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da Hora São Paulo, março de 2009 Número 11 Espaço Arterial Jornal Diretor Responsável: Vera Alves Nosso Canteirinho Cuidando do nosso canteiro Deixando-o cheio de flores Cadê nossas flores? Bom, estou aqui para contar uma coisa que está me deixando revoltada! Sabe o que é? É que aqui em frente onde nos reunimos para fazer esse jornal, na rua General Jardim 556, tem um canteiro que estava totalmente largado, então nós da equipe do Jornal nos reunimos para cuidar do nosso canteiro, deixando ele bonito e cheio de flores, mas de- pois você não vai acreditar! Sumiram misteriosamente todas as flores que plantamos, você acredita que a terra também sumiu? Então, isso é o que está me revoltando e como esse é o mês da água, aproveito para passar uma mensagem para você leitor. Quanto mais nós acabarmos com as plantas mais nós estaremos contribuindo para acabar com o nosso planeta. Então que cada um faça sua parte! Beatris Duraes, 11 anos

Jornal Da Hora 11

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Jornal escrito e ilustrado por crianças e adolescentes do Instituto Espaço Aterial.

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Page 1: Jornal Da Hora 11

da HoraS ã o P a u l o , m a r ç o d e 2 0 0 9N ú m e r o 1 1 E s p a ç o A r t e r i a l

Jornal

Diretor Responsável: Vera Alves

Nosso Canteirinho

Cuidando do nosso canteiro

Deixando-o cheio de flores

Cadê nossas flores?

Bom, estou aqui para contar uma coisa que está me deixando revoltada!Sabe o que é? É que aqui em frente onde nos reunimos para fazer esse jornal, na rua General Jardim 556, tem um canteiro que estava totalmente largado, então nós da equipe do Jornal nos reunimos para cuidar do nosso canteiro, deixando ele bonito e cheio de fl ores, mas de-pois você não vai acreditar! Sumiram misteriosamente todas as fl ores que plantamos, você acredita que a terra também sumiu?Então, isso é o que está me revoltando e como esse é o mês da água, aproveito para passar uma mensagem para você leitor. Quanto mais nós acabarmos com as plantas mais nós estaremos contribuindo para acabar com o nosso planeta. Então que cada um faça sua parte!

Beatris Duraes, 11 anos

Page 2: Jornal Da Hora 11

Jornal da Hora 2março de 2009

Olá, vim te contar sobre o livro “O retorno a Nárnia - O Resgate do Príncipe Caspian”, baseado em Príncipe Caspian de C.S Lewis. Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia - as crianças maiores - voltam de novo a Nárnia. Você lembra a última vez que eles foram para lá? A última vez que eles entraram em Nárnia foi pelo guarda-roupa. Agora foram chamados de volta para recuperar o trono. Nessa adaptação especial do livro

O Retorno a Nárnia Príncipe Caspian, as crianças menores também poderão compartilhar as aventuras com as crianças maiores e todos partem para salvar Nárnia.Essa história começou quando eles estavam a caminho da escola e de repente quando estavam próximos à estação de trem, começaram a sentir que estavam sendo arrastados e a estação desaparece e surge uma fl oresta.Quando Susana encontrou uma peça de xadrez de ouro maciço,

de um jogo igual ao que tinha em Nárnia, guiados por Pedro desceram uma escada comprida e escura, quando chegaram lá embaixo acharam o frasquinho de diamante de Lúcia, a espada e o escudo de Pedro e o arco e as fl echas de Susana.Mas só faltava descobrirem quem ou o que teria trazido os quatro de volta a Nárnia. Gente, agora só vocês lendo a história para saberem o fi nal. Boa leitura!

O Resgate do Príncipe Caspian

Texto e desenho: Samara Marinho, 11 anos

O TEATRO QUE EU ADOREIBom pessoal, meu nome é Matheus, tenho 11 anos e vou falar um pouco sobre a peça de teatro que assisti que se chama: “A família fantasma”.Essa peça foi uma das melhores que eu já vi.Para vocês não fi carem com muita curiosidade vou falar um pouco sobre ela.“A família fantasma” é a história de dois meninos fantasmas que morrem de medo de gente.Quando dois meninos viram duas pes-

soas pela janela, tomaram um tremendo susto e gritaram: - Mãaaaaaaaaaaaaaaaeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee...!! Quando a mãe chegou, eles contaram o que estava acontecendo. Sua mãe disse: - Meu Deus! eles não podem entrar aqui, meus fi lhos.- Por que mãe?- Porque aqui, na casa do seu tio Terundio tem um tesouro que o Capitão Banança deu para ele como

recompensa. E o seu tio tem guardado esse tesouro a muito tempo.- Então mãe, nós não vamos deixar eles roubarem o tesouro do nosso tio e nem deixar eles entrarem aqui. Viva!

As pessoas que os meninos tinham vis-to eram piratas que queriam pegar o tesouro do seu tio. E eles descobriram uma outra coisa, que eles não podem ter medo de gente, mas são as pessoas é que tem que ter medo deles, os fantasmas.

Texto e desenho Matheus Spagnolo, 11 anos Uma vida tão belauma tarde tão lindauma noite estrelada.

A madrugada me dizia.

Vida!!!Barbara Duraes, 11 anos

Numa tarde fria me sentia sozinha

a dor de sentir a mortemudou minha vida

Não era mais uma vida tão belaem uma tarde tão linda.

Mas sim um sentimento de dorQue ninguém podia sentir, apenas eu

Me senti sozinha em um espaço em branco

não havia nadasomente a solidão

Numa tarde fria em um encontro surpreendente

encontrei novamente a felicidade,a amizade, a verdade...

O meu dragão se chama Bleck. Ele me leva para a escola e de-pois para casa. Quando chego em casa eu levo ele para pas-sear no céu. Quando os fortões me batem, eu assovio e meu dragão vem rápido como foguete fazendo um barulho sinistro. Todas as pessoas quando estão por perto saem correndo com medo do Bleck. Porque as pessoas tem medo dele? Será que é porque ele é grande e assustador? Mas tem uma coisa, todos os dias eu dou comida para Bleck , para ele não fi car com vontade de comer as pessoas. Gente, não fi que com medo do Bleck, ele é um dragão calmo e só quer me proteger.

Hoje vou falar um pouco do livro que li e adorei cha-mado “ A Infância de Mauricio de Sousa” do escritor Audálio Dantas.Para quem não sabe Mauricio de Sousa é o criador da Turma da Mônica, eu também adoro ler as histórias em quadrinhos dessa turma que encanta crianças e adultos.Bom, o livro fala de Mauricio desde o nascimento até quando ele se tornou um famoso desenhista. Conta

onde ele morou, sobre os seus amigos, seus sonhos e seus parentes: pai, mãe, avós e outros. Se você quizer saber mais sobre Mauricio de Sousa procure ler esse livro. Se divirta e boa leitura! � alita Marques, 12 anos

Eu tenho um dragãoOlá amiguinhos! Texto: Pedro Raylson, 11 anosDesenho: Guilherme Oliveira, 11 anos

Page 3: Jornal Da Hora 11

Jornal da Hora 3março de 2009

Texto e desenho Matheus Spagnolo, 11 anos

JDH - O senhor tem experiência com jornalismo fora do Brasil?Ricardo Kotscho – Tenho uma breve ex-periência como correspondente do “Jor-nal do Brasil” na Alemanha na década de setenta do século passado. Também agora tudo é do século passado, não é? Vocês são desse século, eu sou do século passa-do. Fui correspondente em 1977 e 1978 no “Jornal do Brasil” na antiga Alemanha Ocidental. Hoje a Alemanha é uma só e é a terra dos meus avós por parte de mãe. Foi uma grande experiência conhecer outro país, ver como os outros jornalis-tas estrangeiros trabalham. É uma coisa curiosa trabalhar fora do país, isso au-mentou meu amor pelo Brasil. O fato de estar fora, de estar longe, eu sentia muita falta daqui. Era para fi car três anos, mas eu não aguentei, fi quei um ano e pouco e vim embora. O que mais me marcou foi ter uma visão do Brasil de fora, de como esse país é um grande país. Quando a gente está aqui a gente reclama muito do Brasil, mas quando você sai é que você dá valor, foi o que eu mais aprendi. JDH - Então você não viveu como exi-lado fora do Brasil?Ricardo Kotscho - Não, nunca fui preso, nem torturado, nem exilado. Eu dei mui-ta sorte pois a minha geração foi muito perseguida. Eu comecei a trabalhar no ano do golpe militar, 1964, que foi quan-do começou a ditadura no Brasil. Muitos colegas meus foram perseguidos, tiveram que sair do país, não foi meu caso, eu saí porque recebi um convite do “Jornal do Brasil” para ser correspondente. O sonho de todo jornalista é um dia ser correspondente no exterior. É que nem jogador de futebol que quer chegar na se-leção brasileira. No jornalismo o ponto

máximo da carreira é ser correspondente internacional e eu consegui isso com menos de trinta anos, então eu fi quei muito feliz, mas eu não voltaria a morar fora do Brasil, não.

JDH - Como foi ser jornalista na época da Ditadura Militar?Ricardo Kotscho – Foi um período mui-to duro na vida das pessoas, perseguições, muitos colegas foram presos, torturados, alguns morreram durante a ditadura, en-tão naquela época você ser jornalista era correr risco de vida, era muito perigoso ser jornalista. Eu sofri algumas ameaças como todo mundo e tal, mas graças a Deus nunca me aconteceu nada, quer dizer nunca fui preso, nunca fui tortura-do. Eu não tenho saudades daquele tempo da ditadura e acho que eu cumpri o meu papel, não só como jornalista mas tra-balhando na Comissão de Justiça e Paz da Igreja Católica de São Paulo, junto com Dom Paulo Evaristo Arns, no Sindicato, na Federação Nacional do Jornalista, na Associação Brasileira de Imprensa fa-zendo palestras pela volta da democracia. Meu trabalho foi muito voltado pra isso. Naquela época em vez de fi car reclaman-do, a gente procurava fazer alguma coisa para mudar, pra mudar a história e de-pois acabei me ligando ao hoje Presidente Lula, que era o líder sindical. Trabalhei nas campanhas dele, trabalhei com ele no governo, então foi uma felicidade muito grande em 2002 quando ele ganhou a eleição, foi a minha geração que chegou ao poder, não é? Que foi vitoriosa!

JDH - Conte um pouco sobre sua re-lação com o Presidente Lula?Ricardo Kotscho – Eu conheci o Presidente Lula em 1978 quando eu voltei para o Brasil depois de ser cor-respondente na Alemanha. Naquele tempo tinha um movimento grande no ABC, em São Bernardo, dos sindicatos. Foi o primeiro grande movimento na época da ditadura, porque na ditadura era tudo proibido, não podia ter sindi-cato, não tinha liberdade de imprensa. Esse pessoal que era liderado pelo Lula fez as primeiras grandes greves. Eu fazia a cobertura pela Revista Isto É, que ainda

existe. Foi lá que eu conheci o Lula e nós fi camos amigos. Isso antes de existir o PT, antes dele entrar na política e tal, quando ele era ainda um líder sindical. Quando ele foi candidato pela primeira vez em 1989, me convidou para ser assessor de imprensa da campanha dele e eu me lem-bro que falei: olha, eu não sei ser assessor, eu sou repórter, não gosto disso; assessor de imprensa é uma coisa que também é do jornalismo, mas não é uma coisa que gosto. Ele falou: não enche o saco, com aquele jeitão dele! - Eu também nunca fui candidato a presidente e você nunca foi assessor de imprensa, então você vai trabalhar comigo e aí trabalhamos juntos. Depois ele perdeu várias eleições. Perdeu três eleições. Quando ele ganhou em 2002 fui trabalhar com ele em Brasília. Fui secretário de imprensa durante dois anos, mas eu sentia falta da família porque a família não foi e sentia falta do trabalho de repórter, eu não gostava de ser asses-sor de imprensa, fui lá para ajudá-lo e nós somos amigos até hoje.

JDH – Como foi para você ver o Brasil sair de uma ditadura e entrar em uma democracia?Ricardo Kotscho – É, eu acho que isso foi uma grande conquista da minha geração. Eu conto isso no livro que se chama: Do golpe ao Planalto: uma vida de repórter. É um livro de memórias onde eu conto os meus primeiros anos de jor-nalista e por coincidência são vinte anos de ditadura, de 1964 a 1984 e vinte anos de democracia, de 1984 a 2004, quando eu escrevi o livro. Por que 1984? Porque 84 é o divisor de águas entre a ditadura e a democracia, quando vem a Campanha das Diretas, quando o povo foi pra rua pedir democracia, votar pra presidente e eu dei muita sorte pois nessa época fui trabalhar na “Folha de São Paulo” e ele

Profissão RepórterRicardo Kotscho:Continuação da entrevista

foi o jornal das Diretas, foi o jornal que abriu espaço, que fez campanha e me permitiu escrever sobre isso.

JDH - O senhor se sente realizado como jornalista?Ricardo Kotscho – Olha, a palavra reali-zado parece que você já terminou a car-reira e eu não terminei. Estou aposentado há dez anos, mas continuo trabalhando. Acho que nunca trabalhei tanto como agora. Realizado você está cada vez que você faz um trabalho novo, cada vez que você consegue fazer uma reportagem. Para cada reportagem que eu vou fazer é como se fosse a primeira, eu me dedico, me empenho, me interesso. Então eu não diria que sou realizado, mas sou muito feliz na profi ssão. Eu acho que eu escolhi a profi ssão certa, gosto do que eu faço, na vida é muito importante você fazer o que gosta.

JDH - O senhor tem algum recadinho para deixar para os leitores do Jornal Da Hora? Ricardo Kotscho – O que eu falo sempre em escolas de jornalismo, nas palestras que eu faço, é para as pessoas nunca de-sanimarem. Toda profi ssão, não é só de jornalista tem muitas difi culdades, di-fi culdade para você entrar na faculdade, pra se formar, pra arrumar trabalho, pra começar é difícil. Acho que a difi culdade na vida é só uma coisa para te motivar mais, pra você se empenhar mais, vale a pena e o mais importante é você decidir o que você quer fazer na vida. É muito difícil na idade de vocês que ainda são jo-vens, mas parece que todo mundo aqui leva jeito pra profi ssão de jornalismo. Não importa a profi ssão, é escolher o que gosta de fazer, se preparar para isso, estudar e não desanimar com as difi cul-dades, ir a luta sempre, é isso.

JDH – Gostaria de falar mais alguma coisa?Ricardo Kotscho – Não, acho que vocês perguntaram tudo e foram boas as per-guntas e deu chance de eu falar um pouco da minha vida, do meu trabalho, então eu acho que não faltou nada. Vocês estão de parabéns.

Cada reportagem que vou fazer é como se fosse a primeira, eu me dedico, me empenho, me interesso. Então não diria que sou realizado, mas sou muito

feliz na profi ssão

Entrevistadores: Beatris, Bruna, Clara, Cosmo, Matheus e � alita

Page 4: Jornal Da Hora 11

Jornal da Hora4março de 2009EX

PEDI

ENTE

Reportagens e Redação IlustraçõesXamã VM Editora e Gráfi ca Ltda

Diagramação GráficaValéria Silva Espaço Arterial

Rua General Jardim, 5563256-3057

[email protected] 01223010

Realização

Rua Afonso Celso, 943CEP: 04040-030

CoordenaçãoAgradecimentosValéria SilvaVera Alves

Gabrielle Alves

Thalita Marques

Débora Santos

Bruna Rocha

Barbara Duraes Ana Claudia

Kelvin IzidoroGuilherme Oliveira

Carol Miranda

Lucas Morais

Samara Marinho

Oi sabe quem eu sou?Eu sou a água que você toma todos os dias, a água que daqui a alguns anos você não terá mais. Você já parou para pensar porque a água do mundo está acabando? Será que é culpa dos seres humanos?Seus netos e bisnetos terão água para beber? Os de-sastres já estão acontecendo, o planeta está cada vez mais quente, os mares cada vez mais perto ano a ano. As geleiras derretendo, queima de fl orestas por causa do aumento da temperatura.PARE , PENSE, REFLITA. O MEU FIM ESTÁ PRÓXIMO.Mas se você quiser ajudar tem várias maneiras, vou citar algumas:• Não tome banho por mais de 5 minutos, você vai estar economizando muitos litros de água. • Não lave as calçadas com água, use apenas a vassoura. • Não deixe a torneira aberta, verifi que para ver se está fechadaAGORA FAÇA SUA PARTE, PORQUE A MINHA JÁ FIZ O POSSÍVEL.Débora Batista, 15 anos

A água é importantePara todos Pessoas, fl ores e animais

Flores precisam d’águaPara sobreviverPois se a água não existisseAs fl ores iriam morrer

Pessoas precisam d’águaPara viver em paz, harmoniaSe não existisse águaNada existiria!

Cuidem da água!

A águaGabrielle Alves, 11 anos

jOGO DOSSETE

ERROS

“O que é uma floresta? É um espaço recoberto de árvores de todas as idades, de todas as es-pécies, que crescem umas ao lado das outras.” *

“que uma árvore dá para fazer um milhão de fósforos, mas um fósforo pode destruir um milhão de árvores?” *

“Um hectare (10.000 ) de floresta derrubada significa 300 pássaros e 400 mamíferos destruídos?” *

Você sabia...

Samara Marinho

Matheus Spagnolo Matheus Spagnolo

Pedro Raylson

Cosmo Junior

Cosmo Junior, 11 anos

Ana Claudia, 12 anos

Dia Mundial da Floresta é festejado em 21 de março.

Caro

l Mira

nda,

7 an

os

Kelvin Izidoro, 10 anos

Ricardo KotschoBeatris Duraes

Lucas Morais, 9 anos

22 de março dia mundial da água

Fonte* Florestas e árvores

Cia Melhoramentos, 2001, SP

Clara Nana