no auditório da Catedral, reuniu músicos que atuam na animação litúrgica Vivemos hoje diante de uma diversidade de pala- vras, que formam, informam ou deformam nosso caráter. É preciso que nos pergunte- mos: qual palavra tem vez em nosso coração? Qual palavra está formando ou deformando nosso caráter? A Palavra de Deus é para muitos uma palavra disper- sa entre palavras. É o palavrório do mundo, evi- denciado nos discursos po- líticos, na publicidade, nas Prioridade da Palavra Tema do Mês Tema do Mês Tema do Mês Tema do Mês Tema do Mês propostas do mercado, nas opiniões de todos sobre tudo, no noticiário etc. Pior é quando a Palavra de Deus se perde até mesmo dentro de nossas igrejas: no turbi- lhão de homenagens, gritos, estridências, opiniões, estre- lismos, gestos e coisas enfi- ados nas celebrações, pen- duricalhos pretensamente litúrgicos, coisas que sufo- cam a Palavra de Deus. PÁGINA PÁGINA PÁGINA PÁGINA PÁGINA 04 04 04 04 04 Festival promove formação para músicos “Compondo e Ministrando Música”, foi o tema do curso de formação realizado no dia 24 de junho, na Catedral. Promovido pelo Setor Juventude e o Jornal Missão Jovem, o evento faz par- te dos preparativos para o Festi- val de Música Jovem, que está realizando etapas comarcais e será finalizado com um evento arquidiocesano em 25 de no- vembro, no CEAR. A formação foi ministrada por Patrícia Lemes e Simone Medei- Encontro orientou para técnicas de composição e de como proceder no espaço litúrgico ou religioso. Outras duas formações serão realizadas ainda este ano ros e contou com a presença de mais de 50 pessoas que atuam na animação litúrgica das cele- brações. O evento teve ainda a presença do Pe. Paulo De Pe. Paulo De Pe. Paulo De Pe. Paulo De Pe. Paulo De Coppi Coppi Coppi Coppi Coppi, idealizador do Festival. PÁGINA 0 PÁGINA 0 PÁGINA 0 PÁGINA 0 PÁGINA 07

Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2012

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Jornal da Arquidiocese de Florianópolis(SC) Edição 180, ano XVI, Julho/2012

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Page 1: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2012

Missionários visi-tarão comunida-des na Bahia

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Irmãs Carmelitasdão “sim” àvida religiosa

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Mutirão atendepresos deFlorianópolis

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Paróquia motivatrabalho comos surdos

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Participe doJornal daArquidiocese

P O R C A R TA

Rua Esteves Júnior, 447 - Cep 88015-130 - FlorianópolisP O R E - M A I L

[email protected] E L O S I T E

www.arquifln.org.br

Dom Wilson rece-be do Papa o pálioarquiepiscopal

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Pe. Luiz Prim: a dependência química como questão de saúde pública. PÁGINA 14

Florianópolis, Julho de 2012 Nº 180 - Ano XVI

Orientações sobre a Gripe AArquidiocese publica orientaçõessobre como evitar o contágio pela

Gripe A no ambiente religiosoPor conta da grande inci-

dência de pessoas contagia-das pela Gripe A (vírus H1N1),nosso arcebispo Dom WilsonTadeu Jönck reeditou as orien-tações para os fiéis evitaremo contágio no espaço religioso.

O documento traz 11 ori-entações sobre como os pa-dres, diáconos e lideranças lei-gas devem se portar em rela-ção aos fiéis. O texto é umaadaptação das recomenda-

ções do Ministério da Saúdeà realidade da Igreja Católica.

Segundo a Diretoria de Vi-gilância Epidemiológica, da Se-cretaria de Saúde do Estado,somente este ano 38 pesso-as já morreram vítimas da Gri-pe A em Santa Catarina e, des-de que o surto teve início em2009, já foram 480 casos con-firmados apenas no Estado.

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Encontro, realizado no auditório da Catedral, reuniu músicos que atuam na animação litúrgicaVivemos hoje diante de

uma diversidade de pala-vras, que formam, informamou deformam nosso caráter.É preciso que nos pergunte-mos: qual palavra tem vezem nosso coração? Qualpalavra está formando oudeformando nosso caráter?A Palavra de Deus é paramuitos uma palavra disper-sa entre palavras. É opalavrório do mundo, evi-denciado nos discursos po-líticos, na publicidade, nas

Prioridade da PalavraTema do MêsTema do MêsTema do MêsTema do MêsTema do Mês

propostas do mercado, nasopiniões de todos sobretudo, no noticiário etc. Pioré quando a Palavra de Deusse perde até mesmo dentrode nossas igrejas: no turbi-lhão de homenagens, gritos,estridências, opiniões, estre-lismos, gestos e coisas enfi-ados nas celebrações, pen-duricalhos pretensamentelitúrgicos, coisas que sufo-cam a Palavra de Deus.

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Festival promove formação para músicos

“Compondo e MinistrandoMúsica”, foi o tema do curso deformação realizado no dia 24 dejunho, na Catedral. Promovidopelo Setor Juventude e o JornalMissão Jovem, o evento faz par-te dos preparativos para o Festi-

val de Música Jovem, que estárealizando etapas comarcais eserá finalizado com um eventoarquidiocesano em 25 de no-vembro, no CEAR.

A formação foi ministrada porPatrícia Lemes e Simone Medei-

Encontro orientou para técnicas de composição e de como proceder no espaçolitúrgico ou religioso. Outras duas formações serão realizadas ainda este ano

ros e contou com a presença demais de 50 pessoas que atuamna animação litúrgica das cele-brações. O evento teve ainda apresença do Pe. Paulo DePe. Paulo DePe. Paulo DePe. Paulo DePe. Paulo DeCoppiCoppiCoppiCoppiCoppi, idealizador do Festival.

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Page 2: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2012

“Palavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do PapaPalavra do Papa Bento XVI Bento XVI Bento XVI Bento XVI Bento XVI

Comunhão comCristo e entre nós

pátria e espalharam a Boa Nova doamor e perdão de Deus muito paraalém das suas praias (...). Os vos-sos antepassados na Igreja da Ir-landa souberam como lutar pelasantidade e a coerência na vidapessoal, como proclamar a alegriaque vem do Evangelho, como pro-mover a importância de pertencerà Igreja universal em comunhãocom a Sé de Pedro, e como trans-mitir às gerações seguintes o amorpela fé e as virtudes cristãs (...).Amados irmãos e irmãs, rezo paraque o Congresso possa ser paracada um de vós uma frutuosa ex-periência espiritual de comunhãocom Cristo e com a sua Igreja. Aomesmo tempo, desejo convidar-vosa implorar comigo a bênção de Deuspara o próximo Congresso Euca-rístico Internacional, que terá lugarem 2016 na cidade de Cebu, nasFilipinas (...).

Como você está participando doPlano de Pastoral? E o que espera dele?

Com grande afeto no Senhor,saúdo a todos vós que estais reuni-dos no 50º Congresso EucarísticoInternacional em Dublin (...). O temado Congresso – Comunhão com Cris-to e entre nós – leva-nos a refletirsobre a Igreja como mistério de co-munhão com o Senhor e com todosos membros do seu Corpo. Desdeos primeiros tempos da Igreja, a no-ção de koinonía ou communio este-ve no centro da compreensão queela tem de si mesma, no centro dasua relação com Cristo, seu funda-dor, e dos sacramentos que celebra,sobretudo a Eucaristia (...). Pela nos-sa participação na Eucaristia, entra-mos em comunhão com Cristo eentre nós, de maneira visível, aquina terra e recebemos também a pro-messa da vida eterna que virá.

O Congresso realiza-se num pe-ríodo em que a Igreja se prepara, emtodo o mundo, para celebrar o Anoda Fé, que assinalará o cinquente-nário da abertura do ConcílioVaticano II, evento que lançou a maisextensa renovação que o Rito Ro-mano já conheceu. Com base numaapreciação cada vez mais profundadas fontes da Liturgia, o Concílio pro-moveu a participação plena e activados fiéis no Sacrifício Eucarístico (...).A Irlanda foi plasmada, no nível maisprofundo, por séculos e séculos decelebração da Santa Missa; e, pelopoder e a graça da Eucaristia, gera-ções de monges, mártires e missio-nários viveram heroicamente a fé na

Como coordenador do CPP daminha paróquia, participo desde2010 dos encontros arquidioce-sanos para o Planejamento Pas-toral. Tivemos a oportunidade deidentificar a realidade, “o rosto”,de nossa Igreja, e agora, estamossendo chamados a pensar e pla-nejar a Igreja que Deus quer, eque preci-sa fazer-seviva e atu-ante nomeio dom u n d o ,entre nós.Seguindoas orienta-ções ofici-ais da Co-ordenação de Pastoral, todos osmembros do CPP receberam olivreto do Planejamento com o“VER” e o “JULGAR” e realizamosna Paróquia o período de leitura,reflexão e registro das sugestões.Espero que o Plano possa conteros grandes objetivos e as estra-tégias da ação evangelizadora,que farão de nós a verdadeira-mente Igreja dos discípulos mis-sionários de Jesus Cristo.

Ricardo MarquesRicardo MarquesRicardo MarquesRicardo MarquesRicardo MarquesCoordenador do CPP da Paróquia N.S.da Glória, em Florianópolis

O Plano dePastoral da

Arquidioceseterá, com a

busca de novosmétodos, a

marca da con-versão pastoral”.

Pelo poder e agraça da Eucaristia,

gerações de monges,mártires e missionári-

os viveram heroica-mente a fé na pátria

e muito para alémdas suas praias”.

Julho 2012 Jornal da ArquidioceseOpinião2

Palavra do BispoPalavra do BispoPalavra do BispoPalavra do BispoPalavra do Bispo Dom Wilson T Dom Wilson T Dom Wilson T Dom Wilson T Dom Wilson Tadeu Jönckadeu Jönckadeu Jönckadeu Jönckadeu Jönck Arcebispo de Florianópolis

PLANO ARQUIDIOCESANO DE PASTORAL

Bento XVIBento XVIBento XVIBento XVIBento XVI, no encerramento do Con-gresso Eucarístico Internacional, emDublin, Irlanda, domingo, 17-06

DireDireDireDireDiretttttor: or: or: or: or: Pe. Ney Brasil Pereira - Conselho Edit - Conselho Edit - Conselho Edit - Conselho Edit - Conselho Editorial:orial:orial:orial:orial: Dom Wilson Tadeu Jönck, Pe. João FranciscoSalm, Pe. José Artulino Besen, Pe. Vitor Galdino Feller, Ir. Marlene Bertoldi, Leda Cassol Vendrúscolo,Maria Antônia Carsten, Maria Glória da Silva Luz, Carlos Martendal, Felipe Candin - Jornalista Jornalista Jornalista Jornalista JornalistaRRRRResponsávesponsávesponsávesponsávesponsável: el: el: el: el: Zulmar Faustino - SC 01224 JP - (48) 8405-6578 - Coor Coor Coor Coor Coor. de Publicidade: . de Publicidade: . de Publicidade: . de Publicidade: . de Publicidade: Pe. PedroJosé Koehler - Revisão: Revisão: Revisão: Revisão: Revisão: Pe. Ney Brasil Pereira - Editoração e Fotos: - Editoração e Fotos: - Editoração e Fotos: - Editoração e Fotos: - Editoração e Fotos: Zulmar Faustino - - - - -Distribuição: Distribuição: Distribuição: Distribuição: Distribuição: Juarez João Pereira - Impressão: - Impressão: - Impressão: - Impressão: - Impressão: Diário Catarinense

Jornal da Arquidiocese de FlorianópolisJornal da Arquidiocese de FlorianópolisJornal da Arquidiocese de FlorianópolisJornal da Arquidiocese de FlorianópolisJornal da Arquidiocese de FlorianópolisRua Esteves Júnior, 447 - Centro - FlorianópolisCep 88015-130 - Fone/Fax (48) 322(48) 322(48) 322(48) 322(48) 3224-44-44-44-44-4799799799799799E-mail: [email protected]@[email protected]@[email protected] - - - - - Site: www.arquifln.org.brwww.arquifln.org.brwww.arquifln.org.brwww.arquifln.org.brwww.arquifln.org.br222224 mil e4 mil e4 mil e4 mil e4 mil exxxxxemememememplares mensaisplares mensaisplares mensaisplares mensaisplares mensais

O processo de elaboração doPlano de Pastoral da Arquidioce-se de Florianópolis está chegan-do aos momentos finais. Duranteeste primeiro semestre, as comu-nidades e os vários segmentospastorais se reuniram para discu-tir e apresentar sugestões. Se o“Ver” e o “Julgar” já tinham umaboa formulação, as linhas do“Agir” começam a ser costuradas.Houve a participação de muitagente, e agora o secretariado depastoral está montando o textofinal que será apresentado para aaprovação na Assembleia de Pas-toral no mês de agosto.

A Igreja existe para evangelizar.Tudo na Igreja é organizado paraque a Boa Nova chegue a todos oscorações, para que,”tendo ouvido,creiam e, crendo, se salvem”. OPlano de Pastoral da Arquidiocesequer ser uma resposta eficaz decomo viver a fé nas condições do

mundo de hoje em nossa IgrejaParticular. Pretende dar indicaçõesconcretas, apresentar objetivos emétodos de trabalho, formar agen-tes para anunciar o Evangelho detal forma que atinja o coração daspessoas,faça crescer as comuni-dades e incida positivamente so-bre a sociedade e a cultura.

O documento de Aparecidaafirma que é preciso haver umaconversão pastoralconversão pastoralconversão pastoralconversão pastoralconversão pastoral. É precisoencontrar novas formas de anun-ciar o Evangelho de Cristo e, an-tes ainda, a pessoa de Jesus. É ainiciação cristã. É necessário su-perar a pastoral dos cursos, ne-cessários sim, mas adotar o mé-todo do catecumenato. A inicia-ção cristã visa apresentar Cristoaté mesmo para quem já rece-beu os sacramentos da iniciação,mas não mantém mais vínculo,nem com Cristo, nem com a co-munidade.

Outra característica da Igrejaapresentada pelo documento deAparecida é a missionariedademissionariedademissionariedademissionariedademissionariedade.Diz o texto que é preciso passarde uma Igreja de manutençãopara uma Igreja missionária. Ocentro da missionariedade consis-te em ir até aqueles que não maisvêm até nós. Também estes têmo direito de conhecer Cristo e seuEvangelho. Como conseguirão fa-zer este caminho, se não há quemvá até eles?

Quem descobre Cristo se dei-xa fascinar por Ele. Tem o desejode se reunir com outros que fize-ram a mesma experiência. Assimse constrói a comunidade. Desco-brem a alegria de viver como ir-mãos e passam a viver uma vidade fraternidade, de solidariedade,de partilha, de perdão. Esta é agrande novidade do Evangelhopara um mundo marcado pelo in-dividualismo.

É possível que as paróquiastenham assumido, ao longo dotempo, um modo de ser distanteda vida das pessoas. O Documen-to de Aparecida propõe que a pa-róquia não seja apenas umaprestadora de serviços, uma repar-tição burocrática, uma administra-dora de sacramentos. Propõe tam-bém que se criem pequenas co-munidades territoriais ou por inte-resses comuns em torno da pala-vra de Deus. Assim a paróquia setornará sempre mais uma comu-nidade de comunidades. E sempremais um lugar privilegiado paraevangelizar.

O plano de pastoral da arqui-diocese terá a marca da conver-são pastoral. Jesus Cristo é “omesmo ontem,hoje e sempre”. Omodo de anunciá-lo tem mudadoatravés dos tempos. A busca denovos métodos para evangelizaré caminho de fidelidade.

OpiniãoOpiniãoOpiniãoOpiniãoOpinião

Vivenciei a dis-cussão do plano depastoral arquidio-cesano a partir dapesquisa de camporetratando o perfilatual de nossa Igre-ja. Discuti esse“Ver”, na última As-sembléia Arquidio-cesana. Ouvi, depois, a explana-ção de Pe. Vitor Feller do “Julgar”,e, por fim, na última reunião das“Forças Vivas”, em 16/06, parti-cipei da votação na “filtragem”das pistas que serão encaminha-das à próxima Assembléia. O Mo-

Tenho uma grande expec-tativa em relação ao planeja-mento. Todos estão envolvi-dos e, a seu modo, contribuí-ram com as “pistas de ação”,pois acreditam que o plane-jamento vai reunir as forçasda Igreja da Arquidiocese emtorno dos mesmos objetivos.Planejamento muito bem ela-borado, seguindo o método ver-jul-gar-agir. No “Ver”, nossa Igreja conhe-ceu como está a realidade que a en-volve. No “Agir”, depois do “Julgar”,foram apresentadas propostas deação relacionadas aos três múnus:Palavra, Liturgia e Caridade, tudo

centrado nas cincourgências da açãoevangelizadora. Con-tamos com a graçailuminadora de Deus,com o desejo de dei-xar-nos agir, de sersimples operários deum Reino que não énosso. O Plano certa-

mente vai contribuir para um traba-lho pastoral conjunto, na busca dacomunhão.

Tânia R. Zimermann Meurer Tânia R. Zimermann Meurer Tânia R. Zimermann Meurer Tânia R. Zimermann Meurer Tânia R. Zimermann MeurerCoordenadora ArquidiocesanaApostolado da Oração

vimento Familiar Cristão,que represento, reuniu-senum domingo, estudou ossubsídios, e encaminhou pis-tas do “Agir” às “Forças Vi-vas”. Estou otimista quantoao sucesso desse trabalho,pois creio que o Plano de Pas-toral, oriundo desse proces-so, será de enorme valia para

direcionar ações evangelizadorascondizentes com a realidade denossa Arquidiocese.

F F F F Fernando Ternando Ternando Ternando Ternando TristãoristãoristãoristãoristãoCoordenador Arquidiocesano doMovimento Familiar Cristão - MFC

Page 3: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2012

Frio não impediu fiéis no Corpus ChristiFiéis participaram da confecção dos tapetes e procissão de Corpus Christi na Catedral mesmo com o frio

O frio de 11 graus, com sensa-ção térmica que beirava a zero, e ovento sul cortante, não foram sufi-cientes para impedir que centenasde pessoas acordassem bem cedona manhã do dia 07 de junho. Mu-nidos de serragem, areia, pétalasde rosa e vários outros apetrechos,crianças, jovens, adultos e idosos,se debruçaram no piso gelado daPraça XV para confeccionar os ta-petes de Corpus Christi.

Na Catedral de Florianópolis fo-ram formadas 36 equipes de traba-lho. Cada uma, encarregada de con-feccionar um tapete e 11 metros detrilhos, que saiam das escadarias daCatedral e circundaram a Praça XV.No total, eram 560 metros de umcaminho ricamente ornamentado.

TTTTTatiane Tatiane Tatiane Tatiane Tatiane Tramontin da Silvramontin da Silvramontin da Silvramontin da Silvramontin da SilvaaaaaNunesNunesNunesNunesNunes, 26 anos, era a responsá-vel por uma das equipes. O dia malhavia clareado e ela já estava comum grupo de jovens a postos parainiciar a confecção. É uma heran-ça de família, que ela leva adiantedesde os 10 anos, quando entrouna Catequese, e não largou mais.“É um trabalho que realizamos poramor à Eucaristia e por ser um mo-mento de integração e partilha comos irmãos dos diferentes grupospresentes na Igreja”, disse.

O frio da tarde não foi diferentedo da manhã. Para amenizar o sofri-mento dos fiéis, a CelebraçãoEucarística, que habitualmente é re-alizada nas escadarias da Catedral,foi transferida para a igreja. O tem-plo ficou repleto de fiéis, que busca-vam a custo encontrar um espaçono seu interior. Toda a celebração foi

Foto JA

Dom Wilson presidiu a procissão eucarística, acompanhado porpadres e ministros, e por muitos fiéis que enfrentaram o frio e o vento

animada pelo Coral Santa Cecília,reforçado pelos fiéis presentes.

A Celebração foi presidida pelonosso arcebispo Dom Wilson TWilson TWilson TWilson TWilson Ta-a-a-a-a-deu Jönckdeu Jönckdeu Jönckdeu Jönckdeu Jönck. Após a Missa, DomWilson deu início à procissão, con-duzindo o ostensório com o pão con-sagrado. À sua frente iam os padrese diáconos. Ao lado e atrás, cente-nas de fiéis. Os passos de Dom Wil-son percorriam as ruas ricamenteornadas com os tapetes confeccio-nados para aquele fim.

Em dois momentos durante otrajeto, nosso arcebispo parou paradar a bênção aos que o acompa-nhavam. A procissão foi encerra-da com a bênção final, dessa veznas escadarias. Pe. Siro ManoelPe. Siro ManoelPe. Siro ManoelPe. Siro ManoelPe. Siro Manoelde Oliveirade Oliveirade Oliveirade Oliveirade Oliveira, pároco da Catedral,agradeceu a todos que de algumaforma tornaram esse momentomais uma vez tão especial.

Jornal da Arquidiocese Julho 20123Geral

De pai para filhoMárcio Santana GomesMárcio Santana GomesMárcio Santana GomesMárcio Santana GomesMárcio Santana Gomes, 50

anos, foi um dos que também cola-borou na confecção dos tapetes.Com a experiência de quem há 43anos realiza essa atividade, auxiliouno trabalho de três equipes. “É ummomento em que nos congrega-mos, ajudamos um ao outro e mos-tramos a nossa devoção à sagradaEucaristia”, disse.

Ele lembra que desde a infân-cia sua mãe guardava a borra decafé durante o ano inteiro para quenessa data confeccionassem ostapetes. “Isso ajudava a tornar essadata tão especial”, disse. Hoje é eleque ensina a seus filhos o que apren-deu com sua mãe.

Mais fotos no site da Arqui-Mais fotos no site da Arqui-Mais fotos no site da Arqui-Mais fotos no site da Arqui-Mais fotos no site da Arqui-diocese diocese diocese diocese diocese (www.arquifln.(www.arquifln.(www.arquifln.(www.arquifln.(www.arquifln. org.br)org.br)org.br)org.br)org.br),,,,,clicar em “Álbum de fotos”.clicar em “Álbum de fotos”.clicar em “Álbum de fotos”.clicar em “Álbum de fotos”.clicar em “Álbum de fotos”.

A Faculdade Católica de SantaCatarina - FACASC, através do Nú-cleo de Estudos Bíblicos, promo-veu o Tríduo Bíblico sobre a Anima-ção Bíblica da Pastoral – ABP. Rea-lizado nos dias nos dias 04 a 06de junho, o evento contou com aparticipação de todos os alunos,da maioria dos professores e devárias lideranças de comunidadeseclesiais do Regional Sul IV.

As reflexões foram orientadaspor alguns representantes dioce-sanos que participaram do I Con-gresso Nacional de Animação Bí-blica da Pastoral, na cidade de

Tríduo Bíblico reflete sobre a Animação BíblicaGoiânia, em outubro de 2011:Dom Jacinto Inácio Flach e Pe. An-tônio Mendes (Diocese de Criciú-ma), Pe. Osmar Debatin (Diocesede Rio do Sul), Pe. Márcio MartinsRosa (Diocese de Caçador), ProfªSílvia Togneri e Ir. MarleneBertoldi (Diocese de Florianópo-lis). Cada Conferência foicomplementada pela interven-ção de alguns professores daFACASC, provocando bons deba-tes na assembleia.

Na manhã do dia 06, com apresença de Dom Wilson TDom Wilson TDom Wilson TDom Wilson TDom Wilson Ta-a-a-a-a-deu Jönckdeu Jönckdeu Jönckdeu Jönckdeu Jönck, Arcebispo de Floria-

nópolis, a reflexão girou em tor-no da necessidade de promovera Animação Bíblica da Vida e daPastoral em todas as comunida-des. Dom Wilson lançou o desa-fio, especialmente aos semina-ristas e padres, de participaremdos Grupos Bíblicos em Famíliae tornarem-se aprendizes e ani-madores da Palavra de Deus, ca-minhando junto com o povocomo fez Jesus.

As Conferências que serviramde base para as reflexões nessesdias estão disponíveis no site daFACASC (wwwwwwwwwwwwwww.f.f.f.f.facasc.edu.bracasc.edu.bracasc.edu.bracasc.edu.bracasc.edu.br).

Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...

Formação para a Pastoral do DízimoA Pastoral do Dízimo da Ar-

quidiocese promoverá no dia 28de julho, na Paróquia São Se-bastião, em Tijucas, um encon-tro de formação bíblica e pasto-ral destinado a todos os agen-tes da Pastoral do Dízimo, pa-dres e diáconos, e demais inte-ressados.

O evento contará com a as-sessoria do Ênio FilipinÊnio FilipinÊnio FilipinÊnio FilipinÊnio Filipin, mem-bro da MEAC – Missionários

para a Evangelização e Anima-ção de Comunidades, do RioGrande do Sul. O objetivo do en-contro é aprofundar o estudo so-bre a dimensão bíblica dodízimo e dinamizar este traba-lho nas paróquias a partir dasDiretrizes da Arquidiocese.

Mais informações, pelo fone(48) 3224-4799, com a Coor-denação de Pastoral, ou pelo e-mail [email protected]@[email protected]@[email protected].

Dos dias 13 a 15 de julho,Brusque será sede da 19ªAssembleia Geral do OVISA –Orientação para Vivência Sa-cramental. O evento está sen-do organizado pelo regional6 (Brusque) da Ovisa. A expec-tativa é receber cerca de 200 ca-sais do movimento, vindos doMato Grosso, Mato Grosso do Sul,Goiás, Minas Gerais, São Pauloe Paraíba.

Durante os três dias, os parti-cipantes viverão a festividade eunidade alegre e descontraída defamílias de diferentes realidades,mas que se unem num só objeti-vo: vivenciar o matrimônio deacordo com os sacramentos.

O evento contará com a parti-cipação da fundadora da Ovisa,NelyNelyNelyNelyNely TTTTTorresorresorresorresorres, de 84 anos. Tam-bém a presença do Bispo de Lins(SP), Dom IrineuDom IrineuDom IrineuDom IrineuDom Irineu DanelonDanelonDanelonDanelonDanelon, co-fundador do movimento pales-trando com o tema: “O Carisma,a Mística e a Missão do Ovisa se-gundo o Documento de Apare-cida”; e com a presença do arce-

Ovisa promove Assembleia Geral

bispo de Florianópolis, Dom Wil-son Tadeu Jönck, com a palestra:“A Eclesiologia do Documento deAparecida”.

O encerramento será no do-mingo, dia 15/07, no santuárioSanta Paulina, na missa das 10horas, cuja celebração será pre-sidida por Dom Irineu Danelon. AAssembleia Geral do OVISA acon-tece a cada três anos e partici-pam somente casais ovisistas econvidados.

O evento é destinado apenasa casais ovisistas, mas os inte-ressados em conhecer, podemparticipar fazendo inscrição pelofone (47) 9146-7444 ou pelo e-mail regional.6.sulbrusque-regional.6.sulbrusque-regional.6.sulbrusque-regional.6.sulbrusque-regional.6.sulbrusque-sc@[email protected]@[email protected]@hotmail.com. Mais infor-mações sobre o Movimento nosite wwwwwwwwwwwwwww.o.o.o.o.ovisa.org.brvisa.org.brvisa.org.brvisa.org.brvisa.org.br.

A Pastoral dos Coroinhas pro-move no dia 28 de julho, o En-contro Vocacional com as ado-lescentes e jovens, coroinhas eoutras. Realizado pelo quartoano consecutivo, o evento maisuma vez terá como sede oProvincialado das Irmãs da Divi-na Providência, em Florianópo-

Vocações Femininaslis, e tem como objetivo apresen-tar às jovens a vocação religiosafeminina. A cada ano, o encon-tro de formação reúne mais jo-vens interessadas em conhecera vida das religiosas. Mais infor-mações pelos fones (48) 3263-0979 e 9986-3339, ou pelo e-mail: [email protected]@[email protected]@[email protected].

Page 4: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2012

Prioridade da Palavra

O cristão seconstrói, sobretu-

do, pela eficáciada Palavra deDeus. Ela faz

acontecer o queproclama; não ésomente fala, é

também e sobre-tudo ação”.

“A Palavra de Deus é viva, efi-caz e mais penetrante que qual-quer espada de dois gumes. Pe-netra até dividir alma e espírito,articulações e medulas. Julga ospensamentos e as intenções docoração” (Hb 4,12). Este versículoda Carta aos Hebreus é o fio con-dutor da animação bíblica da vidae da ação pastoral da Igreja noBrasil. Esta é uma das cinco ur-gências pastorais das atuais Dire-trizes Básicas da Ação Evange-lizadora da Igreja no Brasil.

Fala-se muito, hoje, da criseda Igreja. Mas também da crisedo mundo, das sociedades, dasfamílias, do casamento, da edu-cação etc. Vivemos um períodode crise permanente em todos osâmbitos da vida. Esta é uma boaocasião para tomarmos decisõesimportantes em vista de mudan-ça, de construção de novos valo-res e novos modos de viver. Fi-cando no campo da Igreja e daação evangelizadora, é precisoque tomemos cada vez maisconsciência de que o caminhopara a nova evangelização pas-sa pela Palavra. Essa Palavra deDeus sai da boca dos profetas,de Jesus de Nazaré e dos após-tolos e, hoje, dos pregadores doEvangelho. Ela não é palavra hu-mana, mas Palavra de Deus. É porisso que o profeta Isaías diz queDeus tornou a sua boca como“uma espada afiada”, ou uma“uma seta penetrante” (Is 49,2).As imagens utilizadas aludem àforça da Palavra de Deus, quepenetra nos corações e que nãopode ser detida.

A eficácia da PalavraNão há evangelização sem

anúncio da palavra, sem leitura eprática da Palavra. Como vimos noversículo acima, da carta aosHebreus, trata-se de acreditar nopróprio Deus que assegura a efi-cácia de sua Palavra: ela penetraem todos os ambientes, ela sepa-ra o bem do mal, ela discerne ospensamentos e as intenções doscorações, ela fortalece os ânimos,ela liberta e transforma. Cada umde nós foi educado pela palavra.Pais, professores, padres,catequistas, comunicadores, cola-boraram, com a força de sua pala-vra, para a construção de nossapersonalidade. O cristão se cons-trói, sobretudo, pela eficácia daPalavra de Deus. Ela faz aconte-cer o que proclama; não é somen-te fala, é também e sobretudoação, gesto, movimento, dinamis-

mo. Ela penetra no coração do fiele o transforma a partir de dentroem um novo ser humano, renova-do em Cristo, a Palavra do Pai.

Acontece, porém, que vivemoshoje diante de uma diversidade depalavras, que formam, informamou deformam nosso caráter. É pre-ciso que nos perguntemos a todoinstante: qual palavra tem vez emnosso coração? Qual palavra estáformando ou deformando nossocaráter? A Palavra de Deus é paramuitos uma palavra dispersa en-tre palavras. É o palavrório do mun-do, evidenciado nos discursos polí-ticos, na publicidade, nas propos-tas do mercado, nas opiniões detodos sobre tudo, no noticiário etc.Pior é quando a Palavra de Deus seperde até mesmo dentro de nos-sas igrejas: no turbilhão de home-nagens, gritos, estridências, opini-ões, estrelismos, gestos e coisasenfiados nas celebrações,penduricalhos pretensamentelitúrgicos, coisas que sufocam aPalavra de Deus.

Num ambiente assim não hálugar para a simplicidade da Pa-lavra. Deus humildemente se re-

Sem a Palavra encarnada, Jesus de Nazarése torna personagem do passado.

4 Tema do Mês Julho 2012 Jornal da Arquidiocese

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tira. Ele nem ousa competir comnosso orgulho, ele não entra nonível de nossa mediocridade. SuaPalavra é simples e vulnerável,não se casa com a pretensa for-ça humana. É a Palavra da cruz,forte na fraqueza, sábia na humi-lhação.

Silêncio, Palavrae Ação

Para ouvir a Palavra é precisoSilêncio. O Pai é o Silêncio eter-

no, no qual é gerada a Palavraeterna. De ambos vem a Açãoeterna, que é o Espírito Santo.Angelus Silesius, místico alemãodo século XVII, dizia: “Ninguémfala menos do que Deus, semtempo e lugar: desde a eternida-de pronuncia uma só Palavra”.Talvez tenhamos que aprendercom Deus a falar menos, parapronunciarmos uma só Palavra,a Palavra de Deus! Sem o Silên-cio do Pai não há a Palavra doFilho nem a Ação do Espírito San-to. O silêncio se alcança quandofazemos vazio interior, quandonos dispomos à contemplação, àescuta. Sem o silêncio, a Palavrase perde, se degenera. Em Jesusde Nazaré o Verbo se fez carne, aPalavra se fez ação e, por fim, aPalavra se fez silêncio na cruz.

Na Exortação ApostólicaVerbum Domini, o papa Bento XVIensina: “Como mostra a cruz deCristo, Deus fala também pormeio do seu silêncio. O silênciode Deus, a experiência da distân-cia do Onipotente e Pai é etapadecisiva no caminho terreno doFilho de Deus. Nesses momen-

tos obscuros da cruz, ele fala nomistério do seu silêncio” (VD 21).Na sua mensagem Silêncio e pa-lavra: caminho de evangelização,para o Dia Mundial das Comuni-cações Sociais deste ano, o mes-mo papa atesta: “O silêncio é par-te integrante da comunicação e,sem ele, não há palavras densasde conteúdo. No silêncio,escutamo-nos e conhecemo-nosmelhor a nós mesmos, nasce eaprofunda-se o pensamento,compreendemos com maior cla-reza o que queremos dizer ouaquilo que ouvimos do outro,discernimos como exprimir-nos.Calando, permite-se à outra pes-soa que fale e se exprima a simesma, e permite-nos a nós nãoficarmos presos, por falta da ade-quada confrontação, às nossaspalavras e ideias”. Por isso elenos sugere: “Se Deus fala ao ho-mem mesmo no silêncio, tam-bém o homem descobre no silên-cio a possibilidade de falar comDeus e de Deus”.

A Palavra naevangelização

Fala-se muito hoje de novaevangelização. Este é o tema doSínodo dos Bispos, a realizar-se nopróximo mês de outubro. É bomlembrar que não há evangelizaçãosem o anúncio explícito da Pala-vra, sem a sua leitura e prática,sem o silêncio para a sua escuta.Há, porém, em nossa Igreja atualmuitas estruturas e instituiçõesque não vêm da Palavra e não re-fletem a Palavra. Há muitodevocionismo, sacramentalismo,moralismo, que não vêm da Pala-vra e nem a refletem.

Para haver nova evangeli-zação, considerando os trêsmúnus de todo cristão – ensinarpela Palavra, santificar pelos Sa-cramentos e servir pela Carida-de – é preciso dar prioridade àPalavra. É a Palavra que preparae confirma os sacramentos; sema Palavra, o sacramento vira ma-gia, superstição. É a Palavra queleva à caridade e a justifica; sema Palavra a caridade vira açãosocial, assistencialismo, ativis-mo. Sem a Palavra encarnada,Jesus de Nazaré se torna perso-nagem do passado. Sem a Pala-vra, a Igreja vira uma simplesagência de serviços.

Pe. Vitor Galdino Feller Pe. Vitor Galdino Feller Pe. Vitor Galdino Feller Pe. Vitor Galdino Feller Pe. Vitor Galdino FellerVigário Geral da Arq., Prof. de Teolo-gia e Diretor da FACASC/ITESCEmail: [email protected]@[email protected]@[email protected]

Page 5: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2012

Pastoral forma equipes vocacionaisEncontro intercomarcal teve como objetivo formar a Pastoral Vocacional nas paróquias da Arquidiocese

Jornal da Arquidiocese Julho 20125Geral

A Pastoral Vocacional da Arqui-diocese de Florianópolis promo-veu, na tarde do dia 23 de junho,um encontro para lideranças. Rea-lizado na Igreja Matriz da ParóquiaSão Judas Tadeu e São João Batis-ta, na Ponte de Imaruim, Palhoça,o evento reuniu 25 lideranças quejá atuam ou que pretendem atuarna Pastoral, representando as co-marcas do Estreito, Ilha e São José.

Assessorado pelo Pe. VânioPe. VânioPe. VânioPe. VânioPe. Vânioda Silvada Silvada Silvada Silvada Silva, coordenador arquidio-cesano da Pastoral Vocacional,durante o encontro os participan-tes refletiram sobre como formaruma equipe vocacional paroqui-al, a mensagem do Papa para o49º Dia Mundial de Oração pelasVocações e a preparação para omês vocacional.

Este foi o segundo ano que aPastoral promoveu o encontro. Oobjetivo principal é formar equi-pes paroquiais de Pastoral Voca-cional. “As pessoas que participa-ram, vieram com disposição e in-teresse. Vemos que a cada ano o

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trabalho está evoluindo e novasequipes vocacionais estão surgin-do”, disse Pe. Vânio.

Segundo ele, das oito comar-cas da Arquidiocese, sete estive-ram representadas nas formações.Os outros dois encontros foram

realizados no dia 21 de abril, naParóquia São Luiz Gonzaga, emBrusque, com representantes dasComarcas de Brusque e Itajaí; e nodia 12 de maio, no Santuário deSanta Paulina, com as Comarcasde Tijucas e Brusque.

Realizado na Paróquia São Judas Tadeu, em Palhoça, encontro reuniu 25lideranças que representaram as comarcas da Ilha, Estreito e São José

O Regional Sul IV da CNBB pro-moveu nos dias 19 e 20 de junhoo Encontro Regional da Pastoralda Saúde. Realizado na Casa de

Saúde é qualidade de vidaRetiros Vila Fátima, em Florianó-polis, o encontro reuniu 20 parti-cipantes, representando a coor-denação de oito dioceses do Es-

Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...Vai acontecer...

Canto e Música LitúrgicaA Faculdade Católica de

Santa Catarina – FACASC, pro-move o curso de extensão emCanto e Música Litúrgica.Canto e Música Litúrgica.Canto e Música Litúrgica.Canto e Música Litúrgica.Canto e Música Litúrgica.As inscrições já estão abertas evão até o dia 15 de julho de2012. O curso é destinado acantores, salmistas, instrumen-tistas, regentes, coralistas e de-mais participantes tanto do Mi-nistério de Música quanto deEquipes de Liturgia atuantes nascomunidades cristãs.

As aulas serão realizadas naFACASC. O curso acontecerá to-

das as segundas-feiras, naFACASC, das 19h30 às 22h00,nos meses de agosto a novem-bro de 2012. As disciplinas se-rão ministradas por professoresda instituição e por professoresconvidados.

Inscrições e informaçõespelo fone (48) 3234-0400,com Mariana, ou pelos e-mailsrecepcionista@itrecepcionista@itrecepcionista@itrecepcionista@itrecepcionista@itesc.org.bresc.org.bresc.org.bresc.org.bresc.org.br,[email protected]@[email protected]@[email protected] efffffacasc@facasc@facasc@facasc@facasc@facasc.edu.bracasc.edu.bracasc.edu.bracasc.edu.bracasc.edu.br, ouainda pelo site www.www.www.www.www.facasc.edu.brfacasc.edu.brfacasc.edu.brfacasc.edu.brfacasc.edu.br

tado. O evento contou com a pre-sença de nosso arcebispo DomWilson Tadeu Jönck.

Políticas Públicas, Sistema Úni-co de Saúde (SUS) e voto conscien-te foram temas norteadores do even-to, tratados em conferência, deba-tes e propostas de ação a ser leva-das a efeito nos grupos de base.

A qualidade de vida é um dosconceitos fundamentais da Pasto-ral da Saúde. É preciso renovar oentusiasmo e a esperança de quea saúde, geradora da qualidade deVIDA, se difunda sobre a terra. É issoque impele os membros da Pasto-ral da Saúde a cultivar sua mística,reunir-se, rezar, refletir, estudar, dia-logar, avaliar e planejar ações con-cretas e somá-las às demais pasto-rais e movimentos da Igreja.

Irmãs Camelitas dão simdefinitivo à vida religiosaDuas jovens farão no dia 15

de julho os votos solenes, dan-do o seu sim definitivo à vida re-ligiosa. A celebração será reali-zada no Carmelo Santa Teresa,em Cabeçudas, Itajaí, e será pre-sidida pelo nosso arcebispo DomWilson Tadeu Jönck, às 9h.

Ir. Verônica Maria da Sagradaface (Fabiana Dal Pozzo), 27 anos,é caçula de quatro irmãs. Come-çou a ter uma maior vivência naIgreja graças à sua madrinha e auma amiga. Cantava no coral, par-ticipava do grupo de oração e dogrupo de jovens. Aos 15 anossentiu o chamado para a vida re-ligiosa. Teve experiência com ou-tra congregação, mas em 2004conheceu o Carmelo Cristo Re-dentor e se apaixonou. No mes-mo ano ingressou e desde entãoiniciou a sua preparação paraeste momento solene.

Ir. Lúcia Maria da Santíssima

Trindade (Monike Pereira San-to), 26 anos, desde pequeninavisita o Carmelo com o seu pai,que ia buscar escapulários. Cer-ta vez, quando estava com 16anos, viu uma jovem vocaciona-da que se preparava para ingres-sar no Carmelo e isso a como-veu muito, nascendo em seucoração uma reflexão interior.Entretanto, não compreendia ochamado do Senhor. Após algu-mas experiências e aconteci-mentos em sua vida, ela com-preendeu a sua vocação. Comdeterminação, entusiasmo emuita alegria ingressou noCarmelo em 2005.

O Carmelo está localizadona Rua Benjamin Constant,425, em Cabeçudas, Itajaí. Maisinformações pelo fone (47)3348-7343 ou pelo e-mail:c a r m e l o s a n t a t e r e s a @c a r m e l o s a n t a t e r e s a @c a r m e l o s a n t a t e r e s a @c a r m e l o s a n t a t e r e s a @c a r m e l o s a n t a t e r e s a @yyyyyahoo.com.brahoo.com.brahoo.com.brahoo.com.brahoo.com.br.

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Encontro Regional teve a presença de representantes de oito dioceses

Page 6: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2012

nos vv. 8-13. Concretamente, deque “afronta” se trata? Seria a calú-nia mortal, mencionada no v. 5? Noentanto, além da “afronta” dos ini-migos, o salmista se queixa do aban-dono dos amigos, sofrido tambémpor Jesus no jardim das Oliveiras:“Não pudestes vigiar ao menosuma hora comigo?” (Mt 26,40).Além do abandono, ainda a hostili-dade perversa do fel e do vinagre(v.22), que encontramos igualmen-te na Paixão do Senhor (cf Mt27,34.48). O evangelista João falada sede de Jesus em termos de“cumprimento da Escritura” (Jo19,28).

Imprecação23. Que a sua mesa seja

um laço para eles, / e o ban-quete deles, uma armadilha.

24. Que seus olhos fiquemescuros e não enxerguem; / eque seus rins fiquem sempreardendo.

25. Derrama sobre eles tuaira, / e o furor da tua cólera ospersiga.

26. Que a morada deles fi-que deserta, / não haja quemmore em suas tendas.

27. Pois perseguiram aquem tu feriste, / aumentandoa dor de quem tu provaste.

28. À culpa deles juntamais culpa, / e diante de ti nãosejam declarados justos.

29. Sejam riscados do livrodos vivos / e entre os justosnão sejam inscritos.

De repente, em borbotões, ex-plode a “imprecação”, ou seja, “mal-dição”, contra os perseguidores (cfv. 27). Brotando da dignidade feri-da e do clamor pela justiça, não pela“justiça das próprias mãos”, a vin-gança pessoal, mas pela justiçaretributiva de Deus, a imprecaçãose volta contra “a mesa, os olhos,os rins, a morada, a tenda”, dos ini-migos. Até contra um possível per-dão divino (v.28). Como contrastacom essa imprecação a súplica deJesus em favor dos que o estavamtorturando e matando: “Pai, perdoa-lhes, não sabem o que fazem!” (Lc23,34) Isto, em coerência com oseu constante ensinamento de per-dão e misericórdia, expresso comtanta clareza no sermão da Monta-nha: “Amai os vossos inimigos e oraipor aqueles que vos perseguem!(Mt 5,44)

E eu louvarei30. Quanto a mim, pobre e

dolorido, / o teu auxílio, ó Deus,me proteja.

31. E eu louvarei com umcântico o nome de Deus / e oexaltarei com ações de graças.

32. Isto agradará ao Senhormais do que um touro, / mais queum novilho com chifres e cascos.

Tendo conseguido desabafar

1) Verifique as semelhanças,e as diferenças, entre estesalmo e o Sl 22.

2) Como o salmista descrevesua situação aflitiva, seussentimentos?

3) Destaque alguns dosmotivos que fazem sofrero salmista, e os argu-mentos a seu favor.

4) Como conciliar, com oensino e a prática de Jesus,a “imprecação” violenta dosvv. 23-29?5) De que modoo Senhor “atende ospobres” e “não despreza osseus cativos”?

À semelhança do Sl 22 (“MeuDeus, por que me abandonaste?”),o qual começa com uma queixadramática e termina com a certezada libertação e da vitória, tambémeste salmo tem início com uma si-tuação desesperadora, que impeleao grito inicial de socorro (v.2), masconclui com uma promessa de agra-decimento que ultrapassa o nívelindividual e se expande até o lou-vor “do céu e da terra” (vv. 31-35).

Atolado no lodo2. Salva-me, ó Deus, pois a

água sobe até o pescoço.3. Estou atolado no lodo pro-

fundo, onde não posso ficar depé; / caí nas águas profun-dase as ondas me arrastam.

4. Cansei-me de gritar, mi-nha voz ficou rouca, / meusolhos se consomem de esperarpelo meu Deus.

5. Os que me odeiam semmotivo são mais numerososque os meus cabelos; / são po-derosos os que querem me ar-ruinar, perseguindo-me sem ra-zão; / o que não tirei, tenho eude restituir?

Este início do salmo remete-nosao cap. 38 do livro de Jeremias, àcena em que o profeta é abando-nado por seus inimigos dentro deuma cisterna vazia, sentindo afun-dar-se no lodo (Jr 38,6). Verbalizan-do a angústia, o lodo transforma-seem água que chega “até o pesco-ço” (v.2) e se movimenta em “on-das que arrastam” (v.3). Váriascircuns-tâncias, descritas pelosalmista a seguir, coincidem comas do profeta: o ódio sofrido “semmotivo” (v.5, citado por Jo 15,24-25 em relação a Jesus), a multidãodos inimigos, “mais numerosos queos cabelos” (v.5), as acusações gra-tuitas , as perseguições (v.5).

Por tua causa6. Ó Deus, tu conheces

minha ignorância, / e meuspecados não te estão ocultos.

7. Não sejam envergo-nhados por minha causa osque esperam em ti, Senhor,Senhor dos exércitos; / não seenvergonhem de mim os quete buscam, Deus de Israel.

8. Pois por tua causapadeci insultos, / a ignomíniacobriu-me o rosto.

9. Tornei-me um estranhopara meus irmãos, / umestrangeiro para os filhos deminha mãe.

10. Pois o zelo por tuacasa me devora, / os insultosdos que te insultam caíramsobre mim.

Logo depois de um reconhe-cimento da sua “ignorância” e dosseus pecados (v.6), os do próprio

6 Bíblia Julho 2012 Jornal da Arquidiocese

Salmos 69 (68): Angústia e EsperançaConhecendo o livro dos Salmos (50)Conhecendo o livro dos Salmos (50)Conhecendo o livro dos Salmos (50)Conhecendo o livro dos Salmos (50)Conhecendo o livro dos Salmos (50)

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salmista, a preocupação com aque-les que poderiam “escandalizar-secom os seus sofrimentos” (v.7),caso ele mesmo, o orante, não sejasalvo. Pois é “pela causa” do Senhorque ele está padecendo, “devora-do pelo zelo da sua Casa”, isto é,do seu Templo (cf Jo 2,17 em rela-ção a Jesus). Mais: ele está sendoum anteparo da Santidade divina,quando atingido “pelos insultos dosque te insultam” (cf Rm 15,3 tam-bém referido a Jesus).

Zombam de mim11. Se me mortifico com

o jejum, eles zombam de mim.12. Se me visto com traje

de luto, sou alvo de sarcasmo.13. Falam mal de mim os

que se sentam à porta dacidade, / e os que bebemvinho cantarolam escárnioscontra mim.

O verdadeiro profeta não vempara agradar. Sabe que corre orisco de ser ridicularizado emqualquer posição que tome. Foio que observou o Senhor Jesusa respeito dos contemporâneos,seus e de João Batista: “Sãocomo crianças nas praças...” (Mt11,16-19) Assim mesmo, suasensibilidade humana reclamados ultrajes recebidos.

Tira-me do lodo!14. Mas minha prece suba

a ti, Senhor, no tempo favo-rável. / Atende-me segundotua grande bondade, / com tuafidelidade que salva.

15. Tira-me do lodo, paraque não me afunde, / que euseja livre dos que me odeiame da água profunda.

16. Que a correnteza nãome arraste, / que o pântanonão me devore, / e o abismonão feche a boca sobre mim.

Voltando-se novamente para oSenhor, o salmista lembra-lhe o“tempo favorável” de atendê-lo –tempo que, afinal, é de Deus, nãonosso – e apela para os mais belosatributos divinos: sua “bondade” e

“fidelidade”, revelados a Moisésem Ex 34,6. E de repente retornapara a situação desesperadora doinício do salmo: o lodo, a água pro-funda, a correnteza, o abismo, compedidos cada vez mais insistentes.Inclusive para que o Senhor o liber-te “da boca do abismo”, que amea-ça fechar-se sobre o profeta.

Resgata-me!17. Ouve-me, Senhor, pois

tua bondade é benigna; / portua imensa misericórdia olhapara mim.

18. Não escondas de teuservo a tua face, / pois estou emperigo, depressa, atende-me!

19. Chega perto de minhaalma, defende-a; / resgata-medos meus inimigos.

Depois de recordar mais umavez as características divinas dabondade e da misericórdia, osalmista multiplica os pedidos comsempre novas motivações, insistin-do em que Deus “não se escon-da”, “chegue perto”, “defenda-odos inimigos”, e isso “depressa”.Quanto ao “resgatar”, ou “redimir”,é o verbo que se liga ao dever doparente mais próximo em relaçãoà pessoa necessitada, p. ex. com-prando de volta suas terras ou sualiberdade (cf Lv 25,25.48). Aqui, oorante quer lembrar a Deus, seualiado, desse seu “dever”.

A afronta queparte o coração

20. Conheces a afronta, avergonha e a desonra quepadeço. / Na tua presençaestão todos os que me afligem.

21. A afronta deles partiumeu coração e eu vacilo. / Es-perei em vão quem tivesse penade mim, / procurei quem meconsolasse, mas não encontrei.

22. Na minha comida pu-seram fel; / na minha sede,deram-me vinagre.

Há poucas feridas tão profun-das como as que se expressamcom as palavras afronta, vergonha,desonra, já aludidas pelo salmista

diante do Senhor, verbalizando osvários detalhes da sua angústia, osalmista, declarando-se “pobre edolorido”, faz ainda um pedido hu-milde de proteção. E expressa en-fim a certeza de ser atendido, pro-metendo louvar e agradecer, cons-ciente de que isto agrada mais aDeus que o sacrifício dispendiosode “touros e novilhos” (v. 32, cf Sl50,13-14).

Humildes, alegrai-vos33. Olhai, humildes, e

alegrai-vos! / Vós, que buscaisa Deus, vosso coração reviva!

34. Pois o Senhor atende ospobres, / e não despreza osseus cativos.

35. Que o louvem o céu e aterra, / os mares e tudo o queneles se move.

Reconfortado, o salmista agoraexpande seu louvor pessoal. Con-vida os “humildes” a se alegrarem(v.33) e declara o motivo, a partirda sua própria experiência: “pois oSenhor atende os pobres e não des-preza os cativos!” Notar, porém, queessa ação “do Senhor” não dispen-sa a nossa: é através de nós queEle quer “atender os pobres” e “daratenção a seus presos”.

Deus salvará Sião36. Pois Deus salvará Sião /

e reedificará as cidades de Judá;/ habitarão lá e a possuirão.

37. E a descendência de seusservos a herdará, / e nela habita-rão os que amam o seu nome.

O salmo poderia ter terminadono v. 35. Estes dois últimos versícu-los alargam o horizonte individualpara o coletivo, no contexto históri-co talvez do Exílio, expressando aesperança da restauração de Jeru-salém e das cidades de Judá.

Pe. Ney Brasil PereiraPe. Ney Brasil PereiraPe. Ney Brasil PereiraPe. Ney Brasil PereiraPe. Ney Brasil PereiraProfessor de Exegese Bíblica na Fa-culdade de Teologia de SC - FACASCemail: [email protected]@[email protected]@[email protected]

Para refletir:Para refletir:Para refletir:Para refletir:Para refletir:

Page 7: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2012

Jornal da Arquidiocese Julho 20127Juventude

Músicos participam de curso de formaçãoEncontro orientou para técnicas de composição e de como proceder no espaço litúrgico ou religioso

O Setor Juventude Setor Juventude Setor Juventude Setor Juventude Setor Juventude e o Jor-Jor-Jor-Jor-Jor-nal Missão Jovem nal Missão Jovem nal Missão Jovem nal Missão Jovem nal Missão Jovem promoveramna tarde do dia 24 de junho, noauditório da Catedral, o curso deformação “Compondo e Minis-trando Música”. O evento faz par-te dos preparativos para o Festi-val de Música Jovem, que está re-alizando etapas comarcais e seráfinalizado com um evento arqui-diocesano em 25 de novembro,no CEAR. Evento contou com apresença do Pe. Paulo DePe. Paulo DePe. Paulo DePe. Paulo DePe. Paulo DeCoppiCoppiCoppiCoppiCoppi, criador do evento, queagora está na Diocese de SantoAmaro, em São Paulo.

Ministrado pelas musicistasPatrícia Lemes Patrícia Lemes Patrícia Lemes Patrícia Lemes Patrícia Lemes e Simone MeSimone MeSimone MeSimone MeSimone Me-----deirosdeirosdeirosdeirosdeiros, os mais de 50 participan-tes tiveram noções básicas de te-oria musical para compor (letra,melodia, campo harmônico), detécnica vocal, e de como procederno espaço litúrgico ou religioso.

Patrícia Lemes, formada em

música, abordou questões técni-cas de harmonia e voz para com-posição, e percepção musical. Se-gundo ela, a Igreja tem muitas pes-soas que auxiliam na animaçãolitúrgica, mas falta formação. “Mui-tas pessoas aprendem a tocar efazem isso com boa vontade e atébem, mas falta oportunidade de seaperfeiçoarem”, disse.

Simone Medeiros é cantora etem um CD gravado com compo-sições próprias. Ela apresentou apalestra “Ministrando a Música”,em que falou sobre o gestual, rou-pa, estética e as formas deministração da música. “Cantar naIgreja é diferente de fazer umshow. O centro não é o músico,mas a liturgia”, disse.

Há dez anos, Rafael Wagner daRosa começou a atuar na anima-ção litúrgica da Paróquia NSra.Aparecida, na Procasa, São José.Ele aprendeu a tocar violão com

amigos do grupo de jovens. Ele re-conhece a falta de formação nes-sa área. “Não basta saber algumasnotas musicais, temos que nosaperfeiçoar. E isso falta bastante”,disse. Segundo ele, há um curso

de formação litúrgica musical emSão José, do qual participa.

Segundo Olga TOlga TOlga TOlga TOlga Teresinha deeresinha deeresinha deeresinha deeresinha deOliveiraOliveiraOliveiraOliveiraOliveira, membro da equipe decoordenação do Festival de Músi-ca Jovem, essa é a primeira de

outras duas etapas de formaçãoque ainda serão realizadas antesda realização do evento. As datase locais ainda não estão definidos,mas serão em diferentes regiõesda Arquidiocese. “Isso vai possibi-litar que mais pessoas partici-pem”, disse.

Ela informou que cinco co-marcas já estão organizadaspara a realização das etapascomarcais do Festival. Nas ou-tras três, a equipe de coordena-ção está auxiliando na organiza-ção. As etapas comarcais serãorealizadas de setembro a outu-bro. As bandas classificadas par-ticipam da final no dia 25 de no-vembro no CEAR.

As inscrições para os participan-tes do Festival já estão abertas.Elas podem ser feitas no site: www.www.www.www.www.festivaldemusicajovem.blogspot.festivaldemusicajovem.blogspot.festivaldemusicajovem.blogspot.festivaldemusicajovem.blogspot.festivaldemusicajovem.blogspot.comcomcomcomcom, ou no site da Arquidiocese,wwwwwwwwwwwwwww.ar.ar.ar.ar.arqqqqquifln.org.bruifln.org.bruifln.org.bruifln.org.bruifln.org.br.

Nos dias 16 e 17 de junho, na ParóquiaNossa Senhora da Imaculada Conceição,nos municípios de Angelina e Rancho Quei-mado, a Pastoral da Juventude da Arqui-diocese realizou as pós-missões jovens,encerrando o processo iniciado em 2011,quando aconteceu a pré-missão e tambémas Missões Jovens, que reuniram mais de170 jovens na sua realização.

Na pós-missão, os jovens líderes missio-nários/as voltaram às localidades da paró-quia em que estiveram no ano passado, ondeconversaram com as lideranças, reuniram acomunidade e os jovens,além de participarem dascelebrações comunitá-rias. Os jovens hospeda-ram-se em casas de famí-lia, onde foram recebidoscom muito carinho.

Para Regina SchappoRegina SchappoRegina SchappoRegina SchappoRegina Schappo,liderança da comunidadeNossa Senhora das Doresno Garcia, todo o processodas pré-missões, missões epós-missões jovens na Pa-róquia foi uma bênção. “Éum sonho que se tornou re-alidade no coração e na vida

A Pastoral da Ju-ventude da ParóquiaSão Joaquim, emGaropaba, promoveuno dia 16 de junho,sábado, as “MissõesJovens”. Cerca de 50jovens da paróquia vi-sitaram quatro comu-nidades com o objeti-vo de levar até elas,especialmente aosoutros jovens, a pala-vra da Evangelização.

Nas visitas, os jo-vens refletiram sobrea passagem bíblica“Ide, pois, e fazei dis-cípulos meus todosos povos” (Mt 28,19). Também deram abênção nas casas, e explicaram a impor-tância da Jornada Mundial da Juventude,que será realizada em 2013, no Rio deJaneiro. Antes da realização do evento, osjovens participaram de um dia de motiva-ção missionária com o Conselho Missio-nário Paroquial.

A missa de encerramento foi na IgrejaMatriz, às 16h, do dia 17 de junho, presidi-da pelo pároco Pe. Alceoni Berken-Pe. Alceoni Berken-Pe. Alceoni Berken-Pe. Alceoni Berken-Pe. Alceoni Berken-brockbrockbrockbrockbrock. A Celebração Eucarística contoucom a participação dos jovens na liturgia e

Missões Jovens em Garopaba

com o depoimento da sua experiência nasmissões. “Missão é mais que um desafio,é atender a um pedido do próprio Jesus”,disse Daniel Machado PazDaniel Machado PazDaniel Machado PazDaniel Machado PazDaniel Machado Paz, secretárioParoquial da Juventude.

Para Pe. Alceoni, as Missões Jovensforam uma graça para a Paróquia. “Comcerteza, a ação desta Missão perdurarános corações das pessoas visitadas e desuas famílias. Deus seja louvado pelosjovens que abraçaram esta causa tão belaque é ser discípulo missionário de Jesus”,afirmou.

Pastoral da Juventude realizaPós-Missões Jovens

de todas as pessoas que participaram des-te momento inesquecível”, completou.

Daniel CasasDaniel CasasDaniel CasasDaniel CasasDaniel Casas, um dos coordenadores,acredita que a grande missão continua ago-ra em cada uma das comunidades. “Demodo geral criamos boas perspectivas nacontinuidade do trabalho de evangelizaçãoda juventude e na animação da vida comu-nitária”, acredita.

A Pastoral da Juventude irá continuar otrabalho de acompanhamento à juventu-de, através de formações e encontros paraos jovens de toda a paróquia.

Uma parte dos jovens, liderados pelo Diácono Marcos Decker,realizaram as missões visitando as residências das comunidades

Divulgação/JA

Jovens visitaram as comunidades onde realizaram asMissões em 2011. Intenção é formar grupo articulados

Divulgação/JA

Formação reuniu mais de 50 músicos da Arquidiocese e foi ministradopelas musicistas Patrícia Lemes e Simone Medeiros (foto)

Page 8: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2012

Julho 2012 Jornal da Arquidiocese8 Geral

Prevenção à Gripe A nas paróquiasPor conta da incidência do vírus, Igreja orienta como os fiéis devem se portar no espaço religiosoEm função do número de ca-

sos de pessoas vitimadas pela“Gripe A” (H1N1), o arcebispo deFlorianópolis, Dom Wilson TDom Wilson TDom Wilson TDom Wilson TDom Wilson Ta-a-a-a-a-deu Jönckdeu Jönckdeu Jönckdeu Jönckdeu Jönck, decidiu reeditar asorientações que contribuem paraos fiéis evitarem o contágio noespaço religioso. O documentotraz 11 orientações de como ospadres, diáconos e lideranças lei-gas devem se portar em relaçãoaos fiéis. O texto é uma adapta-ção das recomendações do Minis-tério da Saúde à realidade da Igre-ja Católica.

No texto, Dom Wilson aindaorienta quanto a se comportardiante dessa situação. “Sabe-mos que, em momentos comoeste, o pânico é um comporta-mento prejudicial e ineficaz.Não se pode, por outro lado,deixar de tomar medidas que,

embora simples, são de grandeeficácia para impedir a difusãode um vírus como o H1N1”,informou o arcebispo.

Segundo a Diretoria de Vigilân-cia Epidemiológica, da Secretariade Saúde do Estado, somenteeste ano pelo menos 38 pessoasjá morreram vítimas da Gripe A emSanta Catarina. Desde que o sur-to teve início em 2009, o Estadojá contabilizou 480 casos de in-fecção por Gripe A confirmadosem laboratório.

As orientações haviam sidopublicadas em agosto de 2009,quando houve o primeiro surto dovírus. Na época, vários eventosreligiosos em Santa Catarina, queenvolviam grande número de fi-éis, foram adiados ou até mesmocancelados em função da possi-bilidade do contágio.

1º) aproveitar as reuniões, os encontros e outroscontatos com paroquianos, a fim de esclarecê-lossobre as medidas preventivas indicadas pelas au-toridades competentes para se evitar o contágiocom a doença e, se for o caso, para se verificar omodo de tratá-la (cf. www.saude.gov.br);

2º) manter os ambientes da igreja (salões paroqui-ais e salas de reuniões) sempre bem arejados;

3º) desativar a pia de Água Benta na entrada dasigrejas;

4º) evitar apertos de mão dos Ministros da Acolhi-da, na entrada do povo para as celebrações;

5º) nas celebrações, evitar tanto o gesto de daras mãos durante a oração do Pai Nosso, comoa saudação da Paz;

6º) a sagrada Comunhão deve ser distribuída nasmãos dos comungantes;

7º) evitar a distribuição da sagrada Comunhãosob as duas espécies;

8º) Ministros da Comunhão que estiveremgripados ou resfriados não devem auxiliar nadistribuição da Sagrada Comunhão, enquan-to se encontrarem doentes;

9º) mais do que nunca, os Ministros devem ob-servar a norma de lavar as mãos antes e de-pois da distribuição da sagrada Comunhão;

10º) colaborar com a difusão de cartazes, folderse folhetos orientativos sobre os cuidados es-senciais com a saúde e de prevenção contraa nova gripe e expô-los de forma visível, emlocais de circulação dos fiéis;

11°) recomendar aos paroquianos que estiveremgripados ou resfriados que evitem participardas reuniões promovidas pelas pastorais pa-roquiais, até que estejam curados da doença.

Orientações para evitar o contágio pela gripe

A Paróquia Senhor Bom Jesusde Nazaré, em Palhoça, acolheunos dias 09 e 10 de abril mais umretiro para casais em segundaunião. Promovido pelo setor Ca-sos Especiais da Pastoral Famili-ar, o retiro acolheu 23 casais emsegunda união da Comarca deSão José e de Santo Amaro. E en-volveu outras 160 pessoas, entreex-retirantes e muitos jovens, fi-lhos dos ex e atuais.

O evento foi assessorado peloPe. Roberto AripePe. Roberto AripePe. Roberto AripePe. Roberto AripePe. Roberto Aripe (Padre Chiru),da diocese de São Leopoldo, RS,e sua equipe. Ele é o criador dametodologia “O Senhor é o meuPastor”, que orienta os casais emsegunda união.

Pe. Francisco Rohling, Pe. Francisco Rohling, Pe. Francisco Rohling, Pe. Francisco Rohling, Pe. Francisco Rohling, o pá-roco, ministrou a palestra “Ma-ravilhoso plano do Pai”, em quefalou que os casais em segundaunião são também filhos ama-dos e que a salvação é tambémpara eles. Mas que a espiritua-lidade deles vai na linha da vivên-cia da palavra, da oração e dacaridade, não sacramental. “Den-tro do trabalho evangelizador daIgreja, são convidados a partici-par da caridade social, em espe-cial dos Grupos Bíblicos em Fa-mília”, disse Pe. Chico.

Palhoça promove retiro para casais em segunda uniãoEncontro realizado pela quinta vez busca conscientizar casais do que podem realizar na Igreja

Mudança de vidaSegundo Roseli Gorges da Sil-

va, o retiro mudou a sua vida. Elaparticipou com o seu esposo,Silvério. É liderança na comunida-de: coordena um GBF e é vice-co-ordenadora do CPC. Mas semprese sentiu receosa em seu traba-lho. Ela é viúva, mas seu marido éseparado. “A Igreja sempre meacolheu, mas algumas pessoascriticavam minha situação. Agorasei o que posso ou não fazer e mesinto confiante para a minha açãopastoral”, disse.

Esta foi a quinta vez que o even-to foi realizado em Palhoça. Segun-do Neuzeli WisentainerNeuzeli WisentainerNeuzeli WisentainerNeuzeli WisentainerNeuzeli Wisentainer, que

com seu esposo, Vicente, coorde-nam o setor Casos Especiais naparóquia, a participação foi muitoboa. “A maioria dos casais já parti-cipa da vida da igreja, e com o en-contro tiveram souberam que po-dem fazer muito mais”, disse.

Ela acredita que, a partir doretiro, a Igreja ganhará 23 novaslideranças. A partir de agora, oscasais continuarão se encon-trando mensalmente. Serão en-contros de formação e partilha,em que eles poderão falar so-bre o que aprenderam no retiro,de que forma estão aplicando ecomo isso está mudando a vidado casal.

Retiro reuniu mais de 200 pessoas, entre equipe de trabalho e participantes

A Pastoral Familiar da CNBB- Regional Sul IV (SC) promoveu,nos dias 01 a 03 de junho, umencontro de formação e reuniãodo Conselho Regional da Pasto-ral. Realizado no Morro da Fu-maça, na diocese de Criciúma,o evento reuniu representantesde nove dioceses do Estado.

Foram apresentadas as Me-tas de Ação para 2012 a 2015.Entre elas: a) Investimento naFormação e preparação dos agen-tes de Pastoral Familiar; b) Im-

plantação e Assessoria da Pasto-ral Familiar nas Paróquias; c) Or-ganização do Setor Família e vidano Regional, integrando pasto-rais, organismos e serviços.

Com assessoria do casal For-mador do Regional Sul I, André eRita, os trabalhos de grupo foramde grande proveito para os partici-pantes de nossa Arquidiocese:Diácono Roberto Costa, daComarca da Ilha e o casal Nestore Vilma Fetter, coordenadores daPastoral Familiar na Arquidiocese.

Encontro Regional da Pastoral Familiar

Encontro reuniu representantes de nove dioceses do Regional

Divulgação/JA

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Jornal da Arquidiocese Julho 20129Geral

Mutirão atende presos de FlorianópolisParceria entre a Pastoral Carcerária e OAB vai atender mais de 200 presos e presas de Florianópolis

A Pastoral Carcerária, em par-ceria com a Ordem dos Advoga-dos do Brasil, através do OAB Ci-dadã, e outras entidades associa-das, está promovendo o MutirãoMutirãoMutirãoMutirãoMutirãoMultidisciplinarMultidisciplinarMultidisciplinarMultidisciplinarMultidisciplinar, com os priva-dos de liberdade do presídio mas-culino e feminino de Florianópolis.O evento teve início no dia 12 dejunho e deve ir até 27 de julho.

Durante toda a semana, de se-gunda a sábado, voluntários ofere-cem os mais variados serviços aosencarcerados. Há corte de cabelo,confecção de documentos, conver-sas motivacionais, palestras, orien-tações de saúde (doenças sexual-mente transmissíveis e infecto con-tagiosas), e atendimento jurídico.

O levantamento para a reali-zação do serviço foi realizadopela Pastoral Carcerária, atravésdo serviço de assistência socialque realiza há quatros anos comos encarcerados em Florianópo-lis. “Esses atendimentos são im-portantes pela valorização daauto estima, da cidadania e daefetivação dos direitos dos encar-cerados e encarceradas”, disseTTTTTaise Zanoaise Zanoaise Zanoaise Zanoaise Zanottttttttttooooo, assistente soci-al da Pastoral.

Um grupo de advogados vo-luntários está analisando os pro-cessos dos presos provisórios dascinco alas do presídio masculino,

e de todas as presas do presídiofeminino. No total serão 130 pre-sos do masculino e 119 do femi-nino, que podem ser atendidos.Mas o atendimento é espontâ-neo. Só o recebe quem quer. Osatendimentos são realizadossempre nas sextas-feiras e sába-dos pela manhã.

Durante o atendimento, os ad-vogados verificam os processos,têm uma conversa com o preso edepois vão ao Fórum para fazeruma consulta processual. Após 15dias, eles retornam para uma novaconversa com o preso. “Caso já

Foto JA

Nos meses de junho e julho, mais de 200 presos e presas do presídiode Florianópolis receberão atendimento pelo Mutirão Multidisciplinar

tenham advogado, apenas se pas-sa a informação do andamento doprocesso. Se não tiverem, o juizpode designar o advogado que oatendeu pela defensoria dativa”,disse Ana PAna PAna PAna PAna Paula Taula Taula Taula Taula Trararararavisanivisanivisanivisanivisani, co-ordenadora do projeto.

Essa é a segunda vez que oMutirão é realizado. A primeira foiem 2010 e atendeu apenas as120 presas do presídio feminino.“A intenção é já na próxima vezestender o atendimento tambémaos presos com condenação”, dis-se Júlio dos Santos NetoJúlio dos Santos NetoJúlio dos Santos NetoJúlio dos Santos NetoJúlio dos Santos Neto, co-ordenador do OAB Cidadã.

A Pastoral Catequética daArquidiocese promoveu, dos dias1º a 3 de junho, retiro para cate-quistas coordenadores de comu-nidade. Realizado na Casa PadreDehon, em Brusque, o evento reu-niu mais de 80 participantes, re-presentando as paróquias daArquidiocese.

Retiro para coordenadores de CatequeseDurante o retiro, os/as cate-

quistas contaram com a assesso-ria do Pe. Vanildo de PaivaPe. Vanildo de PaivaPe. Vanildo de PaivaPe. Vanildo de PaivaPe. Vanildo de Paiva,membro da equipe nacional deCatequese. Durante os três dias,o assessor levou os participantesa realizarem a leitura orante daBíblia. Suas reflexões foram divi-didas em cinco meditações a par-

Planejamento Arquidiocesano de PastoralVocê está participando?Por ocasião do Concílio Vati-

cano II, de 1962 a 1965, a Igrejado Brasil convocou os bispos esuas respectivas dioceses paraplanejar a pastoral. Esta propos-ta se concretizou através dos Pla-nos de Pastoral de Emergência,logo após a realização do Concí-lio. O objetivo principal era aco-lher e implantar as propostas pas-torais do Concílio nas Dioceses.

Ao longo desses cinquentaanos, a Arquidiocese de Floria-nópolis elaborou diversos Pla-diversos Pla-diversos Pla-diversos Pla-diversos Pla-nos de Pastoralnos de Pastoralnos de Pastoralnos de Pastoralnos de Pastoral, com o intui-to de responder aos apelos con-ciliares e aos desafios pastoraisde cada época. O método ver-julgar-agir serviu como instru-mento de trabalho no processode planejamento pastoral.

Nas últimas décadas, porém,as Dioceses do Brasil, também anossa, não elaboraram mais pla-nos de pastoral e sim “DiretrizesGerais para a Ação Evangelizado-ra”. Mas, tendo em vista a reto-mada dos documentos do Concí-lio Vaticano II e as conclusões daConferência de Aparecida (2007),nossa Arquidiocese decidiu, naAssembleia de Pastoral de 2009,fazer novamente um processo deplanejamento e elaborar um Pla-no de Pastoral. Sempre, é claro,sob a inspiração das DiretrizesGerais da CNBB.

O processo de planejamentoiniciou-se em 2010 com a etapado “ver” a realidade, através daspesquisas realizadas pelo Institu-to MAPA, dos questionários feitoscom os padres, diáconos, lideran-ças leigas, católicos participantes

nas comunidades, católicos afas-tados, e pessoas que deixaram aIgreja Católica. A segunda etapa,o “julgar” a realidade, a partir dosvalores da Palavra de Deus e dosdocumentos da Igreja, aconteceudurante o segundo semestre doano de 2011 e o início de 2012.Nos últimos meses, com a par-ticipação das paróquias, daspastorais, movimentos, servi-ços, organismos e demais for-ças vivas, estamos realizandoa terceira etapa do planejamen-to, que consiste em elaborar aspropostas de ação para trans-formar a realidade.

O processo de planejamen-to vai culminar com a realiza-ção da Assembleia Arquidio-Assembleia Arquidio-Assembleia Arquidio-Assembleia Arquidio-Assembleia Arquidio-cesana de Pastoralcesana de Pastoralcesana de Pastoralcesana de Pastoralcesana de Pastoral nos dias24 e 25 de agosto de 2012,quando deveremos aprovar oPlano de Pastoral da Arquidio-cese para os próximos anos.

Você participou desse traba-lho? Se a resposta for sim, a nos-sa gratidão pela colaboração. Sea resposta for não, fica o convitepara você participar. Procure con-versar com as lideranças de suaparóquia, conheça os materiais(textos e vídeo) que estão dispo-níveis no site da Arquidiocese(www.arquifln.org.brwww.arquifln.org.brwww.arquifln.org.brwww.arquifln.org.brwww.arquifln.org.br), rezepelos que estão coordenandoeste trabalho, especialmentepela Assembleia de Pastoral. Asua participação também é im-portante para que o Plano dePastoral se concretize.

Do Concílio Vaticano II aosnossos dias, cinquenta anos sepassaram. Do “Plano de Emer-gência” queremos passar para o“Plano das UrgênciasPlano das UrgênciasPlano das UrgênciasPlano das UrgênciasPlano das Urgências”. Urgên-cia de uma Igreja em estado per-manente de missão (Mc 16,15);Igreja, casa de iniciação à vidacristã (At 16,32s); Igreja, lugar deanimação bíblica da vida e dapastoral (2Tm 3,16); Igreja, comu-nidade de comunidades (Gl 1,2s);Igreja a serviço da vida plena paratodos (Jo 10,10). Assim estare-mos nos tornando discípulos mis-sionários de Jesus Cristo e juntosconstruiremos o Reino de Deusanunciado por Ele. Participe!

Lideranças participam devotação da Assembleia de 2009

Arquivo/JA

tir dos textos bíblicos de João.Após cada um deles, os participan-tes eram convidados a meditarsozinhos ou em grupos.

Na avaliação da Irmã Mar-Irmã Mar-Irmã Mar-Irmã Mar-Irmã Mar-lene Bertoldilene Bertoldilene Bertoldilene Bertoldilene Bertoldi, coordenadoraarquidiocesana da PastoralCate-quética, o retiro ajudou osparticipantes a fazer uma pro-funda experiência com Jesus, avalorizar o uso da Biblia parameditar, rezar e encontrar osvalores, para o sustento de umavida espiritual em meio à reali-dade descente de nossa socie-dade.

“A leitura Orante nos permi-tiu um confronto entre a fé e avida, tornando oração as lutas eas conquistas, os sofrimentos eas alegrias,as sombras e as lu-zes diárias, as incoerências e oesforço de bem cumprir a mis-são”, disse.Realizado na Casa Pe. Dehon, em Brusque, retiro reuniu 80 participantes

Divulgação/JA

Page 10: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2012

teção da propriedade e a garantia daatividade mercantil por meio de algunsprincípios de segurança institucionalpara as classes burguesas.

A 5ª Semana Social Brasileira, ativida-de proposta pela CNBB com realizaçãode seminários em todas as dioceses doBrasil entre os anos de 2011 e 2013, pro-põe a reflexão crítica e coerente a partir dabase teológico-pastoral sobre o papel doEstado na promoção e defesa da vida. Ora,um Estado efetivamente democrático, éaquele que é regido pela justiça e pela dis-tribuição de riqueza e da renda.

Fernando Anísio Batista Fernando Anísio Batista Fernando Anísio Batista Fernando Anísio Batista Fernando Anísio BatistaSociólogo/CoordenadorAção Social Arquidiocesana

10 Ação Social Julho 2012 Jornal da Arquidiocese

Coleta da CF-201273 entidades contribuiram para a arrecadação de R$ 225.094,02.

Desse valor, 60% vai compor o Fundo Arquidiocesano de SolidariedadeA Coleta da Solidariedade, ou seja,

da Campanha da Fraternidade, reali-zada anualmente no Domingo de Ra-mos, vem crescendo gradualmente naArquidiocese a cada ano que passa.

5ª Semana Social Brasileira: Parte II – Definição de EstadoDesde a Idade Média, diversos pensa-

dores dedicaram boa parte de suas vidas,na análise e proposição de definições con-sistentes sobre o que é o Estado. Abaixoseguem algumas definições clássicas:

MaqMaqMaqMaqMaquiauiauiauiauiavvvvvel (1el (1el (1el (1el (1469-1469-1469-1469-1469-152525252527):7):7):7):7): a prin-cipal preocupação de todo bom esta-dista é governar, simplesmente. O bomgovernante é aquele que sabe manter-se no poder, e não o que contempla asdemandas sociais.

Thomas Hobbes (1588-1679):Thomas Hobbes (1588-1679):Thomas Hobbes (1588-1679):Thomas Hobbes (1588-1679):Thomas Hobbes (1588-1679):o ponto de partida da estruturação doEstado é a necessidade de manter apropriedade privada. O Estado, ao serconstituído, adquire poderes absolutospara agir junto à coletividade quando apropriedade é ameaçada.

John LockJohn LockJohn LockJohn LockJohn Locke (1e (1e (1e (1e (1632-1632-1632-1632-1632-1704):704):704):704):704): expõea teoria de que a ação governamentalencontra seu sentido na proteção doproprietário, mas sem força suficientepara que possa restringir sua liberda-de. Para Locke, a propriedade se cons-titui como expressão de liberdade e oexercício desta liberdade é essencialnum Estado Natural.

Os dois pensadores (Hobbes eLocke) compreendem o Estado comofruto de um contrato entre as pessoasem vista do cuidado dos seus bens, semnecessidade de concessão divina.

Nessas correntes de pensamento,o Estado Moderno não nasceu com aperspectiva da igualdade e da justiçasocial. O objetivo fundamental é a pro-

PARÓQUIAPARÓQUIAPARÓQUIAPARÓQUIAPARÓQUIA VALORVALORVALORVALORVALORAngelina 2.600,00Anitápolis 580,00Antônio Carlos 4.504,00Balneário Camboriú – Santa Inês 4.800,00Balneário Camboriú – São Sebastião 4.116,25Balneário Camboriú – Vila Real 2.734,00Biguaçu 7.478,60Bombinhas 2.800,20Botuverá 1.445,00Brusque – Águas Claras 2.779,00Brusque – Azambuja 5.519,00Brusque – Dom Joaquim 2.680,00Brusque – Santa Teresinha 4.715,00Brusque – São Luís Gonzaga 11.417,50Camboriú – Divino Espírito Santo 3.244,55Camboriú – Monte Alegre 1.464,35Canelinha 429,00Florianópolis – Agronômica 1.538,00Florianópolis – Agronômica – N.S.I.C 4.007,00Florianópolis – Balneário 2.009,05Florianópolis – Canasvieiras 0,00Florianópolis – Capoeiras 2.923,30Florianópolis – Catedral 5.700,00Florianópolis – Coloninha 1.025,00Florianópolis – Coqueiros 2.687,00Florianópolis – Estreito 3.909,70Florianópolis – Ingleses 1.987,25Florianópolis – Jardim Atlântico 2.039,45Florianópolis – Lagoa 2.328,75Florianópolis – Monte Verde 2.686,70Florianópolis – Prainha 250,00Florianópolis – Ribeirão da Ilha 2.601,10Florianópolis – Saco dos Limões 1.983,25Florianópolis – S. C. DE Alexandria 2.000,00Florianópolis – Santo Antônio 3.851,50Florianópolis - Trindade 3.250,00Garopaba 870,00Governador Celso Ramos 1.200,00Guabiruba 5.803,95Itajaí – Cordeiros 4.070,66Itajaí – Dom Bosco 1.399,90Itajaí – Fazenda 1.995,00Itajaí – Itaipava 2.297,70Itajaí – Santíssimo Sacramento 8.178,81Itajaí – São João 2.000,00Itajaí – São Vicente 3.821,15Itapema 6.358,75Leoberto Leal 1.232,75Major Gercino 612,00Nova Trento 4.025,79Palhoça – Aririú 4.355,00Palhoça – Centro 6.162,90Palhoça – Enseada de Brito 525,00Palhoça – Ponte do Imaruim 3.653,35Paulo Lopes 547,30Porto Belo 2.871,05Santo Amaro da Imperatriz 6.995,00São Bonifácio 2.148,00São João Batista 1.676,00São José – Campinas 7.376,00São José – Centro Histórico 6.516,25São José – Colônia Sant’Ana 1.728,00São José – Forquilhinhas 5.200,00São José – Procasa 1.221,30São José – Rosário 3.461,46São José – Sagrados Corações 2.358,00São José – Santa Cruz 3.588,65São José – São Judas Tadeu 1.105,00São Pedro de Alcântara 860,00Tijucas 2.608,00Santuário Santa Paulina 5.100,00Carmelo Cristo Redentor 700,00Convívio Emaús 387,80

TTTTTOOOOOTTTTTALALALALAL 225 .094 ,02225 .094 ,02225 .094 ,02225 .094 ,02225 .094 ,02

Com mais de dez anos de existência, oFundo Arquidiocesano de Solidarieda-de (F.A.S.), já apoiou mais de 120 pro-jetos sociais comunitários e de geraçãode renda, o que foi possível graças ao

gesto de solidariedade que as pessoasvêm demonstrando a cada ano.

Ao lado, acompanhe a relação dosvalores da Coleta da CF-2012, enviadapelas Paróquias e outras entidades.

O Núcleo Comunitário de DefesaCivil (NUDEC) de Guabiruba, compostona sua maioria por voluntários da Pro-moção Social Nossa Senhora do Perpé-tuo Socorro realizou mobilização na ci-dade para discussão da Coleta de Resí-duos Sólidos do Município.

A discussão sobre os resíduos ocor-reu com um momento formativo na es-cola municipal, no dia 13 de junho, ondeo Sr. Dorival Rodrigues da Silva, catadore representante do Movimento Nacio-nal de Catadores de Materiais Reci-cláveis, apresentou para as crianças otrabalho que desenvolve enquantocatador e orientou sobre as formas deseparação para reciclagem.

Seguindo a proposta do debate daRio + 20, no dia 20 de junho, Dia deMobilização Internacional das Comuni-dades em prol da Conferência, oNUDEC de Guabiruba organizou uma ca-minhada pelo centro da cidade, junta-mente com um dos 3 catadores domunicípio, em direção à Prefeitura Mu-nicipal e, num encontro com o Secretá-

NUDEC de Guabiruba realiza evento prol Rio + 20

rio do Meio Ambiente e Coordenadorda Defesa Civil, pôde apresentar a or-ganização do Núcleo e discutir a Lei deResíduos Sólidos (12.305) e o apoioaos catadores do município.

O surgimento do NUDEC de Guabi-ruba se deu a partir do desenvolvimentodo Projeto Gestão de Risco e Desastre

executado pela ASA e apoiado pelo Ins-tituto HSBC de Solidariedade. Na avali-ação de Simone de Jesus, técnica doprojeto, “as atividades realizadas des-pertam o olhar da comunidade para oNúcleo Comunitário, como também aatenção do poder público local para agestão de risco e desastre.”

Dois eventos organizados pelo NUDEC debateram a destinação do lixo na cidade

Na escola de Guabiruba as crianças apreenderam mais sobre a reciclagem de lixo

Divulgação/JA

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Tempo Comum: Filho de Deus, o SalvadorLivreto reflete sobre o Evangelho de São Marcos, que apresenta a identidade de Jesus com Filho de Deus

Jornal da Arquidiocese Julho 2012 GBF 11

Neste mês de junho, no come-ço de uma nova jornada de traba-lho, a Equipe de Redação doslivretos dos GBF está empenhan-do-se com alegria nas assessoriasdos cincos encontros comarcaisvoltados ao “Tempo Comum” doano litúrgico. Isto, para levar os ani-madores/as a sentirem o entusi-asmo de apresentar o Filho deDeus, o Salvador a partir do Evan-gelho segundo Marcos, a todas aspessoas das nossas comunidades.Comprometidos com esse valio-so trabalho no anúncio da Palavra,acolhemos com alegria as expres-sões de motivação que DDDDDomomomomom Wil- Wil- Wil- Wil- Wil-son Tson Tson Tson Tson Tadeu Jönckadeu Jönckadeu Jönckadeu Jönckadeu Jönck dirige a todosparticipantes dos GBF.

“Estes são os roteiros dos Gru-pos Bíblicos em Família, para o tem-po depois da Festa de Pentecostes.Os textos bíblicos do tempo co-mum, neste ano, são do Evangelhode São Marcos. Em linhas gerais,São Marcos faz uma apresentação

Divulgação/JA

da identidade de Jesus como Filhode Deus. O Batismo e as tentaçõesde Jesus no deserto marcam o iní-cio de sua vida apostólica. Sua pre-gação é acolhida com entusiasmo,mas logo depois aparece o cresci-mento de uma reação contrária, queculmina com a crucifixão de Jesus.A declaração da identidade de Je-sus vem pela boca do centurião quepresenciou sua morte na cruz: “Naverdade, este homem era Filho deDeus” (Mc 27,54).

Dois acontecimentos devemmarcar a caminhada neste segun-do se-mestre. O primeiro é a pro-clamação do “Ano da Fé”, com iní-cio no dia 11 de outubro de 2012(ver anexo 4). Esta data é o inícioda celebração dos 50 anos do Con-cílio Vaticano II.

O segundo acontecimento é olançamento do Documento 97 da

Reunião da equipe de redação e revisão dos livretos dos GBFs

No dia 24 de junho, festa danatividade de São João Batista, osintegrantes dos GBF da comarcada Ilha, impulsionados pela mes-ma chama do Espírito Santo quelevou São João a ser o precursorde Jesus, reuniram-se para um en-contro de espiritualidade, forma-ção e partilha, na Sede dos Servi-dores do Tribunal de Contas emSambaqui, uma das comunidadesda Paróquia do Monte Verde. Ce-lebrar São João Batista é retornarao essencial da fé cristã anuncia-da por ele (Mc 1,7-8).

O encontro teve início com a ora-ção feita pela paróquia do Ribeirãoda Ilha, destacando o encanto dasfestas de junho. Após a oração,Jupira da Costa, membro dos GBF eda Equipe de Redação, apresentouo livreto do Tempo Comum, subsi-dio que estará nas mãos de muitaspessoas para viverem a fé compro-metida em reconhecer Jesus Cristo,Filho de Deus e Salvador, a partir doEvangelho segundo Marcos.

Pela manhã, a assessoria foi como Pe. Siro ManoelPe. Siro ManoelPe. Siro ManoelPe. Siro ManoelPe. Siro Manoel, pároco da Ca-tedral, que conduziu os participan-tes a uma reflexão sobre o ano dafé, e fez com que os presentes per-cebessem a importância dos GBFno anúncio da Palavra de Deus. Deusse revela a nós na Palavra e fortale-ce nossa fé e nossa missão. A fé “écompanheira de vida, que permiteperceber, com um olhar semprenovo, as maravilhas que Deus reali-za por nós. Solícita a identificar os

Encontro comarcal dos GBFda Comarca da Ilha

sinais dos tempos no hoje da histó-ria, a fé obriga cada um de nós atornar-se sinal vivo da presença doRessuscitado no mundo” (Bento XVI,Carta Ap. Porta Fidei, n. 15).

A tarde, a assessoria ficou como Sr Pedro, membro dos GBF daparóquia dos Ingleses e o Ten.Ramon (PM/SC), que falaram aosparticipantes sobre o Conselho Co-munitário de Segurança (CONSEG),sua importância e missão na comu-nidade. Os assessores nos levarama refletir, à luz da Palavra de Deus, anossa responsabilidade em zelarpela segurança nossa e a dos vizi-nhos. Por isso, a importância daintegração da comunidade noCONSEG. Esse momento de refle-xão sobre segurança nos mostraque participar dos GBF é mais querezar, é interagir fé e vida, oração,reflexão e ação, na construção doReino de Deus.

O encontro encerrou com a mis-sa presidida pelo Pe. Pedro Pau-Pe. Pedro Pau-Pe. Pedro Pau-Pe. Pedro Pau-Pe. Pedro Pau-lololololo, pároco da paróquia do MonteVerde. Depois desse dia de sol, ba-nhados pela beleza do local, nós os69 animadores/as e membros dosGBF, voltamos para as nossas co-munidades e famílias entusiasma-dos e com ardor renovado para per-manecer no seguimento dos passosdo Divino Mestre, prontos a respon-dermos à sua interpelação: “E vós,quem dizeis que eu sou?” (Mc 8,29).

Diác. Roberto GDiác. Roberto GDiác. Roberto GDiác. Roberto GDiác. Roberto G..... da Costa da Costa da Costa da Costa da CostaCoord. GBF comarca da Ilha.

Realizado na Paróquia do Monte Verde, encontro reuniu 69 participantes

Rua Gerôncio Thives, 635 - Barreiros - São José

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em até

no cartão

CNBB: “Discípulos e Servidores daPalavra de Deus na Missão da Igre-ja”. Foi aprovado na última Assem-bleia dos Bispos do Brasil. É umareflexão sobre a Verbum Domini, odocumento do Papa Bento XVI comas conclusões do Sínodo sobre aPalavra de Deus.

“Faça-se em mim, segundo atua Palavra” (Lc 1,38). Com Maria,queremos renovar a convicção deque alimentar-se da Palavra é o pri-meiro e fundamental dever da Igre-ja. Que os roteiros dos encontrosdos Grupos Bíblicos em Famíliapossam ajudar a tornar realidade aterceira urgência das Diretrizes Ge-rais da Ação Evangelizadora da Igre-ja no Brasil: Igreja: lugar de anima-ção Bíblica da vida e da pastoral”

Dom Wilson TDom Wilson TDom Wilson TDom Wilson TDom Wilson Tadeu Jönckadeu Jönckadeu Jönckadeu Jönckadeu Jönck, SCJ, SCJ, SCJ, SCJ, SCJArcebispo de Florianópolis

O encontro arquidiocesano éum momento de preparação paraas pessoas que querem participardo 11º Encontro Estadual dasCEBs em setembro. Setembroserá um tempo de primavera e degraça na celebração dos 50 anosdo Concílio Vaticano II, verdadei-ra primavera na vida da Igreja.Tempo também de fazer memó-ria dos 100 anos do Contestado,recordando a luta dos campone-ses caboclos por terra e justiça.

Convidamos as liderançaspara participar, pois nesse encon-tro serão escolhidos os represen-

Encontro arquidiocesano das CEBs e GBFtantes (delegados) das Paróquiase Forças Vivas da arquidioceseque participarão junto aos outros“delegados” que vierem represen-tando as 10 dioceses de SantaCatarina.

O encontro arquidiocesanoacontecerá no dia 15 de julho,domingo, na paróquia São Fran-cisco Xavier, Rodovia Virgilio Vár-zea, 538, Monte Verde, das 8h:30às 16h:30, com assessoria de Pe.Pe.Pe.Pe.Pe.Vilson GrohVilson GrohVilson GrohVilson GrohVilson Groh e Neuza MafraNeuza MafraNeuza MafraNeuza MafraNeuza Mafra,refletindo e aprofundando o tema:Justiça e Profecia a serviço da vidae o Lema: Eu ponho minhas pala-

vras na tua boca (Jr 1,9b). Quemquiser participar, faça contatocom o pároco e com as coordena-ções diocesanas das Pastorais,Movimentos, Organismos, Servi-ços... Lembramos que o custo doalmoço será de R$ 10,00 e os lan-ches (cafés) serão partilhados:“Eles eram perseverantes em ou-vir o ensinamento dos apóstolos,na comunhão fraterna, na fraçãodo pão e nas orações” (Atos 2,42).

Edson Luiz MendesEdson Luiz MendesEdson Luiz MendesEdson Luiz MendesEdson Luiz MendesCoordenador arquidiocesano das Co-munidades Eclesiais de Base - CEBs

Divulgação/JA

Page 12: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2012

OpiniãoOpiniãoOpiniãoOpiniãoOpinião

12 Artigos Julho 2012 Jornal da Arquidiocese

A Campanha da Fraternidadede 2012 vem diretamente ao en-contro de inúmeras coerências eincoerências relacionadas aobem-estar físico e mental daspessoas. A Igreja, como explica otexto-base, sempre esteve envol-vida com a preservação e promo-ção da saúde. Hospitais renoma-dos nasceram de iniciativas decongregações e ordens religiosas,surgindo então serviços médico-hospitalares para atendimento dapopulação, vale lembrar as San-tas Casas e as Casas de Miseri-córdia. Ainda hoje, hospitais e clí-nicas de referência são frutos des-tas iniciativas de épocas em que

o governo constituído não estavatão atento às políticas de saúdepública.

Vale lembrar a notável atuaçãoda Dra. Zilda Ars Neumann , nadécada de 70, na cidade deCuritiba. Na época havia escassezde postos de Saúde da rede públi-ca para atendimento primário àsaúde da população. Tomandopara si a responsabilidade de pro-mover a saúde pública da popula-ção menos favorecida de Curitiba,ela montou, em Salões Paroquiaisdas diversas igrejas católicas es-palhadas na cidade, pequenospostos de saúde, que ofereciamatendimento médico à Maternida-

de e à Infância. Isso gerou a cria-ção da Pastoral da Criança.

Poderíamos mencionar diver-sas ações transformadoras nomundo da saúde, como as da Dra.Zilda e outros. Por outro lado, vejoum completo descaso com algunsfiéis, sobretudo com os deficientesfísicos, p.ex. em cadeiras de roda.

A falta de acessibilidade im-pede esses cadeirantes, e outraspessoas com dificuldade de loco-moção, de adentrar nas Igrejaspara participar da Liturgia e teste-munhar sua fé. Idêntica dificulda-de nas casas de retiros.

Nesse sentido é importantemencionar o Santuário de Lourdes,

A Igreja e defesa da Saúde Públicana França, lugar escolhido por Ma-ria para manifestar sua solicitudepelos enfermos. É muito comoven-te ver a procissão de dezenas decadeirantes em busca de confortoe bênção, devidamente acolhidos.

É preciso abrir bem os olhospara exercer a caridade fraternacom todos sem exceção. Todosque integram a Igreja: clero e lei-gos, deveríamos ter consciênciade nosso papel na promoção, or-ganização e assistência efetivaaos doentes e necessitados emgeral. Despertar também o sensocrítico na escolha de governantescomprometidos com a saúde pú-blica e com o cumprimento das

leis que a garantem.A Igreja Católica, contando com

as políticas de saúde do próprioGoverno, envolve-se bem menosnesse campo que outrora. Nãoseria esta a hora de repensar comodevemos agir? Cabe a nós, cris-tãos, ter uma atuação digna de fi-éis seguidores de Cristo, o qual,conforme lembra a Carta Apostóli-ca Salvífici Doloris, de João PauloII, “ensinou-nos, ao mesmo tem-po, a fazer o bem com o sofrimen-to e fazer o bem a quem sofre”.

Dra. Cecília Motta Böing Dra. Cecília Motta Böing Dra. Cecília Motta Böing Dra. Cecília Motta Böing Dra. Cecília Motta BöingMédica especialista em Obstetrí-cia e Ginecologia

CCCCCentenárioentenárioentenárioentenárioentenárioJacob João Luiz Nebel nasceu no

Estado de Würtenberg, Alemanha,em 4 de janeiro de 1887. Ingressouna Província alemã da Companhia deJesus em 2 de outubro de 1908 enela foi ordenado presbítero em 20de junho de 1920. Seis meses de-pois, 20 de fevereiro de 1921, Pe.Jacob escreveu a Dom Joaquim, ain-da como jesuíta, pedindo incardina-ção em Florianópolis, pedido aceito.Sua primeira provisão no Brasil foi ade vigário de São Pedro de Alcântara(12 de setembro de 1921), auxilian-do a Côn. Francisco Giesberts, que odescreveu como bom, sensível, queatende a todos. Em 8 de outubro de1922, assumiu como pároco, tendocomo primeira iniciativa a construçãoda capela do Sagrado Coração deJesus, em Biguaçu do Meio, hoje An-tônio Carlos. Em março de 1925, derepente, abandonou o ministério sa-cerdotal e foi para o interior de SãoPaulo, onde comprou umafazendinha, nela residindo com umempregado. Menos de um ano de-pois, arrependido, pediu que DomJoaquim o recebesse de volta, mes-mo com a devida penitência.

O frutuoso ministério emBraço do Norte

Feliz por retornar ao sacerdó-cio, em seis de fevereiro de 1926foi nomeado vigário paroquial doQuadro, depois Braço do Norte, eGravatal. Pe. Nebel tendia a tomarpartido em confusões políticas, oque acarretava problemas e car-tas de reclamação. Mas era umpadre zeloso e incansável. Por con-ta de sua origem sueva, era capazde explodir em gritos e logo depoistrabalhar calmamente. Em 7 de fe-vereiro de 1931 foi nomeado pá-roco de Nosso Senhor do Bom Fim,Braço do Norte, vasta paróquia queabrangia Braço do Norte, Armazém,Aiurê, Gravatal e Grão Pará. Comos anos, esses centros se transfor-maram em paróquias.

Pe. Jacob Nebel, como umbom pároco, empenhou-se noatendimento às capelas, doentes,

crianças, famílias. Mas tam-bém encontrou energias paraenfrentar a construção danova igreja matriz de Braço doNorte, obra que empenhou opovo entre 1932 e 1951. Em30 de setembro de 1951 foibenta a nova matriz, sem apresença do Pe. Nebel.

Nacionalização e políticaEm 1937, o Presidente Ge-

túlio Vargas decretou a ditadu-ra, chamada de Estado Novo,que foi até 1945. Dr. Nereu Ra-mos foi nomeado Interventor doEstado de SC. Uma das deci-sões do Interventor foi a “nacio-nalização”, isto é, um projeto pe-dagógico e político que obrigoualemães, italianos e polonesesa se assumirem como brasileiros ecom a obrigação do uso da línguapátria, o que trouxe grande sofri-mento às comunidades das váriasetnias. Em 15 de outubro de 1942,Pe. Nebel recebeu carta da Cúriaem que se lhe pedia “não só nutrir,mas manifestar sentimentos debrasilidade, pelo menos sempreque oportuno... Nenhuma palavra,pois, nem em público, nem em par-ticular, que não seja a vernácula, anacional, a portuguesa. O Brasil aci-ma de tudo”.

Drama da vidaO ano de 1947 foi doloroso para

Pe. Nebel. Em 7 de abril de 1947foi mordido na nuca e nos cotove-los por um jovem louco, resultandograves consequências. No meiotempo começaram a surgir boatossobre sua conduta. Em 28 de ju-nho, Dom Joaquim pede-lhe quefale a verdade, “tanquam filius adpatrem” (de filho para pai). Em 4de julho, Pe. Nebel escreveu a DomJoaquim uma carta “de filho parapai”, expondo suas fraquezas, numespírito de muita humildade: “Não

tenho coragem de beijar seu sagra-do anel, mas confio que V. Excia.compreenderá melhor do que osoutros padres a minha situação”.Incrivelmente compreensivo dian-te desses fatos, Dom Joaquim res-pondeu em 16 de julho de 1947:lamenta que os boatos sejam ver-dade, como Pe. Jacob mesmo es-creveu, e se preocupa com seussacrilégios e a salvação de suaalma. Como Pe. Nebel está doentee pedira um tempo para se tratar, oArcebispo aconselha que usasseesse motivo para deixar a paróquia.Sugere que passe a outros a gestãode seus bens e procure se confes-sar, e depois ir a um Hospital, e bus-car regularizar o estado de sua alma,para poder celebrar dignamente. Em3 de agosto de 1947, Mons.Giesberts escreveu a Dom Joaquime expôs: Pe. Nebel ficou satisfeitocom a nomeação do Pe. Borgert,que já assumiu; pediu-lhe licençapara celebrar depois de se recolherao Hospital de Tubarão. No dia 1ºde agosto, Pe. Jacob foi a Porto Ale-gre. Em 6 de agosto Dom Joaquimresponde, satisfeito que Pe. Nebel

tenha se retirado e espera quefique longe. “Se regressar, conti-nuará como “doente”: Mas creiono bom senso do Pe. Jacob e,convicto que está de nossa boavontade e que só não podemosfazer o que não podemos”; e,“desde que não se pode, nãose pode mesmo”.

Com a situação cada vezmais delicada, no final de agos-to de 1947 Pe. Jacob Nebelabandonou o ministério sacer-dotal. Foi residir em Pirabeiraba,Joinville, numa pequena propri-edade rural,com uma mulher etrês filhos adotados. Estava do-ente e emocionalmente abala-do. Tudo isso explica a crise defé que vivenciou, mas superou.Viveu isolado de todos.

A doença e o retornoEm 7 de novembro de 1953

Pe. Nebel escreve a Mons.Giesberts, narrando seus últimospassos, especialmente o encontrocom o Cardeal Dom Jaime de Bar-ros Câmara, no Rio, e seu desejode reconciliar-se com a Igreja. Nodia em que escreveu a carta, emgrande aflição, chegou ao HospitalSão José de Joinville. Tinha ido aoRio, tão longe, e a solução estavatão perto: a paternidade de DomJoaquim, seu arcebispo, que o aco-lheu em Azambuja e o readmitiuao ministério em 9 de dezembrode 1953, com residência no Semi-nário de Azambuja.

Um homem perdoado,um homem renovadoQuem foi o Pe. Jacob Nebel?

Como padre, foi de uma caridadenotável, principalmente em rela-ção ao atendimento de chamadosa doentes. De dia ou de noite, per-to ou longe, com sol ou chuva, fi-zesse calor ou frio, a pé, a cavalo,de charrete, bicicleta, motocicleta

Divulgação/JA

Padre Jacob João Luiz Nebelou automóvel, sempre que chama-do a um enfermo, ia pressuroso.Sua simplicidade com o povo, a to-lerância, seu desapego ao dinhei-ro, não foram esquecidos. Teve deBraço do Norte uma antevisãoampla, o que é demonstrado pelagrande e imponente igreja matriznuma situação topográfica dasmais invejáveis.

A partir de 1931, a construçãoda nova igreja centralizou-lhe asatenções, sem prejuízo da ativida-de pastoral. Organizou o trabalhopor turmas de voluntários: turmapara confecção e carreto de tijolos,areia, saibros de praia e ferro. Ha-via ainda turmas para serventes depedreiro e limpeza. Cada qual tra-zia seu lanche, ração para o boi etrabalhava de sol a sol. Oescalonamento era feito aos do-mingos, por ocasião do sermão daMissa. Foi assim que conseguiu er-guer a Matriz de Braço do Norte.Pe. Nebel deixou sua visão de bele-za inscrita na Igreja Matriz NossoSenhor do Bom Fim. O povo a quemamou e pelo qual se consumiu, per-doou-lhe as fraquezas. Sua memó-ria é sagrada em Braço do Norte.

Na Luz perpétuaPe. Nebel esteve em Azambu-

ja sete meses. Com grande pie-dade celebrava diariamente aMissa. Teve a graça e a emoçãode ter celebrado na manhã de 14de julho de 1954, dia em que veioa falecer, aos 67 anos de idade.Pequena procissão acompanhouseus restos mortais até o Cemité-rio local. Um de seus últimos pe-didos fora ser sepultado na suaparóquia, o que na época não foipossível. Seus despojos foramenfim trasladados para Braço doNorte em 22 de novembro de1970. O povo recebeu-os emoci-onado e com gratidão. Vivera 67anos, 34 como padre.

Pe. José Artulino BesenPe. José Artulino BesenPe. José Artulino BesenPe. José Artulino BesenPe. José Artulino Besen(acesse o texto na íntegra no blog:pebesen.wordpress.compebesen.wordpress.compebesen.wordpress.compebesen.wordpress.compebesen.wordpress.com)

Padre Jacob João Luiz Nebeldedicação e peripécias

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13MissãoJornal da Arquidiocese Julho 2012

Missionários visitarão comunidade na BahiaMissão será realizada pela 10ª vez. Formação preparou as 46 pessoas que realizarão a visita

O Conselho MissionáriO Dioce-sano – COMIDI, promoveu, no dia24 de junho, formação para osmissionários da Arquidiocese querealizarão missão na Diocese deBarra, na Bahia. Realizado emTijucas, o evento reuniu 58 parti-cipantes. Dos dias 16 a 21 de ju-lho, os missionários visitarão a pró-paróquia de Cocal, no municípiode Brotas de Macaúba.

Durante o dia, receberam ori-entações práticas sobre o traba-lho missionário que realizarãona Bahia, assessorados por Do-Do-Do-Do-Do-mingos Franciscomingos Franciscomingos Franciscomingos Franciscomingos Francisco PereiraPereiraPereiraPereiraPereira,organizador da missão, e por Pe.Pe.Pe.Pe.Pe.Josemar SilvaJosemar SilvaJosemar SilvaJosemar SilvaJosemar Silva, que refletiu so-bre “Jesus missionário no Evan-gelho de Marcos”. A formação foiencerrada com a CelebraçãoEucarística presidida pelo nossoarcebispo Dom Wilson TadeuJönck.

Embora 58 pessoas tenham

participado da formação, apenas46 irão para a Bahia – um ônibus.Isto, porque a região visitada nãotem estrutura para receber umnúmero maior de missionários.“Se houvesse condições de rece-ber mais missionários, certamen-te conseguiríamos levar pelo me-nos dois ônibus”, disse Domingos.

Segundo ele, esta será a 10ªvisita missionária realizada pelogrupo, que a organiza mais siste-maticamente desde o ano 2000.Essa visita já é esperada na Dio-cese de Barra, onde as paróquiasvisitadas são definidas na Assem-bleia de Pastoral.

Além de ser um trabalho dedoação, as visitas missionáriastambém trazem retorno paraquem as faz. Assim foi comFernando Ventura, que está indopela segunda vez. “Sentimos ocompromisso de ser missionáriosa cada dia, no ambiente familiar,

no trabalho e onde que que este-jamos inseridos, não só naBahia”, disse.

Durante o encontro, foi lem-

brada a jovem Zenir Gelslei-Zenir Gelslei-Zenir Gelslei-Zenir Gelslei-Zenir Gelslei-chtchtchtchtchtererererer, que desde o início do mêsestá em Moçambique, comomissionária leiga naquele país afri-

cano. Por seis anos, Zenir acom-panhou os missionários nas visi-tas às comunidades da Bahia, eagora representa nossa Arquidio-cese na África.

Diocese IrmãA Arquidiocese de Florianópo-

lis mantém com a Diocese de Bar-ra, na Bahia, o projeto Igrejas Ir-mãs. De acordo com o projeto, há40 anos a Arquidiocese mantémum padre na Bahia. Há dois anosestá lá o nosso PePePePePe. IseldoIseldoIseldoIseldoIseldoSchererSchererSchererSchererScherer, na Paróquia Nossa Se-nhora da Oliveira, em Oliveira dosBrejinhos.

Segundo ele, a comunidadeestá animada para receber osmissionários. Já realizaram atéuma pré-missão na região parapreparar o trabalho que será de-senvolvido em julho. “O povo émuito acolhedor e hospitaleiro”,disse Pe. Iseldo.

Formação contou com a presença de 58 participantes, mas apenas 46 irãopara a Bahia. Eles receberam orientação sobre o trabalho que vão realizar

“Nossa Igreja é essencialmente missionária”Recentemente, Dom Sérgio

Braschi, responsável na CNBBpela Ação Missionária da Igreja,reafirmou o que jamais devería-mos esquecer: “Nossa Igreja é es-sencialmente missionária”. Ele fa-lou sobre o 3º Congresso Missio-nário Nacional, que acontece estemês de julho em Palmas, Tocan-tins, nos dias 12 a 15. Aprovei-tando a ocasião, quero expor otema da Espiritualidade Missioná-ria, tão importante para nós, dis-cípulos missionários de Jesus Cris-to. Como lembra o Concílio, “osmissionários do Evangelho, paranão negligenciarem a graça queneles está, renovem dia a dia es-piritualmente a sua mentalidade”(AG 24c). Ninguém dá aquilo quenão tem. Isso é verdade sempre,

sobretudo na vidamissionária. Não po-demos falar comconvicção e entusi-asmo de Deus, senão vivermos comAquele que nos en-che o coração e aalma. A vida espiritu-al, portanto, é o su-porte da vida missio-nária, é a água querega todo o trabalhode evangelização e oleva a florescer.

ESPIRITUALIDADE:O QUE É ISSO?

É realizar a vontade de Deusem nossa vida, atendendo ao ape-lo de Jesus: “Sejam perfeitoscomo é perfeito o Pai de vocês queestá no céu” (Mt 5, 48). A santida-de é única: a do Batismo, que nosconsagrou totalmente a Ele. Mas,para chegarmos lá, há diversos ca-minhos que chamamos de “espi-ritualidades”, maneiras peculiaresde viver o Evangelho.

As principais espiritualidades:1 .1 .1 .1 .1 . Monacal:Monacal:Monacal:Monacal:Monacal: Voltada à ora-

ção e à contemplação, vivida ge-ralmente em regime de clausura;

2 .2 .2 .2 .2 . Religiosa: Religiosa: Religiosa: Religiosa: Religiosa: Voltada a vivere a testemunhar os conselhosevangélicos;

3 .3 .3 .3 .3 . Apostólica: Apostólica: Apostólica: Apostólica: Apostólica: Voltada aoapostolado da pregação e promo-ção humana;

4 .4 .4 .4 .4 . Laical:Laical:Laical:Laical:Laical: Centrada mais notrabalho, família, inserção nomundo;

5 .5 .5 .5 .5 . Missionária:Missionária:Missionária:Missionária:Missionária: Está em to-das as outras, mas tem algo es-pecífico, pois ela é vivida sobretu-do por aqueles, consagrados ouleigos, que evangelizam em ou-tros países. São os missionáriosalém-fronteiras.

Os diversos tipos de espiritua-

lidade buscam seguir a Cristo eser fermento evangélico. Continu-am surgindo espiritualidades queenriquecem a vida cristã.

CARATERÍSTICAS DAESPIRITUALIDADE

MISSIONÁRIA1 .1 .1 .1 .1 . Vida de comunhãoVida de comunhãoVida de comunhãoVida de comunhãoVida de comunhão pro-

funda com o mistério do CristoMissionário - A vocação missioná-ria pressupõe um chamado ínti-mo e radical por parte do Mestrea uma pessoa, transformando asua vida e empenhando-a na Mis-são. “A minha vida é Cristo” diziaSão Paulo (Fl 1,21).

2 .2 .2 .2 .2 . Amor e sintonia com aAmor e sintonia com aAmor e sintonia com aAmor e sintonia com aAmor e sintonia com aIgrejaIgrejaIgrejaIgrejaIgreja - O missionário sabe sofrerpor ela. “Até agora passamosfome e sede, frio e maus tratos”(1Cor 4, 11-14).Todo missionáriodeve estar dispos-to a doar a própriavida.

3 .3 .3 .3 .3 . C a r i d a d eC a r i d a d eC a r i d a d eC a r i d a d eC a r i d a d eapostólicaapostólicaapostólicaapostólicaapostólica - O mis-sionário imita oBom Pastor: na ter-nura, na disponibi-lidade, no perdão,no serviço...

PARA REFLETIR E AGIR1.1.1.1.1. O que entendemos por

espiritualidade?

2.2.2.2.2. Que tipo de espiritualidadedevem ter os missionários?

3.3.3.3.3. E nós: vivenciamos umasólida espiritualidade mis-sionária?

Dom Sérgio Braschi, responsável na CNBBpela Ação Missionária da Igreja

4 .4 .4 .4 .4 . Amor universalAmor universalAmor universalAmor universalAmor universal - O mis-sionário não faz distinção entrebons e maus, entre os de perto eos de longe: é um Irmão Univer-sal, respeitador das diferentes cul-turas e religiões.

Pe. Francisco GomesPe. Francisco GomesPe. Francisco GomesPe. Francisco GomesPe. Francisco [email protected]

Foto JA

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14 Geral Julho 2012 Jornal da Arquidiocese

Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Retalhos do Cotidiano Carlos Martendal

A dependência química é uma doençacrônica e uma questão de saúde pública,que devemos enfrentar enquanto Igreja”

A Campanha da Fraternidade de2012, que tem como tema Frater-nidade e Saúde Pública, adverte quea dependência química é uma dascinco preocupações na saúde públi-ca. Um relatório do Escritório das Na-ções Unidas contra Drogas e Crimes– UNODC, mencionou que cerca de5% da população mundial (208 mi-lhões de pessoas) já fez uso de dro-gas ao menos uma vez.

Segundo o Ministério da Saú-de, o crack poderá tirar a vida de,pelo menos, 25 mil jovens por anono Brasil. A estimativa é que maisde 1,2 milhão de pessoas sejamusuárias de crack no país e cercade 600 mil pessoas façam usofrequente da droga.

Para debater esse tema, entre-vistamos o Pe. Luiz Prim, coorde-nador da Pastoral da Sobriedade,que dirige o Instituto Kairós de Es-tudos, Prevenção e Recuperaçãoem Dependência Química. Ele ad-ministra duas casas de recupera-ção, e presta orientação espirituala várias outras na Arquidiocese.

Jornal da Arquidiocese -Jornal da Arquidiocese -Jornal da Arquidiocese -Jornal da Arquidiocese -Jornal da Arquidiocese -Este ano a CF está refletindoEste ano a CF está refletindoEste ano a CF está refletindoEste ano a CF está refletindoEste ano a CF está refletindosobre a Saúde Pública. A ques-sobre a Saúde Pública. A ques-sobre a Saúde Pública. A ques-sobre a Saúde Pública. A ques-sobre a Saúde Pública. A ques-tão das drogas é uma situa-tão das drogas é uma situa-tão das drogas é uma situa-tão das drogas é uma situa-tão das drogas é uma situa-ção de saúde pública?ção de saúde pública?ção de saúde pública?ção de saúde pública?ção de saúde pública?

Pe. Luiz Prim - Pe. Luiz Prim - Pe. Luiz Prim - Pe. Luiz Prim - Pe. Luiz Prim - Sim. A ques-tão do uso abusivo de drogas é, semdúvidas, uma questão de saúdepública, desde que se considere,como classifica a Organização Mun-dial de Saúde (OMS), a dependên-cia química como doença,doençacrônica. Portanto, incurável, progres-siva e fatal. Situa-se que 30% dequalquer grupamento humano, in-

Pe. Luiz PrimO consumo de drogas como

uma questão de saúde públicadependente de qualquer nota ca-racterística de cultura, religião, con-dição social ou gênero, experimen-tam essa condição.

JA - O texto-base da CF-JA - O texto-base da CF-JA - O texto-base da CF-JA - O texto-base da CF-JA - O texto-base da CF-2012 coloca a2012 coloca a2012 coloca a2012 coloca a2012 coloca as drogass drogass drogass drogass drogas como como como como comouma das cinco preocupaçõesuma das cinco preocupaçõesuma das cinco preocupaçõesuma das cinco preocupaçõesuma das cinco preocupaçõesna saúde pública e traz índi-na saúde pública e traz índi-na saúde pública e traz índi-na saúde pública e traz índi-na saúde pública e traz índi-ces. O que pode ser feito paraces. O que pode ser feito paraces. O que pode ser feito paraces. O que pode ser feito paraces. O que pode ser feito parareduzir esses números? Qualreduzir esses números? Qualreduzir esses números? Qualreduzir esses números? Qualreduzir esses números? Quala participação do Estado?a participação do Estado?a participação do Estado?a participação do Estado?a participação do Estado?

Pe. Luiz - Pe. Luiz - Pe. Luiz - Pe. Luiz - Pe. Luiz - A dependência quí-mica deve ser considerada e, seuenfrentamento, contextualizado naschamadas doenças sistêmicas. Sãodoenças que mostram sua facemais agressiva e merecedora deatenção em seus portadores/as.Porém, como sistêmicas, atingemtambém os ambientes (ou siste-mas) que eles/as frequentam ou,onde interagem. Aqui se incluemigualmente: família, escola, igreja, eoutros grupos sociais.A redução des-tes índices será mais eficiente sepuder interagir com os sistemas emque o portador/a de dependênciaquímica estiver inserido. É, porém,interessante que se pense, emprimeiríssimo lugar, em ações deprevenção. Essas estão relaciona-das a conteúdos formativos, seja nafamília, na escola, na igreja... Quan-to ao Estado, ele faz o que pode,infelizmente com muita lentidão. AsPolíticas Públicas, nesta e em outrasáreas, são morosas. Os recursos,nem sempre chegam onde deveri-am e, muitas vezes, atrasam. Aindaassim, há iniciativas interessantes.Aqui, em nosso Estado, a Polícia Mi-litar de Santa Catarina desenvolve oPROERD, dirigido para alunos do En-

sino Fundamental. De qualquer for-ma, os programas de enfrenta-mento da dependência química nãodispõem de vagas suficientes paraa alta demanda.

JA - As drogas exercem atra-JA - As drogas exercem atra-JA - As drogas exercem atra-JA - As drogas exercem atra-JA - As drogas exercem atra-ção sobretudo nos jovens. Ação sobretudo nos jovens. Ação sobretudo nos jovens. Ação sobretudo nos jovens. Ação sobretudo nos jovens. Aque se deve isso? Como a Igre-que se deve isso? Como a Igre-que se deve isso? Como a Igre-que se deve isso? Como a Igre-que se deve isso? Como a Igre-ja pode combater ja pode combater ja pode combater ja pode combater ja pode combater iiiiissssssssssooooo?????

Pe. Luiz - Pe. Luiz - Pe. Luiz - Pe. Luiz - Pe. Luiz - É claro que o focoprincipal da reflexão e das ações seconcentra na juventude. Mas nãosão somente os jovens que estãoexpostos a esta condição. Quandose faz o comparativo de padrão deuso, por faixa etária, não se percebevariação significativa. A atração pelouso abusivo de qualquer substânciaé multifatorial. Entre os jovens, sepercebe como fatores determinan-tes a falta de perspectivas de futuro,a necessidade de satisfação das so-licitações de consumo da realidadeatual, a desestruturação do ambien-te familiar, a falta de limites e a edu-cação permissiva. Para os adultos,

se detecta a frustração por expecta-tivas não cumpridas, especialmen-te no que se refere ao mundo dotrabalho e às frustrações afetivas eemocionais. A igreja pode e deve serum ambiente de acolhimento e deorientação.

JA - Como as casas de re-JA - Como as casas de re-JA - Como as casas de re-JA - Como as casas de re-JA - Como as casas de re-cuperação sobrevivem e sãocuperação sobrevivem e sãocuperação sobrevivem e sãocuperação sobrevivem e sãocuperação sobrevivem e sãosuficientes para atender asuficientes para atender asuficientes para atender asuficientes para atender asuficientes para atender ademanda?demanda?demanda?demanda?demanda?

Pe. Luiz - Pe. Luiz - Pe. Luiz - Pe. Luiz - Pe. Luiz - As casas de recupe-ração existentes na Arquidiocesesobrevivem cada uma a seu modo.A maioria delas têm caráter filan-trópico e sem fins lucrativos. Algu-mas realizam convênios com opoder público. Ainda assim, não hácondição de atendimento da de-manda, que tem sido crescente.

JA –JA –JA –JA –JA – Há diferença entre as Há diferença entre as Há diferença entre as Há diferença entre as Há diferença entre asdrogas drogas drogas drogas drogas lícitalícitalícitalícitalícitasssss e ilícitas? e ilícitas? e ilícitas? e ilícitas? e ilícitas?

Pe. Luiz - Pe. Luiz - Pe. Luiz - Pe. Luiz - Pe. Luiz - A questão das dro-gas não pode ficar restrita a subs-tâncias que no inconsciente coleti-

Foto JA

Pe. Luiz Prim coordena a Pastoral da Sobriedade há 20 anos e dirigeo Instituto Kairós, dedicado ao tratamento da dependência química

vo chamamos de drogas. Drogapode ser aquele remedinho inocen-te com que nos automedicamos.Pode até ser o segundo copo deágua, quando o primeiro já nos sa-ciou a sede. O problema da droganão é, unicamente, uma substân-cia. O problema maior é o usuário.Esse precisa ser cobrado pelo cor-po social por suas ações insanas.Inegavelmente, do ponto de vistados males sociais, o álcool provocamaiores prejuízos do que qualqueroutra substância de uso abusivo. Oálcool, comprovadamente, provocadependência física. Maconha e co-caína, com seus subprodutos, em-bora causem dependência psicoló-gica e provoquem desconforto físi-co nas crises de abstinência, nãoprovocam dependência física. Issosignifica que a desintoxicação deum usuário abusivo de álcool exigemaiores cuidados, em relação aosriscos à vida, do que a de usuáriosabusivos de outras substâncias.

JA - JA - JA - JA - JA - ComoComoComoComoComo a CF-2012 pode a CF-2012 pode a CF-2012 pode a CF-2012 pode a CF-2012 podecontribuir com o trabalho dacontribuir com o trabalho dacontribuir com o trabalho dacontribuir com o trabalho dacontribuir com o trabalho daPastoral da Sobriedade?Pastoral da Sobriedade?Pastoral da Sobriedade?Pastoral da Sobriedade?Pastoral da Sobriedade?

Pe. Luiz -Pe. Luiz -Pe. Luiz -Pe. Luiz -Pe. Luiz -Em 2001 a CF tevecomo lema “Vida Sim – DrogasNão”. Isso foi importante para aIgreja trazer para o seu ambientea reflexão crítica da problemáticadas drogas.E, com essa reflexão,o aprofundamento e maior visuali-zação das iniciativas da Igreja nes-te universo. A sociedade respon-deu de forma positiva, especial-mente no reconhecimento dosProgramas de Tratamento manti-dos ou inspirados na Igreja.A CF-2012, elencando a dependênciaquímica como uma das grandespreocupações da saúde públicano Brasil, mantém o foco nestedesafio. Passados 11 anos da CF-2001, o problema não só perma-nece atual, como se acentuoudrasticamente.

As grades da frente do palá-cio se vestiam de belas moldu-ras douradas. Quem se aproxi-masse, veria, no entanto, sob acapa do ouro, as marcas da fer-rugem e da má conservação. Je-sus já chamara atenção para ossepulcros caiados, bonitos por

fora, mas cheios de podridão pordentro.Teresa, em Calcutá, tãofeiinha; Teresinha, em Lisieux,tão linda. O exterior não impor-ta; o que conta é transparecer oDeus vivo que nos habita, arcade ouro que desfaz a ferrugemdo pecador.

AparênciasDomSe me faço dom para ti, esque-

ço-me de mim; se me preocuposó comigo, esqueço-me de ti. So-zinho morro, mesmo estando vivo;contigo, vivo verdadeiramente,mesmo morrendo!

RotaNos oceanos, os navios nave-

gam em linha reta e não podem sairda rota que lhes foi marcada, sobpena de baterem em outro barco eafundar. Nós também: se saímosda linha, do caminho traçado peloCaminho, não podemos permane-cer na superfície, afundando, então,nas coisas do mundo.

FlorAté as melhores sementes das

mais belas flores podem morrersufocadas pelas ervas daninhas, seo terreno não for cuidado... Como éimportante a educação de um filho!

Tão grande, imenso mesmo, omar. E, contudo, se não fossemas pequenas, escondidas e humil-des fontes que o alimentam, nãopoderia ser o viveiro “dos grandesmonstros marinhos e de todos osseres vivos que nadam fervilhan-do nas águas” (Gn 1,21), nem ofe-

recer sal para a humanidade, nemalimento para multidões. Nemmais seria mar. Nós também, sema Eucaristia, tão majestosa e aomesmo tempo tão escondidanum simples pedacinho de pão,nem mais seríamos o que, aindaque pobremente, somos!

Mar

BelezaSanto Agostinho pergunta: “De

que maneira seremos belos?”. E res-ponde: “Amando a Ele, que é sem-pre belo. Quando o amor cresce emti, na mesma medida cresce a bele-za”. Quanta gente bonita por aí...

GaivotasAssim como não se encontram

gaivotas longe da terra firme, as-sim também não se encontramsantos longe da oração.

PortoQuando o navio chega ao por-

to, muda a posição em que vinhae revolve as águas para ancorar.Então, as gaivotas aproveitampara alimentar-se dos muitos pei-xes que sobem do fundo do mar.Quando nós nos convertemos deverdade, mudamos a vida que vi-víamos e das águas profundasemergem peixes que não sãonossos, mas da Água Viva, e quepodemos dar aos que se aproxi-mam de nós.

Divulgação/JA

Page 15: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2012

Jornal da Arquidiocese Julho 201215Geral

Dom Wilson recebe opálio arquiepiscopal

Nosso arcebispo Dom WilsonTadeu Jönck participou, no dia 29de junho, das festividades do SãoPedro e São Paulo, em Roma. Naoportunidade, ele, acompanhadode outros 40 arcebispos do mun-do, recebera o pálio arquiepis-copal. A insígnia representa a mis-são do metropolita, isto é, o bispoque preside a um conjunto de maisdioceses.

Essa foi a primeira vez que DomWilson recebeu o pálio e o seu se-gundo encontro com o Papa emRoma. “O Pálio expressa o assu-mir o ministério dentro da Igreja.Ele tem dois aspectos: união dobispo com o Santo Padre; e umserviço pela unidade. Receber oPálio é um modo de estar maisunido à Igreja”, disse Dom Wilson.

O pálio é recebido pelo bisposempre que assume umaarquidiocese. O pálio tem cerca de5 cm de largura e dois apêndices– um na frente e outro nas cos-tas, com 6 cruzes bordadas ao seulongo, expressando a unidade

com o sucessor de Pedro. Confec-cionados com lã de cordeirosofertados por jovens romanas aopapa no dia 21 de janeiro, festade Santa Inês, o pálio é produzidopelas monjas beneditinas do Mos-teiro de Santa Cecília, em Roma.

Os pálios novos, antes de serementregues aos bispos são abenço-ados pelo Papa e guardados numa

Durante a solenidade realizada em Roma, Dom Wilson recebeu dasmãos do Papa a insígnia que representa a missão do metropolita

L’Osservatore Rom

ano

Pastoral FamiliarPastoral é uma palavra deriva-

da de Pastor, indica ação de cui-dar, conduzir, orientar, vigiar o re-banho. A Pastoral Familiar é a açãoque se realiza na Igreja, com a Igre-ja e pela Igreja, de forma organi-zada, planejada, revisada, atravésde agentes específicos, commetodologia própria, tendo comoobjetivo a proclamação da BoaNova do matrimônio e da família,oferecendo instrumentos pasto-rais a todas as famílias, visando atransformação da sociedade e aconversão das pessoas.

Os objetivos da Pastoral Fami-liar consistem, inicialmente, napreparação dos candidatos paraa vida matrimonial e familiar, bemcomo na evangelização e promo-ção humana, social e espiritualdas famílias já constituídas. A Pas-toral Familiar parte da famíliafamíliafamíliafamíliafamíliareal real real real real para a família possívelfamília possívelfamília possívelfamília possívelfamília possível,sem perder de vista a proposta dafamília idealfamília idealfamília idealfamília idealfamília ideal, que é a família cris-tã, gerada a partir do sacramentodo matrimônio e vivendo em for-te unidade, harmonia e na gratui-ta e generosa solidariedade.

A Pastoral Familiar está consti-tuída por Diretório próprio, que vemresponder ao apelo do Papa JoãoPaulo II na Familiaris Con-sórtio. Maso grande impulso veio a partir daConferência de Santo Domingo. Nodocumento conclusivo, falou-se da“prioridade e centralidade da pas-toral familiar na Igreja diocesana”(nº 222). O Papa João Paulo IIPapa João Paulo IIPapa João Paulo IIPapa João Paulo IIPapa João Paulo IIassim falou aos Bispos do Brasil:“em cada diocese – vasta ou pe-quena, rica ou pobre, dotada ou nãode clero – o Bispo estará agindo comsabedoria pastoral, estará fazendoinvestimento altamente compen-sador, estará construindo, a médioprazo, a sua Igreja particular, à me-dida que der o máximo a uma Pas-

toral Familiar efetiva”.Na Arquidiocese de Florianópo-

lis, a Pastoral Familiar está devida-mente organizada há 20 anos.Aqui, a Pastoral Familiar trabalhadando ênfase a três setores:

1- Setor Pré matrimônio -1- Setor Pré matrimônio -1- Setor Pré matrimônio -1- Setor Pré matrimônio -1- Setor Pré matrimônio -Inicia com o batismo da criança,ela é inserida na Igreja com suafamília, pais e padrinhos. A crian-ça prepara-se para a eucaristia,crisma, o grupo de jovens paro-quial e finalmente prepara-separa o casamento.

2- Setor Pós Matrimônio2- Setor Pós Matrimônio2- Setor Pós Matrimônio2- Setor Pós Matrimônio2- Setor Pós Matrimônio -diz respeito ao empenho da Igrejalocal em ajudar o casal a descobrire a viver a nova vocação e missãode maneira alegre e frutuosa. Nes-te setor, a Pastoral conta com gran-des parceiros, como os Movimen-tos: Encontro Matrimonial Mundi-al; Equipes de Nossa Senhora,Movimento de Irmãos, Cursilho deCristandade, Oficinas de Oração eVida, e outros;

3- Casos Especiais3- Casos Especiais3- Casos Especiais3- Casos Especiais3- Casos Especiais - ondea Pastoral Familiar, guiada pelosprincípios da verdade e da miseri-córdia, procura ser “um empenhopastoral ainda mais generoso, in-teligente e prudente, na linha doexemplo do Bom Pastor, àquelasfamílias que - muitas vezes, inde-pendentemente da própria vonta-de ou pressionadas por outrasexigências de natureza diversa, seencontram em situações difíceis”.

Todos os anos a Igreja cele-bra a Semana Nacional da Famí-lia com início no Dia dos Pais (do-mingo), neste ano será de 12 a18 de agosto.

Mais informações com oMais informações com oMais informações com oMais informações com oMais informações com ocasal coordenador da Pasto-casal coordenador da Pasto-casal coordenador da Pasto-casal coordenador da Pasto-casal coordenador da Pasto-ral Familiar na Arquidiocese,ral Familiar na Arquidiocese,ral Familiar na Arquidiocese,ral Familiar na Arquidiocese,ral Familiar na Arquidiocese,NestNestNestNestNestor e Vilma For e Vilma For e Vilma For e Vilma For e Vilma Feeeeettttttttttererererer, pelo e-, pelo e-, pelo e-, pelo e-, pelo e-mail mail mail mail mail [email protected]@[email protected]@[email protected]

CCCCConhecendo as Forças Vivas da Arquidioceseonhecendo as Forças Vivas da Arquidioceseonhecendo as Forças Vivas da Arquidioceseonhecendo as Forças Vivas da Arquidioceseonhecendo as Forças Vivas da Arquidiocese

Encontro de formação da Pastoral Familiar na Paróquia de Itapema

Divulgação/JAFoto JA

A Igreja São Francisco de Assis, no Kobrasol, ficou repleta de participantes

arca junto às relíquias, no túmulodo Apóstolo São Pedro. No dia 29de junho seguem para a celebra-ção Eucarística e são colocados nosombros dos novos arcebispos. An-tes de receber esta insígnia, cadaarcebispo profere um juramento, noqual se compromete a ser “semprefiel e obediente” à Igreja Católica,ao Papa e aos seus sucessores.

No dia 24 de junho, a Comuni-dade Católica “Abbá Pai” promoveuo 5° Avivamento de Dons e Caris-mas, este ano enfocando o Dom daEsperança. Foi conduzido pelo PePePePePe.....EvEvEvEvEvaristaristaristaristaristo Debiasio Debiasio Debiasio Debiasio Debiasi, Amigo “AbbáPai”, pregador nacional e internacio-nal e apresentador do programa deTV Ajuda à Igreja que Sofre, transmi-tido pela Rede Vida. O evento ocor-reu na Igreja São Francisco de Assise Santa Rita de Cássia, no Kobrasol,

Abbá Pai realizou o Avivamento da Esperançadas 9 às 18 horas, sendo encerradocom a Santa Missa, celebrada pelospadres Evaristo e Hélio da Cunha,Amigo “Abbá Pai” e Pároco da Paró-quia Santo Antônio, de Campinas. Aanimação ficou por conta do Minis-tério de Música “Abbá Pai”.

Na parte da manhã, PadreEvaristo ressaltou a suma importân-cia da Esperança como base para oreal sentido da vida. Na parte da tar-de, o ministrante deu especial ênfa-

se à fé que devemos ter na Vida Eter-na, a partir da Ressurreição de Je-sus Cristo. Para Padre Evaristo, “as-sim com uma rosa é uma nova di-mensão da semente, a Eternidadeé uma posterior dimensão de nossavida terrestre”.

Segundo o fundador e coorde-nador da Abbá Pai, Ivano AlvesIvano AlvesIvano AlvesIvano AlvesIvano AlvesPereiraPereiraPereiraPereiraPereira, a proclamação do amordo Pai (carisma da Comunidade)passa pela proclamação da espe-rança. “Vivemos num tempo emque a esperança está calcada emcoisas perenes e temporais. É ne-cessário proclamarmos a verdadei-ra esperança, revelada em Cristo”,ressalta Ivano. Ele conta que o pró-ximo Avivamento, a ser realizadoem 2013, será sobre o dom da fé.

Entre os próximos encontrospromovidos pela Abbá Pai, estáagendado o Vocacional 2012 e ocurso de autoconhecimento daspersonalidades estudadas peloEneagrama. Mais informaçõespodem ser obtidas pelo sitewww.abbapai.orgwww.abbapai.orgwww.abbapai.orgwww.abbapai.orgwww.abbapai.org e pelo [email protected]@[email protected]@[email protected]

Page 16: Jornal da Arquidiocese de Florianópolis Julho/2012

INÁCIO DE LOYOLA É O MODELO, VOCÊ É O VOCACIONADO.

ASSUMA A MISSÃO DE TRANSFORMAR O MUNDO EM SUA OBRA-PRIMA.

Arrojado, determinado, livre para amar e servir. Uma vida transformada pelo encontro com o amor de Deus, no seguimento de Jesus Cristo, que nos inspira para uma das mais belas missões: agir por um mundo melhor.

31 DE JULHODIA DE SANTO INÁCIO DE LOYOLA, SJFUNDADOR DA COMPANHIA DE JESUS

16 Geral Julho 2012 Jornal da Arquidiocese

Apostolado celebrou o Sagrado Coração de JesusEventos nacionais, regionais e locais celebraram a caminhada do Apostolado da Oração

O Apostolado da Oração da Arqui-diocese participou de várias ativida-des em junho celebrativas ao mêsdo Sagrado Coração de Jesus. Osassociados do Apostolado realizaramRomaria ao Santuário de Aparecida,em São Paulo, celebraram o Dia doSagrado Coração de Jesus nas co-munidades e participaram da Con-Con-Con-Con-Con-centração Interdiocesanacentração Interdiocesanacentração Interdiocesanacentração Interdiocesanacentração Interdiocesana doApostolado da Oração, em Gravatal,Diocese de Tubarão.

Nos dias 09 e 10 de junho,mais de 100 mil fiéis participaramda 35ª Romaria Anual do Aposto-lado da Oração. A Arquidiocese deFlorianópolis participou do encon-tro com mais de 30 ônibus de di-versas cidades e paróquias. Nosdois dias, os devotos participaramde atividades de romaria e deuma missa, no dia 09, às 18h, eno dia 10, às 10h, presidida pelobispo de Guarapuava, no Paraná,Dom Antonio Wagner da Silva, bis-po referencial do Movimento doApostolado no Brasil.

Pe. Sereno BoesingPe. Sereno BoesingPe. Sereno BoesingPe. Sereno BoesingPe. Sereno Boesing, diretorespiritual do movimento na Arqui-diocese, também esteve presen-

te no evento e ressaltou a impor-tância do encontro. “Este grandeencontro nacional ajuda a animaro movimento. Você percebe emtodos os recantos, mesmo ondehá mais dificuldade, a presençaforte do movimento. O Apostoladoé muito dinâmico, é fervoroso ecumpre um papel muito importan-te nas paróquias onde esta pre-sente”, declarou.

InterdiocesanoNo dia 17 de junho, o Santuá-

rio do Sagrado Coração de Jesus,em Gravatal, Diocese de Tubarão,acolheu os milhares de fiéis asso-ciados do Apostolado da Oraçãode Santa Catarina e Rio Grandedo Sul. Eles participaram da Con-centração Interdiocesana do Apos-tolado da Oração. Estivemos re-presentados por mais de 500 par-ticipantes, que se deslocaramem cerca de 15 ônibus.

Durante o dia, os associadoscontaram com Celebração Eucarís-tica, momento mariano com a ora-ção do terço, palestra, coroação daimagem do Sagrado Coração deJesus e procissão pelo centro dacidade, com mais de 150 bandei-ras do Apostolado. A CelebraçãoEucarística foi presidida pelo Pe.Pe.Pe.Pe.Pe.Sérgio Jeremias de SouzaSérgio Jeremias de SouzaSérgio Jeremias de SouzaSérgio Jeremias de SouzaSérgio Jeremias de Souza, ad-ministrador diocesano de Tubarão.

“Foi um encontro muito ani-mado e um momento para cele-brarmos a caminhada do Aposto-lado”, disse Tânia ZimmermannMeurer, coordenadora arquidioce-sana do Apostolado da Oração. Oevento é realizado há 35 anos,sempre no Santuário do SagradoCoração de Jesus, em Gravatal.

Concentração lotou o Santuário do Sagrado Coração de Jesus, emGravatal. Arquidiocese foi representada por mais de 500 associados

Divulgação/JA

A Paróquia Santo Antônio, emItapema iniciou um trabalho de in-clusão social, promovendo o Encon-tro Regional para os Surdos. O even-to ocorreu no dia 16 de junho e reu-niu pessoas de Camboriú, Itajaí,Itapema, Florianópolis e Penha, nosalão paroquial da Igreja Matriz .

Organizado pelas religiosas daCongregação da Pequena Missãopara os Surdos, e conduzido pelaIrmã Luzia BarbosaIrmã Luzia BarbosaIrmã Luzia BarbosaIrmã Luzia BarbosaIrmã Luzia Barbosa, o encontroteve como tema o “Bom Pastor”. Es-tavam presentes, além dos defici-entes auditivos, pais e outros inte-ressados na linguagem dos sinais, a“Libras”. A intérprete do evento veiode Camboriú, Sany Regina, 31 anos.

A palestra foi um momento dereflexão, mas também foi interati-va. Todos puderam expressar-se,muitos pais contaram como os fi-lhos sentem-se reprimidos por nãopoderem participar da Santa Mis-sa. Durante o encontro foi consta-tada a necessidade de incentivar aparticipação dos deficientes auditi-vos na comunidade. Foi verificadaa necessidade de criar uma Pasto-ral dos Surdos em Itapema.

Paróquia de Itapema motivatrabalho com surdos

Com apenas 16 anos, a jovemYasmin de Camargo Martins saiu deItajaí para participar do encontro eficou encantada. “Nunca havia par-ticipado de um encontro comoesse, eu adorei. Gostaria de partici-par de outros encontros assim paraaprender ainda mais”, ressalta.

Quem também participou foi oprofessor de libras Charles GiovaniFoqueti, que atua na Universidadedo Vale do Itajaí (Univali) e na Pre-feitura de Camboriú. “É muito im-portante ter esses encontros, poisnão só os surdos podem participar,mas também os familiares e ami-gos, e catequistas. Assim, os quenão têm deficiência auditiva po-dem aprendem um pouco a comu-nicação de libras e ajudar a criaroutros grupos”, destaca.

A Congregação da PequenaMissão para os Surdos, do Paraná,está presente na Paróquia deItapema desde fevereiro desteano. A convite do pároco, Pe. Má-Pe. Má-Pe. Má-Pe. Má-Pe. Má-rio Sérgio do Nascimentorio Sérgio do Nascimentorio Sérgio do Nascimentorio Sérgio do Nascimentorio Sérgio do Nascimento, duasirmãs estão residindo na cidade eatuam nas diferentes frentes aten-dendo os deficientes auditivos.

A Escola Diaconal São Francisco de Assis realizou, nos dias 20 a 30 dejunho, a 4ª etapa da 15ª Turma de formação dos candidatos a diácono.Nesses dias, 32 candidatos estiveram reunidos na Casa de Encontros doProvincialado das Irmãs da Divina Providência, em Florianópolis, paraparticipar de mais um passo do processo de formação.

Foto JA

Divulgação/JA

Encontro reuniu 25 participantes de quatro municípios e deu indicativospara um próximo encontro e a criação da Pastoral dos Surdos