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Página 8308 $ 1.75 PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR - LESTE Quarta-Feira, 16 de Setembro de 2015 Série I, N.° 35 SUMÁRIO GOVERNO : Decreto-Lei N.º 35 / 2015 de 16 de Setembro Orgânica do Ministério do Interior ..................................8308 Decreto-Lei N.º 36 / 2015 de 16 de Setembro 1.ª Alteração ao Decreto-Lei n.º 4/2012, de 15 de Fevereiro sobre o Planeamento de Desenvolvimento Intergrado Municipal .............................................................................. 8321 DECRETO-LEI 35 / 2015 de 16 de Setembro ORGÂNICA DO MINISTÉRIO DO INTERIOR A Segurança, como uma das funções essenciais do Estado, é um pressuposto indispensável ao exercício dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, dependendo da sua garantia, a preservação da estabilidade da própria sociedade e o normal desenvolvimento da atividade política, económica e social. Em suma, sem Segurança não há desenvolvimento. Nessa medida, o programa do VI Governo Constitucional assume como prioridade a adoção de políticas e de medidas concretas que contribuam para fazer de Timor-Leste um País mais seguro com o objetivo de reforçar a autoridade do Estado e o desenvolvimento e consolidação da eficácia das Forças e Serviços de Segurança, reconhecendo que este é um domínio em que o investimento apresenta, tanto a curto, como a médio e longo prazo, vantagens e benefícios exponenciais. O conceito de Segurança compreende uma realidade multifacetada que abrange áreas tão relevantes como a ordem e tranquilidade públicas, a investigação criminal, a migração, o controlo de fronteiras e área marítima, a proteção e socorro, a segurança do património público, a segurança privada, a segurança rodoviária, a prevenção de conflitos comunitários e a cooperação internacional. Assim, as políticas de Segurança têm um papel fundamental para o desenvolvimento do País por contribuírem para o sentimento de segurança, melhoria da qualidade de vida e bem- estar das populações. Com a Orgânica do VI Governo Constitucional, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 6/2015, de 11 de Março, foi criado o Ministério do Interior com a responsabilidade de prosseguir, na área da Segurança, as atribuições do extinto Ministério da Defesa e Segurança. Neste contexto, o Ministério do Interior continuará a implementação do Plano Estratégico da Segurança 2030 como forma de garantir o ótimo desempenho no que diz respeito à paz, segurança, estabilidade e prosperidade da sociedade timorense. Para a prossecução das políticas de Segurança torna-se necessário que a estrutura orgânico-funcional do Ministério do Interior esteja apta a responder às responsabilidades nesse domínio, através da implementação de uma estrutura orgânica que se pretende mais sólida, eficiente e direcionada para as reais necessidades de implementação da estratégia de Segurança nas diferentes áreas. Desta forma, os serviços centrais do Ministério do Interior são organizados considerando a sua natureza operacional ou administrativa, concretizando uma distribuição e racionalização das missões entre os serviços, por forma a permitir uma maior rentabilização dos recursos existentes com o aumento da eficácia e eficiência do Ministério do Interior, em geral, e dos seus serviços, em particular. Com efeito, a concretização simultânea dos objetivos de racionalização orgânica e de melhor utilização dos recursos humanos, designadamente numa perspetiva de igualdade do género, dos recursos materiais e dos recursos financeiros constituem outra grande meta a atingir no processo de desenvolvimento, consolidação, modernização e otimização do funcionamento do Ministério do Interior. O Ministério do Interior é um suporte e instrumento da política para a paz e estabilidade de Timor-Leste, e do Mundo, e a sua orgânica é um instrumento fundamental para a prossecução dessa política.

Jornal da República · Jornal da República Série I, N.° 35 Quarta-Feira, 16 de Setembro de 2015 Página 8310 CAPÍTULO III ESTRUTURA ORGÂNICA Artigo 4.º Estrutura geral O MI

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Jornal da República

Série I, N.° 35 Página 8308Quarta-Feira, 16 de Setembro de 2015

$ 1.75 PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR - LESTE

Quarta-Feira, 16 de Setembro de 2015 Série I, N.° 35

SUMÁRIO

GOVERNO :Decreto-Lei N.º 35 / 2015 de 16 de SetembroOrgânica do Ministério do Interior..................................8308

Decreto-Lei N.º 36 / 2015 de 16 de Setembro1.ª Alteração ao Decreto-Lei n.º 4/2012, de 15 de Fevereirosobre o Planeamento de Desenvolvimento IntergradoMunicipal..............................................................................8321

DECRETO-LEI N° 35 / 2015

de 16 de Setembro

ORGÂNICA DO MINISTÉRIO DO INTERIOR

A Segurança, como uma das funções essenciais do Estado, éum pressuposto indispensável ao exercício dos direitos,liberdades e garantias dos cidadãos, dependendo da suagarantia, a preservação da estabilidade da própria sociedade eo normal desenvolvimento da atividade política, económica esocial. Em suma, sem Segurança não há desenvolvimento.

Nessa medida, o programa do VI Governo Constitucionalassume como prioridade a adoção de políticas e de medidasconcretas que contribuam para fazer de Timor-Leste um Paísmais seguro com o objetivo de reforçar a autoridade do Estadoe o desenvolvimento e consolidação da eficácia das Forças eServiços de Segurança, reconhecendo que este é um domínioem que o investimento apresenta, tanto a curto, como a médioe longo prazo, vantagens e benefícios exponenciais.

O conceito de Segurança compreende uma realidademultifacetada que abrange áreas tão relevantes como a ordeme tranquilidade públicas, a investigação criminal, a migração, ocontrolo de fronteiras e área marítima, a proteção e socorro, asegurança do património público, a segurança privada, asegurança rodoviária, a prevenção de conflitos comunitáriose a cooperação internacional.

Assim, as políticas de Segurança têm um papel fundamentalpara o desenvolvimento do País por contribuírem para osentimento de segurança, melhoria da qualidade de vida e bem-estar das populações.

Com a Orgânica do VI Governo Constitucional, aprovada peloDecreto-Lei n.º 6/2015, de 11 de Março, foi criado o Ministériodo Interior com a responsabilidade de prosseguir, na área daSegurança, as atribuições do extinto Ministério da Defesa eSegurança.

Neste contexto, o Ministério do Interior continuará aimplementação do Plano Estratégico da Segurança 2030 comoforma de garantir o ótimo desempenho no que diz respeito àpaz, segurança, estabilidade e prosperidade da sociedadetimorense.

Para a prossecução das políticas de Segurança torna-senecessário que a estrutura orgânico-funcional do Ministériodo Interior esteja apta a responder às responsabilidades nessedomínio, através da implementação de uma estrutura orgânicaque se pretende mais sólida, eficiente e direcionada para asreais necessidades de implementação da estratégia deSegurança nas diferentes áreas.

Desta forma, os serviços centrais do Ministério do Interiorsão organizados considerando a sua natureza operacional ouadministrativa, concretizando uma distribuição e racionalizaçãodas missões entre os serviços, por forma a permitir uma maiorrentabilização dos recursos existentes com o aumento daeficácia e eficiência do Ministério do Interior, em geral, e dosseus serviços, em particular.

Com efeito, a concretização simultânea dos objetivos deracionalização orgânica e de melhor utilização dos recursoshumanos, designadamente numa perspetiva de igualdade dogénero, dos recursos materiais e dos recursos financeirosconstituem outra grande meta a atingir no processo dedesenvolvimento, consolidação, modernização e otimizaçãodo funcionamento do Ministério do Interior.

O Ministério do Interior é um suporte e instrumento da políticapara a paz e estabilidade de Timor-Leste, e do Mundo, e a suaorgânica é um instrumento fundamental para a prossecuçãodessa política.

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Quarta-Feira, 16 de Setembro de 2015Série I, N.° 35 Página 8309

Assim,

O Governo decreta, nos termos do n.º 3 do artigo 115.º daConstituição da República, para valer como lei, o seguinte:

CAPÍTULO INATUREZA, MISSÃO E ATRIBUIÇÕES

Artigo 1.ºNatureza e missão

O Ministério do Interior, abreviadamente designado por MI, éo órgão central do Governo responsável pela conceção,coordenação, execução e avaliação da política, aprovada peloConselho de Ministros, para as áreas da segurança interna, damigração e controlo de fronteiras, da proteção civil e dacooperação policial, bem como pelo assegurar da administraçãoe fiscalização das Forças e Serviços de Segurança e dos demaisórgãos e serviços nele integrados.

Artigo 2.ºAtribuições

Na prossecução da sua missão, são atribuiçõesdo MI:

a) Participar na definição, coordenação e execução da Políticade Segurança Nacional;

b) Propor, coordenar e executar as políticas de SegurançaInterna e de Proteção Civil;

c) Elaborar os projetos de regulamentação necessários àssuas áreas de tutela;

d) Exercer a tutela, administrar e fiscalizar as Forças e Serviçosde Segurança de Timor-Leste;

e) Exercer a tutela, administrar e fiscalizar a AutoridadeNacional de Proteção Civil;

f) Garantir e manter a ordem e tranquilidade públicas;

g) Assegurar a proteção da liberdade e da segurança daspessoas e dos seus bens;

h) Prevenir e reprimir a criminalidade;

i) Controlar as atividades de importação, fabrico, armaze-namento, comercialização, licenciamento, detenção,transporte, uso e porte de armas, munições e explosivos,sem prejuízo das atribuições próprias de outros órgãos doGoverno;

j) Colaborar na fiscalização da navegação marítima e dequalquer tipo de atividade no domínio da aviação civil;

k) Controlar a circulação de pessoas nas fronteiras, a entrada,permanência e residência, saída e afastamento de estran-geiros do território nacional;

l) Prevenir catástrofes e acidentes graves e prestar proteçãoe socorro às populações sinistradas em caso de incêndios,inundações, desabamentos, terramotos e em todas assituações que as ponham em risco;

m) Desenvolver, em coordenação com outras entidadescompetentes programas de educação cívica para fazer facea desastres naturais, ou outros provocados pela açãohumana, cimentando a solidariedade social;

n) Zelar pela segurança do património imobiliário e mobiliáriodo Estado;

o) Regular, fiscalizar e controlar o exercício da atividade desegurança privada;

p) Participar nos Conselhos de Segurança Municipais;

q) Desenvolver uma política de prevenção e segurança rodo-viária e assegurar a disciplina do trânsito;

r) Promover o desenvolvimento de estratégias de prevenção,mediação e resolução de conflitos comunitários;

s) Promover a adequação dos meios policiais e acompanhare inspecionar a respetiva utilização;

t) Assegurar a manutenção de relações no domínio daspolíticas de Segurança Interna e de Proteção Civil comoutros países e organizações internacionais, sem prejuízodas atribuições próprias do Ministério dos NegóciosEstrangeiros e Cooperação, no âmbito dos objetivosfixados para a política externa timorense;

u) Negociar, nos termos da Lei n.º 6/2010, de 12 de Maio, emcoordenação com o Ministério dos Negócios Estrangeirose Cooperação, acordos internacionais em matérias desegurança interna, investigação criminal, migração econtrolo de fronteiras, segurança rodoviária e proteçãocivil;

v) Coordenar e monitorizar, em coordenação com o Ministériodos Negócios Estrangeiros e Cooperação, as ações decooperação desenvolvidas por Organizações Internacio-nais, Estados ou Forças e Serviços de Segurança de outrospaíses em apoio ao desenvolvimento das suas áreas detutela, no âmbito dos acordos internacionais referidos naalínea anterior;

w) Estabelecer mecanismos de colaboração e coordenação comoutros órgãos do Governo com tutela sobre áreas conexas.

CAPÍTULO IITUTELA E SUPERINTENDÊNCIA

Artigo 3.ºDireção, tutela e superintendência

O MI é superiormente dirigido pelo Ministro do Interior, quepor ele responde perante o Primeiro-Ministro.

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Série I, N.° 35 Página 8310Quarta-Feira, 16 de Setembro de 2015

CAPÍTULO IIIESTRUTURA ORGÂNICA

Artigo 4.ºEstrutura geral

O MI prossegue as suas atribuições através dos serviçoscentrais, do órgão consultivo e das delegações territoriais,integrados na administração direta do Estado, e das demaisestruturas nele integradas.

Artigo 5.ºAdministração direta do Estado

1. Integram a administração direta do Estado, no âmbito doMI, os seguintes serviços centrais de natureza operacional:

a) A Polícia Nacional de Timor-Leste;

b) O Serviço de Migração;

c) A Autoridade Nacional de Proteção Civil, que integra:

i. A Direção Nacional de Proteção Civil;

ii. A Direção Nacional de Bombeiros.

d) A Direção-Geral dos Serviços Operacionais, que integra:

i. A Direção Nacional de Segurança do PatrimónioPúblico;

ii. A Direção Nacional de Segurança Rodoviária;

iii. A Direção Nacional de Prevenção de ConflitosComunitários.

2. Integram a administração direta do Estado, no âmbito doMI, os seguintes serviços centrais de natureza e suporteadministrativo:

a) A Direção-Geral dos Serviços Corporativos, que integra:

i. A Direção Nacional de Recursos Humanos;

ii. A Direção Nacional de Administração e Finanças;

iii. A Direção Nacional de Aprovisionamento;

iv. A Direção Nacional de Logística e Gestão doPatrimónio.

b) O Gabinete de Inspeção e Auditoria;

c) O Gabinete de Assessoria.

3. A estrutura orgânica do Gabinete do Ministro do Interior éregida nos termos da lei sobre o regime dos gabinetesministeriais.

CAPÍTULO IVSERVIÇOS CENTRAIS

SECÇÃO IPolícia Nacional de Timor-Leste

Artigo 6.ºPolícia Nacional de Timor-Leste

1. A Polícia Nacional de Timor-Leste, abreviadamentedesignada por PNTL, é uma força de segurança com amissão de defender a legalidade democrática, de garantir asegurança das pessoas e bens e salvaguardar os direitos,liberdades e garantias dos cidadãos, nos termosestabelecidos na Constituição e na lei.

2. A PNTL privilegia uma estratégia e filosofia de atuaçãocomunitária e possui uma organização, disciplina, instruçãoe estatuto de pessoal com natureza idêntica à militar, semse constituir, no entanto, numa força de natureza militar.

3. A orgânica, a missão e o funcionamento da PNTL, bemcomo o estatuto do pessoal, são regulados por legislaçãoprópria.

4. O Comandante-Geral e o 2.º Comandante-Geral da PNTLsão nomeados por resolução do Conselho de Ministros,precedida de parecer do Conselho Superior da Polícia eproposta do Ministro do Interior.

SECÇÃO IIServiço de Migração

Artigo 7.ºServiço de Migração

1. O Serviço de Migração, abreviadamente designado porSM, é um serviço de segurança com a missão de controlara circulação de pessoas nas fronteiras, a entrada, apermanência, a saída e as atividades dos estrangeiros emterritório nacional, bem como colaborar na prevenção erepressão da criminalidade relacionada com a imigraçãoilegal, e a instrução dos processos de concessão doestatuto de refugiado.

2. A orgânica, a missão e o funcionamento do SM, bem comoo estatuto do pessoal, são regulados por legislação própria.

3. O SM é dirigido por um Diretor-Geral, coadjuvado por umDiretor-Geral adjunto equiparado a Diretor Nacional paratodos os efeitos legais, nomeados conforme o determinadono regime das carreiras e dos cargos de direção e chefia daadministração pública.

SECÇÃO IIIAutoridade Nacional de Proteção Civil

Artigo 8.ºAutoridade Nacional de Proteção Civil

1. A Autoridade Nacional de Proteção Civil, abreviadamentedesignada por ANPC, tem por missão planear, coordenar e

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Quarta-Feira, 16 de Setembro de 2015Série I, N.° 35 Página 8311

executar a Política de Proteção Civil, designadamente naprevenção e reação a acidentes graves e catástrofes, naproteção e socorro de populações, na definição,planeamento e coordenação das necessidades nacionaisna área do planeamento civil de emergência com vista afazer face a situações de crise, na fiscalização dasdisposições legais no âmbito da proteção civil, bem comona direção da atividade dos bombeiros.

2. A ANPC é ainda responsável pela coordenação dos órgãose serviços que possuem competências ou desenvolvemações no âmbito do Sistema Nacional de Proteção Civil.

3. A orgânica, a missão e o funcionamento da ANPC, e dosórgãos e serviços nela integrados, são regulados porlegislação própria.

4. A ANPC é dirigida por um Diretor-Geral, nomeado conformeo determinado no regime das carreiras e dos cargos dedireção e chefia da administração pública.

SECÇÃO IVDireção-Geral dos Serviços Operacionais

Artigo 9.ºDirecção-Geral dos Serviços Operacionais

1. A Direcção-Geral dos Serviços Operacionais, abre-viadamente designada por DGSO, é responsável porassegurar a coordenação de todos os serviços do MI commissões nas áreas da proteção e segurança do patrimóniopúblico, da prevenção e segurança rodoviária e daprevenção de conflitos comunitários.

2. A DGSO prossegue as seguintes missões:

a) Coordenar as atividades das direções nacionais sob asua direta dependência;

b) Planear e adotar estratégias concertadas com asentidades públicas relevantes, no que diz respeito àatuação no terreno das respetivas direções nacionaissob a sua direta dependência;

c) Colaborar com o Gabinete de Assessoria nodesenvolvimento das medidas necessárias para aatualização do Plano Nacional de Desenvolvimento epara a implementação e monitorização da execução doPlano Estratégico da Segurança 2030;

d) Elaborar a proposta do programa anual de atividadesda DGSO, coordenando e coligindo as propostas dasdireções nacionais sob a sua direta dependência, ecolaborar com o Gabinete de Assessoria na elaboraçãodo programa anual de atividades do MI;

e) Colaborar com o Gabinete de Assessoria na definição eexecução dos planos estratégicos setoriais;

f) Assegurar as atividades operacionais relacionadascom a execução e a avaliação dos programas anuais eplurianuais aprovados e as demais instruçõessuperiores;

g) Velar pela segurança do património público;

h) Acompanhar e orientar os planos de trabalho e formaçãono âmbito da prevenção de conflitos comunitários,mediação de conflitos e prevenção e segurançarodoviária;

i) Assegurar o controlo do exercício da atividade desegurança privada;

j) Disseminar nas comunidades, em coordenação com asrespetivas direções nacionais, informação sobre aprevenção e segurança rodoviária e aprevenção deconflitos comunitários;

k) Coordenar com o Gabinete de Assessoria a elaboraçãode projetos de lei e regulamentos relacionados com assuas missões;

l) Participar no desenvolvimento de políticas relacionadascom as suas missões;

m) Coordenar a preparação de relatórios mensais etrimestrais pelas direções nacionais sob a sua diretadependência, garantindo a sua apresentação aoMinistro do Interior;

n) Quaisquer outras que lhe sejam atribuídas nos termoslegais.

3. A DSGO é dirigida por um Diretor-Geral, nomeado conformeo determinado no regime das carreiras e dos cargos dedireção e chefia da administração pública.

4. A estrutura interna da DGSO integra um Gabinete de ApoioAdministrativo ao Diretor-Geral.

Artigo 10.ºDireção Nacional de Segurança do Património Público

1. A Direção Nacional de Segurança do Património Público,abreviadamente designada por DNSPP, é o serviçoresponsável por garantir a segurança e o controlo doacesso aos edifícios, instalações e demais imóveis doEstado, com exclusão dos afetos exclusivamente àsatividades de defesa ou de segurança.

2. A DNSPP prossegue as seguintes missões:

a) Colaborar na elaboração dos planos de segurança dosimóveis previstos no número anterior, em coordenaçãocom a ANPC e as entidades responsáveis por essesimóveis;

b) Definir as áreas de acesso livre ou restrito, emcolaboração com as entidades responsáveis pelosedifícios, instalações e demais imóveis;

c) Estabelecer circuitos de controlo da circulação internade acordo com as restrições estabelecidas;

d) Definir e estabelecer os procedimentos de acesso aos

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Série I, N.° 35 Página 8312Quarta-Feira, 16 de Setembro de 2015

parques de veículos do Estado, em colaboração comas demais entidades responsáveis pelos espaços epelos veículos;

e) Elaborar o registo das pessoas com direito de acesso aedifícios do Estado e emissão das respetivasautorizações, em coordenação com as entidadesresponsáveis pelos espaços em causa;

f) Garantir a segurança das reuniões dos órgãos eentidades da Administração Pública;

g) Exercer as missões que lhe forem atribuídas por lei noque respeita às empresas privadas de segurança;

h) Colaborar na segurança de mercadorias ou outros bensdo Estado, em trânsito ou armazenados, sempre quesolicitado pelas entidades responsáveis pelos mesmos;

i) Prestar auxílio às Forças de Segurança, designadamenteem ações de despejo, com respeito pelos limites dassuas missões e desde que prévia e expressamenterequisitada;

j) Preparar relatórios mensais e trimestrais sobre asatividades desenvolvidas, remetendo-os à DGSO;

k) Quaisquer outras que lhe sejam atribuídas nos termoslegais.

3. A orgânica, a missão e o funcionamento da DNSPP, bemcomo o estatuto do pessoal, são regulados por legislaçãoprópria.

4. A DNSPP é dirigida por um Diretor Nacional, nomeadoconforme o determinado no regime das carreiras e doscargos de direção e chefia da administração pública.

Artigo 11.ºDireção Nacional de Segurança Rodoviária

1. A Direção Nacional de Segurança Rodoviária, abreviada-mente designada por DNSR, é o serviço responsável peloplaneamento, coordenação e execução da Política Nacionalde Prevenção e Segurança Rodoviária, bem como pelaaplicação do direito contraordenacional rodoviário.

2. A DNSR prossegue as seguintes missões:

a) Contribuir para a definição das políticas no domínio dotrânsito e da prevenção e segurança rodoviária;

b) Elaborar e monitorizar o plano nacional de prevenção esegurança rodoviária, bem como os documentosestruturantes relacionados com a prevenção esegurança rodoviária, e promover o seu estudo,nomeadamente das causas e fatores intervenientes nosacidentes de trânsito;

c) Promover e apoiar iniciativas cívicas e parcerias comentidades públicas e privadas, designadamente no

âmbito escolar, bem como a realização de ações deinformação e sensibilização que fomentem uma culturade prevenção e segurança rodoviária, e de boas práticasde condução;

d) Elaborar e propor a adoção de medidas legislativas eregulamentares que visem o ordenamento e a disciplinado trânsito;

e) Garantir a fiscalização do cumprimento das disposiçõeslegais sobre trânsito e segurança rodoviária;

f) Assegurar o processamento e a gestão dos autos decontraordenação levantados por infrações ao Códigoda Estrada e legislação complementar;

g) Participar na promoção de ações de formação em matériade prevenção e segurança rodoviária às entidadesfiscalizadoras em matéria rodoviária;

h) Uniformizar e coordenar a ação das entidadesfiscalizadoras em matéria rodoviária, através da emissãode instruções técnicas e da aprovação dosequipamentos de controlo e fiscalização do trânsito;

i) Preparar relatórios mensais e trimestrais sobre asatividades desenvolvidas, remetendo-os à DGSO;

j) Quaisquer outras que lhe sejam atribuídas nos termoslegais.

3. A DNSR é dirigida por um Diretor Nacional, nomeadoconforme o determinado no regime das carreiras e doscargos de direção e chefia da administração pública.

Artigo 12.ºDireção Nacional de Prevenção de Conflitos Comunitários

1. A Direção Nacional de Prevenção de Conflitos Comunitários,abreviadamente designada por DNPCC, é o serviçoresponsável por implementar, gerir e desenvolver asatividades de pesquisa, avaliação e formação, no sentidode fomentar estratégias de prevenção, mediação e resoluçãode conflitos comunitários, promovendo o bem-estar dapopulação.

2. A DNPCC prossegue as seguintes missões:

a) Coordenar, em colaboração com as instituiçõesrelevantes, as atividades relacionadas com a prevençãode conflitos dirigidas às comunidades;

b) Participar nas atividades decorrentes dos Conselhosde Segurança Municipais;

c) Implementar programas de prevenção de conflitoscomunitários;

d) Estabelecer relações de trabalho com as comunidadespara melhorar a gestão da segurança e prevenir osconflitos;

e) Mediar conflitos comunitários, em coordenação comoutras entidades com atribuições conexas;

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Quarta-Feira, 16 de Setembro de 2015Série I, N.° 35 Página 8313

f) Elaborar pesquisas e avaliações relativamente a causasde conflitos;

g) Avaliar os progressos atingidos no País no que dizrespeito à mediação de conflitos e resolução dedisputas;

h) Colaborar com as Forças de Segurança nodesenvolvimento e implementação de programas quepotenciem a divulgação e compreensão do policiamentocomunitário junto das comunidades;

i) Desenvolver e implementar programas de educaçãocívica para a divulgação, compreensão, prevenção eresolução de conflitos comunitários;

j) Identificar as necessidades de formação na área deprevenção de conflitos comunitários e implementar osprogramas necessários;

k) Promover a igualdade de género e os direitos humanosna sua área de atividade;

l) Preparar relatórios mensais e trimestrais sobre asatividades desenvolvidas, remetendo-os à DGSO;

m) Quaisquer outras que lhe sejam atribuídas nos termoslegais.

3. A DNPCC é dirigida por um Diretor Nacional, nomeadoconforme o determinado no regime das carreiras e doscargos de direção e chefia da administração pública.

SECÇÃO VDireção-Geral dos Serviços Corporativos

Artigo 13.ºDirecção-Geral dos Serviços Corporativos

1. A Direção-Geral dos Serviços Corporativos, abreviadamentedesignada por DGSC, é responsável por assegurar a orien-tação geral e a coordenação integrada de todos os serviçosdo MI com missões nas áreas de recursos humanos,administração e finanças, aprovisionamento, logística egestão do património, infraestruturas tecnológicas deinformação e comunicação, estatística, e documentação earquivo.

2. A DGSC prossegue as seguintes missões:

a) Assegurar os serviços administrativos gerais do MI;

b) Coordenar as atividades das direções nacionais sob asua direta dependência;

c) Garantir a articulação e a cooperação entre as direçõesnacionais e os demais serviços do MI;

d) Promover mecanismos de colaboração e coordenaçãocom outros órgãos do Governo em áreas conexas;

e) Colaborar com o Gabinete de Assessoria no

desenvolvimento das medidas necessárias para aatualização do Plano Nacional de Desenvolvimento epara a implementação e monitorização da execução doPlano Estratégico da Segurança 2030;

f) Elaborar a proposta do programa anual de atividadesda DGSC, coordenando e coligindo as propostas dasdireções nacionais sob a sua direta dependência, ecolaborar com o Gabinete de Assessoria na elaboraçãodo programa anual de atividades do MI;

g) Colaborar com o Gabinete de Assessoria na definição eexecução dos planos estratégicos setoriais;

h) Assegurar as atividades administrativas relacionadascom a execução e a avaliação dos programas anuais eplurianuais aprovadose as demais instruçõessuperiores;

i) Assegurar e coordenar uma gestão eficiente dosrecursos humanos, em colaboração com os restantesserviços do MI, incluindo a promoção de planos deformação e desenvolvimento técnico e profissional paraas diferentes áreas de atuação do MI;

j) Orientar e assegurar a elaboração do orçamento anual,suplementar ou retificativo do MI, de acordo com asregras orçamentais e de contabilidade públicas;

k) Coordenar o planeamento, a execução e o controlo dasdotações orçamentais atribuídas ao MI, sem prejuízoda existência de outros meios de controlo e avaliaçãorealizados por outras entidades competentes;

l) Coordenar e controlar a arrecadação de receitas eoutras importâncias cobradas pelos serviços do MInos termos legais;

m) Assegurar o procedimento administrativo doaprovisionamento, incluindo os procedimentos dedespesas superiormente autorizadas nos termos legais;

n) Assegurar a gestão dos recursos logísticos do MI;

o) Garantir a inventariação, manutenção e preservação dopatrimónio do Estado confiado ao MI;

p) Coordenar as atividades de construção e melhoria dasedificações e infraestruturas dos serviços do MI;

q) Garantir a coordenação, controlo, gestão e execuçãodas atividades do MI em matéria de tecnologias deinformação e comunicação, segurança da informação edos sistemas complementares de segurança física;

r) Assegurar a conservação da documentação e arquivodo MI;

s) Organizar a receção, o registo, o envio, o arquivo, aconservação e o tratamento informático de toda adocumentação respeitante ao MI, nomeadamente acorrespondência;

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Jornal da República

Série I, N.° 35 Página 8314Quarta-Feira, 16 de Setembro de 2015

t) Coordenar com o Gabinete de Assessoria a elaboraçãode projetos de lei e regulamentos relacionados com assuas missões;

u) Participar no desenvolvimento de políticas relacionadascom as suas missões;

v) Cumprir e fazer cumprir as leis, regulamentos e outrasdisposições legais de natureza administrativa efinanceira;

w) Coordenar a preparação das reuniões do ConselhoConsultivo;

x) Coordenar a preparação de relatórios mensais etrimestrais pelas direções nacionais sob a sua diretadependência, garantindo a sua apresentação aoMinistro do Interior;

y) Quaisquer outras que lhe sejam atribuídas nos termoslegais.

3. A DGSC é dirigida por um Diretor-Geral, nomeado conformeo determinado no regime das carreiras e dos cargos dedireção e chefia da administração pública.

4. A estrutura interna da DGSC integra um Gabinete de ApoioAdministrativo ao Diretor-Geral que assegura a receção, oregisto, o envio, o arquivo, a estatística, a conservação e otratamento informático de toda a documentação respeitanteaos serviços do MI, nomeadamente a correspondência.

Artigo 14.ºDireção Nacional de Recursos Humanos

1. A Direção Nacional de Recursos Humanos, abreviadamentedesignada por DNRH, é o serviço responsável porassegurar o apoio técnico e administrativo nas áreas dagestão, formação e capacitação dos recursos humanos.

2. A DNRH prossegue as seguintes missões:

a) Gerir os recursos humanos do MI;

b) Planear, organizar e implementar o desenvolvimento dagestão organizacional do MI em matéria de recursoshumanos;

c) Propor o quadro de pessoal do MI, em coordenaçãocom os demais serviços, garantindo a integração numaperspetiva do género;

d) Estudar, formular propostas e executar as orientaçõespolíticas em matéria de gestão de recursos humanos,formação e capacitação, incluindo o sistema derecrutamento e seleção, reforma e apoio social;

e) Coordenar com os demais serviços do MI o processode formulação e execução de políticas e estratégias dedesenvolvimento e profissionalização dos recursoshumanos;

f) Organizar e gerir o registo individual dos funcionáriosdo MI, em conformidade com o sistema de gestão depessoal da Comissão da Função Pública;

g) Elaborar registos estatísticos dos recursos humanos,bem como criar e manter atualizado um arquivo, físico eeletrónico, com a descrição das funções correspon-dentes a cada uma das posições existentes no MI;

h) Coordenar, em articulação com a Comissão da FunçãoPública, as operações de recrutamento e seleção dosrecursos humanos do MI;

i) Promover, sob a orientação da DGSC, a contratação defuncionários para o MI de acordo com as necessidadesespecificadas e em razão do mérito, em coordenaçãocom a Comissão da Função Pública, pautando pelaqualidade dos recursos humanos do MI;

j) Examinar e propor as bases gerais da política derecrutamento e seleção, transferência, permuta,requisição ou destacamento para os serviços do MI,fazendo propostas sobre os quadros de pessoal, ascarreiras e as remunerações, em coordenação com osserviços respetivos;

k) Processar as listas de vencimentos relativos aosfuncionários do MI, bem como o expediente relacionadocom os benefícios sociais, em coordenação com aDireção Nacional de Administração e Finanças e demaisserviços do MI;

l) Coordenar e gerir, em coordenação com os demaisserviços do MI, as avaliações anuais do desempenhobem como monitorizar o registo e o controlo daassiduidade dos funcionários;

m) Instruir e preparar o expediente relativo a processos denomeação, promoção e progressão na carreira,avaliação do desempenho, seleção, recrutamento,transferência, permuta, requisição ou destacamento,exoneração, despedimento, aposentação e demissãode pessoal, sem prejuízo das competências próprias daComissão da Função Pública;

n) Organizar a participação dos funcionários do MI emeventos nacionais ou internacionais de acordo com asorientações superiores;

o) Velar pelo cumprimento das normas do Estatuto daFunção Pública e demais legislação aplicável;

p) Elaborar os planos de segurança do pessoal do MI;

q) Preparar relatórios mensais e trimestrais sobre asatividades desenvolvidas, remetendo-os à DGSC;

r) Quaisquer outras que lhe sejam atribuídas nos termoslegais.

3. A DNRH é dirigida por um Diretor Nacional, nomeadoconforme o determinado no regime das carreiras e doscargos de direção e chefia da administração pública.

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Quarta-Feira, 16 de Setembro de 2015Série I, N.° 35 Página 8315

Artigo 15.ºDireção Nacional de Administração e Finanças

1. A Direção Nacional de Administração e Finanças,abreviadamente designada por DNAF, é o serviçoresponsável por assegurar o apoio técnico e administrativonas áreas da administração geral, orçamento e finanças.

2. A DNAF prossegue as seguintes missões:

a) Gerir os recursos financeiros do MI;

b) Estudar, formular e desenvolver programas deaperfeiçoamento organizacional e de modernização eracionalização administrativa que promovam a gestãoracional e eficiente dos recursos públicos no âmbito daSegurança;

c) Elaborar o projeto de orçamento anual, suplementar ouretificativo do MI, de acordo com as orientaçõessuperiores e em coordenação com os restantes serviços,conforme as regras orçamentais e de contabilidadepúblicas;

d) Apoiar os outros serviços do MI na elaboração,desenvolvimento e execução do orçamento;

e) Controlar e gerir as dotações orçamentais atribuídasao MI, sem prejuízo da existência de outros meios decontrolo e avaliação de outras entidades competentes;

f) Assegurar o processamento dos vencimentos relativosaos funcionários do MI, bem como o expedienterelacionado com os benefícios sociais, em coordenaçãocom a DNRH e demais serviços do MI;

g) Garantir que a documentação que suporta cadaprocesso de despesa é completa, legal e coerente comos planos de ação de cada programa do MI;

h) Assegurar a gestão e manutenção de um sistema deinformação que dê resposta às necessidades demonitorização da execução orçamental;

i) Garantir a conformidade de informações com osserviços do Ministério das Finanças em cada programado MI;

j) Zelar pelo cumprimento das leis, regulamentos e outrasdisposições legais de natureza administrativa oufinanceira;

k) Preparar relatórios mensais e trimestrais sobre asatividades desenvolvidas, remetendo-os à DGSC;

l) Quaisquer outras que lhe sejam atribuídas nos termoslegais.

3. A DNAF é dirigida por um Diretor Nacional, nomeadoconforme o determinado no regime das carreiras e doscargos de direção e chefia da administração pública.

Artigo 16.ºDireção Nacional de Aprovisionamento

1. A Direção Nacional de Aprovisionamento, abreviadamentedesignada por DNA, é o serviço responsável por asseguraro apoio técnico e administrativo nas áreas de aquisição debens e serviços do MI.

2. A DNA prossegue as seguintes missões:

a) Gerir e assegurar a execução dos procedimentosadministrativos de aquisição de bens e serviços doMI, nos termos das normas de aprovisionamento emvigor e em conformidade com as orientações superiores;

b) Estudar, formular e executar as orientações políticasrespeitantes à aquisição de bens e serviços do MI;

c) Acompanhar a execução e o cumprimento dos contratosde aprovisionamento de bens e serviços do MI,propondo a atualização dos respetivos termos ou asua eventual renovação;

d) Agendar, expedir e acompanhar os processos deaprovisionamento em tempo e custos apropriados, deforma a garantir uma boa e eficiente execuçãoorçamental;

e) Acompanhar a receção e inspeção dos bens adquiridospelo MI, verificando, nomeadamente, a sua quantidade,qualidade e correspondência com as especificaçõestécnicas do contrato, bem como apurar se a entregados bens foi realizada dentro do respetivo prazo, nostermos das normas aplicáveis à receção e inspeção debens adquiridos pelo Estado;

f) Manter um arquivo atualizado de todos os processosde aprovisionamento do MI, garantindo a conservaçãodos documentos por um período mínimo de cinco anos,de modo a facilitar a contabilidade e a auditoria;

g) Fornecer à Direção Nacional de Logística e Gestão doPatrimónio a documentação necessária para a receçãoe inspeção de bens adquiridos, garantindo que essadocumentação está completa;

h) Elaborar o relatório de avaliação anual sobre asoperações de aprovisionamento realizadas, bem comoo registo dos fornecedores, enviando-os ao Ministériodas Finanças;

i) Velar pelo cumprimento das normas gerais e especiaisde aprovisionamento;

j) Preparar relatórios mensais e trimestrais sobre asatividades desenvolvidas, remetendo-os à DGSC;

k) Quaisquer outras que lhe sejam atribuídas nos termoslegais.

3. A DNA é dirigida por um Diretor Nacional, nomeadoconforme o determinado no regime das carreiras e doscargos de direção e chefia da administração pública.

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Série I, N.° 35 Página 8316Quarta-Feira, 16 de Setembro de 2015

Artigo 17.ºDireção Nacional de Logística e Gestão do Património

1. A Direção Nacional de Logística e Gestão do Património,abreviadamente designada por DNLGP, é o serviçoresponsável por assegurar o apoio técnico e administrativonas áreas da logística e gestão do património, e garantir asinfraestruturas tecnológicas de informação e comunicaçãodo MI.

2. A DNLGP prossegue as seguintes missões na área dalogística e gestão do património:

a) Gerir os recursos logísticos do MI;

b) Identificar as necessidades de aquisição de bens eserviços e providenciar a sua satisfação de acordo como programa e orçamento anuais do MI;

c) Garantir a manutenção e preservação do património doEstado afeto ao MI;

d) Proceder à guarda, à inventariação, ao registo e àdistribuição dos bens adquiridos pelo MI, emcolaboração com os demais serviços do MI e emharmonia com as normas aplicáveis à gestão dopatrimónio público;

e) Participar e coordenar a elaboração dos planos globaisde infraestruturas dos serviços do MI e dos programasdeles decorrentes;

f) Monitorizar e supervisionar as atividades relacionadascom os projetos de construção de edificações einfraestruturas dos serviços do MI, coordenando comoutras entidades, sempre que necessário;

g) Elaborar os planos de segurança dos meios materiaisdo MI;

h) Providenciar apoio logístico nos eventos oficiaisrealizados pelo MI.

3. A DNLGP prossegue as seguintes missões na área dasinfraestruturas tecnológicas de informação e comunicação:

a) Assegurar a instalação, configuração, operação esustentação das infraestruturas tecnológicas e dossistemas de informação e comunicação de apoio aosserviços do MI;

b) Garantir o funcionamento, administrar as infraestruturase assegurar a manutenção dos equipamentos decomunicações, das tecnologias de informação e dossistemas complementares de segurança física;

c) Gerir e assegurar a manutenção de uma base informáticae de comunicação interna para o funcionamento dosserviços do MI, coordenando com os demais serviçosdo Estado com atribuições conexas;

d) Assegurar a coordenação, controlo, gestão e execução

das atividades do MI em matéria de comunicações,eletrónica, sistemas e tecnologias da informação,segurança da informação e da segurança e limpezaeletrónica, e dos sistemas complementares de segurançafísica;

e) Propor, difundir e assegurar o cumprimento das normastécnicas e elaborar pareceres necessários à seleção edistribuição de equipamentos e sistemas de informaçãoe comunicações, bem como os planos necessários àimplementação e otimização das telecomunicações edas comunicações de dados e os que visem a adoçãode metodologias e normas de procedimentos;

f) Promover a formação dos funcionários do MI no âmbitodos sistemas tecnológicos instalados no MI;

g) Assegurar o apoio necessário no âmbito dastecnologias de informação e de comunicação aosserviços do MI.

4. Para além do referido nos n.o 2 e 3 do presente artigo, aDNLGP prossegue ainda as seguintes missões:

a) Preparar relatórios mensais e trimestrais sobre asatividades desenvolvidas, remetendo-os à DGSC;

b) Quaisquer outras que lhe sejam atribuídas, nas áreasrespetivas, nos termos legais.

5. A DNLGP é dirigida por um Diretor Nacional, nomeadoconforme o determinado no regime das carreiras e doscargos de direção e chefia da administração pública.

SECÇÃO VIGabinetes sob a direta dependência do Ministro

Artigo 18.ºGabinetes

Os Gabinetes são serviços centrais de apoio ao Ministro doInterior, sob a sua direta dependência, que asseguram asactividades de inspecção e auditoria aos serviços do MI, bemcomo a orientação técnica e o aconselhamento no desenvol-vimento da ação política e administrativa, designadamente nasáreas jurídica, estratégica, de cooperação internacional,e derelações públicas, comunicação e protocolo.

Artigo 19.ºGabinete de Inspeção e Auditoria

1. O Gabinete de Inspeção e Auditoria, abreviadamentedesignado por GIA, é o serviço central de apoio ao Ministrodo Interior com a responsabilidade pelo exercício docontrolo e fiscalização de qualquer atividade dos serviçosque integram o MI, de acordo com os princípios dalegalidade, da regularidade e da boa gestão dos recursos.

2. O GIA prossegue as seguintes missões:

a) Realizar fiscalizações, bem como auditorias aos sistemasde controlo e gestão financeira e operacional, ordináriase extraordinárias, e outras ações de controlo aos

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Quarta-Feira, 16 de Setembro de 2015Série I, N.° 35 Página 8317

serviços que integram o MI, designadamente ações deinvestigação ou inspeção, inquéritos, averiguações esindicâncias, e propor a adoção de medidas corretivase a instauração de procedimentos disciplinares quandofor o caso;

b) Realizar ações técnicas de coordenação, articulação eavaliação da fiabilidade dos sistemas de controlointerno, propondo medidas para a melhoria da suaorganização e funcionamento;

c) Instruir os processos de natureza administrativa, noâmbito da sua responsabilidade, e administrativo-disciplinar, cuja instauração ou decisão seja dacompetência do Ministro do Interior;

d) Analisar e emitir pareceres sobre os recursoshierárquicos de natureza administrativo-disciplinar cujadecisão seja da competência do Ministro do Interior;

e) Colaborar com os dirigentes máximos dos serviços doMI no exercício da ação disciplinar, sempre que aqueleso solicitem formalmente e após obtenção de despachofavorável do Ministro do Interior;

f) Acompanhar a tramitação de processos judiciais edisciplinares intentados contra funcionários do MI,junto das respetivas entidades competentes, de modoindispensável à obtenção de informação sobre o estadode desenvolvimento do processo e das decisões finaistomadas no seu âmbito;

g) Apreciar queixas, reclamações, denúncias ouparticipações por eventuais violações da legalidade oupor suspeita de irregularidades ou deficiências nofuncionamento dos serviços do MI;

h) Cooperar com outros serviços de auditoria efiscalização, designadamente com a Inspeção-Geral doEstado ou com o Ministério Público, no encaminha-mento e investigação de denúncias relacionadas com aprática de factos ilícitos;

i) Efetuar estudos e elaborar pareceres, relatóriosinformativos, projetos de normas e regulamentosinternos relacionados com as atividades de disciplina,controlo e fiscalização;

j) Executar programas de promoção e difusão deatividades relacionadas com a boa governação,transparência e disciplina funcional do MI;

k) Assegurar, no âmbito da sua missão, a ligação comentidades congéneres nacionais e internacionais;

l) Quaisquer outras que lhe sejam atribuídas nos termoslegais.

3. O GIA é dirigido por um Inspetor-Geral, equiparado paratodos os efeitos legais a Diretor-Geral, nomeado conformeo determinado no regime das carreiras e dos cargos dedireção e chefia da administração pública.

4. A estrutura interna do GIA compreende uma subunidadeorgânica de apoio administrativo ao Inspetor-Geral.

Artigo 20.ºGabinete de Assessoria

1. O Gabinete de Assessoria, abreviadamente designada porGA, é o serviço central de apoio ao Ministro do Interiorcom a responsabilidade de prestar assessoria e apoiotécnico nas áreas jurídica, do planeamento estratégico, dacooperação internacional, e de relações públicas, comuni-cação e protocolo.

2. O GA prossegue as seguintes missões na área jurídica:

a) Elaborar pareceres, estudos e informações acerca detodos os assuntos que lhe sejam submetidos pelosdemais serviços do MI;

b) Elaborar, sempre que solicitado, legislação eregulamentação relacionadas com as atribuições do MIe participar na sua implementação;

c) Apoiar, quando solicitado, na instrução deprocedimentos administrativos e disciplinares dosserviços do MI;

d) Preparar minutas de contratos, acordos, protocolos ououtros documentos legais de acordo com as orientaçõesdo Ministro do Interior;

e) Acompanhar os processos contenciosos em que o MIintervenha, promovendo todos os atos necessários,sem prejuízo das competências próprias do MinistérioPúblico.

3. O GA prossegue as seguintes missões na área do planea-mento estratégico:

a) Planear estrategicamente as necessidades do sistemade segurança interna e dar apoio técnico em matéria deformulação e acompanhamento da execução daspolíticas, das prioridades e dos objectivos do MI, bemcomo contribuir para a concepção, execução e avaliaçãoda respectiva política legislativa;

b) Estudar, propor e desenvolver, em colaboração com osdemais serviços do MI, as medidas necessárias para aatualização do Plano Nacional de Desenvolvimento epara a implementação e monitorização da execução doPlano Estratégico da Segurança 2030;

c) Elaborar, aperfeiçoar e monitorizar a execução dosplanos estratégicos setoriais considerados necessáriospara a evolução, desenvolvimento e consolidação dasáreas de tutela do MI;

d) Elaborar, em colaboração com os demais serviços doMI, o programa anual de atividades do MI, bem comoproceder à monitorização e avaliação da sua execuçãode acordo com as orientações superiores;

e) Promover e coordenar reuniões, seminários e

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Série I, N.° 35 Página 8318Quarta-Feira, 16 de Setembro de 2015

conferências relativas à implementação do PlanoEstratégico da Segurança 2030 e dos planos estra-tégicos setoriais com as instituições do Estado, ascomunidades, as organizações não-governamentais eas organizações internacionais, nomeadamentedoadores e parceiros internacionais;

f) Preparar os relatórios e as avaliações anuais, emcolaboração com os demais serviços do MI,relacionados com a implementação do Plano Estratégicoda Segurança 2030 e dos planos estratégicos setoriais;

g) Apoiar a elaboração do enquadramento legislativonecessário à implementação do Plano Estratégico daSegurança 2030 e dos planos estratégicos setoriais;

h) Promover a elaboração de documentos estruturantesdo planeamento estratégico nas diferentes áreas dasegurança;

i) Conceber, desenvolver, coordenar e executar aspolíticas de armamento, bens, equipamentos,infraestruturas e investigação e desenvolvimentonecessários aos serviços centrais de naturezaoperacional do MI;

j) Colaborar com os demais serviços do MI nas atividadesrelacionadas com a preparação, implementação eavaliação dos programas anuais e plurianuais do MI;

k) Negociar, coordenar e monitorizar a execução deprotocolos e memorandos de cooperação estabelecidosentre o MI e outras entidades nacionais, públicas ouprivadas;

l) Promover a realização de estudos e elaborar pareceressobre a situação da Segurança e apresentar propostasque contribuam para a definição e fundamentação dasdecisões superiores;

m) Contribuir para o cumprimento das finalidades daPolítica de Segurança Nacional, participando napromoção e desenvolvimento da atuação integrada dasatividades de Defesa Nacional, Segurança Interna eProteção Civil através do Sistema Integrado deSegurança Nacional.

4. O GA prossegue as seguintes missões na área dacooperação internacional:

a) Participar na manutenção de relações no domínio dasPolíticas de Segurança Interna e de Proteção Civil comoutros países e organizações internacionais, semprejuízo das atribuições próprias do Ministério dosNegócios Estrangeiros e Cooperação, no âmbito dosobjetivos fixados para a política externa timorense;

b) Contribuir para a negociação, sob a condução doPrimeiro-Ministro e a concertação do Presidente daRepública, em coordenação com o Ministério dosNegócios Estrangeiros e Cooperação, de acordos

internacionais em matérias de segurança interna,investigação criminal, segurança rodoviária, migraçãoe controlo de fronteiras e proteção civil;

c) Coordenar, monitorizar e supervisionar, em coordenaçãocom o Ministério dos Negócios Estrangeiros eCooperação, ações de cooperação desenvolvidas porOrganizações Internacionais, Estados ou Forças eServiços de Segurança de outros países em apoio aodesenvolvimento das áreas de tutela do MI, no âmbitodos acordos internacionais estabelecidos;

d) Coordenar a participação dos serviços do MI em açõesde cooperação internacional, em articulação com oMinistério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação;

e) Coordenar a participação das forças e serviços desegurança, e demais serviços operacionais do MI, emmissões internacionais e assegurar a coordenação e aligação funcional e técnica com os oficiais de ligaçãodo MI;

f) Acompanhar, em coordenação com o Ministério dosNegócios Estrangeiros e Cooperação e com oMinistério das Finanças, a execução de programas decooperação internacional e de assistência externa naárea da Segurança, e proceder à sua avaliação interna,sem prejuízo da existência de outros mecanismos deavaliação realizados por outras entidades competentes;

g) Desenvolver e assegurar a manutenção de uma basede dados sobre os programas de cooperaçãointernacional nas áreas de tutela do MI;

h) Acompanhar e analisar a situação e evolução daconjuntura geoestratégica regional e internacional, eas suas implicações para a Segurança, elaborandoestudos e propondo medidas para minimizar asvulnerabilidades e maximizar as potencialidadesnacionais.

5. O GA prossegue as seguintes missões na área de relaçõespúblicas, comunicação e protocolo:

a) Promover a imagem institucional do MI;

b) Promover e coordenar as medidas necessárias àformulação e execução das políticas do MI na relaçãocom a sociedade civil e, especialmente, com os meiosde comunicação social em estreita colaboração comoutras entidades competentes;

c) Colaborar com o órgão governamental responsável pelacomunicação social no sentido de participar em açõesde formação ou outras atividades;

d) Divulgar a participação do Ministro do Interior emeventos nacionais ou internacionais;

e) Estabelecer relações de comunicação com os públicosinterno, externo e internacional em estreita colaboraçãocom outras entidades competentes;

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Quarta-Feira, 16 de Setembro de 2015Série I, N.° 35 Página 8319

f) Planear, coordenar e executar as atividades deinformação pública e de comunicação interna;

g) Gerir e assegurar a atualização do portal internet do MIe de outros perfis oficiais em redes sociais como formade divulgação das atividades dos serviços do MI;

h) Elaborar, propor e executar um plano de comunicaçãoanual do MI que promova e divulgue as várias áreas daSegurança;

i) Garantir a ligação protocolar e de representação do MIcom entidades internacionais;

j) Organizar e coordenar o protocolo dos eventos oficiaisrealizados pelo MI.

6. O GA é dirigido por um Diretor, equiparado para todos osefeitos legais a Diretor-Geral, nomeado conforme odeterminado no regime das carreiras e dos cargos de direçãoe chefia da administração pública.

7. A estrutura interna do GA compreende uma subunidadeorgânica de apoio administrativo ao Diretor.

CAPÍTULO VÓRGÃO CONSULTIVO E DELEGAÇÕES TERRITORIAIS

Artigo 21.ºConselho Consultivo

1. O Conselho Consultivo é o órgão consultivo do Ministrodo Interior para os assuntos de organização interna ebalanço periódico das atividades do MI.

2. O Conselho Consultivo tem a seguinte composição:

a) O Ministro do Interior, que preside;

b) O Comandante-Geral da PNTL;

c) O Diretor-Geral do Serviço de Migração;

d) O Diretor-Geral da Autoridade Nacional de ProteçãoCivil;

e) O Diretor-Geral dos Serviços Operacionais;

f) O Diretor-Geral dos Serviços Corporativos;

g) O Inspetor-Geral do Gabinete de Inspeção e Auditoria;

h) O Chefe do Gabinete de Assessoria.

3. O Secretário é nomeado pelo Ministro do Interior nos ter-mos da lei.

4. O Conselho Consultivo reúne-se, ordinariamente, uma vezpor mês e, extraordinariamente, sempre que o Ministro doInterior o determinar.

5. O Ministro do Interior pode convocar para participar nasreuniões do Conselho Consultivo outras entidades, sempreque entenda conveniente.

Artigo 22.ºDelegações territoriais

1. Por diploma ministerial fundamentado do Ministro doInterior podem ser criadas delegações territoriais deserviços do MI.

2. As delegações territoriais têm por missão a execução deatividades específicas para a conceção de medidas depolíticas de Segurança sectoriais regionais ou locais, bemcomo para o acompanhamento e controlo das orientaçõessuperiormente definidas pelo Ministro do Interior.

CAPÍTULO VIDISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES

Artigo 23.ºForma de articulação dos serviços

1. Os serviços do MI devem funcionar por objetivos formali-zados em planos de atividades, anuais e plurianuais,aprovados pelo Ministro do Interior.

2. Os serviços do MI devem colaborar entre si e articular assuas atividades de forma a promover uma atuação unitáriae integrada das políticas do MI.

Artigo 24.ºLogótipo do Ministério do Interior

1. É aprovado o logótipo do MI conforme consta no Anexo Iao presente diploma.

2. O logótipo referido no número anterior é de uso obrigatórionos documentos oficiais exarados pelos serviços do MIno âmbito da administração direta do Estado.

3. As normas gráficas e as regras de utilização do logótipo doMI são aprovadas por despacho do Ministro do Interior.

Artigo 25.ºQuadros de pessoal

1. O quadro de pessoal e o número de quadros de direção echefia são aprovados por despacho conjunto do Ministrodo Interior e do Ministro das Finanças, mediante parecerfavorável da Comissão da Função Pública.

2. A criação dos cargos de chefe de departamento ou chefede divisão ocorre nos termos da lei e depende dadisponibilidade orçamental.

CAPÍTULO VIIDISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Artigo 26.ºNormas transitórias

1. A DNPC mantém as atribuições previstas no artigo 44.º doDecreto-Lei n.º 31/2014, de 19 de Novembro, designa-damente a direção do Serviço Nacional de Bombeiros, até

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Série I, N.° 35 Página 8320Quarta-Feira, 16 de Setembro de 2015

à entrada em vigor do diploma legal que define a orgânica,a missão e o funcionamento da ANPC, e dos órgãos eserviços nela integrados.

2. A implementação da missão referida na alínea f) do n.º 2 doartigo 11.º no que respeita ao processamento e gestão dosautos de contraordenação levantados por infrações aoCódigo da Estrada e legislação complementar, pela DNSR,produz efeitos a partir da data de entrada em vigor dorespetivo diploma ministerial do Ministro do Interior.

Artigo 27.ºReferências legais

As referências legais e regulamentares feitas aos serviçosobjeto de extinção, fusão e restruturação consideram-se feitasaos serviços que passam a integrar as respetivas missões.

Artigo 28.ºDiplomas orgânicos complementares

1. A organização, missão e funcionamento dos serviços doMI, sem prejuízo do disposto no presente diploma, éaprovada por diploma ministerial do Ministro do Interior.

2. Os serviços do MI podem compreender subunidades orgâ-nicas em conformidade com o disposto nos artigos 43.º e44.º do Decreto-Lei n.º 12/2006, de 26 de Julho;

3. Na organização jurídico-administrativa da PNTL podem serutilizadas designações distintas das previstas no diplomareferido no número anterior, tendo em conta o disposto non.º 2 do artigo 6.º do presente diploma.

4. Até à aprovação da regulamentação prevista no n.º1 dopresente artigo,mantém-se em vigor, em tudo o que nãocontrariar o presente diploma, os diplomas legais e regula-mentares que definem a orgânica, missão e funcionamentodos serviços criados pelo Decreto-Lei n.º 31/2014, de 19 deNovembro.

Artigo 29.ºEntrada em Vigor

O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao da suapublicação.

Aprovado em Conselho de Ministros em 23 de Junho de 2015.

O Primeiro-Ministro,

_____________________Dr. Rui Maria de Araújo

O Ministro do Interior,

__________________Longuinhos Monteiro

Promulgado em 14 - 09 - 2015

Publique-se.

O Presidente da República,

________________Taur Matan Ruak

ANEXO

Logótipo do Ministério do Interior

(a que se refere o n.º 1 do artigo 24.º)

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Quarta-Feira, 16 de Setembro de 2015Série I, N.° 35 Página 8321

DECRETO-LEI N.º 36 / 2015

de 16 de Setembro

1.ª ALTERAÇÃO AO DECRETO-LEI N.º 4/2012, DE 15DE FEVEREIRO SOBRE O PLANEAMENTO DE

DESENVOLVIMENTO INTERGRADO MUNICIPAL

O Decreto-Lei n.º 4/2012, de 15 de Fevereiro aprovou o regimede jurídico do Planeamento de Desenvolvimento IntegradoDistrital - PDID. Através deste diploma legal, o Governo definiuas competências dos órgãos e serviços intervenientes noprocesso de formulação do Plano de Investimento Distrital –PID - e as regras de financiamento e execução dos projectosinscritos no PID. De acordo com o aludido regime jurídico, aidentificação das prioridades e projectos de investimento noâmbito do PDID competiam às Comissões de DesenvolvimentoDistrital, às Comissões de Desenvolvimento Sub-Distrital, àsDelegações Territoriais dos Ministérios e aos Conselhos deSuco, competindo ao Ministério da Administração Estatal,enquanto Departamento Governamental responsável pelaAdministração Local, “garantir a implementação” do PDID.

Com a entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 6/2015, de 11 deMarço, que aprovou a orgânica do VI Governo Constitucional,passou a incumbir ao Ministério do Planeamento eInvestimento Estratégico “assegurar a coordenação e a imple-mentação do Planeamento de Desenvolvimento IntegradoDistrital”, em coordenação com as entidades relevantes. Noentanto, o VI Governo Constitucional decidiu realizar avaliaçõese revisões profundas ao PDID, na medida em que até à datanão houve a adequada racionalização dos custos e resultadossatisfatórios, sendo premente decidir sobre medidas concretasno sentido de garantir a maior sustentabilidade e qualidadedos projectos.

Importa, pois, assegurar o estabelecimento de um regimejurídico transitório que acautele a continuidade da execuçãodos projectos do PDID e garanta uma boa coordenação entreo Ministério do Planeamento e Investimento Estratégico,enquanto responsável pela implementação do programa, e oMinistério da Administração Estatal, enquanto responsávelpela Administração Municipal, até à conclusão da avaliaçãodo programa e aprovação de um novo quadro jurídico.

Assim,

O Governo decreta, nos termos do n.º 3 do artigo 115.º e daalínea d) do artigo 116.º da Constituição República, para valercomo lei, o seguinte:

Artigo 1.ºAlterações

Os artigos 1.º, 2.º, 3.º, 4.º, 5.º, 6.º, 7.º, 8.º, 9.º, 10.º, 11.º, 12.º, 13.º,14.º, 15.º, 16.º, 17.º, 18.º, 19.º, 20.º, 21.º, 23.º do Decreto-Lei n.º 4/2012, de 15 de Fevereiro passam a ter a seguinte redacção:

«Artigo 1.ºObjecto

1. O presente diploma cria o Planeamento de Desenvolvimento

Integrado Municipal (PDIM) e estabelece as regras decompetência, planeamento, financiamento e execução dosprojectos de investimento do Estado ao nível do municípioe do posto administrativo.

2. O presente decreto-lei estabelece, ainda, o procedimentode elaboração do Plano de Investimento Municipal (PIM),o qual se harmoniza com o Plano Nacional de Desenvol-vimento dos Sucos (PNDS), com o Programa deDesenvolvimento Local (PDL) e com o Programa deDesenvolvimento Descentralizado (PDD) a nível domunicípio e do posto administrativo.

3. [...]

4. Os Ministérios da Administração Estatal e do Planeamentoe Investimento Estratégico coordenam a execução do PDIMe do PIM.

Artigo 2.ºObjectivos

Este decreto-lei tem por objectivos definir e regular:

a) Os procedimentos de planeamento, de execução e de fisca-lização dos programas sectoriais a nível do município e doposto administrativo;

b) A composição e a competência dos órgãos responsáveispelo planeamento, aprovação, execução e fiscalização dosprojectos executados no âmbito do PDIM;

c) [...]

Artigo 3.ºÓrgãos

O planeamento e execução do PDIM realizam-se através deprocedimentos de consulta e de fiscalização dos seguintesórgãos:

a) Comissão de Desenvolvimento Municipal;

b) Comissão de Desenvolvimento do Posto Administrativo;

c) Delegações Territoriais dos Ministérios;

d) Conselho de Suco;

e) A Comissão de Revisão Técnica de Projectos;

f) A Coordenação Nacional do PDIM.

Artigo 4.ºDefinição

A Comissão de Desenvolvimento Municipal, doravantedesignada abreviadamente CDM, é o órgão de âmbitomunicipal, com competência para planear, propor e executar oPIM.

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Artigo 5.ºComposição

1. A CDM é composta:

a) Pelo Administrador Municipal, que coordena;

b) Pelo Secretário Municipal, que coadjuva o Adminis-trador Municipal na coordenação;

c) Pelos Directores das Delegações Territoriais dosMinistérios no município;

d) Pelos Administradores de Posto Administrativo da áreado município;

e) Por três representantes eleitos por cada Comissão deDesenvolvimento de Posto Administrativo de entre osmembros dos Conselhos de Suco.

2. [...]

3. O processo de eleição previsto pela alínea e) do n.º 1 éregulado por diploma ministerial conjunto dos Ministrosda Administração Estatal e do Planeamento e InvestimentoEstratégico.

Artigo 6.ºCompetências

1. Compete à CDM:

a) Conduzir os procedimentos do PDIM no âmbito doMunicípio, de acordo com a calendarização estabelecidapor despacho ministerial conjunto dos Ministros daAdministração Estatal e do Planeamento e InvestimentoEstratégico;

b) Formular e apresentar à Comissão de Revisão Técnicade Projectos a proposta de PIM e o respectivoorçamento;

c) Formular e apresentar à Comissão de Revisão Técnicade Projectos as propostas de harmonização do PIMcom o orçamento geral do Estado aprovado peloParlamento Nacional;

d) Supervisionar a execução do PIM ao nível do município;

e) Colaborar com a Agência de Desenvolvimento Nacionalna coordenação e supervisão da execução dosprojectos aprovados no âmbito do PDD II;

f) Aprovar e enviar à Comissão de Revisão Técnica deProjectos os relatórios sobre a evolução da execuçãofísica e financeira dos projectos aprovados no âmbitodo PDIM;

g) Propor à Comissão de Revisão Técnica de Projectos aentrega dos projectos executados no âmbito do PDIM;

h) Aprovar o calendário e os materiais de informaçãopública sobre o PDIM no município e sobre a evoluçãoda execução do PIM;

i) Desempenhar outras tarefas que lhe sejam determinadasconjuntamente pelos Ministros da AdministraçãoEstatal e do Planeamento e Investimento Estratégico.

2. Na formulação da proposta de PIM, a CDM toma emconsideração os objectivos estabelecidos pelo Plano Estra-tégico de Desenvolvimento Nacional 2011-2030, peloPrograma de Governo e pelas políticas públicas sectoriaisaprovadas pelo Conselho de Ministros.

Artigo 7.ºCompetências do Administrador Municipal no âmbito do

PDIM

Compete ao Administrador Municipal, na qualidade decoordenador da CDM:

a) Convocar e conduzir as reuniões da CDM;

b) Promover a realização das actividades da CDM, de acordocom o calendário aprovado por despacho ministerialconjunto dos Ministros da Administração Estatal e doPlaneamento e Investimento Estratégico;

c) Assegurar a execução das deliberações da CDM;

d) Apresentar à CDM os relatórios de execução dasdeliberações aprovadas;

e) Promover a boa gestão financeira das verbas alocadas paraa execução de projectos de investimento do Estado atravésdo PDIM;

f) Celebrar os contratos públicos necessários para a execuçãodos projectos incluídos no PIM, aprovado por despachoministerial conjunto dos Ministros da Administração Estatale do Planeamento e Investimento Estratégico;

g) Autorizar a realização de pagamentos previstos peloscontratos públicos celebrados com vista à execução deprojectos incluídos no PIM;

h) Acompanhar as actividades desenvolvidas no âmbito doPDIM, elaborar os relatórios de avaliação do desempenhodos membros da CDM e remetê-los aos Ministérioscompetentes;

i) Representar a CDM perante quaisquer entidades públicase privadas;

j) Coordenar as actividades de desenvolvimento e prestaçãode serviços públicos no município;

k) Desempenhar outras tarefas que lhe sejam determinadasconjuntamente pelos Ministros da Administração Estatale do Planeamento e Investimento Estratégico.

Artigo 8.ºSecretariado da CDM

1. A CDM é apoiada por um secretariado com funções técnico-administrativas.

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Quarta-Feira, 16 de Setembro de 2015Série I, N.° 35 Página 8323

2. A competência e a composição do secretariado sãodefinidos por diploma ministerial conjunto dos Ministrosda Administração Estatal e do Planeamento e InvestimentoEstratégico.

Artigo 9.ºNatureza e competência

1. A Comissão de Desenvolvimento de Posto Administrativo,doravante designada abreviadamente por CDPA, é o órgãoconsultivo da CDM para a área de cada posto administrativoque tem por missão dar parecer acerca das prioridades dedesenvolvimento para o posto administrativo.

2. Compete à CDPA:

a) Assegurar a auscultação dos Conselhos de Suco acercadas prioridades de desenvolvimento para osrespectivos sucos;

b) Dar parecer acerca das prioridades de investimentopúblico a realizar, no âmbito do PDIM, para a área doPosto Administrativo;

c) Dar parecer acerca da execução dos projectos do PDIMno âmbito do posto administrativo;

d) Dar parecer ao CDM sobre o relatório de evolução daexecução física e financeira dos projectos financiadosno âmbito do PDIM;

e) Desempenhar as demais tarefas que lhe sejamdeterminadas pelo Administrador Municipal e que nãoincumbam a outro órgão ou serviço.

Artigo 10.ºComposição da CDPA

A CDPA é composta:

a) Pelo Administrador de Posto Administrativo, que preside àcomissão;

b) Pelos Chefes das Delegações Territoriais dos Ministériosna área do posto administrativo;

c) Pelos Chefes dos Sucos da área do município;

d) Por membros do Conselho de Suco, eleitos nos termosdefinidos por diploma ministerial conjunto dos Ministrosda Administração Estatal e do Planeamento e InvestimentoEstratégico.

Artigo 11.ºCompetência dos Administradores de Posto Administrativo

no âmbito dos CDPA

Compete ao Administrador de Posto Administrativo, naqualidade de presidente da CDPA:

a) Convocar e presidir às reuniões da CDPA;

b) Promover a realização das actividades da CDPA, de acordocom o calendário superiormente aprovado;

c) Auscultar as organizações comunitárias da área do postoadministrativo acerca das suas prioridades em matéria dedesenvolvimento local;

d) Formular e apresentar à CDM o relatório acerca da evoluçãoda execução física e financeira dos projectos em execuçãona área do posto administrativo;

e) Representar o CDPA perante quaisquer entidades públicasou privadas;

f) Prestar informação pública acerca das actividades realizadasna área do posto administrativo, no âmbito do PDIM;

g) Desempenhar as demais tarefas que lhe sejam determinadaspelo Administrador Municipal e que não incumbam a outroórgão ou serviço.

Artigo 12.ºNatureza e competências

1. As Delegações Territoriais, doravante abreviadamentedesignadas de DT, são os serviços desconcentrados dosMinistérios, na área do município e do posto administrativoe, no âmbito do PDIM, têm por missão assegurar a prepara-ção dos projectos sectoriais a inscrever na proposta dePIM, ao nível do município e do posto administrativo.

2. As DT são representadas na CDM pelos respectivosdirectores distritais e na CDPA pelo chefe máximo dos res-pectivos serviços para a área do posto administrativo.

3. Os dirigentes e as chefias previstas pelo número anteriorparticipam, obrigatoriamente, nas reuniões, respectiva-mente, da CDM e da CDPA e só podem fazer-se representarem casos excepcionais, devidamente fundamentados.

4. Compete às DT, no âmbito do PDIM:

a) Apresentar às comissões de desenvolvimento,competentes em razão do projecto e da área geográficade execução e implantação, as propostas de projectossectoriais a incluir na proposta de PIM;

b) Preparar as peças desenhadas e os orçamentos daspropostas de projectos sectoriais a incluir na propostade PIM;

c) Formular e apresentar à CDM os relatórios de evoluçãoda execução física e financeira dos projectos sectoriaisque sob sua proposta foram inscritos no PIM;

d) Promover a alocação de verbas, nos orçamentos dosrespectivos ministérios, para o funcionamento, aconservação e a reparação dos equipamentos e infra-estruturas construídos no âmbito do PDIM.

Artigo 13.ºCompetência dos representantes das DT

Compete aos representantes das DT, no âmbito do PDIM:

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Série I, N.° 35 Página 8324Quarta-Feira, 16 de Setembro de 2015

a) Convocar e dirigir as reuniões sectoriais;

b) Participar nas reuniões e actividades da CDM ou da CDPAde que façam parte;

c) Assegurar uma boa coordenação com os representantesdos demais Ministérios, na área do município e do postoadministrativo, com vista à formulação do plano estratégico,das propostas de alocação de verbas na categoria de“despesas de capital de desenvolvimento” e dos assuntosadministrativos sectoriais;

d) Promover a apresentação tempestiva, à CDM, das peçasdesenhadas e dos orçamentos dos projectos propostospara inscrição no PIM;

e) Supervisionar a execução dos projectos do PIM cujaexecução haja proposto;

f) Executar as actividades da CDM de acordo com acalendarização aprovada;

g) Enviar aos respectivos serviços centrais os relatórios deevolução da execução física e financeira os projectos doPIM que hajam proposto;

h) Nomear um funcionário técnico como coordenador daEquipa de Verificação, Avaliação e Supervisão de acordocom o seu sector;

i) Prestar informação pública acerca das actividades realizadasno respectivo sector, no âmbito do PDIM;

j) Desempenhar as demais tarefas que lhe sejam superiormentedeterminadas e que não incumbam a outro órgão ou serviço.

Artigo 14.ºConselho de Suco

[...]

a) [...]

b) Colaborar nas actividades de supervisão da execuçãodo PIM;

c) Formular e apresentar à CDPA e ao CDM os relatóriossobre a evolução da execução física dos projectos doPIM na área do Suco;

d) Prestar informação pública acerca das actividadesrealizadas no respectivo sector, no âmbito do PDIM;

e) Eleger os representantes à CDPA, de acordo com asregras para o efeito estabelecidas por diploma ministerialconjunto dos Ministros da Administração Estatal e doPlaneamento e Investimento Estratégico.

Artigo 15.ºCompetências do Chefe de Suco no âmbito do PDIM

[...]

a) [...]

b) [...]

c) [...]

d) [...]

e) Apresentar à CDPA as prioridades do Suco em matériade investimento público;

f) [...]

Artigo 16.ºComissão de Revisão Técnica de Projectos

1. A Comissão de Revisão Técnica de Projectos é o órgãoresponsável pela análise e avaliação dos projectos aexecutar e dos projectos executados no âmbito do PDIM,incumbindo-lhe:

a) Propor à Coordenação Nacional do PDIM àcalendarização das actividades do PDIM;

b) Propor à Coordenação Nacional do PDIM os critériosde prioridade de investimento do Estado a realizaratravés deste programa;

c) Estudar as propostas de projectos apresentadas pelasCDM para financiamento pelo PDIM e avaliar a suaviabilidade, oportunidade, utilidade, complemen-taridade face a outros programas governamentais eadequação para a concretização dos objectivosestabelecidos no Plano Estratégico de Desenvol-vimento Nacional, no Programa de Governo e nasPolíticas Públicas aprovadas pelo Conselho deMinistros;

d) Propor à Coordenação Nacional do PDIM os projectosa executar anualmente no âmbito deste programa, bemcomo os respectivos orçamentos e calendários deexecução;

e) Formular e apresentar aos membros do Governo,previstos pelo número anterior, um parecer funda-mentado acerca do cumprimento dos contratospúblicos celebrados com vista à execução dos projectosdos Planos de Investimento Municipal;

f) Propor a entrega dos equipamentos e das infraes-truturas construídos no âmbito do PDIM aosrespectivos destinatários;

g) Elaborar e apresentar à Coordenação Nacional do PDIMas propostas de regulamentação do presente decreto-lei;

h) Desempenhar as demais funções que lhe sejam determi-nadas pelos membros do Governo previstos pelonúmero anterior.

2. A Comissão de Revisão Técnica de Projectos é compostapelo:

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Quarta-Feira, 16 de Setembro de 2015Série I, N.° 35 Página 8325

a) Vice-Ministro da Administração Estatal, que preside;

b) Director-Geral da Descentralização Administrativa;

c) Director-Geral da Agência de DesenvolvimentoNacional.

Artigo 17.ºCoordenação Nacional do PDIM

1. A Coordenação Nacional do PDIM, doravante abreviada-mente designado de CNPDIM, é o orgão de coordenaçãopolítica nacional do PDIM.

2. A CNPDIM é composta pelos Ministros da AdministraçãoEstatal e do Planeamento e Investimento Estratégico.

3. Compete à CNPDIM, sob proposta da Comissão de RevisãoTécnica de Projectos:

a) Aprovar o calendário das actividades a realizar noâmbito do PDIM através de despacho ministerialconjunto dos membros da CNPDIM;

b) Aprovar os projectos propostos para financiamentoatravés do PDIM e dos Planos de InvestimentoMunicipal, através de despacho ministerial conjuntodos membros da CNPDIM;

c) Aprovar a regulamentação do presente decreto-lei,através de diploma ministerial conjunto dos membrosda CNPDIM;

d) Aprovar os relatórios de evolução da execução física efinanceira dos projectos financiados através do PDIM;

e) Aprovar os relatórios de cumprimento dos contratospúblicos celebrados para a execução dos projectosfinanciados através do PDIM;

f) Aprovar a entrega oficial dos equipamentos einfraestruturas construídos através do PDIM aosrespectivos destinatários.

Artigo 18.ºPrincípio da integração

O PIM compreende o conjunto de investimentos públicos arealizar anualmente pelo Estado nas áreas do municípios e dospostos administrativos e as respectivas opções deinvestimento harmonizam-se e articulam-se com os projectosde investimento previstos pelo Programa Nacional deDesenvolvimento dos Sucos e com os objectivos do PlanoEstratégico de Desenvolvimento Nacional, com os objectivosdo Programa de Governo e com os objecticvos das políticaspúblicas aprovadas pelo Conselho de Ministros.

Artigo 19.ºProcedimento de elaboração e aprovação do PIM

1. A proposta de PIM é formulada de acordo com as seguintesfases:

a) Identificação das necessidades de investimentospúblico ao nível dos sucos e a nível sectorial;

b) Ordenação das propostas de investimento público arealizar ao nível de cada suco, de cada postoadministrativo e a nível sectorial, pelo Secretariado daCDM, de acordo com os critérios de prioridadepreviamente definidos pela CNPDIM;

c) Discussão, parecer e recomendação dos Conselhos deSuco e das CDPA acerca da proposta de prioridades deinvestimento público para os respectivos sucos epostos administrativos;

d) Análise e discussão dos projectos apresentados parainscrição no PIM e dos pareceres dos Conselhos deSuco e das CPDA acerca das prioridades de inves-timento público para as áreas do suco e dos postosadministrativos;

e) Formulação e remessa da proposta de PIM à Comissãode Revisão Técnica de Projectos;

f) Análise e parecer da Comissão de Revisão Técnica deProjectos acerca das propostas de projectosapresentados para financiamento no âmbito do PDIMe acerca dos Planos de Investimento Municipal;

g) Aprovação dos projectos e dos Plano de InvestimentoMunicipal;

h) Harmonização dos Planos de Investimento Municipalcom o Orçamento Geral do Estado.

2. As fases do procedimento de elaboração e aprovação doPIM são regulamentadas por diploma ministerial conjuntodos Ministros da Administração Estatal e do Planeamentoe Investimento Estratégico.

Artigo 20.ºExecução do PIM

1. A execução do PIM é realizada de acordo com as seguintesfases:

a) [...]

b) [...]

c) [...]

d) [...]

e) [...]

2. As fases de execução do PIM são regulamentadas pordiploma ministerial conjunto dos Ministros da Adminis-tração Estatal e do Planeamento e Investimento Estratégico.

Artigo 21.ºFinanciamento

1. As despesas decorrentes realizadas no âmbito do PDIM

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Série I, N.° 35 Página 8326Quarta-Feira, 16 de Setembro de 2015

são anualmente previstas no Orçamento Geral do Estado,que engloba as dotações referentes ao PDD I e PDD II e osprogramas de desenvolvimento comunitário.

2. O PDIM pode, ainda, ser financiado pelas comunidadeslocais e pelos parceiros para o desenvolvimento.

3. A alocação orçamental para os projectos do PDIM tem emconsideração os seguintes factores:

a) Distribuição igualitária;

b) A densidade populacional do município;

c) Preenchimento de condições mínimas;

d) Avaliação da qualidade e desempenho do ano anterior.

Artigo 23.ºInspecção e Auditoria do PDIM

1. Sem prejuízo da competência própria de outras entidades,as actividades desenvolvidas no âmbito do PDIM estãosujeitas às acções de inspecção e auditoria da Inspecção-Geral da Administração Estatal.

2. Os Ministros da Administração Estatal e do Planeamento edo Investimento Estratégico, através de despachoministerial conjunto, ordenam a realização de auditoriasexternas às actividades realizadas no âmbito do PDIM e àexecução dos projectos dos Planos de InvestimentoMunicipal.

3. O registo financeito da CDM está sujeito à fiscalização dasentidades públicas com competência legal para asupervisão, inspecção ou auditoria dos actos de gestãofinanceira pública.»

Artigo 2.ºAlteração sistemática

1. A Secção II, do Capítulo II, do Decreto-Lei n.º 4/2012, de 15de Fevereiro, passa a designar-se «Comissão deDesenvolvimento Municipal».

2. A Secção III, do Capítulo II, do Decreto-Lei n.º 4/2012, de 15de Fevereiro, passa a designar-se «Composição ecompetências dos órgãos de apoio da CDM».

3. A Secção IV, do Capítulo II, do Decreto-Lei n.º 4/2012, de 15de Fevereiro, passa a designar-se «Comissão deDesenvolvimento do Posto Administrativo».

4. A Secção VII, do Capítulo II, do Decreto-Lei n.º 4/2012, de15 de Fevereiro, passa a designar-se «Órgãos decoordenação nacional do PDIM».

5. O Capítulo III, do Decreto-Lei n.º 4/2012, de 15 de Fevereiro,passa a designar-se «Procedimento de formulação do Planode Investimento Municipal».

6. A Secção I, do Capítulo III, do Decreto-Lei n.º 4/2012, de 15

de Fevereiro, passa a designar-se «Princípio da integração».

7. O Capítulo IV, do Decreto-Lei n.º 4/2012, de 15 de Fevereiro,passa a designar-se «Execução do Plano de InvestimentoMunicipal».

8. O Capítulo V, do Decreto-Lei n.º 4/2012, de 15 de Fevereiro,passa a designar-se «Financiamento do PDIM».

Artigo 3.ºProjectos aprovados ou em execução

1. A entrada em vigor do presente decreto-lei não prejudica aexecução dos projectos de investimento do Estado,financiados no âmbito do PDID cuja execução já se hajainiciado na data da entrada em vigor do presente decreto-lei.

2. Os projectos de investimento do Estado, financiados noâmbito do PDID, que tenham sido aprovados, mas que nãotenham sido iniciados até à data de entrada em vigor dopresente decreto-lei só podem ser executados depois deaprovados pela CNPDIM, sob proposta da Comissão deRevisão Técnica de Projectos.

3. Os Administradores Municipais podem celebrar os contratospúblicos necessários para a execução dos projectos deinvestimento do Estado, financiados através do PDIM, quesejam aprovados de acordo com o disposto pelo númeroanterior.

Artigo 4.ºDesignações

1. As referências legais ao Planeamento de DesenvolvimentoIntegrado Distrital e ao PDID consideram-se feitas,respectivamente, ao Planeamento do DesenvolvimentoIntegrado Municipal e ao PDIM.

2. As referências legais ao Plano de Investimento Distrital eao PID consideram-se feitas, respectivamente, ao Plano deInvestimento Municipal e ao PIM.

3. As referências legais à Comissão de DesenvolvimentoDistrital e à CDD consideram-se feitas, respectivamente, àComissão de Desenvolvimento Municipal e à CDM.

4. As referências legais feitas à Comissão de DesenvolvimentoSub-distrital e à CDSD, consideram-se feitas, respectiva-mente, à Comissão de Desenvolvimento do PostoAdministrativo e à CDPA.

Artigo 5.ºRepublicação

O Decreto-lei n.º 4/2012, de 15 de Fevereiro, com a redacçãodada pelo presente Decreto-Lei, é republicado em anexo e delefaz parte integrante.

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Artigo 6.ºEntrada em vigor

O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte ao dasua publicação.

Aprovado na reunião do Conselho de Ministros em 30 deJunho de 2015.

O Primeiro-Ministro

____________________Dr. Rui Maria de Araújo

O Ministro da Administração Estatal

__________________Dionísio Babo Soares

O Ministro do Planeamento e Investimento Estratégico

______________________Kay Rala Xanana Gusmão

Promulgado em 14 - 09 - 2015

Publique-se.

O Presidente da República,

_______________Taur Matan Ruak

ANEXO I(Republicação do Decreto-Lei n.º 4/2012, de 15 de

Fevereiro)

PLANEAMENTO DE DESENVOLVIMENTOINTEGRADO MUNICIPAL

A Constituição da República Democrática de Timor-Leste, non.º 1 do artigo 5.º prevê que O Estado respeita, na suaorganização territorial, o princípio da descentralização daadministração pública. Para cumprir este mandatoconstitucional o Governo iniciou o teste do modelo de sistemade governo local através do Programa de DesenvolvimentoLocal, que estabeleceu os arranjos institucionais do governolocal, planeamento e implementação local, gestão de orçamentoe aprovisionamento local e criou a ligação entre a liderançacomunitária e o Governo.

Ao mesmo tempo, o Governo, implementa também os seusprogramas nos Distritos, Sub-Distritos e Sucos, através dosseus serviços desconcentrados. Para este efeito, o Governo,iniciou em 2010, o estudo das lições práticas aprendidasatravés do Programa de Desenvolvimento Descentralizado(PDD) o qual desconcentra também sua implementação àadministração do Distrito.

Além disso, o Ministério da Administração Estatal eOrdenamento do Território tem desempenhado uma função defacilitador dos Sucos, na identificação das prioridades dacomunidade, através do Plano de Desenvolvimento dos Sucos(PDS), com o objetivo de coordenar essas prioridades com oPlano de Desenvolvimento Local e também contribuir para oPlano Estratégico de Desenvolvimento (PED) do Governo.

Com base nas experiências mencionadas acima, para prepararmelhor todos Distritos antes de sua transformação emMunicípios, e também para reforçar a política do Governodefinida no PED, o Governo precisa estabelecer um sistema deplaneamento e implementação que garanta que o orçamentodo Estado é investido nas áreas que os Distritos e Sub-Distritosdefinem como prioridades.

Assim o Governo decreta, nos termos da alínea o) do n.º 1 doartigo 115º da Constituição da República, para valer como lei,o seguinte:

CAPÍTULO IÂMBITO E OBJETIVO

Artigo 1.ºObjecto

1. O presente diploma cria o Planeamento de DesenvolvimentoIntegrado Municipal (PDIM) e estabelece as regras decompetência, planeamento, financiamento e execução dosprojectos de investimento do Estado ao nível do municípioe do posto administrativo.

2. O presente decreto-lei estabelece, ainda, o procedimentode elaboração do Plano de Investimento Municipal (PIM),o qual se harmoniza com o Plano Nacional de Desenvol-vimento dos Sucos (PNDS), com o Programa de

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Desenvolvimento Local (PDL) e com o Programa deDesenvolvimento Descentralizado (PDD) a nível domunicípio e do posto administrativo.

3. As regras que definem o processo de planeamento,aprovação, implementação e fiscalização são, também,aplicadas aos programas previstos no Programa deDesenvolvimento Descentralizado (PDD) I é II, em coorde-nação conjunta com a Agência de DesenvolvimentoNacional para a implementação dos projectos.

4. Os Ministérios da Administração Estatal e do Planeamentoe Investimento Estratégico coordenam a execução do PDIMe do PIM.

Artigo 2.ºObjectivos

Este decreto-lei tem por objectivos definir e regular:

a) Os procedimentos de planeamento, de execução e de fisca-lização dos programas sectoriais a nível do município e doposto administrativo;

b) A composição e a competência dos órgãos responsáveispelo planeamento, aprovação, execução e fiscalização dosprojectos executados no âmbito do PDIM;

c) As regras da consulta obrigatória com os órgãos previstosno artigo 3.º deste diploma.

CAPÍTULO IIORGÃOS E COMPETÊNCIAS

SECÇÃO IDisposições Gerais

Artigo 3.ºÓrgãos

O planeamento e execução do PDIM realizam-se através deprocedimentos de consulta e de fiscalização dos seguintesórgãos:

a) Comissão de Desenvolvimento Municipal;

b) Comissão de Desenvolvimento do Posto Administrativo;

c) Delegações Territoriais dos Ministérios;

d) Conselho de Suco;

e) A Comissão de Revisão Técnica de Projectos;

f) A Coordenação Nacional do PDIM.

SECÇÃO IIComissão de Desenvolvimento Municipal

Artigo 4.ºDefinição

A Comissão de Desenvolvimento Municipal, doravante

designada abreviadamente CDM, é o órgão de âmbitomunicipal, com competência para planear, propor e executar oPIM.

Artigo 5.ºComposição

1. A CDM é composta:

a) Pelo Administrador Municipal, que coordena;

b) Pelo Secretário Municipal, que coadjuva oAdministrador Municipal na coordenação;

c) Pelos Directores das Delegações Territoriais dosMinistérios no município;

d) Pelos Administradores de Posto Administrativo da áreado município;

e) Por três representantes eleitos por cada Comissão deDesenvolvimento de Posto Administrativo de entre osmembros dos Conselhos de Suco.

2. Os representantes de cada Conselho de Suco, devem ser,no mínimo, uma mulher.

3. O processo de eleição previsto pela alínea e) do n.º 1 éregulado por diploma ministerial conjunto dos Ministrosda Administração Estatal e do Planeamento e InvestimentoEstratégico.

Artigo 6.ºCompetências

1. Compete à CDM:

a) Conduzir os procedimentos do PDIM no âmbito doMunicípio, de acordo com a calendarização estabelecidapor despacho ministerial conjunto dos Ministros daAdministração Estatal e do Planeamento e InvestimentoEstratégico;

b) Formular e apresentar à Comissão de Revisão Técnicade Projectos a proposta de PIM e o respectivoorçamento;

c) Formular e apresentar à Comissão de Revisão Técnicade Projectos as propostas de harmonização do PIMcom o orçamento geral do Estado aprovado peloParlamento Nacional;

d) Supervisionar a execução do PIM ao nível do município;

e) Colaborar com a Agência de Desenvolvimento Nacionalna coordenação e supervisão da execução dosprojectos aprovados no âmbito do PDD II;

f) Aprovar e enviar à Comissão de Revisão Técnica deProjectos os relatórios sobre a evolução da execuçãofísica e financeira dos projectos aprovados no âmbitodo PDIM;

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Quarta-Feira, 16 de Setembro de 2015Série I, N.° 35 Página 8329

g) Propor à Comissão de Revisão Técnica de Projectos aentrega dos projectos executados no âmbito do PDIM;

h) Aprovar o calendário e os materiais de informaçãopública sobre o PDIM no município e sobre a evoluçãoda execução do PIM;

i) Desempenhar outras tarefas que lhe sejam determinadasconjuntamente pelos Ministros da AdministraçãoEstatal e do Planeamento e Investimento Estratégico.

2. Na formulação da proposta de PIM, a CDM toma emconsideração os objectivos estabelecidos pelo Plano Estra-tégico de Desenvolvimento Nacional 2011-2030, peloPrograma de Governo e pelas políticas públicas sectoriaisaprovadas pelo Conselho de Ministros.

Artigo 7.ºCompetências do Administrador Municipal no âmbito do

PDIM

Compete ao Administrador Municipal, na qualidade decoordenador da CDM:

a) Convocar e conduzir as reuniões da CDM;

b) Promover a realização das actividades da CDM, de acordocom o calendário aprovado por despacho ministerialconjunto dos Ministros da Administração Estatal e doPlaneamento e Investimento Estratégico;

c) Assegurar a execução das deliberações da CDM;

d) Apresentar à CDM os relatórios de execução das delibera-ções aprovadas;

e) Promover a boa gestão financeira das verbas alocadas paraa execução de projectos de investimento do Estado atravésdo PDIM;

f) Celebrar os contratos públicos necessários para a execuçãodos projectos incluídos no PIM, aprovado por despachoministerial conjunto dos Ministros da Administração Estatale do Planeamento e Investimento Estratégico;

g) Autorizar a realização de pagamentos previstos peloscontratos públicos celebrados com vista à execução deprojectos incluídos no PIM;

h) Acompanhar as actividades desenvolvidas no âmbito doPDIM, elaborar os relatórios de avaliação do desempenhodos membros da CDM e remetê-los aos Ministérioscompetentes;

i) Representar a CDM perante quaisquer entidades públicase privadas;

j) Coordenar as actividades de desenvolvimento e prestaçãode serviços públicos no município;

k) Desempenhar outras tarefas que lhe sejam determinadasconjuntamente pelos Ministros da Administração Estatale do Planeamento e Investimento Estratégico.

SECÇÃO IIIComposição e competências dos órgãos de apoio da CDM

Artigo 8.ºSecretariado da CDM

1. A CDM é apoiada por um secretariado com funções técnico-administrativas.

2. A competência e a composição do secretariado são definidospor diploma ministerial conjunto dos Ministros daAdministração Estatal e do Planeamento e InvestimentoEstratégico.

SECÇÃO IVComissão de Desenvolvimento do Posto Administrativo

Artigo 9.ºNatureza e Competência

1. A Comissão de Desenvolvimento de Posto Administrativo,doravante designada abreviadamente por CDPA, é o órgãoconsultivo da CDM para a área de cada posto administrativoque tem por missão dar parecer acerca das prioridades dedesenvolvimento para o posto administrativo.

2. Compete à CDPA:

a) Assegurar a auscultação dos Conselhos de Suco acercadas prioridades de desenvolvimento para osrespectivos sucos;

b) Dar parecer acerca das prioridades de investimentopúblico a realizar, no âmbito do PDIM, para a área doPosto Administrativo;

c) Dar parecer acerca da execução dos projectos do PDIMno âmbito do posto administrativo;

d) Dar parecer ao CDM sobre o relatório de evolução daexecução física e financeira dos projectos financiadosno âmbito do PDIM;

e) Desempenhar as demais tarefas que lhe sejamdeterminadas pelo Administrador Municipal e que nãoincumbam a outro órgão ou serviço.

Artigo 10.ºComposição da CDPA

A CDPA é composta:

a) Pelo Administrador de Posto Administrativo, que preside àcomissão;

b) Pelos Chefes das Delegações Territoriais dos Ministériosna área do posto administrativo;

c) Pelos Chefes dos Sucos da área do município;

d) Por membros do Conselho de Suco, eleitos nos termosdefinidos por diploma ministerial conjunto dos Ministros

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da Administração Estatal e do Planeamento e InvestimentoEstratégico.

Artigo 11.ºCompetência dos Administradores de Posto Administrativo

no âmbito dos CDPA

Compete ao Administrador de Posto Administrativo, naqualidade de presidente da CDPA:

a) Convocar e presidir às reuniões da CDPA;

b) Promover a realização das actividades da CDPA, deacordo com o calendário superiormente aprovado;

c) Auscultar as organizações comunitárias da área doposto administrativo acerca das suas prioridades emmatéria de desenvolvimento local;

d) Formular e apresentar à CDM o relatório acerca daevolução da execução física e financeira dos projectosem execução na área do posto administrativo;

e) Representar o CDPA perante quaisquer entidadespúblicas ou privadas;

f) Prestar informação pública acerca das actividadesrealizadas na área do posto administrativo, no âmbitodo PDIM;

g) Desempenhar as demais tarefas que lhe sejamdeterminadas pelo Administrador Municipal e que nãoincumbam a outro órgão ou serviço.

SECÇÃO VDelegações Territoriais

Artigo 12.ºNatureza e competência

1. As Delegações Territoriais, doravante abreviadamentedesignadas de DT, são os serviços desconcentrados dosMinistérios, na área do município e do posto administrativoe, no âmbito do PDIM, têm por missão assegurar a pre-paração dos projectos sectoriais a inscrever na propostade PIM, ao nível do município e do posto administrativo.

2. As DT são representadas na CDM pelos respectivosdirectores distritais e na CDPA pelo chefe máximo dosrespectivos serviços para a área do posto administrativo.

3. Os dirigentes e as chefias previstas pelo número anteriorparticipam, obrigatoriamente, nas reuniões, respectiva-mente, da CDM e da CDPA e só podem fazer-se representarem casos excepcionais, devidamente fundamentados.

4. Compete às DT, no âmbito do PDIM:

a) Apresentar às comissões de desenvolvimento,competentes em razão do projecto e da área geográficade execução e implantação, as propostas de projectossectoriais a incluir na proposta de PIM;

b) Preparar as peças desenhadas e os orçamentos daspropostas de projectos sectoriais a incluir na propostade PIM;

c) Formular e apresentar à CDM os relatórios de evoluçãoda execução física e financeira dos projectos sectoriaisque sob sua proposta foram inscritos no PIM;

d) Promover a alocação de verbas, nos orçamentos dosrespectivos ministérios, para o funcionamento, aconservação e a reparação dos equipamentos einfraestruturas construídos no âmbito do PDIM.

Artigo 13.ºCompetência dos representantes das DT

Compete aos representantes das DT, no âmbito do PDIM:

a) Convocar e dirigir as reuniões sectoriais;

b) Participar nas reuniões e actividades da CDM ou da CDPAde que façam parte;

c) Assegurar uma boa coordenação com os representantesdos demais Ministérios, na área do município e do postoadministrativo, com vista à formulação do plano estratégico,das propostas de alocação de verbas na categoria de“despesas de capital de desenvolvimento” e dos assuntosadministrativos sectoriais;

d) Promover a apresentação tempestiva, à CDM, das peçasdesenhadas e dos orçamentos dos projectos propostospara inscrição no PIM;

e) Supervisionar a execução dos projectos do PIM cuja execu-ção haja proposto;

f) Executar as actividades da CDM de acordo com a calenda-rização aprovada;

g) Enviar aos respectivos serviços centrais os relatórios deevolução da execução física e financeira os projectos doPIM que hajam proposto;

h) Nomear um funcionário técnico como coordenador daEquipa de Verificação, Avaliação e Supervisão de acordocom o seu sector;

i) Prestar informação pública acerca das actividades realizadasno respectivo sector, no âmbito do PDIM;

j) Desempenhar as demais tarefas que lhe sejam superiormentedeterminadas e que não incumbam a outro órgão ou serviço.

SECÇÃO VIConselho de Suco

Artigo 14.ºConselho de Suco

Sem prejuízo das competências previstas na Lei n.º. 3/2009, de8 de Julho, são atribuídas ao Conselho de Suco, para fins deimplementação deste processo, as seguintes competências:

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a) Responsabilizar-se pela consulta das prioridades do Suco;

b) Colaborar nas actividades de supervisão da execução doPIM;

c) Formular e apresentar à CDPA e ao CDM os relatóriossobre a evolução da execução física dos projectos do PIMna área do Suco;

d) Prestar informação pública acerca das actividades realizadasno respectivo sector, no âmbito do PDIM;

e) Eleger os representantes à CDPA, de acordo com as regraspara o efeito estabelecidas por diploma ministerial conjuntodos Ministros da Administração Estatal e do Planeamentoe Investimento Estratégico.

Artigo 15.ºCompetências do Chefe de Suco no âmbito do PDIM

Sem prejuízo das competências previstas na Lei n.º. 3/2009, de8 de Julho, são atribuídas ao Chefe de Suco, para fins de imple-mentação deste processo, as seguintes competências:

a) Convocar e liderar os encontros ao nível do Suco paraelaborar o plano de Desenvolvimento do Suco;

b) Assegurar a participação activa dos membros do Conselhode Suco nos encontros do Conselho de Suco;

c) Assegurar o processo de consulta com a comunidade localsobre as prioridades do Suco;

d) Priorizar e aprovar as prioridades do Suco com base nasnecessidades da comunidade;

g) Apresentar à CDPA as prioridades do Suco em matéria deinvestimento público;

e) Apoiar na supervisão da implementação dos projectos noSuco.

SECÇÃO VIIÓrgãos de coordenação nacional do PDIM

Artigo 16.ºComissão de Revisão Técnica de Projectos

1. A Comissão de Revisão Técnica de Projectos é o órgãoresponsável pela análise e avaliação dos projectos aexecutar e dos projectos executados no âmbito do PDIM,incumbindo-lhe:

a) Propor à Coordenação Nacional do PDIM àcalendarização das actividades do PDIM;

b) Propor à Coordenação Nacional do PDIM os critériosde prioridade de investimento do Estado a realizaratravés deste programa;

c) Estudar as propostas de projectos apresentadas pelasCDM para financiamento pelo PDIM e avaliar a suaviabilidade, oportunidade, utilidade, complemen-

taridade face a outros programas governamentais eadequação para a concretização dos objectivosestabelecidos no Plano Estratégico de Desenvolvi-mento Nacional, no Programa de Governo e nas PolíticasPúblicas aprovadas pelo Conselho de Ministros;

d) Propor à Coordenação Nacional do PDIM os projectosa executar anualmente no âmbito deste programa, bemcomo os respectivos orçamentos e calendários deexecução;

e) Formular e apresentar aos membros do Governo,previstos pelo número anterior, um parecer fundamen-tado acerca do cumprimento dos contratos públicoscelebrados com vista à execução dos projectos dosPlanos de Investimento Municipal;

f) Propor a entrega dos equipamentos e das infraes-truturas construídos no âmbito do PDIM aosrespectivos destinatários;

g) Elaborar e apresentar à Coordenação Nacional do PDIMas propostas de regulamentação do presente decreto-lei;

h) Desempenhar as demais funções que lhe sejamdeterminadas pelos membros do Governo previstospelo número anterior.

2. A Comissão de Revisão Técnica de Projectos é compostapelo:

a) Vice-Ministro da Administração Estatal, que preside;

b) Director-Geral da Descentralização Administrativa;

c) Director-Geral da Agência de DesenvolvimentoNacional.

Artigo 17.ºCoordenação Nacional do PDIM

1. A Coordenação Nacional do PDIM, doravante abreviada-mente designado de CNPDIM, é o orgão de coordenaçãopolítica nacional do PDIM.

2. A CNPDIM é composta pelos Ministros da AdministraçãoEstatal e do Planeamento e Investimento Estratégico.

3. Compete à CNPDIM, sob proposta da Comissão de RevisãoTécnica de Projectos:

a) Aprovar o calendário das actividades a realizar noâmbito do PDIM através de despacho ministerialconjunto dos membros da CNPDIM;

b) Aprovar os projectos propostos para financiamentoatravés do PDIM e dos Planos de InvestimentoMunicipal, através de despacho ministerial conjuntodos membros da CNPDIM;

c) Aprovar a regulamentação do presente decreto-lei,

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através de diploma ministerial conjunto dos membrosda CNPDIM;

d) Aprovar os relatórios de evolução da execução física efinanceira dos projectos financiados através do PDIM;

e) Aprovar os relatórios de cumprimento dos contratospúblicos celebrados para a execução dos projectosfinanciados através do PDIM;

f) Aprovar a entrega oficial dos equipamentos einfraestruturas construídos através do PDIM aosrespectivos destinatários.

CAPÍTULO IIIProcedimento de formulação do Plano de Investimento

Municipal

SECÇÃO IPrincípio da integração

Artigo 18.ºPrincípio da integração

O PIM compreende o conjunto de investimentos públicos arealizar anualmente pelo Estado nas áreas do municípios e dospostos administrativos e as respectivas opções deinvestimento harmonizam-se e articulam-se com os projectosde investimento previstos pelo Programa Nacional deDesenvolvimento dos Sucos e com os objectivos do PlanoEstratégico de Desenvolvimento Nacional, com os objectivosdo Programa de Governo e com os objecticvos das políticaspúblicas aprovadas pelo Conselho de Ministros.

Artigo 19.ºProcedimento de elaboração e aprovação do PIM

1. A proposta de PIM é formulada de acordo com as seguintesfases:

a) Identificação das necessidades de investimentospúblico ao nível dos sucos e a nível sectorial;

b) Ordenação das propostas de investimento público arealizar ao nível de cada suco, de cada postoadministrativo e a nível sectorial, pelo Secretariado daCDM, de acordo com os critérios de prioridadepreviamente definidos pela CNPDIM;

c) Discussão, parecer e recomendação dos Conselhos deSuco e das CDPA acerca da proposta de prioridades deinvestimento público para os respectivos sucos epostos administrativos;

d) Análise e discussão dos projectos apresentados parainscrição no PIM e dos pareceres dos Conselhos deSuco e das CPDA acerca das prioridades deinvestimento público para as áreas do suco e dos postosadministrativos;

e) Formulação e remessa da proposta de PIM à Comissãode Revisão Técnica de Projectos;

f) Análise e parecer da Comissão de Revisão Técnica deProjectos acerca das propostas de projectosapresentados para financiamento no âmbito do PDIMe acerca dos Planos de Investimento Municipal;

g) Aprovação dos projectos e dos Plano de InvestimentoMunicipal;

h) Harmonização dos Planos de Investimento Municipalcom o Orçamento Geral do Estado.

2. As fases do procedimento de elaboração e aprovação doPIM são regulamentadas por diploma ministerial conjuntodos Ministros da Administração Estatal e do Planeamentoe Investimento Estratégico.

CAPÍTULO IVExecução do Plano de Investimento Municipal

Artigo 20.ºExecução do PIM

1. A execução do PIM é realizada de acordo com as seguintesfases:

a) Processo de Aprovisionamento e Contrato;

b) Implementação do Projecto;

c) Supervisão Técnica;

d) Operação e Manutenção;

e) Relatório.

2. As fases de execução do PIM são regulamentadas pordiploma ministerial conjunto dos Ministros da Adminis-tração Estatal e do Planeamento e Investimento Estratégico.

CAPÍTULO VFinanciamento do PDIM

Artigo 21.ºFinanciamento

1. As despesas decorrentes realizadas no âmbito do PDIMsão anualmente previstas no Orçamento Geral do Estado,que engloba as dotações referentes ao PDD I e PDD II e osprogramas de desenvolvimento comunitário.

2. O PDIM pode, ainda, ser financiado pelas comunidadeslocais e pelos parceiros para o desenvolvimento.

3. A alocação orçamental para os projectos do PDIM tem emconsideração os seguintes factores:

a) Distribuição igualitária;

b) A densidade populacional do município;

c) Preenchimento de condições mínimas;

d) Avaliação da qualidade e desempenho do ano anterior.

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Artigo 22.ºGestão Financeira

A gestão financeira é administrada nos termos da Lei n. 13/2009 e outros regulamentos aplicáveis.

Artigo 23.ºInspecção e Auditoria do PDIM

1. Sem prejuízo da competência própria de outras entidades,as actividades desenvolvidas no âmbito do PDIM estãosujeitas às acções de inspecção e auditoria da Inspecção-Geral da Administração Estatal.

2. Os Ministros da Administração Estatal e do Planeamento edo Investimento Estratégico, através de despachoministerial conjunto, ordenam a realização de auditoriasexternas às actividades realizadas no âmbito do PDIM e àexecução dos projectos dos Planos de InvestimentoMunicipal.

3. O registo financeito da CDM está sujeito à fiscalização dasentidades públicas com competência legal para asupervisão, inspecção ou auditoria dos actos de gestãofinanceira pública.

CAPÍTULO VIDISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 24.ºRegulamentação

Compete ao Ministério responsável pela Administração Localregulamentar todos os procedimentos necessários esuplementares para a boa execução deste Decreto-Lei.

Artigo 25.ºRevogação

1. São revogados a Diploma Ministerial n.o 8/2005-MAE,Diploma Ministerial n.o 1/2008-MAEOT, DiplomaMinisterial n.o 1/2010-MAEOT, sobre as AssembleiasLocais, bem como a Directiva Ministerial n.º7/2005-MAE,de 15 de Março, que estabeleceu o manual de Procedi-mentos Financeiros do Fundo de Desenvolvimento Local,e a Directiva Ministerial n.º8/2005 - MAE, de 15 de Março,que visa o regulamento sobre Aprovisionamento eContratação.

2. São ainda revogadas todas as disposições contrárias aopresente diploma.

Artigo 26.ºProjeto em fase de implementação

A entrada em vigor do presente diploma não prejudica aimplementação dos projetos de desenvolvimento do PDL, jáaprovados, e cuja execução se mantém ao abrigo da legislaçãoanterior.

Artigo 27.ºEntrada em Vigor

Este Decreto-Lei entra em vigor no dia seguinte ao da suapublicação no Jornal da República.

Aprovado em Conselho de Ministro em 11 de Janeiro de 2012.

O Primeiro-Ministro,

______________________Kay Rala Xanana Gusmão

O Ministro da Administração Estatal e Ordenamento doTerritório

______________Arcângelo Leite

Promulgado em 6 / 2 / 2012

Publique-se.

O Presidente da República,

_______________José Ramos-Horta