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JORNAL DA PINHEIRO DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | Ano 5 | Nº 13 Rio 2016: O que será de nós ? Chegada de grandes eventos esconde problemas da cidade O clima é de euforia, mas o processo de preparação do Rio para receber os Jogos Olímpicos de 2016 esconde divergências sobre o modelo de desenvolvimento que a cidade precisa. A prefeitura implanta corredores expressos de ônibus Veja mais... Acesso ao nível superior está mais fácil e prático Pág. 3 O uso das tecnologias na educação Em uma sociedade midiática, como a atual, o educador é na realidade co-autor de conhecimentos junta- mente com seus alunos, reelaborando conceitos através do confronto de in- formações obtidas por meio de diver- sos recursos tais como computadores, celulares, ou mesmo pela TV, rádio e revistas. Pág. 3 Marcelly Caetano para dar mobilidade à Zona Oeste e isso está mudando o eixo de crescimento do Município. A administração tenta a todo custo remover os moradores da Vila Autódromo e dar início à construção do Parque Olímpico, obra que consta no caderno de candidatura entregue ao COI. Em jogo, a construção de uma nova pista no subúrbio, uma longa disputa judicial, o direito à moradia e a pressão de grupos imobiliários, que querem fazer da região a vitrine do mercado carioca e o futuro da cidade. O Parque dos Atletas, primeira obra dos Jogos Olímpicos de 2016. Apesar de bonito, banheiros sem água Legenda x Dublagem Pág. 5 Índice Big Mac mostra valorização do Real Pág. 8

Jornal da Pinheiro nº 13

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Projeto elaborado pelos alunos da disciplina Jornal Laboratório da Faculdade Pinheiro Guimarães, sob a coordenação do Prof. Sergio Xavier

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JORNAL DA

PINHEIRODISTRIBUIÇÃO GRATUITA | Ano 5 | Nº 13

Rio 2016: O que será de nós ?

Chegada de grandes eventos esconde problemas da cidade

O clima é de euforia, mas o processo de preparação do Rio para receber os

Jogos Olímpicos de 2016 esconde divergências sobre o modelo de desenvolvimento que a cidade precisa. A prefeitura implanta corredores expressos de ônibus

Veja mais...Acesso ao nível

superior está mais fácil e prático

Pág. 3

O uso das tecnologias na educação

Em uma sociedade midiática, como a atual, o educador é na realidade co-autor de conhecimentos junta-mente com seus alunos, reelaborando conceitos através do confronto de in-formações obtidas por meio de diver-sos recursos tais como computadores, celulares, ou mesmo pela TV, rádio e revistas. Pág. 3

Marcelly Caetano

para dar mobilidade à Zona Oeste e isso está mudando o eixo de crescimento do Município. A administração tenta a todo custo remover os moradores da Vila Autódromo e dar início à construção do Parque Olímpico, obra que consta no caderno de

candidatura entregue ao COI. Em jogo, a construção de uma nova pista no subúrbio, uma longa disputa judicial, o direito à moradia e a pressão de grupos imobiliários, que querem fazer da região a vitrine do mercado carioca e o futuro da cidade.

O Parque dos Atletas, primeira obra dos Jogos Olímpicos de 2016. Apesar de bonito, banheiros sem água

Legenda x DublagemPág. 5

Índice Big Mac mostra valorização do Real

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Jornal da Pinheiro • ano 5 • nº 132

Editorial

Jornal Laboratório do curso de Jornalismo da Faculdade Pinheiro Guimarães

Diretor-Executivo: Armando S. Pinheiro GuimarãesCoordenador do curso: André Luiz CardosoEditor-Chefe: Sergio Xavier([email protected])

Repórteres: Alexandre, Ana Carolina, Andreia, Camila, Domingos, Eliza, Esdras, Felipe, Fidelis, Gabriel, Ginguiola, Gisele, Guilherme, Ivana, Iza, Joice, Jorge, Juliana, Leonardo, Letícia, Marcelly, Mirian, Natalia, Rafaela, Raquel, Rosemary, Sabrina, Simone, Tatiana, Thais, Viviane.Diagramação: turma de Jornal Laboratório

Revisão: Cláudio Pimenta

Impressão: Gráfi ca Folha DirigidaRua do Riachuelo, 144 - Centro - RJ - CEP 20230-014Tiragem:15 mil exemplaresRua Silveira Martins, 153 – Catete - RJTelefone: (21) 2205-0797www.faculdadepinheiroguimaraes.edu.br

Produzido pelos alunos da disciplinaJornal Laboratório (7º período)

Letícia da Rocha • leticiaa.rocha@gmail. Rosemary da Hora• rosemarybastos@gmail.

Em junho de 2009 o Supremo Tribunal Federal (STF) revogava a lei que tornou obrigatório o diploma para exercer a profi ssão de jornalista. STF alegou que se tratava de uma emenda constitucional de 1969 dentro do período de ditadura militar. Foi inserida na constituição com o objetivo de restringir a liberdade de expressão, garantia primordial aos cidadãos. Era a tentativa de esvaziar o discurso político dos profi ssionais de imprensa e incrementar a padronização do jornalismo comercial. Desde então, passado o impacto inicial a situação pouco mudou. As empresas continuam exigindo a graduação para o exercício profi ssional e o curso de Comunicação Social é um dos mais procurados.

Porém não foram os jornalistas que impediram a liberdade de expressão. No decorrer do processo de abertura política e posteriormente econômica, os cidadãos foram ganhando voz e a liberdade de expressão deixou de ser direito para ser fato. A prática do repórter não impediu a contestação e direito dos demais. Todos ganharam espaço de reivindicação e poder de contestação. Coube ao jornalista aprofundar o debate e buscar de for-ma mais enfática o compromisso com a verdade e a busca do trabalho im-parcial.

No panorama acadêmico, fora o aumento da procura pela cadeira de

seus planos. Jornalistas fazem questão de afi rmar: ”Sou jornalista com o di-ploma.” Comentou André sobre os posts das redes sociais. Após estas dúvidas a movimentação foi em es-clarecer os alunos e dar continuidade no trabalho efetuado nas faculdades, tanto como coordenador quanto do-cente. O panorama de mercado é cres-cente. Na hora do processo seletivo entre contratar um profi ssional gradu-ado e outro sem graduação, quem tem o diploma sai na frente. Para o prof. André “Não houve decréscimo de inscrições para o curso de Jornalismo. Muito pelo contrário, aqui na FPG - Faculdade Pinheiro Guimarães a pro-cura só aumentou”.

Neste momento a campanha é dos sindicatos e da FENARJ - Federação Nacional de Jornalismo com o obje-tivo de conscientizar a categoria, os representantes de classes e a socie-dade sobre a importância de ofer-ecer ao mercado um profi ssional ha-bilitado e mobilizar os políticos que promovam a alteração constitucional. A espera é pelo resultado da vota-ção no Senado e na Câmara da PEC - Petição de Emenda Constitucional (PEC 33/2009, de autoria do senador Antônio Carlos Valadares e relatoria do senador Inácio Arruda, e a PEC 386/2009, de autoria do deputado Paulo Pimenta e relatoria do deputa-do Maurício Rands) para alterar este panorama de incerteza.

Jornalismo a expectativa é maior pela afi rmação profi ssional. As turmas que iniciaram a faculdade de Jornalismo em 2008/2009 sofreram o choque da incerteza do que acarretaria a não obrigatoriedade do diploma para sua carreira, seu futuro. Talvez uma pos-sível desvalorização, queda de salári-os e afunilamento das oportunidades. Hoje, no entanto, os alunos que estão prestes a se formar são céticos em apo-star na especialização como caminho para o sucesso como jornalistas. Para o aluno Luiz Felippe Reis, estudante do 6º período de jornalismo, nada mu-dou, a preocupação é o nível de profi s-sionalismo que as instituições de ensi-no estão oferecendo. ”Acho que uma boa forma de ação regulamentadora, seria um acompanhamento mais am-plo nas instituições de ensino, preser-vando a formação dos formadores de opinião” segundo Luiz.

”SOU JORNALISTA COM O DI-PLOMA.” POSTAGEM DO FACE-BOOK

As faculdades não alteraram o pro-jeto pedagógico e apostam no difer-encial que a graduação proporciona. André Luiz, coordenador da Facul-dade Pinheiro Guimarães falou do sentimento de nulidade gerada pela queda do diploma. A sensação era de que tudo fosse mudar e você tivesse que alterar a estrutura da sua vida, dos

O processo de confecção jornalística é transpiração. Muito trabalho é desenvolvido desde a seleção do conteúdo para abordagem. É trabalho de pesquisa, redação e produto fi nal. Os fatos são apurados sobre a ótica multifacetada, preservando a ética com intuito de demonstrar de forma clara e objetiva várias linhas de análise. Isto permite que a opinião pública mantenha-se atualizada e esclarecida sobre diversidade de fatos.

O trabalho executado pelo jornal laboratório refl ete a base teórica desenvolvida em quatro anos de graduação, no qual os alunos vão pondo em prática tudo o que aprenderam.É a hora de ter uma ideia real de como funciona uma redação.Participar das fases de produção e concretização do jornal.É a preparação para o mercado de trabalho e para a efi caz prestação de serviço a comunidade.

Os temas abordados levam em conta os assuntos de maior relevância e as editorias estão alinhadas com temáticas atualizadas e envolventes.

Os transtornos causados pelo grande número de desapropriações para os eventos esportivos, o impacto ambiental são um retrato do posicionamento desta edição.

Briga pelo diploma continuaRevogação da lei não altera futuro do curso de jornalismo

Presidente do Sindicato - Suzana Blass

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EDUCAÇÃO

Sabryna Stelita - [email protected]

Foto retirada da internet

Em uma sociedade midiática, como a atual, o educador é na realidade um co-autor

de conhecimentos juntamente com seus alunos, reelaborando conceitos através do confronto de informações obtidas por meio de diversos recursos tais como computadores, celulares, ou mesmo pela TV, rádio e revistas. Devido às comodidades e o acesso rápido as informações prontas, a internet virou o principal alvo de pesquisa de estudantes de todo o mundo. No entanto, até que ponto essa ferramenta influência positivamente nossos estudantes brasileiros?

Nas gerações anteriores, a família e a escola eram os responsáveis pela

Viviane Sousa - [email protected]

de aperfeiçoamento para todos os sujeitos que atuam no meio escolar com as novas tecnologias. Para ela “A internet e as ferramentas tecnológicas em geral são na verdade instrumentos de excelência para as novas gerações”. E conclui “os mestres ainda detém a maior responsabilidade de educar pois a escola é portadora de um processo sistematizador de conhecimento”

Dessa forma, nos dias de hoje, de vasta informação, o aprendizado está em todo lugar seja pela TV, ou pela intenet.Rompemos com a tradição e caímos na era da comunicação global, na qual, somos capazes de confrontar e compartilhar conceitos, porém sem jamais abrir mão dos mestres que nos apontam à trilha da canção.

educação, porém nos dias atuais, com a invasão das mídias, ocorre uma ruptura e essas passam a ter importante papel na educação de jovens e adultos.

Com dinamismo e velocidade, as informações passam a ser dispostas a favor de todos, transformando o professor em um guia no processo de aprendizagem.“O professor e muito importante na vida dos alunos. Sinto segurança, pois quando não sei pesquisar na internet ele sempre me ajuda”, disse Dafine Vidal Bernardo, aluna do 7° ano na Escola Municipal Orlando Vilas Boas.

Já a orientadora escolar da rede municipal de Caxias e de São Gonçalo, Maria Piedade Sabino, se diz totalmente favorável as práticas

O uso das tecnologias na educação“Ninguém educa ninguém, ninguém se educa a si mesmo,

os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.” (Paulo Freire)

Joyce Gomes • [email protected] Jorge Prado • [email protected]

Acesso ao nível superior está mais fácil e práticoDobra o número de jovens cursando o nível superior

Alunos se preparam para o enem

mais moderna, mais humanizada. As inscrições são feitas 100% pela internet.

Como funciona o Prouni?O Prouni é a abreviação do

programa Universidade Para Todos que acontece duas vezes no ano e contempla estudantes de baixa renda que realizam o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). O candidato deve ter cursado o ensino médio em escola pública ou parte do ensino médio em escola particular com bolsa integral. Portadores de Deficiência Física e Professores do Ensino Básico, também concorrem a bolsa de 100% entretanto para os professores, somente os cursos de licenciatura, normal superior e pedagogia contemplam bolsa integral.

Segundo a professora Conceição Aparecida Cunha da Silva,

O ensino superior no Brasil tem obtido grandes avanços quando se fala em oportunidades. São diversos programas de acesso para quem concluiu o ensino médio e tem o desejo de cursar o nível superior. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dobrou a proporção dos jovens de 18 a 24 anos cursando o Nível Superior, entretanto o percentual ainda é muito baixo em comparação ao Reino Unido, França e Espanha. O último levantamento feito em 2008 mostra um aumento de 6,9% para 13,9%, a rede privada atende a 76,6 % do total de estudantes. Para ter acesso a um dos programas de educação é necessário realizar o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) que avalia os estudantes do ensino médio e os professores. O exame foi reformulado, a prova está

Coordenadora do Colégio Estadual CE Julia Kubitschek o numero de jovens inseridos no ensino superior aumentou pelo crescimento da oferta de vagas disponibilizadas pelo governo, e diz que “a criação do

Sisu foi realizada para organizar os aprovados e alocar mais alunos nas redes Federais e Estaduais de ensino superior, já que o sistema abrange quase todas as faculdades públicas do Brasil.”.

Foto: Internet

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Jornal da Pinheiro • ano 5 • nº 134

CULTURA

Natália Zozimo - [email protected]

O livro permite o homem re-gistrar fatos importantes da

sua história e repassar tais fatos a sociedade ; atuando como vetor do conhecimento. O carioca da gema, flamenguista, e apaixonado pelo Rio de Janeiro, Daniel Cunha um Jornalista de 26 anos, Assessor de Comunicação do Proderj (Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro) aposta na leitura como um hábito saudável para se levar a vida.

Julianna Rodrigues: O que a prática da leitura tráz de beneficios para a sua vida?Daniel: Com a leitura, nós adquirimos mais bagagem cultural, melhoramos o nosso português, expandimos

Prática de leitura, benefícios para a vidaFundamental importância para o desenvolvimento e crescimento intelectual do indivíduo

o vocabulário e acima de tudo conversamos melhor em qualquer situação. Assim, nos tornamos pessoas mais interessantes e completas. Além disso, um dia vamos transmitir tudo isso para os nossos filhos e propagar cultura.

Natália Zózimo: Quais os maio-res conhecimentos obtidos quando pratica a leitura?Daniel: Eu, por exemplo, até aprendi outros idiomas como o inglês apenas lendo. Conheci a história de muitos cantores, grupos musicais e curiosidades sobre esse tema. Além disso, quando comecei a praticar mais o hábito da leitura, também passei a compor com mais facilidade e criatividade. Se antes fazia uma música por mês, hoje consigo escrever

pelo menos quatro canções.Julianna Rodrigues: Quantos livros em média você lê ao ano?Daniel: Em média 24 livros por ano.

Natália Zózimo: Você acha que a leitura é capaz de mudar a cultura ou até mesmo a personalidade de uma pessoa?Daniel: Tenho certeza disso. Com a leitura amadurecemos, mudamos ideologias políticas, amadurecemos profissionalmente e ganhamos mais poder de concentração. Tenho amigos que após leituras mais filosóficas se tornaram mais calmos, ponderados e críticos em relação aos problemas do Julianna Rodrigues: Qual foi seu livro preferido?Daniel: Ensaio sobre a Cegueira (José Saramago). Daniel prefere ler em suas horas vagas

Julianna Rodrigues - [email protected]

Foto: Arial, 8pt

Recentemente, a campanha “Dublado sem opção, não!”, através de uma

petição pública, movimentou opiniões diversas de profissionais do cinema, amantes de filmes e blogueiros, defendendo que os assinantes de canais de TV’s por assinatura no Brasil, devem ter o direito de escolher assistir filmes e séries dubladas ou legendadas. De um lado, as empresas de TV dizem que através de uma pesquisa de mercado, a maioria deu preferência aos filmes dublados. Já os criadores da campanha defendem que uma pesquisa feita com uma parcela de telespectadores, não pode definir o uso generalizado dessa prática, já que existe uma tecnologia que possibilita ao espectador usar as duas opções. A campanha criada pela Sociedade dos Blogs de Séries não concorda que os canais por assinatura, exibam, desde 2007, boa parte de seus filmes e séries na versão dublada, ignorando a parcela de assinantes que preferem . a versão original com legenda.

sofrem alterações. De acordo com o dublador Romeu D’Angelo, muitas vezes não há como não fazer essas alterações, pois as batidas das bocas tem que casar com o texto. “Quando não batem por serem grandes ou pequenas, são trocadas, mas procura-se substituir por uma que não perca o sentido do texto” afirma Romeu que como profissional da área acredita ser uma questão de sincronismo. Para Rodrigo Fonseca, que é conhecido como um dos poucos, senão o único que dá crédito aos dubladores, a dublagem é uma arte invisível. – “Isto é criminoso! Os artistas da voz não são valorizados. O meu trabalho é uma tentativa de chamar atenção de que estas pessoas existem” – justifica.Se dublado ou legendado, a grande questão é que sempre haverão consumidores com preferências diferentes e cabe aos canais de TV’s por assinatura o dever de disponibilizar seus conteúdos nas duas versões para que o consumidor exerça o seu direito de escolher.

pessoas estão lendo cada vez menos e que banir a legenda é uma forma de assumir que o brasileiro não gosta de ler. O Presidente da Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro, Mario Abbade, afirma que no Brasil o analfabetismo é grande, que há uma preguiça por leitura e a falta da prática incapacita as pessoas de lerem as legendas ao mesmo tempo em que prestam atenção nas imagens, daí a preferência do público por filmes dublados. Os amantes do cinema também relatam que a dublagem faz com que o filme perca a sua originalidade, uma vez em que as falas dos atores

Legenda x DublagemUma escolha que é direito do consumidor

Mila Fernandes • [email protected] Neves • [email protected]

Segundo o crítico de cinema do Jornal O Globo, Rodrigo Fonseca, a campanha não é válida, uma vez que houve uma batalha forçada pelo público, através das pesquisas de mercado, para que os conteúdos dublados se proliferassem. “Existe uma censura burra da dublagem. Ela é feita com uma primazia no Brasil, que não é feita em nenhum outro lugar do mundo. Não se pode obrigar que todos os filmes sejam dublados, isso é uma violência, mas as pessoas estão reagindo como se dublagem fosse um crime” - comenta Rodrigo.Um dos pontos levantado pelos colunistas da campanha, é que as

Crédito: http://cinemaeaminhapraia.com.br

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ano 5 • nº 10 • Jornal da Pinheiro 5

GERAL

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Thiago Fidélis - chicofi delis@hotmail com

A polêmica é do BrasilObras e especulação imobiliária trazem insegurança aos moradores de Jacarepaguá

Com os grandes eventos confirmados para

os próximos anos, como a Conferência Rio+20, Jornada Mundial da Juventude, Copa das Confederações, Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, a cidade passa por uma intensa transformação. São tantas obras sendo tocadas simultaneamente que fica até difícil imaginar como será o Rio em 2017, depois que a Época de Ouro tiver chegado ao fim. No entanto, uma das principais intervenções previstas no programa de obras ainda não começou, e uma comunidade está na linha de tiro da especulação imobiliária: o Autódromo Internacional Nelson Piquet e a Vila Autódromo.

Um acordo entre Prefeitura, Governo Federal e Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) garantia que o circuito só seria desativado para dar lugar ao Parque Olímpico após a construção de uma nova pista, em Deodoro. Apesar de o projeto do parque estar pronto, não menciona uma linha sobre a nova pista. As obras do novo circuito sequer começaram, e não há garantias de que as intervenções comecem de fato.

O Ministério Público abriu inquérito civil contra a Prefeitura, por concluir que o Governo Municipal tem desrespeitado seguidos acordos firmados entre os promotores, a CBA e o Comitê Olímpico Brasileiro. O promotor Rogério Pacheco Alves alegou que, mais uma vez, a administração municipal desrespeitou o combinado entre as partes, ao não mencionar no edital do Parque Olímpico a construção da nova pista.

Em nota, o advogado da CBA, Felipe Zeraik, elogiou a atuação do MP na defesa do patrimônio desportivo e cultural da cidade. A assessoria da entidade afirmou

que existem fortes interesses por parte do Governo e empresas privadas em relação ao uso do circuito Há o temor por parte de freqüentadores e de próprias fontes da CBA de que nem uma nova pista seja construída em Deodoro, nem que o velho circuito seja revitalizado, o que seria trágico para o automobilismo nacional. A prefeitura, por meio da Empresa Olímpica Municipal, afirma que mantém o compromisso com a CBA e governo Federal para começar as obras do Parque Olímpico apenas quando a nova pista estiver em obras

O vereador Eliomar Coelho (PSOL) é integrante da Comissão de Habitação da Câmara Municipal do Rio. Ele vem acompanhando o drama dos habitantes da Vila Autódromo, situada em ponto estratégico na "corrida para o oeste". Na opinião do parlamentar, quem mora na localidade vem sendo pressionado, apesar de contar com documentos que comprovam a posse dos terrenos.

Como não se trata de pessoas com alto poder aquisitivo, sofrem muita pressão. São mil famílias que detêm em suas mãos o título de direito de real uso por 99 anos (concedido pelo governo do estado na década de 1990). Ninguém pode retirá-las de lá. Não é a primeira vez que isso acontece.

Na época dos preparativos para o Pan-americano de 2007 também tentaram removê-los, só que a pressão agora é violenta. Mas eles têm elevada consciência de seus direitos - afirma.

O parlamentar condena a maneira como o processo vem sendo administrado pela prefeitura, que, segundo ele, é o menos transparente possível e serve apenas aos interesses de grandes grupos imobiliários:

A falta de transparência é total. O processo está eivado de práticas condenáveis, imorais e espúrias. Podemos esperar tudo do Governo Paes, que trabalha para o capital, especialmente o setor imobiliário - argumenta Eliomar.

Outra questão levantada pelo vereador é o deslocamento do eixo de desenvolvimento da cidade para a Zona Oeste, especialmente a região da Barra e do Recreio. Na opinião de Eliomar Coelho, as intervenções obedecem à lógica empresarial sem levar em conta o bem-estar dos cidadãos.

Hoje já está em curso um deslocamento das pessoas, não pela melhora nas condições de vida, mas pela precarização do jeito de viver, provocado pelo aumento desenfreado dos aluguéis. As pessoas têm que morar cada vez mais longe. Vivemos um estado de exceção. Está em curso

uma espécie de limpeza social, a cidade está sendo preparada para os ricos e turistas endinheirados - defende.

Em nota, a prefeitura afirma que as obras de infra-estrutura estão de acordo com o cronograma e, em alguns casos, foram até antecipadas em relação ao que estava previsto no Dossiê da Candidatura do Rio de Janeiro a sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. A reforma do Sambódromo – local da partida e da chegada da maratona e da competição de tiro com arco dos Jogos Olímpicos de 2016 – também estava prevista para 2015, mas foi adiantada. Parte da obra foi concluída em fevereiro deste ano, a tempo para o Carnaval. As obras mais complexas, como os corredores expressos Bus Rapid Transit (BRTs) Transoeste e Transcarioca, com 56 km e 41 km, respectivamente – também estão em ritmo acelerado. A primeira será inaugurada no fim de maio, enquanto a segunda terá trechos liberados para o trânsito até o final do ano.

O Jornal da Pinheiro esteve no Parque dos Atletas, primeira obra inaugurada para os Jogos Olímpicos. Apesar de a inauguração estar prevista para 2015, foi aberto em agosto do ano passado, a tempo de receber a quarta edição brasileira do Rock in Rio. no Parque dos Atletas, na Avenida Salvador Allende. O terreno oferece, além de uma linda vista da Lagoa de Jacarepaguá, aparelhos de ginástica, ciclovia, parquinhos para as crianças, banheiros, quadras de esporte e pista de patinação. A nova atração da cidade passa no teste com algumas ressalvas: apesar de novos em folha, os sanitários já estavam sem água - em um sábado de sol forte - e algumas partes do gramado artificial estavam alagadas.

Marcelly [email protected]

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Jornal da Pinheiro • ano 5 • nº 136

ESPORTES

SAÚDE

Rafaela Monsores • [email protected] Mirian Oliver • [email protected]

para intensificar a prevenção e o diagnóstico precoce da doença, Entre as formas de detecção estão o autoexame e a mamografia, ressaltados por Luiz Antonino. O exame radiológico deve ser realizado anualmente a partir dos 40 anos de idade. Em casos de pacientes que tenham história familiar da doença, deve-se antecipar para os 35 anos. Além do risco de morte, o que mais aterroriza as mulheres que sofrem da doença é o medo de perder a mama, mas o médico assegura que na maioria das vezes só é feita a retirada total da mama quando os tumores estão local-izados no músculo peitoral ou retroare-olar. Em geral, as mamas pequenas estão mais sujeitas a este procedimento. Para a dona de casa e atendente de

O câncer de mama é a primeira causa de morte entre as mulheres em todo mundo. O Inca (Instituto Nacional do Câncer) tem a estima-tiva de 52.680 novos casos em 2012. Quem pensa que este mal só atinge o sexo feminino está enganado. De acordo com o ginecologista e mastolo-gista, Luiz Antonino Mattoso Neves de 63anos, o câncer de mama também atinge o sexo masculino, mas como o homem não costuma fazer exames de rotina, os casos são diagnosticados em estágio avançado. Por isso a qualquer sintoma anormal deve-se consultar um especialista. O mastologista também ressalta que o tratamento é o mesmo. Com o aumento dos casos, os órgãos competentes têm criado campanhas

circunstâncias’’- desabafou Elaine.

consultório Elaine Maria Araujo de 56 anos, que teve o diagnóstico da doença aos 48, o pior era a sensação de chegar tão perto da morte.Mesmo sem ter passado pela mastectomia, ela perdeu um quadrante da mama esquerda. Hoje totalmente curada, Elaine faz uma vez ao ano a mamografia. Ao ser questionada sobre o que aprendeu durante esse processo dramático ela responde com um sorriso no rosto: ‘’A lição que tirei... Talvez forças pra enfrentar a vida daqui pra frente porque nada melhor do que viver em quaisquer

Câncer de mama, primeira causa de morte entre mulheresAlto índice de casos preocupam autoridades que intensificam as campanhas de prevenção à doença

A prevenção é a melhor forma de diagnóstico

Guilherme Alves • [email protected] Thatiana Lourenço • [email protected]

foi Leonardo Corrêa, de 22 anos, que tinha o sonho de se tornar jogador de futebol. A carreira de atleta não foi adiante, mas o jovem acredita que o saldo é mais do que positivo: “Eu con-segui muito mais. Em 2008, consegui meu primeiro emprego como auxiliar administrativo. Recentemente, passei a cursar a faculdade de Contabilidade. Sinceramente, eu não sei o que estaria fazendo se não tivesse entrado no Insti-tuto Bola Pra Frente”, conta Leonardo. Em pouco mais de onze anos de existência, o Bola Pra Frente am-pliou o conceito de “craque” para outros aspectos, além do esporte, que fazem parte da rotina da cri-ança e do adolescente, como a famí-lia, a escola e o local onde vivem.

Nascido e criado no bairro de Guadalupe, na Zona Norte do Rio de Janeiro, o tetracampeão mundial de futebol Jorginho tinha um sonho inusitado: transformar o campo de várzea onde jogava bola na infân-cia, no Conjunto Presidente Vargas, em uma espécie de “Disneylândia do futebol”. No ano de 2000, com a criação do Instituto Bola Pra Frente, o sonho finalmente saiu do papel. O projeto social atende 900 crian-ças na faixa dos 6 a 17 anos, a maioria delas moradora da Favela do Muquiço. E o trabalho realizado pelo Bola Pra Frente vai além do futebol e oferece educação, arte, cultura e oportunidade de inserção no mercado de trabalho.Um dos primeiros alunos do projeto

Inclusão social através do esporteProjeto atende crianças e jovens no subúrbio carioca

Esporte como inclusão social é desenvolvido na Vila Cruzeiro

Equipe de MMA da Região retira jovens do crime e os introduz no mundo do esporte

O Brasil foi por muito tempo o país de uma única atividade esportiva, o futebol. Mas

nos dias de hoje, o esporte nacional abriu espaço para a Mistura de Artes Marciais. Antes proi-bido, a modalidade ajuda a incluir pes-soas na sociedade.

Nascido e criado em uma das fave-las mais violentas do país, a Vila Cru-zeiro, Robson Relma é uma prova viva de que o esporte pode colaborar com a retirada de jovens da criminalidade através do projeto so-cial que desenvolve na Comunidade.

Jornal FPG: Como funciona a Relma Combate na Vila Cruzeiro?

Robson Relma: Temos treinos de MMA, e os atletas que se desta-cam, coloco para competir.Muitos jo-

vens daqui que eram envolvidos com o tráfico e deixaram esse caminho.

Jornal da FPG: A estrutura do centro de treinamento é precária, como funciona a divisão das aulas?

Robson Relma: Sou eu para tomar conta de tudo isso. Apesar disso, te-nho alunos que conseguem feitos i n a c r e d i t á v e i s , como o Chatuba, que é muito conhecido no mundo do MMA.

O esporte é uma das práticas mais saudáveis que realizamos em nossas vidas. E, se torna ainda mais impor-tante quando se tem um cunho social, como é o caso do projeto social desen-volvido na Vila Cruzeiro, que se tornou exemplo a ser seguido para os jovens moradores de favelas de todo Brasil.

Por: Felipe Carvalho/Leonardo Fabri

Crédito: Leonardo Fabri

MMA faz a alegria dos jovens

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ano 5 • nº 10 • Jornal da Pinheiro 7

SEGURANÇA

Esdras Sottnas • [email protected] Domingos Octavio • [email protected]

Aterro do Flamengo com novos frequentadoresCresce o número de mendigos e usuários de drogas na região

Ivana Machado • [email protected] Simone Assunção• [email protected].

Policiais durante a ocupação da Rocinha

que estavam ocupadas por traficantes e milicianos, e a instalação de Uni-dades de Polícia Pacificadora nesses locais, implantando um novo conceito de polícia. Além disso, em 2009 foi implantado o novo Sistema Integrado de Metas para a Polícia Militar e Civil, que premia as unidades que reduzirem os indicadores de criminalidade, con-siderados estratégicos pela Secretaria de Segurança, por serem de maior impacto sobre a população. Os indicadores estratégicos são Letalidade Violenta (que inclui o indi-cador Homicídio Doloso), Roubo de Rua e Roubo de Veículo. Outro fator que pesou foi o uso maior de informa-ções de inteligência e de planejamento nas ações das Polícias Militar e Civil,

O número de homicídios dolosos (com intenção de matar) registrou queda de 24% em janeiro de 2012, o menor nos últimos 21 anos. De acordo com ISP (Instituto de Segurança Pub-lica) foram 323 casos em 2012, con-tra 425 em 2011 e 447 em 2010. Esse número compõe o indicador letalidade violenta, ao lado dos registros de casos de lesão corporal seguida de morte, latrocínio e auto de resistência. Este indicador também apresentou redução no mês analisado. O total de incidên-cias caiu 25,2%. De acordo com a Secretaria de Segurança do Estado, um conjunto de fatores compõe a estratégia de segu-rança para o Estado do Rio. Entre eles, a retomada de várias comunidades

vezes se vêem viaturas nos locais de maior índice de assalto. “Acho que tem que ter mais policiais na rua. Tem que ter medidas mais seguras para que a população possa andar com mais segurança. Estatísticas não respondem ao que vemos na rua o tempo todo: muita violência”.

como aconteceu, por exemplo, na ocupação da Rocinha e do Vidigal. A soma de todos esses fatores vem con-tribuindo para a redução significativa dos homicídios no Estado. Apesar dos índices e melhorias cita-dos acima, a população não está muito satisfeita com esses números, que apesar da queda não há uma melhora notável. A vendedora Verônica Aguiar de 38 anos trabalha no centro da cidade e já foi assaltada duas vezes nos últimos meses. “Não acho que seja algo para se comemorar, pois a população ainda sofre com homicídios e assaltos todos os dias. Está longe de ser satisfatório”.. ” Ainda segundo Verônica, as pessoas têm medo de andar na rua, poucas

Estado do RJ registra queda no número de homicídiosA retomada de comunidades ocupadas por traficantes e o Sistema Integrado de metas para PM

seria um dos motivos para essa queda

próximo à passarela. “Tinha uns três caras armados com facas, mandando as meninas entregarem os celulares”, relatou W.B, um comerciante que preferiu não ser identificado.

A falta de iluminação também preocupa os frequentadores e moradores de bairros vizinhos como Glória, Catete, Flamengo, Botafogo. No parque há muitas árvores baixas, o que permite aos ladrões e até casais (que usam o local como motel) esconder ali os furtos ou fazer suas práticas habituais. Enquanto estivemos no parque no horário de 19h às 22h foi possível perceber que as pessoas preferem andar acompanhadas ou em grupo, devido à situação da segurança no

Com mais de um milhão de metros quadrados à beira-mar, e várias espécies de árvores nativas e exóticas, como palmeiras e abricós, o parque do Aterro do Flamengo estende-se desde o aeroporto Santos-Dumont à enseada de Botafogo e oferece várias opções de lazer e práticas de esporte.

Embora sejam constantes, as viaturas da polícia militar e guarda municipal, ainda é preocupante o movimento de mendigos e usuários de drogas no local. Devido a isto, o número de esportistas e frequen-tadores do parque está diminuindo, principalmente após às 18 h, quando há uma redução da presença policial.

Comerciantes do local, afirmam que é comum, presenciar assaltos

segurança deles mesmos estaria em risco, e a responsabilidade maior, seria portanto, da polícia militar. Já a PM diz que há um posto de policiamento funcionando 24 horas próximo à orla, mas admite que o número seja insuficiente devido ao tamanho do parque.

Em comunicado oficial, o comitê organizador do Rio+20, reafirmou a posição de manter o Aterro do Flamengo, como o local do evento. A Cúpula dos Povos ocorrerá paralelamente

com o Rio+20 nos dias 15 e 23 de Julho. Tanto os frequentadores do Aterro, quanto os que virão em prol de alguma causa, esperam ao menos encontrar o parque preservado e em segurança.

Aterro do Flamengo.Procuramos a Guarda Municipal,

que nos informou que pelo fato de andarem desarmados, impossibilita uma repressão aos delitos, pois a

Próximo às árvores, os assaltos são frequentes

Page 8: Jornal da Pinheiro nº 13

Jornal da Pinheiro • ano 5 • nº 138

ECONOMIA

TECNOLOGIA

Gisele • [email protected] Ana Carolina • [email protected]

dificuldade para se adaptarem.Luciano Gerônimo, desenvol-

vedor de sistemas, acredita que este tipo de interface voltada para tablets e smartphones prejudique os usuários que preferem usar PC convencional: “Se a Microsoft seguir os mesmos padrões usados pela Apple faltará opções para os que não gostam deste tipo de interface”.

Mais um indício de que a Microsoft deseja seguir os passos de sua grande concorrente foi o lançamento do “Windows Store”, loja virtual de aplicativos desenvolvidos para o sistema, que promete facilitar o comércio de novos produtos.

Para Saulo Macedo, analista de redes, apesar das grandes mudanças no design, o Windows 8 é uma boa evolução da versão 7:

Em 29 de fevereiro de 2012 a Microsoft liberou o download gratuito da versão Beta do Windows 8 Consumer, que trouxe mudanças radicais em relação aos seus antecessores. A última inovação dos sistemas operacionais foi o Windows 95, onde foram adotados padrões conhecidos até hoje.

A principal mudança é que, pela primeira vez uma plataforma da Microsoft foi projetada pensando na usabilidade em smartphones e tablets. Trazendo a proposta de reunir “o melhor dos dois mundos”. Mas a interface batizada de “Metro” foi baseada na tecnologia touch screen, não sendo tão eficiente num desktop como o mouse e o teclado. Usuários inexperientes poderão sentir uma grande

Versão para testes do Windows 8 está disponívelDownload pode ser feito gratuitamente no site da Microsoft

Raquel Antonio • [email protected] Thais Antonio • [email protected])

Poder de Compra (PPC) que prevê que diferentes bens e serviços têm distintos preços de um país para outro. Exatamente baseado nessa teoria que foi criado o índice Big Mac, ele compara o preço do sanduíche em cem países diferentes e foi escolhido por ser feito de forma padronizada na maioria dos lugares e a margem de contribuição por produto também ser a mesma, podendo ser usado para confrontar de forma mais eficaz em qual país esse sanduíche é mais caro em relação ao dólar. Usando esse índice podemos dizer, por exemplo, que se um sanduíche custa 4 dólares num lugar e 4 reais aqui no Brasil, então 1 dólar corresponde a 1 real. Segundo sua última atualização em

Criado em 1986 pela revista The Economist, o índice Big Mac usa o sanduíche

mais famoso do mundo para fins de comparação econômica com o objetivo de tornar mais real o grau de subvalorização ou sobrevalorização de uma moeda em relação à outra. Segundo a Dra: Nadja, executiva do Banco Icatú e formada em economia pela UFRJ, o índice Big Mac, preenche uma lacuna, visto que o PIB de cada país e insuficiente para calcular o poder real de compra, pois existem vários fatores que dificultam calcular com exatidão o tamanho da riqueza da população, tais como: envio e recebimento de recursos estrangeiros. Por está razão, criou-se a teoria da Paridade do

Embora tenha se mantido como o 4º big Mac mais caro do mundo desde a penúltima atualização em 28 de julho de 2011, o indicador mostra que o Brasil recuou 20% na valorização frente ao dólar, já que nessa data o real estava sobrevalorizado em 55%.

11 de janeiro de 2012, o real encontra-se em 4º lugar com uma sobrevalorização de 35%, atrás apenas da coroa sueca com 41% de valorização, da coroa norueguesa 62% valorizada e franco suíço com também 62% . As moedas mais subvalorizadas seriam a rúpia indiana, desvalorizada em 61% em relação ao dólar, a hyynia ucraniana, desvalorizada 50% e o dólar de Hong Kong, desvalorizado em 49%. “Em termos relativos, podemos dizer que o real está valorizado em relação ao dólar, entretanto, devido a carga tributária brasileira ser muitíssimo superior a praticada nos Estados Unidos, não se pode simplesmente afirmar que a valorização é a mesma em termos percentuais.” Diz Nadja.

Índice Big Mac mostra valorização do RealSanduíche é usado como base de cálculos para economia

Big Mac pode traduzir a economia de um país

Ginguiola Severiano • [email protected] Gabriel Ribeiro • [email protected]

redução do imposto. Em 2009, a enti-dade reuniu mil assinaturas favoráveis à causa e entregou à Alerj. Na ocasião o empresário e presidentedo TI Rio, Benito Paret, lembrou que o setor gera empregos e fomenta negócios em out-ros países, inclusive no Brasil. Depois de sete anos, para Paret, o PL ainda não foi aprovado por questões políti-cas e quem sofre com isso é o Rio. “A média de crescimento nacional para as empresas do setor gira em torno de 10%, enquanto no nosso estado esta taxa está estagnada em 2%”, pondera Paret.

Caso o PL seja aprovado, o estado perderá cerca de 40 milhões de reais em arrecadação. É o que prevê um le-vantamento pela SEFAZ/RJ.

O Rio de Janeiro está atrás de outros estados quando o assunto é incentivos governamentais para a áreade Tecno-logia da Informação (TI). Enquanto empresas sediadas em São Paulo, Mi-nas Gerais e Goiás pagam 2% de Im-posto Sobre Serviço (ISS), negócios de TI do Rio têm o dispêndiode 5% com o tributo. Esta diferença faz com que empresários, entidades de classe e alguns parlamentares se unam na luta para equiparar a alíquota com a de outros estados e, com isso, fazer o Rio retomar a ponta num setorfundamen-tal para o crescimento do país.

Desde 2005, o Sindicato das Empre-sas de Informática do Rio de Janeiro, antigo Seprorj, hoje TI Rio, encabeça o diálogo junto ao poder público para a

Rio perde para outros estados na área de TISetor tem 3% de alíquota de ISS a mais

do que outros estados